segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Caminhoneiros do Paraná prometem parar a partir desta segunda-feira

Caminhões parados na Grande Curitiba em 2018: chance de protesto se repetir
Caminhões parados na Grande Curitiba em 2018: chance de protesto se repetir (Foto: Franklin de Freitas/Arquivo Bem Paraná)


Pouco mais de um ano e três meses depois da greve dos caminhoneiros de 2018, iniciada em 21 de maio e só encerrada no dia 30 do mesmo mês após intervenção do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal para desbloquear as rodovias, uma nova paralisação da categoria está marcada para ter início a partir de hoje, e não tem data para acabar.
Segundo o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Sao José Dos Pinhais (Sinditac SJP), a manifestação já estava marcada há tempos por conta do julgamento da constitucionalidade dos pisos mínimos para a categoria, que havia sido marcado para a próxima quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A pedido do governo federal, que apelou ao ministro Luiz Fux por meio da Advocacia Geral da União (AGU), o julgamento acabou sendo adiado e não há previsão para que uma nova data seja marcada. O governo alega estar buscando uma alternativa ao tabelamento junto aos caminhoneiros.
Grande parte da categoria, contudo, optou por manter os protestos e dar início à paralisação. Segundo Plínio Dias, presidente do Sinditac SJP, isso se deve ao fato de a pauta dos caminhoneiros não se limitar à questão do tabelamento.
“Não está na pauta dos caminhoneiros só o julgamento do STF, mas a elaboração do piso, um piso justo, e também o CIOT (Código Identificador da Operação de Transportes, que regulamenta o pagamento do valor do frete referente à prestação dos serviços de transporte rodoviário de cargas) para todos. Isso que estamos reivindicando”, explica.
Na Região Metropolitana de Curitiba, o protesto começa ainda durante a manhã de hoje, com concentração no posto Costa Brava, na região de Quatro Barras. A ideia é convencer os motoristas a estacionarem nos postos de combustíveis a partir das 8 horas da manhã.
“Vamos começar o protesto a partir do dia 2 e não tem dia para acabar. No dia 2, 3, 4, 5, 6 e assim vai. Vamos parando a nível nacional”, explica Plínio. “Todas as regiões do Paraná estão se mobilizando. Pessoal está me ligando de Ponta Grossa, Irati, Sapopema. Todo mundo no mesmo pensamento”, garante.
O presidente do Sinditac SJP também apela para que os caminhoneiros e suas famílias ajudem a dar corpo às manifestações. “Vão para os pátios e ajudem a protestar”. Ao mesmo tempo, apela pela empatia da sociedade, para que compreenda a situação que está provocando a paralisação.
Efeito

‘Não queremos estragar o feriado’
A principal reclamação dos caminhoneiros é com relação à última tabela de fretamento, divulgada em junho em que, segundo a categoria, trazia valores muito baixos (acabou suspensa após protestos). “Eles podem julgar quando quiserem a constitucionalidade da lei e, para gente, quanto antes melhor. Só queremos ter paz na estrada. Espero que a sociedade entenda. A data do dia 4 foi o STF que marcou, não a gente. Não queremos estragar o feriado de ninguém”, diz em referência ao 7 de Setembro, a data da proclamação da independência do Brasil.

Ainda de acordo com o Sinditac SJP, o governo federal tem se mostrado muito aberto até aqui nas tratativas e está atendendo a categoria, dialogando. “Mas a solução que é bom não chegou”, reclama Plínio. “Estamos à deriva, ninguém respeita as leis do caminhoneiro, não temos um diário oficial que legalize a multa (contra empresas que não respeitam o piso mínimo). Está um descaso total”.
Plínio também diz que desde a manifestação de 2018 pouca coisa mudou em favor da categoria. “De lá para cá não obtivemos quase nada do governo, só o do eixo levantado (isenção da cobrança de tarifa de pedágio).” Por fim, ele destaca também que ainda é cedo para avaliar qual será, de fato, a proporção da paralisação. Mas ao menos esse início, segundo ele, lembra o que foi visto há um ano e três meses.
Fonte: Bem Paraná

sábado, 31 de agosto de 2019

Gestão Pública de Apucarana é a de melhores resultados no Paraná


Conselho Regional de Administração-PR homenageou o prefeito Junior da Femac em solenidade realizada ontem à noite, em Londrina 
(Foto: Profeta)
O prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Junior, o “Junior da Femac”, acompanhado de secretários municipais, recebeu ontem, no Palhano Square Garden, em Londrina, uma placa de prata outorgada pelo Conselho Federal de Administração (CFA) e pelo Conselho Regional de Administração (CRA). A distinção especial foi entregue pela conquista do melhor desempenho da gestão pública de Apucarana no Paraná.
O presidente do Conselho Regional de Administração, Sérgio Pereira Lobo, explicou na abertura do evento que o Índice de Governança Municipal (IGM) foi criado em 2016, tendo por objetivo o desenvolvimento de estudos e pesquisas com abrangência em todo o território brasileiro. “O IGM inclui cinqüenta indicadores que medem a performance dos prefeitos em três dimensões: finanças, gestão e desempenho global”, informou Lobo, assinalando ainda que o foco do CFA foi criar uma ferramenta que contribui para o aperfeiçoamento das gestões públicas.
De acordo com ele, vários fatores são avaliados incluindo índice de vacinação, mortalidade infantil, estatísticas de segurança pública, saneamento básico, índice comprometimento da arrecadação do município com folha de servidores, Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB), Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e pagamento de salários e de encargos sociais em dia, entre outros aspectos. “A gestão pública de Apucarana está fora da curva, com um desempenho muito acima da média nesta faixa pesquisada”, pontuou o presidente do CRA.
DESEMPENHO – Pelo estudo, Apucarana aparece em primeiro lugar no Paraná e em sexto lugar a nível nacional entre 154 municípios de todo o país, na faixa de municípios com mais de 100 mil habitantes e com renda per capta de até R$ 28.900. No estado, a gestão pública de Apucarana ficou em primeiro lugar no Paraná, com o índice de 7,85, seguido de Almirante Tamandaré (6,97), Piraquara (6,87) e Colombo (4,88).
Os números e resultados foram pesquisados nos últimos doze meses e, desta forma, são referentes a períodos em que o Município teve como prefeitos o médico Beto Preto e engenheiro civil Junior da Femac. O atual secretário de saúde do Paraná, Beto Preto, não pôde comparecer ao evento, mas se manifestou satisfeito com a pesquisa do IGM/CFA, que atesta a eficiência e a lisura da gestão pública de Apucarana, que ganhou um novo perfil a partir de 2013.
Após receber a placa pela conquista, das mãos de Jorge Dovepole, delegado do CRA em Apucarana, o prefeito Junior da Femac discursou emocionado na solenidade. “Aprendi a algum tempo com minha esposa Carmen Lúcia Isquierdo Martins -que é administradora -, importantes ferramentas de administração”, revelou, frisando que, a partir da gestão Beto Preto, Apucarana deu um significativo salto de qualidade, adotando muitos conceitos modernos de administração. “Estabelecemos metas, respeitando um planejamento estratégico, investindo com critérios o dinheiro público, fazendo mais com menos recursos e adotando um cronograma de trabalho”, avaliou Junior.
O prefeito lembrou que como herança de gestões temerárias, o município paga hoje em média R$ 1,5 milhão de dívidas, principalmente com precatórios, ações trabalhistas, parcelamento de encargos sociais e pendências com fornecedores. “Mesmo com esses entraves, conseguimos avançar bastante. Quando o Beto Preto assumiu a prefeitura a cidade tinha apenas 24% de saneamento básico. E hoje esse índice saltou para mais de 80%, com investimentos de R$ 173 milhões da Sanepar”, lembrou.
Segundo Junior, o saneamento alavancou a construção civil em Apucarana, gerando empregos. E com relação à agricultura o prefeito destaca que o setor sempre foi forte, mas agora o Valor Bruto de Produção (VBP) cresceu mais de 11% no município. “Nesta conquista do IGM também vale destacar o IDEB de Apucarana que é o melhor do Estado, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) – melhor do Paraná -, e o índice de apenas 42,6% da arrecadação para pagamento de pessoal, que é um dos melhores do Paraná”, avaliou.
Para o prefeito, a partir de agora, a responsabilidade aumenta, para manter o nível de avaliação da gestão ou até para avançar ainda mais. “Faço questão de prestar um agradecimento a toda a minha equipe de secretários, superintendentes e todos os servidores, por que esta avaliação é de desempenho de toda a gestão, é um trabalho de equipe”, concluiu Junior da Femac.


Prefeitura entrega asfalto no Parque Industrial Norte


Pavimentação de quatro ruas foi executada com recursos próprios do município, no valor de R$ 550 mil 
(Foto: Profeta)

O prefeito Junior da Femac inaugurou hoje (31) as obras de drenagem e pavimentação asfáltica de ruas do Parque Industrial Norte, em atividade desde a década de 80. O investimento foi de R$ 550 mil, com recursos do município e os serviços executados compreendem drenagem, meio-fio e capa asfáltica de CBUQ
Foram asfaltados trechos das ruas Aço, Estanho, Silício e Chumbo, atendendo solicitação de empresários da região, que esperaram quase 40 anos pelas obras. Junior da Femac lembra que no Parque Industrial Norte havia apenas uma via com asfalto: a Rua Zilda Seixas Amaral, que foi pavimentada na década de 90. “A gestão Beto Preto retomou as obras de infraestrutura no parque e pavimentou a Rua Alumínio. E agora estamos entregando o asfalto nas quatro ruas restantes”, destacou Junior da Femac.
Os cerca de 700 metros da Rua Alumínio foram pavimentados em 2016, obra que recebeu investimentos de R$ 650 mil e que foi entregue junto com novo sistema de iluminação pública.  Agora foram executadas obras nas ruas Silício (120 metros), Estanho (200 metros), Aço (400 metros) e Chumbo (40 metros). Nestas duas etapas, o Município investiu mais de R$ 1,2 milhão.
“Peço perdão aos empresários pelas décadas de espera. Essa obra que vocês estão recebendo é resultado do planejamento da gestão Beto Preto, apesar de pagar R$ 1,5 milhão por mês de dívidas herdadas de outras administrações. É com grande satisfação que atendemos aos pedidos dos empresários e com a entrega dessas obras deixamos todas as ruas do Parque Industrial Norte asfaltadas. Isso traz dignidade para os empresários e famílias que aqui moram”, comemora Junior da Femac.
Um dos empresários mais antigos do Parque Industrial Norte. Antonio Felizardo da Silva, da empresa Huanfer Indústria e Comércio, localizada na Rua Aço, agradeceu a administração municipal. “Essa obra, que venho pedindo há quase 40 anos, vai viabilizar mais nosso negócio nos dando condição de trabalhar com tranquilidade. Estamos realizando um sonho de termos condições de tornar o nosso negócio mais produtivo”, destacou Antonio Silva.
Dono da empresa Móveis Zacarias, situada na Rua Estanho, José Zacarias de Carvalho, comemorou o fim de 18 anos de dificuldades pelas condições da rua em que tem seu negócio e também reside. “Ao longo destes anos cansei de perder clientes, a enxurrada invadia meu barracão e tantos outros transtornos. Além do barro e poeira e rua era tomada por buracos. “Agora ficou bom demais. Se melhorar vira festa e só tenho que parabenizar a gestão Beto Preto que prometeu e cumpriu”, disse José Zacarias.
O evento de entrega da obra do asfalto foi prestigiado por um grande número que empresários que atua no Parque Industrial Norte, por secretários municipais e moradores da região.


Câmara realiza Audiência Pública para debater acordo entre MPF e CCR/Rodonorte


O debate terá início às 20 horas. O credenciamento será realizado a partir das 19h30
Câmara realiza Audiência Pública para debater acordo entre MPF e CCR/Rodonorte
A Câmara Municipal de Apucarana realiza na próxima quinta-feira (05/09), Audiência Pública para debater o acordo de Leniência assinado entre o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato e a Concessionária CCR/Rodonorte.
O assunto em pauta é: Duplicação Total da BR 376 – Rodovia do Café – entre Apucarana e Ponta Grossa e a Construção do Contorno Leste de Apucarana.
Pelo termo assinado pelo MPF e a Rodonorte, a empresa vai pagar uma indenização de R$ 360 milhões aos usuários que serão abatidos com a redução de 30 % das tarifas, e investir outros R$ 350 milhões em obras, mas ficará desobrigada de fazer a duplicação da BR-376 entre Ponta Grossa e Apucarana, conforme previsto no contrato de concessão.
Segundo o presidente do Legislativo, professor Luciano Molina, já confirmaram presença na Audiência Pública, os deputados estaduais Arilson Chioratto, Delegado Dr. Jacovós e Tercílio Turini. “Os deputados são da nossa cidade e região, estão, como todos nós preocupados em resolver a questão e vão discutir com a comunidade o que poderá ser feito para que a nossa região e a duplicação não sejam afetadas. Os apucaranenses não poder ter prejuízos com os problemas da Concessionária”, alegou Molina.
Os deputados já participaram de Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa do Paraná, organizada pelos deputados Romanelli e Tião Medeiros, presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação
Audiência – A audiência está marcada para às 19h30, na Câmara Municipal, para a realização do credenciamento e, pontualmente, às 20 horas, terão início os pronunciamentos e debates com a comunidade. 
(Foto: Divulgação)


Manuela: o Brasil sabe, a partir do Glenn, o envolvimento de autoridades em crimes horrendos


"A decisão que tomei me honra, me honra porque hoje o Brasil sabe, a partir do trabalho do Glenn, do Intercept e de outros veículos de comunicação, o envolvimento dessas autoridades em crimes horrendos", diz a ex-deputada Manuela d'Ávila, do PCdoB
Em nota, o PT classificou como um "festival de horrores" a forma como entrevistadores do Roda Viva procederam em relação à presidenciável do PCdoB; "Um desfile de machismo e misoginia da pior espécie, de causar repulsa em qualquer brasileira e brasileiro que esperava assistir a uma entrevista que discutisse os rumos do País"
Em nota, o PT classificou como um "festival de horrores" a forma como entrevistadores do Roda Viva procederam em relação à presidenciável do PCdoB; "Um desfile de machismo e misoginia da pior espécie, de causar repulsa em qualquer brasileira e brasileiro que esperava assistir a uma entrevista que discutisse os rumos do País" (Foto: Leonardo Lucena)

247 – Em entrevista à jornalista Thais Arbex, publicada na Folha de S. Paulo, a ex-deputada Manuela d'Ávila diz ter orgulho de ter colocado o hacker que a procurou em contato com o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, dando origem às revelações da Vaza Jato. "A decisão que tomei, como jornalista e como cidadã, foi passar para o maior jornalista do mundo aferir a veracidade dos crimes que se revelam, cotidianamente, cometidos por autoridades do Estado brasileiro", diz ela.
"Não tomei a decisão de entrar, porque o meu celular foi invadido e recebi essas denúncias pelo meu telefone. Mas a decisão que tomei me honra, me honra porque hoje o Brasil sabe, a partir do trabalho do Glenn, do Intercept e de outros veículos de comunicação, o envolvimento dessas autoridades em crimes horrendos", aponta ainda Manuela.

Vox: Lula é melhor presidente da história até entre eleitores de Bolsonaro


Segundo pesquisa Vox Populi, para 62% o governo Lula foi aquele em que tiveram “melhores condições de vida: emprego, maior renda, menor inflação, etc.” Apenas 5% consideram que Bolsonaro proporciona melhores condições de vida. Lula é considerado o melhor, por esse critério, até entre eleitores de Bolsonaro (32% contra 16% que dizem que o melhor governo é o atual)

247 - Pesquisa Vox Populi divulgada nesta sexta-feira 30, que aponta crescimento na rejeição a Jair Bolsonaro para 40%, revela também que a aprovação de governo do ex-presidente Lula continua sendo a mais positiva entre todos os presidentes, até entre eleitores do atual presidente.
Comparando o governo atual e os anteriores, para 62% das pessoas o governo Lula foi aquele em que tiveram “melhores condições de vida: emprego, maior renda, menor inflação, etc.” Apenas 5% consideram que Bolsonaro proporciona melhores condições de vida. 
Segundo a pesquisa, Lula é considerado o melhor, por esse critério, até entre eleitores de Bolsonaro (32% contra 16% que dizem que o melhor governo é o atual). 
Para 50%, Lula é o melhor presidente que o país já teve. Seu governo foi positivo para 62%, regular para 23% e negativo para apenas 13%.
A Vox perguntou qual o sentimento “como pessoa” em relação a Lula, Bolsonaro e FHC. 30% disseram “gostar muito” de Lula, 11% de Bolsonaro e 5% de FHC. 23% disseram gostar “um pouco” de Lula, 20% de Bolsonaro e 18% de FHC. 22% “não gostam nem desgostam”de Lula, 24% de Bolsonaro e 38% de FHC. 
Os que “não gostam mas não chegam a detestar” Lula são 16%; de Bolsonaro, 23%, e de FHC, 17%. E os que dizem que “detestam, não gostam de jeito nenhum” de Lula são 8%; de Bolsonaro, 21%, e de FHC, 16%.
Em relação à pesquisa de abril, o percentual dos que gostam (muito + um pouco) de Lula como pessoa cresceu de 48% para 53%, o dos que não gostam nem desgostam passou de 26% para 23%, e o dos que não gostam (não chegam a detestar + detestam) permaneceu em 23%.
Os que detestam ou não gostam de Bolsonaro como pessoa saltaram de 28% para 44%, os neutros caíram de 33% para 24% e os que gostam muito ou um pouco passaram de 18% para 30%.


Procurador admite que Lava Jato vive seu pior momento


“Não há dúvida (que a Lava Jato vive seu pior momento). Mas a operação é forte o suficiente para resistir porque ainda conta com o apoio da maioria da população. Entretanto, estamos sitiados por ataques de todo o sistema político”, admitiu Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República aposentado e que foi um dos principais integrantes da força-tarefa
(Foto: Reprodução/CGC)

BRASÍLIA (Reuters) - A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular pela primeira vez uma sentença da Lava Jato e o vazamento de mensagens atribuídas ao ex-juiz da operação Sergio Moro e a procuradores da força-tarefa colocam em risco a maior investigação de combate à corrupção no país, que chega aos cinco anos em seu pior momento, com a perspectiva de derrotas.
“Não há dúvida (que a Lava Jato vive seu pior momento). Mas a operação é forte o suficiente para resistir porque ainda conta com o apoio da maioria da população. Entretanto, estamos sitiados por ataques de todo o sistema político”, admitiu Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República aposentado e que foi um dos principais integrantes da força-tarefa.
Investigados e condenados na operação já começaram a apresentar recursos ao STF para garantir a extensão da decisão que invalidou a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine. Com base nesse precedente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado mais notório da Lava Jato, já conseguiu uma pequena vitória na corte ao obter o direito a apresentar alegações finais antes dos réus delatores no processo do Instituto Lula — uma ação que estava pronta para ser julgada.
A esperança de advogados de envolvidos na Lava Jato é que com esse flanco aberto os tribunais e o STF comecem a revisar e até anular decisões da operação. A defesa de Lula, por exemplo, faz uma ofensiva na corte com recursos que contestam procedimentos e alegam parcialidade de Moro e procuradores após as divulgações feitas pelo site The Intercept Brasil e outros veículos de mensagens atribuídas ao ex-juiz da operação e a procuradores para derrubar os três processos contra o petista: além do relativo ao Instituto Lula, o do tríplex, pelo qual foi condenado e cumpre pena há mais de 500 dias; e o do sítio de Atibaia.
Para o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, o momento —após as reportagens e a decisão da Segunda Turma— é “oportuno” para que o Supremo ponha fim ao que considera “cenário de abusos” cometido pela Lava Jato contra o ex-presidente.
Segundo a força-tarefa da operação no Ministério Público Federal (MPF), esse entendimento adotado no caso Bendine poderá levar à anulação de 32 sentenças envolvendo 143 dos 162 réus condenados na Lava Jato.
“As mensagens divulgadas pelo Intercept e outros órgãos de imprensa mostram que o ex-juiz Sergio Moro comandava e orientava todas as ações dos procuradores. Nunca houve um juiz propriamente julgando o ex-presidente Lula, o que havia era um coordenador da acusação”, disse ele, para quem os procuradores da operação agiram motivados por “ódio” e “desapreço” contra o petista.
Procurado, Sergio Moro não quis se manifestar sobre a decisão da Segunda Turma e sobre declarações da defesa de Lula.
A pessoas próximas, segundo uma fonte ligada ao ministro da Justiça, Moro tem dito não acreditar que haverá uma mudança de foco na Lava Jato após a decisão do Supremo e que o plenário vai restringir o alcance desse precedente. O ministro Edson Fachin, relator da operação na corte, levou outro caso semelhante para que os 11 ministros decidam a questão em plenário.

DESGASTE

O ministro da Justiça defende sua atuação na Lava Jato e também tem negado a autenticidade das mensagens divulgadas, alegando ainda que elas não mostram qualquer irregularidade na condução de ações da operação.
A força-tarefa do MPF da Lava Jato também. Para o procurador da República Marcelo Ribeiro, integrante do grupo, há um conjunto de descontextualização, edição e modificação de conteúdo que acaba levando a uma “exposição pública dos colegas”. Ele admite que essa situação atrapalha os trabalhos da força-tarefa.
“Uma vez expostos, inclusive com conteúdo não reconhecido e alguns evidentemente alterados, claro que a gente perde tempo com isso. Não dá para falar que não há desgaste, seria ingênuo”, disse Ribeiro, que ingressou no grupo este ano.
No STF, segundo duas fontes da corte, a avaliação é que o plenário deverá em breve arbitrar a extensão do precedente aberto com a decisão sobre Bendine. Entre as teses, será avaliado se o momento da apresentação das alegações finais vai valer para todos os réus ou apenas para aqueles que expressamente pediram em juízo.
Crítica à operação, uma dessas fontes afirmou à Reuters que os dois fatos —reportagens do site The Intercept e decisão sobre Bendine— indicam que o Supremo conseguiu um “respiro” para julgar sem pressão casos da Lava Jato.
“As pessoas começam a se colocar no lugar: e se fosse eu que iria pagar um advogado para me defender e o juiz fingindo que eu iria ser defendido, o negócio era acusar mesmo”, afirmou a fonte, na condição de anonimato, referindo-se à suposta ação parcial de Moro no caso. “Eles (Lava Jato) não são super-heróis, intocáveis”, reforçou, apostando num cenário mais favorável a contestações da operação no plenário da corte.
Reservadamente, um ministro do Supremo defendeu a decisão sobre Bendine à luz dos princípios que estão no Código de Processo Penal, chamando-a de “importante”. Afirmou que se há um exagero quando se faz qualquer reavaliação de decisões da Lava Jato, lembrando que, por exemplo, a corte já arquivou denúncias e investigações baseadas em delações e proibiu conduções coercitivas de investigados, como ocorreu com Lula.
“O que se nota é que, como a Lava Jato buscou uma institucionalização para além do que se podia fazer, deixou de existir a Lava Jato e ela buscou um status que não tem e não deveria ter”, disse esse ministro, ao avaliar que a operação já poderia caminhar para o fim dos trabalhos.
O procurador aposentado Lima classificou a decisão sobre Bendine de “totalmente equivocada”, sem qualquer previsão legal e amparo no entendimento do próprio Supremo.
“Trata-se de uma decisão tirada da manga de alguns magistrados mandrakes para fazer voltar a velha jurisprudência de nulidades que destruíram tantas outras grandes operações na história”, disse ele, para quem a maioria dos ministros da corte, “sensatos”, vai rejeitar que esse entendimento ampliado prevaleça.
Para o ex-integrante da Lava Jato, há três ou quatro integrantes do Supremo que “desejam fazer valer atos criminosos para atenderem seus interesses em destruir a operação”.
“Entretanto, ainda há Juízes, com maiúscula, no STF. A condenação de Lula já foi confirmada na sua análise fática, não restando discussão sobre a corrupção do ex-presidente. As provas estão aí para quem quiser ver e foram ampla e detalhadamente analisadas em 1° é 2° graus. Creio que não existe nenhuma nulidade a ser reconhecida e que a maioria do STF pensará da mesma forma”, destacou.
O procurador Marcelo Ribeiro também discordou da decisão sobre Bendine e alertou que o impacto dela, a se prevalecer, poderia gerar também anulação de centenas de casos de tráfico e exploração sexual. Ele minimizou um eventual embate entre o Supremo e a Lava Jato.
“Não considero, embora respeito, que um entendimento divergente do nosso seja um puxão de orelha, um freio de arrumação. De modo algum. Tenho a consciência de que alguns tentam passar essa impressão, mas eu não consigo acreditar nisso”, disse ele.

“PLENO VAPOR”

Há duas semanas, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, prorrogou por mais um ano o trabalho da força-tarefa. São 15 procuradores destacados para os trabalhos e mais cerca de 30 servidores, segundo Marcelo Ribeiro. Balanço mais atualizado da força-tarefa da operação em Curitiba aponta que, até julho, foram oferecidas 101 denúncias contra 445 pessoas pelos mais variados crimes identificados durante a apuração. Em 50 ações penais já houve sentença, com a condenação de 159 réus.
Por meio de acordos de delação, leniências, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e renúncias voluntárias de valores, a operação já garantiu a recuperação de aproximadamente 14 bilhões de reais aos cofres públicos, que devem ser pagos ao longo dos próximos anos. Desse valor, 3 bilhões já foram efetivamente devolvidos para a Petrobras no âmbito da Lava Jato.
Ribeiro disse que o trabalho da Lava Jato está a “pleno vapor” e destacou que a quantidade de denúncias e operações deflagradas este ano mostram que ela atua com a mesma intensidade.
“Sendo bem franco, eu acredito que a gente não está no meio do caminho. Há muito o que se fazer. A cada fase esse ano, foram várias, surge um manancial de outros envolvidos, outros esquemas, Parece que a coisa não tem fim”, disse o integrante.
“Talvez seja o desejo de muita gente (acabar com a operação), mas isso não é uma realidade”, completou.


Leandro Fortes: jornalistas mau-caráter são responsáveis pelo Brasil de hoje


Membro do Jornalistas Pela Democracia e colunista do Brasil 247, Leandro Fortes falou no Encontro de Assinantes do 247 em Brasília sobre a influência da mídia no golpe de 2016 e, por consequência, na situação atual do país. “Temos no Brasil hoje um agrupamento de jornalistas muito mau-caráter que são responsáveis por isso e hoje estão escrevendo fartamente artigos horrorizados com o Bolsonaro. Essas pessoas são responsáveis por eles, são padrinhos e madrinhas dessa gente”, criticou. Assista

247 - O jornalista Leandro Fortes, membro do Jornalistas pela Democracia e colunista do Brasil 247, debateu a influência da mídia no cenário atual brasileiro durante o Encontro de Assinantes do 247 em Brasília e culpou quem chamou de “jornalistas mau-caráter”, inclusive pela ascensão de Jair Bolsonaro e os recentes incêndios na Amazônia.
Fortes afirmou que o país vive o “apogeu de uma classe jornalística” e que os profissionais da área transformaram a função intelectual do jornalista em uma atividade de “tarefeiros”.  
“Nós falamos de uma forma envergonhada da ação dos jornalistas brasileiros em relação ao estado de coisas em que nós nos encontramos hoje. Não é a família Marinho, não é o bispo, não são os donos das emissoras que fizeram e fazem essas atrocidades hoje nos noticiários. São repórteres, jornalistas que mentem e distorcem, que são subservientes, servis, que transformaram a atividade jornalística em uma atividade de tarefeiros”.
Ele também culpou os que chamou de “jornalistas-mau caráter” pela crise no país, que inclui a ascensão de Bolsonaro e as recentes queimadas na Amazônia. “Temos no Brasil hoje um agrupamento de jornalistas muito mau-caráter que são responsáveis por isso e hoje estão escrevendo fartamente artigos horrorizados com o Bolsonaro, chorando pitangas pelos incêndios na Amazônia, reclamando pelos maus modos do filho do Bolsonaro. Essas pessoas são responsáveis por eles, são padrinhos e madrinhas dessa gente”.
Leandro Fortes também teve cautela ao avaliar a possibilidade de uma mídia democrática com o advento da internet e colocou a viabilidade desta nas mãos dos profissionais que estão trabalhando neste projeto.
“A discussão de termos ou não uma mídia democrática e a utilização de plataformas digitais para isso vai ter que passar, necessariamente, sobre quem vai trabalhar nisso. Se você parar para olhar esse universo, é tudo muito incipiente, para não falar indigente porque não há formação para esses jornalistas trabalharem, as pessoas estão se jogando como comunicadoras nas redes sociais sem nenhuma formação para fazerem isso”.


Apucarana abre neste domingo a Semana da Pátria


A organização da “Semana” é da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur) 
(Foto: Edson Denobi)

Com a chegada do fogo simbólico e hasteamento dos pavilhões nacional, estadual e municipal, Apucarana abre oficialmente neste domingo (01/09), a partir das 8h30, no platô da Praça Rui Barbosa, a programação alusiva à Semana da Pátria.
Com a presença do prefeito Júnior da Femac, a solenidade vai contar com autoridades do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado do Exército Brasileiro (30º BIMec), do 10º Batalhão da Polícia Militar do Paraná (10º BPM) e do 11º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (11º GB), bem como alunos e professores da Escola Municipal João Antônio Braga Côrtes, colégios particulares São José e Platão, e estaduais Nilo Cairo e Francisco de Oliveira Souza, além de jovens atendidos pelo Centro da Juventude.
A organização da “Semana” é da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur). “Convidamos a todos para prestigiar as atividades preparadas com muito carinho por nossa equipe para celebrar mais um ano desta data tão importante para toda nação, que é a independência”, diz Júnior da Femac.
Ele frisa que até o tradicional desfile cívico de “7 de setembro”, haverá o hasteamento – às 8 horas – e arriamento – às 18 horas – das bandeiras no platô da praça central. “Sempre com a presença do 30º BIMec e 10º BPM, escolas, clubes de serviço e outras entidades representativas da sociedade vão se revezar na atividade de celebração da cidadania e soberania nacional”, relata o prefeito.
A secretária da Promatur, professora Maria Agar Borba, informa que na sexta-feira (06/09) acontece desfile cívico promovido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Apucarana (APAE Apucarana). “Está confirmada a participação de 10 entidades, com concentração e saída dos participantes a partir da Avenida Aviação junto ao Núcleo Habitacional Castelo Branco e Jardim Aeroporto”, relata a secretária.
Quanto ao desfile de “7 de setembro”, Maria Agar informa que oficializaram participação 30 entidades.
Entidades e ordem das entidades que vão desfilar no dia 7 de setembro
1 – 30º BIMec
2 – 10º BPM
3 – Corpo de Bombeiros
4 – SAMU
5 – Escola de Socorristas – APH
6 – Guarda Municipal de Apucarana
7 – Centro da Juventude
8 – Escolas Municipais de Apucarana
9 – Centros Municipais de Educação Infantil
10 – Col. São José
11 – Col. Est. Nilo Cairo
12 – Col. Cobra
13 – Col. Est. Alberto Santos Dumont
14 – Col. Est. Antônio dos Três Reis
15 – Col. Est. Heitor de Alencar Furtado
16 – Col. Est. Isidoro Luiz Cerávolo
17 – Col. Est. Francisco Alves de Souza
18 – Col. Est. José de Anchieta
19 – Col. Est. Osmar Guaracy Freire
20 – Col. Est. Padre José Canale
21 – Hospital da Providência
22 – Associação Brasil Soka Gakai
23 – Ordem Demolay Apucarana
24 – Grito dos Excluídos
25 – Miss Apucarana
26 – Opala Clube Apucarana
27 – Associação Apucaranense de Kart Cross
28 – Opala Clube Paraná
29 – Omega Clube Absolutos.com
30 – CMEAR


sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Promotor suspende investigação contra “amiga de Lula” por medo da Lei de Abuso de Autoridade


Cássio Conserino, promotor já condenado por ataques a Lula, critica lei que prevê punição para quem inicia investigação de maneira irregular, sem justa causa ou sabendo ser o alvo inocente

Jornal GGN - O promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, suspendeu oficialmente uma investigação contra, nas palavras da revista Veja, a “amiga” de Lula, Rosemary Noronha, por medo de eventualmente ser punido pela Lei de Abuso de Autoridade
A norma foi aprovada pelo Congresso neste mês de agosto e aguarda sanção presidencial. Um dos artigos da Lei estabelece punição para a autoridade que der início a uma investigação de maneira irregular, sem motivo ou sabendo ser o alvo inocente.
Rosemary seria alvo de investigação por supostamente ter recebido vantagens na compra de um duplex da Bancoop – a mesma cooperativa que entregou o Condomínio Solaris, onde está o triplex no Guarujá que levou Lula à prisão, para a OAS concluir a obra.
Conserino – que em março passado foi condenado a indenizar Lula por difamá-lo nas redes sociais – entendeu que é melhor ter “cautela” e “evitar dissabores” suspendendo a investigação, pelo menos “até que a normalidade jurídica seja restabelecida, com o veto integral, parcial ou reconhecimento de sua inconstitucionalidade”, disse em relação à Lei de Abuso de Autoridade.
Continue lendo no Jornal GGN.


Thompson Flores atuou para Gabriela Hardt permanecer na Lava Jato


Segundo reportagem do Jornal GGN, o presidente do TRF-4, Thompson Flores, escreveu uma resolução interna para permitir que a juíza Gabriela Hardt, ligada a Sergio Moro, pudesse continuar atuando no comando da Operação Lava Jato e dos processos da 13ª Vara Federal de Curitiba

Jornal GGN – O presidente do TRF-4, Thompson Flores, escreveu uma resolução interna para permitir que a juíza Gabriela Hardt, ligada a Sergio Moro, pudesse continuar atuando no comando da Operação Lava Jato e dos processos da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Nesta sexta-feira (30), reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que uma portaria da Justiça Federal autorizou, em maio deste ano, que Gabriela Hardt pudesse atuar com Bonat, a quatro mãos na Lava Jato. O GGN teve acesso a este documento e também a uma resolução anterior à portaria, que revela que foi o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, quem articulou a permanência da magistrada na Lava Jato.
Leia a íntegra aqui.


Demori desafia Deltan: nos dê uma entrevista e repita essa mentira na frente dos nossos jornalistas


O jornalista Leandro Demori, editor-executivo do site The Intercept Brasil, comentou nesta sexta-feira (30) trecho da entrevista que o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, concedeu à BBC Brasil, dizendo que Deltan "mentiu de novo". "Nos dê uma entrevista e repita essa mentira na frente dos nossos jornalistas", desafiou
Leandro Demori Deltan Dallagnol
Leandro Demori Deltan Dallagnol

247 - O jornalista Leandro Demori, editor-executivo do site The Intercept Brasil, comentou nesta sexta-feira (30) trecho da entrevista que o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, concedeu à BBC Brasil.
Na entrevista, perguntado se o pedido de desculpas feito pela procuradora Jerusa Viecili ao ex-presidente Lula não seria indício de que de fato a conversa aconteceu entre os procuradores no Telegram, atestando a veracidade das mensagens reveladas pela Vaza Jato, Deltan respondeu que "a gente tem aí cinco anos de intensas mensagens, se você muda uma palavra, muda completamente o signficado de um texto".
"Deltan mentindo de novo", escreveu Demori, para depois desafiá-lo a conceder uma entrevista ao The Intercept Brasil: "repita essa mentira na frente dos nossos jornalistas".




'São conversas que você teria na mesa de casa com a família', diz Deltan sobre ironizar a morte de familiares de Lula


Procurador chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, voltou a reconhecer a veracidade do conteúdo das conversas reveladas pelo The Intercept e minimizou os comentários debochados sobre a morte de familiares do ex-presidente Lula. "São conversas que você tem com o círculo de intimidade, conversas que você fica à vontade para falar até alguma besteira, uma bobagem, para ser até certo modo irresponsável", disse o procurador que nas mensagens comparou Dona Marisa Letícia, então esposa de Lula e vítima de AVC, a um vegetal
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247  - O procurador chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol voltou a reconhecer a veracidade do conteúdo das conversas reveladas pelo The Intercept. Em entrevista a BBC Brasil, Deltan minimizou os comentários debochados sobre a morte de familiares do ex-presidente Lula.
"As pessoas têm que entender que essas conversas são conversas que você teria na mesa de casa com a família, são pessoas que estão trabalhando há cinco anos juntas, são amigas. São conversas que você tem com o círculo de intimidade, conversas que você fica à vontade para falar até alguma besteira, uma bobagem, para ser até certo modo irresponsável", disse o procurador.
Revelações do site Intercept Brasil em parceria com o Uol, apontam que procuradores da Lava Jato ironizaram a morte de Dona Marisa Letícia, então esposa de Lula e vítima de AVC. "Um amigo de um amigo de uma prima disse que chegou ao atendimento sem resposta, como um vegetal", afirmou Dallagnol no Telegram. O procurador Januário Paludo responde: "estão eliminando as testemunhas"
Diferentemente do que dizia no início das reportagens da Vaza Jato, em que negava o conteúdo revelado e dizia que não se lembrava das conversas, Deltan agora tomlou um chá de memória. "Eu não posso atestar que tudo lá seja verdade, mas existem coisas lá que a gente lembra", disse. Mas ele voltou a criticar o que chama de "falta de contexto" "Existe aí um foco em tentar sempre mostrar aquilo que pode gerar uma polêmica", declara.
Confira a íntegra da entrevista na BBC Brasil.