Conjunto de ações públicas na Praça
Rui Barbosa mostrou realidade de violências cometidas contra a mulher e modos
de combatê-las
(Foto: Edson Denobi) |
Vinte cruzes foram colocadas na praça,
expressando o desejo das mulheres por paz, dignidade, respeito e outras
palavras de ordem. Atrás das cruzes, histórias de feminicídios ocorridos na
cidade, para que as pessoas pudessem conhecer crimes ocorridos contra mulheres
da cidade. Além disso, foram distribuídos panfletos, carros receberam adesivos
e um banner foi estendido. A secretaria da Mulher também armou uma barraca para
o esclarecimento de dúvidas e orientação dos populares.
O prefeito Júnior da Femac destacou que os
dados de violência contra a mulher são alarmantes e crescentes, e que a cidade
não aceita isso. “A gestão Beto Preto estruturou a secretaria da Mulher e vem
dando todo apoio ao fortalecimento das políticas públicas em favor da população
feminina. Temos uma equipe multidisciplinar para o enfrentamento de casos de
violência contra as mulheres”, frisou o prefeito.
A secretária da Mulher, Denise Canesin,
lembrou que o ato acontecia simultaneamente em outras cidades do Estado do
Paraná em que há organismos de políticas públicas para mulheres, como
Guarapuava, Maringá, Londrina, Toledo, Campina Grande do Sul, Curitiba e
Mangueirinha. “Precisamos nos unir e entender que pequenos atos de violência
doméstica podem se transformar num ato de atrocidade que é o feminicídio. Em
Apucarana, a gestão Beto Preto, agora com o prefeito Júnior da Femac,
disponibiliza o acolhimento, atendimento e encaminhamento efetivo e eficaz das
mulheres em situação de violência aos órgãos competentes”, falou. Ela lembrou
ainda que Apucarana foi a segunda cidade do Estado a implantar o botão do
pânico e é a cidade líder em distribuição do dispositivo de segurança.
A delegada da Mulher, Sandra Nepomuceno,
ratificou a crescente onda de violência contra as mulheres. “Só neste ano
tivemos em Apucarana quatro tentativas de feminicídio, contra apenas uma no
mesmo período do ano passado e, por isso mesmo, precisamos alertar as mulheres
para que nos procurem e tenham amparo na situação que estão passando”, disse.
Para a representante da Mulher Advogada da OAB Apucarana, Emily Tosatti, o ato
público foi de extrema validade e grandiosidade. “Esse é um problema que
precisa ser falado e discutido, para que as pessoas sejam conscientizadas”,
concluiu.