domingo, 9 de junho de 2019

Advogado ameaça deixar caso se Najila não mostrar vídeo completo


Amanda Perobelli/Reuters
Em depoimento na sexta-feira 7, a mulher que acusa Neymar de agressão e estupro afirmou que o vídeo de sete minutos sobre o encontro estaria num tablet que foi roubado; se Danilo Garcia de Andrade deixar o caso, seria o terceiro advogado que a modelo perderia
247 - O advogado Danilo Garcia de Andrade, atual representante da defesa de Najila Trindade Mendes de Souza, que acusa Neymar de agressão e estupro, afirmou neste sábado 8 que pode deixar o caso se a modelo não apresentar o vídeo completo do encontro com o jogador.
Em depoimento na sexta-feira 7, a mulher que se encontrou com o jogador em Paris em maio, quando contou ter sido forçada a ter relações sexuais e ainda ter sido agredida, afirmou que o vídeo de sete minutos sobre o encontro estaria num tablet que foi roubado.
Se Danilo deixar o caso, seria o terceiro advogado que a modelo perderia. Dois advogados antes dele, Yasmin Pastore Abdalla e José Edgar Bueno, já deixaram o caso. José Edgar chegou a ser chamado de traidor pela modelo, por supostamente ter feito um acordo com os advogados de Neymar.


Rui Costa Pimenta diz que “o povo encontrou o caminho das ruas


O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, faz um balanço das últimas manifestações de oposição a Bolsonaro e da greve geral programada para 14 de junho; "O pessoal quer sair à rua", disse; "Temos uma fortíssima tendência de luta política. O país, que está polarizado desde o golpe de 2016, está entrando em uma fase de acirramento muito grande"; assista
247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, falou à TV 247 nesta semana sobre o cenário político atual e fez um balanço das últimas manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele também comentou sobre a greve geral, marcada para o dia 14 deste mês, e sobre a falta de um posicionamento mais definitivo da esquerda em relação ao 'fora Bolsonaro'.


Para Rui, o ato do dia 30 de maio, em defesa da educação, não pode ser visto como menor que o do dia 15 do mesmo mês, também organizado pelos estudantes, mas sim como um passo adiante no projeto de mobilização. "Existe a tendência a tentar comparar o ato do dia 30 com o dia 15, o que é errado. O dia 15 foi bem mais organizado, o dia 30 foi chamado logo na sequência, demorou para que várias organizações aderissem e essa coisa toda. Nessas condições, o dia 30 foi um ato muito importante, muito grande também. A gente não deveria fazer a curva de que o ato do dia 15 foi lá em cima e o ato do dia 30 caiu um pouquinho, não. O ato do dia 30, na realidade, é mais um passo para cima, na mesma direção".

Ele também salientou que há, no Brasil, uma forte tendência de luta porque o país está acirrado. "Nós temos uma fortíssima tendência de luta política, o país, que está polarizado desde o golpe de 2016, está entrando em uma fase de acirramento muito grande. O povo encontrou o caminho das ruas e, se essa tendência se mantém, logicamente que a burguesia golpista e os bolsonaristas vã manobrar com isso, o tamanho das mobilizações já está assustando todo mundo, a gente ouve essa conversa de que o país está entrando em colapso e isso já é um sinal de que a burguesia está preocupada, principalmente com as manifestações".

Sobre a greve, ele destacou que uma paralisação precisa causar "tumulto" porque essa é sua função. Além disso, afirmou que os mais prejudicados nesses casos são os patrões. "A função da greve é perturbar a situação, a greve é uma medida de força do trabalhador que paralisa um determinado setor econômico, atinge em primeiro lugar os patrões, o primeiro a ser penalizado é o patrão, imagina quanto ele não perde por dia. Logicamente se você suprime um serviço uma parte da população vai ser afetada, mas não tem jeito, o mundo não é perfeito".

Ele também analisou que há uma tendência para que setores operários de ponta paralisem suas atividades no dia 14 de junho. "Há uma tendência muito forte das categorias operárias de ponta a entrarem em greve, por exemplo, petroleiros, alguns setores metalúrgicos, alguns setores da construção civil, correios, há uma tendência forte na base para entrar em greve. Isso já é um dado novo na situação, na greve geral anterior não tinha isso, temos vários greves importantes já acontecendo ou para acontecer".
O líder partidário ainda disse que as especulações na mídia sobre uma possível queda de Bolsonaro indica que o assunto está na pauta da burguesia. "O pessoal quer sair à rua. A iniciativa da política nas ruas é muito importante, o Bolsonaro já passou da fase do 'será que ele vai dar certo?'. A crescente especulação na imprensa capitalista sobre a queda do Bolsonaro é porque dentro da burguesia isso está colocado na ordem do dia, a burguesia está deliberando, sabe-se lá se já não deliberou, tirar o Bolsonaro".

Rui Costa Pimenta fez uma crítica à oposição a Bolsonaro, especialmente o PT. Para ele, há uma 'não posição' dessas legendas em relação a como se opor ao governo. “Um partido político deve ter uma posição em relação à questão fundamental da vida política, que é o poder. A maioria dos partidos de esquerda, legalizados e não legalizados, PT e PCdoB, eles adotaram uma não posição. A posição deles seria mais ou menos assim: ‘vamos fazer movimentos de resistência para impedir a política do Bolsonaro’”, disse, acrescentando, no entanto, que não é possível impedir Bolsonaro de cometer os retrocessos que vêm sendo feitos. “Se desse para segurar o Bolsonaro, eu acho que o Mourão teria segurado”.
Em sua avaliação, a esquerda está tentando arrastar o governo até a próxima eleição para que ela possa ser eleita em cima do desgaste do atual presidente. “Eles estão fazendo uma oposição de baixa intensidade, não levantando a palavra de ordem ‘fora Bolsonaro’, para ver se eles conseguem levar isso para a eleição de 2020 e conseguir uma vitória eleitoral através do desgaste do Bolsonaro. Mas a eleição é sempre um terreno muito complicado, é uma ilusão achar que a burguesia vai deixar que o PT tranquilamente ganhe a eleição municipal e se prepare para ganhar a eleição presidencial daqui três anos. É um jogo muito arriscado, a chance de dar certo é muito pequena”.


Maria Lucia Fattorelli: “se fizer a reforma o país quebra”


Agência Senado
“Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual", exemplifica a Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida em entrevista ao DCM
247 - Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli tem dito o contrário de uma série de integrantes do governo e economistas: que o Brasil irá quebrar caso a reforma da Previdência seja aprovada.
“Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual", exemplifica, em entrevista ao DCM.
Ela também desmistifica o discurso do 'déficit' no sistema previdenciário e confirma que a proposta do ministro Paulo Guedes aprofunda a desigualdade. Leia aqui a íntegra.


Lula: a mídia independente é nossa última esperança


Em sua mais recente entrevista, concedida aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, o ex-presidente diz ter subestimado o poder da mídia corporativa e exalta o papel da mídia independente; "Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso", declarou; assista
247 - O ex-presidente Lula exaltou a importância da mídia alternativa em sua mais recente entrevista, concedida da prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba, aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia na última semana. Ele contou se informar com frequência a partir de conteúdo de canais alternativos. "É a fonte de informação que eu tenho, embora eu possa assistir jornal da Globo, a Bandeirantes, o SBT... mas é jornal chapa branca, eu não tenho interesse", relatou.
Lula disse que, enquanto ocupava a presidência, subestimou o poder da imprensa hegemônica. "Eu menosprezei o poder de fogo da grande imprensa. Eu disse 'quem quiser me derrotar vai ter que ir para a rua competir comigo'. E orgulhosamente eu terminei o meu mandato com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim e péssimo que deve ter sido o comitê do PSDB", declarou. "Eu acho que o Bolsonaro não vai reconhecer, mas eu acho que ele votou em mim todas as vezes", acrescentou, com bom humor.
"Então eu menosprezei a imprensa porque eu não dava muita importância para a imprensa. E obviamente que a imprensa alternativa não tinha naquele tempo o peso que ela tem agora. E a gente vai percebendo também que a imprensa alternativa não é tão alternativa, porque você tem o monopólio do Google, do Youtube, daqui a pouco vocês vão perceber... e são monopólios estrangeiros, que a gente não tem nem o controle", prosseguiu o ex-presidente.
"Mas eu acho que a imprensa alternativa é efetivamente a única esperança de democratização dos meios de comunicação no País. Nós demos um passo quando eu estive no governo, que foi a gente fazer a mídia técnica. Mas acho que nós precisamos dar outro passo", enfatizou. "Precisávamos ver um jeito de como financiar a mídia alternativa. Eu sei o sufoco que vocês passam", disse ainda.
A declaração foi em resposta a uma pergunta feita pelo jornalista Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, sobre a oportunidade perdida de promover uma regulação democrática dos meios de comunicação durante seu governo.
"Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso, até porque ali todo mundo é dono de rádio, de canal de TV. Mas acho que precisa, sim, ser feito", concluiu.
Inscreva-se na TV 247 e assista à íntegra da entrevista (a resposta sobre a mídia está em 1h34):



Acidente na Rodovia do Milho deixa um morto e quatro feridos


Um acidente violento foi registrado no início da noite desse sábado (08), na Rodovia do Milho (PR-170), próximo ao Pesqueiro Rei do Peixe.
Pelas informações ainda não oficiais, a colisão envolveu um Fiat Uno com placas de Arapongas, onde estavam quatro pessoas e um Corsa Classic 2008, placas AQF 2241 da cidade de Cambira, no qual estava apenas o condutor, esse veio a capotar com o impacto e ficou totalmente destruído.
Uma mulher que conduzia o Uno teve óbito no local, e os demais foram encaminhados para o Hospital da Providência em Apucarana.
As vítimas ainda não tiveram os nomes divulgados.
O acidente contou com atendimento do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Apucarana, além de Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Médico-legal (IML) de Apucarana, que recolheu o corpo da vítima fatal que ainda não foi identificada.


sábado, 8 de junho de 2019

Grampo contra advogados de Lula é “ataque ao direito de defesa”, diz OAB


"O sigilo das conversas entre defensor e seu cliente é protegido por lei e sua violação por qualquer meio é ilegal, além de significar um ataque ao direito de defesa e às prerrogativas dos advogados", afirma a OAB sobre os relatórios da Lava Jato feitos a partir da interceptação telefônica do escritório de advocacia da defesa do ex-presidente Lula
247 - Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou como "grave episódio" a informação divulgada pela defesa do ex-presidente Lula sobre relatórios da Lava Jato feitos a partir da interceptação telefônica do escritório de advocacia da defesa do ex-presidente.
Segundo a defesa, a Lava Jato produziu relatórios que detalharam ao menos 14 horas de conversas entre os advogados, o que representa uma afronta à legislação.
"O sigilo das conversas entre defensor e seu cliente é protegido por lei e sua violação por qualquer meio é ilegal, além de significar um ataque ao direito de defesa e às prerrogativas dos advogados", afirma a OAB, que informa que acompanha esse "grave episódio que indica que diálogos entre os advogados e seu cliente, além de ilegalmente interceptados, teriam dado origem a relatórios" usados no processo.
As informações sobre o grampo feito no escritório de defesa do ex-presidente foi denunciado a partir do relato do advogado Pedro Henrique Viana Martinez. O advogado confirma ter visto na 13ª Vara Federal de Curitiba, do então juiz Sérgio Moro, os relatórios produzidos a partir das interceptações telefônicas do ramal-tronco do escritório Teixeira Martins & Advogados, responsável pela defesa técnica de Lula.
Segundo Martinez, cerca de 14 horas foram captadas diretamente do ramal-tronco do escritório Teixeira Martins & Advogados. "Cada ligação era separadamente identificada, sendo possível visualizar número de origem e destino da chamada, bem como a sua duração. Com um clique, era possível ouvir cada áudio interceptado", relatou o advogado que hoje não integra mais a equipe de defesa do ex-presidente.
Entre os exemplos registrados em relatórios estavam conversas entre os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira e também com Nilo Batista a respeito de estratégias jurídicas a serem adotadas.
A decisão de Moro de grampear os advogados de Lula foi questionada pelo ministro Teori Zavascki, do STF, morto em janeiro de 2017. Moro disse que houve "equívoco dos procuradores" da Lava Jato, que teriam identificado a linha telefônica como sendo da empresa de palestras do ex-presidente.
No entanto, a defesa de Lula apresentou dois comunicados da empresa de telefonia responsável pelas linhas como prova de que Moro foi informado se tratar de um escritório de advocacia, o que desmonta a teses de "equívoco ".
Além disso, mesmo afirmando se tratar de um "equívoco" e pedir desculpas ao Supremo, Moro não destruiu os áudios das conversas entre os advogados e ainda deu acesso do material a outras pessoas que faziam parte do processo. Reforçando que intenção dolosa de seu ato ilegal.


Só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá para abaixo dos 10%


Economista Daniel Duque, do FGV IBRE, divulgou prognósticos desoladores: com um crescimento econômico anual projetado de menos de 2%, só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá novamente para abaixo dos 10%; hoje são 13,2 milhões de desempregados, e os números são ainda mais desoladores, se considerados também os que estão subempregados ou desistiram de procurar trabalho, com o total de afetados chegando a 28,4 milhões
Da Deutsche Welle Brasil - O economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), divulgou nesta semana prognósticos desoladores: com um crescimento econômico anual projetado de menos de 2%, só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá novamente para abaixo dos 10%.
No momento, 12,5% da população economicamente ativa está sem trabalho, depois de um mínimo de 6,2% em 2013. Contudo, na época o governo pagou caro por esse nível de ocupação, com um déficit estatal alto – muito mais gastos do que arrecadação – e preços elevados de energia e transporte, por exemplo. A economia do país sofre até hoje as consequências dessa "política de emprego".
Hoje são 13,2 milhões de desempregados, e os números são ainda mais desoladores, se considerados também os que estão subempregados ou desistiram de procurar trabalho, com o total de afetados chegando a 28,4 milhões.
Em comparação: com 512 milhões de habitantes, ou seja, cerca de duas vezes e meia a população do Brasil, a União Europeia tem 16 milhões de desempregados, além de redes de assistência social ausentes no Brasil. E isso apesar de alguns Estados do bloco europeu também apresentarem taxa alta de desemprego.
Por mais sombrios que soem os prognósticos de Duque, é preciso notar que eles se baseiam em estimativas conjunturais otimistas. Um crescimento médio do PIB de cerca de 2% ao ano é bem superior ao que o Brasil tem apresentado historicamente. Desde 1980 o crescimento per capita tem estado bem abaixo da média da economia mundial, limitando-se a cerca de 1% ao ano.
O país ainda não tomou consciência da bomba prestes a explodir em seu mercado de trabalho. Pois o desemprego ainda deve crescer, quando, devido à digitalização da sociedade brasileira, ainda mais cidadãos perderem seus empregos. A recessão e o mercado fechado, com pouca concorrência, proporcionou às empresas nacionais uma pausa para respirar, em termos de modernização e automatização.
Há mais de duas décadas a produtividade das empresas brasileiras está estagnada. Porém os planos de abertura do mercado as forçam agora a modernizar suas unidades – do contrário, não terão chance contra os produtos importados, e muito menos poderão competir na exportação: a palavra-chave é "indústria 4.0". Nesse processo de reestruturação, os brasileiros perderão postos de trabalho em massa, acompanhando a reviravolta estrutural que se realiza em todo o mundo.
A grande diferença é que a formação profissional dos brasileiros é especialmente deficiente. Um exemplo: a firma Atento, que opera redes de call centers e telemarketing e se apresenta como maior empregadora do país, recentemente anunciou 1.200 vagas na bolsa de empregos de São Paulo. Apresentaram-se 600 interessados, e apenas sete vagas foram preenchidas. A rede de supermercados Pão de Açúcar também ofereceu 2 mil empregos: 700 pessoas pareciam ser adequadas para vagas, mas somente 32 postos foram ocupados até agora.
Segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral do Trabalhadores (UGT), o motivo para tantas vagas abertas em meio ao alto desemprego é a falta de candidatos que dominem as operações aritméticas básicas, saibam se expressar e possuam conhecimentos mínimos de informática que lhes permitam trabalhar no caixa ou operar um PC com monitor.
O abismo entre as exigências dos empresários e a qualificação existente fica cada vez maior: dos 13,4 milhões de desempregados no primeiro trimestre de 2019, 635 mil eram considerados difíceis de colocar no mercado – mais do que o dobro do que em 2014, antes da recessão.
Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), calcula que dentro de dez anos 1,4 milhão de brasileiros não terão qualquer chance de conseguir emprego por falta de qualificação, mesmo que o país volte a crescer economicamente. Cada vez mais universitários ou jovens com ensino médio completo assumem funções simples, de caixa ou num call center, os quais, a rigor, são empregos típicos de baixa qualificação no Brasil.
Ainda assim, há um lampejo de esperança no mercado de trabalho brasileiro: pela primeira vez em quatro anos, no primeiro semestre de 2019 aumentou o número dos empregados fixos.


Lula: aos EUA, não interessa o Brasil forte


"Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira", disse o ex-presidente Lula, em sua mais recente entrevista, em aponta o fator geopolítico na sua prisão; confira
247 - O ex-presidente Lula, preso político há mais de um ano em Curitiba, em entrevista aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, falou sobre os interesses dos Estados Unidos no Brasil e comentou sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Lula afirmou que os norte-americanos não se interessam pelo desenvolvimento e protagonismo brasileiro. "Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos um acordo com a França para a construção de submarinos de propulsão nuclear, não gostaram. Eles não gostavam quando eu demonstrava que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses, e não devem ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles. Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira".

Questionado sobre seu governo ter incomodado os Estados Unidos, o ex-presidente concordou e ressaltou que causou incômodo sem destratar o país norte-americano. "Incomodou, não porque tratei os Estados Unidos mal, tratei bem porque sei da importância dos Estados Unidos, não destratei, apenas queria ser respeitado".

Lula também afirmou que os americanos tinham a consciência de que em uma eleição com sua participação, não seria fácil a eleição de um candidato que promovesse o desmonte do Brasil. Apesar disso, Lula negou se sentir um preso dos Estados Unidos. "Não vou dizer que sou um preso, o que eu acho é que tem interesses, porque eles tinham consciência, por tudo que eles acompanhavam na política brasileira, que dificilmente se elegeria um presidente para desmontar o Brasil se Lula fosse candidato. Por isso sou muito grato ao carinho do povo brasileiro, eu tinha consciência de que eu poderia voltar a ser presidente para fazer mais do que eu tinha feito no primeiro mandato, eu tinha consciência das coisas que eu não tinha feito, por isso eu estava propenso a voltar a ser candidato a presidência da República, é possível fazer mais".

O ex-presidente também disse que o governo tem que governar para todos e que deve definir prioridades de ação. "Para fazer essas coisas você tem que aprender a gostar do povo, o governo não tem que ser contra uma pessoa de classe média, não tem que ser contra, tem que governar para ela também, não tem que ser contra o empresário, tem que governar. O que ele precisa é definir prioridades, entre uma pessoa que ganha R$ 30 mil e uma pessoa que ganha R$ 1 mil, na hora que eu tiver que fazer um benefício eu vou fazer para quem? É esta escolha que vai permitindo que você faça com que os de baixo comecem a subir um degrau na escada social nesse país, é essa subida na escada social que incomoda uma parte das pessoas".

Ele ainda comentou sobre as seguidas entrevistas que o presidente Jair Bolsonaro tem concedido. "O retrocesso que o Brasil está sofrendo não é legal, o Bolsonaro foi eleito presidente da República, está na hora de descer do palanque e parar de fazer fake news. Está na hora de começar a governar. Ele está dando muita entrevista agora, você viu o compadrio dele com a imprensa, em cada programa mais popular ele vai, cinquenta vezes no Datena, cinquenta vezes no Ratinho, cinquenta vezes no Silvio Santos, cinquenta na Record, ora, vá em uma entrevista e diga o que quer fazer por esse país".

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:



Moro, que grampeou Dilma, diz que invasão de seu celular é crime “contra segurança nacional”


Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, invocou a prerrogativa de ministro de Estado e disse que o hackeamento do seu celular não se trata apenas de um crime contra a privacidade dele, mas "contra a segurança nacional"; quando juiz, Moro grampeou ilegalmente e divulgou o conteúdo do áudio de conversa da então presidenta Dilma Rousseff e Lula, sem autorização do STF, como determina a Constituição
247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta sexta-feira (7) durante visita a Chapecó (SC), que nenhuma informação do celular dele foi subtraída.
Moro, que quando juiz grampeou ilegalmente e divulgou o conteúdo do áudio de conversa da então presidenta Dilma Rousseff e Lula sem autorização do Supremo Tribunal Federal, disse agora que o caso está em investigação e não se trata apenas de um crime contra a privacidade dele, mas "contra a segurança nacional".
"A Polícia Federal está investigando fortemente esses fatos. Mas não houve nenhuma informação, vamos dizer estratégica, ou algo de maior relevância que tenha caído nas mãos dos criminosos", concluiu.
O ministro teve o seu celular hackeado por mais de seis horas e pediu para que a Polícia Federal investigue o caso.
"Houve uma clonagem do meu celular, é o que nós levantamos, e que qualquer um pode ter o celular clonado. Não houve uma captação do conteúdo do dispositivo. Apenas eu tive que me desfazer da linha porque alguém acabou utilizando a mesma linha", afirmou.

PT é exceção em meio a partidos fracos no Brasil, diz cientista político


Um dos coordenadores da pesquisa Barômetro das Américas (Lapop), que investiga a avaliação da população do continente sobre a democracia, Noam Lupu, da Universidade Vanderbilt (EUA) diz que o PT é uma exceção entre os partidos políticos brasileiros; "Partidos fracos criam condições para oportunistas. Cabem às elites políticas definirem o que querem. Elas vão proteger as instituições?", questiona 
247 - O cientista político Noam Lupu, da Universidade Vanderbilt (EUA), um dos coordenadores da pesquisa de opinião Barômetro das Américas (Lapop), que investiga a avaliação da população do continente sobre a democracia e temas sociais, concedeu entrevista à Folha de S. Paulo e avaliou a situação política e a confiança na democracia brasileira.
Ele esteve no Brasil para apresentar os resultados das entrevistas no país. A satisfação com democracia cresceu, de 22% para 42%, entre 2017 e 2019. O nível, porém, ainda está distante dos 66% de sete anos atrás. Para ele, os partidos políticos são vitais para a estabilidade da democracia. 
"Partidos fracos criam condições para oportunistas. Cabem às elites políticas definirem o que querem. Elas vão proteger as instituições?", questiona Lupu na entrevista. "A ausência de partidos fortes cria oportunidades para candidatos que vêm do nada, baseados no carisma. É um pouco o caso do Bolsonaro", avalia. 
Para Lupu, o Brasil não tem tradição de partidos fortes, mas o PT é uma exceção. "Vejo uma ótima oportunidade agora para o PT se reorganizar, por estar na oposição. Governar é fazer acordos, adotar medidas não populares. Na oposição você pode ser purista. O partido pode voltar às suas marcas originais. Neste momento o PT não consegue definir uma bandeira clara, nem tem surgido novas lideranças claras... Mudança geracional é um problema comum nos partidos. Mas acredito que o PT se sairá bem, já que tem muitos membros com experiência municipal e estadual", diz o pesquisador. 
O que vejo como crucial é definir as bandeiras. Ser contra o governo simplesmente não é suficiente. As pessoas precisam ver algo como "esse partido me representa, e esse governo, não". O PT precisa definir se as bandeiras serão diminuição da desigualdade, melhoria na educação ou resgatar as bandeiras históricas, como apoio à democracia e participação.


Apucarana prepara nova edição da Expô Flor


Promovido há quase 20 anos pelo Lions Clube Apucarana Vitória Régia, com o trabalho voluntário das integrantes do clube, renda do evento é revertida para o Hospital da Providência, Lar São Vicente de Paulo, Casa de Apoio do Providência, Lar Sagrada Família e Casa da Misericórdia 
O Lions Clube Apucarana Vitória Régia confirmou nesta sexta-feira (07/06), em audiência com o prefeito Junior da Femac, que a cidade irá sediar de 27 de setembro a 6 de outubro, mais uma edição da Expô Flor. Mais uma vez o concorrido evento será realizado na Praça Rui Barbosa, com oferta de muitas variedades de flores.
A informação foi dada pela presidente do clube, Deisy Liboni, acompanhada da vice-presidente, Marilu Peron, e das companheiras Carla Faiad, Edinalva Morador, Denise Nagai, Ana Paula Cruz Gava e Célia Swain Ganem.
Conforme destacou Deisy Liboni, a Expô Flor vem sendo realizada em Apucarana há quase vinte anos, promovida pelo Lions Clube Apucarana Vitória Régia, com o trabalho voluntário das integrantes do clube. “A renda do evento é revertida para o Hospital da Providência, Lar São Vicente de Paulo, Casa de Apoio do Providência, Lar Sagrada Família e Casa da Misericórdia”, informou.
O prefeito Junior da Femac enalteceu o trabalho mantido pelo Lions Clube Apucarana Vitória Régia, na manutenção do banco de equipamentos ortopédicos. “O clube de serviço empresta andadores, muletas, cadeiras de banho e cadeiras de rodas, a pessoas que necessitam temporariamente destes equipamentos”, comentou.
Neste ano, a Expô Flor poderá ter uma parceria na Praça Rui Barbosa, criando mais um atrativo para os apucaranenses e visitantes da região. Trata-se da comercialização de produtos da rede de mulheres do Programa Economia Solidária. A parceria será discutida com a secretária da Mulher, Denise Canesin Machado.


sexta-feira, 7 de junho de 2019

Prefeito volta a cobrar início do contorno de Arapongas



O prefeito Sérgio Onofre voltou a cobrar, nesta semana, providências em relação ao contorno rodoviário de Arapongas, uma obra com extensão de 10 quilômetros e que, embora prevista para o triênio 2018 a 2020, ainda está no papel. Desta vez, Sérgio esteve em audiência em Curitiba com o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. “Nós lembramos ao secretário que em janeiro, em audiência com o superintendente da Viapar, Jackson Seleme, representantes do DER e de outros órgãos do governo, foi pedido o início das obras, mas isso continua enrolado. É interesse de toda a comunidade de Arapongas que haja uma solução”, afirmou o prefeito.
Para ele, se a Viapar, responsável pelo trecho da BR-369 que passa por Arapongas, já havia iniciado as negociações para desapropriar as terras do Contorno Leste, é preciso que se explique de maneira clara por que as obras estão demorando tanto. No total, estão sendo desapropriados 32 alqueires. Os investimentos necessários para a aquisição das terras deveriam ser bancados em até R$ 20 milhões pela concessionária. O governo já depositou outros R$ 7 milhões como cobertura do valor extrapolado.
Sérgio Onofre sugeriu outra reunião em Curitiba, com a presença também do governador Ratinho Júnior, a fim de que a questão seja elucidada. “Ou a obra se inicia ou os responsáveis afirmam de público que ela não será executada, explicando também os motivos”, frisa o prefeito.
O contorno deveria começar na região do quilômetro 191 da BR-369, alguns metros ao norte do totem que demarca o Trópico de Capricórnio. A nova pista seguiria a leste da rodovia e voltaria a se encontrar com a estrada principal nas proximidades do Pavilhão de Exposições de Arapongas, pouco antes da praça de pedágio do município. O investimento previsto é de R$ 129,6 milhões e a extensão total do contorno será de 10,2 quilômetros.


Bolsonaro diz esperar que Lula fique preso por muito tempo


Presidente apenas porque o ex-presidente Lula foi impedido de concorrer por meio de uma condenação sem provas, Jair Bolsonaro voltou a atacar Lula; ao deixar o hotel Alvear, em Buenos Aires, o mais luxuoso da Argentina, Bolsonaro foi abordado para tirar fotos por brasileiros; grupo destacou que era de Curitiba, ao que o presidente respondeu: "espero que Lula fique lá por muito tempo (lá)"; na terça-feira, o Ministério Público Federal afirmou que Lula já pode ir para regime semiaberto no caso do triplex do Guarujá
247 - Alçado à Presidência da República apenas porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi impedido de concorrerpor meio de uma condenação sem provas, Jair Bolsonaro voltou a atacar Lula. 
Ao deixar o hotel Alvear, em Buenos Aires, o mais luxuoso da Argentina, Bolsonaro foi abordado para tirar fotos por brasileiros. O grupo destacou que era de Curitiba, ao que o presidente respondeu: "espero que Lula fique lá por muito tempo (lá)". Na terça-feira, o Ministério Público Federal afirmou que Lula já pode ir para regime semiaberto no caso do triplex do Guarujá.
Leia reportagem da agência Reuters sobre o assunto:
Lula tem direito a progredir para regime semiaberto, diz Ministério Público ao STJ
BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério Público Federal afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já cumpriu tempo suficiente da pena o que habilita o petista a progredir para o regime semiaberto, em que pode trabalhar na rua e passar à noite em estabelecimento prisional, segundo parecer enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ex-presidente, que cumpre pena desde abril do ano passado em regime fechado por condenação na operação Lava Jato no processo do tríplex do Guarujá, teve sua pena reduzida pelo STJ para 8 anos e 10 meses de prisão.
Um condenado tem direito a pedir progressão de regime após cumprir um sexto da pena —por lei, a Justiça também pode levar em conta outros aspectos para tomar essa decisão.
A subprocuradora-geral da República Áurea Lustosa Pierre defende que o STJ volte a discutir uma eventual progressão da pena do ex-presidente. Para ela, a corte pode fixar o regime semiaberto ao petista ou determinar que a Justiça de primeiro grau tome essa decisão. Não há prazo para que o STJ analise o caso.


Conferência discute segurança alimentar e nutricional


Com participação aberta a toda população, estão sendo convidados para o evento tanto quem consome, presta assistência técnica e quem produz alimentos em Apucarana
(Foto: Edson Denobi)

Com o tema “Comida no campo e na cidade: o que temos e o que queremos”, Apucarana realiza neste dia 19 de junho, às 13 horas, no Centro da Juventude, a 2ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Uma iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), a programação vai debater três eixos temáticos: Alimentação como princípio de existir; Desafios e possibilidades na construção da política pública; e a geografia da fome e o desperdício de alimentos.
“Convidamos todos os apucaranenses a estar conosco neste momento onde vamos, em conjunto, pensar, levantar, propor e deliberar sobre o alimento que temos e o que queremos. Trazendo a reflexão de que não adianta apenas a quantidade, é fundamental que o que chega à nossa mesa tenha qualidade nutricional, afinal, o alimento traz saúde para o nosso corpo”, destaca Ana Paula Nazarko, secretária Municipal da Assistência Social. De acordo com ela, a qualidade nutricional é uma preocupação da gestão Beto Preto e Júnior da Femac. “Um exemplo são as refeições servidas em nossas escolas, cujo cardápio é elaborado por nutricionistas e que por isso introduzem junto aos alunos hábitos alimentares saudáveis”, lembrou a secretária.
Com participação aberta a todos os interessados, estão sendo convidados para o evento tanto quem consome (população, profissionais de nutrição, da área da saúde e entidades em geral), quem presta assistência técnica (Emater, Seab e secretaria da Agricultura) e quem produz alimentos (agricultores). “O conselho municipal é atuante e sensível às demandas do setor, sendo vigilante e interagindo com outros conselhos, como o de meio ambiente, para garantir que a população tenha acesso a uma alimentação diversificada, segura e saudável”, comunicou David Brito, presidente do Consea. Ele chama a atenção para a necessidade das pessoas se preocuparem mais com o que consomem. “Ouve um tempo em que o grande foco era o combate à desnutrição pela escassez do alimento, hoje a desnutrição ainda está presente, mas devido a falta de nutrientes na alimentação”, disse Brito.
A realização das conferências é um componente obrigatório na estruturação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), que é um sistema público, semelhante ao SUS, instituído em 2006 pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional para assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). “Os interessados em participar da conferência devem se inscrever antecipadamente no Centro Social Urbano, do Parque Bela Vista, ou através do e-mail conselhosapucarana@gmail.com”, orienta David Brito, presidente do Consea. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3425-1511.
Programação da conferência
13 horas – retirada das credenciais
13h30 – abertura oficial com apresentação cultural
14 horas – palestra “Comida no campo e na cidade: o que temos e o que queremos?”, com a mestre em nutrição Tatiana Marin
14h50: debate com blocos de perguntas
15 horas – “coffee-break”
15h15 – grupos de trabalho
15h50 – plenária final com aprovação das liberações
16h30 – eleição dos delegados para a conferência estadual
17 horas – encerramento


Cinco gestores do IBGE entregam o cargo em menos de 24h por cortes no Censo 2020


O corte orçamentário e a condução do processo referente a elaboração do Censo 2020 levou cinco gestores do IBGE a entregarem os cargos em menos de 24 horas; em carta, ex-gestores afirmam que o IBGE "encerrou unilateralmente o debate em torno do projeto censitário, ignorando categoricamente toda a estrutura formal de condução da maior operação estatística da América Latina"
247 - O corte orçamentário e a condução do processo referente a elaboração do Censo 2020 levou cinco gestores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a entregarem os cargos em menos de 24 horas. O último a entregar o cargo foi o gerente da Coordenação de Métodos e Qualidade, na área de Metadados, José Guedes, que deixou o posto que ocupava nesta sexta-feira (7).
Segundo reportagem do jornal O Globo, na noite desta quinta-feira (6), Andrea Bastos, assessora da Diretoria de Pesquisas, Marcos Paulo Soares, responsável pela definição da amostragem das pesquisas realizadas pelo Instituto; Barbara Cobo, que atuava na área de População e Indicadores Sociais, além de Leila Ervatti, diretora de Demografia Leila Ervatti, haviam rennciadi aos cargos de chefia que ocupavam.
"É notório que o processo de discussão acerca da definição dos questionários censitários não alcançou os objetivos desejados por todos os técnicos da Instituição", ressaltaram os ex-gerentes e ex-diretores em uma carta divulgada durante o lançamento da Campanha Todos pelo Censo 2020.
No documento, os ex-gestores afirmam que a nova direção do IBGE "encerrou unilateralmente o debate em torno do projeto censitário, ignorando categoricamente toda a estrutura formal de condução da maior operação estatística da América Latina".



Pesquisa aponta que 70% dos caminhoneiros devem parar no dia 14 de junho


Esq.: Reprodução / Dir.: Adriano Machado - Reuters
A Fundação Perseu Abramo (FPA) produziu, por meio da Rede Nacional de Pesquisadores Associados (RNPA), uma pesquisa de opinião com caminhoneiros para medir o comprometimento da categoria com o movimento de paralisação chamado para dia 14 de junho; de acordo com o levantamento, 70% dos condutores vão aderir à Greve Geral
Igor Carvalho, Brasil de Fato - A Fundação Perseu Abramo (FPA) produziu, por meio da Rede Nacional de Pesquisadores Associados (RNPA), uma pesquisa de opinião com caminhoneiros para medir o comprometimento da categoria com o movimento de paralisação chamado para dia 14 de junho. De acordo com o levantamento, 70% dos condutores vão aderir à Greve Geral.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 18 de maio, com 648 motoristas, sendo 6 mulheres. Do total de entrevistas, 49,7% foram com condutores de empresas, 42,6% autônomos, 4,7% cooperativados e 3% empregadores.
Adesões
Na última terça-feira (4), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que representa 700 mil caminhoneiros associados aos sindicatos filiados à entidade, aprovou a adesão à Greve Geral. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros divulgou, em seu site, uma campanha de consulta à categoria para decidir sobre a adesão, ou não, ao movimento que pretende paralisar o país no dia 14 de junho.
Wanderley Dedeco, uma das lideranças forjadas nos grupos de Whatsapp, aplicativo de conversa online onde se orquestrou a paralisação da categoria, em maio de 2018, criticou a CNTTL e disse que é contrário ao movimento de greve.
“Não haverá paralisação, isso é coisa de gente irresponsável no meio de uma negociação que o governo tem cumprido sua parte, esse anúncio é coisa de pessoas que são contra o crescimento do Brasil e do presidente, mas garanto não haverá paralisação", afirmou Dedeco.
A pesquisa
A FPA também perguntou aos caminhoneiros se eles são a favor de uma nova paralisação da categoria, como aconteceu em maio de 2018. Se declararam contrários 20%. Outros 71% são a favor e 9% não souberam opinar.
Para 34,6% dos caminhoneiros, o governo de Jair Bolsonaro é ótimo ou bom. Outros 33,9% consideram ruim ou péssimo.
Os condutores também responderam sobre os meios que utilizam para se informar a respeito de assuntos do interesse da categoria. O Whatsapp é a plataforma eleita por 35,8% dos motoristas e, para 17,2%, é a TV.


Indústria pagou o pato do apoio da Fiesp ao golpe contra Dilma em 2016


Ayrton Vignola
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi o padrinho do pato amarelo que se tornou um dos símbolos da campanha pela derrubada de Dilma Roussef e conduziu a entidade da indústria paulista a apoiar o golpe; agora, a indústria colhe os resultados da aventura de Skaf: 1,33 milhão de empregos cortados entre 2014 e 2017 e um saldo de 17 mil empresas fechadas; ao final de 2017, as indústrias ocupavam 7,7 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2007
247 - O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi o padrinho do pato amarelo que se tornou um dos símbolos da campanha dela derrubada de Dilma Roussef e conduziu a entidade da indústria paulista a apoiar o golpe de Estado de 2015-2016. Agora, a indústria colhe os resultados da aventura de Skaf: segundo o IBGE, entre 2014 e 2017 foram cortados 1,33 milhão de empregos no setor e há um saldo de 17 mil empresas fechadas. Ao final de 2017, as indústrias ocupavam 7,7 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2007.
Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2017, divulgada nesta quinta (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela indica que  as indústrias empregavam 7,7 milhões de pessoas no fim de 2017 -o menor patamar  em 10 anos; em 2007 eram 7,457 milhõe. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, que inclui os setores foral e informal, o pessoal ocupado na indústria geral encolheu em 131 mil vagas no fim de 2018, na comparação com o fim do ano anterior.
Segundo a pesquisa divulgada ontem, a indústria de transformação continua líder em emprego, respondendo por 97,5% do pessoal ocupado em 2017. Seus segmentos com maior representatividade são a fabricação de produtos alimentícios (23,3%) e a confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,2%). Nas indústrias extrativas, as maiores participações são na extração de minerais metálicos (41,4%) e não metálicos (41,1%).
Já a receita líquida das empresas do setor industrial atingiu R$ 2,97 trilhões em valores correntes em 2017, o que representa crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior. Apesar de positivo no curto prazo, a receita segue 7,7% abaixo da registrada há quatro anos, com destaque para a queda mais intensa nas indústrias extrativas (-16,9%).
O instituto detalhou ainda que 69,6% da receita líquida do setor estava nas mãos de companhias de grande porte, ou seja, com 500 ou mais funcionários. Isso equivalia a R$ 2,1 trilhões em valores correntes de receita. Essa proporção não era muito diferente uma década atrás, quando estava em 69,4%.
O levantamento abrange um universo de 318.285 empresas ativas, com uma ou mais pessoas ocupadas. No fim de 2013, esse universo era maior, formado por 334.976 empresas.