Um dos principais alvos dos supostos ataques
feitos por hackers, o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da
força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, ainda não entregou seu celular
para perícia da Polícia Federal
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– Um dos principais alvos dos supostos ataques feitos por
hackers, o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato em Curitiba, ainda não entregou seu celular para perícia da
Polícia Federal. "O ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a juíza federal
Gabriela Hardt, que sucedeu Moro na 13.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba,
já enviaram seus aparelhos. Os inquéritos para apurar os ataques aos dois foram
abertos na semana passada. As apurações ainda são iniciais, mas até agora os
peritos acreditam que as mensagens que vieram a público foram retiradas do
celular de Dallagnol. A verificação feita até o momento no aparelho de Moro não
indicou extração de informações", segundo aponta reportagem do
jornal Estado de S. Paulo.
Abaixo, reportagem da Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) - O
presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o trabalho feito pelo
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, quando era juiz da
operação Lava Jato não tem preço, por ter revelado a “promiscuidade do poder”,
na primeira declaração pública sobre o vazamento de suposta troca de mensagens
entre Moro e membros do Ministério Público Federal.
“O que ele fez não tem
preço. Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a
promiscuidade do poder no tocante à corrupção. A Petrobras quase quebrou,
fundos de pensão, muitos quebraram, o próprio BNDES, eu falei agora há pouco
aqui, nessa época 400 e poucos bilhões entregues para companheiros comunistas e
para amigos do rei aqui dentro. Ele faz parte da história do Brasil”, disse
Bolsonaro a repórteres após evento no Palácio do Planalto.
A declaração foi a primeira
manifestação do presidente sobre o caso envolvendo Moro após vários dias de
silêncio desde a revelação do caso no domingo.
O presidente se reuniu com o
ministro duas vezes nesta semana e compareceu a dois eventos públicos ao lado
do ex-juiz, incluindo uma partida do Flamengo em Brasília na noite de
quarta-feira, mas não havia comentado o tema. Na terça-feira, Bolsonaro chegou
a encerrar uma entrevista coletiva em São Paulo ao ser questionado sobre o
caso.
Bolsonaro condenou o
vazamento das supostas trocas de mensagens de Moro com o coordenador da Lava
Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, quando era o juiz
responsável pela operação na Justiça Federal do Paraná.
“Houve uma quebra criminosa,
invasão criminosa, se é que o que está sendo vazado é verdadeiro ou não”,
afirmou.
O site Intercept Brasil
publicou no domingo reportagens que mostram suposta troca de mensagens entre
Moro e Dallagnol. Com base no que diz serem arquivos recebidos de uma fonte
anônima, o site mostra alegadas conversas entre Moro e Dallagnol sobre
decisões, andamento das investigações e sugestões de testemunhas.
Moro e os procuradores da
Lava Jato negam irregularidades.