quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Futuro do Brasil está ameaçado sob Bolsonaro, alerta manifesto da oposição em defesa da soberania


Em ato que contou com líderes de seis partidos (PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB e Rede), entre eles Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Roberto Requião e Guilherme Boulos, a oposição lançou nesta terça-feira, 4, manifesto em defesa da soberania do Brasil. "Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco”, diz o manifesto
Brasília- DF. 04-09-2019- Seminário pela Soberania Nacional e Popular, com a presença de Dilma Roussef, Fernando Haddad e Guilherme Boullos. Foto Lula Marques
Brasília- DF. 04-09-2019- Seminário pela Soberania Nacional e Popular, com a presença de Dilma Roussef, Fernando Haddad e Guilherme Boullos. Foto Lula Marques (Foto: Lula Marques)

Do PT na Câmara - Em manifesto divulgado hoje (4) em Brasília em defesa da soberania nacional e dos direitos do povo, seis partidos de oposição (PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB e Rede), a Liderança da Minoria na Câmara e diferentes entidades da sociedade civil alertaram a população brasileira para os graves riscos ao futuro do Brasil em consequência da política de submissão do governo de extrema direita Jair Bolsonaro aos interesses estrangeiros, em especial dos Estados Unidos.
“As nações também podem morrer, quando desconstroem sua democracia, quando se submetem, quando se curvam aos desígnios de outras potências e renunciam a construir de forma autônoma seu próprio futuro. Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco”, diz um trecho do manifesto lido pelo ex-senador Roberto Requião, depois de ato em Defesa da Soberania Nacional e Popular e contra as privatizações, realizado na Câmara dos Deputados.
Do evento participaram, entre outros, a ex-presidenta Dilma Rousseff e os ex-candidatos à Presidência da República Fernando Haddad e Guilherme Boulos. O manifesto tem o objetivo de sensibilizar as forças democráticas do País e levantar a sociedade em defesa da soberania nacional. Depois do ato foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e coordenada pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG).
Brasil de joelhos para os gringos
No documento, alerta-se para o fato de “a nação brasileira estar de joelhos perante o capital estrangeiro” ao mesmo tempo em que ocorre a destruição de direitos históricos do povo, como a aposentadoria, saúde pública e a educação pública e gratuita.
Conforme o manifesto, o conceito de soberania nacional, gravado no artigo 1º da Constituição, significa afirmar que um país “decide sobre seu próprio destino, protege seu território e utiliza suas riquezas em benefício de seus cidadãos e cidadãs”.
Submissão de Bolsonaro aos EUA
É também criticada a subordinação do governo Bolsonaro aos interesses dos EUA, o que é explicitado no acordo firmado com Washington para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, e no acordo Mercosul-União Europeia.
O manifesto também defende a presença de forças de defesa na Amazônia para combater o desmatamento e a biopirataria, ao mesmo tempo em que preconiza a atuação do Estado para a melhoria das condições de vida da população que vive na floresta e a defende.
O documento critica as privatizações de empresas públicas e estatais e cita o Banco do Brasil, CEF, BNDES, BNB e Basa como bancos estratégicos para o desenvolvimento nacional, para financiar com juros subsidiados a moradia, agricultura familiar, a infraestrutura e os investimentos de longo prazo.
“O Brasil que desejamos é muito maior do que este que está sendo destruído pelo governo ultraliberal e autoritário, submisso ao sistema financeiro nacional e internacional”, afirma o manifesto. “Neste momento da vida nacional é necessária a unidade de todas as forças democráticas, movimentos populares e organizações da sociedade civil para enfrentar os vendilhões da Pátria, os destruidores de direitos e os inimigos da democracia”, frisa o documento.
eia, abaixo, a íntegra do manifesto:
“Art. 1º – A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania(…)” (Constituição da República Federativa do Brasil)

POR UM BRASIL SOBERANO!

Em defesa do emprego e de nosso futuro
A nação brasileira está de joelhos perante o capital estrangeiro. Em nenhum momento da história foi tão necessária a unidade das forças democráticas e progressistas para fazer frente à tentativa de destruir um país que, nas últimas décadas, registrou vários avanços, a exemplo da inclusão social, preservação do meio ambiente, respeito à democracia, convivência pacífica com outras nações e a defesa da soberania nacional e do princípio da autodeterminação dos povos.
As nações também podem morrer, quando desconstroem sua democracia, quando se submetem, quando se curvam aos desígnios de outras potências e renunciam a construir de forma autônoma seu próprio futuro. Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco. Está em curso também a destruição de políticas públicas conquistadas pelo povo brasileiro com muita luta: previdência (aposentadoria), saúde (SUS), educação (pública e gratuita). Este manifesto cria um movimento que tem como objetivo sensibilizar as forças democráticas e levantar a sociedade em defesa da soberania nacional.
Não é por acaso que a palavra soberania está gravada no artigo 1º da nossa Constituição, encabeçando os princípios fundamentais. Está ali para afirmar que o Brasil é um país que decide sobre seu próprio destino, protege seu território e utiliza suas riquezas em benefício de todos seus cidadãos e cidadãs. O Estado e o governo devem utilizar todos os recursos possíveis para cuidar bem da população e do seu futuro. E cuidar bem significa garantir saúde, educação, segurança, cultura e proteção social; direito ao trabalho e à aposentadoria; salário digno e crédito para produção e consumo; acesso à terra e à assistência no campo; acesso à alimentação; acesso à justiça; liberdade e democracia.
O atual governo, ultraliberal e autoritário, transformou nossa política externa em instrumento de total subordinação a outros interesses estrangeiros, como ficou patente no acordo firmado com os Estados Unidos para utilização da Base de Alcântara e no acordo Mercosul-União Europeia.
A proteção da Amazônia exige a presença do Estado brasileiro com forças de defesa nas fronteiras, no combate ao desmatamento e à biopirataria, na promoção das condições de vida digna para a população da região, mas também com cientistas e pesquisadores para estudar a fauna e a flora e empregar esse conhecimento na medicina, na farmacologia, na segurança alimentar e nos mais diversos campos da ciência em sintonia com os povos que vivem na floresta e a defendem.
O governo atual se propõe a acabar com o crédito e os bancos públicos. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, BNB e o BASA estão ameaçados. Ao longo da história do Brasil, os bancos públicos têm sido indispensáveis ao desenvolvimento sustentável e ao progresso do país. Fazem o que nenhum banco privado quer fazer: financiar com juros acessíveis a moradia, a agricultura familiar, a infraestrutura e os investimentos de longo prazo.
A “PEC da Morte”, que há três anos estabeleceu o teto dos gastos públicos, sequestrou parte da nossa soberania, dada pela capacidade do Estado de alocar recursos públicos conforme as necessidades da nação. O resultado é o desmonte da saúde pública, a volta de doenças que estavam controladas, a falta de medicamentos para os pobres, a volta da fome e a grave crise na educação que, neste momento, ameaça de fechamento de institutos federais, universidades públicas e centros de pesquisa, entre outros prejuízos para a população que mais precisa.
Um Brasil soberano exige a garantia de proteção social à população. É o contrário do que assistimos hoje com a revogação dos direitos trabalhistas, a redução sistemática do salário real e a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que vai destruir o regime público de aposentadoria. Seremos verdadeiramente soberanos com a implementação de políticas públicas que gerem renda e emprego, combatam as desigualdades sociais e regionais e permitam um futuro melhor para toda a nação.
O Brasil que desejamos é muito maior do que este que está sendo destruído pelo governo ultraliberal e autoritário, submisso ao sistema financeiro nacional e internacional. Convocamos todos os brasileiros e brasileiras, quaisquer que sejam suas preferências políticas e partidárias, a se unir em defesa da soberania nacional ameaçada. Neste momento dramático da vida nacional é necessária a unidade de todas as forças democráticas, movimentos populares e organizações da sociedade civil para enfrentar os vendilhões da Pátria, os destruidores de direitos e os inimigos da democracia.
Mais uma vez, serão as forças sociais comprometidas com a democracia que mobilizarão a energia cívica necessária para retirar nossa pátria da humilhação e da vergonha e por novamente o Brasil de pé para construirmos nosso destino como nação!
Brasília, 4 de setembro de 2019.


A 'falsa' luta contra a corrupção que levou Bolsonaro à presidência, segundo The Intercept


Andrew Fishman, editor do The Intercept, revelou possível ligação entre as mensagens vazadas do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador e coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, com a suposta imparcialidade de ambos no decorrer da Lava Jato.
Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília 23/08/2019
Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília 23/08/2019 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik - Em entrevista à Sputnik Mundo, Andrew Fishman, editor do The Intercept, revelou possível ligação entre as mensagens vazadas de Moro e Dallagnol com a imparcialidade de ambos no decorrer da Lava Jato.
Em junho passado, o site The Intercept tornou públicas milhares de mensagens online do atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, ambos figuras chave da operação Lava Jato. A divulgação do conteúdo das conversas levantou suspeitas sobre o trabalho de Moro e Dallagnol.

Mensagens e irregularidades

As mensagens apontariam irregularidades na operação que tinha como objetivo julgar casos de suborno de empresas brasileiras e o uso indevido de recursos da Petrobrás. As investigações resultaram na prisão de políticos brasileiros, dentre os quais o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.
Uma das primeiras irregularidades apresentadas pelo The Intercept seria a forma secreta como Sérgio Moro teria colaborado com os investigadores na formulação das acusações contra Lula. Por lei, as autoridades investigativas trabalham separadas do juiz, o qual não deve se envolver nos trabalhos de acusação.

Popularidade no Brasil

O vazamento das mensagens feito pelo The Intercept foi um verdadeiro desafio a uma pequena equipe de profissionais. Com apenas dez jornalistas, a equipe sofreu ameaças e muita pressão. Encabeçado por Andrew Fishman, editor do The Intercept, o grupo começou uma grande aventura ainda em 2016.
"Em 2016, quando estava em curso o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso, publicamos um artigo que foi visto por mais de 400 mil vezes. Em pouco tempo, 15% de nossa audiência se tornou brasileira e recebemos centenas de e-mails pedindo para abrirmos um site no Brasil", disse Fishman à Sputnik Mundo.
Com a Vaza Jato, nome dado ao vazamento das mensagens, o site bombou. O número de inscritos cresceu consideravelmente, enquanto gigantes da mídia, como a Folha de São Paulo, Veja, El País e o Buzzfeed, começaram a cooperar com o The Intercept.
Esta teria sido a segunda maior investigação do site depois da divulgação das revelações feitas por Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, sobre as operações de vigilância dos EUA no mundo. A investigação rendeu a Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept, o prêmio Pulitzer, considerado o Óscar do jornalismo.

Desafios

Embora o The Intercept ganhasse notoriedade, muitos desafios vieram pela frente. Temendo o governo e ações de intimação, os jornalistas continuaram seu trabalho acreditando que a verdade seria a sua melhor defesa. Para tanto, Fishman ressaltou à Sputnik a integridade do conteúdo vazado. Segundo ele, sua equipe teria verificado cuidadosamente as mensagens, evitando assim qualquer manipulação.
"Uma pessoa teria que levar anos para criar toda essa informação. Não há evidência de nenhum tipo de manipulação e há áudios com as vozes de todos eles, de maneira que os fabricar é impensável", acrescentou Fishman.
A reação do governo foi mais no campo das palavras do que com violência. No entanto, a guerra informacional pode ser muito daninha. Fishman lembrou durante a entrevista que sua equipe foi chamada de "criminosa", "cúmplice de hackers", assim como teriam sofrido ameaças de prisão. Além disso, uma de suas conversas em um bar teria sido gravada e editada para desacreditar o grupo.

Redes, eleições e jornalismo

Durante a corrida presidencial de 2018, a difusão de fake news no WhatsApp sobre diferentes candidatos teria dado vantagem ao candidato Bolsonaro, segundo Fishman. Para ele, tal estratégia foi financiada por milhões de dólares.
No entanto, o jornalista diz que notícias falsas não é uma coisa nova. A manipulação da propaganda está presente na história da política há muito tempo. O fator diferenciador seriam as tecnologias de comunicação presentes no atual século.
Fishman diz que o mais importante não é desvendar as mentiras difundidas, mas descobrir a fonte do dinheiro que financia as mentiras.

A falsa luta contra a corrupção

Uma das últimas revelações do The Intercept seria a parcialidade de agentes públicos na Lava Jato.
"Dallagnol tinha sete casos contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas usou a única que já havia prescrito, sabendo que não chegaria a lugar nenhum, para que a imprensa não dissesse que ele não era imparcial", conta Fishman.
Ao mesmo tempo, Dallagnol teria dito em uma de suas mensagens que lamenta ter que investigar bancos. Ao mesmo tempo, ele teria recebido grandes quantias de dinheiro de palestras feitas para certos bancos.
"Eles tinham favoritos e decidiram não ir atrás de certos casos e de certas pessoas, assim como os bancos [...] esta é mais uma das muitas peças de evidência que temos de que estavam abusando de seu poder", realçou o jornalista.


"O país está sendo destroçado por um governo de traidores", diz Lula em carta


Em uma carta aberta, o ex-presidente Lula, mantido como preso político em Curitiba, condenou a “entrega criminosa” do patrimônio nacional pelo governo Jair Bolsonaro, o qual qualificou como um “governo de traidores”. "Fiquem alertas os que estão se aproveitando dessa farra de entreguismo e privatização predatória, porque não vai durar para sempre. O povo brasileiro há de encontrar os meios de recuperar aquilo que lhe pertence. E saberá cobrar os crimes dos que estão traindo, entregando e destruindo o país", diz Lula na carta escrita por ocasião do lançamento da Frente Parlamentar Mista da Soberania Nacional
Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - Em uma carta aberta ao povo brasileiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido como preso político em Curitiba, condenou a “entrega criminosa” do patrimônio nacional pelo governo Jair Bolsonaro, o qual qualificou como um “governo de traidores”. Já provamos, ao longo da história, que é possível enfrentar o atraso, a pobreza e a desigualdade, com soberania e no rumo da justiça social. Mas hoje o país está sendo destroçado por um governo de traidores. Estão entregando criminosamente as empresas, os bancos públicos, o petróleo, os minerais e o patrimônio que não lhes pertence, mas ao povo brasileiro. Até Amazônia está ameaçada por um governo que não sabe e não quer defendê-la”diz Lula na carta. 
“O que foi construído com esforço de gerações está ameaçado de desaparecer ou ser privatizado em prejuízo do país, como fizeram com a Telebrás, a Vale, a CSN, a Usiminas, a Rede Ferroviária, a Embraer. E sempre a pretexto de reduzir a presença estado, como se o estado fosse um problema quando, na realidade, ele é imprescindível para o país e o povo”, ressalta. 
“Fiquem alertas os que estão se aproveitando dessa farra de entreguismo e privatização predatória, porque não vai durar para sempre. O povo brasileiro há de encontrar os meios de recuperar aquilo que lhe pertence. E saberá cobrar os crimes dos que estão traindo, entregando e destruindo o país”, observa o texto. 
Leia a íntegra da carta de Lula. 
Companheiras e companheiros de todo o Brasil,
Sempre acreditei que o povo brasileiro é capaz de construir uma grande Nação, à altura dos nossos sonhos, das nossas imensas riquezas naturais e humanas, nesse lugar privilegiado em que vivemos. Já provamos, ao longo da história, que é possível enfrentar o atraso, a pobreza e a desigualdade, com soberania e no rumo da justiça social Mas hoje o país está sendo destroçado por um governo de traidores. Estão entregando criminosamente as empresas, os bancos públicos, o petróleo, os minerais e o patrimônio que não lhes pertence, mas ao povo brasileiro. Até Amazônia está ameaçada por um governo que não sabe e não quer defendê-la; que incentiva o desmatamento, não protege a biodiversidade nem a população que depende da floresta viva.
Nenhum país nasce grande, mas nenhum país realizará seu destino se não construir o próprio futuro. O Brasil vai completar 200 anos de independência política, mas nossa libertação social e econômica sempre enfrentou obstáculos dentro e fora do país: a escravidão, o descaso com a saúde, a educação e a cultura, a concentração indecente da terra e da renda, a subserviência dos governantes a outros países e a seus interesses econômicos, militares e políticos.
Apesar de tudo, ao longo da história criamos a Petrobrás, a Eletrobrás, o BNDES e as grandes siderúrgicas hidrelétricas; os bancos públicos que financiam a agricultura, a habitação e o ensino; a rede federal e estadual de universidades, a Embrapa, o Inpe, o Inpa, centros de pesquisa e conhecimento, todo um patrimônio a serviço do país.
O que foi construído com esforço de gerações está ameaçado de desaparecer ou ser privatizado em prejuízo do país, como fizeram com a Telebrás, a Vale, a CSN, a Usiminas, a Rede Ferroviária, a Embraer. E sempre a pretexto de reduzir a presença estado, como se o estado fosse um problema quando, na realidade, ele é imprescindível para o país e o povo.
O mercado não vai proteger um dos maiores territórios do mundo, o subsolo e a plataforma continental; a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal. Não vai oferecer acesso universal à educação, saúde, seguridade social, segurança pública, cultura. O mercado não vai construir um país para todos.
A Petrobrás está sendo vendida aos pedaços a suas concorrentes estrangeiras. Já entregaram dois gasodutos estratégicos, a distribuidora e agora querem as refinarias, para reduzi-la a mera produtora de petróleo bruto e depois vender o que restou. Reduzem a produção de combustíveis aqui para importar em dólar dos Estados Unidos. E por isso disparam os preços dos combustíveis e do gás para o povo.
Se a Petrobrás fosse um problema para o Brasil, como a Rede Globo diz todo dia, por que tanta cobiça pela nossa maior empresa e pelo pré-sal, que os traidores também estão entregando? Agora mesmo querem passar a eles os poços da chamada Cessão Onerosa, onde encontramos jazidas muitas vezes mais valiosas que as ofertas previstas no leilão.
Problema é voltar a comprar lá fora os navios e plataformas que sabemos fazer aqui. É a destruição da cadeia produtiva de óleo e gás, pela ação do governo e pelas consequências do que fez um juiz em Curitiba. Enquanto fechava acordos com corruptos, vendendo a falsa ideia de que combatia a corrupção, 2 milhões de trabalhadores foram condenados ao desemprego, sem apelação.
Os trabalhadores e os mais pobres são os que mais sofrem com essa traição. Cada pedaço do país e das empresas públicas que vendem, a qualquer preço, são milhões de empregos e oportunidades roubadas dos  brasileiros.
É uma traição inominável matar o BNDES, vender o Banco do Brasil e enfraquecer a Caixa Econômica, indispensáveis ao desenvolvimento sustentável, à agricultura e à habitação. O ataque às universidades públicas também é contra a soberania nacional, pois um país que não garante educação pública de qualidade, não se conhece nem produz conhecimento, será sempre submisso e dependente das inovações criadas por outros.
Bolsonaro entregou nossa política externa aos Estados Unidos. Deu a eles, a troco de nada, a Base de Alcântara, uma posição privilegiada em que poderíamos desenvolver um projeto aeroespacial brasileiro. Rebaixou a diplomacia a um assunto de família e de conselheiros que dizem que a terra é plana. Trocou nossas conquistas na OMC pela ilusão da OCDE, o clube dos ricos que o desprezam. Anunciou um acordo com a União Europeia, sem pesar vantagens e prejuízos, e agora  brinca de guerra com os europeus para fazer o jogo de Trump.
Quem vai ocupar o espaço da indústria naval brasileira, da indústria de máquinas e equipamentos, da engenharia e da construção, deliberadamente destroçadas? Quem vai ocupar o espaço dos bancos públicos, da Previdência; quem vai fornecer a Ciência e a Tecnologia que o Brasil pode criar? Serão empresas de outros países, que já estão tomando nosso mercado, escancarado por um governo servil, e levando os lucros e os empregos para fora. 
Fiquem alertas os que estão se aproveitando dessa farra de entreguismo e privatização predatória, porque não vai durar para sempre. O povo brasileiro há de encontrar os meios de recuperar aquilo que lhe pertence. E saberá cobrar os crimes dos que estão traindo, entregando e destruindo o país.
É urgente enfrentá-los, porque seu projeto é destruir nossa infraestrutura, o mercado interno e a capacidade de investimento público – para inviabilizar de vez qualquer novo projeto de desenvolvimento nacional com inclusão social. O povo brasileiro terá mais uma vez que tomar seu próprio caminho. Antes que seja tarde demais para salvar o futuro.
Por isso é tão importante reunir amplas forças sociais e políticas, como neste seminário que se realiza hoje em Brasília, junto ao lançamento da Frente Parlamentar Mista da Soberania Nacional. Saúdo a todos pela relevante inciativa que é o recomeço de uma grande luta pelo Brasil e pelo povo.
Daqui onde me encontro, renovo a fé num Brasil que será novamente de todos, na construção da prosperidade, da igualdade e da justiça, vivendo na democracia e exercendo sua inegociável soberania.
Viva o Brasil livre e soberano! 
Viva o povo brasileiro! 
Luiz Inácio Lula da Silva”
Curitiba, 4 de setembro de 2019


Justiça bloqueia mais R$ 19,96 milhões de Beto Richa e outros acusados em ação do pedágio

Richa: decisão foi tomada em processo que investiga suspeita de favorecimento à concessionária de pedágio Econorte
Richa: decisão foi tomada em processo que investiga suspeita de favorecimento à concessionária de pedágio Econorte (Foto: Geraldo Bubniak)


O juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, determinou hoje o bloqueio de bens do ex-governador Beto Richa (PSDB) e mais dezesseis pessoas além de duas empresas no valor de R$ 19,96 milhões, no âmbito da Operação Integração, fase da Lava Jato que investiga um esquema de corrupção no pedágio. Richa e os demais envolvidos são acusados pelo Ministério Público Federal de improbidade administrativa, pela suposta participação em um esquema de pagamento de propina da concessionária Econorte por políticos e agentes públicos, em troca de aditivos contratuais, com cancelamento de obras e aumento de tarifas. O bloqueio foi pedido como forma de garantir o ressarcimento dos cofres públicos pelos prejuízos causados com o esquema, em caso de condenação. (Veja a íntegra dos despacho)
No mês passado, o juiz da 23ª Vara Federal de Curitiba, Paulo Sérgio Ribeiro, já havia acatado outro pedido de bloqueio de bens de até R$ 2 milhões contra Richa e outras seis pessoas investigadas na operação Piloto, também do MPF, que investiga suspeitas de fraude em uma licitação para a duplicação da PR-323 (região Noroeste). 
Fonte: Bem Paraná

Apucarana retira árvores de grande porte dos cemitérios


A ação encabeçada pela Aserfa atende Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Município e Ministério Público
(Foto: PMA)
A Autarquia dos Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa) está dando continuidade à erradicação das árvores existentes nos cemitérios. Com o auxílio de um guindaste e trabalho operacional de servidores da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, 17 araucárias e outras duas árvores de grande porte estão sendo retiradas nesta semana do Cemitério Cristo Rei.
A ação atende a Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre Município e Ministério Público e visa assegurar a licença de operação junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “O corte não é escolha do município, ele atende a determinação da promotoria que acatou ação popular que exigiu a realização de adequações nos cemitérios de Apucarana para ficarem em conformidade com exigência do IAP”, explica Marcos Bueno, diretor-presidente da Aserfa.
Ele esclarece que a legislação atual proíbe que haja sepultamentos ao redor de árvores de grande porte. “Nossos cemitérios municipais são antigos e foram estruturados em uma época onde a legislação era outra. Naquele tempo podia, mas hoje é proibido o sepultamento ao redor dessas árvores. Com isso, muitos jazigos estão interditados, o que gera um desconforto muito grande para as famílias. Ao realizarmos essa erradicação, os espaços voltam a estar liberados para uso”, detalha Bueno. De acordo com ele, o paisagismo do novo cemitério municipal – Morada da Paz – que será estruturado em área de dois alqueires na Gleba Nova Ucrânia, já atenderá a legislação atual.
Desde o início do TAC, firmado em 2013 e renovado em 2016, o Município já erradicou cerca de 150 árvores de diversas espécies. “Estamos na reta final dos trabalhos que, no Cemitério Cristo Rei devem ser concluídos até sábado. Na segunda-feira seguimos para o Cemitério da Saudade, onde os serviços prometem ser mais árduos. Por ser mais antigo, há árvores ainda maiores como, por exemplo, um eucalipto gigante com cerca de 40 metros de altura. Neste cemitério as ações devem durar cerca de 10 dias”, relata Marcos Bueno, diretor-presidente da Aserfa. O guindaste usado nas operações foi contratado junto a empresa especializada mediante processo licitatório.
A compensação pelo abate das árvores será feito em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Vamos providenciar o plantio de espécies adequadas em áreas externas aos cemitérios e também em outros pontos da cidade”, disse Bueno.


Traídos pelo governo, caminhoneiros já pedem 'Fora, Bolsonaro'


Nota da coluna Painel S.A. da Folha de S.Paulo informa que cresce na categoria um movimento de oposição ao governo Bolsonaro. Um grupo quer bloquear as estradas com faixas de "Fora, Bolsonaro"
(Foto: EUGENIO MORAES)

247 - Nota da coluna Painel S.A. da Folha de S.Paulo informa que cresce na categoria um movimento de oposição ao governo Bolsonaro. Um grupo quer bloquear as estradas com faixas de "Fora, Bolsonaro".   
Segundo a coluna, há um racha entre líderes de caminhoneiros, que cresceu nesta terça-feira (3), quando planejavam manifestações em defesa da tabela do frete. Os mais antigos se negam a protestar e pedem foco na negociação com o governo, mas novatos prometem vias fechadas com faixas de "Fora, Bolsonaro".  
O julgamento da tabela do frete estava marcado para esta quarta (4), mas foi adiado.  
Marcelo da Paz, líder caminhoneiro de Santos, disse ter desistido da ideia de parar o porto e incentivar greve quando ouviu áudios nos grupos de Whatsapp de motoristas ameaçando tombar caminhões dos que tentassem trabalhar e depois incendiá-los.  
Os caminhoneiros que defendem diálogo com o governo dizem que se darão por satisfeitos se forem tomadas medidas para a contratação de autônomos sem a participação de intermediários e a adoção obrigatória de sistema eletrônico que garanta o pagamento dos pisos mínimos.   
Líderes do outro setor dos caminhoneiros dizem que vão à greve por se sentirem traídos pelo governo Bolsonaro após o adiamento do julgamento sobre a constitucionalidade da tabela.


Bolsonaro diz que reação da PF a interferência na corporação é 'babaquice'


Em plena ação para centralizar poderes e interferir em órgãos do governo, Jair Bolsonaro afirmou é necessário arejar o comando da Polícia Federal e chamou de “babaquice” a reação de integrantes da corporação às declarações dele sobre trocas em superintendências e na diretoria-geral
Jair Bolsonaro e Sergio Moro
Jair Bolsonaro e Sergio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Em plena ação para centralizar poderes, Jair Bolsonaro afirmou é necessário arejar o comando da Polícia Federal e chamou de “babaquice” a reação de integrantes da corporação às declarações dele sobre trocas em superintendências e na diretoria-geral.   
Em declarações à Folha de S.Paulo na terça-feira (3), Bolsonaro deixou claro que já acertou com o  ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro sobre uma possível mudança na direção da PF, ficando pendente o prazo: “Está tudo acertado com o Moro, ele pode trocar [o diretor-geral, Maurício Valeixo] quando quiser.”  
Bolsonaro acha que é preciso renovar a direção da PF: “Essa turma está lá há muito tempo, tem que dar uma arejada”.  
E comparou a troca do diretor-geral da PF à troca de esposa: “Mais difícil é trocar de esposa. Eu tive uma conversa a dois com o Moro...[O diretor-geral] tem que ser Moro Futebol Clube, se não, troca. Ninguém gosta de demitir, mas é mais difícil trocar a esposa. Eu demiti o Santos Cruz, com quem tinha uma amizade de 40 anos”, disse.   
O ocupante do Palácio do Planalto disse que o nome do delegado Anderson Gustavo Torres, atual secretário de Segurança do Distrito Federal, é seu favorito para assumir a PF, também apoiado pelo ex-deputado federal e também delegado Fernando Francischini.


Gilmar Mendes: Lula merece um novo julgamento


Ministro do STF Gilmar Mendes criticou duramente modelo persecutório da Lava Jato e as tentativas de monetização da operação por parte do procurador e coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Para ele os fatos já revelados pela Vaza Jato “são extremamente graves” e “precisam ser investigados”. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no Jornal da CBN 2ª Edição, ele também responsabilizou a imprensa conservadora de ser a grande responsável pela criação do "modelo opressivo" da Lava Jato e que por isso defendeu que o ex-presidente Lula tenha direito a um novo julgamento.
(Foto: STF | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes criticou duramente modelo persecutório da Lava Jato e as tentativas de monetização da operação por parte do procurador e coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Para ele os fatos já revelados pela Vaza Jato “são extremamente graves” e “precisam ser investigados”. Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no Jornal da CBN 2ª Edição, ele também responsabilizou a imprensa conservadora de ser a grande responsável pela criação do "modelo opressivo" da Lava Jato e condenou "a falta de sensibilidade moral" dos procuradores que ironizaram o luto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela morte de pessoas próximas e que defendeu que ele tenha direito a um novo julgamento devido a uma “possível parcialidade” do sistema em sua condenação. 
"A população sabe o que é enterrar um parente, enterrar um neto, e fazer brincadeira em torno disso mostra uma falta de sensibilidade moral muito grave", disse Gilmar. Para ele, pode ter havido “possível parcialidade”  do Judiciário no caso de Lula o que poderia justificar um novo julgamento. 
“O Judiciário vive sua maior crise institucional porque num só ato e num só contexto foram atingidos dois pilares do sistema judicial. Foram atingidos frontalmente a Procuradoria Geral da República e a Justiça Federal. A bem verdade que se poderá dizer que isso atingiu uma determinada vara, um determinado setor, eventualmente afeta tribunais, mas o sistema todo foi contaminado por esta coisa”, destacou. 
O ministro também criticou a monetização da Lava Jato por meio de palestras feitas pelos procuradores envolvidos. “A mercancia que se faça com cargos, a tentativa de se obter lucros com o próprio cargo, a venda... A maior imputação que vi até agora de mau uso da Lava Jato aparece naqueles diálogos entre o corregedor e o Dallagnol (procurador e coordenador da operação Deltan Dallagnol em que ele diz: vocês estão monetizando a Lava Jato. Você não pode monetizar a Lava Jato. O que é monetizar uma operação? É monetizar uma função púbica. Isso tem um nome no código penal. Então isso é grave. E os vários desvios, o intuito persecutório. Tudo isso é muito grave e precisa ser investigado.
Na entrevista, Gilmar criticou ainda as milícias ao dizer que “o combate ao crime não pode ser feito cometendo crime" e que é "preciso ter muito cuidado com justiçamentos e justiceiros”. 
Veja a íntegra da entrevista aqui.


Núcleo duro do bolsonarismo é de apenas 12% da população


Pesquisas Datafolha e Vox Populi constatam que o núcleo duro do bolsonarismo no país está ao redor de 10% e não dos 30% que se indicava até agora. Segundo Marcos Coimbra, diretor do Vox Populis, até o final do ano a aprovação ao governo Bolsonaro ficará restrita a este núcleo. Segundo Mauro Paulino e Alessandro Janoni, o perfil deste núcleo é composto por homens brancos, acima de 35 anos ou aposentados e de classe média
(Foto: Senado | Reuters)

247 - Pesquisas Datafolha e Vox Populi constatam que o núcleo duro do bolsonarismo no país está ao redor de 10% e não dos 30% que se indicava até agora. Segundo Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, até o final do ano a aprovação ao governo Bolsonaro ficará restrita a este núcleo e a desaprovação ao governo será de aproximadamente 50%. Segundo Mauro Paulino e Alessandro Janoni, o perfil deste núcleo é composto por homens brancos, acima de 35 anos ou aposentados e de classe média.
Marcos Coimbra anota que apenas 11% dizem “gostar muito” de Bolsonaro e que a adesão a suas políticas não está distante deste índice:  considerando a soma de “ótimo” e “bom”, apenas 15% dos entrevistados aprovam as politicas do governo para a geração de empregos, 15% para o meio ambiente, 11% para a valorização do salário mínimo, 21% para a educação, 14% para a saúde, 14% para a projeção da imagem do Brasil no Exterior.
Segundo os dirigentes do Datafolha, o núcleo dos "entusiastas de Bolsonaro" é aquele que nele votou em 2019, classifica sua gestão como ótima ou boa e diz confiar muito nas suas declarações, corresponde. "São bolsonaristas 'heavy' (nomenclatura utilizada em pesquisas de opinião para enfatizar a intensidade de um fenômeno)", escrevem Paulino e Janoni. O grupo tem perfil de verdadeiro fanatismo: "É o único segmento onde a maioria diz que Bolsonaro se comporta como presidente da República em todas as situações e que seus filhos mais ajudam do que atrapalham o governo". 
Assista à entrevista de Marcos Coimbra ao Giro das 11 da pós-TV 247 na qual ele analisa a corrosão do bolsonarismo:

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Júnior da Femac libera asfalto para o Parque Industrial Galan


O investimento é de R$ 397.578,73 e prevê drenagem de águas pluviais e asfaltamento de 7 mil  metros quadrados de uma das pistas da avenida principal, com execução de meio-fio e calçada
Após 12 anos de atividade, o Parque Industrial Galan, localizado na região do Contorno Sul de Apucarana, finalmente começa a receber a infraestrutura viária necessária. Com investimento municipal na ordem de R$397.578,73, o prefeito Júnior da Femac autorizou nesta terça-feira (03/09), em solenidade no gabinete municipal, o início da primeira etapa de pavimentação da Avenida Alfredo Galvão Alves. Será executada a drenagem de águas pluviais e asfaltamento de 7 mil metros quadrados de uma das pistas da avenida (lado direito), com execução de meio-fio e calçada. A empresa vencedora da licitação e que recebeu a ordem de serviço foi a Construtora Vitorino Ltda, de Apucarana, que tem prazo 120 dias para concluir a obra.
Júnior da Femac salientou que a obra faz parte do planejamento da gestão Beto Preto e é um compromisso firmado com os empresários em setembro do ano passado. Em há mais de uma década, o parque industrial foi liberado para ser ocupado pela administração municipal da época mesmo sem a infraestrutura mínima. “Infelizmente, foi um tempo em que as coisas eram feitas sem planejamento. São indústrias grandes, que têm uma logística que se utiliza de carretas com transporte de carga pesada e com o estado atual da avenida enfrentam muitos transtornos, sobretudo quando chove”, diz Junior da Femac, que pediu perdão aos empresários em nome do município.
“Era inaceitável o que estava sendo feito com que paga impostos e gera empregos. Agora será feita uma obra belíssima, com toda estrutura para aguentar caminhões pesados. Em breve também faremos melhorias na iluminação do parque. Nesta gestão quem paga imposto tem prioridade, por isso não se sintam constrangidos em vir aqui pedir alguma coisa ”, acrescentou o prefeito.
Empresário do Parque Galan, proprietário da Alpes, Produtos Químicos, Clidenor Moraes, lembrou a importância para uma empresa ter condições de infraestrutura. “Não é possível vivenciar uma situação de ter caminhões impossibilitados de chegar na indústria por falta de condições das ruas. Esse asfalto é vital para as empresas e vai trazer tranquilidade para nos empresários e para nossos trabalhadores. Parabéns Junior pela sua administração. Na minha opinião você está indo muito bem”, afirmou Clidenor Moraes.
A solenidade da ordem de serviço foi prestigiada por grande número de empresários, pelos vereadores Lucas Leugi, Franciley Poim Godoi, e Gentil Pereira, e secretários municipais.



Apucarana contrata empresa para recolhimento de equinos


Estimativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) é de que atualmente pelo menos 120 equinos estejam em situação de abandono na zona urbana de Apucarana
(Foto: PMA)

O prefeito Júnior da Femac autorizou nesta terça-feira (03/09) a empresa F.A.L. Eventos Ltda, de Cambé, a dar início ao recolhimento de animais de grande porte que perambulam por trechos urbanos de Apucarana, em geral equinos. O contrato com a empresa vencedora da licitação é válido por 180 dias e poderá ser prorrogado por igual período. O investimento é de R$111 mil em recursos municipais.
Durante o ato, que aconteceu no gabinete municipal e contou com a presença dos vereadores Franciley “Poim”, Lucas Leugi e Gentil Pereira, o prefeito frisou que a gestão Beto Preto sempre buscou atender a demanda e que a contratação de uma empresa especializada deve dar solução mais rápida e eficaz ao problema, que tem aumentado nos últimos anos. “Além da captura, apreensão e remoção, esta empresa vai prestar cuidados veterinários, alimentação e guarda adequada a estes animais”, explicou Júnior da Femac.
Estimativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) é de que atualmente pelo menos 120 equinos estejam em situação de abandono na zona urbana de Apucarana. “Considero esta contratação um ato muito importante para a população devido a todas as questões de segurança que o caso envolve, sobretudo no trânsito, e também para os animais, que soltos na zona urbana estão sujeitos a condições inadequadas de vida e causando riscos aos condutores e a eles próprios”, analisou o prefeito, lembrando que além do município, a Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana (Soprap) sempre atuou no sentido de promover um atendimento e encaminhamento adequado a estes animais.
A partir da ordem de serviço concedida nesta terça-feira, a empresa tem 10 dias para iniciar os trabalhos. Assim que forem capturados, os animais serão microchipados e levados para uma área apropriada onde receberão todos os cuidados. “Haverá um período para que os proprietários façam o resgate mediante devida comprovação de posse e, após esse período, não havendo reclamação, a empresa poderá proceder a venda dos animais”, observou Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente.
Além de equinos, o contrato prevê que sejam recolhidos bovinos e muares. A empresa deverá fazer a captura com uso de caminhão com carroceria do tipo boiadeiro, contendo rampa emborrachada para embarque e equipamentos adequados para a apreensão. Toda ocorrência deverá dar origem a um relatório (resenha), registro fotográfico e identificação com microchipagem de cada animal coletado. “A prestação dos serviços ocorrerá durante 24 horas, incluindo finais de semanas e feriados, atendendo inclusive os distritos”, conclui Sérgio Bobig, secretário da pasta.