terça-feira, 13 de agosto de 2019

Requião critica Moro por proteger Cunha e censurar história real do golpe de 2016


"A não apreensão do celular do Cunha impediu que tomássemos conhecimento das articulaçôes do impeachment da Dilma. Que interesses o financiaram e a quem aproveitaria? É isto Moro? É isto Dalanhol?", questionou o ex-senador Roberto Requião
247 – A decisão tomada por Sergio Moro e Deltan Dallagnol de não apreender os celulares de Eduardo Cunha impediu que os brasileiros soubessem a verdadeira história do golpe de 2016, incuindo quem foram seus financiadores. A avaliação é ex-senador Roberto Requião (MDB-PR). Confira sua posição e reportagem do Conjur:



No dia anterior à prisão de Eduardo Cunha (MDB-RJ), o então juiz encarregado da "lava jato", Sergio Moro, atuou para convencer os procuradores da força-tarefa a não pedir a apreensão dos telefones celulares do ex-presidente da Câmara dos Deputados. 
Moro nega autenticidade das mensagens
A informação foi obtida por meio da análise de diálogos que integram o pacote de mensagens enviados ao site The Intercept Brazil por fonte anônima e foi publicada em parceria com o BuzzFeed News.
Os diálogos entre Moro e os investigadores ocorreram no dia 18 de outubro de 2016. Neles, o procurador Deltan Dallagnol pediu uma reunião com Sergio Moro para tratar de um pedido de apreensão dos telefones de emedebista.
No arquivo não consta nenhuma menção ao que foi discutido na reunião presencial entre o juiz e o procurador. No entanto, Deltan Dallagnol enviou às 14h16 uma mensagem em que diz que, após levar em consideração o que foi dito pelo juiz, a força-tarefa desistiu de pedir apreensão dos celulares. 
“Cnversamos (sic) qui e entendemos que não é caso de pedir os celulares, pelos riscos, com base em suas ponderações”, escreveu o procurador. No dia seguinte às conversas entre os dois, 19/10, Eduardo Cunha foi preso em Brasília.
Já detido, Eduardo Cunha questionou agentes da PF sobre se deveria ou não entregar seu aparelho celular e recebeu uma resposta negativa, segundo seus advogados.
Tanto a força-tarefa da Lava Jato como o Ministério da Justiça declararam que os celulares de Eduardo Cunha já haviam sido apreendidos anteriormente. A alegação se refere ao dia 15 de dezembro de 2015. Na ocasião, Eduardo Cunha teve seu telefone recolhido na operação catilinárias.
O questionamento do BuzzFeed News e do Intercept, no entanto, se refere ao diálogo do dia 18/10 de 2016, dez meses depois da apreensão citada por procuradores e pelo Ministério da Justiça.
Em resposta a reportagem, Moro informou novamente que "não reconhece a autenticidade das mensagens obtidas por meio criminoso", e a força-tarefa da "lava jato" alegou que os celulares de Eduardo Cunha "já tinham sido apreendidos por ordem do Supremo Tribunal Federal."
Eduardo Cunha mantinha em seu telefone conversas com detentores de foro especial. Essa particularidade poderia fazer com que as investigações fossem transferidas da força-tarefa em Curitiba para a PGR.


Glenn ironiza o estranho interesse de Moro em proteger Eduardo Cunha



 "Isso mostra 1) que Moro - novamente - estava constantemente comandando a força-tarefa LJ, exatamente o que ele e Deltan sempre negaram falsamente (e o que a ética proíbe que qualquer juiz faça) e 2) Moro parece ter um desejo estranho de não ter o conhecimento sobre Cunha revelado", postou Glenn Greenwald
247 – O jornalista Glenn Greenwald publicou uma sequência de mensagens sobre a bomba da noite: a revelação de que Sergio Moro protegeu Eduardo Cunha na Lava Jato. Confira abaixo:






Dodge protegeu Bolsonaro de investigações enquanto disputava indicação para PGR


Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que Raquel Dodge segurou por mais de 120 dias investigações sobre o ocupante do Palácio do Planalto, em meio às articulações para ser reconduzida ao posto de Procuradora-Geral
247 - Segundo os jornalistas Camila Mattoso e Ranier Bragon,  a Procuradora-Geral da República negou acesso a inquérito sobre funcionária fantasma de Bolsonaro, que só desengavetou quando se viu fora do páreo na disputa para permanecer no cargo.  
Somente na última terça-feira (6), quando ficou claro que não seria escolhida para se manter à frente do Ministério Público Federal, Dodge desengavetou os papéis e os mandou de volta para a primeira instância.   
Um dos casos em apuração é o de Wal do Açaí, que foi funcionária fantasma de Bolsonaro quando ele era deputado federal.   
O outro caso envolve Nathalia Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que se tornou estopim de investigações contra o filho do presidente. 
Nathalia era ligada ao gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara ao mesmo tempo em que atuava como personal trainer.   
Na reta final da disputa pela PGR, quando ainda tinha expectativa de ser indicada, Dodge também apresentou recurso contra decisão do ministro Dias Toffoli (STF) que suspendeu todas as investigações que contenham dados detalhados do Coaf sem autorização judicial, mas manteve uma brecha para que a apuração contra o senador Flávio Bolsonaro seguisse paralisada.  
Nesta semana Bolsonaro fará a indicação do nome do novo Procurador-Geral da República, cargo estratégico pois é ao titular da PGR que cabe conduzir eventuais ações contra o presidente da República.


Moro instruiu Lava Jato a não apreender celulares de Eduardo Cunha, mostram diálogos


Novos diálogos da Vaza Jato, divulgados pelo Buzzfeed Brasil, mostram que um dia antes da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Deltan Dallagnol e Sérgio Moro conversam e após instruções de Moro, a Lava Jato desiste de apreender celulares de Cunha; "[Conversamos] aqui e entendemos que não é caso de pedir os celulares, pelos riscos, com base em suas ponderações", diz Deltan; e Moro respondeu: "Ok tb"
247 -  O então juiz Sérgio Moro convenceu os procuradores da Lava Jato a não pedir a apreensão de telefones celulares usados pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na véspera de sua prisão, em 2016. 
É o que mostram mensagens divulgadas nesta segunda-feira, 12, pelo site Buzzfeed Brasil, em parceria com The Intercept Brasil. 
Segundo a reportagem do Buzzfeed, os diálogos entre o então juiz e o chefe dos investigadores ocorreram no dia 18 de outubro de 2016.  
No dia 18 de outubro de 2016, um dia antes da prisão de Cunha, o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, mandou mensagens ao então juiz.
• 11:45:25 Deltan: Um assunto mais urgente é sobre a prisão
• 11:45:45 Deltan: Falaremos disso amanhã tarde
• 11:46:44 Deltan: Mas amanhã não é a prisão?
• 11:46:51 Deltan: Creio que PF está programando
• 11:46:59 Deltan: Queríamos falar sobre apreensão dos celulares
• 11:47:03 [Moro]: Parece que sim.
• 11:47:07 Deltan: Consideramos importante
• 11:47:13 Deltan: Teríamos que pedir hoje
Após ouvir as ponderações do procurador, Moro responde o seguinte:
• 11:47:15 [Moro:] Acho que não é uma boa
Apesar da resposta, Deltan insiste e tenta agendar uma reunião com Moro para tratar do assunto:
• 11:47:27 Deltan: Mas gostaríamos de explicar razões
• 11:47:56 Deltan: Há alguns outros assuntos, mas este é o mais urgente
• 11:48:02 [Moro]: bem eu fico aqui até 1230, depois volto às 1400.
• 11:48:49 Deltan: Ok. Tentarei ir antes de 12.30, mas confirmo em seguida de consigo sair até 12h para chegar até 12.15
• 12:05:02 Deltan: Indo
Não há, nos diálogos, registros do que foi discutido na reunião presencial entre eles. Porém, pouco depois, às 14h16, Deltan envia nova mensagem a Moro dizendo que, após conversar com procuradores e ao levar em consideração o que foi dito pelo então juiz, a força-tarefa desistiu de pedir a apreensão dos celulares.
• 14:16:39 Deltan: Cnversamos [Conversamos] aqui e entendemos que não é caso de pedir os celulares, pelos riscos, com base em suas ponderações
E Moro respondeu:
• 14:21:29 [Moro]: Ok tb


Lula aponta fracasso econômico de Guedes e indica caminho para o Brasil sair da crise



O ex-presidente Lula, que hoje seria presidente pela terceira vez se não tivesse sido sequestrado pelo estado brasileiro para não disputar as eleições de 2018, passou a se concentrar na questão econômica. Além de indicar o fracasso das políticas implantadas desde o golpe de 2016, ele destacou a primeira realização da dupla Guedes e Bolsonaro: a volta do Brasil à recessão
247 – Preso para não ser presidente da República pela terceira vez, o ex-presidente Lula, que conduziu o Brasil durante um período de forte expansão econômica e inclusão social, começa a focar sua comunicação com a sociedade na questão da economia. Foi o que ele fez no dia de ontem, ao comentar os resultados da eleição na Argentina e também o retorno do Brasil à recessão.
Lula destacou o programa emergencial lançado pelo PT para a retomada do crescimento e criticou também as políticas econômicas implantadas desde a derrubada, sem crime de responsabilidade, da ex-presidente Dilma Rousseff.




segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Ecovia e Ecocataratas fecham acordo de R$ 400 milhões com a Lava Jato

(Foto: Reprodução/Ecovia)


A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná confirmou nesta segunda-feira (12) que firmou acordo de leniência com a Ecorodovias S.A. controladora das concessionárias de pedágio Ecovia e Ecocataratas, que operam no Paraná dois trechos da BR-277: Curitiba-Paranaguá e Guarapuava-Foz do Iguaçu.
A leniência envolve diversos atos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a contrato de concessão firmado entre o estado do Paraná, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagem), o Ministério dos Transportes e a Ecorodovias.
De acordo com o MPF, a empresa reconheceu o pagamento de propinas para a obtenção de modificações contratuais benéficas à concessionária desde o ano 2000. Pelo acordo, a Ecorodovias pagará, em decorrência das infrações e ilícitos revelados, R$ 400 milhões até o fim das concessões que se encerram em 2021. Como nos demais acordos de leniência feitos pela força-tarefa, o valor constitui uma antecipação de valores devidos pela empresa, não impedindo a atuação de outros órgãos públicos.
Do total, R$ 30 milhões serão pagos como multa, prevista na Lei de Improbidade Administrativa. Os R$ 370 milhões restantes serão pagos a título de reparação de danos, dos quais R$ 220 milhões serão utilizados para reduzir em 30% a tarifa de todas as praças de pedágio operadas pela Ecorodovias. Esta diminuição será implementada para o usuário no prazo de 30 dias contados a partir da homologação do acordo e permanecerá válida pelo tempo necessário para que o montante total da redução tarifária alcance o valor previsto. Os outros R$ 150 milhões serão destinados à execução de obras nas rodovias.
"A redução do valor da tarifa para o usuário foi ajustado de modo a não implicar nenhum benefício tributário para a concessionária. Para fins tributários, o valor da tarifa não é alterado, mas a concessionária paga 30% do seu montante em favor dos usuários. Assim, nenhum repasse do valor de pedágios a entidades públicas será impactado", diz o MPF.
Além de reconhecer os ilícitos praticados, apresentar informações e provas relevantes sobre a participação de terceiros nos crimes e de efetuar o pagamento de multa e ressarcimento de danos, a empresa, segundo o MPF, se comprometeu a implementar medidas especiais a fim de evitar a repetição de condutas similares no futuro.
A concessionária terá a obrigação de estruturar programa de integridade (compliance), ética e transparência, apresentando relatórios anuais ao MPF, com o objetivo de assegurar a adequação e a efetividade dos mecanismos de controle e integridade. No mesmo sentido, a Ecorodovias concordou em se sujeitar a monitoramento independente pelo prazo de 32 meses, que será realizado por profissionais especializados, às custas da empresa e sob supervisão do MPF.
Redução da tarifa
O acordo prevê que a empresa colaboradora pagará, a título de reparação de danos, valores destinados a reduzir a tarifa de pedágio e a realizar obras rodoviárias no interesse direto dos usuários da via. O valor da redução ainda não foi definido.
O termo de leniência será submetido à homologação do juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba e à Câmara de Combate à Corrupção do (MPF).
Leia a nota da Ecorodovias:
"A atuação do Grupo EcoRodovias é pautada em princípios éticos de prestação de contas, transparência, justiça e equidade, compromissos que fazem parte do Programa de Ética e Integridade Empresarial da companhia.
O documento visa orientar as ações e decisões dos colaboradores e dos demais públicos com os quais o Grupo se relaciona, de forma a reforçar práticas éticas e conduta condizente com os valores da Ecorodovias.
Confira abaixo as principais ações realizadas pelo Grupo em alinhamento à ética e à integridade empresarial. O conteúdo contribui para a disseminação do tema e para o entendimento dos princípios e diretrizes éticas da companhia."
Fonte: Bem Paraná com informações do MPF

Vitorioso nas primárias argentinas diz que Lula é inocente e que Bolsonaro é uma mácula para o Brasil


Alberto Fernández
O candidato progressista à presidência da Argentina, Alberto Fernández, visitou Lula já durante a campanha e declarou: "Acredito na inocência dele e ele tem todo o direito de estar em liberdade e de se defender". Segundo ele, a condenação de Lula "é uma mácula ao estado de direito. Fico preocupado com o fato de que isso ocorra neste continente"
247 - O candidato progressista à presidência da Argentina, Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, é um dos principais defensores da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na América do Sul.
Fernández visitou Lula já durante a campanha, em julho, e declarou ao sair:
"Esse governo está criando uma mácula muito forte para o Brasil. Acredito na inocência dele e ele tem todo o direito de estar em liberdade e de se defender. [a condenação de Lula]", afirmou. 
"É uma mácula ao estado de direito. Fico preocupado com o fato de que isso ocorra neste continente. Como sou um homem comprometido com o estado de direito, vou estar ao lado de Lula o tempo necessário, até que a Justiça entenda que há de se respeitar as garantias de todos cidadãos e também a de Lula", acrescentou.
De acordo com as estatísticas, a chapa estava com cerca de 47% da votação (cerca de 90% das urnas apuradas) e o grupo conservador de direita liderado pelo presidente argentino, Mauricio Macri tinha 32%. O primeiro turno das eleições gerais está marcado para 27 de outubro.


Bolsonaro volta a quebrar decoro e insulta o povo argentino


Jair Bolsonaro deu mais um motivo para sofrer impeachment, ao desrespeitar o resultado das primárias argentinas. Nesta segunda feira, durante evento em Pelotas (RS), ele disparou: "Se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima"
247 - Jair Bolsonaro deu mais um motivo para sofrer impeachment, ao desrespeitar o resultado das primárias argentinas. Nesta segunda feira, durante evento em Pelotas (RS), ele disparou: "Se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima". 
Segundo informou o site O Globo, ele disse: "Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. E não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro" . 
 "Não se esqueçam que aqui mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem, o que aconteceu nas eleições de ontem.... A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma Rousseff, que é a mesma de [Nicolás] Maduro e [Hugo] Chávez, e Fidel Castro, deram sinal de vida aqui", acrescentou.
Entenda: 
As eleições primárias na Argentina, ocorridas neste domingo (11), mostram que o jogo político na América Latina, que viu a ascensão de governos de extrema direita nos últimos tempos, começa a mudar.
A chapa progressista encabeçada por Alberto Fernandez, com Cristina Kirchner na vice-presidência, derrotou o grupo conservador de direita liderado pelo atual mandatário, Mauricio Macri – apoiado por Jair Bolsonaro. Na primeira parcial, com 58,7% das urnas apuradas, Fernandez/Kirchner obtiverem 47,01% dos votos, contra 32,66% do presidente, que tenta a reeleição. Leia mais aqui


Gleisi: Moro e Dallagnol são aventureiros que tentaram "piratear o poder"


A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as revelações da Vaza Jato desta segunda-feira demonstram que Sérgio Moro e Deltan Dallagnol são "aventureiros" que "queriam piratear o poder".
247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que as revelações da Vaza Jato desta segunda-feira (12) demonstram que Sérgio Moro e Deltan Dallangnol são "aventureiros" que "queriam piratear o poder". 
Segundo Gleisi, "a República de Curitiba se considerava o centro de poder no Brasil. Deltan era o Procurador Geral e Moro era o Supremo".
Nesta segunda-feira, o Intercept revelou uma série de mensagens indicando como Dallagnol e a Lava Jato atuaram para interferir na substituição do ministro Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato no STF depois de sus morte em janeiro de 2017. As articulações envolveram até movimentos de extrema-direita com ações nas redes sociais e nas ruas.   


Dallagnol sabia que Onyx estava envolvido em corrupção mas afirmou "fingir que não sabia"

Deltan Dallagnol confessou que já sabia que Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil de Bolsonaro, estava envolvido em corrupção. Mesmo assim, fez vista grossa e manteve o trabalho conjunto com o então deputado gaúcho, principalmente no documento “10 Medidas Contra a Corrupção”.Ele chegou a escrever num tweet que "tinha que fingir que não sabia" do envolvimento de Lorenzoni com corrupção. As novas revelações fazem parte da Vaza Jato e foram divulgadas no começo da tarde desta segunda pelo Intercept
247 - Novos trechos de mensagens da Vaza Jato, divulgados pelo The Intercept no começo da tarde desta segunda-feira, revelam que o procurador chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, já sabia que o então deputado Onyx Lorenzoni, atual chefe da Casa Civil de Bolsonaro, estava envolvido em esquemas de corrupção, mas fechou os olhos para levar a cabo a sua cruzada no suposto "combate à corrupção".
Em conversa num grupo de procuradores, Deltan é indagado por Fábio Oliveira: "Vc viu que saiu o nome do Onyx na lista do Fachin hj?". Ele se refere à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que em 4 de dezembro, atendeu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a abertura de uma petição autônoma específica para analisar as acusações de caixa dois feitas por delatores da JBS ao na época futuro ministro da Casa Civil.
"Vi... (já sabia, mas tinha que fingir que não sabia, o que foi, na verdade, bom...rsrsrs)", respondeu Dallagnol. "Não que não quisesse falar, mas se falasse seira até crime rs", completou. 
O procurador admite que seguia trabalhando com Onyx, que era o lobista das 10 Medidas Contra a Corrupção, projeto que criado pela Lava Jatos, mesmo após descobrir denúncias de corrupção.
Onyx é foi “perdoado” por Sergio Moro apenas porque admitiu que errou e pediu desculpas, segundo o próprio ex-juiz e hoje ministro da Justiça.
"Eu já me manifestei anteriormente. É uma questão de Onyx. O que vejo é um grande esforço [do ministro Onyx] para a aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão pela qual foi abandonado por grande parte de seus pares. Ele tem minha confiança pessoal", disse Moro em dezembro de 2018.



Apucarana vai sediar Jogos do Judiciário do Paraná


A competição será realizada em 2020 com cerca de mil participantes
(Foto: Edson Denobi)
Apucarana vai sediar os Jogos do Judiciário do Paraná em 2020 (Tijup).  A realização da competição na cidade foi definida durante reunião de dirigentes do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijus-PR) com o prefeito Junior da Femac, na sexta-feira (9), no gabinete municipal.
Na reunião, promovida pelo deputado estadual Arilson Chiorato, o diretor do Sindijus, Lucinei Guimarães, acompanhado dos assessores do sindicato Edson Fernando e Bruno Brux, veio buscar a parceira administração municipal para realizar o Tijup 2020 na cidade, que ainda não tem data definida.
“Podem contar com nossa parceria para trazer esses jogos para Apucarana. Nossa cidade é acolhedora e tem toda estrutura para sediar eventos esportivos como já ficou comprovado em várias competições de nível estadual que recebemos nos últimos anos. Para nós é uma honra realizar os jogos do judiciário em nossa casa”, disse Junior da Femac.
Reunindo cerca de mil competidores, o Tijup tem a participação de servidores do Tribunal de Justiça do Paraná, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Justiça Eleitoral, Justiça Federal, Justiça do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público Federal.
“Agradeço a receptividade e o apoio do prefeito Junior da Femac à nossa solicitação. A decisão de realizar o Tijup 2020 em Apucarana deve-se principalmente a dois fatores. Um deles é de que a cidade ainda não tinha sediado essa competição e o outro é o histórico de Apucarana no incentivo ao esporte no Paraná e no Brasil”, afirmou diretor do Sindijus, Lucinei Guimarães.



Supremo se prepara julgar falta de imparcialidade de Moro e soltura de Lula


O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para julgar pedido de ‘falta de imparcialidade’ do ex-juiz Sérgio Moro no caso do tríplex. A suspeição foi arguida pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido preso político da Lava Jato há quase 500 dias em Curitiba.
Entretanto, o STF leva a sério aquela velha máxima corporativa: corvo não come covo. De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas, desde a promulgação da Constituição em 1988, o Supremo arquivou todos os pedidos de suspeição e violou regimento interno da própria corte sobre julgamentos de imparcialidade.
Folha publicou nesta segunda-feira (12), vésperas do julgamento da falta de imparcialidade de Moro no caso tríplex, que de 111 ações tratadas pelo STF apenas uma ainda não foi analisada pelos ministros.
Resumo da ópera: Lula parte de uma desvantagem escrita pela história do STF, mas o caso tríplex é batom na cueca deixado pelo juiz Moro ao condenar o petista sem provas; as conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil estão aí corroborar a nulidade da prisão inconstitucional do ex-presidente.
Fonte: Blog do Esmael

PT vai à Justiça contra Moro por armação que tenta associar o partido ao PCC


“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática,política, até a verdade prevalecer”, aponta a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)
247 – O Partido dos Trabalhadores decidiu ingressar com ações na Justiça contra a tentativa do atual ministro Sergio Moro de associar, sem provas, o partido ao PCC, o Primeiro Comando da Capital. A armação foi denunciada até por jornalistas associados à direita liberal, como Reinaldo Azevedo (saiba mais aqui). Abaixo, reportagem da Agência PT de Notícias sobre as iniciativas judiciais:
O Partido dos Trabalhadores promoverá, nesta segunda-feira (12), várias ações com o objetivo de denunciar e buscar a reparação dos danos causados pela falsa acusação coordenada pela polícia de Sérgio Moro e disseminada por Jair Bolsonaro (PSL) em suas redes e mídias de repercussão, de que estaria relacionado ao PCC.
“O que vimos essa semana foi mais uma armação grotesca das forças reacionárias para tentar criminalizar o PT. A notícia falsa, vazada pela Polícia Federal de Moro, foi cabalmente desmentida pelo promotor Lincoln Gakiya, que há mais de uma década investiga a facção criminosa: Não há indício de ligação entre PT e PCC, afirmou o promotor ao UOL. Vamos enfrentar e denunciar essa farsa armada por Moro e Bolsonaro. Criminosos são os que nos acusam, e devem responder por suas ações”, disse a presidenta nacional do Partido, Gleisi Hoffmann
A primeira medida é a apresentação de Notícia de Crime no Supremo Tribunal Federal contra Sérgio Moro e a linha de responsáveis pela investigação na Polícia Federal que divulgou a fala de um criminoso, sem nenhum indício, relacionando o partido ao PCC.
“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática, política, até a verdade prevalecer”, aponta Gleisi Hoffmann.
Moro tem de ser urgentemente afastado das funções de Ministro da Justiça, pois vem usando, sistematicamente a Polícia Federal com objetivos políticos e mentindo sobre condução dos trabalhos da força policial, sendo seu papel coibir e solicitar investigações sobre tais tipos de vazamentos e não fomentá-los. Na ação são imputados a Moro os crimes de prevaricação e abuso de autoridade.
A segunda medida será encaminhar Pedidos de Direito de Resposta ao jornal o Estado de São Paulo, Record TV e Jovem Pan para que divulguem a manifestação técnica e embasada em fatos do promotor Lincoln Gakiya do Ministério Público de São Paulo, que desmonta a fake news e confirma que o Partido jamais negociou com a facção criminosa. O papel da imprensa é apurar os fatos antes de publica-lo. Sempre se deve lembrar da máxima dos manuais de bom jornalismo.
“Quando alguém diz que lá fora chove e outro diz que faz sol, o papel do jornalista não se resume a publicar as duas informações conflitantes. O verdadeiro jornalista vai até a janela e verifica se faz sol ou chuva para publicar a verdade. Estes meios de comunicação devem, não só ao PT mas a seus milhões de telespectadores, leitores e ouvintes a divulgação do depoimento esclarecedor do promotor, em nome da verdade”, explica Gleisi.
O Partido também entrará com uma representação eleitoral contra Bolsonaro por propaganda negativa extemporânea. Ao divulgar, reiteradamente, notícias falsas e acusações infundadas contra o Partido dos Trabalhadores, o presidente incorre em crimes e comete uma série de irregularidades eleitorais, atentando contra as regras democráticas da disputa política.
Por fim, será apresentada Ação Criminal junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina contra a Deputada Estadual Ana Campanolo (PSL) por difamação ao Partido dos Trabalhadores.
“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática, política, até a verdade prevalecer”, disse a presidenta.

Vingativo, Moro manda deputado aliado pedir explicações a Manuela D'ávila sobre hacker


O deputado Capitão Augusto apresentou na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados um convite para Manuela D‘ávila (PCdoB) explicar ao parlamento sua relação com o hacker que alega ter invadido telefones de autoridades
247 - O deputado Capitão Augusto (PL-SP) apresentou na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados um convite para Manuela D‘ávila (PC do B) explicar ao parlamento sua relação com o hacker que alega ter invadido telefones de autoridades. 
O gesto visto é visto como o cumprimento de uma missão delegada por Sergio Moro (Justiça), informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.   
Trata-se de uma vingança de Moro depois que o PCdoB pediu que a Comissão de Ética Pública investigasse suspeitas de que Moro teve acesso ao inquérito da PF, que é sigiloso.


Procurador também tentou intimidar Alexandre de Moraes a votar pela prisão em segunda instância


O novo capítulo da Vaza Jato também revela a ação de Deltan Dallagnol na articulação de movimentos de rua para pressionar o ministro Alexandre de Moraes, indicado à vaga de Teori Zavascki, a votar pela prisão em segunda instância – o que, de fato, aconteceu
247 – Após a morte de Teori Zavascki, Michel Temer indicou Alexandre de Moraes, então ministro da Justiça, para a vaga de Zavascki no Supremo. "Um ano depois, o ministro tornou-se alvo de uma investida dos movimentos coordenada por Dallagnol após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmar, em janeiro, a condenação do ex-presidente Lula no processo do triplex do Guarujá", revelam as novas mensagens da Vaza Jato, na reportagem de Rafael Neves e Rafael Mora Martins.
"Em meio às especulações sobre a provável prisão do petista, circulou a informação de que o Supremo estudava permitir o cumprimento da pena só após a condenação ser ratificada Superior Tribunal de Justiça, a terceira instância. As atenções então voltaram-se para Moraes, o único no STF que ainda não havia emitido voto sobre o assunto", aponta o texto. Confira abaixo um dos diálogos:

Três dias após a confirmação da sentença de Lula, Dallagnol expôs sua preocupação à procuradora Thaméa Danelon:

27 de Janeiro de 2018 – Chat privado

Deltan Dallagnol – 20:41:03 – Tamis, qto à execução provisória, temos que deixar mais caro pro Alexandre de Moraes mudar de posição

Thaméa Danelon – 20:41:26 – Claro

Danelon – 20:41:31 – O q vc sugere?

Danelon – 20:41:49 – Eu vi q vc replicou um tt de uma cidadã.

Danelon – 20:41:54 – Vou replicar

Dallagnol – 20:43:56 – Temos que reunir infos de que no passado apoiava a execução após julgamento de SEGUNDO grau e passar pros movimentos baterem nisso muito

Dallagnol – 20:44:09 – Deixar cara a mudança

Danelon – 20:44:16 – Ok. Eu posso passar para os movimento.

Danelon – 20:44:31 – Para o Vem pra Rua e Nas Ruas

Dallagnol – 20:44:33 – Mostrar que a mudança beneficia Aécio e PSDbistas do partido a que vinculado

Danelon – 20:44:43 – Ótimo

Danelon – 20:44:58 – Eu lembro q ele se manifestou favorável a segunda inst

Dallagnol – 20:45:00 – Que vão perder foro neste ano provavelmente

Danelon – 20:45:06 – Mas não lembro como ele declarou isso

"Se por causa da pressão ou não, certo é que poucos dias depois, em 6 de fevereiro, Alexandre de Moraes fez o que Dallagnol, Danelon e o Vem Pra Rua desejavam: votou a favor da execução da pena do deputado federal João Rodrigues, do PSD de Santa Catarina, que havia tido uma condenação pela Justiça Federal confirmada em segunda instância", informam os repórteres.


Coletivos suprapartidários lançam manifesto por impeachment e novas eleições


Trinta e dois coletivos independentes e suprapartidários da sociedade civil lançaram um manifesto nesta segunda-feira (12) pelo impeachment de Jair Bolsonaro e exigem anulação das eleições de 2018
247 - Trinta e dois coletivos independentes e suprapartidários da sociedade civil lançaram um manifesto nesta segunda-feira (12) pelo impeachment de Jair Bolsonaro e exigem anulação das eleições de 2018. 
Segundo informa o comunicado divulgado pelos coletivos, "Grupos pró democracia atuando no Brasil e no exterior se unem para dizer à sociedade que está na hora de dar um basta e impedir a continuidade do governo. O objetivo é mobilizar cidadãos que exigem um basta nos crimes de responsabilidade de Bolsonaro"
O manifesto aponta como motivo: 
Falta de decoro para com o cargo que ocupa, o que configura crime de responsabilidade de acordo com a lei 1.079, de 1950, que tipifica os crimes de responsabilidade passíveis de impeachment do presidente da República. Diz o artigo 9º, VII: “Proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”
"As eleições foram fraudadas com  "fakenews", com um sistema milionário de disparo de mensagens e com prisão e silenciamento do principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva ,sem provas materiais e o possível conluio de juízes e promotores evidenciado com vazamentos de conversas eletrônicas pela mídia", denunciam os coletivos. 
Os grupos que totalizam centenas de ativistas e mobilizam milhares de pessoas em seu trabalho irão, a partir de hoje, lançar campanhas midiáticas, articular- se com lideranças políticas brasileiras e internacionais, criar materiais, realizar protestos e atos públicos. O objetivo é conscientizar a sociedade brasileira que é intolerável e inaceitável seguir aceitando as barbaridades comunicadas pelo presidente e os atos nefastos de seu governo contra a democracia e o estado de bem estar social conquistado com o esforço e luta desde a retomada da democracia no Brasil. 
Os ativistas entendem que diante dos enormes indícios de fraude eleitoral denunciados logo depois das eleições de 2018 e agora com a chamada " Vazajato" o Brasil só poderá retomar o caminho democrático com a anulação do pleito de 2018 e a convocação de novas eleições.