terça-feira, 6 de agosto de 2019

UFPR admite risco de paralisia por falta de dinheiro: 'Não temos condição de finalizar o semestre'

(Foto: Franklin de Freitas)


O orçamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está chegando ao seu limite. Há dois meses recebendo repasses menores do Ministério da Educação (MEC), fruto do corte de 30% do orçamento discricionário das instituições de ensino superior, anunciado no final de abril pelo governo federal, a UFPR prevê começar a passar dificuldades ao final de agosto, mês que também marcou o reinício das atividades letivas no segundo semestre.

Em entrevista por telefone ao Bem Paraná, Fernando Mezzadri, pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR, revelou que, se as verbas previstas no início do ano não forem liberadas, a instituição pode acabar sendo obrigada a paralisar todas as suas atividades e a também cancelar contratos como os de limpeza, portaria e segurança, dentre tantos outros.

“Sofremos um corte de 30%, um corte de um pouco mais de R$ 48 milhões no nosso orçamento. Começamos as atividades agora, as aulas, mas não temos condição de finalizar o semestre. Começamos as aulas porque as contas estão em dia hoje, mas há dois meses o governo tem passado menos recurso para nós. A partir de agora, com esse repasse menor em julho e agosto, a partir do final do mês já teremos dificuldades orçamentárias para enfrentar o restante do ano.”
Ainda segundo Mezzadri, a instituição tem buscado o diálogo junto ao MEC e já questionou reiteradas vezes se há previsão de quando as verbas contingenciadas serão liberadas. “Alegam que é questão orçamentaria, que isso é com o Ministério da Economia. Não dão previsão nenhuma. Por enquanto estamos conseguindo manter as ações, mas a partir do final do mês teremos bastante dificuldades”, reitera.


Questionado se haveria risco de paralisação das aulas e das pesquisas em andamento, respondeu que há 'completo risco'. “Vamos ter de cancelar os contratos de vigilância e limpeza, além de todos os outros contratos que temos, como hospital veterinário, fazendas. Tem uma gama de contratos”, afirma o pró-reitor. “Se o governo não retomar o recurso, teremos de parar todas as atividades. Não tem como manter.”

“Cada dia que consigamos esticar nossa conta, vai ser uma vitória”

O pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR diz não querer dar uma data exata de quando as atividades da instituição podem ser paralisadas. Mas deixa claro que o risco de paralisação não é algo distante.

Não quero dar uma data exata porque de repente conseguimos um dia a mais, dois dias a mais, uma semana. Estamos fazendo planejamento e cada dia que consigamos esticar nossa conta, vai ser uma vitória. Uma vitória importante, mostrando a resistência da universidade, mas sabemos que essa data tem limite. (Pode ser) Final do mês, início do mês que vem... Estamos atentos e preocupados com isso.”
Fonte: Bem Paraná

CPI da JMK retoma sessões com depoimentos de ex-diretores do Deto

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Foto: Orlando Kissner/Alep



Três ex-diretores do Deto (Departamento de Gestão do Transporte Oficial) foram ouvidos nesta terça-feira (6), na Assembleia Legislativa do Paraná, pela CPI da JMK.
Os depoentes foram convocados na esteira das investigações sobre os contratos para a manutenção da frota oficial do governo do Paraná. Existe a suspeita de fraudes e superfaturamento nos serviços prestados pela JMK.
A empresa diz que o contrato era de gestão compartilhada, argumenta que o estado não repassava a verba para custear a manutenção, e que a responsabilidade de fiscalização era do governo.
Os ex-diretores do Deto – órgão vinculado à SEAP (Secretaria de Estado da Administração e Previdência) disseram que os problemas do contrato eram de conhecimento do departamento. No entanto, alegaram que era uma situação difícil de provas.

CPI da JMK

Primeiro a ser ouvido, César Ribeiro Ferreira disse que um pedido de cancelamento de contrato chegou a ser solicitada.
“Aconteceu no final do meu período [como diretor do Deto], entre 2016 e 2017, a partir de um inquérito policial”, disse em depoimento.
Sucessor de Ferreira, Paulo Enéas Borges Bueno explicou à CPI que ficou apenas 100 dias na direção do Deto.
Neste período, abriu cinco processos administrativos contra a JMK. Um dos processos apurava a demora de 140 dias para o conserto de uma viatura; outro processo apontou que um carro foi levado até Santa Catarina com a justificativa de que era preciso testar o conserto do veículo.
Segundo Bueno, os donos de oficinas credenciadas reclamavam da recorrente falta de pagamento.
“Eu cheguei no setor de manutenção e perguntei: ‘qual é o maior problema que temos aqui?’. O que tive como resposta foi que o gestor do contrato exerce uma ação sobre os credores negociando uma taxa de desconto sobre o valor da fatura”, relatou.
“A JMK não pagava corretamente as oficinas. Qual tinha o interesse de pagar ainda pedia descontos”, completou.
Essa foi a sétima audiência da CPI da JMK – a primeira desde a volta do recesso parlamentar. A comissão se reúne novamente nesta quarta-feira (07).

JMK rebate acusações

Por meio de nota, a JMK disse que o contrato de gestão compartilhada previa que a escolha da oficina era de responsabilidade do servidor público ligado ao órgão do governo. Cabia à empresa enviar os orçamentos, porém a escolha final era do servidor público.
A JMK também diz que fornecia ferramentas de controle online para os gestores públicos, que ainda podiam solicitar a inspeção pessoal e descredenciar oficinas caso irregularidades fossem constatadas.
Fonte: Paranaportal

Doação de terrenos garante expansão industrial e investimentos de R$ 8 milhões


Município repassou por meio do Prodea mais 34 mil m², que devem gerar mais 400 empregos diretos
(Foto: Edson Denobi)
Mais 15 empresários conquistaram terrenos para edificação de sede própria e expansão de seus empreendimentos em parques industriais. Ao receberem os imóveis repassados através do Programa de Desenvolvimento de Apucarana (Prodea), as empresas se comprometeram a investir, no período de dois anos, mais de R$ 8 milhões e a gerarem cerca de 400 empregos.
Os documentos de cessão foram assinados e entregues nesta terça-feira (06/08) pelo prefeito Junior da Femac, em ato realizado no gabinete municipal e que contou também com a presença do secretário municipal de Indústria e Comércio, Edison Estrope, e os vereadores Mauro Bertoli (representando a presidência da Câmara Municipal) e José Airton Araújo “Deco”.
Os terrenos doados, que somam uma área de 34 mil metros quadrados, estão situados nos parques industriais Zona Norte, Juruba, Berté, Galan e no Distrito de Pirapó. Além de destacar a estrutura diferenciada disponibilizada no Parque da Juruba, Junior da Femac anunciou pavimentação de trechos de ruas e avenidas em outros três parques industriais. “No Parque Galan, a empresa que executará a obra será conhecida no dia 13 de agosto e, no Parque Berté, o processo licitatório vai transcorrer no começo de setembro”, informou Junior da Femac, acrescentando que as obras no Parque Industrial Norte já estão em andamento.
O prefeito também anunciou a aquisição de cursos de capacitação para trabalhadores e empresários. “Vamos adquirir R$ 150 mil para cursos profissionalizantes, mas que sejam importantes para as empresas e que tenham empregabilidade. Também vamos adquirir consultoria para os empreendedores, no valor de R$ 100 mil. Ser empresário é uma vocação, mas também é necessário que eles se preparem e se capacitem”, avalia Junior da Femac.
O prefeito fez ainda um balanço da política de atração de empresas, informando que no primeiro semestre, empreendedores de fora anunciaram investimentos de R$ 140 milhões. “O diferencial de Apucarana é a diversificação. Não apostamos em um único segmento e, por isso, a cidade consegue superar com menos dificuldade cenários de crise econômica”, pontua.
Junior da Femac também destacou o setor industrial e a capacidade que Apucarana tem de atrair investimentos de vários locais do País. “Quem gera emprego é o empresário, sobretudo o industrial, pois ele cria valor, por exemplo, ao transformar um tecido em camiseta ou quimono. Por ter essa economia diversificada, pela magia da transformação da matéria prima em riquezas, pelos bons indicadores sociais e de segurança, pelos incentivos e atrativos, é que Apucarana segue firme no caminho do desenvolvimento”, frisa Junior da Femac, citando como mais um diferencial o fato de ter há poucos dias anunciado o ensino de espanhol na rede municipal de ensino, ao lado do inglês que já é ofertado desde 2013.
A MDV Quimonos atualmente funciona no Jardim Ponta Grossa e, com a doação do terreno, assumiu o compromisso de se instalar no Parque Industrial Norte.  O proprietário da empresa, Valdinei Rossetto, destacou o trabalho da equipe da Secretaria de Indústria e Comércio e o fato de Apucarana ter um prefeito que é um empresário. “A equipe da Secretaria instruiu os caminhos e quero parabenizar o prefeito pelo respeito que tem pelos pequenos empresários, a forma que nos acolhe, a atenção que nos dá. Apucarana conta hoje com um prefeito que é um empresário e que sabe o que a gente passa, e de todas as nossas dificuldades. Tenho certeza que com a pujança da Prefeitura e com a nossa força conseguiremos honrar com o nosso compromisso, apesar da crise econômica pela qual o País atravessa”, frisa Rossetto.
O Prodea também ajudará Maurício Rodrigues Barbosa, que possui uma empresa de marmoraria, a sair do fundo do quintal para se estabelecer no Parque Industrial Galan. “Disse para minha esposa: tenho vontade de montar algo. Recebi o apoio dela, comprei o maquinário com o dinheiro que tinha e coloquei em prática minha experiência. O negócio começou a expandir e os ruídos do trabalho incomodam a vizinhança. O vereador Deco me orientou para que eu fizesse a inscrição no Prodea e hoje estou tendo esta rica oportunidade que não vou desperdiçar”, assegura Barbosa.
Luis Marcos Martinelli afirma que a doação do terreno atende um compromisso assumido pelo então prefeito Beto Preto. “Ele esteve na empresa que fica no Jardim Malibu e, espontaneamente, perguntou se o nosso imóvel era próprio ou alugado. Neste dia, o Beto Preto informou que estava projetando novos parques industriais e que, com base nas características da empresa, poderíamos ser atendidos através do Prodea”, recorda Martinelli, da Fênix Indústria e Comércio de Confecções Ltda.
EMPRESÁRIOS OPTAM POR APUCARANA
Thayza Vitorino, sócia-proprietária da Construtora Vitorino, conta que é natural de Goiânia e que há sete anos morava em Paris. “É a realização de um sonho. Nós morávamos fora e quando voltamos escolhemos Apucarana para montar a empresa. Iniciamos no sítio do meu sogro com dois equipamentos e hoje já são mais de 25”, afirma Thayza. Segundo ela, o empreendimento passará por um processo de expansão com a criação de três empresas, que funcionarão no terreno doado, onde deverão ser investidos cerca de R$ 2 milhões.
Outro empresário que, há cinco anos, escolheu Apucarana para realizar investimentos é Michel de Brito Francisco. Natural do Rio de Janeiro, ele mantém uma empresa de fitas elásticas personalizadas para bonés e roupas íntimas. “Atualmente estamos na Vila Nossa Senhora da Conceição, onde manteremos a nossa empresa e, gradativamente, faremos a expansão do empreendimento para o Parque da Juruba”, informa, acrescentando que possui 43 anos e já morou em outras quatro cidades. “Nunca vi uma administração como a de Apucarana. A gente vê o cuidado em cada rua, em cada esquina, em cada árvore podada”, reforça.
Devido ao descaso de administrações anteriores, o empresário Junior Felite releva que chegou a pensar em se mudar para outro estado. “Nasci em Apucarana e fui um dos primeiros a instalar empresa no Parque Galan. Lembro que ficamos 12 anos pedindo pelo asfalto, convivendo com a lama e os caminhões atolados. Chegamos a pensar em sair de Apucarana, mas hoje vemos que temos a oportunidade de crescer e de melhorar aqui”, ressalta o proprietário da Araucária Assessoria Industrial.


Gilmar: procuradores da Lava Jato estão no mesmo patamar de criminosos que dizem investigar


Ministro Gilmar Mendes reagiu duramente à divulgação, pelo The Intercept e El País, de que Deltan Dallagnol, Roberson Pozzobon e demais procuradores da Lava Jato planejaram investigação ilegal contra ele na Suíça; "Eu não me espantaria se não tivessem tentado forjar alguma cartáo de crédito internacional em meu nome. Eles estão no mesmo patamar dos criminosos que dizem investigar", disse Gilmar ao jornalista Ricardo Noblat
247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, reagiu duramente à divulgação, feita nesta nesta terça-feira, 6, pelo The Intercept e El País, de que procuradores da Lava Jato planejaram investigação ilegal contra ele na Suíça.
Em declaração ao jornalista Ricardo Noblat, Gilmar comparou Deltan Dallagnol e demais procuradores da força tarefa de Curitiba a "bandidos que dizem investigar". 
"Eu não me espantaria se não tivessem tentado forjar alguma cartáo de crédito internacional em meu nome. Eles estão no mesmo patamar dos criminosos que dizem investigar", disse Gilmar Mendes. 
De acordo com a reportagem do Intercept e El País a partir de mensagens de um grupo do Telegram, liderados por Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, procuradores e assistentes fizeram um esforço de coleta de dados e informações sobre o ministro Gilmar Mendes, com o objetivo de pedir sua suspeição e até seu impeachment. 
Os procuradores suspeitavam que Gilmar Mendes, por ter concedido dois habeas corpusem favor do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, operador de propinas do PSDB, aparecesse como beneficiário de contas e cartões que Preto mantinha na Suíça, um material que já estava sob escrutínio dos investigadores do país europeu.
“Vai que tem um para o Gilmar…hehehe”, diz o procurador Roberson Pozzobon no grupo, em referência aos cartões do investigado ligado aos tucanos. A possibilidade de apurar dados a respeito de um ministro do Supremo sem quereré tratada com ironia. “vc estara investigando ministro do supremo, robinho.. nao pode”, responde o procurador Athayde Ribeiro da Costa. “Ahhhaha”, escreve Pozzobon. “Não que estejamos procurando”, ironiza ele. “Mas vaaaai que”. 
Dallagnol então reforça, na sequência, que o pedido à Suíça deveria ter um enfoque mais específico: “hummm acho que vale falar com os suíços sobre estratégia e eventualmente aditar pra pedir esse cartão em específico e outros vinculados à mesma conta”, escreve. “Talvez vejam lá como algo separado da conta e por isso não veio" (...) "Afinal diz respeito a OUTRA pessoa” (leia mais no Brasil 247). 





'The Intercept': Lava Jato planejou ação ilegal na Suíça contra Gilmar Mendes


Deltan Dallagnol e Gilmar Mendes
Em parceria com o The Intercept Brasil, o portal El País Brasil revela que procuradores discutiram usar caso de Paulo Preto, operador do PSDB, para reunir munição contra ministro Gilmar Mendes. Diálogos no Telegram mostram o empenho da força-tarefa pelo impeachment do magistrado, numa ação totalmente ilegal
247 - Em parceria com o The Intercept Brasil, o portal El País Brasil revela que procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba fizeram um esforço de coleta de dados e informações sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, com o objetivo de pedir sua suspeição e até seu impeachment, numa ação completamente ilegal, pois, de acordo com a Constituição, os ministros do Supremo só podem ser investigados com autorização de seus pares.
Liderados por Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, procuradores e assistentes se mobilizaram para apurar decisões e acórdãos do magistrado para embasar sua ofensiva, mas foram ainda além. Planejaram acionar investigadores na Suíça para tentar reunir munição contra o ministro, ainda que buscar apurar fatos ligados a um integrante da Corte superior extrapolasse suas competências constitucionais, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem. A estratégia contra Gilmar Mendes foi discutida ao longo de meses em conversas de membros da força-tarefa pelo aplicativo Telegram enviadas ao The Interceptpor uma fonte anônima e analisadas em conjunto com o EL PAÍS.
Na guerra aberta contra o ministro do Supremo, os procuradores se mostraram particularmente animados em 19 de fevereiro deste ano. "Gente essa história do Gilmar hoje!! (...) "Justo hoje!!! (...) "Que Paulo Preto foi preso", começa Dallagnolno chat grupo Filhos do Januário 4, que reúne procuradores da força-tarefa. A conversa se desenrola e se revela a ideia de rastrear um possível elo entre o magistrado e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, preso em Curitiba num desdobramento da Lava Jato e apontado como operador financeiro do PSDB.Uma aposta era que Gilmar Mendes, que já havia concedido dois habeas corpusem favor de Preto, aparecesse como beneficiário de contas e cartões que o operador mantinha na Suíça, um material que já estava sob escrutínio dos investigadores do país europeu.
“Vai que tem um para o Gilmar…hehehe”, diz o procurador Roberson Pozzobon no grupo, em referência aos cartões do investigado ligado aos tucanos. A possibilidade de apurar dados a respeito de um ministro do Supremo sem quereré tratada com ironia. “vc estara investigando ministro do supremo, robinho.. nao pode”, responde o procurador Athayde Ribeiro da Costa. “Ahhhaha”, escreve Pozzobon. “Não que estejamos procurando”, ironiza ele. “Mas vaaaai que”. Dallagnol então reforça, na sequência, que o pedido à Suíça deveria ter um enfoque mais específico: “hummm acho que vale falar com os suíços sobre estratégia e eventualmente aditar pra pedir esse cartão em específico e outros vinculados à mesma conta”, escreve. “Talvez vejam lá como algo separado da conta e por isso não veio" (...) "Afinal diz respeito a OUTRA pessoa”. A força-tarefa de Curitiba tem dito que não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes e repetiu à reportagem que o "material é oriundo de crime cibernético e tem sido usado, editado ou fora de contexto, para embasar acusações e distorções que não correspondem à realidade".
Nas mensagens, tudo começa porque Dallagnol comenta saber de "um boato" vindo da força-tarefa  de São Paulo (FT-SP) de que parte do dinheiro mantido por Paulo Preto em contas no exterior pertenceria a Mendes. "Mas esse boato existe mesmo?", pergunta o procurador Costa. "Pessoal da FT-SP disse que essa info chegou a eles", responde Julio Noronha em referência aos colegas paulistas. Procurada, a assessoria de imprensa do FT-SP afirmou que “jamais recebeu qualquer informação sobre suposto envolvimento de Gilmar Mendes com as contas no exterior de Paulo Vieira de Souza”. E também que “se recebesse uma informação a respeito de ministro do STF, essa informação seria encaminhada à PGR [Procuradoria Geral da República]". E que “jamais passaria pela primeira instância para depois ir para a PGR”.
O artigo 102 da Constituição determina que os ministros do Supremo só podem ser investigados com autorização de seus pares, a não ser que apareçam em uma investigação já em curso, a chamada investigação cruzada. Caso seja este o caso, a competência é necessariamente da PGR. Para o procurador da República Celso Três, que atuou no início do caso Banestado, um marco contra a lavagem de dinheiro, e trabalhou diretamente com o ex-juiz Sergio Moro, os procuradores não cogitam nos diálogos apenas um atalho para chegar a Mendes. "É uma violação grave do devido processo legal", afirma em entrevista ao EL PAÍS. Ele avalia que, nas conversas, os procuradores de Curitiba demonstraram intenção de desviar a finalidade da investigação, porque tinham autoridade para escrutinar o operador do PSDB, mas planejaram aprofundar essa colaboração com o intuito de atingir o ministro do Supremo. “Não estou defendendo Gilmar, mas está muito claro que estavam em seu encalço”.
A reportagem questionou à força-tarefa de Curitiba se os procuradores pediram informações aos investigadores na Suíça sobre possíveis ligações de Mendes e Paulo Preto. E, caso tenham encontrado elementos, se foram enviados à PGR. Por meio da assessoria de imprensa, os procuradores afirmaram que "não surgiu nas investigações nenhum indício de que cartões da conta de Paulo Vieira de Souza tenham sido emitidos em favor de qualquer autoridade sujeita a foro por prerrogativa de função". "Qualquer ilação nesse sentido, por parte de quem for, seria mera especulação", ressaltou a nota. "Em todos os casos em que há a identificação de pagamentos de vantagens indevidas e lavagem de ativos no exterior, o Ministério Público busca fazer o rastreamento do destino de todos os ativos ilícitos, para identificar os destinatários desconhecidos", ressalta. Eles insistem que sempre que surgem indícios do envolvimento em crimes de pessoas com foro privilegiado, a força-tarefa encaminha as informações à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal.

"Cuidado porque o STF é corporativista"

Celso Três diz que os procuradores poderiam até enviar à PGR material contra Gilmar, desde que estas provas tenham sido encontradas acidentalmente em alguma investigação. "Isso pressupõe fundamentalmente que a prova caia no teu colo", afirmou. "Não existe encontro fortuito de prova quando você busca alguma coisa", acrescentou. Outro especialista, que concordou em analisar as mensagens sob anonimato, acrescenta que, no caso de toparem com alguma prova relacionada com detentores de foro privilegiado, como Mendes, a investigação é suspensa e precisa ser remetida para a PGR. “Isso é bem comum em casos de políticos que foram encontrados em investigações da Lava Jato”, explica o jurista, que frisa não conhecer casos de ministros do Supremo que tenham sido denunciados a partir de investigações cruzadas.
Ciente do terreno minado que a força-tarefa entra ao mirar Mendes, Dallagnol tenta se precaver: “E nós não podemos dar a entender que investigamos GM”, diz em certo momento, em referência a Gilmar Mendes. Mas, na sequência, afirma: “Caso se confirme essa unha e carne, será um escândalo”, diz sobre a relação próxima entre o ministro e o operador. E sugere: “Vale ver ligações de PP pra telefones do STF”, ressalta, referindo-se a Paulo Preto. Mais uma vez, Dallagnol recebe um alerta de um colega. “Mas cuidado pq o stf é corporativista, se transparecer que vcs estão indo atrás eles se fecham p se proteger”, diz Paulo Galvão. Dias depois, a força-tarefa descobriria que o ex-senador tucano Aloysio Nunes ligou para o gabinete de Mendes no dia da prisão de Paulo Preto.
A tese levantada nas conversas por alguns procuradores para ligar Mendes a Paulo Preto, especialmente por Dallagnol, passa justamente pelo tucano Aloysio. Nas conversas, os procuradores lembram que Paulo Preto era subordinado do tucano durante o Governo FHC, quando o ex-senador foi ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência, entre 1999 e 2001. E que Gilmar Mendes trabalhava “do ladinho” —segundo as palavras de Roberson Pozzobon— de ambos. A triangulação se fecharia porque, naquele período, Mendes foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil (entre 1996 a 2000) e advogado-geral da União (de 2000 a 2002). Em 21 de fevereiro deste ano, no mesmo chat, Pozzobon diz: “Acho que tem uma chance grande de ALOYSIO ter colocado GILMAR no STF”. O procurador Paulo Roberto Galvão pondera. “Mas calma que isso não quer dizer muita coisa rs”. Dallagnol, então, discute uma estratégia para direcionar a pauta e fazer a história aparecer na imprensa. "Tem q botar no papel. Mostrar suspeição. Pegar quem trabalhava nessa época no mesmo local. Imprensa é o ideal", ressalta ele. 
Mais uma vez, como informa a reportagem, o procurador Paulo Galvão tenta puxar o freio de mão do entusiasmo do coordenador da força-tarefa. “Mas não é novidade que Gilmar veio do psdb e de dentro do governo fhc!!! Cuidado com isso”. Mas Dallagnol insiste: “agora é diferente" (...) "Não é uma crença ou partido em comum" (...) "É trabalhar lado a lado, unha e carme”. Pozzobon também pondera e diz que é preciso ter informações mais fundamentadas antes de passá-las para a imprensa. “Mas acho que temos que confirmar minimamente isso antes de passar pra alguém investigar mais a fundo, Delta”.

"Sonho que Toffoli e GM acabem fora do STF"

Apesar da animosidade da força-tarefa contra Gilmar Mendes, nem sempre o magistrado, um dos mais criticados da Corte, esteve contra a Lava Jato, segundo pensavam os procuradores. Em março de 2016, por exemplo, Gilmar se mostrou um aliado tático da operação, quando suspendeu a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, deixando assim o ex-presidente sem foro privilegiado. Pelo menos desde 2017, no entanto, Dallagnol aparece nas mensagens atribuindo ao magistrado o objetivo de “desmontar as investigações de corrupção”, por estar, segundo o procurador, ligado a parte delas.
As mensagens analisadas pelo EL PAÍS e o The Intercept, parte do pacote de arquivos que o site começou a revelar em 9 de junho, apontam para uma busca sistemática de Dallagnol por maneiras de afastar o ministro do Supremo das ações da Lava Jato, mas não apenas ele. "Sonho que Toffoli e GM acabem fora do STF rsrsrs", comenta. O procurador chega a mobilizar assistentes para produzir um documento com "o propósito de mostrar eventuais incongruências [de Mendes] com os casos da Lava Jato". E, ao longo de anos, insiste nas possibilidades de pedir a suspeição do ministro e encampar um processo de impeachment. Os colegas, entretanto, ponderam sobre a ideia de partir para a via do impedimento político e a iniciativa acaba não saindo do papel.
Em 5 de maio de 2017, por exemplo, o coordenador da força-tarefa falou aos pares de pleitear o impedimento de Gilmar Mendes caso o ministro concedesse habeas corpus a Antonio Palocci, condenado na Lava Jato. "Caros estive pensando e se perdermos o HC do Palocci creio que temos que representar/pedir o impeachment do GM". O habeas corpus (HC), ele sustentava, seria a gota d’água que faltava para pedir o afastamento do ministro. Para embasar o pedido, elencou declarações públicas do ministro contra a força-tarefa, “incoerência de votos”, “favorecimentos”, e até seus antigos confrontos com o ex-ministro da Corte Joaquim Barbosa — "só para dar força moral”.
“Calma, Deltan”, diz a procuradora Laura Tessler. Ela afirma, então, que soube que o jurista Modesto Carvalhosa entraria com um pedido de impeachment contra o ministro. “Eu não acho que nós devemos fazer pedido de impeachment. outros fazerem é bom”, completou o procurador Paulo Roberto Galvão. Carvalhosa protocolaria o pedido de impedimento neste ano de 2019, o terceiro contra o ministro, que se soma a ao menos a outros nove pedidos de impedimento de membros da corte que esperam encaminhamento do presidente do Senado, o único capaz de iniciar os processos.
Na lista de Dallagnol também entrou o caso envolvendo os empresários do setor de transportes Lélis Teixeira e Jacob Barata Filho, acusados de pagar propina a políticos. Conhecido como o Rei do Ônibus, Barata Filho é pai da afilhada de casamento de Gilmar e sua mulher, Guiomar Mendes. O caso também envolve um advogado de Gilmar que faz a defesa também de Barata Filho. Gilmar Mendes mandou soltar os empresários por três vezes seguidas ao longo de 2017.
Naquele ano, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a pleitear a suspeição do ministro no caso, mas o pedido foi arquivado pela presidenta do Supremo, ministra Cármen Lúcia, em setembro de 2018. Na época, Cármen Lúcia afirmou ter consultado Raquel Dodge, atual procuradora-geral da República, antes de tomar a decisão. No xadrez da Lava Jato, Dodge é a rainha do outro lado do tabuleiro dos procuradores. Nas conversas, eles afirmam que ela é muito próxima de Gilmar e que só não o confronta porque “sonha” com uma cadeira no Supremo assim que seu mandato na PGR terminar, em cerca de um mês, afirma Dallagnol em mensagem em junho de 2018.
Em março de 2019, a força-tarefa insistiria de novo em mais um pedido de suspeição de Gilmar Mendes, desta vez no caso Paulo Preto, alegando relações do magistrado com Aloysio Nunes. Dallagnol articularia com as forças-tarefas da Lava Jato de Curitiba, do Rio de Janeiro e de São Paulo para dar força ao pedido, que seria arquivado novamente.
Ainda por meio de nota enviada à reportagem, os procuradores afirmaram que "dentre os deveres do membro do Ministério Público, está o de 'adotar as providências cabíveis em face de irregularidades de que tiver conhecimento, em especial quando relacionadas a casos em que atuam". "A  eventual pesquisa das decisões de um julgador para analisar qual a eventual medida a adotar seria perfeitamente regular", ressaltaram. "Dentre as medidas que podem ser analisadas e estudadas pelo Ministério Público em face de decisões que cogite inadequadas de um julgador, está a análise de jurisprudência para apresentar recursos, a representação à respectiva corregedoria ou ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) ou ainda a representação pela suspeição ou pela apuração de infração político-administrativa (seguindo o rito de impeachment). Nesse contexto, contudo, como é público, os procuradores jamais realizaram representação pelo impeachment do ministro Gilmar Mendes, embora tenham apresentado pedido de reconhecimento de suspeição"
Noves fora as iniciativas consideradas fora da alçada de Curitiba na avaliação de especialistas, Dallagnol não está só em sua frustração contra algumas decisões do Supremo, e de Gilmar Mendes em particular. Grupo de estudiosos da corte tem apontado a proliferação de medidas individuais dos magistrados e a falta de coerência na jurisprudência do STF com um fator instabilidade política. Um dos problemas é que, excetuada a saída via do impeachment, "no sistema judicial, o Supremo é o ponto cego", pondera o jurista que analisou as mensagens dos procuradores sob anonimato. "Um ministro do Supremo não está sujeito ao Conselho Nacional de Justiça, não tem corregedoria e um ministro, inclusive, não pode corrigir o outro”, explica.
Para Gilmar Mendes, no entanto, o problema da falta de correição e do corporativismo estão do outro lado. “O próprio CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público] funciona muito mal. A corregedoria do Ministério Público praticamente não funciona. Estamos a falar de uma questão que, em termos republicanos, é muito séria. Quem vigia o guarda neste caso? Os malfeitos cometidos por procuradores são investigados por quem? Essa é uma questão que precisa ser respondida”, disse o ministro nesta segunda-feira, no registro do site especializado Jota. O CNMP tem ao menos um procedimento aberto contra Dallagnol, o que apura se ele e um colega cometeram falha disciplinar ao serem flagrados, em mensagens reveladas peloThe Intercept e pela Folha, planejando obter lucro ou benesses com a realização de palestras pagas por empresas e entidades interessadas em se associar à imagem da Lava Jato. 


Prefeitura oferece orientação sobre declaração do ITR


Evento reuniu contadores hoje pela manhã, no salão nobre da prefeitura
Prefeitura oferece orientação sobre declaração do ITR
(Foto: Edson Denobi)

A prefeitura de Apucarana, através da Secretaria Municipal de Fazenda de Apucarana e do Departamento de Fiscalização Tributária, promoveu hoje, no salão nobre, uma reunião com contadores para levar orientações sobre o preenchimento da declaração do Imposto Territorial Rural 2019 (ITR).
“Passamos orientações para evitar que os proprietários rurais caiam na malha fiscal e um dos focos foi a organização da documentação. Informamos também os valores da terra nua que foram informados pelo município à Receita Federal, os quais devem servir de base nas declarações do ITR”, informa Luciane Santin da empresa Convicta.
“Esse encontro é um suporte disponibilizado pela prefeitura para que as declarações do ITR sejam feitas de maneira correta, evitando assim problemas posteriores para os proprietários rurais”, informa a fiscal tributária da prefeitura, Cibele Rodrigues.
A entrega da declaração do ITR é obrigatória para pessoa física ou jurídica. O prazo para apresentar a declaração do ITR em 2019 começa a partir deste mês (agosto), em data a ser definida pela Receita Federal. O preenchimento da declaração deverá ser feita por meio eletrônico através do programa gerador, que pode ser baixado através do site da Receita Federal.



Conselho de Assistência Social é empossado em Apucarana


Município dobrou o repasse de recursos para entidades que prestam serviços em Apucarana 
(Foto: Edson Denobi)
Em solenidade realizada ontem (5) no gabinete municipal, o prefeito Junior da Femac empossou aos novos membros do Conselho Municipal de Assistência Social para o biênio 2019/2021. O evento teve a participação de secretários municipais, vereadores e representantes de entidades sociais.
O conselho é integrado por onze membros titulares e onze suplentes, todos representantes da sociedade civil (usuários, entidades sociais e trabalhadores da área), e do poder público (assistência social, saúde, educação, fazenda, secretaria da Mulher e Assuntos da Família).
No evento, o prefeito Junior da Femac destacou que a partir de 2013, na gestão do ex-prefeito Beto Preto, que vem tendo continuidade agora, existe muito zelo com o dinheiro publico. “Em cada área de atuação do poder público, existe um conselho municipal que fiscaliza, dá sugestões, faz críticas e reivindicações. No caso da assistência social não é diferente e o trabalho é realizado voluntariamente por cidadãos ligados ao setor”, comentou o prefeito.
Segundo Junior da Femac, todas as áreas da gestão são importantes, e os conselhos atuam de maneira que ninguém deixe de ser contemplado, notadamente as pessoas que se encontram numa situação vulnerabilidade social. “Vale ressaltar que, neste ano, nós dobramos a verba para as entidades sociais do município. Antes eram repassados R$ 800 mil ao ano e agora chegamos a mais de R$ 1,5 milhão, para fazer frente às demandas destas entidades.
A secretária de Assistência Social, Ana Paula Nazarko, ocupou a presidência do Conselho nos dois últimos anos e, a partir de agora, um representante da sociedade civil deve ser escolhido para o cargo neste novo mandato. Ana Paula explica as atribuições do Conselho Municipal de Assistência Social.
“A partir de agora os conselheiros têm uma missão muito importante, que é a de promover a participação popular, ações descentralizadas e proposições que garantam a aplicação efetiva do Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Com a união e diálogo, espero que todos atuem para que as discussões aconteçam e contribuam para incrementar as políticas públicas para o setor”, assinalou Ana Paula.
Segundo a secretária de Assistência Social, o Conselho Municipal de Assistência Social é o espaço democrático para discussões e deliberações e a garantia de novas conquistas neste campo.


Defensor de Moro e Dallagnol, senador Álvaro Dias é poupado em investigações da Lava Jato

Alvaro Dias na Globo (Foto: Reprodução


Do UOL:
Defensor da Lava Jato, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) já foi citado como beneficiário de propinas pagas em dois episódios investigados pela operação. Apesar disso, o parlamentar nunca foi oficialmente investigado pela força-tarefa.
A PGR (Procuradoria-Geral da República), órgão responsável por investigar parlamentares com foro privilegiado, declarou que não tem apurações a respeito de Dias. Questionado, o MPF (Ministério Público Federal) do Paraná informou que não comenta inquéritos que possam ter passado pelo órgão. Já a PF (Polícia Federal) de São Paulo, que trabalhou em um caso no qual Dias foi citado, não respondeu à reportagem, mas informou em documento que nunca investigou o senador.
Procurado pelo UOL, Alvaro Dias negou seu envolvimento em esquemas de pagamento de propinas e disse que citações de seu nome não passam de boatos com fins políticos. O senador disse nunca ter sido investigado pela Lava Jato justamente porque nunca houve fatos que justificassem a abertura de inquéritos sobre sua conduta.
Paranaense, Alvaro Dias tem se dedicado a denunciar o que ele chama de “tentativas de dinamitar a Lava Jato”. Essas tentativas, segundo ele, estão ligadas à publicação de diálogos mantidos entre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba pelo site The Intercept Brasil, em parceria com outros.
Fonte: DCM

Laboratório Municipal alcança 31 mil agendamentos de exames ao mês


Num comparativo ente julho de 2018 e julho de 2019, o número saltou de 18 mil para 31 mil, um aumento de 72% 
(Foto: Profeta)
O Laboratório da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana há mais de um ano vem aumentando mensalmente os atendimentos, como resultado dos investimentos realizados na estrutura física, equipamentos e informatização do setor. Num comparativo entre julho 2018 e julho de 2019, o número de exames agendados cresceu 72%.
“Fechamos o mês de julho com 31 mil exames agendados, contra 18 mil de julho de 2018. Com esses números podemos afirmar que não há fila de espera para 57 tipos de exames realizados no laboratório municipal”, afirma a coordenadora do laboratório da AMS, Maria Isabel Massambani.
No primeiro semestre deste ano, o laboratório municipal alcançou outros marcos positivos. Além de ampliar a sua capacidade mensal de exames para 56 mil, reduziu o prazo de entrega dos resultados de 7 para 3 dias.
O prefeito Junior da Femac avalia o atendimento realizado pelo laboratório municipal como uma referência na saúde do município. “Muitos avanços estão sendo feitos na área da saúde, como o reforço na equipes de profissionais”, observa Junior, citando a convocação de aprovados em concursos, entre eles médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, atendente de consultório dentário, atendente de farmácia, guardas de endemias, farmacêuticos e agentes comunitários de saúde.
O prefeito destaca ainda a criação da Farmácia 24 Horas e os investimentos na reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde. Ainda, nos últimos seis anos a Autarquia Municipal de Saúde recebeu 38 novos veículos e hoje está com a frota renovada.
“A saúde vem vivenciando uma nova e positiva realidade na gestão Beto Preto. Muito foi melhorado, mas os investimentos nesta área serão cada vez maiores já que temos a meta de fazer da saúde de Apucarana a melhor do Paraná”, afirma Junior da Femac.
EQUIPAMENTOS MODERNOS
O laboratório da Autarquia Municipal de Saúde recebeu no final de 2017, três máquinas modernas que agilizaram a análise de exames do laboratório municipal. “Grande parte dos serviços está automatizado, o que permitiu elevar significativamente o número de análises diárias. O aparelho de automatização da urina, por exemplo, permitiu aumentar o número de exames realizados diariamente, de 40 para uma média de 100”, detalha a coordenadora do laboratório da AMS, Maria Isabel Massambani.
Entre os exames com mais procura pelos pacientes, os hemogramas, por exemplo, saltaram de uma média de 70 para 150 ao dia. Também entre os mais solicitados, os exames bioquímicos, como colesterol, triglicérides e glicose, passaram de 400 para 1000 ao dia.
O aumento gradativo no agendamento dos exames laboratoriais vem acontecendo desde o início de 2018, graças a investimentos em novos equipamentos, somando-se a medidas de adequação do setor de coleta de exames e informatização do serviço.
Em janeiro 2018, a coleta de exames do laboratório municipal foi transferida do terceiro andar para o térreo da Autarquia de Saúde, e isso permitiu aumentar de 4 para 7 as cadeiras de coleta, bem como disponibilizar uma área de espera mais ampla, dotada de  80 assentos. Uma reivindicação antiga dos usuários, essa mudança não só possibilitou aumentar o número de atendimento como também ofereceu maior comodidade aos pacientes.
A informatização do serviço do laboratório, por sua,vez, agilizou os procedimentos e o agendamento agora é feito diretamente pelas Unidades Básicas de Saúde.

Estudantes apucaranenses aprendem as leis de trânsito de forma lúdica

(Foto: Profeta)

Desenvolvido em parceria pela Autarquia Municipal de Educação e a Guarda Municipal de Apucarana, o projeto Educação para o Trânsito envolve mais de 1.300 crianças, matriculadas nas turmas de 4º ano em 36 escolas
A Autarquia Municipal de Educação e a Guarda Municipal de Apucarana renovaram a parceria para o desenvolvimento do projeto Educação para o Trânsito na sua rede de ensino. O prefeito Junior da Femac participou da abertura das atividades, na manhã de ontem (5/8), na Escola Professora Maria Madalena Côco.
De acordo com a diretora-presidente da AME, professora Marli Fernandes, mais de 1.300 alunos, matriculados nas turmas de 4º ano de 36 escolas, serão contemplados com as aulas de circulação viária. “Eles devem aprender sobre a importância do respeito à sinalização e da utilização dos equipamentos de segurança, como o cinto e o capacete. Estes conteúdos estão previstos no currículo escolar,” explicou.
Uma cartilha foi especialmente criada para o curso, que será ministrado por dois guardas municipais. “Nós recebemos diariamente muitas denúncias de infrações de trânsito, principalmente relacionadas a veículos estacionados sobre faixas de pedestres, em guias rebaixadas ou vagas especiais. Então, a meta é ensinar o correto às crianças para que elas repliquem o conhecimento junto aos pais,” afirmou o comandante da corporação, Alessandro Carletti.
O prefeito Junior da Femac acrescenta o preparo dos alunos para a vida urbana como outro objetivo do projeto. “Apesar das crianças ainda não dirigirem, elas são passageiras em veículos, pedestres e ciclistas. Quanto antes se familiarizarem com as questões do trânsito, melhores motoristas teremos no futuro,” disse.
Durante a abertura das atividades na manhã de hoje, a aluna Giovanna Guirro encantou as autoridades, pais e professores com a declamação da poesia O Trânsito, de Clêdes Pessoa. “Atenção, motorista! Sejam muito previdentes! Não avancem o sinal, para evitar acidentes,” recitou.