Foto: Divulgação/APP-Sindicato |
Depois de sete
dias de greve e nenhuma proposta do governo do
Paraná, os servidores estaduais montam uma vigília em frente ao Palácio
Iguaçu, sede do Poder Executivo. O acampamento foi levantado
nesta segunda-feira (1°) na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. O
espaço também fica em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Os
trabalhadores denunciam uma defasagem de até 17% nos salários, resultado de
quatro anos seguidos de vencimentos congelados. Sem reajuste desde 2016, as
categorias pedem pelo menos a reposição da inflação do último ano, calculada em
4,94% segundo o índice IPCA.
Militares
também estão mobilizados
Termina
nesta segunda-feira (1°) o prazo para que o governador Ratinho Junior (PSD)
apresente uma proposta concreta para o pagamento da data-base do funcionalismo
público estadual. Policiais militares e bombeiros concederam ao governo o prazo
extra solicitado na semana passada, quando a greve foi deflagrada.
No entanto, os militares
ainda aguardam a proposta prometida. O sindicato que representa
a categoria lembra que “a data-base é um direito constitucional que está
sendo negado pelo quarto ano consecutivo”. Embora cumpram as limitações
impostas pela Constituição, os militares também apoiam as reivindicações.
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Além da
reposição salarial de pelo menos 4,94%, as categorias reivindicam o arquivamento
do PLC 04/19 (Projeto de Lei Complementar). A proposta
enviada pelo governo do estado à Assembleia Legislativa pretende congelar
por 20 anos todas as promoções, progressões, quinquênios, anuênios e
demais direitos dos servidores públicos.
Professores,
agentes penitenciários e servidores da agricultura acampam por proposta
Outras
categorias mobilizadas dão início nesta segunda-feira (1º) a um acampamento em
frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Em greve desde a última
terça-feira (25/06), os trabalhadores afirmam que manterão
vigília, dia e noite, até que uma proposta concreta seja
apresentada.
No
sétimo dia de greve, a adesão dos professores e funcionários da educação
alcança mais de 80% das escolas, segundo a APP-Sindicato, que representa a
categoria. Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) diz que calcula
uma adesão de 44,2% de um total de 2.143 escolas estaduais.
Os
servidores lembram que as negociações têm se arrastado desde os primeiros 100
dias de governo.
Governo
não cede
Os sete
dias de paralisação não foram suficientes para avançar as negociações. Enquanto
os servidores paralisados afirmam que não voltam ao trabalho sem proposta, o
governo estadual diz que não irá apresentar propostas enquanto a greve
continuar.
O
governador mantém a posição de que o estado não tem condições financeiras de
arcar com o reajuste. Segundo a Secretaria de Comunicação do Paraná, a folha de
pagamento do funcionalismo custa, atualmente, R$ 17 bilhões ao ano. O
recomposição pedida pelos servidores custaria, segundo o governo, mais R$ 1
bilhão anualmente.
Fonte:
Paranaportal