segunda-feira, 29 de julho de 2019

Moro julgava fraca delação de Palocci, mas a divulgou pouco antes da eleição


O ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro, considerava fraca a delação de Palocci, mas decidiu divulgá-la antes da eleição para apoiar aquele que uma vez eleito presidente se tornaria seu chefe
247 - O ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro considerava fraca a delação de Palocci, mas decidiu divulgá-la antes da eleição para apoiar aquele que uma vez eleito presidente se tornaria seu chefe. Reportagem dos jornalistas Ricardo Balthazar, da Folha, e Rafael Moro Martins, do The Intercept Brasil aponta que foi política a decisão de Sergio Moro de divulgar a delação do ex-ministro Antonio Palocci seis dias antes do primeiro turno da eleição presidencial do ano passado. 
É o que mostram as  mensagens trocadas na época por procuradores da Operação Lava Jato.  
Os diálogos, obtidos pelo The Intercept Brasil, indicam que Moro tinha dúvidas sobre as provas apresentadas por Palocci, mas decidiu divulgá-las porque considerava que isto dividiria os seguidores do PT.   
"Russo comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a omerta petista", disse o procurador Paulo Roberto Galvão a seus colegas num grupo de mensagens do Telegram em 25 de setembro. 
Russo era o apelido que eles usavam para designar Moro e associavam  os petistas à Omertà, o código de honra dos mafiosos italianos.  
A procuradora Laura Tessler, segundo a reportagem, considerava que era difícil provar a delação de Palocci: "Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele", afirmou.   
As informações constituem mais uma demonstração de que Moro agiu não como juiz, mas politicamente para prejudicar o PT e favorecer Bolsonaro nas eleições presidenciais.


domingo, 28 de julho de 2019

Bolsonaro é xingado e vaiado em jogo do Palmeiras contra Vasco



Nas redes sociais, circulam vários vídeos com vaias e demonstrações de hostilidade contra Jair Bolsonaro, que foi ao Allianz Parque assistir ao jogo do Palmeiras contra Vasco; um dos vídeos mostra a torcida do Vasco vaiando o presidente e dizendo "Ei, Bolsonaro, v** t**** n* c*"; assista
247 - O presidente Jair Bolsonaro voi hostilizado e vaiado neste sábado (27), no Allianz Parque, em São Paulo, durante o jodgo entre Palmeira e Vasco. 
Nas redes sociais, circulam vários vídeos com vaias e demonstrações de hostilidade contra Bolsonaro. Um dos vídeos mostra a torcida do Vasco vaiando o presidente e dizendo "Ei, Bolsonaro, v** t**** n* c*". 
A reação mais intensa a ele veio durante o intervalo. Bolsonaro acompanhou o primeiro tempo ao lado do mandatário do Palmeiras, Maurício Galliote, e alguns membros da diretoria. Quando pisou no gramado para ter contato com torcedores, o presidente foi vaiado principalmente pelos membros das torcidas organizadas. Por causa disso, o reinício da partida sofreu atraso. 
Em campo, o Palmeiras empatou com o Vasco em 1 a 1 e perderá a liderança do Campeonato Brasileiro se o Santos derrotar o Avaí neste domingo (28).
 Assista à vaia a Jair Bolsonaro:


Após abrir 'caixa de Pandora', MBL faz mea culpa: a gente polarizou, e era fácil e gostoso polarizar


Renan Santos (centro), com Kim Kataguiri e Fernando Holiday, do MBL
Preterido por movimentos de extrema-direita – que resultaram na perda de mais de 400 mil seguidores nas redes sociais – depois de servir de massa de manobra para a eleição de Jair Bolsonaro, o Movimento Brasil Livre (MBL) faz mea culpa e admite que errou ao “espetacularizar” a política
Revista Fórum - Preterido por movimentos de extrema-direita – que resultaram na perda de mais de 400 mil seguidores nas redes sociais – depois de servir de massa de manobra para a eleição de Jair Bolsonaro, o Movimento Brasil Livre (MBL) faz mea culpa e admite que errou ao “espetacularizar” a política.
“A gente polarizou, e era fácil e gostoso polarizar. Quando começaram a proliferar as camisetas do Bolsonaro e as pessoas diziam “mito, mito”, a ideia de infalibilidade dele, muito foi porque ajudamos a destampar uma caixa de Pandora de um discurso polarizado”, afirma Renan Santos, coordenador do movimento em entrevista a Carolina Linhares e Fábio Zanini, na edição deste domingo (28) da Folha de S.Paulo. 
Leia mais na Revista Fórum


Manuela alerta para máquina de fakenews: tenho tudo documentado


Neste domingo (28), Manuela D´Ávilla alertou sobre a máquina de fakenews que a persegue e informou que está fora do Brasil desde 23 de junho por conta de um curso cuja matrícula foi feita em 27 de janeiro de 2019; "Tenho tudo documentado"
247 - Neste domingo (28), Manuela D´Ávilla alertou sobre a máquina de fakenews que a persegue e informou que está fora do Brasil desde 23 de junho por conta de um curso cuja matrícula foi feita em 27 de janeiro de 2019; "Tenho tudo documentado, para além de boa memória, meu ascendente em virgem faz com que guarde comprovantes", escreveu.
Manuela também reiterou que seu celular "está à disposição para eventual perícia".
"Qualquer especulação para além desses dois fatos simples e bastante objetivos e diretos não passa de fakenews", escreveu Manuela em resposta a uma publicação do tuiteiro Leandro Ruschel, que neste sábado (27) espalhou que "rumores no meio jurídico dão conta que Manu estaria em busca de asilo político", o que foi rapidamente disseminada nos grupos bolsonaristas.
 


Haddad: fascimo de Bolsonaro precisa ser contido enquanto houver tempo


Fernando Haddad e Jair Bolsonaro.
Repercutindo matéria do Jornal Nacional deste sábado (27), da TV Globo, em que a Abraji e a ABI repudiaram a ameaça de prisão feita por Jair Bolsonaro ao jornalista ⁦Glenn Greenwald, Fernando Haddad disse que "um fascista intelectualmente limitado continua sendo um fascista e precisa ser contido enquanto houver tempo"
247 - Repercutindo matéria do Jornal Nacional deste sábado (27), da TV Globo, em que a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) repudiaram a ameaça de prisão feita por Jair Bolsonaro ao jornalista ⁦do Intercept Brasil Glenn Greenwald, Fernando Haddad foi categórico:
"Um fascista intelectualmente limitado continua sendo um fascista e precisa ser contido enquanto houver tempo. A escalada autoritária dos últimos dias não tem precedente no período democrático e conta com apoio numeroso de zumbis robotizados. A liberdade vai vencer sempre."
Ontem, Jair Bolsonaro afirmou em evento no Rio de Janeiro que o jornalista norte-americano Glenn Greenwald "talvez pegue uma cana aqui no Brasil". 






sábado, 27 de julho de 2019

Junior da Femac inaugura asfalto no Recanto Mundo Novo


Na segunda etapa de obras no bairro foram executados 12.217,99 m² de asfalto, com investimento de R$ 967 mil com recursos próprios do município
(Foto: Profeta)

O prefeito Junior da Femac inaugurou hoje (27) as obras de pavimentação e de drenagem das águas pluviais de ruas do Recanto Mundo Novo. No total estão sendo executados 12.217,99 m² de asfalto, com investimento de R$ 967 mil, com recursos próprios do município.
As obras do asfalto em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e drenagem de águas pluviais beneficiaram as ruas Equador, Costa Rica e México, bem como da Avenida Mato Grosso e final da Avenida Itararé, no Jardim Ponta Grossa. “Moradores esperaram pela benfeitoria por mais de 40 anos e agora recebem um asfalto de qualidade e sem custo”, destacou Junior da Femac, anunciando que a região vai ganhar em breve iluminação nova, uma pista de caminhada à margem da Represa Smith e ainda será beneficiada por um projeto de construção de calçada.
Junior lembrou que “em 2012 muitos moradores caminharam por essas ruas sem asfalto comigo e o Beto Preto. “Essas pessoas colocaram esperança em nós e agora estamos aqui nesse momento emocionante. Por essas ruas vão passar carros, saúde, educação e transporte, dando mais dignidades a seus moradores.”
Os trechos pavimentados no Recanto Mundo Novo são os seguintes: Avenida Mato Grosso, entre a Rua México e Equador, em um total de 4.358,48 m²; Avenida Itararé, entre as ruas Costa Rica e Equador, em um total de 2.029,37 m²; Rua México, entre a Avenida Itararé e Rua Cuba, em um total de 2.748,58; Rua Costa Rica, entre a Avenida Itararé e Rua Cuba, em um total de 1.788,90 m²; e Rua Equador, entre a Avenida Itararé e Rua Cuba, em um total de 1.292,40 m².
Júnior fez um relato das obras executadas pela gestão Beto Preto no setor de pavimentação. “Assumimos a cidade em 2013 com 97 quilômetros de ruas não pavimentados. Seis anos depois, já fizemos 91 quilômetros de asfalto novo e ainda cuidamos do pavimento antigo com tapa-buraco, reperfilamento, lama asfáltica e micropavimento, além de pavimentar inúmeros trechos em paralelepípedo. Estamos a 6  quilômetros de asfaltar Apucarana toda, e é o que vamos fazer. Do asfalto não abro mão porque ele é dignidade”, afirmou o prefeito.
Carmem Josias de Oliveira, moradora há mais de 20 anos na Rua São Vicente, esquina com a Avenida Mato Grosso, diz que o seu maior receio acabou com a chegada do asfalto. “Meu medo era um dia de precisar de um socorro urgente e a ambulância não poder chegar até minha casa por causa das condições das ruas. Era muito buraco que junto com a lama em dia de chuva era impossível passar um carro. A gente sofria muito com poeira e barro, mas agora tudo acabou e nós estamos numa felicidade só”, declarou Carmem.
Para a moradora da Avenida Itararé, 1553, Terezinha dos Santos Souza, a cena, em muitas ocasiões, de vizinhas amanhecendo o dia tirando a água e lama de dentro de casa agora é coisa do passado. “Foram muitos anos de sofrimento, com poeira e lama. Muita gente já se foi sem ver o sonho realizado, como o do meu filho que perdemos há 4 meses. Esperamos longos anos e nada acontecia. Por isso, agradeço ao prefeito que prometeu e cumpriu. Só nós que tivemos que passar por tantas dificuldades sabemos agradecer por esse momento”, disse Terezinha.
Na gestão Beto Preto, o Recanto Mundo Novo já recebeu uma etapa de pavimentação asfáltica. Somando com a obra inaugurada hoje foram investidos no bairro R$ 1,5 milhão de asfalto, custeado com recursos próprios do município.
A inauguração do asfalto no Recanto Mundo Novo foi prestigiada pelo deputado estadual Arilson Chiorato, vereadores e secretários municipais e moradores do bairro.



Prefeitura cede plantadeira de café aos produtores do Pirapó


Equipamento foi adquirido pelo Município e repassado em comodato para a associação dos cafeicultores do distrito
(Foto: Profeta)
Em evento realizado na noite de quinta-feira (25), a Prefeitura de Apucarana entregou para a Associação dos Cafeicultores do Pirapó, em regime de cessão de uso, uma plantadeira de café, com capacidade para plantio de 20 mil mudas/dia. A máquina custou R$48 mil e foi integrada ao patrimônio do Município, sendo repassada em regime de comodato aos produtores.
A reivindicação da associação havia sido apresentada no início do ano, como forma de contribuir na cafeicultura que tem sido prejudicada com a escassez de mão de obra. O evento aconteceu na sede da Associação dos Cafeicultores do Pirapó, e contou com a presença do prefeito Junior da Femac, dos vereadores Francylei de Godoi “Poim” e Mauro Bertoli; e os secretários municipais Láercio de Morais, Ana Paula Nazarko, Sueli de Freitas, Jossuela Pinheiro e Nicolai Cernescu Junior.
Conforme argumentou o prefeito Junior da Femac, o café representa uma parte importante da economia de Apucarana. “O café foi o início de tudo com os pioneiros e faz parte da identidade da nossa Apucarana. É uma honra poder apoiar as famílias dos cafeicultores com este equipamento com capacidade para plantio de até 20 mil mudas de café por dia”, comentou o prefeito, acrescentando ainda que o município tem a melhor terra para café no Brasil e isso tudo justifica esse investimento em favor dos cafeicultores.
Junior da Femac lembrou ainda que o pedido da Associação dos Cafeicultores era para a aquisição de uma máquina de menor porte, ao custo de R$ 20 mil. “Optamos por um equipamento de melhor qualidade e com mais capacidade para atender a demanda dos cafeicultores da região, que planejam renovar seus cafezais e até ampliar a área de plantio”, assinalou.
Segundo o prefeito, a gestão Beto Preto criou a Secretaria da Agricultura e passou a criar políticas públicas em favor do campo. “Assim nasceu o Programa Terra Forte e, da mesma forma, seguimos formando mudas selecionadas e resistentes para os cafeicultores”, destacou Junior, lembrando que hoje temos cafés que saem do Pirapó para a Itália e Austrália.
O presidente da Associação dos Cafeicultores do Pirapó, Mauro Machado, disse que os produtores recebem o plantadeira com muita satisfação e a certeza de que esse implemento será de fundamental importância para alavancar a produção na região. “Vamos aumentar a produção, superando a dificuldade da falta de mão de obra. Estamos muito animados para ampliar a área plantada e investir em cafés de qualidade”, frisou Machado.
A cafeicultora Solange Araujo, que já exporta seu café para a Austrália, disse que o equipamento vai ajudar muito plantio uniforme e garantir mais produtividade. “Com o plantio manual, além da dificuldade de mão de obra, os cafeeiros não saem na mesma linha. Com a plantadeira e a colheitadeira – que já estava à diposição – de café temos perspectivas otimistas para a cafeicultura no Pirapó”, comentou Solange.
O vereador Francylei de Godoi “Poim” disse que se empenhou junto ao prefeito Junior da Femac para atender a reivindicação dos produtores. “A partir de agora, com certeza, a cafeicultura terá uma nova dinâmica em favor dos produtores integrados à Associação dos Cafeicultores do Pirapó”, avaliou Poim.



sexta-feira, 26 de julho de 2019

Apucarana Futsal visita Junior da Femac


Equipe presenteou o prefeito com camiseta e boné, e convidou a população para prestigiar a partida que disputa amanhã em competição estadual 
Apucarana Futsal visita Junior da Femac
(Foto: Profeta)

O prefeito Junior da Femac recebeu hoje a visita do time Apucarana Futsal. Ele recebeu de presente uma camiseta e boné em agradecimento ao apoio que a prefeitura fornece à equipe, como a permissão para utilizar a quadra do Ginásio Lagoão para treinos e jogos, colaborando ainda com a estrutura de transporte, segurança e saúde nos dias de partidas.
Na ocasião, também com a presença da secretária municipal do Esporte, Jossuela Pinheiro, a equipe convidou a população de Apucarana para prestigiar o jogo que será realizado amanhã (27), às 20 horas, no Ginásio Lagoão.
O time do Apucarana Futsal vai enfrentar a equipe de Medianeira em seu segundo jogo e o primeiro em casa da 2ª Fase do Campeonato Paranaense Chave Bronze de Futsal. “Contem com o apoio da prefeitura. Essa equipe valoriza o esporte em Apucarana e divulga o nome de nossa cidade em competições no Estado”, afirmou Junior da Femac.


Projetos de acesso ao Contorno Norte são avaliados pelo DER


Os projetos foram discutidos pelo secretário municipal de Obras, Herivelto Moreno, e pela engenheira civil Mariana Camargo, da gerência técnica do DER.
(Foto: Profeta)
A Prefeitura de Apucarana já encaminhou os projetos de acesso ao Contorno Norte ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A gerência técnica do órgão, localizada em Londrina, vai analisar se as intervenções propostas atendem os padrões exigidos para rodovias. Foram elaborados dois projetos visando melhorar a segurança: um na Rua Koey Tatessuji (junto à Sociedade Rural) e outro na estrada do Barreiro, na ligação com a Rua Antônio José de Oliveira (antigo lixão).
Nesta semana, os projetos foram discutidos pelo secretário municipal de Obras, Herivelto Moreno, e pela engenheira civil Mariana Camargo, da gerência técnica do DER. “A intervenção prevê dispositivos de entrada e de saída, com pistas de aceleração e desaceleração, terceiras faixas e canteiros, além de retornos e sinalização adequada”, informa Herivelto.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, afirma que o Município arcará com os custos de execução das obras. “Os projetos estão agora na fase de análise pela equipe do DER, que vai verificar se estão dentro das normas de segurança estabelecidas pelo órgão. Assim que forem aprovados, passaremos para a segunda etapa que é a licitação da obra”, explica o prefeito.
Os projetos foram elaborados pela Prefeitura, através de um trabalho conjunto entre a Secretaria Municipal de Obras e o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). As intervenções previstas deverão ser executadas em trecho entre 70 e 100 metros nestes dois acessos.
Junior da Femac lembra que atualmente os acessos representam riscos aos motoristas. “Recentemente foram registrados acidentes com mortes, por exemplo, no acesso através da Rua Koey Tatessuji, nas proximidades da Sociedade Rural. São dois cruzamentos perigosos, próximos de curvas e trechos de subida e de declive. São locais movimentados onde, inclusive, passam linhas do transporte escolar”, assinala Junior da Femac.
O prefeito afirma ainda que o Contorno Norte de Apucarana foi construído há décadas e que a cidade vem crescendo  nesta direção. “Apucarana passou a ter 84 mil veículos circulando e surgiram novas conexões urbanas com a denominada Rodovia Michel Soni (PR-170), que faz a interligação entre as BRs 376 e 369”, argumenta o prefeito, acrescentando que os dois acessos constituem atualmente os principais pontos de conflito ao longo dos 12 quilômetros de extensão do contorno.


Apucarana lança o programa “Viver 80”


Prefeitura começa formatar ações para valorizar a terceira idade de forma mais abrangente na cidade 
(Foto: Edson Denobi)

A partir de uma conversa mantida com o cônsul do Japão para o Paraná e Santa Catarina, Hajime Kimura, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, decidiu criar em Apucarana um programa para contemplar e valorizar os idosos em todos os aspectos. É o “Viver 80”, que começa a ser estruturado pela Secretaria Municipal da Mulher e Assuntos da Família.
O prefeito lembra que, no mês de junho, ao visitar Apucarana na entrega de uma van adaptada para transporte de idosos de baixa mobilidade – beneficiando o Lar São Vicente de Paulo -, o cônsul falou sobre programas que estão sendo desenvolvidos no Japão, para garantir melhor qualidade de vida aos idosos.
Conforme relatou Hajime Kimura na ocasião, o Japão é o país com a maior proporção de idosos do mundo, onde 26% da população tem 65 anos ou mais. Segundo ele, as autoridades japonesas estimam que praticamente um terço da população japonesa será idosa em 2030. Atualmente, o país oriental já concentra quase 70 mil cidadãos na casa dos 100 anos de idade.
Mas o Japão também é um dos países em que a terceira idade desfruta de melhor qualidade de vida, com muitos programas e ações que asseguram diversas atividades esportivas, culturais e ocupacionais, além de medidas pontuais para garantir mais segurança aos idosos. “Estamos nos espelhando nesse exemplo do Japão, para começar a adotar em Apucarana uma série de ações voltadas para um melhor acolhimento dos idosos. Nós queremos adequar a cidade em todos os aspectos, para favorecer os cidadãos da terceira idade”, comenta Junior da Femac.
O programa foi anunciado ontem, na véspera do dia 26 de julho, em que é comemorado o “Dia dos Avós”. O prefeito Junior da Femac reuniu seu secretariado para que sejam implementadas políticas públicas transversais, em favor dos idosos. “Na nossa região a média de vida é de 77 anos e com o Viver 80 queremos criar uma cidade mais agradável para quem está chegando na faixa dos 70 anos”, argumenta o prefeito.
ATIVIDADES – Segundo ele, a prefeitura já mantém uma série de programas e ações que contemplam os idosos, mas, a partir de agora, serão reforçadas e ampliadas. “Hoje já oferecemos hidroginástica, natação, academias ao ar livre, passeios (tour city), bailes da terceira idade, grupos do Programa Conviver, o Centro Dia (creche dos idosos), o Centro de Convivência do Idoso e o Miss Terceira Idade”, lembra Junior, assinalando que “o foco é garantir mais qualidade de vida aos idosos, para que possam viver com independência e não se sintam excluídos”.
Apucarana, na gestão Beto Preto já construiu mais de 200 km de calçadas e implantou 1.300 rampas de acessibilidade. Mas com o Viver 80, o objetivo é ir mais além. “Podemos criar mecanismos para que os loteamentos sejam autorizados já com calçadas e rampas de acessibilidade, e exigir que os proprietários de imóveis executem calçadas aonde elas ainda não existem”, comentou Junior.
Na área de saúde, o programa deve disponibilizar mais profissionais de geriatria, de fisioterapia e educadores físicos. Na educação existe sugestão para integrar os avós em atividades com seus netos nas escolas municipais. A oferta de cursos de cuidadores de idosos também será estimulada.
A Secretaria da Mulher e dos Assuntos da Família está encarregada de formatar o programa até o mês de outubro, acolhendo sugestões de atividades ou estruturas para valorizar os idosos. “Vamos ouvir o Conselho Municipal do Idoso, Sesc, Sesi, Senas, entidades sociais, clubes de serviço e, enfim, todos que possam contribuir na construção deste programa”, anuncia a secretária da mulher, Denise Canesin.
A discussão que marcou ontem o lançamento do programa “Viver 80” teve a participação de todo o secretariado, no gabinete municipal. “Vamos dar mais atenção e carinho aos nossos idosos, seguindo o exemplo de países mais desenvolvidos, como forma de que estas pessoas vivam mais e se sintam valorizadas na sociedade”, frisa o prefeito Junior da Femac.


“O mais bombástico ainda será publicado”, diz Greenwald

Glenn Greenwald (foto: Evaristo Sá/AFP)


As notícias sobre as prisões dos hackers paulistas chegavam a todo instante nas telas dos computadores e celulares, na tarde dessa quinta-feira (25/07/2019), quando o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, recebeu o Metrópoles em sua casa, no Rio de Janeiro, para uma entrevista. Cauteloso, mas sereno, ele falou sobre os últimos fatos relacionados ao vazamento de conversas entre procuradores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro. Também fez previsões.
“Os materiais mais bombásticos e importantes ainda não foram publicados, mas logo serão”, afirmou o jornalista, nascido nos Estados Unidos e há 14 anos residente no Brasil. Desde a segunda semana de junho, Greenwald vive, pela segunda vez, a experiência de se expor em público por divulgar arquivos de grande repercussão pública.(…)
Desde o início da divulgação dos diálogos, Greenwald se defronta com Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Na opinião do jornalista, o ex-juiz da Lava Jato ultrapassou os limites da lei por ter trabalhado sem transparência. “Qualquer pessoa que pode usar o poder nas sombras, sem transparência na investigação, vai ser corrupto. É da natureza humana”, afirma.(…)
No caso do material de agora, que você destacou ser um acervo muito grande, você tem uma ideia se o mais importante já saiu ou ainda tem muita coisa importante?

Eu tenho certeza, porque eu conheço o material que estamos trabalhando, que os materiais mais bombásticos e importantes ainda não foram publicados, mas serão em breve. Tem muitas revelações graves. Essas seis semanas que começamos a publicar foram muito pouco tempo para um acervo deste tamanho. Então, com certeza, vai ter muito mais revelações graves no futuro.

Fonte: DCM


Deltan vendeu palestra para empresa delatada na Lava Jato, que foi blindada


Surge mais um exemplo de má conduta do procurador Deltan Dallagnol, que fez o power-point que condenou sem provas o ex-presidente Lula e o retirou da disputa presidencial de 2018. Em 2016, ele recebeu R$ 33 mil uma palestra da empresa de informática Neoway, que foi delatada por um lobista na Lava Jato. Em vez de ser punida, a empresa ofereceu tecnologia à força-tarefa. É este o novo capítulo da Vaza Jato
247 – Acaba de ser revelado mais um capítulo da Vaza Jato, Em parceria com o Intercept, a Folha de S. Paulo revela nesta sexta-feira que o procurador Deltan Dallagnol recebeu R$ 33 mil de uma empresa delatada na Lava Jato, a Neoway, que presta serviços de informática. "O procurador da República Deltan Dallagnol fez uma palestra remunerada no valor de R$ 33 mil para uma empresa que havia sido citada em um acordo de delação em caso de corrupção na própria força-tarefa da Lava Jato, mostram mensagens e documentos obtidos pelo The Intercept Brasil e analisados em conjunto com a Folha", diz a reportagem de Flávio Ferreira, Amanda Audi e Leandro Demori.
"Além de participar do evento remunerado da companhia, em março de 2018, Deltan aproximou membros da Procuradoria e representantes da Neoway com o objetivo de viabilizar o uso de produtos dela em um trabalho da força-tarefa, da qual é coordenador em Curitiba", aponta ainda a reportagem.
“Olhem que legal. Sexta vou dar palestra para a Neoway, do Jaime de Paula. Vejam a história dele: [link para texto sobre Jaime de Paula]. A neoway é empresa de soluções de big data que atende 500 grandes empresas, incluindo grandes bancos etc”, disse Deltan à época.
O procurador da República Júlio Noronha, também integrante da Lava Jato, sugeriu então que Deltan procurasse marcar uma reunião com o presidente executivo da Neoway para tratar da obtenção de produtos para um projeto da Procuradoria denominado LINA (Laboratório de Investigação Anticorrupção).
”Top Delta!!! De repente, se conseguir um espaço para conversarmos com ele e tentarmos algo para trazer uma solução para agregar ao LINA, seria massa tb!”, disse Noronha.
Deltan concordou e afirmou que iria procurar agradar o empresário. “Exatamente. Isso em que estava no meu plano. Vou até citar ele na palestra pra ver se sensibilizo kkkk”.
Leia aqui a íntegra da reportagem: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/07/deltan-foi-pago-por-palestra-em-empresa-citada-na-lava-jato.shtml


Em sete meses, Bolsonaro faz o Brasil voltar aos debates pré-Constituição de 1988


Pesquisadores alertam para início de um ataque sistemático do governo às garantias conquistadas após a ditadura militar
Brasil de Fato - Nos primeiros sete meses do governo de Jair Bolsonaro (PSL), 40 ex-ministros se uniram em manifestos, cartas abertas e notas de repúdio contra políticas, medidas e posturas da atual gestão federal. O ponto de convergência entre eles: a defesa da Constituição Federal de 1988.
Para compreender até que ponto o capitão reformado e sua equipe representam um rompimento e uma ameaça aos princípios expressos na carta Magna, o Brasil de Fato ouviu dois especialistas no tema: o historiador Cleonildo Cruz, da Universidad Nacional Tres de Febrero, da Argentina, Ursula Dias Peres, especialista em políticas públicas e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP).
“O que está acontecendo é uma quebra de paradigma muito forte”, sintetiza Peres, coordenadora do curso de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.
Na interpretação dela, os protagonistas da disputa política no Brasil das últimas décadas, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido dos Trabalhadores (PT), se bem não concordavam em todas as propostas, tinham uma base muito forte no regramento constitucional de 88, o que resultou em um cenário de fortalecimento das políticas públicas.
Por outro lado, a atual combinação de desinvestimento, recusa à universalização e rejeição às evidências científicas, segundo Peres, coloca o país em risco de limitar-se novamente à condição de subdesenvolvido em termos econômicos, sociais e tecnológicos.
Sobre as políticas preferenciais do governo Bolsonaro, Peres identifica no estímulo ao armamentismo e à defesa por conta própria uma demonstração de enfraquecimento das instituições ligadas à justiça e à segurança, com individualização das políticas.
“É o contrário do que a gente acredita. Elas devem ser coletivas e, se possível, universais”, contrapõe.
Para ela, a Emenda Constitucional 95 – do teto de gastos –, ainda no governo de Michel Temer (MDB), foi uma "semente de desregulamentação do Estado”. O governo Bolsonaro tornou o desmonte sistemática.
Constituição traída
“Nunca houve, desde o processo de redemocratização, um encontro de ex-ministros para tratar de temas tão cruciais”, observa o historiador Cleonildo Cruz, sobre as recentes manifestações conjuntas de políticos de diferentes orientações políticas que comandaram ministérios no passado – todas em repúdio a iniciativas do atual governo.
“Até a Constituinte tínhamos um regime ditatorial civil, militar e empresarial que tutelou todas as políticas públicas”, rememora, pontuando que, na volta do governo aos civis, a Constituição foi “basilar” para formular as novas políticas. “Depois delas tivemos a efetivação de políticas protetivas, de consolidação da dignidade humana. E hoje a gente vê o desmonte completo delas”, assinala.
Ele lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente foi sancionado em 1990, o Estatuto do Idoso, em 2003, e o da Igualdade Racial, em 2010. “Agora, com o governo de extrema direita, temos a terra arrasada de todas essas políticas. Nossa Constituição tem sido rasgada, desmantelada”, afirma.
Cruz localiza a origem do processo que o país vive muito antes do golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT) e alçou Temer à Presidência, em 2016: “A raiz já vem desde o regime militar. Foi fruto dessa Lei de Anistia que não puniu os agentes da ditadura. Os agentes do Estado que agiram criminalmente ficaram incólumes, sem ser responsabilizados civil e criminalmente”.
Segundo o entrevistado – que também dirigiu documentários sobre o período militar, a anistia e a elaboração constitucional –, o país precisará varrer essa ambiguidade para consolidar sua democracia.
Reforma tributária e disposição ao debate
Os entrevistados pelo Brasil de Fato também fizeram projeções e propostas para o próximo período.
Ursula Dias Peres defende que, ao lado da preservação de direitos, a esquerda e as forças progressistas reúnam-se para pressionar por uma reforma tributária. Segundo ela, sem isso, não será possível pautar a defesa das garantias constitucionais.
“Temos uma taxação baixa sobre a renda, baixíssima sobre patrimônio e muito desestruturada sobre o consumo e a produção – às vezes, bitributada. Quanto mais pobre, maior a carga tributária”, questiona.
Para Cleonildo Cruz, é preciso “furar a bolha”, debater com as pessoas que não pensam parecido. Nesse sentido, ele elogia a iniciativa do site The Intercept Brasil de compartilhar as revelações da Vaza Jato com veículos que atingem outros públicos, a exemplo da Folha de S. Paulo e da Veja.
“É preciso ocupar os espaços e ocupar as ruas. Não à conciliação, sim à radicalidade democrática”, propõe.