quarta-feira, 12 de junho de 2019

Prova Paraná avalia 1300 alunos da rede municipal de Apucarana


A segunda edição do exame foi aplicada ontem nas turmas de 5º ano do ensino fundamental 
Os 1300 alunos matriculados nas turmas de 5º ano da rede municipal de Apucarana participaram ontem (11) da segunda edição da Prova Paraná, uma avaliação diagnóstica que tem como objetivo identificar as dificuldades e as habilidades deles no processo de aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática.
A secretária municipal de educação, Marli Fernandes, e os técnicos do Núcleo Regional de Educação, Neucely Ribeiro, Luciane Jonas e Vladimir Barbosa da Silva, acompanharam a aplicação da prova na Escola Municipal Presidente Médici, do Jardim Apucarana.
“Apesar de nós já termos uma avaliação diagnóstica própria, a Prova AME que é aplicada anualmente no final do primeiro semestre, nós decidimos aderir à Prova Paraná por entender que ela se trata de uma ferramenta a mais para o acompanhamento da evolução dos nossos alunos. A segunda edição do exame foi bastante tranquila na rede municipal de ensino,” disse a secretária.
“A partir de agora, os professores farão a correção da prova através do aplicativo de celular Corrige. Na rede estadual, ela também foi aplicada nas turmas de 6º ao 9º ano do ensino fundamental e nas de 1º ao 3º ano do ensino médio,” acrescentou a técnica do NRE, Neucely Ribeiro.
Na primeira edição da Prova Paraná, feita no último mês de março, os alunos do 5º ano da rede municipal de Apucarana acertaram 64,85% das questões de língua portuguesa e 69,25% das de matemática. Uma terceira edição da avaliação está agendada para o mês de setembro.
“Os resultados já foram muito bons, mas serviram para que os professores revisassem suas estratégias em relação aos estudantes que têm mais dificuldades. Nós acreditamos que o percentual de acertos na segunda edição será ainda maior,” afirmou a secretária.
De 11 a 14 de junho, os 1340 alunos matriculados nas turmas de 2º ano também passarão por uma prova para verificar a fluência em leitura na fase de alfabetização.


Até Sheherazade abandona Moro e Dallagnol


Até a jornalista Rachel Sheherazade, que outrora foi umas das principais defensoras da operação Lava Jato e de Sérgio Moro, abandonou o atual ministro da Justiça e Deltan Dallagnol; em vídeo postado nesta terça-feira (12), ela expõe que é mais daquelas e daqueles que estão assombrados ao se depararem com a face real dos que consideravam "heróis da pátria" e diz que "as mensagens divulgadas pelo site The Intercept provam o quando estávamos enganados sobre Moro e Dallangnol"
247 - Até a jornalista Rachel Sheherazade, âncora do telejornal SBT Brasil, que outrora foi umas das principais defensoras da operação Lava Jato e de Sérgio Moro, abandonou o atual ministro da Justiça e Deltan Dallagnol. Em vídeo postado nesta terça-feira (12), ela expõe que é mais daquelas e daqueles que estão assombrados ao se depararem com a face real dos que consideravam "heróis da pátria" e considera que "as mensagens divulgadas pelo site The Intercept provam o quando estávamos enganados sobre Moro e Dallangnol". 
“Mensagens trocadas entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol são um verdadeiro ataque ao Estado Democrático de Direito. Essas mensagens provam o quando estávamos enganados sobre as boas intenções tanto do juiz, quanto do procurador”, afirma ela. 
Ela ainda diz que “os vazamentos estratégicos e seletivos antes das eleições presidenciais, a ascensão de Sergio Moro a ministro de Estado e agora a revelação desta intimidade promíscua entre Moro e Dallagnol dão provas de que por trás da luta contra a corrupção, que é justa, havia sim um projeto de poder político. Isso se concretizou com a nomeação de Sergio Moro como ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro”, ressalta. 
 Veja a íntegra do vídeo: 


Por que o Intercept está demorando tanto para publicar a próxima reportagem? Glenn responde


O The Intercept Brasil não está demorando muito para publicar a próxima reportagem sobre o escândalo do conluio entre Sergio Moro e Delta Dallagnol?
O próprio Glenn Greenwald, co-fundador do site, respondeu a essa pergunta, na entrevista que deu à agência Pública:
“Se eu entendi, Glenn, você está me dizendo que os documentos que vocês ainda estão trabalhando vão apontar uma relação mais próxima da Globo nesse processo com Dallagnol e Moro, é isso?”, pergunta o repórter Thiago Domenici.
Glenn Greenwald responde:
Eu não posso falar muito sobre os documentos que ainda não publicamos porque isso não é responsável. Precisa passar pelo processo editorial mas, sim, posso falar que exatamente como disse hoje, a Globo foi para a Força Tarefa da Lava Jato aliada, amiga, parceira, sócia. Assim como a Força Tarefa da Lava Jato foi o mesmo para a Globo.
Muita gente está querendo saber qual vai ser o próximo passo do The Intercept Brasil, as próximas reportagens. Queria que você esclarecesse o que é fundamental para essa apuração estar pronta jornalisticamente, para que vocês soltem novas revelações.
Não somos o Wikileaks. Não estamos simplesmente publicando material que nós temos, sem contexto ou reportando sem entender, sem analisar, sem pesquisar. Estamos fazendo jornalismo. E esses documentos são complexos. Entendo que todo mundo queira ver o que nós temos porque esse material tem interesse público e eles [o público] têm o direito de ver. Mas, por outro lado, nós temos a responsabilidade jornalística para usar o tempo que precisarmos para confirmar que tudo que nós estamos reportando é verdade. Por que se nós cometermos um erro, eles vão usar isso contra a gente para sempre, para atacar nossa credibilidade, da reportagem, de tudo. Por exemplo, todo mundo está falando: “onde estão os áudios?”. É muito complicado reportar áudios. Precisa confirmar quem está falando, precisa confirmar o contexto sobre o que estão falando. Precisa conectar isso com outros materiais, outros documentos e isso leva tempo. Nós vamos publicar logo, mas nós não vamos correr. Nossa prioridade é confirmar que tudo que estamos reportando está informando o público e não enganando o público, como eles fizeram.
Fonte: DCM

Glenn: documentos mostrarão ligação espúria da mídia com Lava Jato


Glenn Greenwald, o jornalista que está desmascarando a Lava Jato, tem um veredito, depois de examinar o enorme volume de conversas e mensagens de Sérgio Moro e da equipe da Lava Jato: "É incrível porque, para mim, o tempo todo, a grande mídia não estava reportando sobre a Lava Jato, ela estava trabalhando para a Lava Jato"; ele avisa que as próximas reportagens revelarão as conexões espúrias entre a Lava Jato e a mídia conservadora
247 - O jornalista Glenn Greenwald, de posse de um enorme volume de conversas e mensagens de Sérgio Moro e da equipe da Lava Jato, que começaram a ser divulgadas na "Vaza Jato" no último domingo tem um veredito claro sobre a mídia conservadora do país: "É incrível porque, para mim, o tempo todo, a grande mídia não estava reportando sobre a Lava Jato, ela estava trabalhando para a Lava Jato". Ele avisa que "nós vamos reportar", ou seja, a série de reportagens que será publicada revelará as conexões espúrias entre a Lava Jato e a mídia conservadora.
As declarações de Greenwald estão em entrevista ao jornalista Thiago Domenici, da Agência Pública, que você pode ler a seguir:
“Se você não quer esses riscos, você não deve fazer jornalismo”, afirma Glenn Greenwald sobre a série do The Intercept Brasil que revelou no último domingo trocas de mensagens nada republicanas entre o então juiz federal Sérgio Moro e a força-tarefa da Lava Jato.
As revelações, frutos de documentos enviados por uma fonte anônima, podem ter influenciado os rumos das últimas eleições no país e seu conteúdo dinamitou uma série de reações em todas as esferas de poder e da opinião pública.
Na entrevista à Pública, Greenwald fala sobre as reações dos envolvidos e trata da cobertura da imprensa sobre a Lava Jato antes e depois das reportagens do The Intercept Brasil. “Quando a grande mídia transforma Moro e a Força Tarefa em deuses ou super heróis, se torna inevitável o que aconteceu. Os jornalistas pararam de investigar e questionar a Lava Jato e simplesmente ficaram aplaudindo, apoiando e ajudando”, avalia.
Segundo ele, há exceções como a Folha de S. Paulo e jornalistas independentes. E pondera: “preciso falar que depois de publicar o que publicamos, acho que com uma exceção, que é a Globo, a grande mídia está reportando o material de forma mais ou menos justa, com a gravidade que merece”.
Durante o processo de recebimento do material da fonte anônima e da própria produção das reportagens quais foram os momentos mais complicados na tomada de decisão jornalística? Como foi esse processo para vocês?
Para mim foi muito parecido com a reportagem que fizemos com o caso Snowden. Quando você recebe um arquivo gigante, é muito difícil, num primeiro momento, entender o que você tem e o contexto dos documentos que estão nesse arquivo. Segundo, quais os principais documentos que você vai usar, porque, obviamente, estamos lendo conversas privadas entre pessoas, e tem a questão do direito à privacidade mas, por outro lado, essas pessoas estão usando o poder público, então também precisam de transparência — exatamente o que eles fizeram quando interceptaram e divulgaram as conversas privadas do Lula.
Como você avalia a repercussão a partir da própria imprensa brasileira? Hoje, por exemplo, você disse que “a estratégia da Globo é a mesma que os governos usam contra aqueles que revelam seus crimes” e que “a Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato”.
É incrível porque, para mim, o tempo todo, a grande mídia não estava reportando sobre a Lava Jato, ela estava trabalhando para a Lava Jato. Com uma exceção que é a Folha de S. Paulo. A Folha, para mim, manteve uma distância, uma independência, estava criticando, questionando… Mas a Globo, Estadão, Veja, o tempo todo estavam simplesmente recebendo vazamentos, publicando o que a Força Tarefa queria que eles publicassem. Mas, na realidade, preciso falar que depois de publicar o que publicamos, acho que com uma exceção, que é a Globo, a grande mídia está reportando o material de forma mais ou menos justa, com a gravidade que merece.
Por exemplo, o editorial de hoje [dia 11] do Estadão — que era um dos maiores fãs do Moro — falando que ele deve renunciar e Deltan ser afastado. Isso mostra a gravidade das revelações.
A única exceção é a Globo mas essa é uma exceção enorme por causa do poder do Jornal Nacional que está quase tratando a história somente como um crime — e o único crime que interessa é o da nossa fonte, que eles acham que ela cometeu. Eles não têm quase nenhum interesse nas gravações e no comportamento do Moro, do Deltan. Eles estão falando sobre o comportamento da fonte e, na realidade, eles não sabem nada. Mas é interessante por que isso é comportamento de governo.
Como assim?
Quando você denuncia ações de corruptos ou trata de problemas sobre o governo, ele sempre tenta distrair falando somente sobre quem revelou essa corrupção, quem divulgou esses crimes para criminalizar pessoas, jornalistas ou fontes que revelaram o material. Essa estratégia, não dos jornalistas, é o que a Globo está usando. Porque a Globo e a força-tarefa da Lava Jato são parceiras. E os documentos mostram isso, né? Não é só eu que estou falando isso por causa da Globo. Os documentos mostram como Moro e Deltan estão trabalhando juntos com a Globo e nós vamos reportar, então eu sei disso já e a reportagem está mostrando. Mas o resto da grande mídia está tratando a história com a gravidade que merece. É impossível para todo mundo que está lendo esse material defender o que Moro fez. Impossível!
Se eu entendi, Glenn, você está me dizendo que os documentos que vocês ainda estão trabalhando vão apontar uma relação mais próxima da Globo nesse processo com Dallagnol e Moro, é isso?
Eu não posso falar muito sobre os documentos que ainda não publicamos porque isso não é responsável. Precisa passar pelo processo editorial mas, sim, posso falar que exatamente como disse hoje, a Globo foi para a Força Tarefa da Lava Jato aliada, amiga, parceira, sócia. Assim como a Força Tarefa da Lava Jato foi o mesmo para a Globo.
Muita gente está querendo saber qual vai ser o próximo passo do The Intercept Brasil, as próximas reportagens. Queria que você esclarecesse o que é fundamental para essa apuração estar pronta jornalisticamente, para que vocês soltem novas revelações.
Não somos o Wikileaks. Não estamos simplesmente publicando material que nós temos, sem contexto ou reportando sem entender, sem analisar, sem pesquisar. Estamos fazendo jornalismo. E esses documentos são complexos. Entendo que todo mundo queira ver o que nós temos porque esse material tem interesse público e eles [o público] têm o direito de ver. Mas, por outro lado, nós temos a responsabilidade jornalística para usar o tempo que precisarmos para confirmar que tudo que nós estamos reportando é verdade. Por que se nós cometermos um erro, eles vão usar isso contra a gente para sempre, para atacar nossa credibilidade, da reportagem, de tudo. Por exemplo, todo mundo está falando: “onde estão os áudios?”. É muito complicado reportar áudios. Precisa confirmar quem está falando, precisa confirmar o contexto sobre o que estão falando. Precisa conectar isso com outros materiais, outros documentos e isso leva tempo. Nós vamos publicar logo, mas nós não vamos correr. Nossa prioridade é confirmar que tudo que estamos reportando está informando o público e não enganando o público, como eles fizeram.
Na sua avaliação, até pelo fato de você também ser advogado, se um escândalo como esse, que envolve um ministro da Justiça, fosse nos Estados Unidos, por exemplo, você acha que o ministro conseguiria se manter no cargo? E, pessoalmente, você acha que o Moro deveria renunciar ao Ministério da Justiça?
Eu tenho um amigo, dos meus melhores amigos da vida desde os 11 anos, agora um advogado na Flórida, que depois de ler nosso material, disse: “Se um juiz fizesse o que Moro fez, sem dúvida, esse juiz seria retirado, provavelmente não seria promovido porque é uma infração muito grave, colaborando com um lado e fingindo ser neutro”. Ele me disse ainda que todas as decisões desse juiz ficariam sob dúvida e que é impensável que o juiz pudesse manter qualquer cargo público, muito menos ser ministro da Justiça. Porque agora todos nós sabemos, porque nós lemos exatamente o que ele fez, o que ele disse, que ele vai quebrar qualquer regra de ética que ele quiser para realizar os objetivos dele.

Advogados brasileiros — que não são muito políticos — ficaram chocados e ofendidos quando olharam o material e eu também — porque o juiz tem muito poder, e com esse poder vêm muitas responsabilidades, muitas regras éticas. É um poder enorme para condenar alguém e botar alguém na prisão. E o Moro não quebrou uma regra uma vez, mas o tempo todo ele estava mostrando que ele não se importa nem um pouco com essas regras. Ele achou que era totalmente acima da lei e das regras, e é impossível ter alguém como juiz ou como Ministro da Justiça com essa mentalidade.

Como você avaliou a reação do Moro? Por exemplo, o primeiro pronunciamento escrito foi tuitar sua própria nota oficial via site do Antagonista. O que isso significa?
Primeiro, ele está usando o Antagonista para muitas coisas, o tempo todo. Ele está sempre citando o Antagonista, vazando para o Antagonista, todo mundo sabe disso…
O fato de ele usar o Antagonista mostra, para mim, que agora ele sabe que é o único apoio que vai ter — a identidade dele não é mais de juiz apartidário, agora Moro sabe que é uma figura da direita extremista.
E ele vai continuar assim porque todo mundo sabe que Moro não é uma pessoa contra a corrupção mas uma pessoa que faz corrupção quando quiser. E usar o Antagonista mostra que a única preocupação é o que a direita está pensando sobre os comportamentos dele.
E a reação dele, o que achou?
Foi totalmente arrogante, ele está quase falando: “Está me incomodando ter que responder isso”. E achei muito interessante a arrogância porque é exatamente: “Eu sou Sérgio Moro, eu não devo ser questionado, muito menos acusado”. É justamente essa arrogância que causou esse comportamento antiético: porque ele acha que está acima de tudo.
O vazamento do The Intercept Brasil demonstrou mais uma vez a importância de informações vazadas para jornalistas. O caso de pedido da extradição de Julian Assange foi pouco tratado na imprensa brasileira [Assange está com pedido de extradição para os Estados Unidos com 17 acusações como de espionagem e conluio para obter informações secretas]. Isso pode abrir precedente, com implicações até mesmo fora dos EUA?
Com certeza. Esse é o perigo principal que estão mostrando outros países que tentam criminalizar o jornalismo falando que, se você publica documentos secretos, que é o papel do jornalista, você pode ser processado criminalmente como parte dessa teoria de que está conspirando com a sua fonte. Antes desses episódios, sempre os jornalistas tiveram o direito de publicar qualquer material que eles recebessem, independentemente de como a fonte conseguiu obter os documentos. E esses casos, essas apreensões, são perigosas exatamente porque eliminam essa separação entre jornalista e fonte.
Você acha que a imprensa brasileira cobriu mal a Lava Jato durante esses mais de 5 anos? Queria que você me dissesse se sim ou se não e se você acha que foi falta de capacidade de investigação ou opção política?
Não. Acho que tiveram boa intenção. Corrupção é muito comum aqui no Brasil na direita, esquerda e no centro. Todo mundo chegou no limite e não aguentava mais. Eu entendo o apoio a Lava Jato ao ver políticos poderosos e bandidos finalmente na prisão, é natural. Eu também elogiei a Lava Jato, às vezes, por causa disso. Mas, exatamente como acontece com todos os humanos, qualquer grupo de pessoas que têm poder, como a Lava Jato, também tem a capacidade de abusar desse poder. E quando a grande mídia transforma Moro e a Força Tarefa em deuses ou super heróis, se torna inevitável o que aconteceu. Os jornalistas pararam de investigar e questionar a Lava Jato e simplesmente ficaram aplaudindo, apoiando e ajudando.
Como eu disse, com exceção da Folha, que ficou sempre um pouco mais distante e mais independente e, obviamente, muitos jornalistas independentes. Estou falando sobre a grande mídia.
Eu vi que o Antagonista publicou que “uma denúncia anônima foi protocolada junto ao Ministério Público Federal contra o The Intercept”. E a gente está vendo desde a publicação da reportagem inúmeros ataques a você, ao seu companheiro David Miranda [deputado federal pelo PSOL], ataques homofóbicos, gente pedindo a sua deportação. Enfim, questões que te atingem pessoalmente. Você, sua família e também a equipe do The Intercept Brasil têm uma estratégia de defesa legal e digital? Como vocês estão pensando a questão da segurança daqui para frente?
Sim. Eu e meu marido estivemos juntos no caso do Snowden e nós lutamos contra os governos mais poderosos do mundo e a CIA, NSA Reino Unido… Estávamos sendo ameaçados o tempo todo. Então, nós já conhecemos essas questões muito bem. Eu moro aqui no Brasil há 14 anos, então conheço o Brasil muito bem. Eu sei como funciona.
Nós ficamos muitas semanas planejando como proteger a nos e a nossa fonte contra os riscos físicos, riscos legais, riscos políticos, riscos que vão tentar sujar a nossa reputação. Nós estamos prontos. Mas não existe nenhuma vida sem riscos. Não se pode eliminar riscos, pode-se tomar medidas para minimizar. Então, a equipe do The Intercept Brasil, que não tem a proteção como alguém com a minha visibilidade, que é casado com um deputado federal… Eles são jovens, 25, 30 anos, e são muito corajosos fazendo esse trabalho destemido. Sim, é muito perigoso, obviamente, e sou alvo dessa campanha para me expulsar do país, chamando-me de inimigo do Brasil, ameaça a segurança nacional e que devo ser preso.
Mas nós sabíamos que tudo isso iria acontecer, mas o que podíamos fazer? Têm jornalistas cobrindo guerras. Têm jornalistas sem visibilidade investigando corrupção contra pessoas muito perigosas.
Se você não quer esses riscos, você não deve fazer jornalismo.


OAB quer que Barroso esclareça “corruptos eufóricos “


TSE
Conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugeriram à direção do órgão que interpele o ministro do Supremo Tribunal Luís Roberto Barroso; após as reportagens do The Intercept, ele disse que tem "dificuldade de entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros"; advogados querem que o ministro nomeie os eufóricos
47 - Conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugeriram à direção do órgão que interpele o ministro do Supremo Tribunal Luís Roberto Barroso. A informação é da coluna Painel. Após as reportagens do The Intercept, ele disse à GloboNews que tem "dificuldade de entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros".
Advogados querem que o ministro nomeie os eufóricos. O conselheiro Guilherme Batochio sugeriu no grupo do conselho que a OAB o questione formalmente.
Uma matéria do Intercept apontou que o ex-juiz federal Sérgio Moro foi além do seu papel de juiz na troca de mensagens com o procurador Deltan Dallagnol. "Moro sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos", afirma o texto.
Outra reportagem apontou que Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina. "No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.
Uma publicação revelou, ainda, que procuradores fizeram o possível para impedir entrevista de Lula antes do segundo turno, quando o Supremo Tribunal Federal acatou o pedido de entrevista da Folha de S.Paulo
A procuradora Laura Tessler logo exclamou: "Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela isonomia, devem vir tantos outros jornalistas… e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse… ". "Ando muito preocupada com uma possivel volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve", disse.
Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias exclamações: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
Após uma hora, Tessler deixou explícito o que deixava os procuradores tão preocupados: "sei lá…mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger o Haddad".


“Pede para sair, Moro”, escreve Elio Gaspari


Edilson Rodrigues
"As conversas impróprias de Sergio Moro com o procurador Deltan Dallagnol enodoaram a Lava Jato e fragilizaram a condenação imposta a Lula pelo tríplex de Guarujá (SP). Se isso fosse pouco, a postura arrogante do ministro da Justiça nas horas seguintes às revelações do site The Intercept Brasil, obriga muitos daqueles que gostariam de defendê-lo a ficar no papel de bobos", diz o colunista Elio Gaspari, um dos mais influentes do País, que já defende a sua renúncia
247 – O jornalista Elio Gaspari, um dos mais influentes do país, passou a defender a renúncia do ministro Sergio Moro, em artigo publicado nesta quarta-feira. "As conversas impróprias de Sergio Moro com o procurador Deltan Dallagnol enodoaram a Lava Jato e fragilizaram a condenação imposta a Lula pelo tríplex de Guarujá (SP). Se isso fosse pouco, a postura arrogante do ministro da Justiça nas horas seguintes às revelações do site The Intercept Brasil, obriga muitos daqueles que gostariam de defendê-lo a ficar no papel de bobos", diz ele. "O fato grave é ver um juiz, numa rede de papos, cobrando do Ministério Público a realização de 'operações', oferecendo uma testemunha a um procurador, propondo e consultando-o a respeito de estratégias", afirma o jornalista, que também condena o vazamento do grampo ilegal com a ex-presidente Dilma Rousseff, do qual Moro se vangloriou.
Gaspari diz ainda que 'as mensagens de Moro e de Deltan deram um tom bananeiro à credibilidade da Operação Lava Jato e mudaram o eixo do debate nacional em torno de seus propósitos". Gaspari avalia ainda que "a presença dos dois nos seus cargos ofende a moral e o bom senso."
Em outro ponto, o jornalista critica abusos cometidos ao longo do caminho. "Em nome de um objetivo maior, a Lava Jato e Moro cometeram inúmeros pecados factuais e algumas exorbitâncias, tais como o uso das prisões preventivas como forma de pressão para levar os acusados às delações premiadas. Como não houve réu-delator que fosse inocente, o exorbitante tornou-se conveniente. Ao longo dos anos, Moro e os procuradores cultivaram e, em alguns casos, manipularam a opinião pública. Agora precisam respeitá-la", pontua o colunista, que também condena o vazamento do grampo ilegal da ex-presidente Dilma Rousseff, do qual Moro se vangloriou.
"O viés militante de Moro e Deltan na Lava Jato afasta-os do devido processo legal, aproximando-os da República do Galeão, instalada em 1954 em cima de um inquérito policial militar que desaguou no suicídio de Getúlio Vargas", conclui Gaspari.


Condenação de Lula poderá ser anulada, diz criminalista


Ricardo Stuckert
Em entrevista à Sputnik Brasil, o advogado criminalista Yuri Sahione diz que a postura de Moro não é adequada a um magistrado. "Claramente mostra que há sim uma torcida, uma interferência, uma comunhão de esforços para alcançar um objetivo comum. Então nesse caso está evidenciado que houve afastamento do magistrado da posição de imparcial", afirmou. "Me parece a prova material, a prova cabal dos argumentos que a defesa do ex-presidente Lula vem veiculando de que há uma situação de lawfare, que é aquela em que o Estado se utiliza do sistema para prejudicar uma pessoa"
Sputinik – No último domingo (9), o veículo The Intercept Brasil divulgou trechos de mensagens atribuídas ao ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a membros da força-tarefa da Lava Jato, em especial o procurador Deltan Dallagnol.
Segundo a reportagem, as mensagens trocadas por meio de um aplicativo de conversas por celular foram entregues por uma fonte que pediu sigilo e apontam para uma "colaboração proibida" entre o então juiz federal responsável por julgar a Lava Jato em Curitiba e os procuradores, a quem cabe acusar os suspeitos de integrar o esquema de corrupção.
Nas conversas, Moro supostamente orienta Deltan Dallagnol sobre como deveriam ser os próximos passos da operação, dando pistas, indicando testemunhas e até mesmo antecipando decisões.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o advogado criminalista Yuri Sahione diz que a postura de Moro não é adequada a um magistrado.
"Claramente mostra que há sim uma torcida, uma interferência, uma comunhão de esforços para alcançar um objetivo comum. Então nesse caso está evidenciado que houve afastamento do magistrado da posição de imparcial, para que ele possa se distanciar da acusação", afirmou.
Tanto o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol, como o ministro Moro disseram ter sido alvos de uma invasão criminosa de seus celulares e negaram qualquer irregularidade na troca de mensagens.
Segundo Yuri Sahione, as mensagens reveladas pelo The Intercept podem anular a condenação "do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros réus citados nas mensagens".
"Me parece a prova material, a prova cabal dos argumentos que a defesa do ex-presidente Lula vem veiculando de que há uma situação de Lawfare, que é aquela em que o Estado se utiliza do sistema para prejudicar uma pessoa", afirmou.
De acordo com Yuri Sahione, mesmo o caso já tendo sido julgado em duas instâncias, isso não impede que seja anulado, já que as trocas de mensagens se constituem como um fato novo que ainda não havia sido apreciado.
"Esse é um fato novo, nós não estamos considerando que esse já era um fato conhecido e que foi rejeitado pelas instâncias anteriores", argumentou.

Greve geral na sexta deve ter a adesão de mais de 30 categorias no PR. Veja quais

Manifestação contra a reforma da Previdência em maio deste ano
Manifestação contra a reforma da Previdência em maio deste ano (Foto: Franklin de Freitas)

Trabalhadores de pelo menos 31 categorias prometem cruzar os braços nesta sexta-feira (14) no Paraná, em adesão à greve geral chamada pelas centrais sindicais. O movimento é em protesto aos cortes de orçamento destinados à Educação e a Reforma da Previdência. Mas também têm outras pautas, como o pagamento da data base e a valorização das categorias.
Porém, o número ainda pode subir. Motoristas e cobradores ainda devem decidir se aderem ou não ao movimento, assim como os caminhoneiros autônomos, que estariam divididos sobre participar deste dia de greve geral. Entre as entidades que já declararam a adesão estão servidores públicos da esfera municipal, estadual e federal, de áreas diversas, como a educação, saúde e segurança pública.
Os metalúgicos também devem participar e anunciam que serão realizadas cinco carreatas “gigantescas” no dia da manifestação geral. A informação é do Comitê Unificado da Greve Geral no Paraná. Os bancários decidiram, na noite de ontem, que irão participar da paralisação.
O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismac) e o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), em assembleia conjunta realizada no dia 6 de junho, definiram pela participação. Eles somam mais de 20 mil trabalhadores. “A Reforma da Previdência é desumana e tem como objetivo acabar com a aposentadoria dos trabalhadores, e privilegiando alguns setores”, diz o texto de convocação de adesão ao movimento.
A pauta do dia de greve geral acabou incluindo outras demandas, como a dos servidores estaduais, que no momento reivindicam a data base das categorias, além da aposentadoria. A geração de emprego também é uma dos motes do protesto, já que o País vem patinando nesta setor nos últimos anos. Hoje seriam mais de 12 milhões de desempregados no Brasil.


Categorias confirmadas

• SMC: Metalúrgicos da Grande Curitiba 

• SISMAC: Escolas
• SISMUC: CMEIS, Escolas e quadro geral dos servidores da prefeitura de Curitiba. 
• SIFAR: Quadro geral das servidoras e servidores de Araucária 
• SISMMAR: Magistério Municipal de Araucária 
• APUFPR - SSIND- Trabalhadoras/es da UFPR
• Bancárias/os
• SINDIPETRO: Petroleiras/os
• SINJUTRA: Servidoras/es Públicos Federais da Justiça do Trabalho.
• SINDTEST: Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no estado do Paraná
• SINSEP: Sindicato dos Servidores Públicos de São José dos Pinhais

As seguintes entidades que compoem o FES- Fórum das Entidades Sindicais definiram aderir a greve geral convocada pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência e ainda em defesa da data-base:


• Educação Básica – escolas e colégios estaduais: APP-Sindicato.
• Instituições Estaduais de Ensino Superior – IEES – Universidades estaduais: Assuel (Londrina) Sindiprol/Aduel (Londrina) Sinteemar e Sesduem (Maringá) Sinteoeste e Adunioeste (Cascavel) Sintespo (Ponta Grossa) Sintesu (Guarapuava) Unespar (7 universidades) 
• Saúde SindiSaúde-PR.
• Meio Ambiente e Agricultura: SindiSeab
• Segurança Pública: 
- Apra (polícia militar); 
- Sindespol (escrivães); 
- Sipol (investigadores); 
- UPCB Bombeiros (bombeiros militares); 
- Sindarspen (agentes penitenciários); 
- Sinssp-PR (servidor@s técnic@s administrativos); 
- Sindespol (polícia militar); 
- Sinclapol (polícia Civil);
- Adepol (associação de delegados)
• Sinpoapar- Peritos
• Assofepar, AVM e Amai (associações de militares)
• Estradas e Rodagem: Sinder
• Detran: SinDetran
• Servidores do Judiciário: Sindijus-PR (Judiciário) 
• SindiMP-PR (Ministério Público)

Fonte: Bem Paraná com informações do Comitê Unificado da Greve Geral no Paraná


Apucarana investe R$ 1,3 milhão na reconstrução de creche da Vila São Carlos


O prefeito Junior da Femac autorizou na segunda-feira (10) a abertura de processo licitatório para a execução de obras no CMEI Josa Ribeiro
Resultado de imagem para CMEI JOSA RIBEIRO APUCARANA
O prefeito Junior da Femac autorizou na segunda-feira (10) a abertura de processo licitatório para a realização de obras em mais uma unidade de ensino apucaranense. O contemplado neste momento é o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Josa Ribeiro, da Vila São Carlos, que será reconstruído e dobrará de tamanho. O investimento estimado é de R$ 1.297.986,16.
De acordo com o projeto de engenharia, o prédio atual – de 338,38 m2 – deve ser demolido e dar lugar a uma nova edificação, de 689,91 m2, mais moderna, acessível a pessoas com deficiência e compatível com as normas vigentes do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e do Ministério da Educação.
O CMEI Josa Ribeiro foi inaugurado no ano de 2003. “No entanto, o prédio onde ele está instalado foi construído bem antes, no início da década e 1980, e sediou por muito tempo o abrigo de crianças SOS Ebenezer, da Igreja Assembleia de Deus,” explica a secretária municipal de educação, Marli Fernandes.
Ela acrescenta que a creche atende no momento a 104 crianças, provenientes da Vila São Carlos, do Residencial Interlagos, da Vila Regina e do Núcleo João Paulo.
O número de vagas aumentará com a construção do novo prédio, que terá oito salas de aula, lactário, sanitários para professores e alunos, cozinha, refeitório, despensa, depósito de materiais de limpeza, almoxarifado, lavanderia e sala de direção. “Depois que as obras forem concluídas, o número de alunos deve saltar para cerca de 170,” adianta o prefeito Júnior da Femac.
O projeto prevê ainda a edificação de muros, portal e rampa de acesso, além da instalação de uma cobertura em policarbonato até a entrada do prédio.
No final do ano passado, a Prefeitura de Apucarana já havia investido outros R$ 385 mil na aquisição da área de 2.380,50 m2 onde funciona o CMEI Josa Ribeiro. O prazo para a realização da licitação é de 90 dias.


terça-feira, 11 de junho de 2019

Assustado, governo Bolsonaro quer censurar Greenwald


Assustado com as revelações de fraude e conluio com o Ministério Público que atingem um de seus principais ministros, Sérgio Moro, o governo de Jair Bolsonaro está estimulando medidas contrárias à liberdade de expressão contra o jornalista Glenn Greenwald; deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) defendeu o fechamento do site The Intercept, que divulgou o escândalo da Lava Jato, e a deportação de Greenwald, que é cidadão norte-americano; bolsonaristas na Câmara prometem criar uma CPI para investigar a Vaza Jato 
247 - Assustado com as revelações de fraude e conluio com o Ministério Público que atingem um de seus principais ministros, Sérgio Moro, o governo de Jair Bolsonaro está estimulando medidas contrárias à liberdade de expressão contra o jornalista Glenn Greenwald. 
O deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) defendeu o fechamento do site The Intercept, que divulgou o escândalo da Lava Jato, e a deportação de Greenwald, que é cidadão norte-americano. 
Junto com o deputado Filipe Barros (PSL-PR), Jordy está tentando obter assinaturas para criação de uma CPI para investigar o vazamento de informações de membros da lava jato.  
Atenção, Polícia Federal @policiafederal, Ministros @ernestofaraujo @SF_Moro e Presidente @jairbolsonaro. É isso! https://t.co/RzgGIclzbr
— Carlos Jordy (@carlosjordy) 10 de junho de 2019
“Olha a matéria do intercept sobre a conversa do Moro e procuradores do MPF. A lava jato é partidária.”

O fundador e editor do intercept é de esquerda, amigo do Lula e casado com um deputado do PSOL. Se tem algo partidário,é o @TheInterceptBr#FechemOIntercePT#DeportaGreenwald
— Carlos Jordy (@carlosjordy) 10 de junho de 2019
A hashtag #deportagreenwald apareceu no início da tarde de segunda-feira (10) e foi ganhando corpo. No fim do dia, já estava empatada com #vazajato e #morocriminoso. Nas primeiras 38 horas desde a divulgação das gravações pelo The Intercept Brasil, a disputa de hashtags registrou 60% de citações para os críticos da Lava Jato e 40% para os defensores, de acordo com informações da coluna de Fábio Zanini, na Folha de S.Paulo.
Os dados são da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP-FGV). Somadas, as hashtags #vazajato, #morocriminoso e #lulalivre tiveram 597 mil menções entre as 18 horas de domingo (9) e 8 horas de terça (11). No outra ponta, os favoráveis a Moro (#euapoioalavajato e #deportagreenwald) registraram 394 mil citações.


STF: 2ª Turma envia para plenário ação que poderia libertar Lula


Novo julgamento não tem data para acontecer; em sessão da 2ª Turma do STF, o ministro Ricardo Lewandowski, votou pela concessão de um habeas corpus coletivo que poderia libertar o ex-presidente Lula; no entanto, a relatora, ministra Cármen Lúcia, sugeriu que o tema seja apreciado pelo plenário, antes de qualquer efeito; não há previsão de data do novo julgamento
247 - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (11) pela concessão de um habeas corpus coletivo que pede a derrubada de uma súmula do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a segunda instância da Operação Lava Jato, que determina a prisão automática de presos condenados em segunda instância. A medida possibilitaria a libertação do ex-presidente Lula.
No entanto, de acordo com nota do site Buzzfeead, a relatora, ministra Cármen Lúcia, sugeriu que o tema seja apreciado pelo plenário, antes de qualquer efeito e a Segunda Turma decidiu enviar o caso para plenário do Supremo, que depende do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, marcar a data.
Lewandowski havia pedido vista no julgamento, em setembro de 2018. Já havia votado o ministro Gilmar Mendes, que se posicionou contra a prisão em segunda instância e dois ministros votaram a favor - Edson Fachin e Celso de Mello. 
Ao votar, o ministro Lewandowski afirmou que “é de uma clareza solar em se tratando do cerceamento da liberdade de qualquer pessoa que a decisão judicial há de ter em conta o princípio da individualização da pena” e não pode haver prisão motivada por “fórmulas vagas” ou entendimento do Supremo.
“Ao reconhecer que a execução provisória da pena é uma possibilidade, o STF deixou claro que ela não é automática, devendo ser necessariamente motivada. E só pode ser decretada com base no Código de Processo Penal”, lembrou o magistrado.