terça-feira, 4 de junho de 2019

Confiança na democracia volta a aumentar, passado o efeito do golpe de 2016


Pesquisa do Barômetro das Américas (Lapop), que avalia a percepção sobre o sistema democrático e as instituições políticas no continente americano, revela que 58% dos brasileiros não confiam na democracia; mas o pior parece ter passado: a pesquisa de 2017, realizada entre janeiro e março, na esteira do golpe de Estado de 2016, esse índice chegou a 78%
247 - Pesquisa do Barômetro das Américas (Lapop), que avalia a percepção sobre o sistema democrático e as instituições políticas no continente americano, revela que 58% dos brasileiros não confiam na democracia. Mas o pior parece ter passado: a pesquisa de 2017, realizada entre janeiro e março, na esteira do golpe de Estado de 2016, esse índice chegou a 78%
A pesquisa registra também que cresceu, de 52% para 60%, entre 2017 e agora, a proporção dos que acreditam que a democracia é a melhor forma de governo.
Porém, um dado é preocupante para os defensores da democracia: cerca de um terço dos entrevistados é favorável a um golpe militar em um cenário de muita corrupção.
"O processo eleitoral depois de longa crise política deu uma arejada na nossa democracia", diz o cientista político Jairo Pimentel, do Centro de Economia e Política do Setor Público (Cepesp) da FGV, informa a reportagem de Flávia Faria, na Folha de S.Paulo.
A pesquisa, coordenada pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, em parceria no Brasil com a Fundação Getúlio Vargas, apura também informações sobre a polarização ideológica entre a direita e a esquerda. Ela é realizada a cada dois anos. Desta vez, o percentual de pessoas que se dizem identificadas com a direita (39%) é maior que com a esquerda (28%) -mas deve-se levar em conta que o período do campo da pesquisa (janeiro a março) não captou o desgaste do governo Bolsonaro.
O Barômetro entrevistou 1.498 brasileiros


Apucarana investe mais R$949 mil na estruturação de parque industrial


Parte da primeira etapa visando a liberação de 31 lotes, prefeito Júnior da Femac autorizou nesta segunda-feira empresa vencedora da licitação a dar início à instalação da rede de energia elétrica
(Foto: Edson Denobi)
Após conclusão das obras de drenagem das águas da chuva e pavimentação asfáltica, serviços que absorveram investimentos na ordem de R$ 535 mil, o prefeito Júnior da Femac assinou nesta segunda-feira, durante solenidade realizada no gabinete municipal, ordem de serviço para o início da instalação da rede de energia elétrica no Parque Industrial da Juruba, região sul de Apucarana. A empresa vencedora do processo licitatório foi a Eletrofio Instalações Elétricas Ltda, de Maringá, que será responsável pela colocação dos postes e da rede, incluindo os transformadores, cabos de alta e baixa tensão, hastes e luminárias. O valor do investimento é de R$949.223,92, com recursos provenientes da contribuição para o custeio da iluminação pública (Cosip) e o prazo de execução dos serviços é de até 360 dias.
Apontado como o principal projeto de expansão industrial do município, a instalação da rede elétrica faz parte da primeira etapa do empreendimento, que prevê para breve a liberação de 31 lotes, de um total de 237 unidades. “Ao contrário do que ocorreu no passado, onde parques industriais foram liberados sem este cuidado, estamos estruturando o Parque da Juruba em etapas, dentro de um planejamento pé no chão da gestão Beto Preto, para que ao final o resultado seja prazeroso para todos os envolvidos. Já concluímos o asfalto com toda qualidade exigida pelo porte do empreendimento, as ruas são largas, apropriadas para a circulação de carretas, e agora vamos implementar a energia elétrica, que é mais um investimento fundamental para que as empresas possam se instalar no local”, assinalou o prefeito Júnior da Femac, frisando que a prefeitura já tem recursos em caixa para a segunda etapa de pavimentação do parque.
O diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana, Lafayete dos Santos Luz, deu detalhes do projeto, explicando que Apucarana é uma das poucas cidades do Brasil a regulamentar, em no máximo 32 metros, o espaçamento entre os postes. “Pelo país afora, é permitido que este espaçamento tenha até 40 metros, o que gera entre 10 e 15 metros de escuridão entre um poste e outro. Em Apucarana, a gestão Beto Preto, que tem continuidade com o prefeito Júnior da Femac, pensa a iluminação pública de modo que alie conforto e segurança aos usuários, por isto este sistema do Parque da Juruba vai atender com a melhor qualidade a necessidade dos empresários que lá fixarem suas empresas, pois teremos uma iluminação eficiente, sem a existência das faixas de sombra”, informou Luz, que é engenheiro eletricista.
Apesar de ainda estar em estruturação, a cessão de lotes industriais e concessão de incentivos dentro do Programa de Desenvolvimento Econômico de Apucarana (Prodea) aos primeiros empreendimentos começaram no final do ano passado. Uma das empresas que irá se instalar assim que a primeira etapa estiver liberada, é a Dedike Equipamentos Ltda, do empresário Luiz Henrique da Costa. “Hoje atuamos junto a um barracão alugado e o que a prefeitura está fazendo, através do Parque da Juruba, é um grande incentivo para melhorar ainda mais nossa empresa dentro do mercado. Fizemos questão de prestigiar essa solenidade, onde parabenizamos a prefeitura e agradecemos pelo apoio que estão dando aos empresários locais”, disse Costa, informando que, para a sua empresa foi destinada uma área de 1,5 mil m² onde será construída a sede própria.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), Jayme Leonel, avaliou positivamente o planejamento municipal. “Pensar grande é começar pequeno e a forma com que a prefeitura está estruturando este parque industrial, em etapas, tem tudo para dar bons frutos logo à frente”, disse Leonel. O presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Molina, parabenizou o olhar da administração pública. “Atração de grandes empresas é muito bom, mas valorizar empresários que já estão aqui e que acreditam na cidade, gerando emprego e renda para a população, é melhor ainda. Parabéns aos investidores pela perseverança e à prefeitura pelo investimento neste parque industrial, que em breve estará recebendo essas empresas”, falou Molina.
O projeto – Com área total de 556 mil metros quadrados, o terreno do Parque Industrial da Juruba/Cidade Industrial de Apucarana, fazia parte da antiga Fazenda Juruba. Contará com rede de água, esgoto, energia elétrica compatível com atividades industriais, rede telefônica e de fibra ótica, iluminação e pavimentação asfáltica, entre outros serviços. Segundo o prefeito Júnior da Femac, o parque industrial foi pensado pela gestão Beto Preto para disponibilizar em um mesmo local tudo que o empresário precisar. “Vai ter banco, lotérica, restaurante/praça de alimentação, Sebrae, Senai, enfim, tudo que for de interesse da indústria vamos procurar disponibilizar junto ao Parque Industrial da Juruba, que terá conceito de cidade industrial”, reforçou o prefeito.
Estimativa da prefeitura é de que serão necessários cerca de R$10 milhões para a estruturação completa do parque, que terá um total de 237 lotes industriais.
Presenças – Prestigiaram ainda o ato de assinatura de ordem de serviço os vereadores Lucas Leugi, Marcos da Vila Reis, Franciley Poim, Gentil Pereira, Mauro Bertoli e Antônio Carlos Sidrin, o secretário Municipal da Indústria e Comércio, Edison Peres Estrope, o secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno e o presidente do Sindicado dos Empregados do Comércio de Apucarana, Anivaldo Rodrigues da Silva.


segunda-feira, 3 de junho de 2019

Saldo da vacina contra gripe já acabou


Doses foram liberadas para população em geral nesta segunda-feira
Saldo da vacina contra gripe já acabou
(Foto: Profeta)
A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) informa que a vacina contra a gripe, liberada para população em geral nesta segunda-feira, já acabou.  Logo pela manhã, as Unidades Básicas de Saúde tiveram grande procura e as 2.700 doses que haviam sobrado da campanha nacional de vacinação se esgotaram em poucas horas.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, destinada a grupos prioritários, encerrou na última sexta-feira (31) e a determinação do Ministério da Saúde foi de disponibilizar o saldo das doses para a população em geral a partir do dia 3 de junho. Durante os 52 dias da campanha, iniciada em 10 de abril, a vacina ficou a disposição do público-alvo em 23 UBSs de Apucarana. De acordo com um resultado parcial da cobertura vacinal, divulgado na sexta-feira passada pela Autarquia de Saúde, Apucarana havia atingido 87% da meta de imunizar 40.480 pessoas.
Os grupos dos professores e idosos até ultrapassaram o índice de 90% preconizado pelo Ministério da Saúde, atingindo 100% e 99,70%, respectivamente. Nos próximos dias a AMS vai divulgar o índice oficial de cobertura atingido no município.


INVESTIMENTO : Prefeito conhece projeto da sede do Sesc/Senac para Arapongas

Projeto da nova sede do Sesc/Senac foi apresentado durante evento no sábado(01)

O empresário Paulo Pennacchi, vice-presidente da Fecomércio, apresentou ao prefeito Sérgio Onofre o projeto da sede do Sesc/Senac no município. A apresentação foi feita na manhã de sábado (01), durante o Projeto Justiça no Bairro, com a presença de representantes do Sesc, Senac, Sesi e clubes de serviço, como o Lions. “É um momento muito importante para nós e que consolida uma grande luta. Assim que tomamos posse, no início de 2017, procuramos o Pennacchi para dizer do nosso interesse em ver essa estrutura instalada em nosso município e para começar a escolha do terreno a ser doado pela Prefeitura”, afirmou Sérgio Onofre.
Em maio do ano passado, o prefeito recebeu Darci Piana, presidente da Fecomércio e hoje também vice-governador, Pennacchi e outras lideranças, quando assinou a doação de um terreno de 16 mil metros quadrados através do qual Arapongas garantiu a construção da sede do Sesc e do Senac, num investimento de R$ 20 milhões. O terreno fica no Jardim Caravelle, nas proximidades da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “O apoio do prefeito Sérgio Onofre foi absolutamente estratégico para garantir a vinda dessa obra para Arapongas. Hoje, é com enorme satisfação que apresentamos esse projeto e adiantamos que Arapongas terá a mais moderna estrutura do Sesc e do Senac no Paraná”, frisou Pennacchi. Segundo ele, a obra deve ser iniciada neste semestre e inaugurada no início de 2021.
Por solicitação de Sérgio Onofre, um evento, na Prefeitura, deverá marcar, nas próximas semanas, a apresentação formal do projeto para a indústria, o comércio, os veículos de comunicação e entidades diversas da sociedade. “É importante que toda a comunidade conheça essa estrutura e os benefícios que ela vai trazer para Arapongas e toda a região. Ela deve se somar a outras conquistas importantes que estamos assegurando para o município na área da educação e do ensino técnico, como o câmpus do IFPR e o Colégio Estadual Militar, fazendo desse mandato um período marcante para a história do município”, finaliza o prefeito.


Gleisi: UFPR pode encerrar atividades em agosto e MEC só pensa em perseguição


Alessandro Dantas/PT
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), usou sua conta no Twitter para denunciar as prioridades do governo Bolsonaro, que promove cortes e censura na pasta da educação; "Enquanto o ensino público vai sendo desmontado, o MEC está mais preocupado em perseguir e calar estudantes e professores", disse ela

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou sua conta no Twitter para denunciar as prioridades do governo Bolsonaro, que promove cortes e censura na pasta da educação. 



Festival Lula Livre reuniu mais de 80 mil pessoas


Festival Lula Livre, que aconteceu nesse domingo, 2, Praça da República, região central da capital paulista, reuniu cerca 80 mil pessoas que acompanharam cerca de 30 apresentações diferentes, incluindo grandes nomes da música brasileira como Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Chico César, Otto, Fernanda Takai, entre outros; assista a depoimento dos artistas
247 - O Festival Lula Livre, que aconteceu nesse domingo, 2, Praça da República, região central da capital paulista, reuniu cerca 80 mil pessoas, segundo estimativa publicada na página de Lula no Facebook. O público acompanhou cerca de 30 apresentações diferentes, incluindo grandes nomes da música brasileira como Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Chico César, Otto, Fernanda Takai, entre outros.
Para o cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Eduardo Martins, o evento refletiu a percepção cada vez mais crescente da população de que o ex-presidente foi alvo de uma prisão arbitrária, com fins políticos e eleitorais. 
"O Lula é uma figura importante. Essa eleição de 2018 foi maculada com o impedimento de sua candidatura. Certamente essa eleição seria diferente, com a participação de Lula, que está preso sem provas efetivas. Ele é um preso político e isso fica mais claro a cada dia", disse Carlos Eduardo à Rádio Brasil Atual, que ainda enalteceu a coragem dos artistas ao se manifestarem, em meio aos ataques do governo Bolsonaro.
Inscreva-se na TV 247 e assista a depoimentos dos artistas:







MPF dá prazo de dez dias para que Weintraub se retrate sobre protestos


Reprodução TV
O Ministério Público Federal deu prazo de dez dias ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para apresentar retratação pública em relação à nota, divulgada no dia 30, na qual o ministro desautorizou alunos, professores e até os pais de convocar ou participar de manifestações
247 - O Ministério Público Federal deu prazo de dez dias para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, cancele a nota oficial emitida pela pasta no dia 30 de maio na qual 'desautoriza' pais, alunos, professores e funcionários a divulgarem ou estimularem protestos pelo direito à educação.
Em uma recomendação encaminhada na sexta (31), o órgão solicita que o MEC promova imediata retratação pública quanto à publicação e divulgação da nota. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
A medida foi estabelecida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul, Enrico Rodrigues de Freitas, e pela procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat.
Além da retratação, o orgão adverte o Ministério da Educação a se abster de cercear a liberdade dos professores, servidores, estudantes, pais e responsáveis pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários, de universidades públicas e privadas e Institutos Federais de Ensino – incluindo análise, divulgação, discussão ou debate acerca de atos públicos, seja por meio de Nota Oficial ou pela prática de qualquer outro ato administrativo.
A advertência é uma clara ação contra as ameaças de perseguição e punição contra professores e servidores feitas pelo ministério que pediu que a população denunciasse por meio da ouvidoria ou das redes sociais.
O Ministério Público Federal reforça que "o não acatamento infundado da recomendação, ou a insuficiência dos fundamentos apresentados para não acatá-la total ou parcialmente, poderá ensejar a adoção das medidas judiciais cabíveis".


Economia Solidária forma 33ª turma no novo Espaço Empreender


Prefeito participa de encerramento do curso e fala sobre apoio da Prefeitura às iniciativas do Programa
(Foto:Profeta)
As 27 concluintes da 33ª turma do curso de Economia Solidária estrearam o novo Espaço Empreender, situado nas instalações do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), na esquina das ruas Byngton e Péricles, na Vila Nova. A formatura da quarta turma do ano de 2019 também contou com a presença do prefeito Júnior da Femac e da secretária da Mulher e dos Assuntos da Família (Semaf), Denise Canesin Machado, na cerimônia de encerramento do curso de 20 horas, ministrado pela superintendente da Semaf, Bete Berton.
O prefeito quis conhecer uma a uma as formandas. Pediu a elas que se apresentassem e contassem sobre o empreendimento que estavam desenvolvendo. Viu produtos de artesanato e artísticos, lamentou não ter tempo de provar as delícias do segmento da gastronomia e deu ideias para muitos dos presentes. “Esse programa é uma prioridade para a Prefeitura. Nós acreditamos em vocês. Por isso, apoiamos todas as iniciativas da Economia Solidária, como, por exemplo, ceder esse espaço, que ainda vai receber reformas, para o programa. Temos muito orgulho do trabalho que vem sendo desenvolvido aqui em Apucarana e quero dizer que vocês podem contar com nosso apoio”, disse o prefeito.
O Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino de Apucarana vem se tornando modelo regional e inspiração estadual. Uma das concluintes é de Colombo – região metropolitana de Curitiba -, e veio especialmente para conhecer a metodologia aplicada pela superintendente Bete Berton. “Adorei, achei sensacional, foi uma experiência maravilhosa”, falou Eloísa Cit ao término do curso, declarando-se encantada e afirmando que pretende utilizar a experiência adquirida no trabalho que desenvolve com ONGs.
Ao todo, o Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino já formou 859 empreendedores econômico-solidários, 75 deles este ano. A secretária Denise Canesin Machado explicou aos recém-formados que a partir daquele momento elas passavam a integrar a Rede de Mulheres Solidárias e, dessa maneira, poderiam usufruir de outros momentos de assessoramento da estrutura da secretaria. “Nós temos grande carinho e damos muita atenção ao programa porque, afinal, ele gera renda para as famílias de Apucarana”, destacou Denise.
Aprimoramento – A superintendente Bete Berton enfatizou que o novo Espaço Empreender será usado para o aprimoramento de talentos pessoais e profissionais. “Nossa ideia é que tenhamos aqui um centro de empreendedorismo popular voltado à prática da economia solidária, onde possamos elaborar mais módulos e, com isso, preparar ainda melhor nossas mulheres para a geração de trabalho e renda, e empoderamento”, disse.
Os empreendimentos econômico-solidários abrangem diversas áreas como artesanato, confecção, beleza e estética, gastronomia, plantas medicinais e ornamentais, produção orgânica de hortifrutis e estão baseados nos conceitos-chave de autogestão, cooperação, solidariedade, sustentabilidade e viabilidade econômica. Quem quiser participar do próximo curso de Economia Solidária deve se inscrever no Espaço Mulher, que fica na Rua Oswaldo Cruz, 432.


Unifil inaugura pólo semi-presencial e EAD em Apucarana


Estrutura da universidade londrinense está situada na Rua Galdino Gluck Junior, na área central
(Foto: Profeta)
Apucarana acaba de ganhar um novo empreendimento no segmento de ensino superior. É o pólo semi-presencial e de Ensino à Distância (EAD), da Unifil, de Londrina. A estrutura foi instalada na Rua Galdino Gluck Junior, nº 174, em frente o Colégio Chamberlain, na área central da cidade. A inauguração oficial do Polo da Unifil aconteceu na noite de sexta-feira (31), em solenidade comandada pelos diretores locais, professora Lucilene Faria Pezini e Reginaldo Pezini.
O prefeito Junior da Femac, que prestigiou o evento, manifestou sua satisfação pelo empreendimento da instituição londrinense em Apucarana e destacou que a cidade já ultrapassou a casa de 10 mil universitários, com os campi da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecea), Faculdade de Apucarana (FAP), Faculdade do Norte Novo do Paraná (Facnopar), Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), Polo da Unicesumar, além de pólos de outras instituições.
“A oferta de novos cursos e atração de universitários de Apucarana, da região e até de outros estados é muito bem vinda, pois contribui para movimentar mais a nossa economia e, ao mesmo tempo, forma mão de obra qualificada, que também atrai novos empreendimentos”, avaliou o prefeito Junior da Femac.
Na solenidade a professora Lucilene faria Pezini, destacou que a Unifil é detentora do conceito máximo (nota 5), na avaliação do Ministério da Educação. “Atualmente, a Unifil mantém 260 polos no Brasil, além de outros nos Estados Unidos, Portugal e alguns países da África”, informou. A oferta de cursos nas modalidades de EAD e semi-presencial é bastante extensa, e os alunos podem integrar turmas on line. Pelo sistema os alunos têm aulas pela internet e, a cada dois meses, comparecem aos pólos para fazerem as provas presenciais. Em Apucarana, o Polo da Unifil está ofertando inicialmente vinte opções de graduação EAD e mais 11 de pós-graduação, além de seis cursos híbridos.


Apucarana recebe R$ 136 milhões em oito novos empreendimentos


Com os investimentos, a cidade irá gerar inicialmente mais 460 empregos diretos, sendo a maioria no setor agroindustrial
(Foto: Arquivo)
Com a economia nacional estagnada e caminhando lentamente, os investidores se mostram ainda temerosos em projetos de longo prazo. Contudo, Apucarana com seus 135 mil habitantes, encravada na região Centro-Norte do Paraná, vem apresentando um cenário mais otimista. Nos últimos cinco meses, a cidade recebeu importantes empreendimentos, principalmente no segmento agroindustrial.
Oito empresas anunciadas de janeiro a maio deste ano representam para Apucarana investimentos da ordem de R$ 136 milhões, com a oferta inicial de 460 novos postos de trabalho. O prefeito Junior da Femac se manifesta entusiasmado com as perspectivas positivas e credita a captação de novos empreendimentos à privilegiada logística de Apucarana, o estreito relacionamento com o Governo do Estado e outras lideranças empresariais, além do momento de pacificação política na cidade.
“Nestes cinco primeiros meses de 2019, aos 75 anos, Apucarana apresenta indicadores importantes, como a expansão da rede de esgoto sanitário, a oferta de mão de obra qualificada com o nosso pólo universitário, e a melhor educação básica do Paraná”, argumenta o prefeito.
Segundo ele, são números que chamam a atenção das empresas e que, somados ao potencial logístico de Apucarana – maior entroncamento rodo-ferroviário do Norte Estado e centralizada na Metrópole Norte do Paraná -, faz com que a cidade seja valorizada pelo seu perfil sócio econômico e sua localização estratégica para novos investimentos.
O prefeito Junior da Femac faz questão de ressaltar que os novos indicadores econômicos do Município foram conseguidos na gestão Beto Preto. “Alcançamos nos últimos meses R$ 136 milhões de investimentos, com oferta inicial de 460 empregos, com empresas que optaram em se estabelecer em Apucarana”, assinala.
Ele cita que são empresas da área agroindustrial e outras do setor de produtos fitoterápicos e farmacêuticos. “Os empresários escolheram Apucarana não pela doação de um terreno pelo Município ou algum outro benefício, mas sim pelo conjunto de indicadores sócio-econômicos, força política, e o alinhamento e união que a cidade apresenta neste momento, junto ao Governo do Estado, com o secretário de saúde Dr. Beto Preto, e nossos deputados estaduais e federais”, argumenta.
Segundo Junior da Femac este processo não pára por aí. Ele diz ter absoluta confiança de que a atração de novos empreendimentos terá continuidade. “Estamos em fase de tratativas com diversas empresas interessadas em vir para Apucarana, sendo a maioria delas para o novo Parque Industrial da Juruba, às margens da BR-376, na saída para Curitiba”, revela ele, acrescentando que diversas empresas locais – a maioria do segmento de vestuário – também estão interessadas em expandir seus negócios.
Muitas empresas apucaranenses – diz Junior – estão ampliando suas estruturas e gerando mais empregos, com incentivos direcionados pela prefeitura, via Secretaria de Indústria e Comércio. “A prefeitura contribui na medida do possível, e neste campo citamos o asfalto que está sendo levado para ruas do Parque Industrial Norte e Parque Industrial Galan. E, nesta segunda-feira, vamos autorizar a ordem de serviço para a instalação da rede de energia elétrica no Parque Industrial da Juruba”, informa.
O secretário de Indústria e Comércio, Édson Peres Estrope assegura que todo esse esforço é no sentido de contribuir para a geração de empregos, dando condições melhores para que os empreendedores locais também possam crescer e ofertar mais postos de trabalho em Apucarana. “Estamos contribuindo em todos os sentidos para atração de novos empreendimentos e, em breve, teremos mais notícias boas para os apucaranenses”, comenta Estrope.
Atração de agroindústrias – O grupo empresarial Forus, que mantém várias empresas, entre elas a Forquímica (Cambira), deu início nesta sexta-feira (15/02) a uma nova planta em Apucarana, numa área de seis alqueires, a margem da BR-376, junto à Indústria Eletran. No local já foi preparada a terraplanagem e as fundações, para receber galpões industriais com área de 10 mil m², para a instalação da Biofort – Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, empresa que fabrica produtos biológicos.
O empreendimento terá um aporte de R$ 40 milhões, na sua primeira etapa, e deve estar operando já no segundo semestre, com geração imediata de 40 postos de trabalho, incluindo 8 biólogos, além de químicos e engenheiros. Todos os equipamentos já estão comprados para instalação, inclusive tanques de grande porte, em material inoxidável, que foram importados da Alemanha.
A indústria Workflex Company, estabelecida no Parque Industrial Oeste anunciou em abril ao prefeito Junior da Femac e ao secretário de indústria e comércio, Edison Peres Estrope, um investimento de R$ 7 milhões para ampliar sua linha de produção em Apucarana. A empresa, que já gera 130 postos de trabalho, está agregando um novo produto: a bota “7 Léguas”, cuja marca acaba de ser comprada.
Com os novos equipamentos já adquiridos para a produção da bota 7 Léguas serão gerados de imediato mais 100 empregos na Workflex. A nossa empresa que concorre nacionalmente com a Grandene e Vulcabras entre outras indústrias, vai passar a produzir 350 mil pares de botas de PVC e EVA por mês. A empresa está se tornando a maior deste segmento no Brasil.
A Rede Verona Supermercados iniciou a construção de uma unidade em Apucarana. Trata-se do primeiro supermercado no conceito “atacarejo” da cidade. O empreendimento terá 5,6 mil metros quadrados de área construída em terreno de 7,8 mil metros quadrados localizado na Avenida Governador Roberto da Silveira, próximo à entrada do Núcleo Habitacional Papa João Paulo I. O investimento na ordem de R$12 milhões é uma parceria com a I-Glade Empreendimentos Imobiliários, de Apucarana, proprietária da área.
A empresa do agronegócio Borges & Rossa, com matriz na cidade de Capinzal, em Santa Catarina, está se instalando em Apucarana. Os empresários Alcides Borges, Humberto Toaldo Borges e Fernando Rossa atuam no segmento de avicultura de corte e anunciaram recentemente ao prefeito Junior da Femac o início de um empreendimento de R$ 20 milhões no distrito de Caixa de São Pedro, em Apucarana.
Serão implantados dezesseis aviários, com área de 45 mil metros quadrados e com capacidade para produção de 700 mil frangos a cada 45 dias. O projeto começa a ser executado de imediato numa propriedade de 32 alqueires que o grupo acaba de adquirir. Segundo os investidores, serão gerados de início, a partir de janeiro de 2020, vinte empregos diretos.
FITOTERÁPICOS – Mais uma empresa de grande porte vai se instalar em Apucarana. Trata-se de um empreendimento no ramo farmacêutico, que produzirá um mix de produtos fitoterápicos e homeopáticos. A unidade industrial será construída pelo empresário goianiense Junior Ribeiro numa área próxima ao distrito Caixa de São Pedro. O investimento será de R$ 30 milhões, com a geração de 70 empregos diretos na fase inicial. A vinda da empresa para Apucarana teve o apoio do apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, o Ratinho.
A mais recente conquista do setor industrial é de um investidor chinês, que aguarda o recebimento de equipamentos importados para instalar a HongJian Liao. Trata-se de uma empresa do segmento farmacêutico, com investimento inicial de R$ 5 milhões e geração de vinte empregos.


Samuel Guimarães: Bolsonaro cai até julho e não haverá ditadura militar com Mourão


Presidência
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, ex-secretário-geral do Itamaraty durante o governo Lula, tem uma avaliação incisiva do atual cenário: o governo Bolsonaro não deve passar de julho e uma eventual Presidência de Mourão não deve causar receios de uma nova ditadura militar; "No cardápio político, hoje em dia, Bolsonaro está sendo servido. O prato alternativo que se pode escolher é Mourão"
247 - O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, ex-secretário-geral do Itamaraty durante o governo Lula, tem uma avaliação incisiva do atual cenário político brasileiro: o governo Jair Bolsonaro não deve passar de julho e uma eventual Presidência do general Hamilton Mourão não deve causar receios de uma nova ditadura militar. "No cardápio político, hoje em dia, Bolsonaro está sendo servido. O prato alternativo que se pode escolher é Mourão", afirma. 
Em entrevista ao site Intercept, Guimarães descartou a hipótese de uma eventual Presidência de Mourão colocar o país em rota de uma nova ditadura militar: "[Os militares] passaram 30 anos tentando limpar os aspectos negativos da ditadura para eles. Veio o Bolsonaro e o tempo todo relembra a ditadura. Eles ficam horrorizados com isso". Para ele, o núcleo duro do governo não é militar: "Mas o núcleo duro, por assim dizer, é militar".
Leia as respostas do embaixador Samuel Guimarães a partir de sua cogitação de um impeachment de Bolsonaro no mês de julho:
O que, em julho? Um impeachment? E aí assume Mourão.
Naturalmente. No cardápio político, hoje em dia, Bolsonaro está sendo servido. O prato alternativo que se pode escolher é Mourão. Outros pratos, como revolução socialista e proletária, estão em falta. Assembleia nacional constituinte? Também não está sendo servido. O que tem é o Mourão. Você pode não gostar, achar que é a volta dos militares, achar o que quiser.
Não o preocupa uma eventual volta dos militares ao poder?
De forma alguma. Por várias razões. Primeiro porque temos um governo ideológico e que divide o país, promove o antagonismo social todos os dias. Agora, liberou as pessoas a transitarem com armas carregadas. É uma coisa inacreditável. Temos 63 mil mortes por ano, em toda a Guerra do Vietnã os EUA não perderam o que morre no Brasil por ano. É um governo que promove ódio racial, todo tipo de confronto na sociedade. Isso é uma coisa muito perigosa. O governador do Rio subiu num helicóptero para acompanhar uma ação em que sujeitos iam matar pessoas. Isso é uma loucura. O general Mourão, desde que tomou posse – antes, não – só fala a coisa certa. Até julho o governo tem que aprovar a [reforma da] previdência, alguma coisa tem que aprovar, porque estão achando que vai ser um milagre, se aprova a previdência e tudo vai se resolver.
Vamos supor que Bolsonaro de fato deixe o cargo, sofra um impeachment. Não é arriscado termos os militares de volta no comando do país?
Não. Em qualquer país do mundo que se respeite, os militares fazem parte da sociedade, não são contra a sociedade. Nos EUA, você acha que o establishment critica os militares? Na França? Na Alemanha? Na Inglaterra? Mas aqui criou-se essa ideia de sociedade civil de um lado e os militares do outro. Foi o príncipe dos sociólogos quem fez isso (irônico, se referindo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso). Isso criou uma situação em que, primeiro, se tirou a responsabilidade dos civis que apoiaram a ditadura e que muito se beneficiaram, mais do que os militares, que ficaram com a culpa, mas não ficaram ricos. A Globo se criou durante a ditadura, são multimilionários. Os bancos, a mesma coisa. Esse conceito permitiu dizer: "Olha, a ditadura foi uma coisa militar. Aqui estamos nós, os civis, que nunca nos beneficiamos com ela, nunca enriquecemos nela." Enriqueceram, e muito. Com aquele crescimento muito alto (da economia nos primeiros anos da década de 1970, época do chamado "milagre econômico" brasileiro) com arrocho salarial, eles ficaram milionários, empresários como Gerdau ficaram milionários.
O senhor não vê nenhum risco de uma "recaída" dos militares, um novo AI-2 (o segundo ato institucional decretado pela ditadura, de 1965, que acabou com as eleições diretas para presidente, extinguiu partidos políticos e permitiu uma intervenção do poder Executivo no Judiciário)?
Para quê? Não vale a pena. [Os militares] Passaram 30 anos tentando limpar os aspectos negativos da ditadura para eles. Veio o Bolsonaro e o tempo todo relembra a ditadura. Eles ficam horrorizados com isso. As pesquisas de opinião mostram que os militares são um dos grupos que têm mais confiança da população brasileira. Conseguiram isso, e o Bolsonaro passa o tempo todo lembrando da ditadura, do [ditador chileno Augusto] Pinochet, do [ditador paraguaio Alfredo] Stroessner, do [coronel Carlos Alberto] Brilhante Ustra (um dos principais comandantes da tortura de adversários do regime militar).
Mourão também fez elogios a ele.
Antes de ser vice-presidente. De lá para cá, ele é monitorado pelo alto-comando. Ele não fala por ele, tanto que não é contestado, reparou? Não há nenhum general, da ativa ou da reserva, que tenha contestado Mourão publicamente. Pode ser que eles discutam [internamente], mas publicamente não vi nenhuma declaração. Porque eles sabem que [um eventual fracasso do governo Bolsonaro] vai bater lá neles, entende? Essa confusão que o Bolsonaro está armando, esse caldo de antagonismo, vai bater neles. E não interessa a eles [uma nova ditadura], porque não é mais moda no mundo, não é? Teve a moda das ditaduras militares na América Latina, Brasil, Argentina, toda parte. Hoje em dia, não é mais assim.
Vamos supor que Bolsonaro de fato deixe o cargo, sofra um impeachment. Não é arriscado termos os militares de volta no comando do país?


Não. Em qualquer país do mundo que se respeite, os militares fazem parte da sociedade, não são contra a sociedade. Nos EUA, você acha que o establishment critica os militares? Na França? Na Alemanha? Na Inglaterra? Mas aqui criou-se essa ideia de sociedade civil de um lado e os militares do outro. Foi o príncipe dos sociólogos quem fez isso (irônico, se referindo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso). Isso criou uma situação em que, primeiro, se tirou a responsabilidade dos civis que apoiaram a ditadura e que muito se beneficiaram, mais do que os militares, que ficaram com a culpa, mas não ficaram ricos. A Globo se criou durante a ditadura, são multimilionários. Os bancos, a mesma coisa. Esse conceito permitiu dizer: “Olha, a ditadura foi uma coisa militar. Aqui estamos nós, os civis, que nunca nos beneficiamos com ela, nunca enriquecemos nela.” Enriqueceram, e muito. Com aquele crescimento muito alto (da economia nos primeiros anos da década de 1970, época do chamado “milagre econômico” brasileiro) com arrocho salarial, eles ficaram milionários, empresários como Gerdau ficaram milionários.

O senhor não vê nenhum risco de uma “recaída” dos militares, um novo AI-2 (o segundo ato institucional decretado pela ditadura, de 1965, que acabou com as eleições diretas para presidente, extinguiu partidos políticos e permitiu uma intervenção do poder Executivo no Judiciário)?


Para quê? Não vale a pena. [Os militares] Passaram 30 anos tentando limpar os aspectos negativos da ditadura para eles. Veio o Bolsonaro e o tempo todo relembra a ditadura. Eles ficam horrorizados com isso. As pesquisas de opinião mostram que os militares são um dos grupos que têm mais confiança da população brasileira. Conseguiram isso, e o Bolsonaro passa o tempo todo lembrando da ditadura, do [ditador chileno Augusto] Pinochet, do [ditador paraguaio Alfredo] Stroessner, do [coronel Carlos Alberto] Brilhante Ustra (um dos principais comandantes da tortura de adversários do regime militar).

Mourão também fez elogios a ele.
Antes de ser vice-presidente. De lá para cá, ele é monitorado pelo alto-comando. Ele não fala por ele, tanto que não é contestado, reparou? Não há nenhum general, da ativa ou da reserva, que tenha contestado Mourão publicamente. Pode ser que eles discutam [internamente], mas publicamente não vi nenhuma declaração. Porque eles sabem que [um eventual fracasso do governo Bolsonaro] vai bater lá neles, entende? Essa confusão que o Bolsonaro está armando, esse caldo de antagonismo, vai bater neles. E não interessa a eles [uma nova ditadura], porque não é mais moda no mundo, não é? Teve a moda das ditaduras militares na América Latina, Brasil, Argentina, toda parte. Hoje em dia, não é mais assim.


Depois de protesto histórico em maio, centrais preparam greve geral


Mídia Ninja | ABr | Reuters
Após os quase 2 milhões de pessoas nas ruas, na quinta-feira (30) pelos atos do #30M, em defesa da educação pública e contra o arrocho orçamentário promovido pelo governo Bolsonaro na Educação, o próximo passo dos movimentos sindical, sociais e estudantil é ampliar a mobilização para a greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para 14 de junho
Rede Brasil Atual Após os quase 2 milhões de pessoas nas ruas, nesta quinta-feira (30) pelos atos do #30M, em defesa da educação pública de qualidade e o arrocho orçamentário promovido pelo governo Bolsonaro na Educação, o próximo passo dos movimentos sindical, sociais e estudantil é ampliar a mobilização para a greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para 14 de junho. "Os (atos dos) dias 15 e 30 foram importantes na construção do 14 de Junho, para discutir os cortes na educação e o desmonte da Previdência. Isso mostra que temos força para fazer uma greve geral enorme", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que na manhã desta sexta-feira (31) foi entrevistado pelos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual.
O dirigente, que também ontem visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba, reafirmou que as manifestações de ontem foram "muito grandes, capitaneadas pelo povo da educação, pelos estudantes, pelos trabalhadores, e estamos rumo à greve geral muito forte dia 14″ e que Lula mostra grande expectativa de que a greve geral "venha para barrar a reforma da Previdência. Esse governo foi eleito pelos banqueiros, que estão ávidos por esse filão bilionário da capitalização da Previdência."
Em entrevista ao Brasil de Fato, o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, enalteceu a importância da unificação do campo progressista contra o desmonte promovido por Bolsonaro. Na avaliação do sindicalista, tanto nos atos dos trabalhadores pelo 1º de Maio, com a união de todas as centrais sindicais, quanto nas mobilizações estudantis recentes, o povo brasileiro mostra que está disposto a dizer não às reformas que retiram direitos, precarizam o trabalho, reduzem a renda do trabalhador e aumentam a desigualdade. "Foi muito bom porque foi um sucesso, e neste momento todo a gente também está agregando à discussão da Previdência, da Seguridade Social, e já estamos agregando também para a greve geral a questão dos cortes na Educação", afirmou.
Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os próximos passos são mobilizar "a estudantada" para a greve geral, em que se soma a luta contra os cortes da educação e a "reforma da Previdência". "A UNE, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação nacional de Pós Graduandos (ANPG) convocam os estudantes a se manterem mobilizados, iremos às ruas e nos somaremos à greve geral, no dia 14, convocada por diversos movimentos contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência", declarou a entidade, em nota.
Unificados

Ainda de acordo com a UNE, o segundo dia nacional de mobilização pela educação foi maior que no dia 15 de maio. A entidade levantou que foram realizados atos em 208 cidades, com participação de cerca de 1,8 milhão de pessoas. Pelos cálculos, foram 300 mil pessoas em São Paulo, 200 mil em Belo Horizonte, 100 mil no Rio de Janeiro e o mesmo, no Recife.

"O dia 30 de maio entra para história do nosso país, quando estudantes, professores, trabalhadores e pais voltaram às ruas num grande tsunami. Para quem não acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós somos rebeldes. Nós somos questionadores", disse a presidenta da UNE, Marianna Dias.
"Nós derrotaremos (o governo Bolsonaro). Bolsonaro não governará enquanto os cortes não forem revertidos. Essa é a promessa do povo que tá indo pras ruas do Brasil. Bolsonaro, você não vai ter paz e nós não temos medo de você", acrescentou ela.
O presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, falou sobre a construção das mobilizações em todos os estados brasileiros. Segundo ele, a unidade nas ações de trabalhadores e estudantes fortalece todas as pautas. "As nossas reivindicações por direito e contra cortes orçamentários são mais do que didáticas e provam mais uma vez ao presidente Bolsonaro que aqui não há idiotas úteis e nem massa de manobra. Aqui tem luta e sabedoria popular para barrar todos os retrocessos impostos por este governo de extrema direita e contrário ao povo", acrescentou.


Ratinho Junior e Beto Preto anunciam liberação de R$ 28 milhões para consórcios de saúde

ASSINATURAS

Nesta segunda-feira (03), às 17h30, o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, assinam liberação de recursos de incentivo para nove consórcios intermunicipais de Saúde. Os benefícios, que somam mais de R$ 28 milhões, vão chegar a 156 municípios.
A meta do governo Ratinho Junior de levar a saúde para mais perto da população passa principalmente pelo incentivo e apoio aos consórcios intermunicipais (CIS). “Trata-se de uma ação muito forte, por iniciativa do Estado, junto com os Consórcios de Saúde, no sentido de fazer com que as especialidades de média complexidade cheguem ao cidadão nas microrregiões, com atuação também das Regionais de Saúde”, explica o secretário Beto Preto.
Consórcio - O CIS é uma iniciativa autônoma dos municípios localizados em determinada região que se associam para gerir e prover serviços à população. O consórcio soma os recursos dos municípios integrantes e assim consegue realizar mais serviços de qualidade e agilizar o atendimento.
Os consórcios intermunicipais de saúde foram implantados no âmbito do SUS na década de 90 e ocupam papel de destaque na Política de Saúde do Paraná. Representam mecanismo eficiente para implementação e viabilização de ações em todas as regiões.
O Paraná tem 24 consórcios de saúde que reúnem 96,7% dos municípios.
Os CIS gerenciam Centros de Especialidades que atendem 79% da população do estado, com consultas e procedimentos especializados.
O presidente da Associação dos Consórcios e Associações Intermunicipais de Saúde (Acispar) e prefeito de Alto Piquiri, Luiz Carlos Borges Cardoso, diz que “a saúde não funcionaria hoje sem os consórcios”. Segundo ele, “por meio desse mecanismo promovemos atendimentos, inclusive pequenas cirurgias, consultas oftalmológicas e odontológicas”.
SESA - A Secretaria da Saúde do Paraná mantém o Programa de Apoio aos Consórcios e faz repasse de recursos para o custeio dos atendimentos. Hoje, os centros são referência para as Linhas de Cuidado prioritárias, como materno infantil, hipertensão e diabetes, idoso e saúde mental.
Os atendimentos nestas áreas são orientados pelo Modelo de Atenção às Condições Crônicas e oferecem tratamento multiprofissional; são organizados por estrato de risco e programados individualmente para cada usuário do sistema.
“O que vamos fazer agora é aumentar os incentivos para o funcionamento dos consórcios, apoiando a construção de mais Centros e ampliando o número de especialidades nos atendimentos. O governo Ratinho Junior reconhece a importância dos CIS como canal de oferta de serviços qualificados. Por isso, vamos fomentar a criação de novos serviços de especialidades ambulatoriais: onde eles ainda não existem, vamos instalar; onde existem poucos, queremos ampliar. Vamos fazer acontecer a Saúde em todos os municípios”, destaca o secretário Beto Preto.