segunda-feira, 3 de junho de 2019

Apucarana recebe R$ 136 milhões em oito novos empreendimentos


Com os investimentos, a cidade irá gerar inicialmente mais 460 empregos diretos, sendo a maioria no setor agroindustrial
(Foto: Arquivo)
Com a economia nacional estagnada e caminhando lentamente, os investidores se mostram ainda temerosos em projetos de longo prazo. Contudo, Apucarana com seus 135 mil habitantes, encravada na região Centro-Norte do Paraná, vem apresentando um cenário mais otimista. Nos últimos cinco meses, a cidade recebeu importantes empreendimentos, principalmente no segmento agroindustrial.
Oito empresas anunciadas de janeiro a maio deste ano representam para Apucarana investimentos da ordem de R$ 136 milhões, com a oferta inicial de 460 novos postos de trabalho. O prefeito Junior da Femac se manifesta entusiasmado com as perspectivas positivas e credita a captação de novos empreendimentos à privilegiada logística de Apucarana, o estreito relacionamento com o Governo do Estado e outras lideranças empresariais, além do momento de pacificação política na cidade.
“Nestes cinco primeiros meses de 2019, aos 75 anos, Apucarana apresenta indicadores importantes, como a expansão da rede de esgoto sanitário, a oferta de mão de obra qualificada com o nosso pólo universitário, e a melhor educação básica do Paraná”, argumenta o prefeito.
Segundo ele, são números que chamam a atenção das empresas e que, somados ao potencial logístico de Apucarana – maior entroncamento rodo-ferroviário do Norte Estado e centralizada na Metrópole Norte do Paraná -, faz com que a cidade seja valorizada pelo seu perfil sócio econômico e sua localização estratégica para novos investimentos.
O prefeito Junior da Femac faz questão de ressaltar que os novos indicadores econômicos do Município foram conseguidos na gestão Beto Preto. “Alcançamos nos últimos meses R$ 136 milhões de investimentos, com oferta inicial de 460 empregos, com empresas que optaram em se estabelecer em Apucarana”, assinala.
Ele cita que são empresas da área agroindustrial e outras do setor de produtos fitoterápicos e farmacêuticos. “Os empresários escolheram Apucarana não pela doação de um terreno pelo Município ou algum outro benefício, mas sim pelo conjunto de indicadores sócio-econômicos, força política, e o alinhamento e união que a cidade apresenta neste momento, junto ao Governo do Estado, com o secretário de saúde Dr. Beto Preto, e nossos deputados estaduais e federais”, argumenta.
Segundo Junior da Femac este processo não pára por aí. Ele diz ter absoluta confiança de que a atração de novos empreendimentos terá continuidade. “Estamos em fase de tratativas com diversas empresas interessadas em vir para Apucarana, sendo a maioria delas para o novo Parque Industrial da Juruba, às margens da BR-376, na saída para Curitiba”, revela ele, acrescentando que diversas empresas locais – a maioria do segmento de vestuário – também estão interessadas em expandir seus negócios.
Muitas empresas apucaranenses – diz Junior – estão ampliando suas estruturas e gerando mais empregos, com incentivos direcionados pela prefeitura, via Secretaria de Indústria e Comércio. “A prefeitura contribui na medida do possível, e neste campo citamos o asfalto que está sendo levado para ruas do Parque Industrial Norte e Parque Industrial Galan. E, nesta segunda-feira, vamos autorizar a ordem de serviço para a instalação da rede de energia elétrica no Parque Industrial da Juruba”, informa.
O secretário de Indústria e Comércio, Édson Peres Estrope assegura que todo esse esforço é no sentido de contribuir para a geração de empregos, dando condições melhores para que os empreendedores locais também possam crescer e ofertar mais postos de trabalho em Apucarana. “Estamos contribuindo em todos os sentidos para atração de novos empreendimentos e, em breve, teremos mais notícias boas para os apucaranenses”, comenta Estrope.
Atração de agroindústrias – O grupo empresarial Forus, que mantém várias empresas, entre elas a Forquímica (Cambira), deu início nesta sexta-feira (15/02) a uma nova planta em Apucarana, numa área de seis alqueires, a margem da BR-376, junto à Indústria Eletran. No local já foi preparada a terraplanagem e as fundações, para receber galpões industriais com área de 10 mil m², para a instalação da Biofort – Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, empresa que fabrica produtos biológicos.
O empreendimento terá um aporte de R$ 40 milhões, na sua primeira etapa, e deve estar operando já no segundo semestre, com geração imediata de 40 postos de trabalho, incluindo 8 biólogos, além de químicos e engenheiros. Todos os equipamentos já estão comprados para instalação, inclusive tanques de grande porte, em material inoxidável, que foram importados da Alemanha.
A indústria Workflex Company, estabelecida no Parque Industrial Oeste anunciou em abril ao prefeito Junior da Femac e ao secretário de indústria e comércio, Edison Peres Estrope, um investimento de R$ 7 milhões para ampliar sua linha de produção em Apucarana. A empresa, que já gera 130 postos de trabalho, está agregando um novo produto: a bota “7 Léguas”, cuja marca acaba de ser comprada.
Com os novos equipamentos já adquiridos para a produção da bota 7 Léguas serão gerados de imediato mais 100 empregos na Workflex. A nossa empresa que concorre nacionalmente com a Grandene e Vulcabras entre outras indústrias, vai passar a produzir 350 mil pares de botas de PVC e EVA por mês. A empresa está se tornando a maior deste segmento no Brasil.
A Rede Verona Supermercados iniciou a construção de uma unidade em Apucarana. Trata-se do primeiro supermercado no conceito “atacarejo” da cidade. O empreendimento terá 5,6 mil metros quadrados de área construída em terreno de 7,8 mil metros quadrados localizado na Avenida Governador Roberto da Silveira, próximo à entrada do Núcleo Habitacional Papa João Paulo I. O investimento na ordem de R$12 milhões é uma parceria com a I-Glade Empreendimentos Imobiliários, de Apucarana, proprietária da área.
A empresa do agronegócio Borges & Rossa, com matriz na cidade de Capinzal, em Santa Catarina, está se instalando em Apucarana. Os empresários Alcides Borges, Humberto Toaldo Borges e Fernando Rossa atuam no segmento de avicultura de corte e anunciaram recentemente ao prefeito Junior da Femac o início de um empreendimento de R$ 20 milhões no distrito de Caixa de São Pedro, em Apucarana.
Serão implantados dezesseis aviários, com área de 45 mil metros quadrados e com capacidade para produção de 700 mil frangos a cada 45 dias. O projeto começa a ser executado de imediato numa propriedade de 32 alqueires que o grupo acaba de adquirir. Segundo os investidores, serão gerados de início, a partir de janeiro de 2020, vinte empregos diretos.
FITOTERÁPICOS – Mais uma empresa de grande porte vai se instalar em Apucarana. Trata-se de um empreendimento no ramo farmacêutico, que produzirá um mix de produtos fitoterápicos e homeopáticos. A unidade industrial será construída pelo empresário goianiense Junior Ribeiro numa área próxima ao distrito Caixa de São Pedro. O investimento será de R$ 30 milhões, com a geração de 70 empregos diretos na fase inicial. A vinda da empresa para Apucarana teve o apoio do apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, o Ratinho.
A mais recente conquista do setor industrial é de um investidor chinês, que aguarda o recebimento de equipamentos importados para instalar a HongJian Liao. Trata-se de uma empresa do segmento farmacêutico, com investimento inicial de R$ 5 milhões e geração de vinte empregos.


Samuel Guimarães: Bolsonaro cai até julho e não haverá ditadura militar com Mourão


Presidência
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, ex-secretário-geral do Itamaraty durante o governo Lula, tem uma avaliação incisiva do atual cenário: o governo Bolsonaro não deve passar de julho e uma eventual Presidência de Mourão não deve causar receios de uma nova ditadura militar; "No cardápio político, hoje em dia, Bolsonaro está sendo servido. O prato alternativo que se pode escolher é Mourão"
247 - O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, ex-secretário-geral do Itamaraty durante o governo Lula, tem uma avaliação incisiva do atual cenário político brasileiro: o governo Jair Bolsonaro não deve passar de julho e uma eventual Presidência do general Hamilton Mourão não deve causar receios de uma nova ditadura militar. "No cardápio político, hoje em dia, Bolsonaro está sendo servido. O prato alternativo que se pode escolher é Mourão", afirma. 
Em entrevista ao site Intercept, Guimarães descartou a hipótese de uma eventual Presidência de Mourão colocar o país em rota de uma nova ditadura militar: "[Os militares] passaram 30 anos tentando limpar os aspectos negativos da ditadura para eles. Veio o Bolsonaro e o tempo todo relembra a ditadura. Eles ficam horrorizados com isso". Para ele, o núcleo duro do governo não é militar: "Mas o núcleo duro, por assim dizer, é militar".
Leia as respostas do embaixador Samuel Guimarães a partir de sua cogitação de um impeachment de Bolsonaro no mês de julho:
O que, em julho? Um impeachment? E aí assume Mourão.
Naturalmente. No cardápio político, hoje em dia, Bolsonaro está sendo servido. O prato alternativo que se pode escolher é Mourão. Outros pratos, como revolução socialista e proletária, estão em falta. Assembleia nacional constituinte? Também não está sendo servido. O que tem é o Mourão. Você pode não gostar, achar que é a volta dos militares, achar o que quiser.
Não o preocupa uma eventual volta dos militares ao poder?
De forma alguma. Por várias razões. Primeiro porque temos um governo ideológico e que divide o país, promove o antagonismo social todos os dias. Agora, liberou as pessoas a transitarem com armas carregadas. É uma coisa inacreditável. Temos 63 mil mortes por ano, em toda a Guerra do Vietnã os EUA não perderam o que morre no Brasil por ano. É um governo que promove ódio racial, todo tipo de confronto na sociedade. Isso é uma coisa muito perigosa. O governador do Rio subiu num helicóptero para acompanhar uma ação em que sujeitos iam matar pessoas. Isso é uma loucura. O general Mourão, desde que tomou posse – antes, não – só fala a coisa certa. Até julho o governo tem que aprovar a [reforma da] previdência, alguma coisa tem que aprovar, porque estão achando que vai ser um milagre, se aprova a previdência e tudo vai se resolver.
Vamos supor que Bolsonaro de fato deixe o cargo, sofra um impeachment. Não é arriscado termos os militares de volta no comando do país?
Não. Em qualquer país do mundo que se respeite, os militares fazem parte da sociedade, não são contra a sociedade. Nos EUA, você acha que o establishment critica os militares? Na França? Na Alemanha? Na Inglaterra? Mas aqui criou-se essa ideia de sociedade civil de um lado e os militares do outro. Foi o príncipe dos sociólogos quem fez isso (irônico, se referindo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso). Isso criou uma situação em que, primeiro, se tirou a responsabilidade dos civis que apoiaram a ditadura e que muito se beneficiaram, mais do que os militares, que ficaram com a culpa, mas não ficaram ricos. A Globo se criou durante a ditadura, são multimilionários. Os bancos, a mesma coisa. Esse conceito permitiu dizer: "Olha, a ditadura foi uma coisa militar. Aqui estamos nós, os civis, que nunca nos beneficiamos com ela, nunca enriquecemos nela." Enriqueceram, e muito. Com aquele crescimento muito alto (da economia nos primeiros anos da década de 1970, época do chamado "milagre econômico" brasileiro) com arrocho salarial, eles ficaram milionários, empresários como Gerdau ficaram milionários.
O senhor não vê nenhum risco de uma "recaída" dos militares, um novo AI-2 (o segundo ato institucional decretado pela ditadura, de 1965, que acabou com as eleições diretas para presidente, extinguiu partidos políticos e permitiu uma intervenção do poder Executivo no Judiciário)?
Para quê? Não vale a pena. [Os militares] Passaram 30 anos tentando limpar os aspectos negativos da ditadura para eles. Veio o Bolsonaro e o tempo todo relembra a ditadura. Eles ficam horrorizados com isso. As pesquisas de opinião mostram que os militares são um dos grupos que têm mais confiança da população brasileira. Conseguiram isso, e o Bolsonaro passa o tempo todo lembrando da ditadura, do [ditador chileno Augusto] Pinochet, do [ditador paraguaio Alfredo] Stroessner, do [coronel Carlos Alberto] Brilhante Ustra (um dos principais comandantes da tortura de adversários do regime militar).
Mourão também fez elogios a ele.
Antes de ser vice-presidente. De lá para cá, ele é monitorado pelo alto-comando. Ele não fala por ele, tanto que não é contestado, reparou? Não há nenhum general, da ativa ou da reserva, que tenha contestado Mourão publicamente. Pode ser que eles discutam [internamente], mas publicamente não vi nenhuma declaração. Porque eles sabem que [um eventual fracasso do governo Bolsonaro] vai bater lá neles, entende? Essa confusão que o Bolsonaro está armando, esse caldo de antagonismo, vai bater neles. E não interessa a eles [uma nova ditadura], porque não é mais moda no mundo, não é? Teve a moda das ditaduras militares na América Latina, Brasil, Argentina, toda parte. Hoje em dia, não é mais assim.
Vamos supor que Bolsonaro de fato deixe o cargo, sofra um impeachment. Não é arriscado termos os militares de volta no comando do país?


Não. Em qualquer país do mundo que se respeite, os militares fazem parte da sociedade, não são contra a sociedade. Nos EUA, você acha que o establishment critica os militares? Na França? Na Alemanha? Na Inglaterra? Mas aqui criou-se essa ideia de sociedade civil de um lado e os militares do outro. Foi o príncipe dos sociólogos quem fez isso (irônico, se referindo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso). Isso criou uma situação em que, primeiro, se tirou a responsabilidade dos civis que apoiaram a ditadura e que muito se beneficiaram, mais do que os militares, que ficaram com a culpa, mas não ficaram ricos. A Globo se criou durante a ditadura, são multimilionários. Os bancos, a mesma coisa. Esse conceito permitiu dizer: “Olha, a ditadura foi uma coisa militar. Aqui estamos nós, os civis, que nunca nos beneficiamos com ela, nunca enriquecemos nela.” Enriqueceram, e muito. Com aquele crescimento muito alto (da economia nos primeiros anos da década de 1970, época do chamado “milagre econômico” brasileiro) com arrocho salarial, eles ficaram milionários, empresários como Gerdau ficaram milionários.

O senhor não vê nenhum risco de uma “recaída” dos militares, um novo AI-2 (o segundo ato institucional decretado pela ditadura, de 1965, que acabou com as eleições diretas para presidente, extinguiu partidos políticos e permitiu uma intervenção do poder Executivo no Judiciário)?


Para quê? Não vale a pena. [Os militares] Passaram 30 anos tentando limpar os aspectos negativos da ditadura para eles. Veio o Bolsonaro e o tempo todo relembra a ditadura. Eles ficam horrorizados com isso. As pesquisas de opinião mostram que os militares são um dos grupos que têm mais confiança da população brasileira. Conseguiram isso, e o Bolsonaro passa o tempo todo lembrando da ditadura, do [ditador chileno Augusto] Pinochet, do [ditador paraguaio Alfredo] Stroessner, do [coronel Carlos Alberto] Brilhante Ustra (um dos principais comandantes da tortura de adversários do regime militar).

Mourão também fez elogios a ele.
Antes de ser vice-presidente. De lá para cá, ele é monitorado pelo alto-comando. Ele não fala por ele, tanto que não é contestado, reparou? Não há nenhum general, da ativa ou da reserva, que tenha contestado Mourão publicamente. Pode ser que eles discutam [internamente], mas publicamente não vi nenhuma declaração. Porque eles sabem que [um eventual fracasso do governo Bolsonaro] vai bater lá neles, entende? Essa confusão que o Bolsonaro está armando, esse caldo de antagonismo, vai bater neles. E não interessa a eles [uma nova ditadura], porque não é mais moda no mundo, não é? Teve a moda das ditaduras militares na América Latina, Brasil, Argentina, toda parte. Hoje em dia, não é mais assim.


Depois de protesto histórico em maio, centrais preparam greve geral


Mídia Ninja | ABr | Reuters
Após os quase 2 milhões de pessoas nas ruas, na quinta-feira (30) pelos atos do #30M, em defesa da educação pública e contra o arrocho orçamentário promovido pelo governo Bolsonaro na Educação, o próximo passo dos movimentos sindical, sociais e estudantil é ampliar a mobilização para a greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para 14 de junho
Rede Brasil Atual Após os quase 2 milhões de pessoas nas ruas, nesta quinta-feira (30) pelos atos do #30M, em defesa da educação pública de qualidade e o arrocho orçamentário promovido pelo governo Bolsonaro na Educação, o próximo passo dos movimentos sindical, sociais e estudantil é ampliar a mobilização para a greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para 14 de junho. "Os (atos dos) dias 15 e 30 foram importantes na construção do 14 de Junho, para discutir os cortes na educação e o desmonte da Previdência. Isso mostra que temos força para fazer uma greve geral enorme", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que na manhã desta sexta-feira (31) foi entrevistado pelos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual.
O dirigente, que também ontem visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba, reafirmou que as manifestações de ontem foram "muito grandes, capitaneadas pelo povo da educação, pelos estudantes, pelos trabalhadores, e estamos rumo à greve geral muito forte dia 14″ e que Lula mostra grande expectativa de que a greve geral "venha para barrar a reforma da Previdência. Esse governo foi eleito pelos banqueiros, que estão ávidos por esse filão bilionário da capitalização da Previdência."
Em entrevista ao Brasil de Fato, o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, enalteceu a importância da unificação do campo progressista contra o desmonte promovido por Bolsonaro. Na avaliação do sindicalista, tanto nos atos dos trabalhadores pelo 1º de Maio, com a união de todas as centrais sindicais, quanto nas mobilizações estudantis recentes, o povo brasileiro mostra que está disposto a dizer não às reformas que retiram direitos, precarizam o trabalho, reduzem a renda do trabalhador e aumentam a desigualdade. "Foi muito bom porque foi um sucesso, e neste momento todo a gente também está agregando à discussão da Previdência, da Seguridade Social, e já estamos agregando também para a greve geral a questão dos cortes na Educação", afirmou.
Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), os próximos passos são mobilizar "a estudantada" para a greve geral, em que se soma a luta contra os cortes da educação e a "reforma da Previdência". "A UNE, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação nacional de Pós Graduandos (ANPG) convocam os estudantes a se manterem mobilizados, iremos às ruas e nos somaremos à greve geral, no dia 14, convocada por diversos movimentos contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência", declarou a entidade, em nota.
Unificados

Ainda de acordo com a UNE, o segundo dia nacional de mobilização pela educação foi maior que no dia 15 de maio. A entidade levantou que foram realizados atos em 208 cidades, com participação de cerca de 1,8 milhão de pessoas. Pelos cálculos, foram 300 mil pessoas em São Paulo, 200 mil em Belo Horizonte, 100 mil no Rio de Janeiro e o mesmo, no Recife.

"O dia 30 de maio entra para história do nosso país, quando estudantes, professores, trabalhadores e pais voltaram às ruas num grande tsunami. Para quem não acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós somos rebeldes. Nós somos questionadores", disse a presidenta da UNE, Marianna Dias.
"Nós derrotaremos (o governo Bolsonaro). Bolsonaro não governará enquanto os cortes não forem revertidos. Essa é a promessa do povo que tá indo pras ruas do Brasil. Bolsonaro, você não vai ter paz e nós não temos medo de você", acrescentou ela.
O presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, falou sobre a construção das mobilizações em todos os estados brasileiros. Segundo ele, a unidade nas ações de trabalhadores e estudantes fortalece todas as pautas. "As nossas reivindicações por direito e contra cortes orçamentários são mais do que didáticas e provam mais uma vez ao presidente Bolsonaro que aqui não há idiotas úteis e nem massa de manobra. Aqui tem luta e sabedoria popular para barrar todos os retrocessos impostos por este governo de extrema direita e contrário ao povo", acrescentou.


Ratinho Junior e Beto Preto anunciam liberação de R$ 28 milhões para consórcios de saúde

ASSINATURAS

Nesta segunda-feira (03), às 17h30, o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, assinam liberação de recursos de incentivo para nove consórcios intermunicipais de Saúde. Os benefícios, que somam mais de R$ 28 milhões, vão chegar a 156 municípios.
A meta do governo Ratinho Junior de levar a saúde para mais perto da população passa principalmente pelo incentivo e apoio aos consórcios intermunicipais (CIS). “Trata-se de uma ação muito forte, por iniciativa do Estado, junto com os Consórcios de Saúde, no sentido de fazer com que as especialidades de média complexidade cheguem ao cidadão nas microrregiões, com atuação também das Regionais de Saúde”, explica o secretário Beto Preto.
Consórcio - O CIS é uma iniciativa autônoma dos municípios localizados em determinada região que se associam para gerir e prover serviços à população. O consórcio soma os recursos dos municípios integrantes e assim consegue realizar mais serviços de qualidade e agilizar o atendimento.
Os consórcios intermunicipais de saúde foram implantados no âmbito do SUS na década de 90 e ocupam papel de destaque na Política de Saúde do Paraná. Representam mecanismo eficiente para implementação e viabilização de ações em todas as regiões.
O Paraná tem 24 consórcios de saúde que reúnem 96,7% dos municípios.
Os CIS gerenciam Centros de Especialidades que atendem 79% da população do estado, com consultas e procedimentos especializados.
O presidente da Associação dos Consórcios e Associações Intermunicipais de Saúde (Acispar) e prefeito de Alto Piquiri, Luiz Carlos Borges Cardoso, diz que “a saúde não funcionaria hoje sem os consórcios”. Segundo ele, “por meio desse mecanismo promovemos atendimentos, inclusive pequenas cirurgias, consultas oftalmológicas e odontológicas”.
SESA - A Secretaria da Saúde do Paraná mantém o Programa de Apoio aos Consórcios e faz repasse de recursos para o custeio dos atendimentos. Hoje, os centros são referência para as Linhas de Cuidado prioritárias, como materno infantil, hipertensão e diabetes, idoso e saúde mental.
Os atendimentos nestas áreas são orientados pelo Modelo de Atenção às Condições Crônicas e oferecem tratamento multiprofissional; são organizados por estrato de risco e programados individualmente para cada usuário do sistema.
“O que vamos fazer agora é aumentar os incentivos para o funcionamento dos consórcios, apoiando a construção de mais Centros e ampliando o número de especialidades nos atendimentos. O governo Ratinho Junior reconhece a importância dos CIS como canal de oferta de serviços qualificados. Por isso, vamos fomentar a criação de novos serviços de especialidades ambulatoriais: onde eles ainda não existem, vamos instalar; onde existem poucos, queremos ampliar. Vamos fazer acontecer a Saúde em todos os municípios”, destaca o secretário Beto Preto.


domingo, 2 de junho de 2019

Bolsonaro apresenta até terça-feira projeto de lei para mudar carteira de habilitação


O presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar no inícioda semana, na segunda-feira (3), ou na terça-feira (4), uma proposta que aumenta de cinco para dez anos a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); outra alteração refere-se à pontuação para a perda da habilitação em caso de infrações, dos atuais 20 pontos para 40
247 - O presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar no início da semana, na segunda-feira (3), ou na terça-feira (4), uma proposta que aumenta de cinco para dez anos a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Outra alteração refere-se à pontuação para a perda da habilitação em caso de infrações, dos atuais 20 pontos para 40.
Bolsonaro já se entendeu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o aconselhou a apresentar um projeto de lei, ao invés de medida provisória.
Ao divulgar a informação, o presidente aproveitou para falar sobre o atual estágio da sua relação com o presidente da Câmara: "Estou de boa com o Rodrigo, sem problema nenhum".
As informações são do portal Terra


Festival Lula Livre acontece neste domingo, às 13h, na Praça da República, em SP


Terceira edição do evento reúne 35 artistas e grupos em shows para denunciar prisão política do ex-presidente
Primeira edição do Festival Lula Livre reuniu 60 mil pessoas nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, em 2018 - Créditos: Foto: Rafael Vilela/Mídia Ninja
Primeira edição do Festival Lula Livre reuniu 60 mil pessoas nos Arcos da Lapa, no Rio 

Na tarde deste domingo (02), acontece a terceira edição do Festival Lula Livre na Praça da República, em São Paulo, a partir das 13h (antes marcado para às 14h, o horário foi alterado na noite de sábado). O evento em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político em Curitiba desde abril de 2018, reúne mais de 35 artistas e grupos em shows gratuitos.
Entre os confirmados estão Emicida, Rael, Criolo, Baiana System, Aíla, Dead Fish, Chico César, Filipe Catto, Mombojó, Odair José, Otto, Thaíde, Junu, Everson Pessoa, Unidos do Swing, Francisco El Hombre, Arnaldo Antunes, Slam das Minas, Bia Ferreira, Doralyce Soledad, Lirinha, Ilú Oba de Min, André Frateschi e banda, Márcia Castro, Zeca Baleiro, Isaar, Junio Barreto, Fernanda Takai, MC Poneis, Tulipa, Chico Chico e Duda Brack, Mistura Popular, Triz, Anelis Assumpção e Drik Barbosa. 
Organizado pelo Comitê Nacional Lula Livre, Instituto Lula, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o festival recebe apoio financeiro por meio de colaboração virtual, que ainda está aberta para contribuições.
Diversas páginas e perfis em redes sociais transmitem ao vivo o festival, incluindo o Brasil de Fato, além do Instituto Lula, a teleSUR, a TVT e a Rádio Brasil Atual
Metrô
O Metrô de São Paulo fará obras na Linha Vermelha e as estações Guilhermina/Esperança, Patriarca, Artur Alvim e Corinthians/Itaquera ficam fechadas durante todo o domingo.
Para atender o trecho interditado, ônibus gratuitos do sistema Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) circulam no trecho. Os coletivos funcionam ininterruptamente entre as estações Corinthians/Itaquera e Vila Matilde, na qual já é possível transferir para o Metrô.
A circulação ocorre normalmente entre as estações Palmeiras/Barra Funda e Vila Matilde.
Prévia
Na última terça-feira (28), movimentos populares deram um aperitivo do que será o Festival Lula Livre em manifestação política e cultural no Teatro Oficina, na região central de São Paulo. O evento contou com a presença do dramaturgo Zé Celso, do dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, da Santa Companhia de Teatro, dos poetas Sérgio Vaz e Raquel Almeida, da presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) Marianna Dias, entre outros.
O ex-ministro da Educação e ex-candidato à presidência Fernando Haddad também esteve presente. Haddad disse que a situação de Lula é uma metáfora do aprisionamento das políticas públicas no Brasil, e pediu que a Praça da República esteja lotada no domingo para o festival em defesa da liberdade do ex-presidente.
Outras edições
No dia 28 de julho de 2018, o Rio de Janeiro (RJ) foi palco da primeira edição do Festival Lula Livre. O evento reuniu 60 mil pessoas nos Arcos da Lapa e teve shows de Chico Buarque e Gilberto Gil.
segunda edição do festival aconteceu em 16 de setembro na Avenida Paulista, São Paulo (SP), e teve shows da cantora Ana Cañas e do músico pernambucano Otto, entre outros.
Fonte: Brasil de Fato



Bolsonaro comenta queda do PIB: já falei que não entendia de economia?


Reuters | PR Má notícia para os empresários e trabalhadores brasileiros: Jair Bolsonaro não assume a responsabilidade pelo péssimo desempenho da economia brasileira, que recuou 0,2% no primeiro trimestre e tem hoje 12,5 milhões de desempregados. "Já falei que não entendia de economia? Quem entendia afundou o Brasil, eu confio 100% na economia do Paulo Guedes [...] A gente quer melhorar os nossos índices aqui, agora passa por questões até externas", disse Bolsonaro, durante um almoço na casa de um amigo, em Brasília
Sputinik – O presidente Jair Bolsonaro comentou a recente notícia de que a o PIB brasileiro sofreu uma queda de 0,2% no primeiro trimestre do ano, reiterando a sua confiança no ministro Paulo Guedes.
Ao ser perguntado por jornalistas sobre as projeções para a economia brasileira, Bolsonaro relacionou as projeções econômicas brasileiras com fatores externos e reiterou a necessidade de aprovara reforma da Previdência.
"Já falei que não entendia de economia? Quem entendia afundou o Brasil, eu confio 100% na economia do Paulo Guedes [...] A gente quer melhorar os nossos índices aqui, agora passa por questões até externas", disse Bolsonaro, durante um almoço na casa de um amigo, em Brasília.
De acordo com ele, está "descartada qualquer possibilidade de novo imposto ou majorar qualquer imposto, isso não existe".
Além disso, ele destacou que o governo está trabalhando para garantir a promessa de pagar a 13º parcela do Bolsa Família por meio do combate a fraudes no benefício.
Um estudo do IBGE divulgada em 29 de maio mostrou que o PIB brasileiro sofre uma queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2019 em comparação com o último trimestre do ano passado.
Trata-se da primeira queda do PIB desde o quarto trimestre de 2016. No último trimestre de 2018 foi registrado o aumento do PIB de 0,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2018.


FHC diz que pode ter havido exageros na Lava Jato


RENATO ARAUJOA/Br
"Pode ter havido injustiças e exagero da parte de delatores e mesmo de “salvadores da pátria”. Mas o certo é que as más práticas atingiram o cerne do sistema de poder e levaram o povo à descrença. O governo atual nasceu desse sentimento e da insegurança pela presença crescente do crime organizado e da falta de bem-estar, agravada pela crise econômica", aponta o ex-presidente FHC
247 – "Pode ter havido injustiças e exagero da parte de delatores e mesmo de “salvadores da pátria”. Mas o certo é que as más práticas atingiram o cerne do sistema de poder e levaram o povo à descrença. O governo atual nasceu desse sentimento e da insegurança pela presença crescente do crime organizado e da falta de bem-estar, agravada pela crise econômica", aponta o ex-presidente FHC, em artigo publicado neste domingo. Confira abaixo:
Preencher o vazio político
Por Fernando Henrique Cardoso
No mês passado o PSDB, em congresso nacional, elegeu nova direção, que terá tarefa pesada: atualizar as diretrizes e, principalmente, as práticas do partido. Isso no momento em que o Brasil passa por uma tempestade e requer renovação. Com efeito, na recente eleição presidencial a marreta cega da História destruiu o que já estava nos escombros: o sistema político e partidário criado a partir da Constituição de 1988, que com o tempo se foi deformando. O País percebeu que as bases de sustentação do sistema partidário e eleitoral estavam em decomposição. Organizações empresariais, partidos e segmentos da sociedade civil chafurdavam na teia escusa da corrupção para sustentar o poder e obter vantagens. 
Pode ter havido injustiças e exagero da parte de delatores e mesmo de “salvadores da pátria”. Mas o certo é que as más práticas atingiram o cerne do sistema de poder e levaram o povo à descrença. O governo atual nasceu desse sentimento e da insegurança pela presença crescente do crime organizado e da falta de bem-estar, agravada pela crise econômica. A campanha foi plena de negatividade: não à corrupção, não ao crime, não ao “sistema”. Mas rala na positividade sobre o que fazer para construir um sistema político melhor. 
Reconhecer esta realidade implica fazer o mea-culpa da parte que cabe aos políticos do “velho sistema”. Mais do que isso, reconstruir a crença em mecanismos capazes de reforçar a democracia e levar o País a um crescimento econômico que propicie bem-estar à maioria da população. Será possível? 
Essa é a tarefa pesada dos que se dedicam à política e não acreditam que basta o “carisma” ou a mensagem salvadora de um demagogo. Pior ainda quando a sociedade dispõe dos meios de comunicação para as pessoas se relacionarem saltando organizações, partidos incluídos. O “movimento” é desencadeado pelo contágio eventual provocado por uma mensagem que dispara nas redes. Basta ver a dor de cabeça que a última greve dos caminhoneiros deu ao governo, que não tinha sindicatos nem partidos com quem negociar. Não deve ser diferente do que está acontecendo na França com o movimento dos “coletes amarelos”. 
O Estado e o poder do governo, contudo, não se coadunam com estímulos frequentes, às vezes erráticos, que partem das redes sociais. Requerem organização e alguma estabilidade para a implantação de políticas. Daí que, a despeito de as sociedades atuarem “em redes”, os partidos e o próprio Estado continuem sendo necessários à política. Não os partidos “como eram antes”, nem sem que haja o reencantamento da política. Árdua tarefa! 
Com que meios preencher o vazio político e evitar, ao mesmo tempo, o predomínio do mero arbítrio dos poderosos? Vê-se no dia a dia o desencontro entre setores do governo – os da área econômica, os com experiência da disciplina e dos valores militares, os intoxicados por ideologias retrógradas e os que veem conspirações anticristãs, antiocidentais, etc. E, principalmente, entre o governo e partes da população. Disso deriva a sensação de que vivemos momentos de crise até mesmo institucional. Começam a aparecer propostas, umas tresloucadas (é só esperar e... haverá mais um impeachment, imaginam), outras mais institucionais (preparemo-nos para o... parlamentarismo), e no meio tempo, aos trancos e barrancos, a máquina pública anda, mas tão devagar que dá a sensação de estar quase parando e o País perdendo a corrida global. 
Sem trombetear alarmismo e depois de reconhecerem que falharam, os partidos – em particular o PSDB –, devem pôr os pés no chão. O caminho mais imediato e disponível para religar o poder aos eleitores seria mudar a legislação eleitoral e instituir o voto distrital misto. Há projetos em andamento no Congresso que poderiam ser aprovados antes das próximas eleições municipais. Esse é o passo viável, por duas razões fundamentais: cabe aos parlamentares federais tomar a decisão, que não afetará de imediato o futuro de cada um deles, mas, sim, o dos vereadores, o que facilita a aprovação. Segundo, no nível municipal é mais visível a teia que liga os vereadores com os eleitores, mecanismo indispensável para fortalecer os partidos. Sem tais vínculos a tarefa de governar se confunde com a de formar coligações ocas. Mais ainda: a experiência mostra que querer resolver tudo de uma só vez mais desorganiza do que institui novas práticas. Melhor, pois, antes de falar em parlamentarismo fortalecer os partidos, mudando a circunscrição em que os representantes disputarão o eleitorado. 
Além das medidas já aprovadas que dificultam a criação de partidos – os quais no geral são mais sopas de letras do que instituições para orientar o voto do eleitor –, é conveniente aumentar as exigências doutrinárias para a sua formação. Os partidos, para sobreviverem, terão de ser capazes de viver “nas redes” e explicitar a que vieram para além delas. Um partido como o PSDB pode mudar de nome, mas de pouco adianta se não atualizar seus propósitos e práticas. 
Hoje, quando não há mais “muros de Berlim”, os partidos podem proclamar que o Estado não deve substituir o mercado e que este não resolve, por si, os problemas da desigualdade. E deveriam saber que, sem aceitar a diversidade e a regra da maioria, as ditaduras podem chegar longe na economia. Mas, vivendo como nós nos ares da liberdade, a troca não vale a pena, mesmo que traga solução rápida do crescimento e, com ele, a da pobreza: seu custo humano e político é muito alto. 
Democracia, crescimento, emprego, inclusão social e segurança são os temas a serem enfrentados. Se um partido sozinho não consegue transformar esses ideais em políticas públicas, que faça alianças e crie força formando parte de um centro progressista que aponte ao eleitorado o rumo do futuro.


MP lava as mãos e STJ terá que decidir só sobre regime aberto de Lula


A subprocuradora-geral Aurea Maria Etelvina Nogueira defendeu que cabe à corte decidir se o petista tem ou não direito à progressão de regime, como demanda a defesa
247 – "Em parecer sobre o recurso do ex-presidente Lula que tramita no Superior Tribunal de Justiça, a subprocuradora-geral Aurea Maria Etelvina Nogueira defendeu que cabe à corte decidir se o petista tem ou não direito à progressão de regime, como demanda a defesa. Os advogados do petista querem que ele passe para o regime aberto", informa a jornalista Daniela Lima, no Painel.

sábado, 1 de junho de 2019

Chefe da publicidade oficial de Bolsonaro pede que anunciantes privados boicotem a Globo


O chefe da Secom, o publicitário e empresário Fabio Wajngarten, que gerencia as verbas de comunicação e publicidade do governo Bolsonaro, recomenda que anunciantes privados revejam investimentos em veículos de comunicação e sugeriu o boicote à Globo
247 - O chefe da Secom, o publicitário e empresário Fabio Wajngarten, que gerencia as verbas de comunicação e publicidade do governo Bolsonaro, recomenda que anunciantes privados revejam investimentos em veículos de comunicação e sugeriu o boicote à Globo.
Pelo Twitter, Fabio Wajngarten respondeu a provocação do jornalista Gilberto Amado, da revista Época, veículo do grupo Globo. "Para alguns poucos orar pela recuperação de uma Filha, ainda que na esfera espiritual, vira notícia. Se isso estiver dentro dos princípios editoriais do Grupo do Jornalista, eu recomendo que anunciantes revejam investimentos no referido Grupo de Comunicação".
Wajngarten é um empresário e publicitário considerado como muito próximo do presidente Jair Bolsonaro.


Petroleira Miriam Cabreira explica como a Lava Jato destruiu a Petrobrás


Diretora sindical dos petroleiros do Rio Grande do Sul, Miriam Cabreira falou, no 3º Encontro de Assinantes do 247, em Porto Alegre, sobre a importância da Petrobrás para a soberania nacional e lembrou da época em que havia muita oferta de emprego para engenheiros, antes de a Lava Jato transformá-los em obras paradas; "Quem visita o estaleiro do Rio Grande sai com vontade de chorar. Eram 25 mil funcionários e agora é mato", ressaltou; assista
247 - A diretora sindical dos petroleiros do Rio Grande do Sul, Miriam Cabreira, explicou no 3º Encontro de Assinantes do 247, em Porto Alegre, como a Lava Jato atacou a Petrobrás e como estes ataques prejudicam a soberania popular do Brasil. Ela também fez uma retrospectiva histórica da petroleira e afirmou que, ao atacar a Petrobrás, ataca-se também a soberania nacional. "Nesse contexto em que a gente está vendo como a Petrobrás está sendo atacada e aí os petroleiros têm esse desafio de mostrar para a população brasileira como é central o ataque à Petrobrás e como atacando a Petrobrás tu ataca todas as relações de trabalho, principalmente a soberania nacional e não é à toa que a Lava Jato foi instrumentalizada para atacar a Petrobrás e manchar o nome da Petrobrás".
A sindicalista fez um apanhado histórico da empresa desde a ditadura militar até a descoberta do pré-sal e como a orientação da Petrobrás foi mudando de acordo com os períodos que se passavam. "Hoje, nós, petroleiros e petroleiras, usamos esse jaleco em todos os eventos que é para mostrar o quê? A gente tem orgulho de trabalhar na Petrobrás, a gente tem orgulho de servir o nosso país porque a gente sabe como é estratégico para o desenvolvimento, para um projeto de nação uma empresa de energia no setor de petróleo", disse.
"Então se a gente fizer um apanhado histórico bem rápido da Petrobrás, a Petrobrás viveu maior parte da vida na ditadura militar, depois teve um período ali nos anos 90 e depois o período do Lula e da Dilma. No período da ditadura militar tiveram investimentos na Petrobrás, tiveram investimentos na prospecção e foi descoberta a Bacia de Campos. Depois, na década de 90, quando mudou o governo, foi mudada a orientação de como a Petrobrás deveria se portar e a Petrobrás então perdeu o monopólio do petróleo e parou de prospectar de petróleo. Mas em 2003, quando mudou o governo, mudou novamente a orientação de como a Petrobrás deveria agir no país para a gente poder viabilizar o nosso projeto de soberania e desenvolvimento social. Então a Petrobrás buscou desenvolver novas áreas de petróleo, com isso chegamos ao pré-sal, então hoje todo mundo pode falar do pré-sal com o maior orgulho e dizer que foi a Petrobrás que descobriu e dizer que foi a Petrobrás que desenvolveu a tecnologia para tornar economicamente viável e dizer que hoje mais da metade da produção de petróleo no Brasil vem do pré-sal", resgatou.
Miriam Cabreira explicou que a partir da descoberta do pré-sal houve a necessidade de se criar legislações que garantissem o uso do petróleo brasileiro para o povo brasileiro.
"E aí, quando a gente viu toda essa potencialidade, a gente teve que mudar a legislação, a gente teve que criar legislação nova justamente para poder apropriar todos os benefícios que essa grande riqueza tem para o nosso país. Com isso foi criada a lei da partilha, foi criado o fundo soberano e foi criada a política de conteúdo local, e aí é que a gente dialoga com essa questão do mundo do trabalho. Quando foi criada a política de conteúdo local a gente não só gerou empregos para os nossos brasileiros e brasileiras, a gente gerou empregos de altíssima qualidade, a gente desenvolveu a nossa engenharia, a gente desenvolveu a nossa área técnica, a gente tinha a possibilidade de trabalhar nos melhores empregos que em outros países têm: o desenvolvimento de tecnologia, afinal de contas, qual é o país desenvolvido que não detém conhecimento em tecnologia?. Quando foi descoberto o pré-sal foi pensado tudo isso, foi pensado um modelo estruturado, sustentável de desenvolvimento para o nosso país. No momento em que a Petrobrás começa a ser atacada esse modelo de desenvolvimento sustentável é o primeiro foco".
"No momento que a Petrobrás começa a ser atacada, esse modelo de desenvolvimento sustentável é o primeiro foco. Quem aqui conhece Rio Grande, a maioria aqui é do Rio Grande do Sul né, todo ano eu vou lá e praticamente chorei. Porque quando tu vai chegando em Rio Grande, tu enxerga aquele guindaste escrito 'Estaleiro Rio Grande'. E quando tu chega lá, é um mato dessa altura. E aí se tu parar para pensar, há quatro anos tinham 26 mil trabalhadores trabalhando lá. As pessoas desenvolvendo as universidades para a gente poder oferecer a mão de obra qualificada. Eram trabalhadores formais, de carteira assinada, técnicos. Em 2011 eu entrei no curso de Engenharia com essa perspectiva, vivíamos um apagão de engenheiros, e em 2018, quando eu me formo, o que eu vou ser? Motorista de uber?", pergunta.
Ela também criticou o bordão do presidente Jair Bolsonaro que defende o Brasil acima de tudo, já que no atual governo o principal pilar para a soberania nacional, segundo a petroleira, está sendo duramente atacado. "Eu acho engraçado o cara dizer 'Brasil acima de tudo' porque na verdade é 'Brasil abaixo de tudo' porque só nós é que estamos defendendo a soberania, só nós é que estamos preocupados que é a estatal chinesa que está comprando a distribuição de energia elétrica, que está comprando refinaria, que é a estatal chinesa que está se apossando do nosso petróleo, eles não estão preocupados, eles que defendem o Brasil acima de tudo. Então quando a gente defende a Petrobrás como estatal, para cumprir o papel dela de desenvolvimento econômico e social, é justamente porque a gente sabe que somente com soberania energética é que a gente vai conseguir promover esse desenvolvimento sustentável, e atacando a Petrobrás tu ataca o principal pilar de ter um país soberano, tu ataca a soberania energética".
Ela ainda explicou que o pré-sal e as refinarias garantem ao Brasil independência em relação ao mercado de petróleo mundial. "A gente tem que defender a Petrobrás como estatal, a gente tem que defender que a Petrobrás não se desfaça de nenhuma refinaria, quando a Petrobrás se desfizer das refinarias acabou todo o nosso projeto porque se a gente desenvolveu o pré-sal foi justamente para não depender da flutuação, para a gente não defender da geopolítica do petróleo, para a gente dizer o seguinte: 'eu tiro o petróleo a US$ 40, meu custo de refino é US$ 2,9, eu tenho que ter um dinheiro para remunerar a Petrobrás, então o custo do meu combustível é tanto'. E se tem guerra lá na Síria ou se tem dumping em determinado lugar a gente tem o nosso mercado protegido, é para isso que a gente investe em soberania energética e aí defender a não privatização de refinarias é essencial porque se as refinarias forem privatizadas a gente quebra a cadeia. Então defender que o pré-sal é para o povo brasileiro é tão importante quanto defender que a Petrobrás não pode vender nenhuma refinaria, se as outras empresas querem entrar aqui no mercado, excelente, elas também estão explorando no pré-sal, elas também são cadeia integrada, venham aqui, instalem uma refinaria e venham fazer a competição conforme o modelo liberal diz. Eles têm que vir aqui e abaixar o preço, eles têm que vir aqui fazer competição e abaixar o preço, e não nós temos que subir o preço para os concorrentes entrarem".
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