segunda-feira, 15 de abril de 2019

STF censura revista e determina que reportagem que citava Toffoli seja excluída


Nelson Jr./SCO/STF
A revista digital Crusoé diz ter sido intimada pelo Supremo Tribunal Federal a tirar do ar uma reportagem que afirmava que o presidente da Corte, Dias Toffoli, havia sido citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato
247 - A revista digital Crusoé afirma ter intimada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar do ar uma reportagem que afirmava que o presidente da Corte, Dias Toffoli, havia sido citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato.
De acordo com a revista, a determinação foi dada na manhã desta segunda-feira (15) pelo ministro Alexandre de Moraes, que pede a suspensão imediata da matéria, que foi ao ar na última sexta. Outros veículos também receberam a mesma determinação.
A revista disse também que Moraes determinou ainda que a Polícia Federal (PF) intime os responsáveis pelo material a prestar esclarecimentos no prazo de 72 horas.
A reportagem alvo da ação do STF foi publicada, segundo a Crusoé, com base em autos da Lava Jato. O vazamento de delações ou supostas afirmações que sequer se tornaram delações tem sido um prática da Lava Jato desde o início das operações, em 2014. É o que muitos juristas classificam como espetacularização do processo. Até então, os alvos dos vazamentos foram lideranças políticas, em sua maioria do PT.
Apesar de tais vazamentos implicarem em acusações, cujo conteúdo os acusados não tinham acesso, o Supremo não tomou medidas sobre o caso, pelo contrário, negou diversos pedidos de vítimas que foram prejudicadas por tais vazamentos. 
A medida de censura veio por conta de uma reportagem da revista que diz que a PF pediu um esclarecimento a Marcelo Odebrecht, que fez acordo de delação, para esclarecer quem seria "um amigo do amigo de meu pai", citado em um e-mail. Odebrecht teria respondido que seria Dias Toffoli, presidente do STF.


Delegado vai comandar o Inep, responsável pelo Enem


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será presidido pelo delegado da Polícia Federal Elmer Coelho Vicenzi; escolha é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a nomeação deve sair nos próximos dias; principal desafio de Vicenzi é garantir a realização do Enem; gráfica que imprimia a prova desde 2019 anunciou falência no final de março e até agora o instituto não tem um novo plano definido
247 - O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável por estatísticas e avaliações da educação e exames como o Enem, será presidido pelo delegado da Polícia Federal Elmer Coelho Vicenzi.
Segundo o jornalista Paulo Saldaña, da Folha de S. Paulo, a escolha é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a nomeação deve sair nos próximos dias.
O Inep está sem presidente desde o dia 26 de março, quando o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez exonerou Marcus Vinicius Rodrigues. Vélez o responsabilizou pela suspensão da prova de alfabetização deste ano, medida tornada sem efeito após má repercussão.
A realização do Enem é o maior desafio do Inep neste momento. A gráfica que imprimia a prova desde 2019 anunciou falência no final de março e até agora o instituto não tem um novo plano definido.
As inscrições para o Enem ocorrem entre 6 e 17 de maio e as provas, em 3 e 10 de novembro. No ano passado, o Enem recebeu 5,5 milhões de inscrições. O resultado serve como porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país.


Altman: o partido armado do capital tem em Lula seu grande inimigo


O jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, avalia em análise feita pela TV 247 que os militares do governo Jair Bolsonaro e o mercado financeiro atuam de forma conjunta para manter o ex-presidente Lula preso; "Desejam (os militares) manter Lula preso para impor um programa pelo qual foi eleito Bolsonaro. Para eles, é inadmissível qualquer medida que relaxe a situação carcerária de Lula porque em um cenário em que Lula está excluído do processo político é mais favorável para a mudança de regime político e para a imposição de um programa ultraliberal defendido pelo capital financeiro em associação com a maioria do comando do Exército brasileiro"
247 - O jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, avalia em análise feita pela TV 247 que os militares do governo Jair Bolsonaro e o mercado financeiro atuam de forma conjunta para manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso.
Após afirmar que Bolsonaro está sob tutela dos militares, o jornalista afirma que o "partido armado do capital tem em Lula o seu grande inimigo, porque eles (militares) vivem de estudar cenários e sabem o que significa a libertação de Lula".
"Desejam manter Lula preso para impor um programa pelo qual foi eleito Bolsonaro. Para eles, é inadmissível qualquer medida que relaxe a situação carcerária de Lula porque em um cenário em que Lula está excluído do processo político é mais favorável para mudança de regime político e para imposição de um programa ultraliberal defendido pelo capital financeiro em associação com a maioria do comando do Exército brasileiro".
Segundo Altamn, "os militares vão tentar da ordem ao governo Bolsonaro".
"O vínculo dos militares com Bolsonaro é estrutural. Foi decisivo pape Villas Boas para impedir Habeas Corpus ao ex-presidente Lula".
Ao citar o general Villas Boas, o jornalista fez referência à manifestação do então chefe das Forças Armadas, em 3 de abril do ano passado, quando expôs sua posição contrária à liberdade do ex-presidente Lula. Em entrevista ao jornalista Igor Gielow, no mês de novembro, ele comentou seu posicionamento.
"Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera do votação no Supremo da questão do Lula", disse ele. "Sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse", afirma. 

“Paixão de Cristo” reúne milhares de fiéis no Parque das Nações, em Arapongas


Com caravanas de diversas cidades do país, por mais um ano, o Grupo Teatral Mãe do Céu reuniu milhares de pessoas no Parque das Nações, no último domingo (14), que acompanharam um dos maiores espetáculos que encena a vida, morte e ressurreição de Jesus, o Teatro A Paixão de Cristo.
Formado por aproximadamente 1500 integrantes voluntários, o Grupo Teatral Mãe do Céu, coordenado por Luiz Vecchiatto, que interpreta Cristo, novamente levou uma mensagem de fé e esperança ao público pelo 22º ano.
“Abrimos nossa semana santa com esse grande momento de reflexão através da fé e espiritualidade. Através da nossa arte levamos a mensagem da nossa Páscoa que é Jesus Cristo ressuscitado. Tivemos uma noite intensa, que novamente superou nossas expectativas. Agradecemos primeiramente a Deus, que nos permitiu um momento tão incrível, a todos os envolvidos e ao público que nos acompanhou em mais essa emocionante jornada espiritual”, enfatizou Vecchiatto.
Entre as autoridades presentes estavam o prefeito de Arapongas, Sergio Onofre, o vice-prefeito, Jair Milani, secretários municipais, autoridades religiosas, entre elas, o Bispo Dom Carlos.
“Presenciar esse forte momento de fé é algo inacreditável. Algo que toca o nosso coração a cada ano e de uma maneira ainda mais forte. Novamente o Grupo Teatral, coordenado pelo Luizinho Vecchiatto nos emocionou de fato”, finalizou o prefeito.


Gasto com publicidade sobre 63% com Bolsonaro; Record passa a Globo


Pela primeira vez na história, a Globo foi desbancada pela Record na distribuição das verbas do governo federal; é o resultado do primeiro trimestre de governo Bolsonaro; ao contrário da promessa de campanha, de redução brutal dos gastos com publicidade governamental eles deram um salto de 63% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e chegara a R$ 75,5 milhões -o valor não inclui os gastos de ministérios e empresas estatais
247 - Pela primeira vez na história, a Globo foi desbancada pela Record na distribuição das verbas do governo federal. É o resultado do primeiro trimestre de governo Bolsonaro. Ao contrário da promessa de campanha, de redução brutal dos gastos com publicidade governamental eles deram um salto de 63% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e chegara a R$ 75,5 milhões -o valor não inclui os gastos de ministérios e empresas estatais.
A notícia vem à luz no mesmo dia (esta segunda, 15) em que o Diário Oficial publicou  portaria, assinada pelo chanceler Ernesto Araújo, concedendo passaporte diplomático a Edir Macedo, o dono da Rede Record, que se tornou uma rede oficiosa do governo Bolsonaro (aqui).
Segundo os dados da Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Presidência), os gastos do governo com publicidade institucional saíram de R$ 44,5 milhões no primeiro trimestre de 2018 para R$ 75,5 milhões no mesmo período de 2019, informa o jornalista Leandro Prazeres, no UOL. Na comparação com o mesmo período de 2017, o crescimento é ainda maior. Nos primeiros três meses daquele ano, a Secom gastou R$ 35 milhões. Na comparação entre os gastos em 2017 e 2019, o crescimento é de 101%, já descontada a inflação no período.
A comparação entre 2017 e 2019 mostra que, neste ano houve uma quebra no padrão de distribuição das verbas publicitárias repassadas pela secretaria de comunicação do governo. Os dados mostram que em 2017 e 2018, a Globo encontrava-se isolada na liderança do bolo publicitário, e que Record e SBT se revezavam em segundo lugar. Em 2017, a Globo faturou R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre. Em segundo lugar ficou o SBT, com R$ 1,34 milhão. Em terceiro, ficou a Record com R$ 1,21 milhão. Em 2018, o padrão se manteve.
Em 2019, tudo mudou: em primeiro lugar ficou a Record, com R$ 10,3 milhões; em segundo, o SBT, com R$ 7,3 milhões; a Globo despencou para terceiro, com R$ 7,07 milhões.
Para superar a Globo, Record e SBT tiveram crescimentos exponenciais de seus faturamentos publicitários junto à Secom. Em relação a 2018, o crescimento do faturamento publicitário da Record junto à Secom no primeiro trimestre de 2019 foi de 659%, valor já considerando a variação da inflação no período.
O apoio decidido do SBT e especialmente da Record a Bolsonaro dá seus primeiros frutos. 


Mortes nas estradas do Paraná sobem 27,5% no 1º trimestre de 2019

 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 116 mortes nos três primeiros meses de 2019 no Paraná. O número é 27,5% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado, quando 91 pessoas morreram. E 32,2% menor que o do primeiro trimestre de 2017, em que houve 171 mortes.
De janeiro a março deste ano, 2.012 pessoas saíram feridas em acidentes nas rodovias federais paranaenses. As equipes da PRF atenderam 1.787 acidentes no período. O balanço do primeiro trimestre de 2019 foi divulgado pela PRF na manhã desta segunda-feira (15).
Mais da metade das mortes ocorreram em colisões frontais (27,6%) ou em atropelamentos (26,7%). As principais causas dos acidentes fatais foram desobediência às normas de trânsito, falta de atenção à condução, velocidade incompatível, falta de atenção do pedestre, ingestão de bebidas alcoólicas, sono, defeito mecânico e ultrapassagens indevidas.
A maioria das mortes aconteceu em trechos de pista simples (55,2%), à noite (58,6%) e com pista seca (79,3%).
Ao longo de 2018, de janeiro a dezembro, a Polícia Rodoviária Federal havia registrado o menor patamar de mortes desde 2010 no Paraná. A trajetória dos indicadores de letalidade foi de queda nos últimos dois anos. As mortes caíram de 652, em 2016, para 490, no ano passado --uma redução de 24,8%.
AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO
As equipes da PRF abordaram 790 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas durante o primeiro trimestre deste ano no Paraná. Outros 5,4 mil foram autuados por realizar manobras proibidas de ultrapassagem.
Os radares portáteis operados por policiais rodoviários federais captaram imagens de quase 77 mil veículos transitando acima dos limites máximos de velocidade.
Em 508 abordagens, os agentes da PRF encontraram crianças que eram transportadas sem condições de segurança.
Mais de 4,3 mil veículos foram recolhidos aos pátios do órgão, por diversos tipos de irregularidades.
No Paraná, a Polícia Rodoviária Federal fiscaliza cerca de 3.824 quilômetros de malha viária.


Balanço de acidentes e fiscalização de transito da PRF no Paraná:
(1º trimestre de 2019)
- 116 mortos;
- 2.012 feridos;
- 1.787 acidentes atendidos;
- 508 crianças sem cadeirinha;
- 790 casos de embriaguez ao volante;
- 5.396 ultrapassagens proibidas;
- 76.952 flagrantes de excesso de velocidade;
- 4.323 veículos recolhidos, por diversas irregularidades.

Fonte: Bem Paraná com assessoria da PRF-PR

Carlos Bolsonaro também empregou assessor ligado a Queiroz


Trata-se de Márcio da Silva Gerbatim, ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua enteada. Ele esteve lotado como motorista no gabinete do vereador por dois anos, entre abril de 2008 e abril de 2010
247 – "O vereador Carlos Bolsonaro (PSC) empregou em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio um funcionário ligado ao ex-policial militar Fabrício Queiroz, pivô da crise envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) por suspeita de captação ilícita de salário de servidores no período em que foi assessor do ex-deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)", informam Constança Rezende e Fábio Leite, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo.
Trata-se de Márcio da Silva Gerbatim, ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua enteada. Ele esteve lotado como motorista no gabinete do vereador por dois anos, entre abril de 2008 e abril de 2010, quando foi exonerado por Carlos.
"Fabrício Queiroz é investigado nas esferas cível e criminal pelo Ministério Público do Rio pela movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que atua na prevenção e combate à lavagem de dinheiro", aponta ainda a reportagem.


Desafeto de Flávio Bolsonaro, professor é ameaçado pelos assassinos de Marielle


O professor Pedro Mara vive sob ameaça dos assassinos de Marielle Franco, do senador Flávio Bolsonaro e da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, que abriu processo contra ele alegando "abandono de função" por ele ter ficado 15 dias escondido depois que se tornou público o fato de que ele tinha sua vida investigada por Ronnie Lessa. Numa longa carta, ele relata os detalhes da perseguição de que é vítima - leia a íntegra
247 - O professor Pedro Mara vive sob ameaça dos assassinos de Marielle Franco, do senador Flávio Bolsonaro e da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, que abriu processo contra ele alegando "abandono de função" por ele ter ficado 15 dias escondido depois que se tornou público o fato de que ele tinha sua vida investigada por Ronnie Lessa. Numa longa carta, publicada originalmente pelo Intercept, ele relata os detalhes da perseguição de que é vítima.
Leia a íntegra:
Em 14 de março, quando se completou um ano do assassinato da Marielle, eu fui informado pela mídia que o meu nome estava na lista dos pesquisados por Ronnie Lessa, o assassino da vereadora. Enquanto todo o mundo se perguntava quem mandou matar Marielle, eu me fazia a pergunta "por que meu nome está nessa lista?"
Foi um fato assustador por natureza descobrir que seu nome está em uma lista da organização criminosa mais sofisticada do Rio de Janeiro. Foi pior ainda descobrir que poucas pessoas tiveram sua vida, em maior ou menor grau, vasculhadas por Lessa. A periculosidade da organização não diminuiu com a prisão dos assassinos, tem muitos milicianos ainda soltos.
Na véspera, eu estava trabalhando, me despedi da escola e das pessoas que eu gosto. No outro dia eu volto para o trabalho e, de repente, estou na lista de uma organização criminosa. Tinha de deixar o estado urgentemente. De sexta-feira para o domingo, não pude sair de casa, com medo do que pudesse acontecer e de eventuais ações. Os volumes das notícias também me deixavam vulnerável frente às pessoas que acompanhavam o noticiário: não tinha mais garantias de que não iam me agredir na rua.
E eu não faço ideia da razão de aparecer nessa lista do Lessa, mas o relatório da Polícia Civil é muito claro. Quando faz a referência a mim, fala: "O professor Pedro Mara, diretor do CIEP 210, em Belford Roxo, que teve atrito, na época, com o deputado estadual Flávio Bolsonaro". Isso é o que está escrito no inquérito. Se foi o Flávio que mandou, se não foi o Flávio que mandou, não sei.
Tenho uma história imensa de luta na educação do Rio de Janeiro. Eu fiz parte do movimento estudantil, sou professor, fui comandante de greve, fui de sindicato. Só que a minha militância inteira foi no campo da educação. E só no campo da educação. Nunca militei em nada que não fosse isso. Nunca mexi com interesses econômicos de milicianos, nunca denunciei excesso das polícias na comunidade. Eu nunca fui líder comunitário.
Desde o dia que descobri, naquela quinta-feira, fiquei em casa até o domingo, e apenas na segunda tomamos providências administrativas. Após fazer reuniões, criamos um protocolo de segurança, feito pela OAB, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj e o Sepe-RJ. Nesse protocolo, eu teria que me afastar do Rio de Janeiro. Tive que ir para outro lugar, longe das pessoas que eu gosto, totalmente desamparado.
O secretário de educação do estado do Rio, Pedro Fernandes, foi comunicado pelo presidente da Comissão de Educação, Flávio Serafini, da necessidade do meu afastamento, e foi pedido um prazo de afastamento de duas semanas para tomarmos medidas avaliativas. Mas, surpreendentemente, apesar de ter ciência do que estava acontecendo, o secretário optou por aceitar um processo de exoneração e deu início a ele em tempo recorde.
O processo teve início no dia 25, mas recebi a notificação oficial apenas no dia 29 de março. Descobri primeiro pela mídia. Estou sofrendo um processo de exoneração por ter faltado duas semanas de aula na qual estava cumprindo um protocolo de segurança. O que você justifica para exonerar um servidor por faltas é se ele teve a intenção de faltar. Eu não estou afastado para tirar férias e, sim, porque corro risco de vida e informei a secretaria sobre a minha situação. Eu tenho riscos reais: não foi uma ameaça de uma ligação anônima, foi um inquérito da Polícia Civil que constatou que meu nome era procurado por uma organização de milicianos. De uma hora para a outra, apareci no meio do crime mais sofisticado do Brasil nas últimas décadas.
Hoje, estou formalmente afastado da escola e sem receber salário porque, quando a secretaria entra com um processo de exoneração, seu salário é bloqueado automaticamente. Como exonerar um professor, um diretor, que teve que sair do estado por conta de ameaça de vida? O dinheiro já era curto com o salário de professor. Sem ele, é uma situação desesperadora. Tive de sair do Rio às pressas, alugar um apartamento fora do estado e depois tive de retornar para me defender, quebrando o protocolo de segurança.
E já percebo a hostilidade na rua. No domingo, saí de casa para ir à feira e parei para falar ao telefone com uma amiga, e observei que uma mulher xingava, mas pensei que ela estava reclamando de outras pessoas que estavam passando. Quando me dei conta, estávamos só nós dois na quadra, e a senhora xingando. Ela continuou caminhando e olhando pra mim, me encarando e me insultando. Quando ouvi algumas palavras como “maconheiro, veado”, e outras coisas assim, pensei, é comigo.
Mas a perseguição da Secretaria de Educação não é de agora. Conheci o clã Bolsonaro em 2017, em uma audiência pública sobre o Escola sem Partido, na Câmara Municipal de Niterói, na Semana de Niterói. Na época, eu era professor e já tinha sido eleito diretor de escola. Havia uma divergência moral entre nós, os professores de escola pública, e a família Bolsonaro, porque do lado de lá, eles nunca botaram um filho em escola pública, falam de problemas que são inexistentes, criam um pânico moral, se estruturam em cima de fake news. Enquanto isso, as escolas públicas seguem caindo, com falta de professores, sem estrutura adequada, com turmas e escolas sendo fechadas. De um lado estava quem defende a escola pública e gratuita de qualidade e, do outro, quem está querendo destruir, usando os argumentos mais absurdos possíveis, como é o caso do clã Bolsonaro.
Em julho de 2017, após essa audiência pública, o hoje senador Flávio Bolsonaro abriu processo judicial e administrativo com algumas calúnias contra mim. Foi aberta uma sindicância na Secretaria de Educação e teve um processo no Ministério Público. Nesse processo, no qual ele me acusava de fazer apologia às drogas na sala de aula, ocorreu até outubro, e o próprio Ministério Público mandou arquivar a ação, por falta de provas.
Mas não houve apenas a sindicância sobre a apologia às drogas: também abriram, na Secretaria da Educação, uma sindicância para investigar insubordinação contra a antiga diretora, que havia perdido a eleição para mim, e também investigava o descumprimento de regras em geral, se havia lançamento de notas, se os diários estavam corretos. Após três investigações em uma só, nós também vencemos. Esse foi o primeiro indício de perseguição.
Além das sindicâncias, após minha chapa vencer a eleição para o cargo de diretor, a secretaria tentou impugná-la, alegando que os outros dois integrantes praticavam nepotismo por terem um grau de parentesco. Mas a Secretária de Educação havia homologado a candidatura, e só encontrou problema depois que vencemos a eleição.
No início deste ano, tentaram fechar cinco turmas na nossa escola, mesmo com uma evasão baixíssima, e ignorando todos os novos estudantes. Denunciei os cortes de vagas e a dificuldade de se fazer a matrícula, e o RJ2 fez uma reportagem sobre o assunto. Quando se começa a incomodar, surgem reprimendas. Da segunda semana letiva em diante, praticamente todos os dias, um fiscal da secretaria visitou minha escola para ver o que estava acontecendo, verificar se as aulas estavam ocorrendo, procurar algum problema de merenda, ver se havia alguma irregularidade.
Esse processo de exoneração por abandono de cargo prova ainda mais a perseguição que venho sofrendo. Eu fui investigado pelo assassino da Marielle. Tive que sair do estado por segurança. Hoje estou sem salário. Estou numa situação difícil financeiramente, emocionalmente e funcionalmente. Preciso do auxílio de amigos, desenvolvi depressão, e o governo não tem nenhuma sensibilidade com a situação.
Além de tudo, eu ainda tenho que respeitar o protocolo de segurança. É assustador quando você descobre que seus momentos de vida, até os mais triviais, estão na mão de uma organização criminosa. Isso é muito violento.
Eu tentei durante esses anos todos me desvencilhar e achar que o episódio com o clã Bolsonaro tinha sido um detalhe da vida. Em 2017, apesar de alguns ataques, não fiquei com tanto medo. Eram ataques pontuais de pessoas na rua, que acreditaram na mentira. Registramos as ameaças na Comissão de Direitos Humanos com o deputado Marcelo Freixo e voltei a trabalhar, porque definiram que não tinha nenhum risco maior à época. Apesar de ser difícil ver a sua biografia e a sua trajetória profissional caluniadas, dilaceradas por uma mentira que foi inventada, naquela época a vida seguiu.
Hoje, não dá para dizer que foi um detalhe. Quando as pessoas me encontravam e diziam "você é aquele que teve um problema com Bolsonaro", eu explicava que o episódio era apenas uma parte do processo. Minha militância nunca tinha sido definida por esse episódio. Hoje, não. Hoje é diferente, porque toda minha vida mudou por causa disso.
Esse processo me levou a ter medo. O governo, que a gente espera que nos proteja, que nos ampare, que nos dê segurança, de repente, ignora todos os fatos que são de conhecimento do Brasil inteiro, e abre um processo que pode me levar à exoneração. A Sepe-RJ, a OAB, e os responsáveis pelo meu protocolo de segurança chegaram a enviar uma notificação a ONU explicando a situação e pedindo a suspensão dos processos.
Eu gostaria de ver uma atitude do governador do estado para tentar barrar esse processo. Eu gostaria que o secretário de educação demonstrasse que compreende seus servidores, que os protege em vez de os perseguir.


Eduardo Bolsonaro desafia a esquerda a dizer quem é Paulo Freire. E a esquerda responde


"Diariamente mostramos quem é Olavo de Carvalho @opropriolavo. Falta o pessoal da esquerda agora dizer quem é Paulo Freire e o seu legado na educação nacional...", cobrou o deputado no Twitter; em resposta, os internautas têm disparado tuítes sobre os títulos do educador e sua referência positiva no mundo
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, ousou desafiar a esquerda a dizer "quem é Paulo Freire", uma vez que a direita vem dizendo todo os dias "quem é Olavo de Carvalho".
"Diariamente mostramos quem é Olavo de Carvalho @opropriolavo. Falta o pessoal da esquerda agora dizer quem é Paulo Freire e o seu legado na educação nacional...", postou no Twitter. Os internautas atenderam ao "desafio" e agora têm disparado tuítes sobre os diversos títulos do educador e seu reconhecimento em todo o mundo.
Em meio à polêmica, ganhou destaque reportagem da BBC Brasil publicada em janeiro que aponta que Paulo Freire, rejeitado pelo atual governo, "está entre os autores mais citados em trabalhos acadêmicos do mundo". Na Folha deste domingo, o doutor em Educação e biógrafo do educador Sergio Haddad analisa a hostilidade contra o intelectual.
"Sugiro olhar nos Anais de @Harvard @Cambridge_Uni e @UniofOxford e mais 40 Universidades, mundo a fora, que concederam Doutor Honoris Causa a Paulo Freire", rebateu o deputado federal e ex-ministro Alexandre Padilha (PT-SP). "Paulo Freire é um dos educadores mais importantes do mundo. Seu trabalho é estudado em diversas universidades Norte-Americanas, homenageado com uma escultura na Suécia, seu nome foi dado a um centro de estudos na Finlândia", disse Ricardo Savino, documentarista e produtor cultural, que também fez outros tuítes.
"O "intelectual" brasileiro Eduardo Bolsonaro, do alto da sua "sapiência" pregunta: quem é Paulo Freire? Resposta: É o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas universidades, são 41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford. Simplesmente, o maior", respondeu o tuiteiro Renan Araújo a Eduardo Bolsonaro. "Vamos mostrar ou deixar a tarefa p/ a Stanford University?", ironizou o perfil Kepler & Kopernikus.
 


Doria quer expulsar Aécio, Richa e Azeredo em “faxina ética” no PSDB


O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), protagonista do golpe de 2016, e o ex-governador Beto Richa, do Paraná, devem ser expulsos em breve do PSDB, assim, como o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo. Os três seriam os primeiros alvos da 'faxina ética' que o governador de São Paulo, João Doria, pretende promover, para tentar se viabilizar candidato à presidência da República, em 2022. Doria também cogita mudar o nome do PSDB, que teria ficado contaminado por escândalos de corrupção
247 – "O governador de São Paulo, João Doria, disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido. Além disso, aliados do governador planejam promover o que chamam de 'faxina ética' na agremiação após a convenção nacional da sigla, que está marcada para junho", informam os jornalistas Pedro Venceslau e Ricardo Galhardo, no Estado de S. Paulo.
"Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB", disse Doria, neste domingo. "Melhor do que o achismo e o personalismo é a pesquisa, ela representa a convicção daquilo que emana da opinião pública."
Segundo a reportagem de Venceslau e Galhardo, estão na mira o ex-governador do Paraná, Beto Richa, que foi preso em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-governador Eduardo Azeredo, preso por desvio de recursos de estatais mineiras, e o deputado federal Aécio Neves, réu por corrupção no Superior Tribunal Federal (STF).
Aécio foi também o protagonista do golpe de 2016, que começou a ser planejado após sua derrota na disputa presidencial de 2014.


Sobe para 10 o total de mortos em desabamento em prédios no Rio


Subiu para dez o número de mortes no desabamento de dois edifícios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro após os bombeiros encontrarem o corpo de uma mulher ainda não identificada sob os escombros, no final da noite de ontem (14). De acordo com os bombeiros, a vítima estava em um local de difícil acesso; equipes de resgate trabalham com a possibilidade de que 14 pessoas ainda estejam desaparecidas
Ícaro Matos, Agência Brasil- Subiu para dez o número de mortes no desabamento de dois edifícios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os bombeiros encontraram o corpo de uma mulher ainda não identificada sob os escombros, no final da noite de ontem (14). De acordo com os bombeiros, a vítima estava em um local de difícil acesso e os militares levaram cerca de três horas para retirar o corpo dos destroços.
Agora as equipes de resgate trabalham com a possibilidade de que 14 pessoas ainda estejam desaparecidas, de acordo com informações registradas na área do desabamento. Até o momento, 18 pessoas foram resgatadas, sendo dez com vida, mas duas morreram no hospital.
A operação de resgate segue hoje com a participação de mais de 100 militares, cães farejadores, drone, helicópteros, ambulâncias e veículos de recolhimento de corpos. O trabalho, que entrou hoje no quarto dia, começou logo após o desabamento e segue ininterruptamente desde o início da manhã de sexta-feira (12).
Ontem, o pastor Cláudio Rodrigues, de 40 anos, foi a primeira vítima do desabamento dos prédios na Muzema a ser enterrada. O enterro foi à tarde, no Cemitério do Pechincha, na região de Jacarepaguá, também na zona oeste.
Rodrigues morava com a mulher e a filha, e os três estavam no apartamento na hora do acidente. A esposa, Adilma Rodrigues, de 35 anos, segue internada em estado grave no Hospital Lourenço Jorge. A filha, Clara Rodrigues, de 10 anos, também ficou ferida, mas já teve alta e passa bem.


domingo, 14 de abril de 2019

Consumo dos brasileiros tem queda recorde com Guedes e Bolsonaro


O fracasso da política econômica de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro já é visível. Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar. Foi a primeira retração para o período em cinco anos. "Fiquei chocada com o resultado. É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do País", afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa
247 – Sem dinheiro, sem crédito, sem esperança no futuro e ameaçados por um desemprego cada vez maior, os brasileiros deixaram de consumir até itens básicos. "Pressionado pelo aumento do desemprego e da inflação da comida e também pela queda na renda, o consumo de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza dentro da casa dos brasileiros sofreu um baque neste início de ano. Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar. Foi a primeira retração para o período em cinco anos", informa reportagem publicada pela jornalista Marcia de Chiara, no jornal Estado de S. Paulo.
"Também foi a primeira vez desde o início da pesquisa, em 2014, que houve recuo nas compras de todas as cestas de produtos, com retrações importantes em produtos básicos e de difícil substituição. Entre os itens que mais contribuíram para a queda do consumo em unidades das respectivas cestas estão açúcar (alimentos), papel higiênico (higiene), leite de caixinha (lácteos), detergente em pó (limpeza) e cerveja (bebidas)", escreve ainda a jornalista.
"Fiquei chocada com o resultado. É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do País", afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa.
Segundo a reportagem, a classe C foi a que mais retraiu o consumo. :O que chama também a atenção nos resultados é que, além de ir menos vezes às compras, a cada ida ao supermercado o consumidor levou uma quantidade menor de produtos para casa. Esse movimento traduzido em números significou uma queda de 2,2% na frequência de compras no bimestre em relação ao ano anterior e redução 5,7% no número de unidades adquiridas a cada compra", diz Marcia de Chiara.



Sobe para 9 o nº de mortos em desabamento na Muzema, 15 estão desaparecidos


Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os corpos de um menino e de uma mulher foram encontrados na noite deste sábado 13; mais de 100 bombeiros e agentes da defesa civil trabalham no resgate, que conta com a ajuda de cães farejadores e equipamentos específicos para o salvamento em estruturas colapsadas
247 - Subiu para nove o número de mortos no desabamento dos dois prédios na comunidade da Muzema, Zona Oeste do Rio, ocorrido na manhã de sexta-feira 12. Na noite deste sábado 13, foram retirados dos escombros os corpos de um menino e de uma mulher. Há ainda 15 desaparecidos.
Mais de 100 bombeiros e agentes da defesa civil trabalham no resgate, que conta com a ajuda de cães farejadores e equipamentos específicos para o salvamento em estruturas colapsadas.
Segundo reportagem da Agência Brasil, o coordenador de operações Luciano Sarmento, que é coronel bombeiro, explicou que o número de desaparecidos varia porque depende de uma investigação junto a familiares e vizinhos.
"Esse número é dinâmico e varia de acordo com as informações. Paralelo ao trabalho de resgate, temos uma equipe de investigação junto as famílias e vizinhos", disse o coronel, que afirma que as buscas se darão de forma ininterrupta até que sejam esgotadas.
O resgate em desabamento de prédios deixa mais esperanças de encontrar sobreviventes que no caso dos deslizamentos de terra, comparou o bombeiro.
"Podemos encontrar células [locais sob os escombros] que têm um pequeno habitat em que a pessoa pode se manter respirando. Realmente o tempo é nosso inimigo, mas já temos relatos de pessoas que sobreviveram em desastres de até sete dias".
Ao todo, cinco corpos foram retirados dos escombros e dois dos dez resgatados com vida morreram em unidades de saúde. Entre os 17 desaparecidos, é provavel que haja crianças, segundo o coronel, que não especificou o número.
Com informações da Agência Brasil


sábado, 13 de abril de 2019

Desembargadora que mentiu sobre Marielle liberou funcionamento de prédios de milícias no Rio

Reprodução | ABr
A desembargadora Marília Castro Neves, que espalhou fake news contra Marielle Franco dias após sua morte e também responde no CNJ por ter defendido a morte de Guilherme Boulos tomou decisões que impediram a Prefeitura do Rio de demolir quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12, matando sete pessoas;
247 - A desembargadora Marília Castro Neves, alvo de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suas postagens ofensivas e criminosas nas redes sociais, tomou decisões que impediram a demolição de quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12 na comunidade Muzema, Zona Oeste do Rio, matando sete pessoas. Os prédios eram dominados por milícias.
A juíza compartilhou mentiras sobre Marielle Franco dias após a morte da vereadora por milicianos, responde no CNJ por ter incitado a morte do líder do MTST, Guilherme Boulos, e também já defender um "paredão de fuzilamento" para o ex-deputado Jean Wyllys, caso pela qual é alvo no STJ. Neste ano, ela fez piada com a presença de Boulos no velório do neto do ex-presidente Lula, Arthur.
Uma das decisões sobre os prédios foi tomada dois dias antes do desabamento. Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por unanimidade na quarta-feira 10 manter a liminar que impedia a prefeitura do Rio de demolir um desses imóveis. No caso dos dois prédios que caíram, os imóveis estavam apenas embargados. Os prédios são dominados por milícias.
Em um dos processos de demolição, a prefeitura briga na Justiça desde 2 de dezembro de 2018, quando 16 moradores recorreram ao plantão do Judiciário para suspender o processo, segundo reportagem do Globo.
A desembargadora Marília Castro Neves relatou o recurso e argumentou, para negar a demolição, que a própria prefeitura concedeu um alvará para que uma loja de material de construção de médio porte funcionasse no térreo do imóvel. Ela disse ainda que o ato de demolição, por ser irreversível, causaria danos irreparáveis para os proprietários dos apartamentos.
Os dois prédios que desabaram chegaram a ser interditados duas vezes a pedido da prefeitura, uma em novembro de 2018, pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e em fevereiro deste ano, pela Defesa Civil Municipal. O condomínio Figueiras já foi notificado várias vezes nos últimos 14 anos.
No Twitter, Boulos lembrou que se tratava da mesma desembargadora que defendeu sua morte, mas fez referência aos dois prédios que desabaram, informação que foi corrigida pelo Globo posteriormente, alertando que as liminares eram referentes a outros imóveis do mesmo condomínio. Todos, porém, são dominados por milicianos.