quarta-feira, 12 de junho de 2019

Toffoli vai recolocar segunda instância na pauta


Toffoli vai marcar para o segundo semestre deste ano o julgamento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância

Toffoli vai recolocar segunda instância na pauta
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, vai marcar para o segundo semestre deste ano o julgamento sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, um dos pilares da Operação Lava Jato. A discussão foi reaberta em um momento de enfraquecimento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que defende a execução antecipada de pena como forma de combater a corrupção e a impunidade. Novos fatos podem antecipar o calendário, mas a tendência é que o julgamento ocorra depois de outubro.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu nesta terça-feira, 11, a Toffoli a "imediata" inclusão do assunto na pauta do Tribunal, apelo reforçado pelo decano do STF, ministro Celso de Mello.
Em outro caso, discutido também nesta terça pela Segunda Turma do STF, o ministro Ricardo Lewandowski votou para derrubar prisões automáticas fundamentadas em súmula do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) - que funciona como a segunda instância da Lava Jato. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, já foi condenado pelo TRF-4 no caso no triplex do Guarujá (SP). A turma, no entanto, entendeu que a palavra final sobre essa questão será do plenário do STF.
Ao longo dos últimos anos, o Supremo firmou o entendimento favorável à execução antecipada de pena três vezes, mas ainda não analisou o mérito de três ações - da OAB, do Patriota e do PCdoB - que abordam o tema. "Entendo que é mais do que necessário que o plenário do STF venha a julgar as ações declaratórias de constitucionalidade para que se defina em caráter definitivo essa questão delicadíssima", disse Celso de Mello, que, assim como Toffoli, é contra a possibilidade de prisão após segunda instância.
A execução antecipada de pena é criticada por parlamentares que entraram na mira da Lava Jato. O aumento da pressão dentro e fora do Supremo pelo julgamento das ações ocorre após o site The Intercept Brasil publicar o conteúdo vazado de supostas mensagens trocadas por Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. As conversas mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato em mensagens trocadas por meio do aplicativo Telegram.
Na manifestação enviada a Toffoli, a OAB aponta o "crescente e notório agravamento" das condições do sistema prisional brasileiro. "O julgamento da ação e, como se espera, a decisão de procedência (contra a prisão após condenação em segunda instância), além de garantirem a efetividade do princípio constitucional da presunção de inocência, permitirão minimizar o cenário de permanentes violações aos direitos individuais", escreveu o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
Em abril, Toffoli retirou da pauta o julgamento das ações. Oficialmente, isso ocorreu após um pedido feito pela própria OAB, sob a alegação de que a nova diretoria da entidade, recém-empossada, precisava se "inteirar" do processo.
Na época, integrantes do STF avaliaram que o momento não era o melhor para a Corte julgar o assunto, já que havia um recurso de Lula contra sua condenação no caso do triplex no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que funciona como uma "terceira instância". O STJ, no entanto, já manteve a condenação de Lula, o que pode afastar agora a "fulanização" da discussão, avaliam integrantes do STF.
Habeas corpus
O tema ressurgiu na pauta do Tribunal nesta terça, durante julgamento de um habeas corpus coletivo que contesta a prisão automática após a condenação em segunda instância. A discussão no caso é saber se o TRF-4 pode determinar a detenção automática de réus. O Supremo já firmou o entendimento a favor da possibilidade de prisão, mas não determinou que ela é obrigatória em todos os casos, observou o ministro Ricardo Lewandowski. "O TRF-4 adotou como regra a decretação automática do cumprimento antecipado da pena. O Judiciário ainda não delegou a computadores decretar a ordem de prisão, mas me parece que estamos caminhando a isso. Vão ter de botar beliches no nosso sistema prisional, para que os presos provisórios possam ter lugar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Notícias ao Minuto

Grupo do CNMP é invadido no Telegram



O grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no Telegram foi invadido na noite dessa terça-feira (11); "Marcelo, essas mensagens são suas? Não está parecendo seu estilo. Checa teu celular aí", escreveu um integrante do grupo; o suposto hacker respondeu: "Hacker aqui. Adiantando alguns assuntos que vocês terão de lidar na semana, nada contra vocês que estão aqui, mas ninguém melhor que eu para ter acesso a tudo né"
247 - O grupo do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no Telegram foi invadido na noite dessa terça-feira (11). Segundo a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, por volta das 23h, mensagens supostamente de autoria do procurador militar Marcelo Weitzel, um dos integrantes do Conselho, chegaram ao colegiado despertando desconfiança dos colegas.
"Marcelo, essas mensagens são suas? Não está parecendo seu estilo. Checa teu celular aí", escreveu um integrante do grupo. O suposto hacker respondeu: "Hacker aqui. Adiantando alguns assuntos que vocês terão de lidar na semana, nada contra vocês que estão aqui, mas ninguém melhor que eu para ter acesso a tudo né".
Após o ocorrido, a procuradora-geral da República Raquel Dodge informou aos conselheiros que pediu para a Polícia Federal investigar o ataque sofrido. Segundo o colunista da revista Época Guilherme Amado revelou que um hacker também usou o telegram de Weitzel para conversar com o ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) José Robalinho. Nas mensagens, ele também se identificou como autor dos ataques cibernéticos a procuradores.


Político mais popular dos Estados Unidos, Bernie Sanders pede anulação do processo de Lula


Paul Sancya
As denúncias feitas neste domingo (9) pelo The Intercept continuam tendo repercussão no Brasil e no mundo; dos Estados Unidos, Bernie Sanders, político mais popular do país, senador e pré-candidato presidencial da esquerda, pediu que Lula seja libertado, em virtude dos abusos cometidos pela Operação Lava Jato no processo em que ele foi condenado
247 - As denúncias feitas neste domingo (9) pelo The Intercept continuam tendo repercussão no Brasil e no mundo. Dos Estados Unidos, Bernie Sanders, senador e pré-candidato presidencial da esquerda, pediu que Lula seja libertado, em virtude dos abusos cometidos pela Operação Lava Jato no processo em que ele foi condenado.
Em comunicado enviado ao mesmo site The Intercept, reproduzindo um tweet seu, Sanders afirmou que "hoje, é mais claro que nunca que Lula da Silva foi preso em um processo politizado que negou a ele um julgamento justo e o devido processo legal. Durante sua presidência, Lula supervisionou enormes reduções na pobreza e continua sendo o político mais popular do Brasil. Eu estou com líderes políticos e sociais de todo o mundo que estão pedindo ao Judiciário brasileiro que liberte Lula e anule sua condenação".


Além do comunicado, o The Intercept também traz uma pequena entrevista com um deputado da linha senderista do Partido Democrata, o jovem Ro Khanna, quem assegura que sua bancada vai solicitar formalmente ao governo de Donald Trump que investigue "as possíveis ações ilegais dos procuradores e do juiz Sérgio Moro, que violou todas as normas e ética judiciais em sua ação contra o ex-presidente Lula da Silva".

Bolsonaro discursa a empresários: vocês que têm que dar um norte para nós


Rovena Rosa/Agência Brasil
Em meio ao furacão dos vazamentos da Lava Jato, que fragilizam o governo, Bolsonaro, cuja imagem está prejudicada até no meio empresarial, fez seu discurso mais entreguista até hoje à elite financeira do País: "Quem deve conduzir o destino da nação são os senhores, o povo. Vocês que têm que dar um norte para nós. Nossa obrigação é não atrapalhá-los"
247 - Num encontro com lideranças empresariais em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro fez seus discurso mais entreguista até hoje à elite financeira, em meio ao escândalo dos vazamentos da Lava Jato que fragilizam um de seus ministros mais fortes até então, Sérgio Moro, e consequentemente seu governo.
 "Quem deve conduzir o destino da nação são os senhores, o povo. Vocês que têm que dar um norte para nós. Nossa obrigação é não atrapalhá-los", declarou Bolsonaro ao público de empresários.






Gleen Greenwald: não há como manter a condenação de Lula


Reprodução/Twitter
Em entrevista ao programa de notícias dos Estados Unidos Democracy Now, o jornalista Glenn Greenwald, acredita que "há boas chances que o Supremo Tribunal Federal dirá que a condenação de Lula da Silva foi um subproduto de tantas impropriedades que não podemos deixá-la permanecer. No mínimo ele precisa de um novo julgamento e precisa ser libertado enquanto esse novo julgamento acontece"
247 - O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept, responsável pela publicação das conversas vazadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, avalia que a condenação do ex-presidente Lula não pode mais ser mantida diante dos fatos, que revelaram uma parceria entre o Judiciário e o Ministério Público na elaboração da denúncia e no projeto de tirá-lo da disputa presidencial.
Em entrevista ao programa de notícias dos Estados Unidos Democracy Now, concedida nesta quarta-feira 12, Greenwald avalia que "há boas chances que o Supremo Tribunal Federal dirá que a condenação de Lula da Silva foi um subproduto de tantas impropriedades que não podemos deixá-la permanecer. No mínimo ele precisa de um novo julgamento e precisa ser libertado enquanto esse novo julgamento acontece".
Confira alguns trechos, publicados na página do Democracy Now no Facebook, e assista à entrevista ao final da matéria.
Amy Goodman: Você fez essa série de reportagens, ela está sacudindo o Brasil nesse momento, pedidos para que Moro deixe o superministério da Justiça, pedidos para que Lula ser libertado. Quais são as chances disso acontecer na sua opinião? E por fim, você diz que isso é maior que o conjunto de informações de Snowden, você tem muito mais informações do que aquelas que já publicou, o que você vai fazer com elas?
Glenn Greenwald: Nós estamos trabalhando fervorosamente para publicá-las o mais rápido que pudermos. Obviamente há um intenso desejo de ver mais informações mas temos a responsabilidade, exatamente como fizemos com as informações obtidas via Snowden, de ter certeza de que serão bem publicadas, profissionalmente e acuradamente, porque se fizermos um único erro, ele será usado para sempre contra nós, minando a credibilidade da reportagem. Mas, definitivamente, mais reportagens estão a caminho, muito brevemente. Então, quando você pergunta o que acontecerá com Moro, o que acontecerá com Lula, muito depende da qualidade das reportagens que fazemos e de quanto mais vamos mostrar, porque temos muito mais a mostrar. Mas nós acreditamos, somente com aquilo que nós mostramos, não digo que Sérgio Moro esteja em vias de ser exonerado, porque ele ainda tem o apoio de Bolsonaro, ele ainda é crucial para o governo, mas ele certamente sofreu um severo prejuízo e enfraquecimento com os relatos do fim de semana e nós continuaremos com reportagens que o prejudicarão e enfraquecerão quando revelarmos mais e não estou seguro de que ele possa sobreviver a isso. Mas acho que há boas chances que o Superior Tribunal Federal dirá que a condenação de Lula da Silva foi um subproduto de tantas impropriedades que não podemos deixá-la permanecer. No mínimo ele precisa de um novo julgamento e precisa ser libertado enquanto esse novo julgamento acontece.
"É incrível a disposição de altas autoridades para mentir sociopaticamente", afirma Glenn Greenwald
Amy Goodman: A Ordem dos Advogados do Brasil pediu que Moro seja suspenso e que todos os promotores envolvidos no escândalo sejam dispensados. No entanto, como você apontou, Bolsonaro fez dele um tipo de superministro da justiça, reunindo as funções de aplicação da lei, vigilância e investigação, que eram distribuídas entre vários ministérios, todos sob o cargo do superministro da justiça de Moro, fazendo dele, como você apontou, Glenn Greenwald, a segunda pessoa mais poderosa do Brasil agora. Então o que acontece?
Glenn Greenwald: Então, é tão fascinante, Amy, porque a história me lembra muito da história de Snowden de muitas maneiras. Um modo, lembra-se, que a história de Snowden essencialmente começou quando Snowden ouviu James Clapper ir ao Senado e apenas olhar para eles e simplesmente mentir descaradamente, quando lhe perguntaram: "Você está coletando dados de milhões de americanos?" Ele disse: "Não, senhor, não estamos fazendo isso. Não temos tal programa." E foi chocante para Snowden ver alguém naquela posição tão sociopática, e foi isso que, no final das contas, levou Snowden a decidir, com a finalidade, "preciso mostrar a verdade".
Esta é a mesma reação que eu tenho quando ouço o juiz Moro olhar para as câmeras e dizer: "Eu me irrito com a noção de que eu tenho qualquer envolvimento em uma acusação", quando eu li todos esses documentos e conversas de anos que temos - muitos dos quais publicamos e continuaremos a publicar, mostrando que ele fez exatamente o que presunçosamente negava, olhando para a câmera com esse sorriso afetado. É incrível, embora eu ache que não deveria ser, a disposição das pessoas nessas altas posições de autoridade para mentir sociopaticamente sobre o que eles fazem.



Municípios discutem plano da Metrópole Norte


Segunda audiência pública do plano, que visa desenvolver um grande corredor regional, foi realizada em Apucarana.
(Foto:Profeta)
Representantes de vários municípios participaram na terça-feira (11/06), no auditório do Senac em Apucarana, da segunda audiência pública do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da Metrópole Norte. O encontro trouxe uma compilação das informações contidas nos relatórios de contextualização, que traçaram um cenário completo de áreas estratégicas dos municípios que integram o eixo Londrina/Maringá.
Entre os temas que foram abordados estão os resultados da análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças trabalhadas nas oficinas de contextualização, além das pesquisas de origem e destino de cargas transportadas e as análises do comportamento comercial da região. Com o diagnóstico aprovado, a próxima etapa consistirá na construção dos cenários de desenvolvimento possíveis para os 15 municípios que integram o eixo.
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, enaltece a proposta do governo em promover este estudo. “Nossa região é rica em desenvolvimento econômico, apesar de ser ainda jovem com 80 anos em média. Cabe aos agentes políticos, planejar e fomentar a união e o crescimento sustentável nesse eixo, em consonância com os segmentos organizados da sociedade. Por isso, a importância de abrir essa discussão acerca das ações e metas apontadas nesse diagnóstico”, argumenta Junior.
A partir de agora, segundo o prefeito, deste trabalho deve surgir um planejamento para as próximas décadas, alavancando o desenvolvimento de Apucarana e de toda a região. “O foco deve ser a melhoria da qualidade de vida de toda a população do eixo, ou seja, das quinze cidades. E, na área econômica, o plano buscará unir as cidades em torno de objetivos comuns, romper barreiras e criar soluções eficientes, visando prospectar novos empreendimentos”, avalia Junior da Femac, que cumpre agenda em Curitiba e na reunião da noite de terça-feira esteve representado pela equipe técnica do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan).
O principal objetivo do plano é desenvolver um grande corredor, unindo as cidades de Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina, Ibiporã, Jataizinho, Apucarana, Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marivalva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira e Mandaguaçu. São municípios situados ao longo das BR-369 e BR-376, concentrados em uma área de 6.225 quilômetros quadrados, somando 1,5 milhão de habitantes e um PIB de R$ 35 bilhões.
O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da Metrópole Paraná Norte é um projeto do Governo do Paraná, com o apoio do Banco Mundial. Participam do trabalho diversas secretarias estaduais, além do Consórcio Cobrape-Urbtec que foi contratado para elaborar o plano.


Prova Paraná avalia 1300 alunos da rede municipal de Apucarana


A segunda edição do exame foi aplicada ontem nas turmas de 5º ano do ensino fundamental 
Os 1300 alunos matriculados nas turmas de 5º ano da rede municipal de Apucarana participaram ontem (11) da segunda edição da Prova Paraná, uma avaliação diagnóstica que tem como objetivo identificar as dificuldades e as habilidades deles no processo de aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática.
A secretária municipal de educação, Marli Fernandes, e os técnicos do Núcleo Regional de Educação, Neucely Ribeiro, Luciane Jonas e Vladimir Barbosa da Silva, acompanharam a aplicação da prova na Escola Municipal Presidente Médici, do Jardim Apucarana.
“Apesar de nós já termos uma avaliação diagnóstica própria, a Prova AME que é aplicada anualmente no final do primeiro semestre, nós decidimos aderir à Prova Paraná por entender que ela se trata de uma ferramenta a mais para o acompanhamento da evolução dos nossos alunos. A segunda edição do exame foi bastante tranquila na rede municipal de ensino,” disse a secretária.
“A partir de agora, os professores farão a correção da prova através do aplicativo de celular Corrige. Na rede estadual, ela também foi aplicada nas turmas de 6º ao 9º ano do ensino fundamental e nas de 1º ao 3º ano do ensino médio,” acrescentou a técnica do NRE, Neucely Ribeiro.
Na primeira edição da Prova Paraná, feita no último mês de março, os alunos do 5º ano da rede municipal de Apucarana acertaram 64,85% das questões de língua portuguesa e 69,25% das de matemática. Uma terceira edição da avaliação está agendada para o mês de setembro.
“Os resultados já foram muito bons, mas serviram para que os professores revisassem suas estratégias em relação aos estudantes que têm mais dificuldades. Nós acreditamos que o percentual de acertos na segunda edição será ainda maior,” afirmou a secretária.
De 11 a 14 de junho, os 1340 alunos matriculados nas turmas de 2º ano também passarão por uma prova para verificar a fluência em leitura na fase de alfabetização.


Até Sheherazade abandona Moro e Dallagnol


Até a jornalista Rachel Sheherazade, que outrora foi umas das principais defensoras da operação Lava Jato e de Sérgio Moro, abandonou o atual ministro da Justiça e Deltan Dallagnol; em vídeo postado nesta terça-feira (12), ela expõe que é mais daquelas e daqueles que estão assombrados ao se depararem com a face real dos que consideravam "heróis da pátria" e diz que "as mensagens divulgadas pelo site The Intercept provam o quando estávamos enganados sobre Moro e Dallangnol"
247 - Até a jornalista Rachel Sheherazade, âncora do telejornal SBT Brasil, que outrora foi umas das principais defensoras da operação Lava Jato e de Sérgio Moro, abandonou o atual ministro da Justiça e Deltan Dallagnol. Em vídeo postado nesta terça-feira (12), ela expõe que é mais daquelas e daqueles que estão assombrados ao se depararem com a face real dos que consideravam "heróis da pátria" e considera que "as mensagens divulgadas pelo site The Intercept provam o quando estávamos enganados sobre Moro e Dallangnol". 
“Mensagens trocadas entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol são um verdadeiro ataque ao Estado Democrático de Direito. Essas mensagens provam o quando estávamos enganados sobre as boas intenções tanto do juiz, quanto do procurador”, afirma ela. 
Ela ainda diz que “os vazamentos estratégicos e seletivos antes das eleições presidenciais, a ascensão de Sergio Moro a ministro de Estado e agora a revelação desta intimidade promíscua entre Moro e Dallagnol dão provas de que por trás da luta contra a corrupção, que é justa, havia sim um projeto de poder político. Isso se concretizou com a nomeação de Sergio Moro como ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro”, ressalta. 
 Veja a íntegra do vídeo: 


Por que o Intercept está demorando tanto para publicar a próxima reportagem? Glenn responde


O The Intercept Brasil não está demorando muito para publicar a próxima reportagem sobre o escândalo do conluio entre Sergio Moro e Delta Dallagnol?
O próprio Glenn Greenwald, co-fundador do site, respondeu a essa pergunta, na entrevista que deu à agência Pública:
“Se eu entendi, Glenn, você está me dizendo que os documentos que vocês ainda estão trabalhando vão apontar uma relação mais próxima da Globo nesse processo com Dallagnol e Moro, é isso?”, pergunta o repórter Thiago Domenici.
Glenn Greenwald responde:
Eu não posso falar muito sobre os documentos que ainda não publicamos porque isso não é responsável. Precisa passar pelo processo editorial mas, sim, posso falar que exatamente como disse hoje, a Globo foi para a Força Tarefa da Lava Jato aliada, amiga, parceira, sócia. Assim como a Força Tarefa da Lava Jato foi o mesmo para a Globo.
Muita gente está querendo saber qual vai ser o próximo passo do The Intercept Brasil, as próximas reportagens. Queria que você esclarecesse o que é fundamental para essa apuração estar pronta jornalisticamente, para que vocês soltem novas revelações.
Não somos o Wikileaks. Não estamos simplesmente publicando material que nós temos, sem contexto ou reportando sem entender, sem analisar, sem pesquisar. Estamos fazendo jornalismo. E esses documentos são complexos. Entendo que todo mundo queira ver o que nós temos porque esse material tem interesse público e eles [o público] têm o direito de ver. Mas, por outro lado, nós temos a responsabilidade jornalística para usar o tempo que precisarmos para confirmar que tudo que nós estamos reportando é verdade. Por que se nós cometermos um erro, eles vão usar isso contra a gente para sempre, para atacar nossa credibilidade, da reportagem, de tudo. Por exemplo, todo mundo está falando: “onde estão os áudios?”. É muito complicado reportar áudios. Precisa confirmar quem está falando, precisa confirmar o contexto sobre o que estão falando. Precisa conectar isso com outros materiais, outros documentos e isso leva tempo. Nós vamos publicar logo, mas nós não vamos correr. Nossa prioridade é confirmar que tudo que estamos reportando está informando o público e não enganando o público, como eles fizeram.
Fonte: DCM

Glenn: documentos mostrarão ligação espúria da mídia com Lava Jato


Glenn Greenwald, o jornalista que está desmascarando a Lava Jato, tem um veredito, depois de examinar o enorme volume de conversas e mensagens de Sérgio Moro e da equipe da Lava Jato: "É incrível porque, para mim, o tempo todo, a grande mídia não estava reportando sobre a Lava Jato, ela estava trabalhando para a Lava Jato"; ele avisa que as próximas reportagens revelarão as conexões espúrias entre a Lava Jato e a mídia conservadora
247 - O jornalista Glenn Greenwald, de posse de um enorme volume de conversas e mensagens de Sérgio Moro e da equipe da Lava Jato, que começaram a ser divulgadas na "Vaza Jato" no último domingo tem um veredito claro sobre a mídia conservadora do país: "É incrível porque, para mim, o tempo todo, a grande mídia não estava reportando sobre a Lava Jato, ela estava trabalhando para a Lava Jato". Ele avisa que "nós vamos reportar", ou seja, a série de reportagens que será publicada revelará as conexões espúrias entre a Lava Jato e a mídia conservadora.
As declarações de Greenwald estão em entrevista ao jornalista Thiago Domenici, da Agência Pública, que você pode ler a seguir:
“Se você não quer esses riscos, você não deve fazer jornalismo”, afirma Glenn Greenwald sobre a série do The Intercept Brasil que revelou no último domingo trocas de mensagens nada republicanas entre o então juiz federal Sérgio Moro e a força-tarefa da Lava Jato.
As revelações, frutos de documentos enviados por uma fonte anônima, podem ter influenciado os rumos das últimas eleições no país e seu conteúdo dinamitou uma série de reações em todas as esferas de poder e da opinião pública.
Na entrevista à Pública, Greenwald fala sobre as reações dos envolvidos e trata da cobertura da imprensa sobre a Lava Jato antes e depois das reportagens do The Intercept Brasil. “Quando a grande mídia transforma Moro e a Força Tarefa em deuses ou super heróis, se torna inevitável o que aconteceu. Os jornalistas pararam de investigar e questionar a Lava Jato e simplesmente ficaram aplaudindo, apoiando e ajudando”, avalia.
Segundo ele, há exceções como a Folha de S. Paulo e jornalistas independentes. E pondera: “preciso falar que depois de publicar o que publicamos, acho que com uma exceção, que é a Globo, a grande mídia está reportando o material de forma mais ou menos justa, com a gravidade que merece”.
Durante o processo de recebimento do material da fonte anônima e da própria produção das reportagens quais foram os momentos mais complicados na tomada de decisão jornalística? Como foi esse processo para vocês?
Para mim foi muito parecido com a reportagem que fizemos com o caso Snowden. Quando você recebe um arquivo gigante, é muito difícil, num primeiro momento, entender o que você tem e o contexto dos documentos que estão nesse arquivo. Segundo, quais os principais documentos que você vai usar, porque, obviamente, estamos lendo conversas privadas entre pessoas, e tem a questão do direito à privacidade mas, por outro lado, essas pessoas estão usando o poder público, então também precisam de transparência — exatamente o que eles fizeram quando interceptaram e divulgaram as conversas privadas do Lula.
Como você avalia a repercussão a partir da própria imprensa brasileira? Hoje, por exemplo, você disse que “a estratégia da Globo é a mesma que os governos usam contra aqueles que revelam seus crimes” e que “a Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato”.
É incrível porque, para mim, o tempo todo, a grande mídia não estava reportando sobre a Lava Jato, ela estava trabalhando para a Lava Jato. Com uma exceção que é a Folha de S. Paulo. A Folha, para mim, manteve uma distância, uma independência, estava criticando, questionando… Mas a Globo, Estadão, Veja, o tempo todo estavam simplesmente recebendo vazamentos, publicando o que a Força Tarefa queria que eles publicassem. Mas, na realidade, preciso falar que depois de publicar o que publicamos, acho que com uma exceção, que é a Globo, a grande mídia está reportando o material de forma mais ou menos justa, com a gravidade que merece.
Por exemplo, o editorial de hoje [dia 11] do Estadão — que era um dos maiores fãs do Moro — falando que ele deve renunciar e Deltan ser afastado. Isso mostra a gravidade das revelações.
A única exceção é a Globo mas essa é uma exceção enorme por causa do poder do Jornal Nacional que está quase tratando a história somente como um crime — e o único crime que interessa é o da nossa fonte, que eles acham que ela cometeu. Eles não têm quase nenhum interesse nas gravações e no comportamento do Moro, do Deltan. Eles estão falando sobre o comportamento da fonte e, na realidade, eles não sabem nada. Mas é interessante por que isso é comportamento de governo.
Como assim?
Quando você denuncia ações de corruptos ou trata de problemas sobre o governo, ele sempre tenta distrair falando somente sobre quem revelou essa corrupção, quem divulgou esses crimes para criminalizar pessoas, jornalistas ou fontes que revelaram o material. Essa estratégia, não dos jornalistas, é o que a Globo está usando. Porque a Globo e a força-tarefa da Lava Jato são parceiras. E os documentos mostram isso, né? Não é só eu que estou falando isso por causa da Globo. Os documentos mostram como Moro e Deltan estão trabalhando juntos com a Globo e nós vamos reportar, então eu sei disso já e a reportagem está mostrando. Mas o resto da grande mídia está tratando a história com a gravidade que merece. É impossível para todo mundo que está lendo esse material defender o que Moro fez. Impossível!
Se eu entendi, Glenn, você está me dizendo que os documentos que vocês ainda estão trabalhando vão apontar uma relação mais próxima da Globo nesse processo com Dallagnol e Moro, é isso?
Eu não posso falar muito sobre os documentos que ainda não publicamos porque isso não é responsável. Precisa passar pelo processo editorial mas, sim, posso falar que exatamente como disse hoje, a Globo foi para a Força Tarefa da Lava Jato aliada, amiga, parceira, sócia. Assim como a Força Tarefa da Lava Jato foi o mesmo para a Globo.
Muita gente está querendo saber qual vai ser o próximo passo do The Intercept Brasil, as próximas reportagens. Queria que você esclarecesse o que é fundamental para essa apuração estar pronta jornalisticamente, para que vocês soltem novas revelações.
Não somos o Wikileaks. Não estamos simplesmente publicando material que nós temos, sem contexto ou reportando sem entender, sem analisar, sem pesquisar. Estamos fazendo jornalismo. E esses documentos são complexos. Entendo que todo mundo queira ver o que nós temos porque esse material tem interesse público e eles [o público] têm o direito de ver. Mas, por outro lado, nós temos a responsabilidade jornalística para usar o tempo que precisarmos para confirmar que tudo que nós estamos reportando é verdade. Por que se nós cometermos um erro, eles vão usar isso contra a gente para sempre, para atacar nossa credibilidade, da reportagem, de tudo. Por exemplo, todo mundo está falando: “onde estão os áudios?”. É muito complicado reportar áudios. Precisa confirmar quem está falando, precisa confirmar o contexto sobre o que estão falando. Precisa conectar isso com outros materiais, outros documentos e isso leva tempo. Nós vamos publicar logo, mas nós não vamos correr. Nossa prioridade é confirmar que tudo que estamos reportando está informando o público e não enganando o público, como eles fizeram.
Na sua avaliação, até pelo fato de você também ser advogado, se um escândalo como esse, que envolve um ministro da Justiça, fosse nos Estados Unidos, por exemplo, você acha que o ministro conseguiria se manter no cargo? E, pessoalmente, você acha que o Moro deveria renunciar ao Ministério da Justiça?
Eu tenho um amigo, dos meus melhores amigos da vida desde os 11 anos, agora um advogado na Flórida, que depois de ler nosso material, disse: “Se um juiz fizesse o que Moro fez, sem dúvida, esse juiz seria retirado, provavelmente não seria promovido porque é uma infração muito grave, colaborando com um lado e fingindo ser neutro”. Ele me disse ainda que todas as decisões desse juiz ficariam sob dúvida e que é impensável que o juiz pudesse manter qualquer cargo público, muito menos ser ministro da Justiça. Porque agora todos nós sabemos, porque nós lemos exatamente o que ele fez, o que ele disse, que ele vai quebrar qualquer regra de ética que ele quiser para realizar os objetivos dele.

Advogados brasileiros — que não são muito políticos — ficaram chocados e ofendidos quando olharam o material e eu também — porque o juiz tem muito poder, e com esse poder vêm muitas responsabilidades, muitas regras éticas. É um poder enorme para condenar alguém e botar alguém na prisão. E o Moro não quebrou uma regra uma vez, mas o tempo todo ele estava mostrando que ele não se importa nem um pouco com essas regras. Ele achou que era totalmente acima da lei e das regras, e é impossível ter alguém como juiz ou como Ministro da Justiça com essa mentalidade.

Como você avaliou a reação do Moro? Por exemplo, o primeiro pronunciamento escrito foi tuitar sua própria nota oficial via site do Antagonista. O que isso significa?
Primeiro, ele está usando o Antagonista para muitas coisas, o tempo todo. Ele está sempre citando o Antagonista, vazando para o Antagonista, todo mundo sabe disso…
O fato de ele usar o Antagonista mostra, para mim, que agora ele sabe que é o único apoio que vai ter — a identidade dele não é mais de juiz apartidário, agora Moro sabe que é uma figura da direita extremista.
E ele vai continuar assim porque todo mundo sabe que Moro não é uma pessoa contra a corrupção mas uma pessoa que faz corrupção quando quiser. E usar o Antagonista mostra que a única preocupação é o que a direita está pensando sobre os comportamentos dele.
E a reação dele, o que achou?
Foi totalmente arrogante, ele está quase falando: “Está me incomodando ter que responder isso”. E achei muito interessante a arrogância porque é exatamente: “Eu sou Sérgio Moro, eu não devo ser questionado, muito menos acusado”. É justamente essa arrogância que causou esse comportamento antiético: porque ele acha que está acima de tudo.
O vazamento do The Intercept Brasil demonstrou mais uma vez a importância de informações vazadas para jornalistas. O caso de pedido da extradição de Julian Assange foi pouco tratado na imprensa brasileira [Assange está com pedido de extradição para os Estados Unidos com 17 acusações como de espionagem e conluio para obter informações secretas]. Isso pode abrir precedente, com implicações até mesmo fora dos EUA?
Com certeza. Esse é o perigo principal que estão mostrando outros países que tentam criminalizar o jornalismo falando que, se você publica documentos secretos, que é o papel do jornalista, você pode ser processado criminalmente como parte dessa teoria de que está conspirando com a sua fonte. Antes desses episódios, sempre os jornalistas tiveram o direito de publicar qualquer material que eles recebessem, independentemente de como a fonte conseguiu obter os documentos. E esses casos, essas apreensões, são perigosas exatamente porque eliminam essa separação entre jornalista e fonte.
Você acha que a imprensa brasileira cobriu mal a Lava Jato durante esses mais de 5 anos? Queria que você me dissesse se sim ou se não e se você acha que foi falta de capacidade de investigação ou opção política?
Não. Acho que tiveram boa intenção. Corrupção é muito comum aqui no Brasil na direita, esquerda e no centro. Todo mundo chegou no limite e não aguentava mais. Eu entendo o apoio a Lava Jato ao ver políticos poderosos e bandidos finalmente na prisão, é natural. Eu também elogiei a Lava Jato, às vezes, por causa disso. Mas, exatamente como acontece com todos os humanos, qualquer grupo de pessoas que têm poder, como a Lava Jato, também tem a capacidade de abusar desse poder. E quando a grande mídia transforma Moro e a Força Tarefa em deuses ou super heróis, se torna inevitável o que aconteceu. Os jornalistas pararam de investigar e questionar a Lava Jato e simplesmente ficaram aplaudindo, apoiando e ajudando.
Como eu disse, com exceção da Folha, que ficou sempre um pouco mais distante e mais independente e, obviamente, muitos jornalistas independentes. Estou falando sobre a grande mídia.
Eu vi que o Antagonista publicou que “uma denúncia anônima foi protocolada junto ao Ministério Público Federal contra o The Intercept”. E a gente está vendo desde a publicação da reportagem inúmeros ataques a você, ao seu companheiro David Miranda [deputado federal pelo PSOL], ataques homofóbicos, gente pedindo a sua deportação. Enfim, questões que te atingem pessoalmente. Você, sua família e também a equipe do The Intercept Brasil têm uma estratégia de defesa legal e digital? Como vocês estão pensando a questão da segurança daqui para frente?
Sim. Eu e meu marido estivemos juntos no caso do Snowden e nós lutamos contra os governos mais poderosos do mundo e a CIA, NSA Reino Unido… Estávamos sendo ameaçados o tempo todo. Então, nós já conhecemos essas questões muito bem. Eu moro aqui no Brasil há 14 anos, então conheço o Brasil muito bem. Eu sei como funciona.
Nós ficamos muitas semanas planejando como proteger a nos e a nossa fonte contra os riscos físicos, riscos legais, riscos políticos, riscos que vão tentar sujar a nossa reputação. Nós estamos prontos. Mas não existe nenhuma vida sem riscos. Não se pode eliminar riscos, pode-se tomar medidas para minimizar. Então, a equipe do The Intercept Brasil, que não tem a proteção como alguém com a minha visibilidade, que é casado com um deputado federal… Eles são jovens, 25, 30 anos, e são muito corajosos fazendo esse trabalho destemido. Sim, é muito perigoso, obviamente, e sou alvo dessa campanha para me expulsar do país, chamando-me de inimigo do Brasil, ameaça a segurança nacional e que devo ser preso.
Mas nós sabíamos que tudo isso iria acontecer, mas o que podíamos fazer? Têm jornalistas cobrindo guerras. Têm jornalistas sem visibilidade investigando corrupção contra pessoas muito perigosas.
Se você não quer esses riscos, você não deve fazer jornalismo.


OAB quer que Barroso esclareça “corruptos eufóricos “


TSE
Conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugeriram à direção do órgão que interpele o ministro do Supremo Tribunal Luís Roberto Barroso; após as reportagens do The Intercept, ele disse que tem "dificuldade de entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros"; advogados querem que o ministro nomeie os eufóricos
47 - Conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugeriram à direção do órgão que interpele o ministro do Supremo Tribunal Luís Roberto Barroso. A informação é da coluna Painel. Após as reportagens do The Intercept, ele disse à GloboNews que tem "dificuldade de entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros".
Advogados querem que o ministro nomeie os eufóricos. O conselheiro Guilherme Batochio sugeriu no grupo do conselho que a OAB o questione formalmente.
Uma matéria do Intercept apontou que o ex-juiz federal Sérgio Moro foi além do seu papel de juiz na troca de mensagens com o procurador Deltan Dallagnol. "Moro sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos", afirma o texto.
Outra reportagem apontou que Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. "No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.
Uma publicação revelou, ainda, que procuradores fizeram o possível para impedir entrevista de Lula antes do segundo turno, quando o Supremo Tribunal Federal acatou o pedido de entrevista da Folha de S.Paulo
A procuradora Laura Tessler logo exclamou: "Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela isonomia, devem vir tantos outros jornalistas… e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse… ". "Ando muito preocupada com uma possivel volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve", disse.
Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias exclamações: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
Após uma hora, Tessler deixou explícito o que deixava os procuradores tão preocupados: "sei lá…mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger o Haddad".