sábado, 24 de agosto de 2019

Preso com 39 kg de cocaína em avião da FAB caiu em armadilha, diz defesa


A Sputnik Brasil entrevistou o advogado de defesa do sargento, Carlos Alexandre Klomfahs, que relatou a situação atual do processo. "Nós estamos mais preocupados com a parte militar porque só de a gente provar que foi uma armadilha feita para ele, por alguma razão desconhecida", explica o advogado
(Foto: Sputinik)

Sputinik – A prisão do sargento da FAB, Manoel Silva Rodrigues, na Espanha, transportando drogas em comitiva que acompanhava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, causou grande constrangimento. Para a defesa, foi tudo uma armadilha.
O caso, que aconteceu durante viagem de Bolsonaro ao G20, em junho, chamou atenção de todo o Brasil, quando 39 kg de cocaína foram encontrados com o sargento no voo da FAB.
Na sexta-feira (23) se esgotou o prazo para conclusão do inquérito. Até agora, poucas informações adicionais foram reveladas sobre o caso que constrangeu o governo dentro e fora do Brasil.
A Sputnik Brasil entrevistou o advogado de defesa do sargento, Carlos Alexandre Klomfahs, que relatou a situação atual do processo.
Segundo o advogado, o sargento responde no Brasil a dois processos. Um inquérito policial militar busca provas de que o sargento cometeu o crime de tráfico em serviço. Já a Polícia Federal investiga suspeitas de crime organizado.
"Nós estamos mais preocupados com a parte militar porque só de a gente provar que foi uma armadilha feita para ele, por alguma razão desconhecida, esse é o principal", explica o advogado à Sputnik Brasil. Ele acredita que a inocência na investigação militar impediria o processo da Polícia Federal.
Na Espanha, a situação é diferente, porém de certa forma curiosa, conforme afirma Klomfahs.
"É uma situação bem sui generis, bem específica e diferente, porque lá ele está respondendo pelo mesmo crime que aqui, em tese. Para nós, para a defesa, o crime é um só", aponta.
Na Espanha o argento é acusado de tráfico internacional de entorpecentes e crime contra a saúde pública. Klomfahs explica que foi requerida a transferência do sargento, que segue detido na Espanha, para o Brasil. Porém o pedido foi negado.
Na Espanha, o advogado aponta que o sargento segue sob cuidado da Defensoria Pública local. A defesa afirma que tentou contato através de uma carta solicitando que ele apresentasse uma defesa prévia no Brasil. No entanto, a carta, postada há cerca de três semanas, ainda não recebeu resposta.
"Acreditamos que ele esteja em uma situação de respeito à sua liberdade concessional, não só aqui no Brasil, mas também previsto na Convenção Europeia de Direitos Humanos", aponta o advogado, que tem defendido o sargento sem contrapartida financeira.
Segundo Klomfahs, ainda há certa nebulosidade em relação ao código penal espanhol e também às possibilidades de que ele possa atuar ao lado da Defensoria Pública espanhola. O advogado tem tentado viabilizar financeiramente sua ida à Espanha.

As teses da defesa do sargento

O advogado Carlos Alexandre Klomfahs, conta que a defesa trabalha com algumas possibilidades que explicariam a mala com cocaína no avião da FAB.
"A defesa tem algumas, digamos assim, teses para explorar no processo. Uma delas [...] é que a gente não sabe se há um interesse internacional, de alguma organização, de algum Estado, de prejudicar a imagem do Brasil no exterior", conta.
Além dessa, há pelo menos outras duas possibilidades com que a defesa trabalha.
"Segunda, não se sabe se há uma retaliação dentro do governo, algumas áreas insatisfeitas com a atuação do presidente. Por exemplo, a área de inteligência, os militares...", cogita.
Por último, Klomfahs afirma que também é possível que ação tenha partido do próprio governo.
"Talvez possa ser um ato de contra-informação do próprio governo. Ou seja, no sentido de criar o fato, desviando a atenção de outros fatos, talvez mais graves", diz.

Sem antecedentes, sargento realizava sonho, diz família

O advogado afirma que o sargento mantinha conduta honesta e não tem histórico de envolvimento com atividades ilícitas.
"Documentos, parece que emitidos pela aeronáutica, dão conta de que não havia nenhuma conduta que desabonasse o sargento", conta.
Klomfahs também cita que a família do sargento aponta que ele vivia um sonho na aeronáutica.
"A família dele falava que ele foi realizar um sonho em Brasília. Ele está, parece que há 20 anos em Brasília, fez um concurso, entrou na aeronáutica", conta, acrescentando que o grupo o qual o sargento integrava é seleto e leva em conta a conduta do militar para a seleção.
O advogado acrescenta ainda que o sargento levava uma vida simples, era dono de um carro popular e pagava as parcelas de um apartamento. Para Klomfahs, o próprio fato de a investigação não ter quebrado o sigilo bancário do sargento mostra que ele não tinha cifras a esconder.
"É tudo muito estanho!", aponta.


Globo aponta que Bolsonaro decidiu inviabilizar permanência de Moro no governo


"Se o senhor não pode ajudar, por favor não atrapalhe", disse Bolsonaro a Moro, numa tensa reunião ocorrida em 28 de julho, segundo relato do jornalista Jailton Carvalho. O estopim da crise foi um pedido feito por Moro ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, para que ele revisse uma decisão que blindou o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), envolvido no caso Queiroz
Foto: José Cruz - ABR)

247 – O ex-juiz Sergio Moro está com os dias contados no governo federal. É o que indica reportagem publicada neste sábado pelo jornalista Jailton Carvalho, no jornal O Globo, sob o título "O gatilho do desgaste". Segundo Carvalho, Jair Bolsonaro decidiu inviabilizar a permanência de Moro no governo depois que o ex-juiz procurou o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, para pedir que ele revisse uma decisão que impede investigações que usem dados do Coaf, órgão de controle financeiro, sem autorização judicial. A decisão de Toffoli foi interpretada como uma medida que blinda o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), envolvido no caso Queiroz.
"Desde que soube do pedido de Moro a Toffoli e a outros ministros do STF, Bolsonaro decidiu inviabilizar a presença do ministro no governo. Os dois já vinham tendo alguns desentendimentos desde o início do ano. O pedido foi a gota d’água. A petição para suspender investigações iniciadas com base em relatórios detalhados do ex-Coaf fora feita pelo advogado Frederik Wassef em nome do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente", escreveu Carvalho.
Como Moro foi a Toffoli para reverter a medida, Bolsonaro, que na prática atua para estancar a sangria da corrupção, teve uma reunião duríssima com Moro no dia 28 de julho. "Se o senhor não pode ajudar, por favor não atrapalhe", disse ele ao ex-juiz no momento mais tenso da reunião. o final, o ministro deixou o Alvorada com o semblante carregado. Dias depois, Bolsonaro foi informado de que Moro, mesmo após o tenso diálogo, continuava fazendo gestões em favor da revisão da decisão de Toffoli. No mesmo instante, o presidente resolveu que ampliaria a beligerância contra o ministro da Justiça.
Desde então, Moro tem sofrido sucessivas derrotas. Perdeu o Coaf para o Banco Central e assiste calado à intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal.  Caso permaneça no governo, será apenas um auxiliar de um governo fortemente associado à corrupção e a esforços para impedir seu combate – diferentemente do que havia nos governos plenamente democráticos.


Polícia Federal também já aposta na demissão de Moro


Além da revelação de que Jair Bolsonaro decidiu inviabilizar a presença de Moro no governo, a cúpula da PF também aposta na saída do ex-juiz caso o Palácio do Planalto decida mesmo interferir na superintendência do Rio de Janeiro, para abafar o caso Queiroz, ou demitir o diretor-geral Maurício Valeixo, indicado por Moro

247 – "A cúpula da PF está segura de que o ministro da Justiça, Sergio Moro, apesar de estar até agora em silêncio, não tem condições de permanecer no cargo caso Bolsonaro leve adiante a ameaça de demitir o diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo", informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. "Mesmo que Moro não defenda a PF, a eventual saída de Valeixo por ordem do presidente seria uma humilhação superior a todos os outros constrangimentos por que o ministro tem passado", aponta.
Mônica lista as derrotas de Moro no governo federal. "Entre os reveses do ex-juiz estão a retirada de indicados dele para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico), a perda do Coaf, a unidade de inteligência financeira do Estado, a desidratação do projeto anticrime que tramita no Congresso —e a insistência de Bolsonaro em dizer que quem manda é ele, e não o ministro.

Passageira que hostilizou Gleisi em avião é condenada por injúria


Passageira que hostilizou Gleisi em avião é condenada por injúria
A passageira que agrediu verbalmente a então senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) dentro de um avião foi condenada por crime de injúria. Na sentença proferida pela Justiça Federal, ela recebeu pena restritiva de direito e multa de R$ 1.499,20, valor que deverá ser atualizado desde a data do fato até o efetivo pagamento. Também terá de destinar com a importância de R$ 10 mil reais à entidade que preste serviço de utilidade pública.
A agressão aconteceu no final de 2017, quando a parlamentar desembarcava no Aeroporto Internacional de Brasília. Logo após, ela relatou o episódio nas redes sociais e fez o registro da ocorrência no posto da Polícia Federal (PF). “Fui agredida aos berros dentro de um avião por uma mulher descontrolada antes de desembarcar em BSB. Como não acho esse tipo de comportamento liberdade de expressão, solicitei a presença da polícia e o desembarque foi suspenso até sua chegada”, escreveu à época.
“Liberdade de expressão e manifestação não são sinônimo de agressão. Aviso aos navegantes: nenhuma agressão me constrange, apenas me fará tomar medidas judiciais para conter e penalizar agressores”, completou.
Na sentença, o juiz federal destacou que a atitude da passageira “ofendeu a dignidade” da parlamentar, causando tumulto e constrangimento em ambiente de circulação restrita. “Trata-se, portanto, de conduta que extrapola em muito os limites da crítica política”, justificou.  Ainda cabe recurso nesta ação.
Fonte: Contraponto

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Prefeitos debatem obras intermunicipais


Encontro entre Júnior da Femac, de Apucarana, e Ene Gonçalves, de Rio Bom, abordou demandas no setor viário que são relevantes para ambos os municípios 
(Foto: Profeta)
A necessidade de um recapeamento completo da entrada que parte do Contorno Sul e liga os municípios de Apucarana e Rio Bom foi pauta de uma reunião entre os prefeitos Júnior da Femac e Ene Benedito Gonçalves. O encontro, que aconteceu na Prefeitura de Apucarana, contou ainda com a participação do secretário de Finanças de Rio Bom, João Pereira.
“Este é um pleito que Apucarana já tem em trâmite junto ao governo estadual, onde reivindicamos a benfeitoria para os 23 quilômetros que pertencem ao município – do Contorno Sul até a divisa entre os territórios municipais, na ponte Nicolau Kowalski -, e agora o prefeito Ene também nos comunicou que está solicitando a mesma atenção para os outros cinco quilômetros dentro dos limites de Rio Bom”, observou o prefeito Júnior da Femac, prefeito de Apucarana.
Júnior frisa que a demanda tem sido acompanhada de perto pelo secretário de Estado da Saúde, Dr. Beto Preto, e pelo deputado estadual Tiago Amaral. “Temos a certeza de que em breve teremos uma resposta positiva por parte do governador Ratinho Júnior, que tem um olhar carinhoso por Apucarana”, afirma, salientando que a estrada está localizada em região com muitas indústrias e atividade rural. “Por lá passam caminhões, transporte coletivo, vans do transporte escolar e é feito todo escoamento da safra agrícola”, elenca.
A duplicação do Contorno Sul, realizada pela CCR Rodonorte, em especial a construção do viaduto de transposição da rodovia na altura da Rua Cristiano Kussmaul, também foi pauta do encontro entre os prefeitos. “É uma benfeitoria importante, muito aguardada por todos e, que por contemplar tanto a população de Apucarana como a de Rio Bom, também tem sido acompanhada atentamente pelo prefeito Ene”, disse Júnior da Femac.


Prefeito e deputado vistoriam obras em Apucarana


Junior da Femac e Sérgio Souza acompanharam os trabalhos da escola do Interlagos e do novo centro esportivo da região oeste
(Foto: Edson Denobi)

No final da manhã desta sexta-feira (23), o prefeito Junior da Femac e o deputado federal Sérgio Souza (MDB) vistoriaram o canteiro de obras da Escola Municipal José Domingos Scarpelini, que está sendo construída no Residencial Interlagos. O valor do investimento é de R$ 4.380.062,11, com recursos federais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e contrapartida do município.
Segundo o projeto de engenharia, a futura unidade de ensino terá 12 salas de aula, laboratório de ciências, laboratório de informática, biblioteca, auditório e quadra esportiva coberta. Mais de 400 crianças serão beneficiadas com a oferta de turmas da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.
“Dezoito por cento da obra está concluída. Os principais serviços feitos até o momento foram nivelação de terreno, concretagem das vigas baldrame e construção de muros,” explica a superintendente de engenharia da Autarquia Municipal de Educação, Miriam Corbacho.
O prefeito Junior da Femac agradeceu ao parlamentar por ter ajudado a viabilizar a construção da escola junto ao governo federal. “Apucarana herdou uma dívida imensa de administrações passadas. Por isso, sem o apoio de parceiros como o deputado Sérgio Souza, nós jamais conseguiríamos fazer todas as obras que a cidade necessita. Nos últimos anos, ele já encaminhou mais de R$ 20 milhões para o nosso município,” afirmou.
“A partir do momento que eu apoiei a candidatura do Beto Preto e do Junior da Femac para a prefeitura, eu assumi o compromisso de auxiliá-los no cumprimento do seu plano de governo. Além da edificação desta escola que é esperada há mais de vinte anos pela comunidade, nós lutamos para que o governo federal encaminhe recursos para a construção de um CMEI no Parque Bela vista e para a continuidade das obras dos CMEIs do Residencial Celso Marchi, Jardim Catuaí e Núcleo Afonso Camargo,” disse o deputado.
CENTRO ESPORTIVO – Em breve os moradores da região oeste de Apucarana poderão usufruir de um novo centro esportivo, na Rua Denhei Kanashiro, junto à Apae e ao Campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). A obra está em fase de acabamento, com 95,83% do cronograma concluído.
A secretária de esportes Jossuela Pinheiro informa que faltam apenas a entrada de energia elétrica, retoques de pinturas e finalização da parte hidráulica. “Graças a ajuda do deputado Sérgio Souza, estamos ganhando este belíssimo centro esportivo, com uma quadra nas medidas oficiais para o futsal e handebol; além de outra estrutura para abrigar duas canchas de bocha sul americana”, comemora a secretária.
O prefeito Junior da Femac lembra que o novo ginásio de esportes tem 1.589 m², somado a 460 m² do barracão da bocha. “Agradecemos o empenho do deputado Sérgio Souza e também do ex-prefeito Beto Preto, que garantiu a obra ainda em 2017”, assinalou Junior.


Deputado federal Sérgio Souza visita obras do setor de radioterapia do “Providência”


Prefeito Junior da Femac acompanhou o parlamentar na vistoria da construção 
(Foto: Edson Denobi)
O Hospital da Providência prestou uma homenagem nesta sexta-feira (23) ao deputado federal Sérgio Souza pela conquista do equipamento de radioterapia para a Unidade de Tratamento do Câncer de Apucarana. Na visita o deputado acompanhou, ao lado do prefeito Junior da Femac, o andamento da construção do novo setor de radioterapia da Unidade de Tratamento do Câncer de Apucarana, que conta com a estrutura do bunker, local que abrigará o equipamento, já finalizada.
O deputado Sérgio Souza e o Secretario de Saúde do Estado do Paraná, Dr. Beto Preto, então Prefeito de Apucarana, intermediaram junto à direção da Itaipu Binacional a conquista dos recursos para aquisição do aparelho de radioterapia para tratamento do câncer.
“Sem a ajuda do deputado Sérgio Souza e do Secretário de Saúde, Dr. Beto Preto não seria possível essa conquista para os pacientes de Apucarana e região. Toda vez que falamos sobre esse equipamento ficamos muito felizes, pois assim, tornará possível em nossa cidade o tratamento completo para quem luta contra o câncer. Agradecemos também ao Prefeito Junior da Femac, que muito tem ajudado nossa instituição, e a população que tem feito sua Doação Premiada para construção do setor de radioterapia”, afirma Irmã Geovana Ramos, Diretora Geral do Hospital da Providência.
“Eu quero parabenizar Apucarana, a população que acreditou nesse projeto e dizer que sempre podem contar comigo. É nosso compromisso ajudar o Hospital da Providência em garantir cada vez mais recursos para uma melhor qualidade na saúde do povo de Apucarana e região”, afirma o deputado federal Sérgio Souza.
O prefeito Junior da Femac lembrou que o deputado Sérgio Souza faz parte da soma de esforços para tornar realidade a unidade de radioterapia do setor de oncologia do Hospital da Providência. “Essa estrutura vai salvar vidas não só da nossa cidade, mas de todo o Vale do Ivaí”, observa o prefeito Junior da Femac.
O investimento total do novo setor de radioterapia do Providência é de cerca de R$ 8 milhões, sendo R$ 3 milhões destinados a sua estrutura física. De acordo com diretor Executivo do Hospital da Providência, Guilherme da Silva Borges, o equipamento de radioterapia, no valor superior a R$ 5 milhões, deve chegar a Apucarana em novembro. “A prefeitura municipal destinou 1 milhão de reais para o início da construção do setor e estamos buscando também a ajuda das outras prefeituras da região, bem como o apoio da população, através da campanha Doação Premiada. A obra terá um custo acima do que foi estimado inicialmente, mas com a ajuda de todos, em breve implantaremos o serviço de radioterapia em nossa cidade”, afirma Borges
Nos últimos anos mais de 87 mil atendimentos para pacientes oncológicos foram realizados e 36 mil quimioterapias, atendendo 17 municípios da região.



Cocap recebe equipamentos de cozinha


Doação é fruto de um convênio da Caritas Brasileira com a União Europeia 

(Foto: Profeta)
A Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap) recebeu hoje (23) equipamentos para montar uma cozinha, dentro da proposta de iniciar a oferta de almoço aos seus 52 cooperados. A doação de um fogão industrial, geladeira, liquidificador, espremedor de frutas, chapa para lanches, cortador de legumes e dois bebedouros feita pela Caritas Diocesana de Apucarana é fruto de um convênio da Caritas Brasileira com a União Europeia.
Esse convênio selecionou 120 projetos em todo o Brasil, sendo 4 no Paraná. O valor do recurso para cada projeto é de R$18,8 mil que foram divididos entre a Cocap e a Cooperativa de Catadores de Ivaiporã (Coopemari). A entrega dos equipamentos, que soma o valor de R$ 9,4 mil, foi realizada pelo coordenador e pelo secretário executivo da Caritas diocesana de Apucarana, Renato Eder Munhoz e Dirceu Pereira da Silva, respectivamente.
“Essa doação vai concretizar um sonho de montar uma cozinha na nossa cooperativa dentro do objetivo maior de servir almoço para os cooperados. Isso é um ganho no sentido de garantir maior qualidade de vida para aqueles de realizam esse importante trabalho de reciclagem em nosso município”, afirmou o interventor administrativo da COCAP, Antonio Roberto Nogueira.
Entre 200 e 250 toneladas de lixo reciclável são recolhidas todos os meses pela Cocap e geram renda para 52 famílias de cooperados.


PT aciona a PGR contra Bolsonaro e Salles por estímulo ao Dia do Fogo


A Bancada do PT na Câmara protocolou hoje (23), na Procuradoria-Geral da República (PGR), representação em que requer instauração de inquérito para apurar o papel do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no vertiginoso aumento do desmatamento e do número de incêndios na Amazônia. A ação cobra especificamente o papel de ambos no incentivo a atos criminosos de queimadas programadas, anunciadas por fazendeiros da Amazônia no “Dia do Fogo”, realizado dia 10 último na região.
A representação da Bancada observa que no dia 5 de agosto fazendeiros do entorno da BR-163, no sudoeste do Pará, anunciaram o chamado Dia do Fogo – realizado no dia 10 de agosto, por se sentirem “amparados pelas palavras” de Bolsonaro de ataque ao meio ambiente e à maior floresta tropical do planeta.
Floresta em chamas

Mais do que a ideia, o dia do fogo acabou se confirmando. De acordo com o jornal Folha do Progresso, da cidade de Novo Progresso (PA), nesse município aumentou em 300% o número de casos de incêndio no dia 10 de agosto. No município de Altamira, também no Pará, o aumento de incêndios foi de 743%. Os dois municípios lideram o ranking de queimadas na Amazônia. O número de queimadas na Amazônia aumentou 82% este ano, se comparado ao mesmo período de 2018, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Para a Bancada do PT, Bolsonaro tem papel central no que está acontecendo na Amazônia, já que suas recentes declarações e posições têm estimulado e legitimado ações como a do “Dia do Fogo”, colocando em risco os interesses de toda a sociedade e afastando os próprios fins e princípios da Administração Pública. “É evidente que as decisões do presidente irão contribuir para reduzir a proteção ambiental, aumentar o desmatamento, a degradação ambiental”, denunciam os parlamentares.
Sanções penais

Na petição, os parlamentares do PT observam que a Constituição Federal tem um capítulo inteiro dedicado ao meio ambiente. O artigo 225 estabelece que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e, conforme sublinha a petição, cabe ao Poder Público e à coletividade defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Para punir os incentivadores de atos criminosos contra o meio ambiente, a petição cita a lei 9.605/1998, a qual estabelece sanções penais e administrativas a quem pratica ações como incêndio de matas e florestas.

“As referidas ações coordenadas, denominadas de “dia do fogo”, merecem ser devidamente apuradas e seus responsáveis punidos, visto que são condutas violadoras e criminosas que colocam em risco toda a população e o meio ambiente, comprometendo os princípios e deveres assumidos pelo texto Constitucional de 1988”, afirmam os petistas.
Desobediência civil

A Bancada do PT observa que a explosão do número de casos de incêndios na Amazônia e o incremento do desmatamento da floresta geraram nos últimos dias uma onda de protestos no mundo inteiro. E mesmo assim Bolsonaro ainda acusou, sem provas, que por trás dos atos criminosos estariam Organizações Não Governamentais e até governadores da região Norte, que estariam sendo coniventes com as ações. A Bancada do PT recomenda que Bolsonaro devia é “determinar a imediata apuração e punição dos responsáveis por esse cenário de verdadeira desobediência civil”.

Os parlamentares petistas recordam que o País tem passado por um imenso retrocesso ambiental desde que Bolsonaro assumiu o governo, com aumento do desmatamento e de incêndios, invasões de áreas de preservação e de terras indígenas, além de assassinatos de líderes de comunidades tradicionais.
O documento encaminhado à PGR cita também que, graças à visão tacanha de Bolsonaro sobre meio ambiente, Alemanha e Noruega suspenderam os repasses de doações para o Fundo Amazônia, criado para financiar, com doações, ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de promover ações de desenvolvimento sustentável na região.
A petição encaminhada à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, é assinada pela presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o líder da Bancada na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e outros 52 deputados e deputadas.
As informações são do PT na Câmara.


Venezuela de Maduro oferece ajuda ao Brasil para conter destruição amazônica de Bolsonaro


O governo do presidente Nicolás Maduro da Venezuela manifestou nesta sexta-feira (23) preocupação com os incêndios na Amazônia, que vêm fazendo estragos tanto no Brasil quanto na Bolívia, e ofereceu ajuda aos dois países para conter o fogo
EFE - O governo do presidente Nicolás Maduro na Venezuela manifestou nesta sexta-feira (23)  preocupação com os incêndios na Amazônia, que vêm fazendo estragos tanto no Brasil quanto na Bolívia, e ofereceu ajuda aos dois países para conter o fogo. 
"A Venezuela expressa a sua profunda preocupação com os gigantescos e terríveis incêndios que devastam a região da Amazônia em território de vários países da América do Sul, com gravíssimos impactos sobre a população, os ecossistemas e a diversidade biológica da área", pronunciou-se o Ministério do Poder Popular para Relações Exteriores da Venezuela em comunicado.  
No texto, a Chancelaria venezuelana expressou solidariedade de maneira especial às comunidades indígenas e camponesas no Brasil, na Bolívia, no Paraguai, no Equador e no Peru, países que dividem a Amazônia com a Venezuela. 
Além disso, pediu consciência aos atores econômicos e institucionais dessas nações.  "Considerando a irmandade sul-americana e como integrante da comunidade amazônica, a Venezuela oferece sua modesta ajuda que possa servir para suavizar esta dolorosa tragédia, com caráter imediato", escreveu o Ministério, que pediu cuidado com a Amazônia.  "Nós, povos da América do Sul, estamos unidos por este prodígio natural que deve ser defendido, protegido e desenvolvido por seus próprios habitantes através de políticas que protejam sua fragilidade ambiental e seu valor como patrimônio natural da humanidade", afirmou a Chancelaria no documento.


Município investe R$ 1,7 milhão na compra de 15 veículos novos


O ato contou com a presença do prefeito Junior da Femac, do deputado federal Sérgio Souza, dos vereadores Mauro Bertoli e Francisley Godoi (Poim), além de diversos secretários municipais, diretores e membros da comunidade
(Foto: Edson Denobi)

Aplicando recursos próprios e com verba federal conquistada pelo deputado Sérgio Souza, a Prefeitura de Apucarana adquiriu 15 novos veículos. Os carros e ônibus foram entregues nesta sexta-feira (23/08), em ato realizado na Praça Rui Barbosa. O investimento total é de R$ 1,7 milhão e os veículos são destinados aos setores de educação, serviços públicos, fiscalização e assistência social.
O Município investiu quase R$ 1 milhão de recursos próprios e o restante – R$ 679 mil – é oriundo de convênio junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O ato contou com a presença do prefeito Junior da Femac, do deputado federal Sérgio Souza, dos vereadores Mauro Bertoli e Francisley Godoi (Poim), além de diversos secretários municipais, diretores e membros da comunidade.
Junior da Femac destacou o trabalho da equipe da Prefeitura para dar continuidade à renovação da frota, especialmente dos setores de convênios, licitação e financeiro. “Desde 2013, a gestão Beto Preto já adquiriu mais de 100 veículos zero-quilômetro e agora estamos entregando mais 15. Tudo isso graças ao empenho das equipes e de todos os funcionários que ajudam a economizar, desde a reutilização de um clipe até com o cuidado de apagar a luz e de desligar o computador”, salienta.
O prefeito também agradeceu ao deputado e destacou a ligação que Sérgio Souza tem com o Vale do Ivaí, pois é natural de Arapuã. “Nós temos uma voz em Brasília que fala todos os dias de Apucarana, assim como acontece em Curitiba com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, e com os deputados Arilson Chiorato e Jacovós. Hoje Apucarana é notada, é uma cidade que chama a atenção de todos pela qualidade de vida, honestidade na gestão pública e capacidade de atendimento”, ressalta.
O deputado federal fez um balanço dos recursos que conquistou para Apucarana, afirmando que se colocou à disposição para ajudar a atual gestão a cumprir o plano de governo. “Já destinamos nos últimos anos R$ 20 milhões para Apucarana. Além de coisas mais simples como veículos, combinamos com o ex-prefeito Beto Preto e agora com o Junior da Femac trazer coisas grandes, como os R$ 8 milhões para a implantação da radioterapia no Hospital da Providência, R$ 3 milhões para o complexo esportivo construído na Denhei Kanashiro, quase R$ 5 milhões para a escola do Residencial Interlagos e ainda mais de R$ 1 milhão para a creche do Jardim Novo Horizonte, além de R$ 5 milhões para obras de asfalto que estão sendo liberados”, cita Sérgio Souza.
A secretária municipal de Educação, Marli Fernandes, falou em nome do secretariado e disse que o bom atendimento das demandas da população também passa pela renovação da frota. “Ter veículos em boas condições também é atender as necessidades das nossas crianças, dos idosos, dos jovens e adolescentes. Isso faz parte de uma boa administração, que vem mantendo a frota em excelentes condições”, frisa a professora Marli.
SETORES BENEFICIADOS – Foram adquiridos dois caminhões com carroceria e um baú para a Secretaria de Serviços Públicos. “Serão utilizados nos serviços diários de coleta de galhos, entulhos e remoção de objetos”, informa o secretário de Gestão Pública, Nicolai Cernescu Junior.
A Secretaria da Fazenda recebeu um Ford KA e uma picape Montana, que serão utilizados pela equipe de fiscalização. Já para a Secretaria de Assistência Social, foram comprados um Crevrolet e um Ford KA. “Esses carros serão destinados para os serviços de visitação social e no transporte de assistidos pela secretaria”, observa Nicolai.
Além dos três ônibus para o transporte escolar, a Secretaria de Educação adquiriu ainda um furgão Citroen Berlingo para uso do Departamento de Tecnologia da Informação, uma van Mercedes Bens para o transporte escolar e uma Chery QQ para o trabalho das equipes pedagógicas.



Formatura do Proerd reúne 1350 alunos da rede municipal de ensino


Desenvolvido por policiais militares junto às turmas do 5º ano, o programa orienta as crianças sobre os malefícios das drogas para a saúde e as ensina a resistir às pressões para entrar na criminalidade
(Foto; Profeta)

Cerca de 1350 alunos da rede municipal de ensino concluíram este ano o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). A formatura foi realizada na noite de ontem (22), no Ginásio de Esportes Lagoão, com a participação do prefeito Junior da Femac e do subcomandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, Capitão Alfredo Dias Netto.
Desenvolvido por policiais militares junto às turmas do 5º ano, o Proerd orienta os alunos sobre os malefícios das drogas para a saúde e os ensina a resistir às pressões para entrar na criminalidade. “O programa é sustentado por três pilares, que são a família, a educação e a polícia. Por isso, faço questão de agradecer aos pais dos formandos pela confiança na nossa metodologia, à secretaria de educação por abrir às portas das escolas e aos instrutores Sargento Elias do Nascimento, Sargento Valdemir Firmino e Soldado Geiley Sartori pelo belo trabalho realizado com as crianças,” disse o subcomandante do BPEC, Capitão Alfredo.
O prefeito Junior da Femac lembrou que os atuais alunos representam o futuro de Apucarana. “Nós abrimos as portas das escolas municipais para o projeto da PM porque sonhamos construir uma cidade livre das drogas e da violência. Os meninos e meninas que participam do Proerd levam esses conhecimentos para o resto das suas vidas.”
Segundo a secretária municipal de educação, Marli Fernandes, o curso é aplicado aos alunos que estão prestes a entrar na adolescência. “No 5º ano, eles já têm maturidade suficiente para refletir e compreender os conteúdos abordados. Além da prevenção às drogas e à violência, o Proerd agrega outros conceitos, como cidadania, cooperativismo, disciplina, empatia e respeito ao próximo,” disse.
Finalizadas as aulas, os estudantes foram convidados a escrever redações com o tema Caindo na Real. O melhor texto de cada escola foi premiado com um troféu. “O Proerd nos ajuda a desenvolver o autocontrole e a tomar decisões com responsabilidade. O bullying também foi um dos assuntos discutidos e aprendemos que não devemos fazer isso com ninguém, pois pode magoar as pessoas,” escreveu Ricardo Antônio da Silva, da Escola Municipal Wilson de Azevedo.
Participaram também da formatura na noite de quinta-feira, o comandante da 4ª Companhia do BPEC, Tenente Renan Rodrigues do Prado; a subcomandante da 4ª Companhia do BPEC, Tenente Yullie Garib Prandel; o comandante da Guarda Municipal de Apucarana, Alessandro Carletti; representando o 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, o 2º Tenente Wesley Aleixo da Silva; representando o 11º Grupamento de Bombeiros, o 1º Tenente Maurício Batista Dubas; o vereador José Airton Deco de Araújo, entre outras autoridades civis e militares.


Humilhado em público, Moro deixa para Bolsonaro o ônus de demiti-lo


Depois de Jair Bolsonaro deixar claro que é ele quem manda na Polícia Federal, e não Sergio Moro, auxiliares cobraram do ex-juiz uma atitude, mas ele não fará nada. Moro avalia que, mesmo tendo perdido todas as batalhas dentro do governo, Bolsonaro terá que ter o ônus de demiti-lo
(Foto: Marcelo Camargo - ABR)
247 – "O ministro da Justiça, Sergio Moro , deve aguentar calado derrotas e desautorizações públicas a que vem sendo submetido pelo presidente Jair Bolsonaro . O chefe do Executivo terá que assumir o desgaste de demitir o ministro mais popular da Esplanada se quiser ver Moro fora do governo e, claro, explicar os motivos da demissão. Quem diz isso são pessoas que convivem com o ministro", informa o jornalista Jailton de Carvalho, em reportagem publicada no Globo.
Ontem, Bolsonaro humilhou Moro publicamente, ao deixar claro que vai interferir na Polícia Federal e em outros órgãos de combate à corrupção. O interesse de Bolsonaro é blindar a si e ao clã presidencial em relação ao caso Queiroz. Saiba mais abaixo:
247 - Jair Bolsonaro demonstrou mais uma vez que vai interferir na Polícia Federal e ameaçou demitir o diretor-geral Maurício Valeixo, que foi indicado por Sérgio Moro, ameaçando abrir uma nova crise que poderá resultar na saída do governo do ex-juiz e atual ministro da Justiça. “Se eu trocar hoje, qual o problema? Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na lei. Eu que indico, e não o Sérgio Moro [ministro da Justiça]. E ponto final. Qual o problema se eu trocar hoje ele? Me responda”, disse Bolsonaro à imprensa nesta quinta-feira (22). 
A declaração de Bolsonaro vem em meio aos questionamentos acerca da troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro, anunciada por ele neste mês.A substituição foi vista como uma tentativa de abafar o caso Queiroz, na qual o senador Flávio Boslonaro, também está entre os investigados. (Leia no Brasil 247)
“Agora há uma onda terrível sobre superintendência. Onze foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um Estado para ir para lá, “está interferindo”. Espera aí. Se eu não posso trocar o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral. Aí é... Não se discute isso aí”, disse. 
“Se eu for trocar diretor-geral, ministro, o que for, a gente faz na hora certa. Não pretendo trocar ninguém, por enquanto está tudo bem no governo. Agora, quando há uma coisa errada, chamo, converso e tento botar na linha”, emendou
Ainda segundo Bolsonaro, a decisão de manter ou não o subordinado compete a ele.” É decisão minha, a hora que eu achar correto. Se é para não ter interferência, o diretor anterior, que é o que estava lá com o Temer, tinha que ser mantido. Ou a PF agora é algo independente? A PF orgulha a todos nós, e a renovação é salutar, é saudável”, comentou.


Vaza Jato prova que Deltan fez da perseguição a Lula meio de vida e embolsou R$ 580 mil


O novo capítulo da Vaza Jato demonstra que o procurador Deltan Dallagnol ficou rico ao perseguir o ex-presidente Lula e forjar sua condenação sem provas. Nos últimos anos, ele colocou no bolso pelo menos R$ 580 mil em palestras para empresas do sistema de financeiro, como a XP, para planos de saúde, como a Unimed, e entidades empresariais, que se beneficiaram com o golpe de 2016. Desmoralizado, Deltan hoje dorme à base de remédios
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
247 – O novo capítulo da Vaza Jato, revelado hoje em parceria pela Folha de S. Paulo e pelo Intercept, demonstra como Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, ficou rico ao monetizar a Lava Jato e explorar financeiramente a sua perseguição ao ex-presidente Lula – que hoje seria presidente pela terceira vez se não tivesse sido perseguido pela força-tarefa.
"Ele começou a focar o meio empresarial e arrecadou ao menos R$ 580 mil a partir de 2017, apontam diálogos e documentos obtidos pelo The Intercept Brasil e analisados em conjunto com a Folha", aponta reportagem de Flávio Ferreira, Amanda Audi, Leandro Demori e Alexandre de Santi.
"Deltan sempre se recusou a divulgar a relação de empresas e entidades que pagaram por suas palestras, bem como as remunerações recebidas por esse trabalho. A lista de contratantes do procurador traz unidades da operadora de planos de saúde Unimed, firmas do mercado financeiro e associações industriais e comerciais. O valor de cada palestra variou entre R$ 10 mil e R$ 35 mil. O total arrecadado com elas a partir do início da Lava Jato passou de R$ 1 milhão caso sejam somadas as quantias que Deltan também destinou para instituições filantrópicas", informam ainda os jornalistas.
"Deltan pagas ou programadas entre fevereiro de 2017 e fevereiro de 2019, conforme diálogos, planilhas, recibos e contratos que circularam em grupos de conversas do procurador. A maioria delas teve como tema corrupção e ética nos negócios. Em valores atualizados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a soma das remunerações dos eventos desde 2017 encontrados na documentação é de cerca de R$ 580 mil. Um quarto das palestras verificadas pela reportagem foi para unidades do plano de saúde Unimed", aponta a reportagem.
Deltan também vendeu palestras do sistema financeiro, como a XP, e para entidades empresariais, que se beneficiaram com o golpe de 2016 e com a prisão sem provas do ex-presidente Lula, que ontem concedeu entrevista exclusiva à TV 247.


Lula: meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar, ele e o Dallagnol

(Foto: Felipe Gonçalves/TV 247)

Em sua entrevista histórica à TV 247, o ex-presidente Lula falou sobre Lava Jato, a destruição da Amazônia, a falta de decoro de Jair Bolsonaro e o papel dos Estados Unidos no golpe de 2016. "Não quero sair daqui com meia culpa. Quero sair com 100% da minha inocência. Não sou pombo, coloque neles a tornozeleira. Meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar. Ele e o Dallagnol", afirmou
247 – A entrevista concedida pelo ex-presidente Lula aos jornalistas Mauro Lopes, Paulo Moreira Leite e Pepe Escobar, da TV 247, foi repleta de mensagens importantes sobre o que se passa no Brasil e no mundo. Lula demonstrou indignação com a sua condição de preso político há mais de 500 dias, mas deixou claro que dorme tranquilo, ao contrário de seus algozes. "O Moro tem insônia porque ele sabe que mentiu. E agora está fazendo papel de palhaço", afirmou, antes mesmo de saber que Deltan Dallgnol, desmoralizado pela Vaza Jato, também só tem conseguido dormir à base de remédios.
Lula mandou um recado direto para o Supremo Tribunal Federal, que até agora tem se mantido acovardado diante da evidente fraude processual, já denunciada pelos maiores juristas e intelectuais do Brasil e do mundo. "Já cansei de chamar o Moro e o Dallagnol de mentirosos. Estou na expectativa de que alguém tenha a dignidade de ler meu processo e julgar com base nos autos", afirmou.  "Não quero sair daqui com meia culpa. Quero sair com 100% da minha inocência. Não sou pombo, coloque neles a tornozeleira. Meu maior prazer seria sair daqui e o Moro entrar. Ele e o Dallagnol", pontuou, deixando claro que busca o reconhecimento pleno da sua inocência.
Em relação à Amazônia, Lula deixou clara a responsabilidade dos eleitores de Jair Bolsonaro. "O Bolsonaro fala que quem tá botando fogo na Amazônia são as ONGs. Quem tá botando fogo é empresário eleitor dele", afirmou. "Alguém precisava pegar o Bolsonaro pela orelha e falar: 'Escuta aqui, moleque, seja educado'. Precisamos de paz. Um presidente não tem que pensar em outra coisa a não ser no bem estar do seu povo", disse ainda Lula. "Essa gente tem que entender que eles não foram eleitos pra ser donos do país. Eles foram eleitos pra governar. Não destruam o país. Eles não podem sair entregando o Brasil.
O papel dos Estados Unidos
Lula também avisou que seus advogados irão pedir acesso a documentos que demonstram que ele é vítima de uma conspiração internacional, liderada pelos Estados Unidos, que o prendeu e abriu espaço para a destruição da democracia no Brasil e a ascensão do neofascismo. "Estamos entrando com pedidos de FOIA (Freedom of Information Act) pedindo informações no Departamento de Justiça dos EUA sobre a interferência norte-americana no meu processo", afirmou.
 Confira abaixo a íntegra: