segunda-feira, 22 de abril de 2019

Frustração com Bolsonaro cria consenso sobre ano perdido na economia


ABr | Reuters
O ambiente de incerteza e crise política criado pela incapacidade política do governo e sua crescente perda de apoio está levando o setor empresarial brasileiro a uma certeza: o ano está perdido para a economia e a expectativa de crescimento é cada vez menor; especialistas consideram que a economia brasileira caminha para registrar mais um ano perdido; o crescimento ficará próximo de 1%, indicam especialistas e as previsões feitas por instituições financeiras nas últimas semanas
247 - O ambiente de incerteza e crise política criado pela incapacidade política do governo e sua crescente perda de apoio está levando o setor empresarial brasileiro a uma certeza: o ano está perdido para a economia e a expectativa de crescimento é cada vez menor.
Especialistas consideram que a economia brasileira caminha para registrar mais um ano perdido. O crescimento ficará próximo de 1%, indicam especialistas e as previsões feitas por instituições financeiras nas últimas semanas.
Reportagem de Flavia Lima e Ivan Martínez-Vargas no jornal Folha de S.Paulo aponta que a expectativa geral dos economistas e empresário é de um "crescimento medíocre ou frustrante". Todos temem os riscos ligados à política econômica.
"Qualquer crescimento mais próximo de 1% representa um ano perdido e traz uma sensação muito próxima ao de uma parada súbita", diz Silvia Matos, pesquisadora do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas.
A pesquisadora, que também é coordenadora do boletim de macroeconomia da instituição, prevê crescimento econômico entre 1,5% e 2% em 2019, mas avisa: o risco é para baixo. Segundo a economista, crescer 1% em 2018 foi compreensível, considerando a baixa popularidade de Michel Temer, a paralisação dos caminhoneiros, o mau humor externo em relação aos emergentes e o turbulento processo eleitoral. “Repetir isso em 2019 é inaceitável. Não há o que culpar.” Os indicadores econômicos já conhecidos não são bons. 



domingo, 21 de abril de 2019

Bolsonaro e Guedes censuram informações sobre a Previdência


Reuters
O ministro da Economia, Paulo Guedes mandou proibir o acesso a estudos e pareceres técnicos que embasaram a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência. Sob sigilo, não poderão ser divulgados documentos importantes para os trabalhadores, os meios de comunicação e a população em geral conhecerem os critérios em que o governo se baseia para cortar direitos. Assim, argumentos, estatísticas, dados econômicos e sociais ficam submetidos a censura
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes mandou proibir o acesso a estudos e pareceres técnicos que embasaram a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência. Sob sigilo, não poderão ser divulgados documentos importantes para os trabalhadores, os meios de comunicação e a população em geral conhecerem os critérios em que o governo se baseia para cortar direitos. Assim, argumentos, estatísticas, dados econômicos e sociais ficam submetidos a censura.
A decisão de blindar os documentos consta de resposta da pasta a um pedido do jornal Folha de S.Paulo para consultá-los, formulado com base na Lei de Acesso à Informação após o envio da PEC ao Congresso.
As informações foram classificadas com nível de acesso restrito por se tratarem de documentos preparatórios, explica o governo, o que significa que somente servidores e autoridades públicas, devidamente autorizados, podem acessar as informações.
A resistência do governo em apresentar levantamentos relativos à PEC tem irritado congressistas e pode gerar ainda mais instabilidade à tramitação da matéria no parlamento.
Leia mais na reportagem de Fábio Fabrini e Bernardo Caram


Políticos e membros de tribunais se mobilizam para blindar o STF


Nelson Jr./SCO/STF
Partidos políticos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e integrantes de outros tribunais estão se organizando para blindar o Supremo Tribunal Federal (STF), depois do auge da crise durante a semana, em que a instituição foi criticada pelas diligências que fez na investigação sobre ataques que estava sofrendo e a divulgação de notícias falsas.
247 - Partidos políticos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e integrantes de outros tribunais estão se organizando para blindar o Supremo Tribunal Federal (STF), depois do auge da crise durante a semana, em que a instituição foi criticada pelas diligências que fez na investigação sobre ataques que estava sofrendo e a divulgação de notícias falsas.
Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, "tem a empatia de Rodrigo Maia (DEM-RJ), comandante da Câmara, e de dirigentes de siglas da direita à esquerda, do PRB ao PCdoB".
coluna informa ainda que no Superior Tribunal de Justiça (STJ), apesar da certeza de que houve erro na dosagem dos atos, a sensação é a de que se deve respaldar o Supremo.
Faz parte dos esforços para blindar a Suprema Corte a neutralização da ofensiva no Senado pelo impeachment de ministros do STF e a instalação de uma CPI do Judiciário, vista como improvável.
A coluna também destaca que "há especial atenção nas duas Casas (Câmara e Senado) às falas de integrantes do Palácio do Planalto e de aliados de Jair Bolsonaro sobre o caso".


Em áudio, Bolsonaro incentiva ataques de aliados ao vice Mourão


Fotos: Reuters
O jornalista Lauro Jardim, colunista do Globo, obteve áudios em que o presidente Jair Bolsonaro incentiva aliados a atacar seu vice-presidente Hamilton Mourão. Num dos trechos, ele afirma "é isso aí" a um deles que vinha atacando Mourão nas redes sociais. Coincidência ou não, o vice-líder do governo, Marco Feliciano (PSC-SP), pediu o impeachment do vice, que tenta conter movimentos de Bolsonaro que contrariam interesses nacionais, como a submissão completa aos Estados Unidos e a Israel
247 – O presidente Jair Bolsonaro está em guerra aberta com seu vice Hamilton Mourão e pretende derrubá-lo. É o que apontam áudios obtidos pelo jornalista Lauro Jardim, em que Bolsonaro incentiva aliados a atacar seu vice. Confira, abaixo, a nota de Lauro Jardim:
Jair Bolsonaro traçou uma estratégia para fazer frente aos movimentos de Hamilton Mourão, sem criar mais ebulição num governo que parece navegar em permanente efervescência: trata-se, na prática, de terceirizar ataques.
Bolsonaro tem estimulado alguns de seus líderes a descerem a borduna no vice.
A coluna teve acesso a um áudio de WhatsApp em que Bolsonaro lança algumas de suas marcas registradas verbais ("valeu aí" e "é isso aí") para agradecer e, mais grave, incentivar um aliado que lhe informara que vinha criticando Mourão nas redes sociais.
Em outro diálogo, com uma frase, Bolsonaro prevê que a batalha doméstica contra o companheiro de caserna vai perdurar pelos próximos três anos anos. Mais: dá a entender que pensa mesmo em disputar a reeleição. "Em 2022, ele vai ter uma surpresinha". Palavras de capitão.



Fim do feriado vai lotar as rodovias que cortam o Paraná; veja os horários de maior movimento

Trecho da BR-376, entre Curitiba e a divisa com SC
Trecho da BR-376, entre Curitiba e a divisa com SC (Foto: Divulgação/Arterisl Litoral Sul)


O fim do feriado prolongado da Semana Santa e Páscoa deve deixar as rodovias que cortam o Paraná com muito movimento neste domingo (21). O fluxo deve ser alto desde a manhã, mas a partir do meio da tarde deve ficar intenso em vários trechos que ligam à capital, Curitiba.
Na BR-277, entre Curitiba e o Litoral, o fluxo deve chegar a mais de 24 mil veículos ao longo do dia, com pico previsto entre 17 e 18 horas com mais de dois mil veículos por hora no sentido Capital.
No trecho da BR-376, entre Curitiba e a divisa com Santa Catarina, o movimento deve ser intenso desde as 9 horas e assim seguir até a noite. O fluxo neste dia deve ficar até 55% maior que em dias normais. Mais de 52 mil veículos devem passar pela praça de pedágio em São José dos Pinhais.
Na BR-116, que liga a Capital paranaense a São Paulo, o maior movimento é esperado entre 15 e 22 horas, na pista sentido São Paulo. As obras com interdição de faixas e/ou pistas serão suspensas. Durante todo o feriado estimava-se que mais de 620 mil veículos transitariam pelo trecho
Na BR-116, entre Curitiba e Santa Catarina, o fluxo de retorno do feriado deve ficar maior entre as 12 às 20 horas. Os pontos de maior lentidão podem ser registrados no km 115, já em Curitiba, e no km 152, em Areia Branca dos Assis, em Mandirituba. Estes pontos terão monitoramento especial.
Na BR-277, ligação entre Curitiba e o interior do Paraná, o domingo também deve ser muito movimentado, especialmente na região de São Luiz do Purunã, quando quase 45 mil veículos devem fazer o retorno à Capital, com pico a partir das 15 horas até as 22 horas.
Fonte: Bem Paraná

sábado, 20 de abril de 2019

Lewandowski suspende prisões de 2ª instância em caso de crime eleitoral

Antônio Cruz/ Agência Brasil
Antônio Cruz/Agência Brasil 

O ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou, nesta semana, dois réus de um processo de crime eleitoral aguardarem o julgamento final em liberdade; a decisão suspende o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral que não havia autorizado os acusados saírem da prisão; para justificar sua decisão, Lewandowski diz que prisão em segunda instância ofende o princípio da presunção de inocência
Carta Capital - O ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou, nesta semana, dois réus de um processo de crime eleitoral aguardarem o julgamento final em liberdade. A decisão suspende o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral que não havia autorizado os acusados saírem da prisão.
 Para justificar sua decisão, Lewandowski diz que prisão em segunda instância ofende o princípio da presunção de inocência, presente no art. 5° da Constituição Federal. “Não consigo, assim como expressou o Ministro Marco Aurélio, ultrapassar a taxatividade desse dispositivo constitucional, que diz que a presunção de inocência se mantém até o trânsito em julgado. Isso é absolutamente taxativo, categórico; não vejo como se possa interpretar esse dispositivo”, disse o ministro.
Essa decisão faz parte de um cabo de guerra entre Lewandowski e o TSE. O caso trata-se de três vereadores da cidade do Rio de Janeiro que são réus em um mesmo processo de crime eleitoral. Condenados em 2ª instância a cinco anos de prisão, eles foram detidos para aguardarem julgamento final, algo que o próprio STF já havia definido como constitucional.
Os acusados recorreram ao TSE para aguardar o julgamento em liberdade, mas tiveram o pedido negado pelo ministro Tarcísio Vieira Neto.
Na suprema corte, Lewandowski autorizou um dos réus a sair da prisão. Depois que essa decisão foi concedida, os outros dois envolvidos no processo recorreram ao TSE, mas a maioria dos ministros decidiram negar a solicitação de liberdade baseando-se na decisão do próprio STF.
 Diante da derrota na corte eleitoral, os outros dois réus também apelaram ao Supremo, pedindo a Lewandowski a extensão do Habeas Corpus para eles. O ministro atendeu o pedido e libertou os acusados.
Lewandowski disse que a decisão  “em nada conflita com as decisões majoritárias” do STF. O ministro afirmou que concedeu a liberdade para os réus apenas para que possam aguardar em liberdade até o julgamento final do Supremo sobre a constitucionalidade de prisão em 2ª instância.
Entendimento aguarda votação no STF
Desde 2016, o Supremo entende que a prisão após segunda instância é possível. Aqueles condenados por tribunais de segundo grau, como os Tribunais Regionais Federais, podem ser presos. Foi baseado nessa decisão que o ex-juiz Sérgio Moro decretou a prisão do ex-presidente Lula.
Os ministros estão aguardando o presidente do tribunal, Dias Toffoli, colocar em votação a matéria. No começo do mês, ele adiou o julgamento das ações que tratavam sobre esse assunto.
 “Como se sabe, a nossa Constituição não é uma mera folha de papel, que pode ser rasgada sempre que contrarie as forças políticas do momento. Ao revés, a Constituição da República possui força normativa suficiente, de modo que os seus preceitos, notadamente aqueles que garantem aos cidadãos direitos individuais e coletivos, previstos no seu art. 5°, sejam obrigatoriamente observados, ainda que os anseios momentâneos, mesmo aqueles mais nobres, a exemplo do combate à corrupção, requeiram solução diversa, uma vez que, a única saída legítima para qualquer crise consiste, justamente, no incondicional respeito às normas constitucionais. Isso porque não se deve fazer política criminal em face da Constituição, mas sim, com amparo nela”, disse Lewandoski.


Centrais se unem contra reforma da Previdência e ataques a direitos dos trabalhadores


Os riscos à aposentadoria dos trabalhadores e ao sistema de seguridade social como um todo levou a uma ação histórica: as centrais sindicais brasileiras se uniram para dizer não à reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro.
247 - Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual – Os riscos à aposentadoria dos trabalhadores e ao sistema de seguridade social como um todo levou a uma ação histórica: as centrais sindicais brasileiras se uniram para dizer não à reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro.
Em janeiro, essa disposição foi manifestada em nota. No dia 22 de março, protestos foram realizados em todo o Brasil, e em 4 de abril um abaixo-assinado começou a circular, com a chancela de todas as centrais, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Todas essas entidades estarão juntas também no Dia do Trabalhador, em ato unificado do 1º de Maio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
A PEC 6/2019 está parada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, que na segunda-feira (15) aprovou, por 50 votos a 5, requerimento das deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Maria do Rosário (PT-RS), invertendo a pauta do colegiado. Com isso, a discussão da reforma da Previdência só começará depois da análise do orçamento impositivo (PEC 34), na semana após o feriado de Páscoa.
Nas ruas e nas redes
Além da ação conjunta nas ruas e pressionando os parlamentares no Congresso Nacional, as centrais sindicais mantêm em suas páginas farto material para esclarecer os trabalhadores sobre os efeitos nocivos da reforma de Bolsonaro.
Na CUT, um banner no alto do site dá acesso à página Reaja Agora. Lá, os trabalhadores encontram, além de muita informação sobre os reflexos da reforma na vida de cada um, vídeos, a calculadora de tempo para aposentadoria, do Dieese, e o Na Pressão, por meio do qual podem enviar mensagens aos parlamentares, cobrando que se posicionem e votem contra a reforma da Previdência.
O site da Força Sindical tem um banner que abre tão logo o trabalhador entra no site, dando acesso ao abaixo-assinado conjunto das centrais e a uma página com cartilha, fotos e vídeos sobre a luta contra a reforma.
A CTB vai colocar no ar a campanha Quero viver depois de trabalhar - Não mexa na minha aposentadoria. Com peças gráficas como cartazes, folhetos e uma cartilha com pontos explicativos sobre de que forma o trabalhador brasileiro será prejudicado com a "reforma", a campanha também terá vídeos, ações no Facebok, no Instagram e no Twitter, e um site para tirar dúvidas sobre o tema.
A CSB também mantém um banner no alto do seu site para levar a uma página específica com informações sobre a reforma da Previdência, os direitos ameaçados e orientações sobre o que os trabalhadores podem fazer para participar da luta.
Na CSP-Conlutas, além de notícias sobre a PEC 6/2019, um banner do lado direito da capa do site dá acesso à página específica Contra a Reforma da Previdência, com informações, materiais e vídeos que esclarecem a farsa da reforma e os prejuízos que os trabalhadores terão caso seja aprovada.
O site da Intersindical traz uma série de notícias que informam sobre os efeitos nocivos da reforma da Previdência para os trabalhadores brasileiros, assim como jornais, vídeos e uma cartilha.
Na UGT, notícias sobre o tema e uma nota da direção nacional avisa que a central está na luta e "não dará cheque em branco para a reforma da Previdência".
No site da Nova Central, os trabalhadores também encontram uma série de notícias que esclarecem sobre os prejuízos da reforma para toda a sociedade, além da cartilha explicativa, vídeo e plataforma para pressionar os parlamentares para que votem em defesa da aposentadoria, dos direitos dos trabalhadores.


Requião: só Lula pode ser o instrumento da pacificação do Brasil


Em entrevista à TV 247, o ex-governador e ex-senador pelo Paraná Roberto Requião afirmou que a liberdade de Lula está próxima e que o jogo mudou; "o Lula preso para eles é pior do que o Lula solto", diz; Requião também opinou sobre uma possível greve geral; assista
247 - O ex-governador e ex-senador pelo Paraná Roberto Requião afirmou que a liberdade do ex-presidente Lula começa a dar sinais de que se aproxima. Para ele, o ex-presidente é a alavanca necessária para a mobilização e pacificação nacional.
"O Guedes declara com todas as letras que, examinando o patrimônio do Lula, chega-se a conclusão e que o Lula não é corrupto. Então nós estamos provavelmente diante de um jogo diferente, ele liberam o Lula porque o Lula é a alavanca que pode mobilizar o Brasil contra a entrega da soberania e a retirada dos direitos dos trabalhadores. O Lula preso para eles é pior do que o Lula solto. Eles querem acabar de uma vez por todas com a nossa Previdência. O Lula seria o instrumento da pacificação do Brasil".
Requião também opinou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) da última quinta-feira (18) de liberar as entrevistas com Lula na prisão. "É inexplicável que o Lula não tenha podido falar até agora. Na Itália quando Gramsci estava na cadeia ele escrevia e publicava livros, autorizado pelo Mussolini. Aqui prendem o Lula e tiram a voz do ex-presidente da República que tinha muita coisa para dizer em relação ao que conheceu do governo, as pressões internacionais, privatização da Petrobrás e isso tudo que está acontecendo".
Sobre o julgamento do STF sobre Lula no próximo dia 23, o ex-senador afirmou que "tem um sinal que acena para a libertação do Lula no julgamento do dia 23".
O ex-governador ainda comentou sobre a oscilação do diesel durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. "Se nós tivéssemos em um momento de crescimento da economia e as cargas fossem abundantes no Brasil, a tarifa iria acompanhar o preço do diesel e de outros insumos e os caminhoneiros poderiam trabalhar. Mas nós estamos vendo, somada a uma recessão, não há carga para transportar e, ao mesmo tempo, esses facínoras da Petrobrás vinculam o preço do combustível ao dólar e aos preços internacionais. É mais ou menos como vincular o preço da água tratada das cidades brasileiras ao preço do litro de água no deserto do Saara. É uma coisa absolutamente inexplicável".
Para Requião, a greve dos caminhoneiros irá acontecer, porém, não vê grandes chances de um apoio dos sindicalistas. "Eu acho que essa greve vai acabar saindo, agora se os sindicatos apoiam ou não eu não sei. Eu lembro, na questão da prisão do Lula, que estava na sede dos sindicatos e nós achávamos que ele não deveria se entregar, que se quisessem ir buscá-lo lá deveriam ir para enfrentarem a insatisfação daquela população e isso não aconteceu. Alguns sindicalistas e advogados acharam que o Lula deveria se entregar".
O ex-senador afirmou que uma greve geral poderia abalar questões como a reforma da Previdência. "Eu acho que uma greve geral hoje chacoalhava, no mínimo, o Congresso Nacional e essas medidas de nova Previdência e de Banco Central independente desapareceriam por um passe de mágica, seria muito importante".


Greve Nacional da Educação está marcada para 15 de maio


"Vamos parar tudo, o protesto vai envolver técnicos administrativos, professoras e professores da rede privada e pública. No dia 15 de maio realizaremos a Greve Nacional da Educação contra a reforma da Previdência que acaba com a nossa aposentadoria". A afirmação é do coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, que chama todos os trabalhadores de estabelecimentos de ensino e entidades filiadas a organizarem e divulgarem o movimento
247, Por Por Carlos Pompe, no Portal CTB - "Vamos parar tudo, o protesto vai envolver técnicos administrativos, professoras e professores da rede privada e pública. No dia 15 de maio realizaremos a Greve Nacional da Educação contra a reforma da Previdência que acaba com a nossa aposentadoria". A afirmação é do coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, que chama todos os trabalhadores de estabelecimentos de ensino e entidades filiadas a organizarem e divulgarem o movimento.
O Dia da Greve Nacional da Educação está sendo convocado pela Contee, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e outras entidades nacionais do setor e conta com o apoio das centrais sindicais que pretendem organizar uma greve geral contra a reforma.
A proposta do Governo Bolsonaro de reforma da Previdência prejudica os trabalhadores em educação de todo o país, principalmente as mulheres. Só de professores, são 2,2 milhões, 80% mulheres, que têm seus direitos ameaçados. Atualmente, as professoras se aposentam com 50 anos de idade e 25 de contribuição, e os professores com 55 anos de idade e 30 de contribuição. Pelas novas regras propostas, as professoras serão as maiores prejudicadas. O tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria é estipulado em 30 anos, aumento de 5 anos para as professoras. Já em relação à idade mínima de 60 anos, serão 5 anos a mais para os homens e 10 anos a mais para as mulheres.
Para alcançar a aposentadoria integral (média das contribuições pagas), o tempo exigido é de 40 anos para professores e professoras. Com isso, as mulheres teriam que contribuir obrigatoriamente 10 anos a mais para obter o benefício integral. A mudança na regra do cálculo também reduz o valor dos benefícios. Hoje são dispensados 20% das menores contribuições. Pela nova regra até essas contribuições, totalizando 100%, serão levadas em conta.
Caso o governo insista na proposta, a greve geral dos trabalhadores em educação poderá se estender por tempo indeterminado. "Os direitos sociais estão sendo destruídos e não podemos aceitar isso. O descaso do governo com a educação é gritante, como demonstra a crise no MEC", denuncia Gilson. "Vamos nos unir, nos mobilizar, ocupar as ruas. Temos que lutar pelos nossos direitos. Não podemos deixar que rasguem a Constituição Federal. Vamos conversar com os estudantes e pais, esclarecer a situação péssima pela qual passa o país. Precisamos de um plano econômico, de emprego, de valorização do salário mínimo. Repudiamos essa reforma da Previdência", completa.
O movimento está sendo convocado com a palavra de ordem: "Contra o desmonte da aposentadoria, rumo à greve geral. Ninguém nasce só para trabalhar, aposentadoria é direito do cidadão".


sexta-feira, 19 de abril de 2019

Caminhoneiros estão 'enfurecidos', diz associação; greve pode começar no dia 29

(Foto: Franklin de Freitas)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Abam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) afirmaram em notas que o pacote de medidas anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) para os caminhoneiros não atende às principais demandas da categoria, que são a queda do preço do óleo diesel e a fiscalização nas estadas do cumprimento da tabela do frete.
De acordo com a CNTA, a alta de R$ 0,10 por litro de combustível, que entrou nesta em vigor nesta quinta, "aumentou ainda mais a tensão instalada na categoria.
Segundo a nota, os caminhoneiros carregam desde o "ano passado a frustração de não ter a lei do piso mínimo do frete cumprida".
A confederação diz ter feito um levantamento com 140 sindicatos, nove federações e uma associação colaborativa, para confirmar o posicionamento dos caminhoneiros.
"A entidade identificou que o anúncio reacendeu uma insatisfação generalizada na categoria, que está impaciente à espera de uma resposta do Governo", diz a nota divulgada nesta quinta (18).
A Abcam afirma que o aumento no preço do combustível gera um impacto nos custos e na previsibilidade do valor dos fretes e, por isso, os motoristas estão "enfurecidos".
"É grande o número de queixas recebidas pela Abcam, tanto por telefone, quanto em suas redes sociais", segundo nota.
A associação, porém, afirma que não é possível afirmar que a categoria está se organizando para uma nova paralisação. 
Na noite de quarta, líderes caminhoneiros já articulavam uma nova paralisação para o dia 29 de abril.
REUNIÃO
A CNTA também afirmou que terá uma reunião com o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, na próxima segunda-feira (22).
Na noite de quarta (17), o ministro já havia se reunido com caminhoneiros liderados por Wallace Landim, o Chorão, e prometido mais ação do governo em relação à fiscalização nas estradas.
"O piso vai fazer com que o diesel deixe de ser uma preocupação. Aumentou o diesel, a gente aumenta o piso. A gente vai transplantar o aumento do diesel para a tabela. Isso vai fazer com que o caminhoneiro não perca dinheiro com os transportes", disse.
Os caminhoneiros, porém, estão divididos e muitos têm posto em dúvida a legitimidade dos representantes escolhidos para falar com o governo.
Parte de um grupo de líderes de caminhoneiros, Wanderlei Alves, o Dedéco, afirma que haverá nova paralisação e diz que as manifestações devem começar no dia 29 de abril.
Fonte: Bem Paraná

Em manifesto, artistas e intelectuais pedem Lula Livre


Ricardo Stuckert
"Prenderam Lula para aumentar a repressão ao povo, para fazer valer com mais força a lei da bala contra pobre, negro, trabalhador, enquanto os milionários ficam ainda mais milionários. Lutar pela liberdade de Lula é enfrentar o caos", diz o texto
247 – Em manifesto, intelectuais e artistas pedem a libertação de Lula. Já são diversos signatários: Leonardo Boff, Marieta Severo, Raduan Nassar, Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, Mia Couto, Leci Brandão, Fernando Morais, Boaventura de Sousa Santos, José de Abreu, Frei Betto, José Celso Martinez Corrêa, Gilberto Gil, Flora Gil, Chico Buarque, Carol Proner, entre outros. Confira o manifesto:
MANIFESTO 
O SOM PELA LIBERDADE
“Ninguém vai me acorrentar

Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir”
Você já se imaginou, por um mísero minuto sequer, viver privado injustamente da sua liberdade?
Um ano. 
Doze meses. 
Cinquenta e duas semanas. Trezentos e sessenta e cinco dias. 
Oito mil, setecentas e sessenta horas. 
Quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos. 
Este é o tempo em que Lula se encontra preso. 
Hoje, um pouco mais que isso.
O que a prisão de Lula tem a ver com você? 
Olhe em volta. 
Sabe esse nó na garganta que você sente com o bombardeio diário de problemas, esse sentimento de andar em marcha à ré enquanto crescem ao seu redor os sem emprego, os sem teto, os sem comida? 
A angústia de imaginar que, em breve, querem juntar ao bonde dos sem direitos, os sem aposentadoria, os sem universidade, os sem voz? 
Não se engane. 
Lula é vítima de um processo forjado, de um arranjo ilegal de interesses. 
Uma farsa, tendo como pano de fundo um apartamento sem escritura, sem as chaves, que nunca lhe pertenceu e onde não passou uma única noite. 
Uma condenação sem provas, feita sob encomenda para atender os desejos de quem quer arrancar os seus direitos na marra.
Um ano se passou e a injustiça continua. 
Lula foi impedido de disputar eleições e silenciado. 
Sua família foi perseguida. 
Uma nova condenação forjada. 
Na base da força bruta, insistem em bancar a farsa até as últimas consequências. 
A prisão de Lula é um símbolo do nosso retrocesso. 
Viramos o país onde o trabalho não tem mais regulação, o salário-mínimo virou lenda e a única liberdade que existe é o aumento da nossa exploração. 
Um país que desrespeita os vizinhos latinos e lambe as botas dos Estados Unidos; onde o presidente celebra a ditadura militar e incentiva a perseguição de professores enquanto escolas e universidades não recebem investimento digno; onde um pai de família é assassinado com 80 tiros pelo exército e as autoridades nada dizem; onde ninguém sabe até hoje quem mandou matar Marielle Franco!
Lula foi preso para acabarem com o seu direito de se aposentar. Para garantir que o sonho de entrar na universidade não seja para todos. Para piorar os serviços públicos, diminuir o acesso aos medicamentos, acabar com o Mais Médicos, enterrar a cultura nacional, favorecer os fabricantes de armas e alimentar o medo. 
Prenderam Lula para aumentar a repressão ao povo, para fazer valer com mais força a lei da bala contra pobre, negro, trabalhador, enquanto os milionários ficam ainda mais milionários.
Lutar pela liberdade de Lula é enfrentar o caos. 
É desatar o nó na garganta que está nos sufocando. 
É encarar os irresponsáveis que puseram o Brasil à deriva, exigir justiça e democracia, dignidade e direitos. 
O nosso grito por Lula Livre é um imenso coro em defesa da verdade! Vamos, de mãos dadas, construir este imenso cordão por justiça para Lula e para o povo brasileiro!

Assinam o Manifesto:
Leonardo Boff 

Marieta Severo 
Raduan Nassar
Dilma Rousseff
Martinho da Vila
Arnaldo Antunes
Mia Couto
Leci Brandão
Celso Amorim 
Mino Carta
Fernando Morais
Boaventura de Sousa Santos
José de Abreu
Maria Victoria de Mesquita Benevides
Frei Betto
José Celso Martinez Corrêa 
Gilberto Gil 
Flora Gil
Chico Buarque 
Carol Proner
Patrícia Melo
John Neschiling 
Franklin Martins
Aloizio Mercadante
Gustavo Fernandez
Juca Ferreira
Aderbal Freire Filho
Camila Pitanga
Anna Muylaert 
Herson Capri
Celso Frateschi
Emir Sader
Inez Viana 
Márcia Miranda 
Eric Nepomuceno 
Silvio Tendler
Ana de Holanda
Bemvindo Sequeira
Lan Lanh 
Osmar Prado
Guta Stresser
Tuca Moraes
Luiz Fernando Lobo
Sérgio Santos
Tadeu di Pietro
Sidney Santiago
Tata Amaral 
Yamandu Costa
Silvia Buarque
Malu Valle 
Sérgio Mamberti 
Débora Duboc 
Toni Venturi 
Amir Haddad
Bete Mendes
Antônio Pitanga
Marina Person 
Noca da Portela
Chico Diaz
Bruno Garcia 
Luiz Carlos Barreto
Cristina Pereira 
Carolina Ziskind
Marat Descartes
Renata Melo
Dora Castelar
Gorete Milagres
Viviane Ferreira
Eliane Café
Leusa Araújo
Ana Cecília Costa
Rodolfo Vaz
Orã Figueiredo 
Alcides Nogueira 
Duca Rachid 
Tomaz Miranda
Augusto Madeira 
Preta Ferreira
Rodrigo Lopes Siqueira
Roberta Mello
Anna Carolina Magalhães
Cida de Souza
João Raphael Alves
Leonardo Hinckel
Agnes de Freitas
Nady Oliveira
Tayara Maciel
Luiza Moraes
Idris Bahia
Natalia Gadiolli
Gilberto Miranda
Bernardo Cotrim
Claudia Troiano 
Gabriella Gualberto
Camila Victor
Márcio Tavares
Ana Flávia Marx
Bruno Ramos
Warley Alves Barbosa
Laryssa Sampaio
Martha Romano
Wellington Alves
Luisa Gaspar
Manuel Victor
Lígia Miguel
Igor Felippe
Marina Piotto
Tião Carvalho
Sid Farney Lima de Araújo
Maria Jose Alves da Silva
Alfredo Farias da Rocha
Franco De Sa Aiezza
Lila Silva (Josefa Eliana Silva)
Erika Vieira Lima Carvalho
Dorival Brandão
Valdir Castiglioni Filho
Redelson Tomaz da Silva
Darlucia Silva
Adnilsom da Silva Lara
Jorge Afonso Maia Mairink
Telma Saraiva dos Santos
Lúcio André de Figueiredo Rodrigues
Maria Teresa  Barbosa Huang
Leonardo Fialho Machado Nogueira
Pericles de Holleben Mello
Fernanda Camargo
Rodrigo Cesar Souza de Macedo
Berenice Perpetua Simão 
Vitor Ortiz
Denílson Machado
Marcos Paulo Carvalho Lima
Sebastião Jose Soares
Cicero Belém Filho