sábado, 17 de agosto de 2019

Lula diz que vai provar, da cadeia, que Moro e Deltan são bandidos


O ex-presidente comentou que estava na prisão porque queria

Lula diz que vai provar, da cadeia, que Moro e Deltan são bandidos
Reuters
RECIFE, PE (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Lula afirmou, em mais uma entrevista concedida da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, que vai provar que o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o chefe da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, são bandidos.
Na entrevista, concedida ao jornalista Bob Fernandes, exibida na noite desta sexta-feira no canal dele no Youtube e na TVE Bahia, disse ainda que só quer sair da prisão com "100% de inocência."
Ele respondeu não saber quanto tempo ainda vai permanecer em Curitiba, onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro, mas que não vai pedir progressão de regime. "É daqui de dentro que eu quero provar que eles são bandidos e eu não. É isso que eu quero provar."
Esta foi a primeira vez que o ex-presidente falou após a decisão da juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução de sua pena, que autorizou a transferência dele para São Paulo. No mesmo dia, o STF derrubou a decisão.
"Significou (a decisão) a necessidade de se livrar do Lula antes que ele possa sair daqui. Não conheço a juíza. Ela foi irresponsável. Espero que a sociedade esteja vendo. Não quero ser tratado melhor do que ninguém."
O ex-presidente comentou que estava na prisão porque queria. Segundo ele, teve muita oportunidade de sair do Brasil para não ser preso. "Eu quero sair daqui com 100% de inocência. Estou aqui porque eu quero. Eu poderia ter saído do Brasil. Tive muita oportunidade. Não quis sair porque o jeito de eu ajudar a colocar bandido na cadeia é ficar aqui.". 
Durante a entrevista, ele comentou o caso mais recente da Vaza Jato, publicado pelo BuzzFedd News em parceria com o The Intercept Brasil, em que aponta que Moro instruiu, ainda quando juiz federal, os procuradores da Lava Jato a não recolherem os celulares de Eduardo Cunha na véspera da prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados.Visivelmente irritado, neste ponto, o ex-presidente, batendo na mesa, destacou que a Polícia Federal foi na casa dos netos dele para apreender um tablet.
"Ficaram um ano com ele (o tablet) aqui preso. E não tiveram coragem de pegar o telefone de Eduardo Cunha porque o Moro falou: 'não, não pega o telefone'. O que é que tinha no telefone do Eduardo Cunha que o Moro não queria que ninguém soubesse? Por que eles não aceitaram uma delação do Eduardo Cunha?", questionou.
O petista falou da influência dos EUA no Brasil. Para ele, a Lava Jato é orquestrada pelo governo norte-americano. "Hoje, eu tenho clareza, Bob, que tudo que está acontecendo aqui no Brasil da Lava Jato tem o dedo dos americanos. O departamento de justiça americano manda mais no Moro do que a mulher dele."
Posteriormente, afirmou que a Lava Jato foi construída para entregar o petróleo brasileiro, as refinarias e as distribuidoras. Sobre Deltan, o presidente afirmou que o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) deveria ter pedido a exoneração dele.
"O Dallagnol não deveria nem existir porque ele não tem formação para isso. Ele não tem tamanho para fazer o que está fazendo. É por isso que ele fez tanta molecagem e tanta bandidagem", atacou.
Lula classificou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) como um monstro e aproveitou para fustigar a Globo ao afirmar que a emissora não teve coragem de lançar o apresentador Luciano Huck à presidência da República. "O Bolsonaro foi um monstro que surgiu, e não era isso que a Globo esperava, certamente. A Globo esperava alguém do time deles. Como não tiveram coragem de lançar o Luciano Huck."
Ele criticou a postura da empresa no caso dos vazamentos de mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, que expôs a atuação de Moro e Deltan. "Até agora, pasme, hoje é dia 14, a Globo não teve a pachorra de publicar as coisas do Intercept. É como se não existisse. Foram capaz de inventar um hacker em Araraquara. Prenderam um hacker para dar vazão às mentiras do Moro e não têm coragem de prender o Queiroz", disse.
O ex-presidente se referiu a Bolsonaro como um chefe de torcida organizada que fala para fanáticos. "O Bolsonaro está governando e falando para sua torcida organizada. Para agradar os seus fanáticos, aqueles que não estão preocupados com o Brasil."
Ele criticou a forma como o presidente tratou a derrota nas prévias do presidente da Argentina Mauricio Macri. "Ele teve a insensatez de falar de um parceiro estratégico e ofender o povo argentino."
O petista destacou que, ao sair da prisão, além de casar porque está apaixonado, vai para a rua levantar a autoestima do povo brasileiro. "Se eles têm medo de mim, arrumem outro jeito de me calar. Um homem de 74 anos, que já fez o que já fiz, não vai se calar. Eu quero a minha inocência", disse.  



Para ministros do STF, Moro manobrou para julgar Cunha em Curitiba


Sergio Moro e Eduardo Cunha
Segundo o jornalista Kennedy Alencar, dois ministros do Supremo avaliam que o então juiz Sergio Moro não quis apreender telefones celulares de Eduardo Cunha para evitar que pessoas com foro privilegiado tirassem as investigações da 13ª Vara Federal em Curitiba e as levassem para o STF
Por Kennedy Alencar - Dois ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam que o então juiz Sergio Moro não quis apreender telefones celulares de Eduardo Cunha para evitar que pessoas com foro privilegiado tirassem as investigações da 13ª Vara Federal em Curitiba e as levassem para o STF.
A teoria dos ministros é que Moro queria manter Cunha sob sua alçada, como um troféu. Seria uma manobra combinada com o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato.
Para ministros, essa atitude explicaria o motivo de Moro ter se posicionado perante o Ministério Público contra eventual acordo de delação premiada do então ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Leia a íntegra da reportagem em seu blog.


Bebianno: discurso do 'eu que mando' revela insegurança de Bolsonaro


Oposição vai atrás de Bebianno para convencê-lo a falar
Ex-ministro e ex-assessor próximo de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno diz que postura "é muito ruim para o nosso país" e que "o presidente precisa superar os complexos que traz do passado e mostrar maior grandeza de espírito”
247 - Para o ex-ministro e ex-assessor próximo de Jair Bolsonaro, desde a época da campanha presidencial, Gustavo Bebianno atribui à insegurança a postura do chefe do Palácio do Planalto na linha do "sou eu que mando aqui", como fez em relação à Polícia Federal nesta semana, gerando uma crise na corporação.
“O presidente tem revelado extremo grau de insegurança. Essa coisa de querer mostrar, a ferro e fogo, todo o tempo, que é ele quem manda, sem escutar a ninguém e sem aceitar qualquer tipo de ponderação, é muito ruim para o nosso país. O presidente precisa superar os complexos que traz do passado e mostrar maior grandeza de espírito”, disse Bebianno, segundo a colunista Mônica Bergamo.
Nesta semana, Bolsonaro anunciou em declaração à imprensa que mudaria o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, num gesto de clara intervenção na corporação. Em reação, delegados não descartam demissão coletiva. A afirmação também foi vista como um gesto de desrespeito ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, pasta a qual a PF é submetida.
Nesta sexta-feira, o presidente reforçou seu discurso. "O que eu fiquei sabendo... Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu... deixar bem claro", voltou a dizer, sobre a PF do Rio de Janeiro. "Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu", ressaltou.



Bolsonaro para Huck: 'pare de arrotar arrogância'


Luciano Huck e Jair Bolsonaro irão a Davos para o Fórum Econômico Mundial
Em resposta a Luciano Huck, que o taxou de "último capítulo do caos", Bolsonaro provocou o apresentador, dizendo para ele "parar de arrotar arrogância". O ex-capitão disse ainda: "se ele comprou jatinho com subsídio do BNDES, ele 'faz parte do caos'."
247 - Em resposta a Luciano Huck, que o taxou de "último capítulo do caos", Bolsonaro provocou o apresentador, dizendo para ele "parar de arrotar arrogância". O ex-capitão disse ainda: "se ele comprou jatinho com subsídio do BNDES, ele 'faz parte do caos'.".
A fala completa do presidente foi: "ele falou que eu sou o último capítulo do caos. Se ele comprou jatinho, ele faz parte do caos, ajudou naqueles empréstimos de quase meio trilhão de reais, amigo Fidel Castro, Venezuela, essa galera toda aí. E aqui no Brasil, pelo que me parece, [foram] R$ 2 bilhões para amigos comprarem jatinho."
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca mais um trecho da fala de Bolsonaro: "eu não faria isso [pegar empréstimo para comprar jatinho] porque eu tenho vergonha na cara, mas quem faz isso sabe que para você conseguir R$ 10 mil no banco você tem que ralar, cara, e deixar a cueca de garantia lá. Agora esses caras não deixam nada. E pagar 3% ou 4% de juros ao ano, pelo amor de Deus. É justo fazer isso aí? Se por ventura [ele] estiver lá [na lista de beneficiados], não fica arrotando honestidade aí que o bicho vai pegar."


Lula sobre dono da Havan: “parece o Louro José. Qualquer dia a Ana Maria coloca ele em cima da mesa”


Em entrevista ao jornalista Bob Fernandes, o ex-presidente perguntou onde estão os empresários nacionais; “O grande empresário hoje é o Louro José, aquele da Havan [Luciano Hang], que aparece de paletó verde e gravata amarela. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa", disse Lula
Revista Fórum - Luciano Hang, o chamado “véio da Havan”, foi ironizado pelo ex-presidente Lula em entrevista concedida ao jornalista Bob Fernandes, exibida nesta sexta-feira (16) na TVE Bahia. Ele comparou o dono da Havan, um dos mais fiéis bolsonaristas do varejo, com o papagaio Louro José, mascote da apresentadora Ana Maria Braga, ao criticar a ausência de empresários comprometidos com o desenvolvimento nacional.
“Eu sou de um tempo que o Brasil tinha grandes empresários, que eram lideranças importantes. Hoje você não tem. O grande empresário hoje é o Louro José, aquele da Havan [Luciano Hang], que aparece de paletó verde e gravata amarela. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa. Eu fico me perguntando onde estão os grandes empresários comprometidos com esse país?”, declarou o ex-presidente.
Lula criticava a financeirização da economia brasileira, marcada pelo rentismo e pela ausência de um setor industrial de destaque. “O problema do sistema financeiro do Brasil é que a economia hoje está totalmente financeirizada. Ou seja, quando se fala em mercado não se fala nem na produção industrial, se falam nos bancos, se fala no rentismo. Onde estão os empresários brasileiros?”, disse.
O ex-presidente criticou também o papel do BNDES no desenvolvimento do país e afirmou que os rumos do banco devem ser mudados. “Se eu voltasse à presidência, o BNDES não ia mais ser um banco para financiar os grandes empresários. Ele deve ser um avalista dos empresários e os empresários que vão buscar dinheiro mais barato no Japão, na Alemanha, nos Estados Unidos, aonde tivesse. Para que o dinheiro do BNDES pudesse ser utilizado para gente poder fazer investimento em pequenas e médias empresas”, avaliou.


Gleisi: Bolsonaro deixou claro que não gosta de pobre, ao atacar o Bolsa Família


“Que moral você tem pra falar do Bolsa Família, Jair Bolsonaro? Você governa para a elite e já deixou claro que não gosta de pobre porque até agora não fez nada para aplacar o sofrimento do povo é só atendeu seus parceiros”, disse a presidente do PT
Da revista Fórum A presidenta nacional do PT,  deputada federal Gleisi Hoffman (PT-PR), criticou a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre o Bolsa Familia dada nesta sexta-feira (16), em que considerou que o Bolsa Família é uma “conducação coercitiva” criada pelo PT para ganhar votos. Gleisi disse que Bolsonaro não tem moral para falar sobre o programa e que o benefício foi um dos responsáveis por tirar o Brasil do Mapa da Fome.
Em postagens no Twitter, Gleisi disparou: “Que moral você tem pra falar do Bolsa Família, Jair Bolsonaro? Você governa para a elite e já deixou claro que não gosta de pobre porque até agora não fez nada para aplacar o sofrimento do povo é só atendeu seus parceiros”. 
Ela ainda disse que o PT tem orgulho do Bolsa Família e que ele foi o principal responsável pela redução da extrema pobreza e da fome no Brasil, ao ser articulado com outras políticas. “Temos muito orgulho do Bolsa Família, que reduziu a extrema pobreza em 25%, a pobreza em 15%, atende 14 milhões de famílias e é referência mundial para diminuir a desigualdade. Com o Bolsa Família e demais políticas de combate à desigualdade social, o Brasil havia saído do mapa da fome. É mentira que não há saída do programa, por causa dele milhares de famílias puderam organizar suas vidas e deixaram de receber o benefício”, declarou.


Prefeito Junior da Femac entrega revitalização da Praça Mauá


A obra representa um investimento na preservação da história do município

(Fotos: Profeta)
O prefeito Junior da Femac entregou ontem (16) as obras de revitalização da histórica Praça Mauá, que forma o complexo da Estação Ferroviária de Apucarana. O investimento preserva a história do município, já que o espaço abriga monumentos datados dos primeiros anos de criação da cidade. Na obra, a administração municipal utilizou recursos próprios para tornar o espaço atrativo para visitação da população.
A prefeitura investiu na praça cerca de R$ 30 mil. As obras incluem a construção de calçadas e rampas de acessibilidade, serviço geral de pintura, recuperação dos históricos postes ornamentais, nova iluminação na rua, braços de luz de LED projetados nos quadros de memória da praça, recuperação dos mastros das bandeiras e monumentos em geral, instalação de lixeiras e paisagismo. Todos os serviços foram executados por servidores da prefeitura.
“Quem visitar a Praça Mauá vai encontrar um local totalmente revitalizado. Cada detalhe, em especial os monumentos históricos, foram cuidadosamente recuperados, tornando o espaço um ponto visitação atraente e que agrega muito conhecimento histórico. É um pedaço da nossa identidade, de demonstração da nossa característica de povo acolhedor e de valorização aos nossos pioneiros”, afirma o prefeito Junior da Femac,
Entre as melhorias realizadas nesta importante área histórica da cidade, a prefeitura criou um espaço com quadros que homenageiam os imigrantes e migrantes que para cá vieram no início da colonização. Este memorial, também lembra os índios guaianases, os habitantes originais do Apó caarã anã, palavras de origem tupi-guarani, que significa “base semelhante à imensa floresta”, que tornou-se o nome Apucarana.
A estrutura de fixação das bandeiras, localizada nas laterais da Avenida Souza Naves, também foi revitalizada. São 26 bandeiras dos países com o maior número de imigrantes no município: Japão, Itália, Ucrânia, Portugal, Espanha, Alemanha, França, Arábia Saudita, Argentina, Áustria, Egito, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Israel, Jordania, Líbano, Malta, Noruegua, Polônia, Rússia, Síria, Suíça,Turquia e a do Brasil. O hasteamento das bandeiras foi feito na solenidade de hoje por alunos da Rede Municipal de Educação, vestidos com roupas típicas de cada nação representada pelas bandeiras.
Na Praça Mauá há uma estátua em bronze do Barão de Mauá; na entrada da estação o Globo Terrestre; um monumento em homenagem à Nossa Senhora de Lourdes, a santa padroeira do município; bem como duas pinturas que remetem ao período da colonização e da produção de café, o principal produto agrícola da região à época, e que impulsionou o desenvolvimento do município.
A Praça Mauá está numa região histórica, onde o desenvolvimento de nosso município começou no início da década de 1940, com a chegada da linha férrea.  Foi construída em 1958, em homenagem a Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, empresário que foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento industrial do Brasil.
A obra da Praça Mauá é da gestão do prefeito Jorge Amim Maia, que na solenidade de hoje foi homenageado através de seu filho Jorge Maia Filho. O evento contou com representantes de famílias de imigrantes e a participação da diretora regional do Sindicato dos Ferroviários, Maria Aparecida de Assis, representando os ferroviários que trabalharam e trabalham na Rede Ferroviária Federal em Apucarana.
O evento na entrega dos serviços de revitalização da Praça Mauá teve as presenças do presidente da Câmara, Luciano Molina; presidente da Acia, Jayme Leonel; vereador Lucas Leugi; e o ex-deputado estadual Jorge Maia Filho, além de secretários municipais.


sexta-feira, 16 de agosto de 2019

“O Brasil todo está sem dinheiro”, admite Bolsonaro


"O Brasil todo está sem dinheiro”, admite Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (16) que o País está sem dinheiro e que os ministros “estão apavorados”. “O Brasil todo está sem dinheiro. Em casa em que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Os ministros estão apavorados, estamos aqui tentando sobreviver no corrente ano, não tem dinheiro”, afirmou o presidente ao comentar a decisão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de suspender novas bolsas de pesquisa por falta de verba. Bolsonaro fez a declaração após participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto sobre o Dia Internacional da Juventude, que contou com a presença dos ministros Abraham Weintraub e Damares Alves.
Segundo Bolsonaro, os militares também vêm sofrendo com a falta de recursos. “O Exército vai entrar em meio expediente porque não tem comida para dar para o recruta, que é o filho de pobre. A situação que nós encontramos é grave. Não há maldade da minha parte. Não tem dinheiro, só isso, mais nada.”
 Fonte: Contraponto

OAB quer barrar enxurrada de advogados mal formados


Só no ano de 2019, o Ministério da Educação autorizou a criação de 121 cursos de Direito com 14.891 vagas anuais. Atualmente, há 1.684 cursos jurídicos em funcionamento no Brasil. No período de 2005 a 2011 foram criados 324 cursos de Direito ao passo que no período de 2011 a 2019 foram criados 472 cursos, o que ratifica a ausência de critérios adequados à criação dos cursos.
Este panorama foi apresentado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelo tesoureiro nacional da OAB, José Augusto Noronha (ex-presidente da Ordem no Paraná) para justificar um pedido especial: que o MEC não autorize mais nenhum novo curso de Direito no país pelos próximos cinco anos, até que se verifique a qualidade dos atualmente existentes.
Para Noronha, “o Brasil não precisa de mais nenhum curso jurídico nos próximos 30 anos. O que há é a necessidade de uma maior fiscalização para que sejam fechados os cursos que não alcançarem os índices de qualidade que prometeram na abertura. A situação é grave, na medida em que esses cursos lançam milhares de bacharéis no mercado, que não têm condições de serem aprovados no Exame de Ordem e, portanto, não podem exercer a advocacia”.
Fonte: Contraponto

Bolsonaro diz que profissionais do Mais Médicos eram guerrilheiros disfarçados


Jair Bolsonaro voltou a atacar os profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos ao afirmar que eles faziam parte de “células de guerrilhas e de doutrinação”. “O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que quando eu cheguei eles foram embora porque eu ia pegá-los”, disse
247 - Jair Bolsonaro voltou a atacar os profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos ao afirmar que eles faziam parte de “células de guerrilhas e de doutrinação”, embora não tenha apresentado provas da acusação. Segundo ele, esta foi a razão de Cuba ter deixado o programa logo após ele ter sido eleito. “O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que quando eu cheguei eles foram embora porque eu ia pegá-los”, disse Bolsonaro. 
“Precisa ter prova disso daí? Tu acha que está escrito isso aí em algum lugar? Cuba exportava desde a década de 70 mercenários para guerrilha de Angola. Sempre exportou isso daí”, emendou. Segundo Bolsonaro, os cubanos não conectaram nenhum ato de guerrilha, mas estavam se “preparando para isso” nos anos que passaram no Brasil devido ao programa. 
“É preparação, é preparação. Você não faz as coisas de uma hora para outra, fazendo a cabeça do povo”, disse.


Apucarana sedia Encontro Nacional de Graffiti neste final de semana


Evento começa daqui há pouco, às 17 horas, reunindo 51 artistas de vários estados e do Chile
Apucarana sedia Encontro Nacional de Graffiti neste final de semana

Começa hoje (16), o 3º Encontro Nacional de Graffiti contará com a presença de 51 artistas, oriundos do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e também do Chile. O evento acontecerá sexta-feira, sábado e domingo no entorno do Colégio Estadual Nilo Cairo.
O encontro é uma realização da Prefeitura de Apucarana, através da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística de Apucarana (Promatur), com a coordenação do artista Marcio de Souza Luchtenberg (Zion).
O evento será aberto hoje (16), às 17 horas, com uma oficina de graffiti para a rede pública de ensino, no Colégio Estadual Nilo Cairo. Amanhã (17), no período das 14 às 19 horas, haverá uma batalha de dança no estilo break e no domingo, a partir das 14 horas, estão programadas apresentações de artes circences.  O ponto alto do evento será a confecção de um painel no muro lateral do colégio, arte denominada wall of street (muro da rua). A atividade terá início amanhã e será finalizada no domingo.
O prefeito Junior da Femac avalia que o evento nacional de graffiti é mais um atrativo cultural de Apucarana. “É uma atividade que faz parte da cultura popular urbana, sendo uma oportunidade para as pessoas conhecerem melhor essa expressão cultural e de interagir com os artistas”, diz o prefeito.  A prefeitura vai contribuir com alimentação, aquisição de sprays, som, palco, interdição de ruas pela Guarda Municipal e presença de equipe de saúde.
A secretária da Promatur, Maria Agar, afirma que o painel será criado por artistas de vários segmentos, abrangendo do realismo ao abstrato.


Molina entrega Título de Cidadão Benemérito de Apucarana ao “Alfredão”


A solenidade reuniu “Caminhantes da Fé” e amigos que acompanham o dia a dia do homenageado
Molina entrega Título de Cidadão Benemérito de Apucarana ao “Alfredão”
Em solenidade realizada na noite desta quinta-feira (15/08), na Associação dos Funcionários Públicos de Apucarana (AFAP), o presidente da Câmara Municipal, professor Luciano Molina, fez a entrega do Título de Cidadão Benemérito ao apucaranense Alfredo José Gomes, o “Alfredão”. A honraria teve aprovação por unanimidade dos vereadores e vereadora da Casa de Leis. O Título de Cidadania Benemérita de Apucarana, destina-se a agraciar pessoas que tenham se distinguido por feitos excepcionais em qualquer ramo de atividade, pelo seu extraordinário valor e exemplo como pessoas ou cidadão, pela concessão de benefícios de excepcional relevância ao município ou por notáveis feitos públicos em prol da comunidade apucaranense, paranaense ou brasileira.
“Sentimo-nos honrados em entregar este Título ao nosso amigo Alfredão. Para nossa cidade é gratificante homenagear uma pessoa que fez e ainda continua fazendo muito pelos apucaranenses: o nosso amigo, atleta e caminhante da Fé”, disse o presidente Molina.
A homenagem que a Câmara presta, segundo ele, nada mais é que o reconhecimento de uma trajetória de vida vitoriosa, digna e que enobrece ainda mais o Título entregue. “A vida do Alfredão foi uma vida dedicada ao estudo, foi uma vida de muito trabalho, amor e dedicação. E há muitos anos ele se dedica a área social fazendo doações mensais para Igrejas, juntando lacres de latinhas e tampinhas de garrafas plásticas para comprar cadeiras de rodas, fraldas, muletas, andadores, camas hospitalares e fazer empréstimos ou doações a quem necessita”, explicou Luciano Molina.
Coordenador de diversas caminhadas, Alfredão iniciou sua trajetória em 1996 caminhando até o Santuário de Santa Rita de Cássia, em Lunardelli. A pé também foi até Aparecida do Norte em 2010, 2013,2014 e 2016. As caminhadas se estenderam a outros santuários e cidades. “Totalizando 40 caminhadas de muita devoção e fé”, completou o vereador. Neste roteiro teve ainda viagens de bicicleta.  “A dedicação, esforço, vontade de aprender e acima de tudo de ajudar as pessoas, fazem jus a sua determinação, sabedoria, caráter de homem íntegro e a sua formação em relação aos valores morais”, pontuou o presidente, cumprimentando os familiares do homenageado: a esposa Luzia e os filhos: Taniara e Tainã e a nora Raquel.
O prefeito Junior da Femac destacou que o Título de Cidadão Benemérito é oferecido a quem, reconhecidamente, faz o bem para as pessoas e para a cidade. “O Alfredão, nas mais diversas funções que ele exerceu profissionalmente, bom pai, bom filho, pessoa ligada ao esporte, a música, ao Moto Clube – que foi fundador, Escoteiro, pessoa ligada Escola de Samba, as caminhadas, a religiosidade, pessoa de fato que, em todos os âmbitos da sociedade, deixa a sua marca e o seu carisma, seu companheirismo, merece o Título de Cidadão Benemérito de Apucarana”, afirmou.
O prefeito agradeceu o presidente Molina pela indicação e os vereadores pela aprovação unanime do Título. “Uma homenagem importante. O Alfredo nasceu em Apucarana, quando a cidade tinha 07 anos e ele é testemunha de como a nossa cidade é maravilhosa, como cresceu e é abençoada”.
RECOMPENSA RECEBIDA
Emocionado, Alfredão revelou ser gratificante receber o Título de Cidadão Benemérito de Apucarana e fez um agradecimento especial a todos os vereadores, amigos e familiares presentes no evento, em especial ao presidente Molina, autor da proposição e aos ex-prefeitos Marino Pereira e Valmor Santos Giavarina com quem trabalhou e ao atual prefeito Júnior da Femac. “Plantei uma semente e hoje recebo a recompensa. Agradeço a Deus, a todos os meus amigos, aos Caminhantes da Fé que estão sempre ao meu lado, a minha família, aos vereadores e em especial ao presidente Molina que me ofertou o Título e, ao prefeito Junior da Femac que me falou que, enquanto existir a cidade de Apucarana eu serei lembrado como a primeira pessoa que iniciou as caminhadas da Fé, rumo a ajudar o próximo, que deu os primeiros passos, independente da religião, em buscar de ajudar quem precisar, de motivar as pessoas, levando o nome da nossa cidade”, disse o homenageado.
Alfredão agradeceu ainda os servidores da Prefeitura de Apucarana onde trabalhou por mais de 40 anos e os motociclistas do Moto Clube Asas da Liberdade.
A entrega do Título foi marcada pela entrada da imagem de Santa Rita de Cássia, que foi encaminhada ao Alfredo, até a mesa de honra, pelo amigo José Augusto.
PRESENÇAS
Participaram da solenidade os vereadores: Franciley Preto Godoi, Poim do Pirapó, Mauro Bertoli, José Airton Deco de Araújo, Rodolfo Mota, Edson da Costa Freitas e a vereadora, Márcia Sousa.
Foto: Andreia Queiroz

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Prefeitura faz ajustes na estrutura administrativa


Objetivo é reduzir funções de chefia, desburocratizar e buscar maior eficiência da máquina pública
(Foto: Edson Denobi)
Em sessões extraordinárias que devem ser convocadas para os próximos dias pela presidência da Câmara Municipal, o prefeito Junior da Femac está propondo em projeto de lei, uma readequação na estrutura administrativa da Prefeitura de Apucarana. O foco, conforme frisa o prefeito, “é garantir mais eficiência em todos os serviços da gestão pública, reduzindo a burocracia e acelerando os trâmites da máquina”.
O projeto prevê mudanças na estrutura da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, que passa a ser denominada Secretaria de Indústria, Comércio e do Emprego. Conforme justifica Junior da Femac, a prioridade da pasta será a atração de empresas que gerem mais empregos para os apucaranenses.
Ao mesmo tempo, a Secretaria de Indústria, Comércio e do Emprego assumirá toda a estrutura do Programa Qualificação Total, que até agora funcionava junto à Secretaria de Assistência Social. “Todos os trabalhadores que precisam de novos conhecimentos para ampliar suas chances de empregabilidade passarão a dispor de uma maior oferta de cursos, via Secretaria de Indústria, Comércio e do Emprego”, anuncia Junior.
A área de segurança, por meio da Guarda Municipal (GM), também deve passar por mudanças. Além de seguir com suas atribuições junto aos prédios e logradouros públicos, e no trânsito, a GM passará a dispor de três diretorias nas áreas de meio ambiente, Lei Maria da Penha e Patrulha Escolar.
Com relação à estrutura de cargos em comissão, o prefeito Junior da Femac propõe a extinção de todos os cargos CC6. Ele explica ainda que haviam sete níveis funcionais: secretário, superintendente, diretor geral, diretor, supervisor, coordenador e assessor. “A partir de agora, com o ajuste proposto, permanecem apenas quatro níveis: secretário, superintendente, diretor e assessor”, informa, assinalando que os ajustes visam uma estrutura mais eficiente e enxuta, focada na prestação de serviços mais ágeis à população.
“Eliminamos do quadro funcional os cargos de diretor geral, supervisor e coordenador, reduzindo chefias e simplificando processos de atendimento em diversos setores”, argumenta o prefeito, reiterando que almeja, efetivamente, melhorar os resultados da gestão.
Ao mesmo tempo, o prefeito Junior da Femac, lembra que, recentemente, foram convocados 170 trabalhadores concursados, visando atender a crescente demanda de serviços nas áreas de saúde, educação, assistência social, meio ambiente, serviços gerais, agricultura e jurídico. “Estamos freqüentemente dialogando com os servidores, pedindo a todos uma dedicação máxima no atendimento dos cidadãos, a quem devemos obrigações”, pontua Junior.
Junior da Femac propõe abono salarial para operários
A partir deste mês, 562 servidores públicos municipais de Apucarana poderão ser beneficiados com um abono salarial de R$ 100,00 (cem reais). A proposta está inserida em projeto de lei que o prefeito Junior da Femac acaba de remeter à Câmara Municipal, para apreciação dos vereadores.
De acordo com a proposta, serão contemplados os trabalhadores que atuam em serviços gerais, zeladoria, vigilância, servente de obras e operários em geral. Os servidores na sua maioria são lotados nas secretarias de saúde, educação, serviços urbanos e obras e pelo projeto de lei, passariam a receber o abono salarial na folha de pagamento.
Na sua justificativa o prefeito Junior da Femac argumenta que o abono visa beneficiar os servidores que estão numa faixa salarial menor, num momento em que o país atravessa uma grave crise financeira. “O valor é pouco para quem recebe, mas é o que a Prefeitura de Apucarana – uma das mais endividadas do Estado -, pode dispor em favor do operariado”, pondera o prefeito.
Conforme revela Junior da Femac, o projeto de lei atende reivindicação apresentada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Apucarana (Sindispa), André Joaquina. “Trata-se de um pleito muito justo encaminhado pelo Joaquina e demais diretores da entidade que, a partir de uma análise de viabilidade conjunta das secretarias da Fazenda e Gestão Pública, além do Departamento de Recursos Humanos, decidimos atender, como forma de beneficiar os operários”, comenta o prefeito Junior da Femac.


Bolsonaro reage a fala de Huck e cita compra de jatinho

Bolsonaro reage a fala de Huck e cita compra de jatinho
O presidente Jair Bolsonaro  afirmou nesta segunda-feira que não há "nenhum indício forte" de que o cacique do povo waiapi morto no Amapá na semana passada tenha sido assassinado


O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira, 15, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que na próxima segunda-feira vai revelar quem comprou jatinhos com recursos do BNDES, ao abrir a “caixa-preta” da instituição. Segundo ele, o anúncio vai expor “gente que está dizendo que estamos no último capítulo do fracasso”.
Bolsonaro não citou nomes. A declaração, no entanto, foi uma referência indireta à fala do empresário e apresentador Luciano Huck, que, anteontem, durante um evento em Vila Velha, no Espírito Santo, criticou o governo federal ao participar do debate “Futuro do Brasil”, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.
“A gente precisa de gente nova na política, com todo respeito a esse governo. Esse governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a gente está vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, estamos vivendo o último capítulo do que não deu certo”, afirmou Huck na ocasião.
Na transmissão de ontem, Bolsonaro disse que pretende “mostrar a primeira parte da caixa-preta do BNDES”. Essa era uma bandeiras da campanha do presidente, que, em junho, demitiu o então presidente do banco estatal, Joaquim Levy. Uma das justificativas foi a de que Levy não se esforçou para abrir a “caixa-preta” do banco.
Para bolsonaristas, o banco estatal, que emprestou bilhões para a Venezuela, Cuba e empreiteiras, precisa quitar o quanto antes sua conta com a União. Ainda na “live”, Bolsonaro declarou que o governo vai mostrar casos sobre o banco de pessoas que não tinham como se beneficiar desses recursos por não serem “amigos do rei”.
Em fevereiro do ano passado, quando Huck ainda era cotado como presidenciável, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual o empresário usou, em 2013, um empréstimo de R$ 17,7 milhões do programa Finame do BNDES para comprar um jatinho particular da Embraer. À época, Huck disse, via assessoria, que “o Finame é um programa do BNDES de incentivo à indústria nacional, por isso financia os aviões da Embraer” e que usava o avião duas vezes por semana para gravar seu programa de TV.
No debate em Vila Velha, Huck, além de dissociar o governo Bolsonaro da “renovação política”, reforçou um discurso centrado na prioridade da educação de qualidade e no combate à pobreza – desafios do País que, segundo ele, devem ser enfrentados por sua “geração”.
Atualmente, o plano de uma candidatura é tratado com discrição pelos apoiadores do apresentador. A avaliação é de que ainda não é o momento de Huck se mostrar como um futuro nome para a disputa ao Planalto. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que seria “natural” um apoio a Huck em 2022.
Fonte: IstoÉ

Deltan sabia da ligação Moro-Bolsonaro antes da eleição e fez lobby por novo PGR


O novo capítulo da Vaza Jato comprova o viés político da Operação Lava Jato. Logo após o primeiro turno das eleições presidenciais, quando obviamente Sergio Moro ainda não era ministro, Deltan Dallagnol iniciou o lobby junto a ele para fazer de Vladimir Aras o futuro procurador-geral da República num governo de Jair Bolsonaro. Entre o primeiro e o segundo turno, a Lava Jato tramou novos ataques ao PT e à candidatura de Fernando Haddad
247 – O novo capítulo da Vaza Jato revela que Deltan Dallagnol sabia das ligações entre Sergio Moro e Jair Bolsonaro antes mesmo da vitória eleitoral na eleição presidencial de 2018. As mensagens deixam claro que a Lava Jato fez campanha por Bolsonaro e que, portanto, a operação que prendeu o ex-presidente Lula para retirá-lo da disputa presidencial foi uma fraude política para solapar a democracia brasileira e permitir a ascensão de um político, que, na visão dos procuradores, seria compatível com seu projeto de poder.
É o que mostram conversas privadas enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil e analisadas em parceria com o Uol, desta vez entre Deltan Dallagnol e Vladimir Aras,  o candidato da Lava Jato para suceder Raquel Dodge. Os diálogos entre Deltan e Aras revelam que o coordenador da Lava Jato se engajou pessoalmente na campanha do aliado, articulando diariamente com ele estratégias para que fosse recebido por autoridades", aponta a reportagem.
"Os diálogos mostram que os dois começaram a articular a candidatura ainda durante o período eleitoral. Assim que Bolsonaro teve uma votação expressiva no primeiro turno da disputa, no qual obteve 46% dos votos válidos, os dois passaram a planejar abordagens ao entorno do então candidato", diz o texto de Igor Mello, Gabriel Saboia, Silvia Ribeiro e Paula Bianchi. 
Antes mesmo do segundo turno, Sergio Moro já é tachado como alguém próximo do grupo de Bolsonaro. "Fala com Moro sobre minha candidatura a PGR", escreveu Vladimir Aras às 13h22 de 11 de outubro de 2018 -- quatro dias após o primeiro turno da eleição presidencial. "Com bolsonaro eleito, vou me candidatar", completou às 13h23.
Aras diz que já conversou com Moro sobre sua candidatura e destaca a proximidade dele com Bolsonaro às 14h20. "Ele já tem prestígio agora", cita, antes de emendar que "ele vai ser ouvido pelo presidente na indicação". Deltan então se mostra otimista: "conseguimos articular sua indicação", diz às 14h27. 
Ou seja: ambos deixam claro que atuaram pela vitória de Bolsonaro, assim como Moro. Já depois da posse, Deltan diz que havia tratado da candidatura de Vladimir Aras com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. No dia 14 de abril, às 15h33, dá um retorno. "Peço reserva, mas Moro confirmou pra mim que Vc é o candidato que ele vai defender", afirmou.


Deltan fez lobby político até com Onyx, denunciado por caixa dois


A prova de Deltan Dallagnol é no mínimo seletivo em sua "luta contra a corrupção" é fato dele ter feito lobby junto ao ministro Onyx Lorenzoni, denunciado por caixa dois, para emplacar seu aliado Vladimir Aras como novo procurador-geral da República. Numa denúncia anterior, Deltan disse fingir que não sabia do caixa dois do ministro
247 – Quando se trata de fazer lobby por aliados, como Vladimir Aras, Deltan Dallagnol se esquece da :"luta contra a corrupção". Já no governo de Jair Bolsonaro, Deltan pediu ao ministro Onyx Lorenzoni, denunciado por caixa dois, para que ele se engajasse na campanha de Vladimir Aras para a PGR. Confira abaixo trecho da reportagem:
Embora negue que atue politicamente, Deltan fez costuras junto ao Congresso e ao governo em favor de Aras. As articulações envolveram inclusive políticos investigados na Operação Lava Jato.
Além de Moro, Deltan disse em 15 de abril ter enviado mensagem a Onyx Lorenzoni (DEM), ministro-chefe da Casa Civil, sobre a candidatura de Aras. O ex-deputado federal admitiu em 2017 ter recebido R$ 100 mil da JBS por meio de caixa 2 durante a campanha de 2014. O caso foi remetido à Justiça Eleitoral. Ele chegou a ser alvo de inquérito no STF sob a suspeita de ter recebido R$ 175 mil, também via caixa 2, da Odebrecht na eleição de 2006, mas o procedimento foi arquivado pelo STF em junho de 2018.


Mensagens provam influência de Deltan sobre Barroso e Fachin


No novo capítulo da Vaza Jato, fica também claro que o candidato oficial da Lava Jato para a PGR, o procurador Vladimir Aras, sabia da influência exercida por Deltan Dallagnol sobre dois ministros do Supremo Tribunal Federal: Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, dois que sempre votaram contra os direitos do ex-presidente Lula. Barroso foi relator, inclusive, do voto no TSE que tirou Lula ilegalmente das eleições de 2018
247 – A Vaza Jato também comprova nesta sexta-feira que Deltan Dallagnol exercia forte influência sobre dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, que sempre votaram contra os direitos do ex-presidente Lula, que hoje seria presidente, não fosse a fraude eleitoral de 2018. Confira abaixo mais um trecho da reportagem:
Deltan e Aras passaram a acelerar as articulações em fevereiro. No dia 19, o candidato pediu explicitamente a ajuda do coordenador da Lava Jato para ter acesso à cúpula do Judiciário: "Vc poderia me apresentar a Barroso e Fachin?", questionou. "Preciso de aliados no STF".
Essas mensagens foram enviadas à 0h49. Pela manhã, às 7h23, Deltan acena positivamente e se compromete a acompanhar Aras nos encontros em Brasília: "Prov em março vou prai pra dar uma aula magna em uma faculdade com o dia livre e marcamos c eles".