segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Reajuste parcelado provoca ‘saia-justa’ entre os poderes

Traiano (PSDB): “Mesmo percentual de 2%”
Traiano (PSDB): “Mesmo percentual de 2%” (Foto: Nani Gois/Alep)


A decisão do governo de parcelar o reajuste salarial dos servidores do Executivo até 2022 criou uma “saia-justa” entre os poderes no Estado, com o Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa de um lado, e o Tribunal de Justiça (TJ/PR), Ministério Público (MP) e Tribunal de Contas (TC) do outro. É que em nome de uma suposta “isonomia”, os deputados decidiram estender aos funcionários do TJ, MP e TC, o mesmo modelo de reposição proposto pelo governo para os servidores do Executivo, com o pagamento de 2% em janeiro do ano que vem; 1,5% em janeiro de 2021 e mais 1,5% em janeiro de 2022. Os funcionários do Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, porém, querem a manutenção da proposta já encaminhada ao Legislativo por esses poderes, que prevê o pagamento imediato do reajuste integral de 4,94% relativo à inflação de maio de 2018 a abril de 2019, retroativo a maio deste ano. 
Na semana passada, o presidente da Assembleia, deputado estadual Ademar Traiano (PSDB), confirmou que a Casa deve modificar os projetos de reajuste encaminhados ao Legislativo pelo TJ, MP e TC, estabelecendo para os servidores desses poderes a mesma fórmula proposta pelo governo para os funcionários do Executivo. “Nós iremos fazer um substitutivo geral de todas as demais mensagens aplicando o mesmo percentual de 2% para os demais poderes, limitando isso para o exercício para maio deste ano a maio do ano que vem”, disse Traiano. 
As únicas diferenças em relação ao Executivo, segundo o tucano, é que os projetos vão se limitar a prever o pagamento dos 2% em janeiro, retroativamente a maio. “Porque nós não podemos aplicar a mesma regra que o governo aplica para os seus servidores em relação ao Tribunal de Justiça, Ministério Público e o próprio Tribunal de Contas. Porque os mandatos do presidente do TJ, do próprio procurador de Justiça se encerram em meados do mês de março do ano que vem”, explicou o parlamentar. “Portanto o que nós podemos estabelecer como regra é a reposição salarial até maio do ano que vem. Somente os 2% em janeiro retroativo a maio, que aplica-se para os demais poderes. O governo aplica em janeiro, mas os demais poderes poderão aplicar retroativo a maio. E o restante se discutirá a partir de maio do ano que vem”, disse ele. 
Mobilização - Os servidores do Judiciário foram os primeiros a reagirem. Em assembleia na sexta-feira, a categoria aprovou, por unanimidade, intensificar a mobilização para pressionar os deputados a aprovarem a proposta da data-base de 4,94%, conforme projeto de lei enviada pelo TJ. A direção do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus/PR), marcou para hoje uma audiência com o primeiro-secretário da Assembleia, deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PSB), para cobrar a manutenção do texto original, sem emendas, e o reajuste integral imediato. 
O sindicato alega que o Judiciário, assim como MP, TCE e a própria Assembleia, têm autonomia orçamentária e financeira, e recursos suficientes para pagar a reposição integral. E que os deputados estão realizando “manobras” para não conceder a reposição de 4,94% para ninguém. “Não podemos permitir isso”, diz a diretora do Sindijuz, Carolina Nadolny. A categoria pretende acompanhar, inclusive, a votação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia, amanhã, para pressionar os parlamentares a manterem o texto original. Caso isso não aconteça, pretende cobrar ainda um posicionamento da cúpula do TJ.
ANTECEDENTES

Em 2018, Assembleia derrubou veto
Em 2018, a então governadora Cida Borghetti (PP) propôs reajuste de 1% para os servidores do Executivo e vetou a reposição de 2,76%, relativa à inflação daquele ano, para os funcionários dos demais poderes, incluindo os do Legislativo, que havia sido aprovado pelos deputados. Na ocasião, ela alegou que que os aumentos teriam um impacto nos cofres públicos de R$ 43 milhões para 2018, e R$ 180 milhões em 2019, em um momento em que os gastos do Estado com a folha de pessoal já estariam no limite. No veto, Cida também apontou que os reajustes colocariam em risco o teto de gastos públicos previstos no acordo de renegociação das dívidas do Estado com a União.
Após as eleições de outubro, em que Cida tentou mas não conseguiu se reeleger, os deputados derrubaram o veto. A governadora, então, se recusou a sancionar os reajustes. Como Cida retirou da pauta a proposta de 1%, os servidores do Executivo ficaram sem nenhuma reposição.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), ignorou as alegações da chefe do Executivo, e promulgou ele mesmo o reajuste de 2,76% para os servidores do Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e do próprio Legislativo. “Estou cumprindo aquilo que estabelece a Constituição e hoje será promulgada a reposição salarial dos Poderes, uma vez que não foram respondidos e não houve qualquer manifestação por parte do Governo em relação aos projetos de lei aqui aprovados e aos vetos derrubados”, alegou na época o tucano. Na ocasião, o deputado argumentou que a questão do reajuste dos servidores do Executivo era de responsabilidade exclusiva do governo do Estado, e que os demais poderes tinham autonomia orçamentária.

Fonte: Bem Paraná

Cotas do PIS começam a ser pagas a partir desta segunda-feira


Benefício será disponibilizado a todos os profissionais que trabalharam entre os anos de 1971 e 1988
Cotas serão pagas inicialmente a correntistas da Caixa
Cotas serão pagas inicialmente a correntistas da Caixa

Os correntistas da Caixa Econômica Federal começam a receber nesta segunda-feira (19) as Cotas do PIS (Programa de Integração Social) referentes aos créditos depositados pelos empregadores entre 1971 e 1988. O montante estará disponível a todos os profissionais que não tiverem feito o saque total do saldo anteriormente.
Os idosos com mais de 60 anos que não têm conta no banco estatal terão o benefício disponibilizado a partir da próxima segunda-feira, dia 26 de agosto. O pagamento para as demais idades começa a ser realizado no dia 2 de setembro.
Ao todo, cerca de 10,4 milhões de trabalhadores poderão receber a grana. De acordo com a Caixa, o valor médio dos saques é de R$ 1.760.
Para consultar o saldo disponível das Cotas do PIS, basta acessar o site da Caixa Econômica Federal. Os valores também podem ser acompanhados pelo aplicativo Caixa Trabalhador.
Quem tiver até R$ 3.000 para receber poderá realizar os saques com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento do banco estatal, lotéricas ou correspondente Caixa Aqui. Para montantes maiores, as retiradas devem ser feitas em agências da Caixa a partir da apresentação de um documento oficial com foto.
Caso o beneficiário do saque tenha falecido, o pagamento do montante poderá ser retirado pelos dependentes.
FGTS
Além das Cotas do PIS, a MP (Medida Provisória) 889/2019 também estabelece a liberação do saque imediato de parcela de até R$ 500 por conta ativa ou conta inativa do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
As retiradas poderão ser realizadas a partir do dia 13 de setembro para cerca de 33 milhões de trabalhadores com conta ativa na Caixa. Quem não é correntista do banco estatal terá acesso à grana somente após o dia 18 de outubro.
Caso o trabalhador não tiver interesse em retirar os valores, o dinheiro será novamente depositado à conta de FGTS.
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é um valor que a empresa recolhe todos os meses do salário do funcionário de carteira assinada. O montante fica bloqueado, mas pode ser utilizado em situações específicas, como na compra da casa própria e em caso de demissão sem justa causa. Veja em quais situações o FGTS pode ser sacado
Fonte: R7

domingo, 18 de agosto de 2019

Pimenta defende CPI e aponta quadrilha da Lava Jato para violar sigilos fiscais


"Vazamento de informações sigilosas da receita federal é crime. Quando o crime é praticado por auditores da receita e procuradores federais é crime qualificado. Quando reúnem 3 ou mais para praticar um crime é formação de quadrilha. CPI já para esclarecer a Vaza Jato!!", defende o líder do PT na Câmara
Paulo Pimenta e Deltan Dallagnol
Paulo Pimenta e Deltan Dallagnol (Foto: Câmara dos Deputados | ABr)

247 - O deputado federal Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, defende CPI para apurar as informações vazadas pelo site The Intercept sobre a Lava Jato, que publicou novo capítulo neste domingo 18 em parceria com a Folha de S.Paulo.
De acordo com as novas mensagens reveladas, integrantes da força-tarefa recebiam dados sigilosos da Receita Federal por meio de aplicativos de mensagens, sem autorização judicial. Dados foram vazados por auditor da Receita até mesmo sem haver suspeita de ilegalidade.
"Vazamento de informações sigilosas da receita federal é crime. Quando o crime é praticado por auditores da receita e procuradores federais é crime qualificado. Quando reúnem 3 ou mais para praticar um crime é formação de quadrilha. CPI já para esclarecer a Vaza Jato!!", apontou Pimenta.
Os pedidos eram feitos ao então auditor fiscal Roberto Leonel, que chefiava a área de inteligência da Receita em Curitiba. Hoje ele é chefe do Coaf, colocado no cargo por Sergio Moro, ministro da Justiça do governo Bolsonaro. 
 "A relação entre Leonel e a força-tarefa era tão próxima que eles pediram para o auditor informações sigilosas de contribuintes até mesmo para verificar hipóteses sem indícios mínimos. A Lava Jato, como o Intercept mostrou em parceria com o El País, já se movimentou contra seus inimigos declarados motivada apenas por boatos", diz trecho da reportagem.
Em uma das mensagens enviadas ao chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, Leonel revela ter sido questionado por seu superior sobre o repasse de informações sigilosas. "Ele quis saber pq fiz etc e se tinha passado está inf a vcs ... Disse q NUNCA passei pois não tem origem ilícita suspeita !!! Por favor delete este assunto por enquanto", escreve.






Bolsonaro quis intervir em porto ligado à entrada de armas e venda de drogas


"Uma bomba atômica foi lançada sobre Paulo Guedes e Sérgio Moro", diz o jornalista Fernando Brito, ao comentar a notícia de que o governo pretende colocar um aliado político no porto de Itaguaí (RJ), região que é foco do interesse das milícias. "Guedes e Moro estão na obrigação de abrir, de imediato, investigações. Só faltava essa, converter a Receita Federal em cúmplice de milicianos", diz Brito
Jair Bolsonaro e  Paulo Guedes
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Isac Nobrega/PR)

Por Fernando Brito, editor do Tijolaço  Uma bomba atômica foi lançada sobre Paulo Guedes e Sérgio Moro
O primeiro, como responsável final pela atuação da Receita Federal; o segundo como responsável pela Polícia Federal.
A denúncia, feita em grupos de mensagens de auditores fiscais pelo chefe da aduana no Porto de Itaguaí, José Alex Nóbrega de Oliveira, de que foi chamado pelo superintendente da Receita Federal no Rio, Mário José Dehon São Thiago Santiago e informado que recebera uma indicação presidencial para colocar em seu lugar.
O indicado era um auditor de Manaus, “coincidentemente” de onde viria o delegado Alexandre Saraiva para chefiar a Polícia Federal no Rio de Janeiro. Diz a mensagem do auditor fiscal José Alex:
“Para minha surpresa, há cerca de três semanas, o superintendente Mário (Dehon, superintendente da Receita Federal) me informa que havia uma indicação política para assumir a Alfândega de Itaguaí, a qual ele não concordava. Tratava-se de um auditor lotado em Manaus que não possuía em seus 35 anos de Receita Federal nenhuma passagem pela Aduana e sem nunca ter assumido chefias. Inconformado com essa situação, o superintendente se recusou a realizar a nomeação, pois fugia dos trâmites utilizados pela RFB para escolha de suas lideranças. Em represália a essa atitude, o mesmo está ameaçado de exoneração”
Itaguaí, além de ser área dominada pela milícia, tem um porto que está no alvo de fortes suspeitas de servir para a entrada de armas e saída de drogas. Em setembro passado, Exército, PF e Receita realizaram lá uma megaoperação a partir de informações sobre trafico de armamento e entorpecentes por lá.
Guedes e Moro estão na obrigação de abrir, de imediato, investigações.
Só faltava essa, converter a Receita Federal em cúmplice de milicianos.
Fonte: Brasil 247

Carlos Bolsonaro publica lista de políticos com transações suspeitas e expõe o próprio irmão


A lista faz parte de um relatório do Coaf do ano passado, que apontou movimentação atípica de auxiliares de 20 deputados da assembleia fluminense
Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição/Divulgação)

Da revista Fórum – O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSL), filho 02 do presidente, publicou neste sábado (17) no Twitter uma lista de políticos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que apresentaram transações financeiras suspeitas. Dentre os nomes, estava o de seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PSL), devido às movimentações realizadas por seu ex-assessor, Fabrício Queiroz.
A lista faz parte de um relatório do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) do ano passado, que apontou movimentação atípica de auxiliares de 20 deputados da assembleia fluminense.


Chefe do Coaf a Deltan, após ter passado dados sigilosos à Lava Jato: delete este assunto


Em novo capítulo, a Vaza Jato revela que a força-tarefa pedia dados fiscais sigilosos por meio de aplicativo de mensagens, sem autorização judicial, ao auditor fiscal Roberto Leonel, que chefiava a área de inteligência da Receita em Curitiba; questionado por seu superior, Leonel mente: "Ele quis saber pq fiz etc e se tinha passado está inf a vcs ... Disse q NUNCA passei pois não tem origem ilícita suspeita!!! Por favor delete este assunto por enquanto."
247 - Em novo capítulo publicado neste domingo 18 pelo site The Intercept, em parceria com a Folha de S.Paulo, a Vaza Jato revela que a força-tarefa da Operação Lava Jato pedia dados fiscais sigilosos da Receita Federal por meio de aplicativo de mensagens, sem autorização judicial. 
Os pedidos eram feitos ao então auditor fiscal Roberto Leonel, que chefiava a área de inteligência da Receita em Curitiba. Hoje ele é chefe do Coaf, colocado no cargo por Sergio Moro, ministro da Justiça do governo Bolsonaro. 
"A relação entre Leonel e a força-tarefa era tão próxima que eles pediram para o auditor informações sigilosas de contribuintes até mesmo para verificar hipóteses sem indícios mínimos. A Lava Jato, como o Intercept mostrou em parceria com o El País, já se movimentou contra seus inimigos declarados motivada apenas por boatos", diz trecho da reportagem.
Em uma das mensagens enviadas ao chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, Leonel revela ter sido questionado por seu superior sobre o repasse de informações sigilosas. "Ele quis saber pq fiz etc e se tinha passado está inf a vcs ... Disse q NUNCA passei pois não tem origem ilícita suspeita!!! Por favor delete este assunto por enquanto", escreve.
Leonel se referia a Gerson Schaan, de quem conta ter recebido "mais bronca" naquela ocasião. Os dados sigilosos eram dos pais do ex-deputado do PMDB Rodrigo Rocha Loures (o 'deputado da mala, aliado de Michel Temer'), e de sua ex-mulher, que acabara de declarar uma conta milionária na Suíça.





Até caseiro do sítio de Atibaia foi investigado clandestinamente


Deltan Dallagnol pediu ao atual chefe do Coaf que desse uma “olhada informal” nas informações fiscais do caseiro Elcio Vieira da Silva, conhecido como Maradona. O objetivo, claro, era perseguir o ex-presidente Lula
247 – A reportagem do Intercept revela os meandros do estado policial montado pela Lava Jato. "Em 15 de fevereiro daquele 2016, Dallagnol sugeriu aos colegas no grupo 3Plex que pesquisassem as declarações anuais de imposto de renda do caseiro Elcio Pereira Vieira, conhecido como Maradona”, informa a reportagem. “Vcs checaram o IR de Maradona? Não me surpreenderia se ele fosse funcionário fantasma de algum órgão público (comissionado)”, disse. “Pede pro Roberto Leonel dar uma olhada informal”. Uma semana depois, Moro autorizou a quebra do sigilo fiscal do caseiro.
15 de fevereiro de 2016 – grupo 3Plex
Deltan Dallagnol – 15:53:20 – Vcs checaram o IR de Maradona? Não me surpreenderia se ele fosse funcionário fantasma de algum órgão público
Dallagnol – 15:53:24 – (comissionado)
Julio Noronha – 15:55:00 – Não olhamos… Vou colocar na lista de pendências
Dallagnol – 15:56:32 – Pede pro Roberto Leonel dar uma olhada informal
Noronha – 15:56:39 – Ok!
"Em 6 de setembro de 2016, o procurador Athayde Ribeiro Costa informou aos colegas no grupo 3Plex que pediu a Leonel para averiguar se os seguranças de Lula tinham adquirido uma geladeira e um fogão, dois anos antes, para equipar o triplex que a empreiteira OAS diz ter reformado para o petista no Guarujá. Costa enviou ao auditor sem autorização judicial, os nomes de oito seguranças que trabalhavam para o ex-presidente, além do nome de duas lojas”, apontam ainda os jornalistas do Intercept.
Informado sobre o teor das conversas envolvendo o atual chefe da instituição, o Coaf não se manifestou. Roberto Leonel também preferiu ficar em silêncio.


Vaza Jato revela que Lava Jato agia fora da lei para obter dados fiscais de suspeitos


Um estado policial clandestino foi montado para investigar suspeitos na Lava Jato, conduzida por Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Com a colaboração do auditor fiscal Roberto Leonel, atual presidente do Coaf, sigilos fiscais eram quebrados sem autorização judicial – especialmente de pessoas próximas ao ex-presidente Lula. É o que mostra o novo capítulo da Vaza Jato
247 – O novo capítulo da Vaza Jato revela que a Lava Jato agia fora da lei para obter dados fiscais de suspeitos. Isso aconteceu diversas vezes e teve como alvos principais pessoas ligadas aos processos que envolviam o ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político há quase 500 dias. “Os procuradores da operação Lava Jato também usaram o Telegram para obter informalmente dados sigilosos da Receita Federal – ou seja, sem nenhum controle da Justiça.
O coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, e seus colegas em Curitiba recorreram em diversas ocasiões a um informante graduado dentro da Receita para levantar o sigilo fiscal de cidadãos sem que a Justiça tivesse autorizado a quebra”, revelam os jornalistas Leandro Demori e Paula Bianchi, no Intercept.
"Para obter os dados sigilosos, os procuradores recorreram ao auditor fiscal Roberto Leonel, que chefiava a área de inteligência da Receita em Curitiba, onde trabalhava. Leonel é hoje presidente do Coaf”, informam ainda os repórteres. Ou seja: um dos principais aliados do ministro Sergio Moro era o responsável por repassar clandestinamente dados fiscais de suspeitos.
Foco no ex-presidente Lula
Em agosto de 2015, diante das notícias de que um sobrinho de Lula fizera negócios em Angola com ajuda do político e da Odebrecht, a primeira coisa que ocorreu ao procurador Roberson Pozzobon foi chamar Leonel, aponta a reportagem do Intercept. “Quero pedir via Leonel para não dar muito na cara, tipo pescador de pesque e pague rsrsrs”, disse numa mensagem a Dallagnol no grupo Chat FT MPF Curitiba 2.
"No ano seguinte, entre janeiro e março, a força-tarefa pediu a Leonel que levantasse informações sobre uma nora de Lula e sobre o caseiro do sítio de Atibaia”, aponta ainda a reportagem. "A investigação informal contra Lula e pessoas que o cercavam também incluiu o pedido, feito pelos procuradores, a informações sobre o patrimônio dos antigos donos do sítio. Na mesma época, os procuradores também solicitaram ao auditor informações sobre compras que a ex-primeira dama Marisa Letícia e os seguranças do casal teriam feito."


sábado, 17 de agosto de 2019

Expoagri: Show de Bruna Viola atrai mais de 10 mil pessoas


Grande público se aglomerou junto ao Colégio Agrícola para assistir a sertaneja raiz matogrossense. Agenda de show desta noite tem Conrado e Aleksandro. Fotos: Profeta 
A Expoagri “bombou” na noite de ontem, com a presença de milhares de pessoas, atraídas principalmente pela cantora sertaneja Bruna Viola. Organizadores do evento estimam que mais de 10 mil pessoas se aglomeraram na Rua Marcílio Dias, em frente ao Colégio Agrícola, numa extensão de 150 metros, para acompanhar o show.
Antes de Bruna Viola também passaram pelo palco a Orquestra Facmol e o cantor Enzo Bismark. O público também lotou a praça de alimentação da Expoagri. A direção do Colégio Agrícola Manoel Ribas acredita que com o show da dupla sertaneja Conrado e Aleksandro, na noite deste sábado (17), a expectativa de público do evento deve superar a faixa de 20 mil pessoas.
O prefeito Junior da Femac que, neste ano, colocou o município na organização, participou da programação ontem e se manifestou satisfeito com o sucesso do evento. “O foco da Expoagri é celebrar a identidade rural de Apucarana e divulgar o trabalho do Colégio Agrícola. Por isso, esse momento é tão importante para prefeitura e justifica nossa parceria como co-realizadora da exposição”, reiterou o prefeito.




Prefeito Junior da Femac inaugura asfalto no Santos Dumont III


O investimento na obra é de R$488.564,91, com recursos próprios do município
(Foto: Profeta)
O prefeito Júnior da Femac inaugurou hoje (17) a obra de pavimentação em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e drenagem de águas pluviais em cinco ruas do Loteamento Residencial Santos Dumont III. O investimento de R$ 488.564,91, com recursos próprios do município, beneficiaram as ruas João Oliveira, Pedro Pedrosin, Eliezer Manhas, Maria Miranda e João Volpato, todas em trecho entre a Rua Salvador Usso e Conjunto Residencial Sumatra I, em um total de 7.035,00 metros quadrados em pavimentação, 500 metros de drenagem e 2.100 metros lineares de meio-fio com sarjeta.
Com a execução dessas obras, a prefeitura deixa todas as ruas do Residencial Santos Dumont III pavimentadas.  “Do lado direito da Avenida Aviação, para quem chega, está tudo asfaltado. Se Deus quiser vamos pavimentar a cidade toda e falta pouco para atingirmos essa meta”, disse Junior da Femac.
“Asfalto é mais que uma obra, é dignidade. Todas as pessoas devem ter a mesma dignidade na cidade, não importa a região em que moram. Não será cobrado nada por este asfalto, nós da administração pública é que estávamos devendo para vocês, moradores deste bairro”, enfatizou Junior.
Moradora da Rua Eliezer Manhas há 14 anos, a dona de casa Tereza da Cruz, manifestou sua alegria de finalmente ter o asfalto em frente sua casa. “Não posso acreditar que todo aquele sofrimento acabou. Era muito transtorno a ponto das crianças terem que usar sacola plástica nos pés para ir para escola. Em dias de chuva o caminhão da coleta de lixo não passava e tínhamos que levar sacolas até as ruas com asfalto para serem recolhidas. Agora está tudo 100% e é só alegria”, disse Tereza.
A solenidade de entrega do asfalto foi prestigiada pelos vereadores José Airton Araújo (Deco) e Mauro Bertoli, secretários municipais, lideranças de bairros, autoridades religiosas e a comunidade do bairro.
Outra obra de pavimentação está em fase de conclusão naquela região da cidade. O asfalto e drenagem da Rua Magno Cavalcante, no Conjunto Residencial Sumatra deve ser inaugurada em breve, num investimento de R$ 88.830,00, com recursos próprios do município.


'Primeiro ele fala, depois ele pensa', diz Janaina Paschoal sobre Bolsonaro


Deputada usou as redes sociais para defender que o ministro Sérgio Moro desconsidere as coisas ditas pelo presidente e permanece à frente da pasta
(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais na manhã deste sábado para fazer uma defesa da permanência do ministro da Justiça, Sérgio Moro, no comando do ministério. Como argumento, a parlamentar em São Paulo disse que cabe ao ex-juiz relevar as falas de Jair Bolsonaro, pois ele age no calor das emoções. “Primeiro ele fala, depois ele pensa”, postou.
Ainda de acordo com ela, a “espontaneidade” é “a marca do presidente” e que sua equipe deve aprender a lidar com isso. “Nós precisamos que Moro fique exatamente onde está. Àqueles que dizem para ele sair por inocência, peço que parem. Bolsonaro não vai mudar, a boa equipe que está aí precisa aprender a lidar com uma pessoa emotiva, contornar suas confusões e buscar extrair o que há de bom”, seguiu no comentário.
Para Janaina Paschoal, o ministro da Justiça exerce papel importante à frente da pasta e que deve usar a inteligência para filtrar as coisas ditas aos jornalistas por Bolsonaro. “Moro é inteligente o suficiente para saber que o Presidente, ao dizer o fatídico "quem manda sou eu", devia estar irritado com as perguntas dos jornalistas. Quando confrontado, ele perde a paciência e acaba fazendo o que querem que ele faça...”, declarou.
Nessa sexta-feira, ao ser questionado sobre mudanças no comando da Polícia Federal, o presidente disse que quem mandava era ele e, por isso, era de incumbência dele dar a palavra final e escolher quem estaria no comando da corporação.
Por fim, a deputada ainda classifica como “inocente ou mal intencionado” os que pedem a cabeça de Sérgio Moro no comando do ministério. “Esse discurso de que "se tiver amor próprio Moro deve sair" é coisa de inocente, ou de mal-intencionado. Qualquer pessoa que ama o país sabe que o primeiro passo para trabalhar pelo Brasil é perder o amor próprio. Moro não é Ministro de Governo, ele é Ministro de Estado”.
Fonte: em.com.br


Lula diz que vai provar, da cadeia, que Moro e Deltan são bandidos


O ex-presidente comentou que estava na prisão porque queria

Lula diz que vai provar, da cadeia, que Moro e Deltan são bandidos
Reuters
RECIFE, PE (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Lula afirmou, em mais uma entrevista concedida da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, que vai provar que o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o chefe da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, são bandidos.
Na entrevista, concedida ao jornalista Bob Fernandes, exibida na noite desta sexta-feira no canal dele no Youtube e na TVE Bahia, disse ainda que só quer sair da prisão com "100% de inocência."
Ele respondeu não saber quanto tempo ainda vai permanecer em Curitiba, onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro, mas que não vai pedir progressão de regime. "É daqui de dentro que eu quero provar que eles são bandidos e eu não. É isso que eu quero provar."
Esta foi a primeira vez que o ex-presidente falou após a decisão da juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução de sua pena, que autorizou a transferência dele para São Paulo. No mesmo dia, o STF derrubou a decisão.
"Significou (a decisão) a necessidade de se livrar do Lula antes que ele possa sair daqui. Não conheço a juíza. Ela foi irresponsável. Espero que a sociedade esteja vendo. Não quero ser tratado melhor do que ninguém."
O ex-presidente comentou que estava na prisão porque queria. Segundo ele, teve muita oportunidade de sair do Brasil para não ser preso. "Eu quero sair daqui com 100% de inocência. Estou aqui porque eu quero. Eu poderia ter saído do Brasil. Tive muita oportunidade. Não quis sair porque o jeito de eu ajudar a colocar bandido na cadeia é ficar aqui.". 
Durante a entrevista, ele comentou o caso mais recente da Vaza Jato, publicado pelo BuzzFedd News em parceria com o The Intercept Brasil, em que aponta que Moro instruiu, ainda quando juiz federal, os procuradores da Lava Jato a não recolherem os celulares de Eduardo Cunha na véspera da prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados.Visivelmente irritado, neste ponto, o ex-presidente, batendo na mesa, destacou que a Polícia Federal foi na casa dos netos dele para apreender um tablet.
"Ficaram um ano com ele (o tablet) aqui preso. E não tiveram coragem de pegar o telefone de Eduardo Cunha porque o Moro falou: 'não, não pega o telefone'. O que é que tinha no telefone do Eduardo Cunha que o Moro não queria que ninguém soubesse? Por que eles não aceitaram uma delação do Eduardo Cunha?", questionou.
O petista falou da influência dos EUA no Brasil. Para ele, a Lava Jato é orquestrada pelo governo norte-americano. "Hoje, eu tenho clareza, Bob, que tudo que está acontecendo aqui no Brasil da Lava Jato tem o dedo dos americanos. O departamento de justiça americano manda mais no Moro do que a mulher dele."
Posteriormente, afirmou que a Lava Jato foi construída para entregar o petróleo brasileiro, as refinarias e as distribuidoras. Sobre Deltan, o presidente afirmou que o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) deveria ter pedido a exoneração dele.
"O Dallagnol não deveria nem existir porque ele não tem formação para isso. Ele não tem tamanho para fazer o que está fazendo. É por isso que ele fez tanta molecagem e tanta bandidagem", atacou.
Lula classificou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) como um monstro e aproveitou para fustigar a Globo ao afirmar que a emissora não teve coragem de lançar o apresentador Luciano Huck à presidência da República. "O Bolsonaro foi um monstro que surgiu, e não era isso que a Globo esperava, certamente. A Globo esperava alguém do time deles. Como não tiveram coragem de lançar o Luciano Huck."
Ele criticou a postura da empresa no caso dos vazamentos de mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, que expôs a atuação de Moro e Deltan. "Até agora, pasme, hoje é dia 14, a Globo não teve a pachorra de publicar as coisas do Intercept. É como se não existisse. Foram capaz de inventar um hacker em Araraquara. Prenderam um hacker para dar vazão às mentiras do Moro e não têm coragem de prender o Queiroz", disse.
O ex-presidente se referiu a Bolsonaro como um chefe de torcida organizada que fala para fanáticos. "O Bolsonaro está governando e falando para sua torcida organizada. Para agradar os seus fanáticos, aqueles que não estão preocupados com o Brasil."
Ele criticou a forma como o presidente tratou a derrota nas prévias do presidente da Argentina Mauricio Macri. "Ele teve a insensatez de falar de um parceiro estratégico e ofender o povo argentino."
O petista destacou que, ao sair da prisão, além de casar porque está apaixonado, vai para a rua levantar a autoestima do povo brasileiro. "Se eles têm medo de mim, arrumem outro jeito de me calar. Um homem de 74 anos, que já fez o que já fiz, não vai se calar. Eu quero a minha inocência", disse.  



Para ministros do STF, Moro manobrou para julgar Cunha em Curitiba


Sergio Moro e Eduardo Cunha
Segundo o jornalista Kennedy Alencar, dois ministros do Supremo avaliam que o então juiz Sergio Moro não quis apreender telefones celulares de Eduardo Cunha para evitar que pessoas com foro privilegiado tirassem as investigações da 13ª Vara Federal em Curitiba e as levassem para o STF
Por Kennedy Alencar - Dois ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam que o então juiz Sergio Moro não quis apreender telefones celulares de Eduardo Cunha para evitar que pessoas com foro privilegiado tirassem as investigações da 13ª Vara Federal em Curitiba e as levassem para o STF.
A teoria dos ministros é que Moro queria manter Cunha sob sua alçada, como um troféu. Seria uma manobra combinada com o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato.
Para ministros, essa atitude explicaria o motivo de Moro ter se posicionado perante o Ministério Público contra eventual acordo de delação premiada do então ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Leia a íntegra da reportagem em seu blog.


Bebianno: discurso do 'eu que mando' revela insegurança de Bolsonaro


Oposição vai atrás de Bebianno para convencê-lo a falar
Ex-ministro e ex-assessor próximo de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno diz que postura "é muito ruim para o nosso país" e que "o presidente precisa superar os complexos que traz do passado e mostrar maior grandeza de espírito”
247 - Para o ex-ministro e ex-assessor próximo de Jair Bolsonaro, desde a época da campanha presidencial, Gustavo Bebianno atribui à insegurança a postura do chefe do Palácio do Planalto na linha do "sou eu que mando aqui", como fez em relação à Polícia Federal nesta semana, gerando uma crise na corporação.
“O presidente tem revelado extremo grau de insegurança. Essa coisa de querer mostrar, a ferro e fogo, todo o tempo, que é ele quem manda, sem escutar a ninguém e sem aceitar qualquer tipo de ponderação, é muito ruim para o nosso país. O presidente precisa superar os complexos que traz do passado e mostrar maior grandeza de espírito”, disse Bebianno, segundo a colunista Mônica Bergamo.
Nesta semana, Bolsonaro anunciou em declaração à imprensa que mudaria o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, num gesto de clara intervenção na corporação. Em reação, delegados não descartam demissão coletiva. A afirmação também foi vista como um gesto de desrespeito ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, pasta a qual a PF é submetida.
Nesta sexta-feira, o presidente reforçou seu discurso. "O que eu fiquei sabendo... Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu... deixar bem claro", voltou a dizer, sobre a PF do Rio de Janeiro. "Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu", ressaltou.



Bolsonaro para Huck: 'pare de arrotar arrogância'


Luciano Huck e Jair Bolsonaro irão a Davos para o Fórum Econômico Mundial
Em resposta a Luciano Huck, que o taxou de "último capítulo do caos", Bolsonaro provocou o apresentador, dizendo para ele "parar de arrotar arrogância". O ex-capitão disse ainda: "se ele comprou jatinho com subsídio do BNDES, ele 'faz parte do caos'."
247 - Em resposta a Luciano Huck, que o taxou de "último capítulo do caos", Bolsonaro provocou o apresentador, dizendo para ele "parar de arrotar arrogância". O ex-capitão disse ainda: "se ele comprou jatinho com subsídio do BNDES, ele 'faz parte do caos'.".
A fala completa do presidente foi: "ele falou que eu sou o último capítulo do caos. Se ele comprou jatinho, ele faz parte do caos, ajudou naqueles empréstimos de quase meio trilhão de reais, amigo Fidel Castro, Venezuela, essa galera toda aí. E aqui no Brasil, pelo que me parece, [foram] R$ 2 bilhões para amigos comprarem jatinho."
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca mais um trecho da fala de Bolsonaro: "eu não faria isso [pegar empréstimo para comprar jatinho] porque eu tenho vergonha na cara, mas quem faz isso sabe que para você conseguir R$ 10 mil no banco você tem que ralar, cara, e deixar a cueca de garantia lá. Agora esses caras não deixam nada. E pagar 3% ou 4% de juros ao ano, pelo amor de Deus. É justo fazer isso aí? Se por ventura [ele] estiver lá [na lista de beneficiados], não fica arrotando honestidade aí que o bicho vai pegar."


Lula sobre dono da Havan: “parece o Louro José. Qualquer dia a Ana Maria coloca ele em cima da mesa”


Em entrevista ao jornalista Bob Fernandes, o ex-presidente perguntou onde estão os empresários nacionais; “O grande empresário hoje é o Louro José, aquele da Havan [Luciano Hang], que aparece de paletó verde e gravata amarela. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa", disse Lula
Revista Fórum - Luciano Hang, o chamado “véio da Havan”, foi ironizado pelo ex-presidente Lula em entrevista concedida ao jornalista Bob Fernandes, exibida nesta sexta-feira (16) na TVE Bahia. Ele comparou o dono da Havan, um dos mais fiéis bolsonaristas do varejo, com o papagaio Louro José, mascote da apresentadora Ana Maria Braga, ao criticar a ausência de empresários comprometidos com o desenvolvimento nacional.
“Eu sou de um tempo que o Brasil tinha grandes empresários, que eram lideranças importantes. Hoje você não tem. O grande empresário hoje é o Louro José, aquele da Havan [Luciano Hang], que aparece de paletó verde e gravata amarela. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa. Eu fico me perguntando onde estão os grandes empresários comprometidos com esse país?”, declarou o ex-presidente.
Lula criticava a financeirização da economia brasileira, marcada pelo rentismo e pela ausência de um setor industrial de destaque. “O problema do sistema financeiro do Brasil é que a economia hoje está totalmente financeirizada. Ou seja, quando se fala em mercado não se fala nem na produção industrial, se falam nos bancos, se fala no rentismo. Onde estão os empresários brasileiros?”, disse.
O ex-presidente criticou também o papel do BNDES no desenvolvimento do país e afirmou que os rumos do banco devem ser mudados. “Se eu voltasse à presidência, o BNDES não ia mais ser um banco para financiar os grandes empresários. Ele deve ser um avalista dos empresários e os empresários que vão buscar dinheiro mais barato no Japão, na Alemanha, nos Estados Unidos, aonde tivesse. Para que o dinheiro do BNDES pudesse ser utilizado para gente poder fazer investimento em pequenas e médias empresas”, avaliou.