quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Gleisi e Carluxo trocam farpas pelo Twitter



A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, comentou o veto presidencial derrubado no Congresso que estabelece penas mais duras para as ‘fake news’ eleitorais.
Segundo Gleisi, é um recado claro dos parlamentares ao presidente Bolsonaro, ao ex-juiz Sérgio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol. Confira:

Carluxo tomou as dores e procurou devolver a encrenca com uma montagem sobre o ex-candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. Gleisi perguntou se a “carapuça” serviu. Carluxo devolveu com um “Não” e tentou retomar o apelido de “Amante” que tentam atribuir à deputada.


Gleisi não deixou barato e lembrou do “primo” de Carluxo.



Urgente: Macri ‘quebra’ a Argentina e declara moratória da dívida externa


O governo neoliberal de Maurício Macri, aliado de Bolsonaro, quebrou a economia da Argentina e anunciou nesta quarta-feira (28) que pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a revisão dos vencimentos de sua dívida de US$ 56 bilhões, que começam em 2021. O ministério da Fazenda da Argentina declarou que a medida tem como objetivo aliviar a atual turbulência no mercado cambial argentino.
As negociações devem começar na gestão do atual presidente, Mauricio Macri, mas teriam que ser concluídas no próximo governo -que começa em 10 de dezembro. O primeiro turno das eleições argentinas ocorre em 27 de outubro.
O país passa por uma situação financeira complicada. Uma delegação do FMI visitou a Argentina nesta semana e se reuniu com autoridades do governo e também com o candidato da Oposição peronista Alberto Fernández e seus assessores. A moratória é um dispositivo legal que prevê a suspensão dos pagamentos devidos a credores internacionais, como bancos, quando um país se encontra em circunstâncias excepcionais, como guerra, grande calamidade ou grave crise econômica.
Os ajustes neoliberais do governo Macri, com cortes sociais, arrocho salarial e privatizações selvagens, quebraram a Argentina.
Fonte: Blog do Esmael

Ativistas fazem protesto em frente à casa de Deltan Dallagnol

Vários ativistas se concentraram em frente à casa de Deltan Dallagnol e realizaram um protesto contra as ações partidarizadas do procurador. Liderados pelo "Tropestista da Democracia", Fabiano Leitão, eles entoaram cantos alusivos ao ex-presidente Lula, preso desde abril de 2018 em função de condenação contestada que começa neste momento a ser revista pelo STF.
O que falta para o Deltan Dallagnol desenhar o power point do Bolsonaro?
O que falta para o Deltan Dallagnol desenhar o power point do Bolsonaro? (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - Vários ativistas se concentraram em frente à casa de Deltan Dallagnol e realizaram um protesto contra as ações partidarizadas do procurador. Liderados pelo "Tropestista da Democracia", Fabiano Leitão, eles entoaram cantos alusivos ao ex-presidente Lula, preso desde abril de 2018 em função de condenação contestada que começa neste momento a ser revista pelo STF.
Confira o "trompetaço" em frente à casa de Deltan Dallagnol: 



Jornalista que denunciou “dia do fogo” no Pará sofre ataques e ameaças



O jornalista Adecio Piran vem sofrendo ameaças e ataques em panfletos apócrifos e postagens nas redes sociais. Ele é proprietário do jornal Folha do Progresso, que denunciou a armação do “dia do fogo” organizado por pecuaristas, latifundiários e grileiros no dia 10 de agosto no sudoeste do Pará.
O jornalista registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. O panfleto traz uma foto montada de Adecio, na qual ele aparece de chapéu, com o símbolo da cifra do dólar no óculos preto, uma imagem de incêndio ao fundo e a frase: “Mentiroso, Estelionatário e Trambiqueiro”.
Um dos trechos do panfleto acusa o jornalista de inventar a notícia do “dia do fogo” para prejudicar o desenvolvimento de Novo Progresso, município que enfrenta fortes queimadas.
“Não é de hoje que este senhor [Adecio] vem prejudicando nossa região com falsas notícias que é compartilhada por ONG´s e ativistas mundo afora fazendo com que nossa cidade seja vista como vilã em queimadas e desmatamento, o que é mentira”, diz o panfleto.
Adecio afirmou que os anunciantes do jornal também estão sendo ameaçados e coagidos. “Eles [os produtores rurais] estão fazendo uma corrente para retirar os patrocinadores do jornal. Nossa situação está muito complicada”.
O jornalista denunciou que é alvo de difamação, calúnia e ameaça por parte dos grupos “Direita Unida Renovada” e “Caneta Desesquerdizadora”, ativos na rede social WhatsApp. Também responsabilizou Donizete Severino Duarte, que seria administrador do “Direita Unida Renovada”, em Novo Progresso, como um dos autores das ameaças.
As informações são do Brasil de Fato.


Bolsonaro sofre derrota e Congresso derruba veto sobre punição a fake news


A distância entre o governo e o Congresso vai ficando cada vez maior. Depois de vetar o projeto de lei que pune fake news, Bolsonaro teve o veto derrubado pelo Congresso. Em seu Twitter, Manuela D'Ávila comemorou: "Vitoria!!!! Bolsonaro vetou o projeto de lei que pune fakenews. Mas o congresso acabou de derrubar o veto do presidente. Derrota das notícias falsas e de quem as propaga!"

Da Agência Brasil - O Congresso Nacional derrubou na noite de hoje (28) o veto de Jair Bolsonaro a penas mais duras para quem propaga notícias falsas, as chamadas fake news, nas eleições. O veto ocorreu em junho, quando a Lei 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral, chegou à mesa do presidente da República. 
Com a derrubada do veto, a pena para quem divulgar notícias falsas com objetivo eleitoral é de dois a oito anos de reclusão. A pena só será aplicada quando estiver comprovado que o acusado sabia da inocência do alvo da notícia falsa propagada.
Em seu veto, Bolsonaro havia argumentado que a nova pena “viola o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada”. O veto de Bolsonaro foi derrubado por 326 deputados e 48 senadores.

CPMI das fake news

O presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre, anunciou a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a propagação de notícias falsas. Alcolumbre fez o anúncio em sua conta no Twitter, enquanto comandava a sessão do Congresso durante o dia de hoje (28).
“Na sessão do Congresso Nacional, anunciei a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar notícias falsas, conhecidas como fake news, para a próxima semana. Será composta por 15 senadores e 15 deputados, e o mesmo número de membros suplentes”, disse Alcolumbre. Na sessão do Congresso do dia 3 de julho ele havia lido o requerimento, de autoria do deputado Alexandre Leite (DEM-SP).


Vaza Jato prova que Lava Jato manipulou a imprensa para intimidar investigados


Em novos diálogos da Vaza Jato, o procurador Carlos Fernando Lima, parceiro de Deltan Dallagnol, admitiu aos colegas que usava a imprensa para forjar um ambiente hostil aos investigados e, com isso, conseguir delações por meio de manipulação — o que interfere em seu caráter voluntário
Ex-procurador da Lava Jato, que mandou ir na 'jugular' de Lula usando Marisa, ataca The Intercept
Ex-procurador da Lava Jato, que mandou ir na 'jugular' de Lula usando Marisa, ataca The Intercept (Foto: GISELE PIMENTA)

Do Blog da Cidadania, a partir de reportagem do Intercept Procuradores da força-tarefa da Lava Jato usaram vazamentos com o objetivo de manipular suspeitos, fazendo-os acreditar que sua denúncia era inevitável, mesmo quando não era. O intuito, eles disseram explicitamente em chats do Telegram, era intimidar seus alvos para que eles fizessem delações.
Além de ética questionável, esse tipo de vazamento prova que o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, mentiu ao público ao negar categoricamente que agentes públicos passassem informações da operação. Dallagnol participou de grupos nos quais os vazamentos foram planejados, discutidos e realizados. Em um deles, o próprio coordenador efetuou o tipo exato de vazamento que ele negou publicamente que partisse da força-tarefa.
Um exemplo ilustrativo desse método ocorreu relativamente cedo nas operações. Em 21 de junho de 2015, o procurador da Lava Jato Orlando Martello enviou a seguinte pergunta ao colega Carlos Fernando Santos Lima, no grupo FT MPF Curitiba 2, que reúne membros da força-tarefa: “qual foi a estratégia de revelar os próximos passos na Eletrobrás etc?”. Santos Lima disse não saber do que Martello estava falando, mas, com escancarada franqueza, afirmou: “meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração.”
Pela lei das organizações criminosas (que estipulou regras para as delações premiadas), o acordo só pode ser aceito caso a pessoa tenha colaborado “efetiva e voluntariamente”. Mas o procurador confessou aos colegas que usava a imprensa para forjar um ambiente hostil e, com isso, conseguir delações por meio de manipulação — o que interfere em seu caráter voluntário.

21 de junho de 2015 – Grupo FT MPF Curitiba 2

Orlando Martello – 09:03:04 – CF(leaks) qual foi a estratégia de revelar os próximos passos na Eletrobrás etc?
Carlos Fernando dos Santos Lima – 09:10:08 –http://m.politica.estadao.com.br/noticias/geral,na-mira-do-chefe-,1710379
Santos Lima – 09:12:21 – Nem sei do que está falando, mas meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração.
Santos Lima – 09:15:37 – Li a notícia do Flores na outra lista. Apenas noticia requentada.
Santos Lima – 09:18:16 – Aliás, o Moro me disse que vai ter que usar esta semana o termo do Avancini sobre Angra
Martello – 09:25:33 – CFleaks, não queremos fazer baem Angra e Eletrobrás? Pq alertou para este fato na coletiva?
Martello – 09:26:00 – Para não perder o costume?

A conversa ocorreu dois dias depois da 14ª fase da Lava Jato (voltada às empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez). Os procuradores estavam debatendo estratégias para conseguir um acordo de delação com Bernardo Freiburghaus, apontado como operador de propinas da Odebrecht. Freiburghaus escapou da operação, porque havia se mudado para a Suíça em 2014 e já havia contra ele uma ordem de prisão preventiva com alerta da Interpol.
No chat, Santos Lima assume, sem qualquer constrangimento, que vazava informações para a imprensa. Além disso, o seu próprio comentário, insinua que se tratava de uma prática habitual, dado que ele se refere aos vazamentos no plural — “meus vazamentos”. E o procurador afirma com aparente orgulho e convicção que agia assim com objetivos bem definidos: induzir os suspeitos a agirem de acordo com seus interesses.
É relevante ressaltar que o comentário do procurador não suscitou qualquer manifestação dos outros membros da Lava Jato. No decorrer das conversas, os demais membros do grupo permaneceram calados.
No mesmo dia, Deltan e Orlando anunciaram no chat terem vazado a informação de que os Estados Unidos iriam ajudar a investigar Bernardo para repórteres do Estadão, como forma de pressionar o investigado. Eles estavam antecipando a um jornalista uma movimentação da investigação. Foi Dallagnol o responsável pelo vazamento, como mostra sua conversa como o repórter do jornal.

21 de junho de 2015 – Chat privado

Deltan Dallagnol – 11:43:49 – O operador da Odebrecht era o Bernardo, que está na Suíça. Os EUA atuarão a nosso pedido, porque as transações passaram pelos EUA. Já até fizemos um pedido de cooperação pros EUA relacionado aos depósitos recebidos por PRC. Isso é novidade. Vc tem interesse de publicar isso hoje ou amanhã,SUPRIMIDO, mantendo meu nome em off? Pode falar fonte no MPF. Na coletiva, o Igor disse que há difusão vermelha para prendê-lo, e há mesmo. Pode ser preso em qualquer lugar do mundo. Agora com os EUA em ação, o que é novidade, vamos ver se conseguimos fazer como caso FIFA com o Bernardo, o que nos inspirou.
SUPRIMIDO – 11:45:44 – Putz sensacional! !!!! Publico hj!!!!!!!


A conversa prossegue, e o repórter avisa que a matéria sobre a ajuda dos americanos no caso Odebrecht (que não estava formalizada à época) seria manchete do Estadão no dia seguinte.
De volta ao grupo FT MPF Curitiba 2, uma conversa entre os dias 21 e 22 detalha as intenções da força-tarefa em relação a Bernardo:

21 de junho de 2015 – Grupo FT MPF Curitiba 2

Deltan Dallagnol – 20:33:52 – Amanhã cooperação com EUA pro Bernardo é manchete do Estadão
Dallagnol – 20:34:00 – Confirmado
Carlos Fernando dos Santos Lima – 20:55:16 – Tentei ler, mas não deu. Amanhã vejo. Vamos controlar a mídia de perto. Tenho um espaço na FSP, quem sabe possamos usar se precisar.


informação vazada pela força-tarefa de fato virou manchete do jornal, e os métodos de pressão sobre o delator são retomados pouco depois, no mesmo chat:

22 de junho de 2015 – Grupo FT MPF Curitiba 2

Deltan Dallagnol – 01:56:40 – Acho que temos que aditar para bloquear os bens dele na Suíça
Dallagnol – 01:56:48 – Conta, Imóvel e outros ativos
Dallagnol – 01:57:00 – Ir lá e dizer que ele perderá tudo
Dallagnol – 01:57:20 – Colocar ele de joelhos e oferecer redenção. Não tem como ele não pegar

No fim das contas, a estratégia fracassou, e Bernardo Freiburghaus não delatou.
O que faz disso ainda mais relevante é que Dallagnol tem negado publicamente que os membros da Lava Jato tenham feito qualquer vazamento. Numa entrevista para a BBC Brasil, após um discurso que ele proferiu em Harvard, em abril de 2017, Dallagnol “disse que agentes públicos não vazam informações — a brecha estaria no acesso inevitável a dados secretos por réus e seus defensores”. Quando perguntado diretamente se a força-tarefa havia cometido vazamentos, o procurador respondeu: “Nos casos em que apenas os agentes públicos tinham acesso aos dados, as informações não vazaram”.
A assessoria de imprensa da Lava Jato negou que os procuradores tenham vazado informações no caso do Estadão, dizendo ao Intercept que a força-tarefa “jamais vazou informações sigilosas para a imprensa, ao contrário do que sugere o questionamento recebido”. Para justificar essa negativa, a força-tarefa argumenta que uma informação passada à imprensa deve ser ilegal ou violar uma ordem judicial para ser caracterizada como “vazamento”. Nesse sentido, a força-tarefa argumenta que o material enviado por Dallagnol ao Estadão não violou, na sua visão, nem a lei nem ordem judicial, e que por isso não pode ser considerado vazamento.
Entretanto, essa reportagem não alega nem sugere que Dallagnol ou Santos Lima tenham cometido o crime de violação do sigilo funcional ou desobedecido ordens judiciais ao vazar para a imprensa informações que não eram de conhecimento público. O argumento da reportagem é que eles fizeram exatamente o que Dallagnol afirmou à BBC que nunca faziam: vazaram informações privilegiadas sobre as investigações que o público e a mídia desconheciam para atingir seus objetivos.
Para defender Dallagnol das evidências claras de que ele mentiu, a força-tarefa está tentando inventar uma nova definição de “vazamento”, um significado que só considera vazamento o que envolve uma violação da lei ou de uma ordem judicial. Mas não é isso que a maioria das pessoas entende como vazamento. Em sua entrevista à BBC Brasil, Dallagnol não negou que a força-tarefa realizasse vazamentos ilegais: ele negou que a força-tarefa tenha realizado quaisquer vazamentos: “agentes públicos não vazam informações”, ele disse, completando: “Nos casos em que apenas os agentes públicos tinham acesso aos dados, as informações não vazaram”.
A insistência da força-tarefa de que nunca realizou nenhum vazamento é especialmente bizarra tendo em vista que o próprio Santos Lima alardeou ter feito exatamente isso, usando a justamente palavra vazamento: “meus vazamentos objetivam sempre fazer com que pensem que as investigações são inevitáveis e incentivar a colaboração”, escreveu, o que demonstra que nem os próprios procuradores entendem a palavra “vazamento” da forma que eles agora definem. Além disso, em sua conversa com o repórter do Estadão, Dallagnol descreveu a informação que ele estava enviando, sobre a proposta de colaboração com os EUA, como “novidade”, e por essa razão insistiu que a informação que ele enviou só poderia ser publicada “mantendo meu nome em off”. Se a informação já era pública, como defende a Lava Jato por meio de sua assessoria, por que pedir off?
Além disso, a própria nota enviada ao Intercept admite que os procuradores adiantaram uma ação da investigação ao Estadão – uma informação privilegiada, portanto, ainda que não protegida por sigilo judicial formalizado. “O único caso mencionado na consulta à força-tarefa se refere a uma reportagem do Estadão que combinava dados disponíveis em processos públicos e uma informação nova, igualmente sem sigilo, sobre possíveis estratégias que se cogitavam adotar no futuro, em relação à formulação de pedido de cooperação a ser enviado, o que não caracteriza vazamento”, diz a nota. De fato, a colaboração com a Suíça citada na reportagem era pública, mas a “informação nova” (o pedido de ajuda aos EUA que foi a manchete do jornal) não era pública porque nem sequer havia sido formalizada até a publicação do texto.
Dessa forma, a negativa da força-tarefa de que os procuradores fizeram exatamente o que Deltan falsamente insistiu que nunca fizeram — vazar para a mídia informações que não eram de conhecimento público — é desmentida pelas próprias palavras dos procuradores, conforme publicadas no chat acima, em que eles mesmos descrevem suas ações como “vazamentos”. É também desmentida pela insistência de Dallagnol ao repórter que as informações passadas ao Estadão não fossem atribuídas a ele. É desmentida ainda pelos repetidos episódios em que os procuradores admitem ter vazado à mídia informações sobre as investigações, quase sempre usando especificamente a palavra “vazamentos” que eles agora buscam redefinir. E é desmentida, por fim, pela nota enviada ao Intercept.
ESSES VAZAMENTOS NÃO ERAM casos isolados. Em 2016, procuradores da Lava Jato falavam abertamente sobre o uso de “vazamento seletivo” para mídia com a intenção de influenciar e manipular um suposto pedido de liberdade para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha:

12 de dezembro de 2016 – Grupo Filhos do Januario 1

Carlos Fernando dos Santos Lima – 18:45:31 – Recebi do russo : Off recebi uma notícia que não sei se é verdadeira que haveria uma articulação no STF para soltura do Cunha amanhã
Roberson Pozzobon – 18:51:49 – Essa info está circulando aqui a PGR tb
Paulo Roberto Galvão – 18:57:24 – O Stf seria depredado. Não acredito
Athayde Ribeiro Costa – 18:57:40 –toffi, lewa e gm. nao duvido
Santos Lima – 18:58:37 – É preciso ver quem vai fazer a sessão.
Jerusa Viecilli – 18:58:39 – Pqp
Santos Lima –19:00:58 – Alguma chance de soltarmos a notícia da GOL?
Costa – 19:01:35 – vazamento seletivo … 


Os diálogos provam que ele mentiu à BBC. A negativa aconteceu depois de Dallagnol ter participado de várias conversas nas quais seus colegas de força-tarefa discutiram explicitamente fazer aquilo que ele negava publicamente. Isto é, promover vazamentos e usar a mídia para seus próprios interesses. Ironicamente, o próprio Dallagnol observou à BBC o quão complexa é a tarefa de provar que houve vazamentos, pois, segundo ele, os envolvidos sempre negam: “É muito difícil identificar qual é o ponto (de origem do vazamento), porque se você ouvir essas pessoas, elas vão negar”, afirmou.
As conversas fazem parte de um pacote de mensagens que o Intercept começou a revelar em 9 de junho — série conhecida como Vaza Jato. Os arquivos reúnem chats, fotos, áudios e documentos de procuradores da Lava Jato compartilhados em vários grupos e chats privados do aplicativo Telegram. A declaração conjunta dos editores do The Intercept e do Intercept Brasil (clique para ler o texto completo) explica os critérios editoriais usados para publicar esses materiais.
João Felipe Linhares colaborou com pesquisa nesta reportagem.



Delator da Lava Jato diz que lavou dinheiro para Grupo Silvio Santos


Novos vazamentos do site The Intercept indicam que o operador financeiro Adir Assad afirma que lavou milhões de reais para o Grupo Silvio Santos por meio de contratos fraudados de patrocínio esportivo. As afirmações estão em anexos de seu acordo de colaboração premiada firmado com integrantes da Operação Lava Jato
Luciano Hang e Sylvia Design no Programa Silvio Santos
Luciano Hang e Sylvia Design no Programa Silvio Santos (Foto: Lourival Ribeiro/ SBT)

247 - Novos vazamentos do site The Intercept indicam que o operador financeiro Adir Assad afirma que lavou milhões de reais para o Grupo Silvio Santos por meio de contratos fraudados de patrocínio esportivo. 
As afirmações estão em anexos de seu acordo de colaboração premiada firmado com integrantes da Operação Lava Jat, informa a Folha de S.Paulo 
Os depoimentos de Assad foram compartilhados entre procuradores do Ministério Público Federal no aplicativo Telegram.   
Assad não menciona especificamente o apresentador e empresário Silvio Santos, mas aponta como um dos contatos no grupo o sobrinho dele Daniel Abravanel e o uso da empresa que comercializa a Tele Sena.   
No fim dos anos 1990, o operador diz ter firmado contratos superfaturados de patrocínio entre suas empresas e pilotos da Fórmula Indy e da categoria Indy Lights.   Assad contou que o SBT tinha necessidade à época de fazer um caixa paralelo, mas não sabe dizer com qual finalidade —se para remunerar bônus a executivos ou se para pagar propina no setor público.  
Essa operação movimentou R$ 10 milhões naquele período. Os pilotos patrocinados, contou, "apenas viabilizavam espaços de publicidade" e não sabiam das irregularidades nas transações. Entre os pilotos mencionados no relato do delator estão Helio Castroneves e Tony Kanaan.  
A partir de meados dos anos 2000, Assad diz ter feito contratos de imagem e de patrocínio na Fórmula Truck. Afirma que transferia aos esportistas uma pequena parte dos valores contratados e devolvia ao SBT o restante do dinheiro.
A Liderança Capitalização, empresa responsável pela Tele Sena, pagou ao menos R$ 19 milhões para uma das firmas do operador, a Rock Star, de 2006 a 2011, diz documento elaborado na delação.  
Leia a íntegra da reportagem da Folha de S.Paulo


Defesa de Lula usa o precedente Bendine para tentar libertar ex-presidente


“Não é preciso qualquer esforço hermenêutico para divisar, claramente, a ocorrência de constrangimento ilegal na assinatura de prazo comum para apresentação das alegações finais por parte de corréus e corréus delatores, já que os últimos podem apresentar carga incriminatória-surpresa contra os primeiros — com acordo de colaboração firmado ou não”, dizem os defensores no recurso
Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert (Foto: Ricardo Stuckert)

BRASÍLIA (Reuters) - Em novo pedido de liberdade apresentado nesta quarta-feira, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva requereu nesta quarta-feira que o Supremo Tribunal Federal (STF) estenda ao petista decisão de anular sentenças do ex-juiz da operação Lava Jato e atual ministro da Justiça, Sergio Moro.
No habeas corpus, os advogados de Lula usam como argumento a decisão tomada na véspera pela Segunda Turma do STF de invalidar condenação proferida por Moro do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine.
A alegação, nesse caso, é que Bendine foi notificado ao mesmo tempo em que réus delatores para apresentar suas alegações finais (manifestação processual que antecede o julgamento) e não posteriormente.
A defesa do ex-presidente afirma que Lula —preso desde abril do ano passado pela condenação no processo do tríplex do Guarujá (SP)— deve ser libertado imediatamente e pede que a corte suspenda ou anule os três processos contra o petista: além do tríplex, o que envolve o sítio de Atibaia e o Instituto Lula.
“Não é preciso qualquer esforço hermenêutico para divisar, claramente, a ocorrência de constrangimento ilegal na assinatura de prazo comum para apresentação das alegações finais por parte de corréus e corréus delatores, já que os últimos podem apresentar carga incriminatória-surpresa contra os primeiros — com acordo de colaboração firmado ou não”, dizem os defensores no recurso.
A defesa destaca ainda que, para além do novo recurso, está pendente de julgamento habeas corpus no Supremo que questionam a suposta atuação parcial de Moro e dos procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato - esses dois recursos também podem anular condenações contra Lula.
O advogado do ex-presidente Cristiano Zanin Martins reuniu-se nesta quarta com o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin.



Sanepar reforça rede de distribuição de água no centro Apucarana


Com projeção de atender o aumento da demanda de água na região para os próximos 30 anos, o investimento na substituição da tubulação é de quase R$1 milhão  
O prefeito Junior da Femac e o gerente regional da Sanepar em Apucarana, Luiz Carlos Jacovassi, assinaram ontem (28), no gabinete municipal, a ordem de serviço para obras de reforço na rede de distribuição de água no centro de Apucarana. O investimento é de quase R$ 1 milhão (R$ 976 mil) atende o aumento da demanda de água nesta região devido ao crescimento da cidade e prevendo novos empreendimentos imobiliários, principalmente verticais, para os próximos 30 anos.
O serviço vai envolver a troca da tubulação de ferro fundido feita na década de 60, por uma de PVC, mais moderna e de diâmetro maior. A previsão de início da obra é de até 15 dias e término até final de novembro, antes das festas de final de ano.
As obras de troca de tubulação vão abranger a Rua Ponta Grossa, trecho entre as ruas Galdino Gluck Junior e Miguel Simião; Rua Galdino Gluck Júnior, entre as ruas Ponta Grossa e Clotário Portugal; Rua João Cândido Ferreira, entre as ruas Ponta Grossa e Gastão Vidigal; Rua Osvaldo Cruz, entre ruas Ponta Grossa e Erasto Gaertner; Rua Miguel Simeão, entre as ruas Ponta Grossa e Clotário Portugal; e Rua Guarapuava, entre as ruas Irmã Eleutéria e Gastão Vidigal.
O prefeito Junior da Femac pede a colaboração da população durante a execução das obras. “Haverá ruas interditadas e máquinas atuando no centro. Solicito a paciência de todos e tudo será feito para causar o menor transtorno possível”, afirma Junior da Femac.
De acordo com Jacovassi, o cronograma prevê o início da obra pela Rua Ponta Grossa. “Vamos visitar os comerciantes explicando a importância da obra. Assumimos também o compromisso junto à prefeitura de refazer o asfalto dentro do mesmo padrão de qualidade encontrado”, observou Jacovassi.


Obras da capela mortuária central entram na reta final


Com investimentos na ordem de R$ 552,6 mil, está sendo construída nova sala com capacidade para até dois velórios, troca de piso, janelas, revisão de toda a rede elétrica, hidráulica e de esgoto, reforma de banheiros e telhado
(Foto: Profeta)
A Secretaria Municipal de Obras de Apucarana divulgou nesta quarta-feira (28/08) um balanço das obras que estão sendo executadas na Capela Mortuária Central. Construído na década de 90, o espaço passa desde março deste ano por uma ampla reforma e ampliação. De acordo com a engenheira da Secretaria Municipal de Obras, Caroline Moreira de Souza, a empreiteira responsável pela obra já concluiu toda a parte de ampliação. “Foi construída uma nova área, correspondente a 160 metros quadrados, envolvendo a edificação de uma sala com capacidade para até dois velórios simultâneos, copa, área para descanso e banheiros com acessibilidade”, detalha Caroline. Com a ampliação, a capela central passa a conta com cinco salas para velório.
No que tange a reforma dos 550 metros quadrados de construção existentes, a engenheira relata que o cronograma atingiu o patamar de 39%. “Este trabalho engloba a troca de piso, janelas, revisão de toda a rede elétrica, hidráulica e de esgoto, reforma e adaptação de banheiros, manutenção do telhado com a eliminação de infiltrações”, conta a responsável técnica pela obra.
O prefeito Júnior da Femac afirma que todo o trabalho vem sendo executado com muito cuidado, visando causar o menor impacto possível ao atendimento da comunidade. “Nossa equipe de engenharia acompanha a execução do cronograma passo a passo, garantindo que as obras sejam realizadas em etapas e que a capela continue aberta às famílias que necessitam velar seus entes”, relata.
Ele frisa que a reforma e ampliação é uma obra pensada pela gestão Beto Preto para atender com mais conforto às famílias apucaranenses. “Certamente, quando tudo estiver concluído, teremos um local em melhores condições para receber a comunidade em momento mais difícil para todos nós, que é a hora em que perdemos um familiar ou uma pessoa amiga. Além disto, as melhorias também foram pensadas para um melhor acolhimento dos funcionários e religiosos que atuam na capela”, diz o prefeito Júnior da Femac.
O diretor-presidente da Autarquia dos Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa), Marcos Bueno, enaltece os investimentos feitos pela atual administração no setor. “Nos últimos seis anos e meio, dentro da gestão Beto Preto e Júnior da Femac, foram construídas duas novas capelas mortuárias, sendo uma no Distrito de Vila Reis e outra no Jardim Ponta Grossa, também promovemos muitas melhorias nos cemitérios municipais. Além disso, estão em andamento trâmites de estruturação do novo cemitério municipal – Morada da Paz -, que vai ser construído na região da Gleba Barra Nova”, salientou o diretor-presidente da Aserfa, lembrando que Apucarana detém o monopólio dos serviços funerários desde 1989. “São poucas as cidades do Brasil que oferecem essa proteção, que se traduz em serviços de baixo custo. Onde isto não existe, o que acontece muito é famílias constrangidas em um momento muito difícil, diante do grande valor cobrado pela preparação do corpo, velório e sepultamento”, contextualizou Bueno.
Elaborado em parceria pelos profissionais da Secretaria Municipal de Obras e Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), o projeto prevê também revitalização de toda a área externa. O investimento é na ordem de R$552.604,00, com recursos municipais, e a responsável pela execução dos serviços será a empresa Pires Construções e Empreendimentos Ltda, de Apucarana.


Apucaranenses avaliam propostas do governo para o próximo quadriênio


Audiência pública deu oportunidade para lideranças locais se manifestarem sobre obras e programas
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, promoveu na terça-feira (27), à noite, no salão nobre da Prefeitura de Apucarana, mais uma audiência pública para discussão do Plano Plurianual. O objetivo é reunir sugestões para servir de base no processo de elaboração do Plano Plurianual (PPA) de 2020 a 2023.
As primeiras audiências foram realizadas em Curitiba e Ponta Grossa. Ontem, quarta-feira (28) a audiência foi realizada em Umuarama, nesta quinta-feira (29) acontece em Cascavel e amanhã sexta-feira (30) será em Guarapuava.
Em Apucarana, o evento teve a participação do coordenador da região metropolitana, o ex-deputado estadual Miltinho Pupio; e representantes da sociedade civil organizada, incluindo representantes da Acia, UTFPR, Fap, Unespar, Sanepar, Seab, Emater, Crea-PR, Associação dos Engenheiros, 30º Bimec, 10º BPM, conselhos municipais, secretários e vereadores. Todos acompanharam a apresentação do que está sendo planejado pelo Governo do Estado até 2023 e puderam dar sugestões de obras para contemplar a região.
O secretário do planejamento, Valdemar Bernardo Jorge, abriu a audiência pública assinalando que o governo Ratinho Junior está pensando o Paraná para os paranaenses. “E isso acontece necessariamente com a participação ativa da iniciativa privada, do setor produtivo rural, das universidades e, enfim de toda a sociedade organizada”, frisou. Ele Lembrou que o governador está alinhado com a bancada federal, incluindo os três senadores do Paraná e está planejando um significativo conjunto de obras, contemplando todas as regiões do Estado.
Valdemar Bernardo Jorge enfatizou que as audiências visam ouvir opiniões e sugestões dos paranaenses, de acordo com a realidade de cada região. “Os recursos estão sendo economizados no patamar de 20% do que era gasto anteriormente, além de terem sido extintas sete, das vinte e cinco secretarias de estado que havia, justamente para fazer caixa e viabilizar obras”, comentou Jorge, acrescentando que, nesta semana, o governador Ratinho Junior lançou um banco de projetos no valor de R$ 350 milhões.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, destacou na abertura da audiência, a importância da oportunidade de os apucaranenses poderem discutir e opinar no PPA do Governo do Estado. “O governador Ratinho Junior está priorizando o planejamento e, democraticamente, vem ouvindo a população em todas as regiões”, enalteceu o prefeito.
PROPOSTAS – Em Apucarana, foram apresentadas as propostas do governo no PPA para as áreas de moradia popular, saúde e inovação tecnológica. Vários participantes falaram sobre a necessidade de Apucarana conquistar mais um hospital de porte regional, para atender a crescente demanda. O principal argumento é que o Providência atende uma clientela de cerca de 350 mil habitantes e que a região merece uma estrutura maior.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), o empresário Jayme Leonel, defendeu a criação do curso de Medicina, para contemplar os estudantes da região centro-norte do Estado. “Este é um sonho antigo dos apucaranenses e acreditamos que o nosso pólo universitário já comporta a oferta do curso de medicina”, comentou Leonel.
O professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ronie Galeano, sugeriu a criação de um parque tecnológico em Apucarana. “O campus de Apucarana tem uma área disponível de 28 mil m², e a cidade já agrega três cursos da área na UTFPR, na Unespar e na Fap”, argumentou Galeano.
O Plano Plurianual (PPA) é o principal instrumento de planejamento de médio prazo da administração pública. Ele tem duração de quatro anos, com início no segundo ano do mandato do chefe do Poder Executivo e término no final do primeiro ano de seu sucessor, de modo a permitir a continuidade do processo de planejamento.
Após as audiências públicas e adequações finais, o Projeto de Lei do PPA tem prazo até 30 de setembro para ser encaminhado à Assembleia Legislativa, onde será analisado e poderá receber emendas parlamentares.
ELETRÔNICO – Quem não pôde comparecer ao encontro tem ainda a oportunidade de participar com ideias e sugestões por meio de um formulário eletrônico disponível no site www.planejaparana.pr.gov.br