Estudantes de todo o país saem às ruas para a segunda
mobilização contra os cortes na educação do governo Bolsonaro; as entidades
estudantis já confirmaram atos em Brasília e mais 23 capitais do país na
próxima quinta-feira (30); as ações também devem servir para acumular forças
para a greve geral do dia 14 de junho contra a proposta de reforma da
Previdência
Rede Brasil Atual - Estudantes de
todo o país saem às ruas para a segunda mobilização contra os cortes na
educação do governo Bolsonaro. Eles prometem repetir os protestos realizados no
último dia 15 de maio, que paralisaram as atividades em universidades,
institutos federais e escolas públicas e privadas em mais de 170 cidades pelo
Brasil que reuniram mais de 1 milhão de participantes. As entidades estudantis
já confirmaram atos em Brasília e mais 23 capitais do país (confira abaixo) na
próxima quinta-feira (30). As ações também devem servir para acumular forças
para a greve geral do dia 14 de junho contra a proposta de reforma da
Previdência.
Na semana passada,
o governo repôs nos investimentos da educação R$ 1,58 bilhão, mas os cortes
ainda alcançam R$ 4,25 bilhões, o que ainda ameaça inviabilizar o funcionamento
de universidades e institutos federais no próximo ano. Além da reposição
insuficiente, os estudantes apontam outros ataques à Educação que se somam aos
cortes e motivam as mobilizações.
No dia seguinte às grandes mobilizações, o
governo Bolsonaro editou decreto que altera regras sobre escolha de dirigentes
universitários, que deverão agora contar com o aval dos ministros da Casa Civil
e da Secretaria Geral da Presidência da República. Para os estudantes, a as
indicações nas mãos do governo ferem diretamente a autonomia e a democracia
universitária.
Também no mesmo dia, o governo Bolsonaro
demitiu mais um presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Enem. Elmer
Vicenzi, que ocupava o cargo, foi afastado após contrariar o pedido do
Ministério da Educação (MEC) para usar dados sigilosos de alunos na emissão de
uma nova carteira estudantil. A ação foi vista como uma tentativa de retaliação
contra as entidades estudantis.
Já na semana passada, os presidentes da
União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (Ubes) foram agredidos e impedidos de falar em audiência pública
da Câmara dos Deputados que recebia o ministro da Educação, Abraham Weintraub,
responsável pelos cortes.
A UNE, a UBES e a Associação Nacional de
Pós-Graduandos (ANPG) convocam a todos e todas estudantes a irem às ruas na
próxima quinta-feira (30) portando suas suas produções acadêmicas e materiais
de estudo como símbolos da luta em defesa da educação.
Confira a programação fechada até esta
segunda-feira (27) dos atos do #30M