terça-feira, 16 de julho de 2019

Blogueira comete suicídio após ser abandonada no altar


Alguns famosos e influenciadores digital decidiram comentar o caso que vem repercutindo nas redes sociais

Blogueira comete suicídio após ser abandonada no altar
Reprodução / Instagram

Neste domingo (14), a blogueira e influenciadora digital Alinne Araújo, de 24 anos, decidiu se casar sozinha após ter sido abandonada no altar pelo noivo Orlando Costa, de 30 anos. Nas redes sociais, a jovem decidiu compartilhar os vídeos de sua cerimônia solitária e o caso repercutiu na web. No entanto, instantes depois, ela acabou cometendo suicídio.
Alinne teria se jogado do nono andar do prédio onde morava na Avenida Salvador Allende, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada por familiares da jovem.
No perfil do Instagram, milhares de internautas comentaram o caso e, inclusive, alguns famosos pediram para não propagarem discursos de ódio, uma vez que Alinne estava enfrentando um quadro depressivo.
"Estou em choque. Mataram ela. Esses comentários mataram ela. O nível de crueldade foi sem medida. Foi tão grande que causaram a morte dela... Ódio não é opinião. Ódio mata. Meus mais sinceros pêsames aos familiares", escreveu Alexandra Gurgel.
O apresentador Luiz Bacci Também comentou: "Um monte de comentário de ódio e raiva postado até a notícia da morte agora foi apagado. Que Deus tenha piedade de cada um que atirou pedra nessa menina. Triste. É o dia em que testemunhamos como a internet ajudou uma menina a se matar. Se não tem o que acrescentar: se cale. Tadinha da moça. Não merecia isso.", desabafou.
O ex-noivo, Orlando Costa, não comentou o caso, apenas disse: "Não existo mais, estou acabado".
Fonte: Notícias ao Minuto

Painel no Lago Jaboti vira ponto turístico


Muitas pessoas estão interagindo com o letreiro “eu amo Apucarana” 
(Foto: Profeta)
Apucarana acaba de ganhar um painel turístico, junto à barragem do Lago jaboti. O letreiro “Eu amo Apucarana” já virou atração no local, com um expressivo número de pessoas se revezando para fotos e filmagens.
A peça foi montada sobre uma base de concreto e à noite ganha o colorido de luzes nas cores da bandeira de Apucarana. O painel é comemorativo aos 75 anos de Apucarana e mexe com o amor dos apucaranenses pela sua cidade. As letras em material metálico, com 40 centímetros de espessura, estão fixadas sobre o piso de concreto, com 2,5 metros de altura por 9 metros de comprimento.
O prefeito Junior da Femac diz que Apucarana está enraizada sobre uma serra, a quase mil metros de altitude, com um clima mais frio – em relação a Londrina e Maringá – e concentrando ainda dezenas de nascentes que compõem as bacias dos rios Ivaí, Pirapó e Tibagi. “A cidade tem as suas peculiaridades e nos seus 75 anos estamos reforçando os atrativos para receber mais visitantes”, argumenta Junior.
Conforme assinala ainda o prefeito, o novo painel se insere neste contexto de atrair mais visitantes e gerar mais consumo. “Ele também serve para que as pessoas possam manifestar seu amor por Apucarana, fotografando e filmando, com a bela paisagem do lago e a vista panorâmica da cidade ao fundo”, conclui.


Deltan cobrou jabá para a família no Beach Park e comemorou com Moro não ser investigado


O procurador Deltan Dallagnol pediu passagem e hospedagem no parque aquático Beach Park para ele, a mulher e os dois filhos como condição para dar palestra na Federação das Indústrias do Ceará; outro detalhe é que, na conversa com Sérgio Moro, Dallagnol festejou o fato de não ter sofrido punição de órgãos de fiscalização por dar palestras
247 - O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol pediu passagem e hospedagem no parque aquático Beach Park para ele, a mulher e os dois filhos como condição para dar palestra sobre combate à corrupção na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em julho de 2017. E cobrou cachê.
“Posso pegar [a data de] 20/7 e condicionar ao pagamento de hotel e de passagens pra todos nós”, disse o procurador à esposa dele. O teor dos diálogos foi obtido pelo site The Intercept Brasil em parceria com o jornal Folha de S.Paulo e publicado pela coluna de Mônica Bergamo. 
Um mês depois, o procurador fez propaganda da Fiec para convencer o então juiz Sérgio Moro a aceitar um convite da entidade. “Eu pedi pra pagarem passagens pra mim e família e estadia no Beach Park. As crianças adoraram”, disse Dallagnol. “Além disso, eles pagaram um valor significativo, perto de uns 30k [R$ 30 mil]. Fica para você avaliar.”
Outro detalhe é que, na conversa com Moro, Dallagnol festejou o fato de não ter sofrido punição de órgãos de fiscalização por dar palestras. “Não sei se você viu, mas as duas corregedorias —[do] MPF [Ministério Público Federal] e [do] CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público]— arquivaram os questionamentos sobre minhas palestras dizendo que são plenamente regulares”, disse.


Coordenador da Lava Jato se demite e amplia crise na PGR


O coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava-Jato na PGR, José Alfredo de Paula , pediu exoneração do cargo e deixou a função na última sexta-feira, a dois meses do fim da atual gestão da procuradora-geral, Raquel Dodge
247 – "Em mais um capítulo na sucessão da Procuradoria-Geral da República ( PGR ), o coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava-Jato na PGR, José Alfredo de Paula , pediu exoneração do cargo e deixou a função na última sexta-feira, a dois meses do fim da atual gestão da procuradora-geral,Raquel Dodge", aponta reportagem de Aguirre Talento, no jornal O Globo.
"Sua saída amplia o desgaste interno de Dodge e representa a perda de um dos postos mais importantes da sua gestão, em um momento no qual ela se articula por uma recondução ao cargo por fora da lista tríplice. O procurador José Alfredo havia sinalizado antes que ficaria no cargo até setembro, quando termina a atual gestão, mas acabou antecipando sua saída oficialmente por motivos pessoais."

Desmoralizado, Deltan perde a primeira palestra


O “Meeting de Empreendedorismo de Curitiba”, evento de palestras que deverá ocorrer na capital do Paraná em outubro, retirou do ar a página que previa uma palestra do procurador Deltan Dallagnol
Do DCM – A imagem acima é de uma página em uma rede social do chamado “Meeting de Empreendedorismo de Curitiba”. Trata-se de um evento de palestras que deverá ocorrer na capital do Paraná em outubro deste ano. É uma espécie de encontro de autoajuda profissional, para quem quer ganhar bastante dinheiro e quer ser muito bem sucedido.
Como se nota na imagem acima, o procurador Deltan Dallagnol era uma das presenças confirmadas. Quem quisesse assisti-lo falando sobre como se dar bem na vida corporativa, bastava pagar módicas parcelas em 12 vezes sem juros, não se esquecendo do “desconto corporativo” para as empresas que quisessem inscrever seus funcionários como parte de programas de treinamento.
Agora, já não se sabe mais se Dallagnol efetivamente irá palestrar no evento acima. Isso porque a empresa responsável, que mantém uma página no Facebook onde foram publicadas as imagens acima, retirou-as do ar. 


Acuado, Moro usa Twitter para dizer que a Vaza Jato faz campanha "a favor da corrupção"


Sergio Moro
Cada vez mais acuado pela divulgação das mensagens trocadas entre membros da Java Jato que revelam o conluio existente na operação, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, usou o Twitter para afirmar que os vazamentos divulgados pelo site The Intercept fazem parte de uma campanha “a favor da corrupção”; "Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza”, minimizou
247 - Cada vez mais acuado pela divulgação das mensagens trocadas entre membros da Java Jato que revelam o conluio existente na operação, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, usou o Twitter para afirmar que os vazamentos divulgados pelo site The Intercept fazem parte de uma campanha “a favor da corrupção”. 
“Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a LavaJato e a favor da corrupção está beirando o ridículo. Continuem, mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houveralgo sério e autêntico, publiquem por gentileza”, postou Moro. ~
A postagem vem na esteira das últimas revelações feitas pelo The Intercept em parceria com outros veículos de comunicação. Se anteriormente as transcrições das mensagens apontavam para a manipulação e direcionamento dos processos da Lava Jato, agora foi revelado que o procurador e coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, procurou lucrar com palestras e publicações sobre o assunto, além de ter pedido que Moro autorizasse o uso recursos públicos  para produzir um comercial favorável à Lava Jato (Leia no Brasil 247). 
Confira o Twitter de Sérgio Moro sobre o assunto. 
 


Em novos diálogos, Dallagnol pede verba oficial a Moro para pagar campanha contra corrupção

Moro e Dallagnol (atrás à direita): então juiz teria concordado com uso de recursos da Justiça Federal para custear produção de vídeo
Moro e Dallagnol (atrás à direita): então juiz teria concordado com uso de recursos da Justiça Federal para custear produção de vídeo (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Novos diálogos divulgados hoje apontam que o coordenador da operação Lava Jato no Paraná, procurador Deltan Dallagnol, teria pedido ao então juiz Sergio Moro, recursos da 13ª Vara Federal de Curitiba para pagar a produção de uma campanha publicitária das “Dez medidas contra a corrupção”, propostas pelo Ministério Público Federal. De acordo com as mensagens, divulgadas pelo blog do jornalista Reinaldo Azevedo, em parceira com o site The Intercept Brasil, em 16 de janeiro de 2016, Dallagnol perguntou a Moro se seria possível usar dinheiro destinado às atividades da Justiça Federal no Paraná para pagar uma produtora de vídeo responsável pela campanha.
“Vc acha que seria possível a destinação de valores da Vara, daqueles mais antigos, se estiverem disponíveis, para um vídeo contra a corrupção, pelas 10 medidas, que será veiculado na globo?? A produtora está cobrando apenas custos de terceiros, o que daria uns 38 mil. Se achar ruim em algum aspecto, há alternativas que estamos avaliando, como crowdfunding e cotização entre as pessoas envolvidas na campanha”, teria perguntado o procurador.
Moro teria respondido no dia seguinte: “Se for so uns 38 mil achi [quis escrever "acho"] que é possível. Deixe ver na terça e te respondo”.
Os diálogos integram arquivos — mensagens de texto, gravações em áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros itens — enviados por uma fonte anônima ao site The Intercept Brasil. Eles vêm sendo publicados pelo próprio site, pelo jornal Folha de São Paulo, Veja e pela Band News. Moro e os procuradores dizem não reconhecer como autêntico o material, alegando que ele foi obtido de forma ilegal.
O jornalista Reinaldo Azevedo destaca que Justiça Federal não dispõe de recursos para campanhas publicitárias. As verbas são destinadas pelo Conselho da Justiça Federal, subordinado ao Superior Tribunal de Justiça que distribui os recursos aos cinco Tribunais Regionais Federais, e cada um deles, às respectivas varas federais, mas não há previsão de verba para gastos com publicidade. O dinheiro a que Dallagnol se refere na conversa com Moro teria que teria de sair do caixa para despesas correntes, e ou de depósitos judiciais ou multas decorrentes das sentenças aplicadas pelo juiz.
Em nota a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba reafirmou que "não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes nas últimas semanas". Segundo os procuradores, "mais uma vez, é divulgado como verdadeiro fato que jamais ocorreu. Nunca houve qualquer tipo de direcionamento de recursos da 13ª Vara Federal para campanha publicitária ou qualquer ato relacionado às 10 medidas contra a corrupção".
Fonte: Bem Paraná


Ex-diretor da Odebrecht diz ter sido coagido pelo MP a construir relato no caso do sítio de Atibaia


Mais uma denúncia bombástica atinge a Lava Jato. Em depoimento ao Tribunal de Justiça de São Paulo, o executivo Carlos Armando Paschoal diz ter sido coagido pelo Ministério Público a construir um relato sobre o sítio de Atibaia (SP), que rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado no Brasil
247 – O ex-diretor-superintendente da Odebrecht Carlos Armando Paschoal disse à Justiça de São Paulo que foi "quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido" e que teve que "construir um relato" no caso do sítio de Atibaia, aponta reportagem do jornalista Nathan Lopes, no Uol. O caso do sítio rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado
Paschoal prestou depoimento no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) no último dia 3 de julho como testemunha. "No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato", disse ele. Ao explicar o que seria "construir um relato", Paschoal disse que seria apontar algo como "olha, aconteceu isso, isso, isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras". Paschoal não explicou exatamente como teria sido a coação do MP nem deu mais detalhes sobre se o que teria sido "construído" em seu depoimento.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Economia Solidária de Apucarana capacita turma em Cambira


Referência regional, projeto coopera com município vizinho auxiliando na primeira formação de empreendedoras econômico-solidárias
O Projeto de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf), pela primeira vez atuou em cooperação com um município vizinho, auxiliando no curso de 20 horas/aula de capacitação de 54 empreendedoras econômico-solidárias, que terminou na última sexta-feira (12/7).  A superintendente da Semaf, Bete Berton, ministrou o curso, levando a experiência adquirida em cinco anos do programa, que em Apucarana já capacitou 859 mulheres.
A cerimônia de conclusão do curso e entrega dos certificados teve a presença do prefeito de Cambira, Emerson Toledo, da secretária de Assistência Social e primeira dama do município, Vanessa Marques da Silva, da coordenadora do projeto de Economia Solidária de Cambira Valdinéia Avincola, da secretária da Mulher e Assuntos da Família de Apucarana, Denise Canesin, e foi realizada no Centro do Idoso de Cambira.
As formandas estavam muito animadas com a perspectiva que o curso inaugurou para elas. Antonia Domingos, por exemplo, disse que imaginava que as aulas seriam “chatas”, mas que foi ao primeiro dia para, pelo menos, tentar. “Mas adorei e acabei vindo todos os dias, fiz novas amizades, e acho que o trabalho vai ser muito bacana”, afirmou.
Joyce Bortolotti, que trabalha com artesanato, falou que o curso foi “muito maravilhoso” e que não esperava que fosse tão gratificante. Para ela, as aulas ensinaram “diferentes maneiras e formas de trabalhar e progredir.” Maria Glória de Lima Freitas também afirmou ter aprendido muito e ter gostado do curso, que considerou excelente.
O prefeito de Cambira, Emerson Toledo, destacou que a maior obra, hoje, não está em nenhuma construção. “O que precisamos é de investimentos em pessoas. Na partilha, na convivência. E é isso que a economia solidária nos traz”, disse.  A secretária de Assistência Social , Vanessa Marques, falou que acredita que as mulheres que começaram no projeto têm condições de tornar possíveis muitos de seus sonhos.
Inspiração  A superintendente da Semaf, Bete Berton, ficou muito satisfeita com o resultado da capacitação. Aplaudida de pé pelas concluintes do curso, elogiada por todos, Bete Berton disse reconhecer nas formandas muita determinação e espírito cooperativo. “Ficamos muito felizes em ver que nossa iniciativa vem atingindo os objetivos a que se propõe e que nosso projeto pode ser replicado”, disse.
“Servir de inspiração é motivo de grande orgulho para nós”, falou a secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin. Ela salientou também que a Rede de Mulheres Solidárias ganhou um espaço de exposição na próxima Expocam, a ser realizada entre 15 e 18 de agosto.


JEP’S: Natação define primeiros medalhistas


Envolvendo atletas de 12 a 14 anos, as provas aconteceram na piscina do Complexo Esportivo José Antonio Basso (Lagoão)
(Foto: Profeta)
Sábado foi o primeiro dia de provas da fase final dos 66º Jogos Escolares do Paraná (JEP’S). As disputas de natação, que prosseguiram no domingo, já renderam medalhas. Envolvendo atletas de 12 a 14 anos, as provas aconteceram na piscina do Complexo Esportivo José Antonio Basso (Lagoão). No final da tarde de sábado, o prefeito Junior da Femac participou da solenidade de premiação.
MODALIDADES COLETIVAS – Nesta segunda-feira, começaram as modalidades coletivas, com jogos de basquetebol, futsal, handebol e vôlei pelos naipes masculino e feminino. As disputas vão acontecer nos ginásios do Lagoão, Colégio São José, Sesc, Sesi, Mater Dei, Platão, Colégio Nossa Senhora da Glória e Colégio Antônio dos Três Reis de Oliveira.
As equipes de Apucarana vão estrear amanhã nas modalidades coletivas. Pelo basquete feminino, às 14h30, o Colégio São José joga contra o Colégio Clotário Portugal, de Campo Largo. Em seguida, às 15h30, no masculino, duelam o Colégio São José e Hercílio Camargo, de Palmas. Os dois jogos acontecerão no Ginásio Padre Mário Tésio, localizado no Colégio São José.


Vazamentos da Lava Jato são provas da parcialidade de Moro, diz presidenta da Fenaj


Maria José Braga analisa a relevância das denúncias contra Moro e a Lava Jato e defende trabalho do The Intercept Brasil
Braga comentou o cenário de perseguição e intimidação à imprensa no Brasil - Créditos: Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
Braga comentou o cenário de perseguição e intimidação à imprensa no Brasil / Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

"Se essas provas não servem para a Justiça, para o jornalismo e para a sociedade elas servem". A afirmação de Maria José Braga, presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), deixa evidente sua posição sobre os vazamentos de conversas entre juízes e procuradores da Lava Jato, revelados pelo site The Intercept Brasil.
Gleen Greenwald e sua equipe, segundo ela, não cometeram nenhuma irregularidade até o momento. Pelo contrário, estão prestando um serviço valioso ao interesse público, ajudando a comprovar o que antes era apenas uma "dedução analítica": a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro e da Lava Jato.
Suplente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, Braga conversou com o Brasil de Fato sobre as ameaças e tentativas de intimidação dos jornalistas do The Intercept Brasil. Além de ressaltar a importância de se preservar o sigilo da fonte – direito garantido pela Constituição –, a presidenta da Fenaj chamou a atenção para a relevância das violações cometidas pela Lava Jato.
Confira os melhores momentos da entrevista:
Brasil de Fato: A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania recebeu o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, para falar sobre os vazamentos de conversas do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Esse caso suscitou muitos questionamentos sobre a forma de obtenção das mensagens. Como você se posiciona em relação a essa polêmica?
Maria José Braga: A sociedade precisa compreender que o jornalismo tem, além da sua base teórica, do seu conhecimento técnico e comprometimento ético, os seus próprios métodos. E a investigação jornalística, obviamente, é diferente de uma investigação policial, judicial ou de outro profissional de qualquer área. O que o jornalista faz é, essencialmente, trabalhar com fontes. 
No caso do Intercept, Glenn e a equipe tiveramPara o jornalismo, é isso que interessa. Se para a Justiça, a obtenção de uma informação de forma ilegal não serve para os autos, para o jornalismo e para a sociedade como um todo, essas provas são válidas.  a sorte de contar com uma fonte que tinha um vasto material, que comprovava o que vastos segmentos da sociedade já alertavam desde o início da operação Lava Jato. 
Se nós pegarmos a história da Lava Jato, vários juristas, vários advogados, jornalistas, analistas sociais, todo mundo que estava acompanhando de perto a questão já apontava que havia uma parcialidade do juiz Sérgio Moro, e que o Ministério Público estava atuando muito em consonância com o Judiciário.
O que era uma dedução analítica, agora se constituiu em provas documentais. Se elas não servem para a Justiça, é uma questão, mas para o jornalismo elas servem. Está claro que houve troca de mensagens entre um membro do MP e um juiz, que deveriam atuar cada um na sua área, de forma independente, sem contaminação das partes. 
Para o jornalismo, é isso que interessa. Se para a Justiça, a obtenção de uma informação de forma ilegal não serve para os autos, para o jornalismo e para a sociedade como um todo, essas provas são válidas. 
Está na Constituição Brasileira a garantia do sigilo de fonte. O jornalista não precisa explicar como obtém as informações, e nem mesmo dizer se a obtenção é legal ou não: ele tem a prerrogativa de resguardar a sua fonte. E o sigilo da fonte é um dos princípios básicos do jornalismo, porque a fonte pode trazer informações relevantes, de interesse público, e às vezes até informações que contrariam poderosos, pessoas que detêm cargos, e precisa se resguardar. Se não, quem faria esse tipo de denúncia, colocando a si e a sua família em risco?
Levantou-se a possibilidade de que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) passaria a investigar as atividades financeiras do Glenn Greenwald após a publicação dos vazamentos. Como a Fenaj enxerga as intimidações aos jornalistas que trabalham com temas delicados como esse?
Infelizmente, as agressões a jornalistas têm sido frequentes. O caso do Gleen Greenwald vem comprovar que há atores que não respeitam as regras democráticas. Tem gente que acha que, se o seu interesse pessoal foi contrariado, pode usar da violência.  
Todo mundo que parte para a violência contra o jornalista é porque teve o seu interesse pessoal contrariado. E o jornalismo trabalha essencialmente com interesse público. Nossa obrigação é trazer a luz os fatos que colaboram com o interesse da sociedade, expondo procedimentos inadequados ou até ilegais de determinados atores.
A Fenaj e os sindicatos de jornalistas fazem o trabalho de denunciar publicamente, oferecer apoio ao jornalista ameaçado. Isso vai desde o apoio moral até o apoio jurídico, permitindo ao jornalista entrar na Justiça ou se defender de acusações, e em casos extremos realizar deslocamentos – quando a vida do profissional está ameaçada. 
Ao mesmo tempo em que muitos jornalistas cumprem sua função social de maneira exemplar, vivemos um momento de bastante descrédito em relação à profissão. Alguns jornalistas de veículos consolidados chegaram a classificar como fake news as revelações do Intercept. Como lidar com esse dilema? 
Esse é o principal desafio da categoria de jornalistas no Brasil e no mundo: mostrar para a sociedade que nós fazemos um trabalho bom, que serve para a constituição da cidadania, e que nós somos necessários. 
Existem grupos consolidados que utilizam as meias verdades e as mentiras travestidas de notícia com objetivos muito claros. A população está confusa, e é nosso papel desfazer a confusão. É nosso papel dizer que, apesar de haver muita coisa positiva nas redes sociais e nos grandes veículos de comunicação, também há um caldo muito grande de desinformação. 
Em fevereiro, o governo Bolsonaro tentou alterar a Lei de Acesso à Informação. Logo em seguida, tomou outras medidas no sentido de limitar a transparência, como a extinção de vários conselhos participativos. Qual o impacto dessas mudanças para a sociedade? 
O atual presidente do Brasil não é um democrata. É uma pessoa eleita com uma plataforma mais do que conservadora, que atinge os direitos humanos em vários aspectos. Depois da posse, o presidente tem dado várias declarações de que as instituições garantidoras da democracia podem ser desprezadas. Entre essas instituições, está a imprensa.
O governo Bolsonaro tem feito críticas muito contundentes à imprensa, mas sem apontar problemas e soluções reais. Tem feito críticas desqualificando os veículos e culpando os jornalistas. 
Ele também tem atuado para aniquilar a participação da sociedade civil nos conselhos de governo que estavam instituídos, ao mesmo tempo em que tenta aniquilar as entidades sindicais. 
Sobre este tema, observamos que as condições de trabalho para os jornalistas estão piorando: demissões em massa, pressão por aumento da produtividade, redução de salários, aumento da violência. Em contrapartida, há uma fragilização dos sindicatos. Quais as perspectivas de atuação dessas entidades neste contexto?
Com a pulverização da principal fonte de financiamento das empresas jornalísticas, que é a publicidade, em vez de buscar se recolocar no mercado pela qualidade, optou-se pelo mais fácil, que é enxugar o quadro, demitir. Houve, de fato, a partir de 2015, diminuição de postos de trabalho para jornalistas no Brasil, em razão do enxugamento das redações, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.
O jornalista, antes mesmo da contrarreforma trabalhista, já enfrentava o que é, para mim, uma das piores situações para o trabalhador, que é o trabalho intermitente. Você não tem nenhum vínculo de trabalho, não tem salário, e recebe apenas pelo trabalho executado quando a empresa te chama. 
Como resolver? Não há outra forma de enfrentamento a não ser a organização dos trabalhadores. Os sindicatos estão enfraquecidos e os jornalistas precisam fortalecer os seus sindicatos. Não é porque a situação está adversa que o profissional vai abandonar a sua entidade. É exatamente o contrário.
Algum trabalhador ou trabalhadora acha que seu patrão vai repor as perdas salariais voluntariamente? Eu desconheço categorias de patrões que façam isso sem a luta dos sindicatos em conjunto com suas categorias. É preciso haver essa valorização, é preciso haver uma diversificação do trabalho das entidades sindicais, inclusive ampliando e se somando à luta política pela democracia no Brasil. 
Fonte: Brasil de Fato


Quem é a mulher que empurrou padre Marcelo Rossi do palco


Moradora da Zona Norte do Rio de Janeiro prestou depoimento nesta segunda-feira e afirmou que sofre de transtorno bipolar
















A mulher que atacou o padre Marcelo Rossi, domingo à tarde, durante uma missa na comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), é uma técnica em enfermagem, divorciada, moradora do Bairro de Anchieta, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ao prestar depoimento, V. H. F. S, de 32 anos, alegou que sofre de transtorno bipolar e que faz tratamento psiquiátrico.
O ataque foi gravado em vídeo, que se espalhou nas redes sociais. missa era transmitida pela internet. Conforme mostra o vídeo, o padre Marcelo Rossi fazia uma pregação, quando a mulher corre em direção ao religioso e o empurra. Ele caiu em cima dos fiéis. Ainda no domingo, o próprio Marcelo Rossi gravou vídeo, afirmando estava bem.
Logo depois do episódio, embora o padre Marcelo Rossi não tenha registrado queixa, a mulher que o atacou foi levada pela Polícia Militar para a delegacia de plantão de Lorena. A PM registrou a agressão em um boletim de ocorrência (BO).
 Ao prestar depoimento na delegacia, a mulher demonstrou confusão mental. Ela disse que foi à comunidade Canção Novaem uma excursão. De acordo com o delegado responsável pelo procedimento, Daniel Castro, V..H.F.S. afirmou que a intenção era “se aproximar para conversar” com o padre Marcelo Rossi e não para agredi-lo. No entanto, segundo o delegado, as declarações da mulher foram “desencontradas”.
“Ela falou que queria entrar para conversar com ele e que se assustou na hora que viu os seguranças correndo atrás dela. É a versão dela, mas quem vê as imagens vê que não tem nada disso [seguranças correndo atrás dela]. Ela entrou correndo, se assustou e empurrou ele num momento em que meio que surtou, perdeu o controle, mas que não tinha intenção nenhuma, que queria só conversar com ele”, informou Castro.
(foto: Reprodução da internet/Youtube)

Na saída da delegacia, a mulher disse que o ocorrido foi algo entre ela e o padre. “Entre eu e ele, entre eu e ele”, falou. Em seguida, ela entrou em um carro da Canção Nova para ser levada de volta à Cachoeira Paulista, onde passou a noite em uma pousada. A cidade fica situada às margens da Via Dutra, a 198 quilômetros do Rio de Janeiro.

Filho de três anos

A moradora da Zona Norte do Rio de Janeiro informou que foi à excursão em companhia do filho de três anos de idade. Com ocorrido, Maria Cristiane Batista, representante do Conselho Tutelar de Cachoeira Paulista também foi à delegacia. A criança está agora sob responsabilidade de outra conselheira em uma pousada da cidade.
Fonte: em.com.br

MPF: combate à corrupção deve respeitar processo legal e liberdade de imprensa


Em um claro recado à conduta do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do MPF, disse nesta segunda-feira, 15, que prevenção e o combate à corrupção são legítimos "quando se articulam com o respeito ao direito dos investigados"
247 - A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão que integra o Ministério Público Federal (MPF), publicou nota nesta segunda-feira, 15, sobre os vazamentos de diálogos da Vaza Jato. Em nota, a PFDC reforça que o combate à corrupção deve se dar com "respeito ao devido processo legal e à liberdade de imprensa".
O órgão do MPF ainda destacou que a luta contra corrupção é legítima quando investigados e acusados têm direito a um julgamento justo. "A prevenção e o combate intransigente à corrupção são legítimos quando se articulam com o respeito ao direito dos investigados e acusados de responderem a um processo justo, bem como com a liberdade de manifestação jornalística e de garantia do direito coletivo de receber e buscar informação".
A PFDC afirmou também que eventual obtenção ilegal das mensagens da Vaza Jato não obstrui o direito de publicação. "A ilegalidade na obtenção das mensagens também não obstrui o direito de publicação. Eventualresponsabilidade pela invasão indevida de privacidade deve ser investigada de modo autônomo e, se comprovada, sancionada, sem, contudo, interferir na liberdade de publicação dos conteúdos".
*Muito* importante do MPF, A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) - uma clara denúncia do que Moro e Deltan fizeram, e um aviso para não tentar criminalizar os jornalistas que os expuseram https://t.co/rb2EAU8RLopic.twitter.com/FqZgXcQ5p8
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 15 de julho de 2019


Esquema de palestras derruba blindagem no Conselho do MP a Dallagnol


"Não tem como o conselho não analisar o fato de o procurador falar na criação de uma empresa para benefício dele no nome da mulher. Também me parece grave quando é atrelada uma palestra a um tema que é investigado", analisou um integrante do CNMP
247 - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deve dar início a uma investigação para apurar o esquema de palestras de Deltan Dallagnol e de outros procuradores, apontada em mensagens vazadas pelo The Intercept.
O corregedor do conselho, Orlando Rochadel Moreira, arquivou um pedido em junho que solicitava a apuração sobre os fatos apontados no vazamento que apontava o conluio com o então juiz Sergio Moro.
Antecipando-se a investigação, o corregedor diz que não é possível comprovar a veracidade das mensagens e, ainda que sejam autênticas, Deltan não teria cometido 'nenhuma infração ética'.
Agora, diante dos novos trechos revalados pela Folha, em parceria com o The Intercept, o conselho deve voltar a analisar o tema, desta vez debruçando-se sobre as palestras dadas pelo procurador.
"Não tem como o conselho não analisar o fato de o procurador falar na criação de uma empresa para benefício dele no nome da mulher. Também me parece grave quando é atrelada uma palestra a um tema que é investigado", analisou um conselheiro, em entrevista à revista Época.


PT cobra do CNMP investigação de Dallagnol e Pozzobon por usarem Lava Jato para ganhar dinheiro


No pedido protocolado no Conselho Nacional do Ministério Público, as bancadas do PT na Câmara e no Senado pedem providências imediatas do Conselho, inclusive com o afastamento dos procuradores por 120 dias para a apuração das denúncias de que montaram plano para ganhar dinheiro às custas da Lava Jato
247 - As bancadas do PT no Congresso Nacional ingressaram no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com Reclamação Disciplinar contra os procuradores Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, e Roberson Pozzobon, por uma série de irregularidades praticadas por eles e reveladas pela Vaza Jato, incluindo o “plano de negócios para lucrar com a fama” da operação baseada em Curitiba.
Na ação, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e os líderes na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Humberto Costa (PE), afirmam que as denúncias publicadas nesse domingo, 14, na Folha de S. Paulo e do The Intercept Brasil, são “gravíssimas” e merecem providências imediatas do Conselho, inclusive com o afastamento dos procuradores por 120 dias para a apuração das denúncias.
Segundo a revelação da Folha e do Intercept, Dallagnol e Pozzobon discutiram estratégias para ganhar dinheiro fazendo eventos e lucrar com fama da Lava Jato. Pelos diálogos revelados, os procuradores montaram plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações da Lava-Jato. 
“Dallagnol discutiu criar empresa sem ser sócio, para evitar questionamentos legais e críticas, para arrecadar com palestras, que segundo ele ia “promover cidadania”, conformes diálogos obtidas pelo The Intercept Brasil.
Diante das denúncias, Pimenta, Gleisi e Humberto pedem na ação, além da instauração do processo administrativo disciplinar contra Dallagnol e Pozzobon, que a PGR investigue as empresas Star Palestras e Eventos, Polyndia e Conquer. É fundamental, segundo petistas, que as empresas informem sobre as suas relações com os procuradores, em especial sobre reuniões e contatos mantidos sobre os eventos e sobre tratativas para estabelecimento de parceria comercial com os Dallagnol e Pozzebon.
Os petistas pedem ainda a averiguação da existência de contratos de prestação de serviços entre eles, os termos do contratos, valores, datas e descrições de serviços, além da apresentação de cópias dos contratos e comprovantes de pagamentos realizados em favor dos procuradores e o balanço contábil e financeiro dos últimos cinco anos. (Com informações do PT na Câmara)



Deputado pede a retenção do passaporte de Dallagnol


“Neste momento em que se agravam as acusações contra ele e seu parceiro Sergio Moro, é importante termos a garantia de que ele não poderá deixar o país, como aliás fez este fim de semana o próprio ministro da Justiça, viajando aos EUA”, diz o parlamentar
247 – O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) protocolou na manhã desta segunda-feira 15 de julho pedido de retenção do passaporte do procurador Deltan Dallagnol. O protocolo foi feito na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, uma das comissões a que havia sido submetida a presença de Dallagnol para explicar as últimas denúncias feitas pela imprensa. 
O procurador, que é coordenador da Lava Jato, optou por não comparecer às audiências a que foi convidado, sem apresentar justificativa plausível. “Dallagnol tem tempo para responder a órgãos de comunicação, como o Estadão, mas não demonstra a mesma boa vontade para falar com os parlamentares, o que é no mínimo uma afronta à democracia”, diz o deputado Rogério Correia.
“Neste momento em que se agravam as acusações contra ele e seu parceiro Sergio Moro, é importante termos a garantia de que ele não poderá deixar o país, como aliás fez este fim de semana o próprio ministro da Justiça, viajando aos EUA.”  
Em reportagem de capa na edição de ontem, a Folha de S. Paulo informa que Dallagnol criou plano para lucrar com imagem da operação Lava Jato. Em mensagens trocadas com vários interlocutores, o procurador da República demonstrou intenção de criar empresa de fachada com a mulher, além de pagar propinas a comissões de formaturas e agenciar palestras para associações que representavam empresas investigadas pela Lava Jato.