segunda-feira, 10 de junho de 2019

Dallagnol confessou montagem contra Lula várias vezes


Esq.: Fabio Pozzebom - ABR
O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol confirmou ao ex-juiz federal Sérgio Moro a falta de provas contra Lula no processo do triplex em Guarujá (SP); "A denúncia é baseada em muita prova indireta de autoria, mas não caberia dizer isso na denúncia e na comunicação evitamos esse ponto", escreveu Dallagnol a Moro; mensagem mostra a farsa da condenação sem provas do ex-presidente
247 - O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol confirmou ao ex-juiz federal Sérgio Moro a falta de provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex em Guarujá (SP).
"A denúncia é baseada em muita prova indireta de autoria, mas não caberia dizer isso na denúncia e na comunicação evitamos esse ponto", escreveu Dallagnol a Moro.
Segundo reportagem do site The Intercept Brasil, Dallagnol enviou a seguinte mensagem ao grupo Incendiários ROJ no aplicativo Telegram:
"Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis? Então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram tô com receio da história do apto? São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua", escreveu Dallagnol ao fazer sua última leitura da denúncia.
A sentença de Moro contra Lula foi questionada por vários juristas. O ex-presidente foi acusado de ter recebido da OAS um apartamento como propina, mas nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel. 


Zanin: documentos provam que processos foram corrompidos e liberdade de Lula é urgente


Advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, diz em nota que "ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-Presidente Lula estão corrompidos pelo que há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos" e que "o restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente"; o advogado lembra que todas as ilegalidades referentes à atuação de Moro como parceiro da Lava Jato já haviam sido apresentadas como provas à Justiça e até à ONU
247 - Diante da divulgação de mensagens secretas trocadas entre procuradores da Lava Jato, que comprovam que o ex-juiz Sérgio Moro atuou como auxiliar da acusação, instruindo, aconselhando e dando pistas ao procurador Deltan Dallagnol, a defesa do ex-presidente Lula divulga a seguinte nota:
Em diversos recursos e em comunicado formalizado perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU em julho de 2016 demonstramos, com inúmeras provas, que na Operação Lava Jato houve uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem publicada hoje (09/06/2019) pelo portal "The Intercept" revela detalhes dessa trama que foi afirmada em todas as peças que subscrevemos na condição de advogados de Lula a partir dos elementos que coletamos nos inquéritos, nos processos e na conduta extraprocessual dos procuradores da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro.
A atuação ajustada dos procuradores e do ex-juiz da causa, com objetivos políticos, sujeitou Lula e sua família às mais diversas arbitrariedades. A esse cenário devem ser somadas diversas outras grosseiras ilegalidades, como a interceptação do principal ramal do nosso escritório de advocacia para que fosse acompanhada em tempo real a estratégia da defesa de Lula, além da prática de outros atos de intimidação e com o claro objetivo de inviabilizar a defesa do ex-Presidente.
Ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-Presidente Lula estão corrompidos pelo que há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos. O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente, assim como o reconhecimento mais pleno e cabal de que ele não praticou qualquer crime e que é vítima de "lawfare", que é a manipulação das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política.

Greenwald consegue documentos inéditos sobre Moro e Dallagnol e anuncia a #VazaJato

Reprodução/Twitter
A maior farsa jurídica da história do Brasil, que condenou o ex-presidente Lula sem provas e impediu sua eleição para a presidência da República, pode estar começando a ser desmascarada. O anúncio foi feito pelo jornalista Gleen Greenwald, que foi também responsável pela divulgação dos documentos de Edward Snowden, da NSA. "O arquivo fornecido pela nossa fonte sobre o Brasil é um dos maiores da história do jornalismo. Ele contém segredos explosivos em chats, áudios, vídeos, fotos e documentos sobre @deltanmd, @SF_Moro e muitas facções poderosas. Nossas reportagens acabaram de começar. #VazaJato", escreveu
247 – A maior farsa jurídica da história do Brasil, que condenou o ex-presidente Lula sem provas e impediu sua eleição para a presidência da República, pode estar começando a ser desmascarada. O anúncio foi feito pelo jornalista Gleen Greenwald, que foi também responsável pela divulgação dos documentos de Edward Snowden, da NSA. "O arquivo fornecido pela nossa fonte sobre o Brasil é um dos maiores da história do jornalismo. Ele contém segredos explosivos em chats, áudios, vídeos, fotos e documentos sobre @deltanmd, @SF_Moro e muitas facções poderosas. Nossas reportagens acabaram de começar. #VazaJato", escreveu.


domingo, 9 de junho de 2019

Randolfe diz que prisão de Lula está desmoralizada pela história


"Independente do processo, o juiz que decretou a prisão de Lula está desmoralizado. O processo cumpriu as regras do Estado de Direito, mas é uma prisão desmoralizada pela pela história. O juiz que assinou a prisão hoje é ministro do principal opositor do presidente Lula na eventual campanha eleitoral, se ele fosse candidato, e isso eu tenho de reconhecer", disse o senador da Rede, em entrevista à TV 247
William De Lucca, 247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse, durante o programa De Lucca Entrevista, na TV 247, que a prisão do ex-presidente Lula (PT) está "desmoralizada para a história". Para ele, o ingresso de Sérgio Moro no governo de Jair Bolsonaro (PSL) deixa sob suspeita a isenção do ex-juiz, que condenou Lula na primeira instância.
"Independente do processo, o juiz que decretou a prisão de Lula está desmoralizado. O processo cumpriu as regras do Estado de Direito, mas é uma prisão desmoralizada pela história. O juiz que assinou a prisão hoje é ministro do principal opositor do presidente Lula na eventual campanha eleitoral, se ele fosse candidato, e isso eu tenho de reconhecer", disse o senador da Rede.
Randolfe acredita que a participação de Moro como ministro da Justiça de Bolsonaro compromete a credibilidade da própria operação Lava Jato. "É inaceitável que o principal personagem político, exaltado por muitos como herói nacional, tenha assumido um cargo político no governo de alguém que era o principal opositor do então réu que ele levou à prisão", criticou.
Assista a entrevista na íntegra e inscreva-se no canal:



Bolsonaro faz terrorismo e ameaça dar calote em aposentados


Agência Brasil
"Sem aprovação do PLN 4 pelo Congresso teremos que suspender o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiência já no próximo dia 25. Nos meses seguintes faltarão recursos para aposentadorias, Bolsa Família, PRONAF, Plano Safra...", ameaçou o presidente pelo Twitter neste sábado 8
247 - O presidente Jair Bolsonaro voltou a usar do terror e da ameaça neste sábado 8 para tentar aprovar matérias de interesse do governo. Agora ele trata do PLN 4, que deve ir à votação na próxima semana. 
O projeto autoriza o governo a descumprir a regra de ouro por meio da venda de títulos públicos para pagar despesas correntes no valor de R$ 248 bilhões. A Constituição só permite a operação nos casos de investimentos.
"Sem aprovação do PLN 4 pelo Congresso teremos que suspender o pagamento de benefícios a idosos e pessoas com deficiência já no próximo dia 25. Nos meses seguintes faltarão recursos para aposentadorias, Bolsa Família, PRONAF, Plano Safra...", ameaçou o presidente pelo Twitter.
Nesta semana, o líder do PT, deputado Paulo Pimenta, criticou a postura da base aliada por, segundo ele, não procurar o diálogo para aprovação da matéria. "Bolsonaro não quer aprovar o #PLN4. Se quisesse, no mínimo procuraria as bancadas da oposição para dialogar. Mas ele aposta na estratégia do caos", disse.






Brasil estreia no Mundial, 40 anos após as mulheres serem proibidas de jogar


CBF
A proibição da presença feminina em campos de futebol durou quase 40 anos, e vigorou entre 1941 e 1979, marcando gerações de brasileiras que não puderam exercer seu talento nos gramados; o argumento sexista de que o futebol poderia ferir a “natureza feminina” serviu para criar um vácuo no esporte feminino, em prol da “dedicação ao lar” e “à família”
RFI Brasil - Neste domingo (9), a seleção feminina entra em campo para disputar a Copa do Mundo da França, evento que já conta com uma audiência recorde: cerca de 40 milhões de europeus assistiram o primeiro jogo quando as francesas bateram as sul-coreanas por 3 a 0. Mas nem sempre foi assim. Entre as ditaduras do Estado Novo (Getúlio Vargas) e a Militar, mulheres brasileiras foram presas por se aventurarem nos gramados, reservados apenas aos homens. No entanto, elas nunca pararam de jogar, mesmo clandestinamente.
Assinado por Getúlio Vargas em 14 de abril de 1941, durante a ditadura do Estado Novo, o artigo 54 do decreto-lei 3.199, afirmava que ”às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”.
A proibição da presença feminina em campos de futebol durou quase 40 anos, e vigorou entre 1941 e 1979, marcando gerações de brasileiras que não puderam exercer seu talento nos gramados. O argumento sexista de que o futebol poderia ferir a “natureza feminina” serviu para criar um vácuo no esporte feminino, em prol da “dedicação ao lar” e “à família”.
Em declarações à imprensa brasileira, Aira Bonfim, historiadora e pesquisadora, responsável pela implementação do Centro de Referência do Futebol Brasileiro, no Museu do Futebol, em São Paulo, afirma que era “como se você, por quase 40 anos, construísse uma ideia, uma cultura e uma proibição moral”.
Em 1965, após o golpe de 1964 que instaura a Ditadura Militar no Brasil, o recente governo militar decide tornar expressa a proibição de mulheres jogarem futebol, e inclui na lei uma série de esportes considerados “inapropriados para mulheres”, como futebol, pólo aquático e rúgbi. Mas a proibição não se limitava apenas às esportistas.
A brasileira Lea Campos, 75, que marcou o futebol brasileiro e mundial ao se tornar a primeira mulher árbitra do Brasil e do mundo, relatou à Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (6) ter sido presa mais de 15 vezes entre 1967 e 1971, por desobedecer ao decreto assinado por Vargas. Ela conta que, quando a polícia invadia o campo para prender as jogadoras, ela se oferecia como responsável, enquanto árbitra da partida.
Clandestinidade
A literatura especializada mostra que a saída das jogadoras, entre esses “anos de chumbo”, foi jogar bola nas periferias ou em locais clandestinos, onde “não pudessem ser vistas”. Literalmente, mulheres jogando bola, em 1940, se tornavam “caso de polícia”, como demonstram vários registros históricos da imprensa mineira da época.
Curiosamente, pouco antes do decreto de Vargas, criminalizando o futebol feminino, o ano de 1940 viu surgir em Belo Horizonte o primeiro time feminino de Minas Gerais, que ganhou repercussão nacional, uma agremiação chamada Mineiras F.C., que veio se juntar a times como Casino Realengo e S.C. Brasileiro, que frequentavam normalmente as páginas dos jornais esportivos brasileiros, antes da onda de repressão iniciada pelo decreto da Era Vargas.
Mesmo com o fim da proibição de mulheres jogarem futebol no Brasil, em 1979, a regulamentação da modalidade feminina só aconteceu em 1983, e graças à mobilização das próprias jogadoras. Especialistas avaliam que os cerca de 40 anos de proibição do esporte no Brasil deixaram um saldo extremamente negativo, com péssimas condições de trabalho e falta de patrocinadores. Além de tudo, um enorme vácuo em relação à criação de uma cultura brasileira do futebol feminino, no país das chuteiras. O futebol feminino foi sufocado e relegado à clandestinidade com argumentos banais e sem respaldo médico.
Elas estão de volta
Depois da primavera feminista e da era #metoo, as garotas brasileiras voltam aos gramados neste domingo (9), estreando no Mundial contra a Jamaica, na cidade de Grenoble, no leste da França. As jamaicanas disputam sua primeira Copa do Mundo. Já as brasileiras, estão em seu oitavo torneio.
O Brasil sofre com contusões e traz um histórico de nove derrotas nos últimos amistosos. A seleção sofrerá ainda em sua estreia com as ausências de duas jogadoras experientes: a zagueira Erika, lesionada no tornozelo e substituída por Daiane, e a atacante e estrela do time, Marta, que ainda se recupera de dores na coxa e deve ficar no banco, segundo o técnico Vadão.


Advogado ameaça deixar caso se Najila não mostrar vídeo completo


Amanda Perobelli/Reuters
Em depoimento na sexta-feira 7, a mulher que acusa Neymar de agressão e estupro afirmou que o vídeo de sete minutos sobre o encontro estaria num tablet que foi roubado; se Danilo Garcia de Andrade deixar o caso, seria o terceiro advogado que a modelo perderia
247 - O advogado Danilo Garcia de Andrade, atual representante da defesa de Najila Trindade Mendes de Souza, que acusa Neymar de agressão e estupro, afirmou neste sábado 8 que pode deixar o caso se a modelo não apresentar o vídeo completo do encontro com o jogador.
Em depoimento na sexta-feira 7, a mulher que se encontrou com o jogador em Paris em maio, quando contou ter sido forçada a ter relações sexuais e ainda ter sido agredida, afirmou que o vídeo de sete minutos sobre o encontro estaria num tablet que foi roubado.
Se Danilo deixar o caso, seria o terceiro advogado que a modelo perderia. Dois advogados antes dele, Yasmin Pastore Abdalla e José Edgar Bueno, já deixaram o caso. José Edgar chegou a ser chamado de traidor pela modelo, por supostamente ter feito um acordo com os advogados de Neymar.


Rui Costa Pimenta diz que “o povo encontrou o caminho das ruas


O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, faz um balanço das últimas manifestações de oposição a Bolsonaro e da greve geral programada para 14 de junho; "O pessoal quer sair à rua", disse; "Temos uma fortíssima tendência de luta política. O país, que está polarizado desde o golpe de 2016, está entrando em uma fase de acirramento muito grande"; assista
247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, falou à TV 247 nesta semana sobre o cenário político atual e fez um balanço das últimas manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele também comentou sobre a greve geral, marcada para o dia 14 deste mês, e sobre a falta de um posicionamento mais definitivo da esquerda em relação ao 'fora Bolsonaro'.


Para Rui, o ato do dia 30 de maio, em defesa da educação, não pode ser visto como menor que o do dia 15 do mesmo mês, também organizado pelos estudantes, mas sim como um passo adiante no projeto de mobilização. "Existe a tendência a tentar comparar o ato do dia 30 com o dia 15, o que é errado. O dia 15 foi bem mais organizado, o dia 30 foi chamado logo na sequência, demorou para que várias organizações aderissem e essa coisa toda. Nessas condições, o dia 30 foi um ato muito importante, muito grande também. A gente não deveria fazer a curva de que o ato do dia 15 foi lá em cima e o ato do dia 30 caiu um pouquinho, não. O ato do dia 30, na realidade, é mais um passo para cima, na mesma direção".

Ele também salientou que há, no Brasil, uma forte tendência de luta porque o país está acirrado. "Nós temos uma fortíssima tendência de luta política, o país, que está polarizado desde o golpe de 2016, está entrando em uma fase de acirramento muito grande. O povo encontrou o caminho das ruas e, se essa tendência se mantém, logicamente que a burguesia golpista e os bolsonaristas vã manobrar com isso, o tamanho das mobilizações já está assustando todo mundo, a gente ouve essa conversa de que o país está entrando em colapso e isso já é um sinal de que a burguesia está preocupada, principalmente com as manifestações".

Sobre a greve, ele destacou que uma paralisação precisa causar "tumulto" porque essa é sua função. Além disso, afirmou que os mais prejudicados nesses casos são os patrões. "A função da greve é perturbar a situação, a greve é uma medida de força do trabalhador que paralisa um determinado setor econômico, atinge em primeiro lugar os patrões, o primeiro a ser penalizado é o patrão, imagina quanto ele não perde por dia. Logicamente se você suprime um serviço uma parte da população vai ser afetada, mas não tem jeito, o mundo não é perfeito".

Ele também analisou que há uma tendência para que setores operários de ponta paralisem suas atividades no dia 14 de junho. "Há uma tendência muito forte das categorias operárias de ponta a entrarem em greve, por exemplo, petroleiros, alguns setores metalúrgicos, alguns setores da construção civil, correios, há uma tendência forte na base para entrar em greve. Isso já é um dado novo na situação, na greve geral anterior não tinha isso, temos vários greves importantes já acontecendo ou para acontecer".
O líder partidário ainda disse que as especulações na mídia sobre uma possível queda de Bolsonaro indica que o assunto está na pauta da burguesia. "O pessoal quer sair à rua. A iniciativa da política nas ruas é muito importante, o Bolsonaro já passou da fase do 'será que ele vai dar certo?'. A crescente especulação na imprensa capitalista sobre a queda do Bolsonaro é porque dentro da burguesia isso está colocado na ordem do dia, a burguesia está deliberando, sabe-se lá se já não deliberou, tirar o Bolsonaro".

Rui Costa Pimenta fez uma crítica à oposição a Bolsonaro, especialmente o PT. Para ele, há uma 'não posição' dessas legendas em relação a como se opor ao governo. “Um partido político deve ter uma posição em relação à questão fundamental da vida política, que é o poder. A maioria dos partidos de esquerda, legalizados e não legalizados, PT e PCdoB, eles adotaram uma não posição. A posição deles seria mais ou menos assim: ‘vamos fazer movimentos de resistência para impedir a política do Bolsonaro’”, disse, acrescentando, no entanto, que não é possível impedir Bolsonaro de cometer os retrocessos que vêm sendo feitos. “Se desse para segurar o Bolsonaro, eu acho que o Mourão teria segurado”.
Em sua avaliação, a esquerda está tentando arrastar o governo até a próxima eleição para que ela possa ser eleita em cima do desgaste do atual presidente. “Eles estão fazendo uma oposição de baixa intensidade, não levantando a palavra de ordem ‘fora Bolsonaro’, para ver se eles conseguem levar isso para a eleição de 2020 e conseguir uma vitória eleitoral através do desgaste do Bolsonaro. Mas a eleição é sempre um terreno muito complicado, é uma ilusão achar que a burguesia vai deixar que o PT tranquilamente ganhe a eleição municipal e se prepare para ganhar a eleição presidencial daqui três anos. É um jogo muito arriscado, a chance de dar certo é muito pequena”.


Maria Lucia Fattorelli: “se fizer a reforma o país quebra”


Agência Senado
“Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual", exemplifica a Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida em entrevista ao DCM
247 - Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli tem dito o contrário de uma série de integrantes do governo e economistas: que o Brasil irá quebrar caso a reforma da Previdência seja aprovada.
“Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual", exemplifica, em entrevista ao DCM.
Ela também desmistifica o discurso do 'déficit' no sistema previdenciário e confirma que a proposta do ministro Paulo Guedes aprofunda a desigualdade. Leia aqui a íntegra.


Lula: a mídia independente é nossa última esperança


Em sua mais recente entrevista, concedida aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, o ex-presidente diz ter subestimado o poder da mídia corporativa e exalta o papel da mídia independente; "Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso", declarou; assista
247 - O ex-presidente Lula exaltou a importância da mídia alternativa em sua mais recente entrevista, concedida da prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba, aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia na última semana. Ele contou se informar com frequência a partir de conteúdo de canais alternativos. "É a fonte de informação que eu tenho, embora eu possa assistir jornal da Globo, a Bandeirantes, o SBT... mas é jornal chapa branca, eu não tenho interesse", relatou.
Lula disse que, enquanto ocupava a presidência, subestimou o poder da imprensa hegemônica. "Eu menosprezei o poder de fogo da grande imprensa. Eu disse 'quem quiser me derrotar vai ter que ir para a rua competir comigo'. E orgulhosamente eu terminei o meu mandato com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim e péssimo que deve ter sido o comitê do PSDB", declarou. "Eu acho que o Bolsonaro não vai reconhecer, mas eu acho que ele votou em mim todas as vezes", acrescentou, com bom humor.
"Então eu menosprezei a imprensa porque eu não dava muita importância para a imprensa. E obviamente que a imprensa alternativa não tinha naquele tempo o peso que ela tem agora. E a gente vai percebendo também que a imprensa alternativa não é tão alternativa, porque você tem o monopólio do Google, do Youtube, daqui a pouco vocês vão perceber... e são monopólios estrangeiros, que a gente não tem nem o controle", prosseguiu o ex-presidente.
"Mas eu acho que a imprensa alternativa é efetivamente a única esperança de democratização dos meios de comunicação no País. Nós demos um passo quando eu estive no governo, que foi a gente fazer a mídia técnica. Mas acho que nós precisamos dar outro passo", enfatizou. "Precisávamos ver um jeito de como financiar a mídia alternativa. Eu sei o sufoco que vocês passam", disse ainda.
A declaração foi em resposta a uma pergunta feita pelo jornalista Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, sobre a oportunidade perdida de promover uma regulação democrática dos meios de comunicação durante seu governo.
"Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso, até porque ali todo mundo é dono de rádio, de canal de TV. Mas acho que precisa, sim, ser feito", concluiu.
Inscreva-se na TV 247 e assista à íntegra da entrevista (a resposta sobre a mídia está em 1h34):



Acidente na Rodovia do Milho deixa um morto e quatro feridos


Um acidente violento foi registrado no início da noite desse sábado (08), na Rodovia do Milho (PR-170), próximo ao Pesqueiro Rei do Peixe.
Pelas informações ainda não oficiais, a colisão envolveu um Fiat Uno com placas de Arapongas, onde estavam quatro pessoas e um Corsa Classic 2008, placas AQF 2241 da cidade de Cambira, no qual estava apenas o condutor, esse veio a capotar com o impacto e ficou totalmente destruído.
Uma mulher que conduzia o Uno teve óbito no local, e os demais foram encaminhados para o Hospital da Providência em Apucarana.
As vítimas ainda não tiveram os nomes divulgados.
O acidente contou com atendimento do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Apucarana, além de Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Médico-legal (IML) de Apucarana, que recolheu o corpo da vítima fatal que ainda não foi identificada.


sábado, 8 de junho de 2019

Grampo contra advogados de Lula é “ataque ao direito de defesa”, diz OAB


"O sigilo das conversas entre defensor e seu cliente é protegido por lei e sua violação por qualquer meio é ilegal, além de significar um ataque ao direito de defesa e às prerrogativas dos advogados", afirma a OAB sobre os relatórios da Lava Jato feitos a partir da interceptação telefônica do escritório de advocacia da defesa do ex-presidente Lula
247 - Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou como "grave episódio" a informação divulgada pela defesa do ex-presidente Lula sobre relatórios da Lava Jato feitos a partir da interceptação telefônica do escritório de advocacia da defesa do ex-presidente.
Segundo a defesa, a Lava Jato produziu relatórios que detalharam ao menos 14 horas de conversas entre os advogados, o que representa uma afronta à legislação.
"O sigilo das conversas entre defensor e seu cliente é protegido por lei e sua violação por qualquer meio é ilegal, além de significar um ataque ao direito de defesa e às prerrogativas dos advogados", afirma a OAB, que informa que acompanha esse "grave episódio que indica que diálogos entre os advogados e seu cliente, além de ilegalmente interceptados, teriam dado origem a relatórios" usados no processo.
As informações sobre o grampo feito no escritório de defesa do ex-presidente foi denunciado a partir do relato do advogado Pedro Henrique Viana Martinez. O advogado confirma ter visto na 13ª Vara Federal de Curitiba, do então juiz Sérgio Moro, os relatórios produzidos a partir das interceptações telefônicas do ramal-tronco do escritório Teixeira Martins & Advogados, responsável pela defesa técnica de Lula.
Segundo Martinez, cerca de 14 horas foram captadas diretamente do ramal-tronco do escritório Teixeira Martins & Advogados. "Cada ligação era separadamente identificada, sendo possível visualizar número de origem e destino da chamada, bem como a sua duração. Com um clique, era possível ouvir cada áudio interceptado", relatou o advogado que hoje não integra mais a equipe de defesa do ex-presidente.
Entre os exemplos registrados em relatórios estavam conversas entre os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira e também com Nilo Batista a respeito de estratégias jurídicas a serem adotadas.
A decisão de Moro de grampear os advogados de Lula foi questionada pelo ministro Teori Zavascki, do STF, morto em janeiro de 2017. Moro disse que houve "equívoco dos procuradores" da Lava Jato, que teriam identificado a linha telefônica como sendo da empresa de palestras do ex-presidente.
No entanto, a defesa de Lula apresentou dois comunicados da empresa de telefonia responsável pelas linhas como prova de que Moro foi informado se tratar de um escritório de advocacia, o que desmonta a teses de "equívoco ".
Além disso, mesmo afirmando se tratar de um "equívoco" e pedir desculpas ao Supremo, Moro não destruiu os áudios das conversas entre os advogados e ainda deu acesso do material a outras pessoas que faziam parte do processo. Reforçando que intenção dolosa de seu ato ilegal.


Só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá para abaixo dos 10%


Economista Daniel Duque, do FGV IBRE, divulgou prognósticos desoladores: com um crescimento econômico anual projetado de menos de 2%, só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá novamente para abaixo dos 10%; hoje são 13,2 milhões de desempregados, e os números são ainda mais desoladores, se considerados também os que estão subempregados ou desistiram de procurar trabalho, com o total de afetados chegando a 28,4 milhões
Da Deutsche Welle Brasil - O economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), divulgou nesta semana prognósticos desoladores: com um crescimento econômico anual projetado de menos de 2%, só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá novamente para abaixo dos 10%.
No momento, 12,5% da população economicamente ativa está sem trabalho, depois de um mínimo de 6,2% em 2013. Contudo, na época o governo pagou caro por esse nível de ocupação, com um déficit estatal alto – muito mais gastos do que arrecadação – e preços elevados de energia e transporte, por exemplo. A economia do país sofre até hoje as consequências dessa "política de emprego".
Hoje são 13,2 milhões de desempregados, e os números são ainda mais desoladores, se considerados também os que estão subempregados ou desistiram de procurar trabalho, com o total de afetados chegando a 28,4 milhões.
Em comparação: com 512 milhões de habitantes, ou seja, cerca de duas vezes e meia a população do Brasil, a União Europeia tem 16 milhões de desempregados, além de redes de assistência social ausentes no Brasil. E isso apesar de alguns Estados do bloco europeu também apresentarem taxa alta de desemprego.
Por mais sombrios que soem os prognósticos de Duque, é preciso notar que eles se baseiam em estimativas conjunturais otimistas. Um crescimento médio do PIB de cerca de 2% ao ano é bem superior ao que o Brasil tem apresentado historicamente. Desde 1980 o crescimento per capita tem estado bem abaixo da média da economia mundial, limitando-se a cerca de 1% ao ano.
O país ainda não tomou consciência da bomba prestes a explodir em seu mercado de trabalho. Pois o desemprego ainda deve crescer, quando, devido à digitalização da sociedade brasileira, ainda mais cidadãos perderem seus empregos. A recessão e o mercado fechado, com pouca concorrência, proporcionou às empresas nacionais uma pausa para respirar, em termos de modernização e automatização.
Há mais de duas décadas a produtividade das empresas brasileiras está estagnada. Porém os planos de abertura do mercado as forçam agora a modernizar suas unidades – do contrário, não terão chance contra os produtos importados, e muito menos poderão competir na exportação: a palavra-chave é "indústria 4.0". Nesse processo de reestruturação, os brasileiros perderão postos de trabalho em massa, acompanhando a reviravolta estrutural que se realiza em todo o mundo.
A grande diferença é que a formação profissional dos brasileiros é especialmente deficiente. Um exemplo: a firma Atento, que opera redes de call centers e telemarketing e se apresenta como maior empregadora do país, recentemente anunciou 1.200 vagas na bolsa de empregos de São Paulo. Apresentaram-se 600 interessados, e apenas sete vagas foram preenchidas. A rede de supermercados Pão de Açúcar também ofereceu 2 mil empregos: 700 pessoas pareciam ser adequadas para vagas, mas somente 32 postos foram ocupados até agora.
Segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral do Trabalhadores (UGT), o motivo para tantas vagas abertas em meio ao alto desemprego é a falta de candidatos que dominem as operações aritméticas básicas, saibam se expressar e possuam conhecimentos mínimos de informática que lhes permitam trabalhar no caixa ou operar um PC com monitor.
O abismo entre as exigências dos empresários e a qualificação existente fica cada vez maior: dos 13,4 milhões de desempregados no primeiro trimestre de 2019, 635 mil eram considerados difíceis de colocar no mercado – mais do que o dobro do que em 2014, antes da recessão.
Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), calcula que dentro de dez anos 1,4 milhão de brasileiros não terão qualquer chance de conseguir emprego por falta de qualificação, mesmo que o país volte a crescer economicamente. Cada vez mais universitários ou jovens com ensino médio completo assumem funções simples, de caixa ou num call center, os quais, a rigor, são empregos típicos de baixa qualificação no Brasil.
Ainda assim, há um lampejo de esperança no mercado de trabalho brasileiro: pela primeira vez em quatro anos, no primeiro semestre de 2019 aumentou o número dos empregados fixos.


Lula: aos EUA, não interessa o Brasil forte


"Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira", disse o ex-presidente Lula, em sua mais recente entrevista, em aponta o fator geopolítico na sua prisão; confira
247 - O ex-presidente Lula, preso político há mais de um ano em Curitiba, em entrevista aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, falou sobre os interesses dos Estados Unidos no Brasil e comentou sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Lula afirmou que os norte-americanos não se interessam pelo desenvolvimento e protagonismo brasileiro. "Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos um acordo com a França para a construção de submarinos de propulsão nuclear, não gostaram. Eles não gostavam quando eu demonstrava que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses, e não devem ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles. Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira".

Questionado sobre seu governo ter incomodado os Estados Unidos, o ex-presidente concordou e ressaltou que causou incômodo sem destratar o país norte-americano. "Incomodou, não porque tratei os Estados Unidos mal, tratei bem porque sei da importância dos Estados Unidos, não destratei, apenas queria ser respeitado".

Lula também afirmou que os americanos tinham a consciência de que em uma eleição com sua participação, não seria fácil a eleição de um candidato que promovesse o desmonte do Brasil. Apesar disso, Lula negou se sentir um preso dos Estados Unidos. "Não vou dizer que sou um preso, o que eu acho é que tem interesses, porque eles tinham consciência, por tudo que eles acompanhavam na política brasileira, que dificilmente se elegeria um presidente para desmontar o Brasil se Lula fosse candidato. Por isso sou muito grato ao carinho do povo brasileiro, eu tinha consciência de que eu poderia voltar a ser presidente para fazer mais do que eu tinha feito no primeiro mandato, eu tinha consciência das coisas que eu não tinha feito, por isso eu estava propenso a voltar a ser candidato a presidência da República, é possível fazer mais".

O ex-presidente também disse que o governo tem que governar para todos e que deve definir prioridades de ação. "Para fazer essas coisas você tem que aprender a gostar do povo, o governo não tem que ser contra uma pessoa de classe média, não tem que ser contra, tem que governar para ela também, não tem que ser contra o empresário, tem que governar. O que ele precisa é definir prioridades, entre uma pessoa que ganha R$ 30 mil e uma pessoa que ganha R$ 1 mil, na hora que eu tiver que fazer um benefício eu vou fazer para quem? É esta escolha que vai permitindo que você faça com que os de baixo comecem a subir um degrau na escada social nesse país, é essa subida na escada social que incomoda uma parte das pessoas".

Ele ainda comentou sobre as seguidas entrevistas que o presidente Jair Bolsonaro tem concedido. "O retrocesso que o Brasil está sofrendo não é legal, o Bolsonaro foi eleito presidente da República, está na hora de descer do palanque e parar de fazer fake news. Está na hora de começar a governar. Ele está dando muita entrevista agora, você viu o compadrio dele com a imprensa, em cada programa mais popular ele vai, cinquenta vezes no Datena, cinquenta vezes no Ratinho, cinquenta vezes no Silvio Santos, cinquenta na Record, ora, vá em uma entrevista e diga o que quer fazer por esse país".

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Moro, que grampeou Dilma, diz que invasão de seu celular é crime “contra segurança nacional”


Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, invocou a prerrogativa de ministro de Estado e disse que o hackeamento do seu celular não se trata apenas de um crime contra a privacidade dele, mas "contra a segurança nacional"; quando juiz, Moro grampeou ilegalmente e divulgou o conteúdo do áudio de conversa da então presidenta Dilma Rousseff e Lula, sem autorização do STF, como determina a Constituição
247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta sexta-feira (7) durante visita a Chapecó (SC), que nenhuma informação do celular dele foi subtraída.
Moro, que quando juiz grampeou ilegalmente e divulgou o conteúdo do áudio de conversa da então presidenta Dilma Rousseff e Lula sem autorização do Supremo Tribunal Federal, disse agora que o caso está em investigação e não se trata apenas de um crime contra a privacidade dele, mas "contra a segurança nacional".
"A Polícia Federal está investigando fortemente esses fatos. Mas não houve nenhuma informação, vamos dizer estratégica, ou algo de maior relevância que tenha caído nas mãos dos criminosos", concluiu.
O ministro teve o seu celular hackeado por mais de seis horas e pediu para que a Polícia Federal investigue o caso.
"Houve uma clonagem do meu celular, é o que nós levantamos, e que qualquer um pode ter o celular clonado. Não houve uma captação do conteúdo do dispositivo. Apenas eu tive que me desfazer da linha porque alguém acabou utilizando a mesma linha", afirmou.

PT é exceção em meio a partidos fracos no Brasil, diz cientista político


Um dos coordenadores da pesquisa Barômetro das Américas (Lapop), que investiga a avaliação da população do continente sobre a democracia, Noam Lupu, da Universidade Vanderbilt (EUA) diz que o PT é uma exceção entre os partidos políticos brasileiros; "Partidos fracos criam condições para oportunistas. Cabem às elites políticas definirem o que querem. Elas vão proteger as instituições?", questiona 
247 - O cientista político Noam Lupu, da Universidade Vanderbilt (EUA), um dos coordenadores da pesquisa de opinião Barômetro das Américas (Lapop), que investiga a avaliação da população do continente sobre a democracia e temas sociais, concedeu entrevista à Folha de S. Paulo e avaliou a situação política e a confiança na democracia brasileira.
Ele esteve no Brasil para apresentar os resultados das entrevistas no país. A satisfação com democracia cresceu, de 22% para 42%, entre 2017 e 2019. O nível, porém, ainda está distante dos 66% de sete anos atrás. Para ele, os partidos políticos são vitais para a estabilidade da democracia. 
"Partidos fracos criam condições para oportunistas. Cabem às elites políticas definirem o que querem. Elas vão proteger as instituições?", questiona Lupu na entrevista. "A ausência de partidos fortes cria oportunidades para candidatos que vêm do nada, baseados no carisma. É um pouco o caso do Bolsonaro", avalia. 
Para Lupu, o Brasil não tem tradição de partidos fortes, mas o PT é uma exceção. "Vejo uma ótima oportunidade agora para o PT se reorganizar, por estar na oposição. Governar é fazer acordos, adotar medidas não populares. Na oposição você pode ser purista. O partido pode voltar às suas marcas originais. Neste momento o PT não consegue definir uma bandeira clara, nem tem surgido novas lideranças claras... Mudança geracional é um problema comum nos partidos. Mas acredito que o PT se sairá bem, já que tem muitos membros com experiência municipal e estadual", diz o pesquisador. 
O que vejo como crucial é definir as bandeiras. Ser contra o governo simplesmente não é suficiente. As pessoas precisam ver algo como "esse partido me representa, e esse governo, não". O PT precisa definir se as bandeiras serão diminuição da desigualdade, melhoria na educação ou resgatar as bandeiras históricas, como apoio à democracia e participação.


Apucarana prepara nova edição da Expô Flor


Promovido há quase 20 anos pelo Lions Clube Apucarana Vitória Régia, com o trabalho voluntário das integrantes do clube, renda do evento é revertida para o Hospital da Providência, Lar São Vicente de Paulo, Casa de Apoio do Providência, Lar Sagrada Família e Casa da Misericórdia 
O Lions Clube Apucarana Vitória Régia confirmou nesta sexta-feira (07/06), em audiência com o prefeito Junior da Femac, que a cidade irá sediar de 27 de setembro a 6 de outubro, mais uma edição da Expô Flor. Mais uma vez o concorrido evento será realizado na Praça Rui Barbosa, com oferta de muitas variedades de flores.
A informação foi dada pela presidente do clube, Deisy Liboni, acompanhada da vice-presidente, Marilu Peron, e das companheiras Carla Faiad, Edinalva Morador, Denise Nagai, Ana Paula Cruz Gava e Célia Swain Ganem.
Conforme destacou Deisy Liboni, a Expô Flor vem sendo realizada em Apucarana há quase vinte anos, promovida pelo Lions Clube Apucarana Vitória Régia, com o trabalho voluntário das integrantes do clube. “A renda do evento é revertida para o Hospital da Providência, Lar São Vicente de Paulo, Casa de Apoio do Providência, Lar Sagrada Família e Casa da Misericórdia”, informou.
O prefeito Junior da Femac enalteceu o trabalho mantido pelo Lions Clube Apucarana Vitória Régia, na manutenção do banco de equipamentos ortopédicos. “O clube de serviço empresta andadores, muletas, cadeiras de banho e cadeiras de rodas, a pessoas que necessitam temporariamente destes equipamentos”, comentou.
Neste ano, a Expô Flor poderá ter uma parceria na Praça Rui Barbosa, criando mais um atrativo para os apucaranenses e visitantes da região. Trata-se da comercialização de produtos da rede de mulheres do Programa Economia Solidária. A parceria será discutida com a secretária da Mulher, Denise Canesin Machado.