segunda-feira, 15 de abril de 2019

Parlamentares do PT se solidarizam com deputada do PSL ameaçada de morte por ministro do Turismo


Em nota publicada nesta segunda-feira (15), a bancada de deputadas federais do PT na Câmara se solidarizou com a deputada federal Alê Silva (PSL-MG), ameaçada de morte pelo presidente do PSL mineiro, o atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio; as parlamentares petistas solicitam “que os fatos sejam apurados e, após a confirmação, os envolvidos sejam devidamente punidos”
247 - Em nota publicada nesta segunda-feira (15), a bancada de deputadas federais do PT na Câmara se solidarizou com a deputada federal Alê Silva (PSL-MG), ameaçada de morte pelo presidente do PSL mineiro, o atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio. As parlamentares petistas solicitam “que os fatos sejam apurados e, após a confirmação, os envolvidos sejam devidamente punidos”.
Leia a nota na íntegra:
Nota de Apoio e Solidariedade 

Nós, Deputadas Federais do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, tendo em vista as notícias veiculadas na imprensa no último sábado (13), de que a deputada federal Alê Silva – PSL foi ameaçada de morte pelo Presidente da legenda em Minas Gerais e atual Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, vimos a público manifestar solidariedade à colega de parlamento.

Em que pesem nossas divergências políticas com o partido que a deputada Alê Silva representa, rechaçamos todo tipo de violência contra as mulheres e consideramos a violência política e o machismo são as ferramentas que mais impedem que nós mulheres alcancemos os espaços de poder e decisão.
Há pouco mais de um ano vimos a vereadora Marielle Franco ser assassinada no exercício da sua função e não podemos admitir que uma mulher, independentemente da coloração partidária, eleita pelo povo para representa-lo, seja ameaçada ou perca sua vida por exercer seu trabalho.
As promessas de morte e de “acabar com a carreira política” mostram faces da violência que as mulheres sofrem ao tentar ingressar nos espaços de poder e decisão e não recuaremos de continuar defendendo a autonomia, empoderamento e representação política das mulheres nos parlamentos.
Milhares de mulheres deixam de denunciar seus agressores porque não conseguem provas materiais, em especial quando elas são feitas por “interlocutores”; ou porque seu agressor ameaça divulgar fatos “difamatórios” na tentativa de desacreditar a vítima. Nós que combatemos a violência e lidamos todos os dias com esse assunto conhecemos o funcionamento da rede de ameaças às mulheres. Por isso, esperamos que a Polícia Federal dê prosseguimento às investigações e que apure, com imparcialidade e sem receio de retaliações, essa denúncia gravíssima.
Quando uma parlamentar é ameaçada, todas as parlamentares e as mulheres que se interessam por política são ameaçadas também. Por isso, solicitamos que os fatos sejam apurados e, após a confirmação, os envolvidos sejam devidamente punidos. Aguardamos ainda que esta Câmara dos Deputados possa acompanhar de perto o caso e oferecer a proteção que a deputada solicita, pois somente assim mostraremos nosso compromisso no combate à violência contra a mulher e o respeito que as mulheres brasileiras têm direito.
Brasília, 15 de abril de 2019
Subscrevem as deputadas federais:
Benedita da Silva – PT/RJ
Erika Kokay – PT/DF
Gleisi Hoffmann – PT/PR
Luizianne Lins – PT/CE
Margarida Salomão – PT/MG
Maria do Rosário – PT/RS
Marília Arraes – PT/PE
Natália Bonavides – PT/RN
Professora Rosa Neide – PT/MT
Rejane Dias – PT /PI
A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) prestou depoimento espontâneo à Polícia Federal em Brasília na última quarta-feira 10, quando solicitou proteção policial. Ela relatou ter recebido a informação de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a ameaçou de morte em uma reunião com correligionários, no fim de março, em Belo Horizonte, por ter revelado um esquema de candidaturas laranjas no diretório do partido em Minas.


Investimentos: Obras do Sesc/Senac em Arapongas começam neste ano, garante Darci Piana


O vice-governador e presidente do Sistema Fecomércio-PR, Darci Piana, confirmou a construção da sede do Sesc-Senac de Arapongas para este ano. Piana fez a declaração ao prefeito Sérgio Onofre e à imprensa durante a interiorização de governo realizada na Expo Londrina, neste final de semana. “A obra começa em breve, possivelmente ainda neste semestre. Não tem como passar por cima da legislação, das exigências de Corpo de Bombeiros, de engenharia etc. Agora eu sou governo e entendo que aquele que às vezes mais criticava pela demora hoje precisa entender melhor toda a parte burocrática”, afirmou Piana.
Segundo ele, todos os trâmites estão dentro do prazo previsto pela Fecomércio. “São projetos detalhados da parte arquitetônica, cabeamento, água, energia, telefone etc. Os envolvidos têm um prazo para nos entregar tudo. Feito isso, realizaremos a licitação e daremos início à obra”, acrescentou Piana. Segundo ele, uma vez iniciada a obra o prazo será de até 14 meses para a conclusão. Piana frisou que os recursos já estão alocados e que não há qualquer possibilidade de imprevisto que impeça a execução da obra.
Em maio do ano passado, o prefeito Sérgio Onofre recebeu Piana, o empresário Paulo Pennacchi, vice-presidente da Fecomércio, além de outras lideranças, quando assinou a doação de um terreno de 16 mil metros quadrados através do qual Arapongas garantiu a construção da sede do Sesc e do Senac, num investimento de R$ 20 milhões. O terreno fica no Jardim Caravelle, nas proximidades da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Atendemos aproximadamente 650 mil pessoas por mês, em nossas 81 unidades espalhadas pelo Paraná, dando sempre suporte às prefeituras, e agora executaremos o mesmo trabalho em Arapongas, graças ao esforço do prefeito Sergio Onofre, que permitiu a concessão do terreno”, disse Piana. Segundo ele, além dos benefícios para o comércio, com cursos e parcerias diversas, em alguns municípios o investimento possibilita às prefeituras uma redução de até 20% com os gastos na área de saúde.
O prefeito Sérgio Onofre disse torcer para que as obras comecem o mais rápido possível. “O que cabia ao município, nós fizemos. Agora é torcer para que a fase de projeto seja concluída e que as obras comecem o quanto antes, ajudando a fazer desse mandato um marco em termos de obra em Arapongas”, finalizou Sérgio Onofre.


Alunos de Apucarana obtêm bons resultados na Prova Paraná


As turmas de 5º ano foram submetidas ao teste e alcançaram 69,25% de acertos nas questões de matemática e 64,85% nas de língua portuguesa 
(Foto: Profeta)
Professores e os coordenadores das escolas municipais de Apucarana estiveram reunidos, hoje (15), no polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), para discutir os resultados da Prova Paraná. Os alunos do 5º ano do ensino fundamental foram submetidos ao teste no dia 13 de março e acertaram 69,25% das questões de matemática e 64,85% das de língua portuguesa.
Criada pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-PR), os Núcleos Regionais de Educação (NREs) e as Secretarias Municipais de Educação (SMEs), a Prova Paraná tem o objetivo de identificar as habilidades e dificuldades apresentadas pelos estudantes  no processo de aprendizagem e contribuir para que gestores educacionais e professores elaborem, a partir das evidências, novas e melhores estratégias de ensino.
A chefe do NRE de Apucarana, Cristiane Pablos Rossetti, congratulou os professores, coordenadores e diretores da rede municipal de ensino.   “O resultado que vocês conquistaram nessa primeira edição foi muito bom, estão todos de parabéns,” disse.
Segundo a secretária municipal de educação, Marli Fernandes, o desempenho positivo dos estudantes deve-se ao acompanhamento sistemático que eles recebem. “Desde 2015,  a AME faz uma avaliação diagnóstica própria junto às turmas 3º ano, para verificar se a alfabetização está ocorrendo na idade certa. As crianças que apresentam dificuldades ganham apoio específico.  Nesse sentido, a Prova Paraná veio complementar um trabalho que já vem sendo realizado,” afirmou.
A troca de experiências entre a Autarquia Municipal de Educação e o Núcleo Regional de Educação foi enaltecida pelo prefeito de Apucarana, Junior da Femac. “Além da aplicação da Prova Paraná, a proposta do Governo do Estado prevê o diálogo entre os professores das duas redes, por meio de diversos encontros de formação continuada. Isso é muito importante para que as melhores práticas sejam compartilhadas e o ensino avance cada dia mais”, comentou o prefeito, acrescentando que Apucarana está fazendo seu dever de casa.


Projeto de lei traça diretrizes para o orçamento de 2020


Prefeitura de Apucarana trabalha com uma projeção anual de crescimento da receita na ordem de 3,5%. Cálculo leva em consideração o cenário econômico atual, o que supõe que o orçamento para o próximo ano feche em R$385.900.288,00
(Foto: Profeta)
A Secretária Municipal da Fazenda, Sueli Pereira, detalhou nesta segunda-feira (15/04) em audiência pública no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, o projeto de Lei Municipal nº 040/2019, que dispõe sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2020. Uma legislação de iniciativa do Executivo, assim como o PPA – Plano Plurianual e a LOA – Lei Orçamentária Anual, a LDO discorre sobre as metas fiscais (arrecadação e despesas), demonstrativos de riscos fiscais e providências, prioridades, disposições e planejamento global do orçamento para o próximo exercício.
“Essa audiência é um momento muito importante e faz parte da política de transparência da gestão Beto Preto e agora do prefeito Júnior da Femac, dando publicidade à população do que vamos poder gastar ao longo do próximo ano. Em resumo, a LDO orienta a elaboração dos orçamentos e sintoniza a Lei Orçamentária Anual com o Plano Plurianual”, explicou Sueli.
Segundo revelou a secretária, a Prefeitura de Apucarana, através da Superintendência do Planejamento Orçamentário, trabalha com uma projeção anual de crescimento da receita na ordem de 3,5%. “Para este cálculo levamos em consideração o cenário econômico dentro do PIB Paraná e inflação IPCA e INPC referentes a 2018”, detalhou Sueli. Assim, o orçamento para 2020 deve fechar em R$385.900.288,00. “Até o final de setembro, contudo, quando o orçamento deverá ser aprovado pelos vereadores, esse valor pode sofrer pequena alteração para maior ou para menor”, observou Sueli Pereira.
Na presença dos vereadores Luciano Molina (presidente), Mauro Bertoli, Marcos da Vila Reis, Márcia Sousa, Lucas Leugi, Franciley “Poim”, Antônio Sidrin, Gentil Pereira e Edson Freitas, a secretária Municipal da Fazenda pontuou que a dívida pública consolidada da prefeitura está na ordem de R$55.230.090,00. “Esse montante é relativo a precatórios e outras obrigações herdadas de gestões anteriores que estamos honrando com pagamento sempre em dia. Quem acompanha as finanças do Município sabe bem que essa dívida vem diminuindo ano a ano mas que, infelizmente, compromete a nossa capacidade de investimento. Todos os meses saem dos cofres municipais mais de R$1 milhão para pagamento dessa dívida, recursos que poderiam estar sendo investidos pelo prefeito Júnior da Femac em mais Educação, Saúde, Obras e diversas outras melhorias para a população de Apucarana e servidores municipais”, observou a secretária.
Ainda durante a audiência pública, Sueli disse que as obras já iniciadas terão prioridade na alocação dos recursos para a sua continuidade e conclusão. “Com relação à organização e estrutura do orçamento, o documento prevê que os órgãos da administração indireta e os fundos, bem como o Poder Legislativo, deverão encaminhar suas respectivas propostas orçamentárias à Secretaria de Fazenda, até 31 de agosto, para fins de consolidação do projeto de lei orçamentária. Já o projeto da lei orçamentária anual (LOA) será encaminhado ao Poder Legislativo pela administração direta, até 30 de setembro”, explicou a secretária, salientado que as diretrizes do orçamento prevêem que o duodécimo devido ao Poder Legislativo será repassado até o dia 20 de cada mês.
No tocante às diretrizes para elaboração e execução do orçamento, o projeto de lei da LDO 2020 prevê Reserva de Contingência no valor de até 2% da Receita Corrente Líquida e a aplicação dos índices constitucionais na proporção de, no mínimo 25% de sua receita resultante de impostos com transferências constitucionais na manutenção do ensino e, de no mínimo 15%, nos serviços públicos de saúde. “Vale aqui ressaltar que a gestão Beto Preto, que tem continuidade com o prefeito Júnior da Femac, aplica todos os anos valores que fazem com esses índices atinjam patamares ainda maiores de investimento”, lembrou Sueli Pereira, secretária Municipal da Fazenda.
Estruturalmente, o projeto de lei que trata da LDO 2010 contém oito tópicos: Prioridades e Metas da Administração Pública Municipal; Organização e a Estrutura dos Orçamentos; Diretrizes Específicas para o Poder Legislativo; Diretrizes Gerais para Elaboração dos Orçamentos e suas Alterações; Disposições Relativas à Dívida Pública Municipal; Disposições Relativas às Despesas com Pessoal e Encargos Sociais; Disposições sobre a Legislação Tributária do Município e Disposições Gerais. “Entre as prioridades e metas da atual administração, estão as políticas de Proteção e Inclusão Social, promoção da Proteção às Crianças e Adolescentes, do Desenvolvimento Urbano, da Agricultura Sustentável, do Esporte e Lazer, da Cultural e Formação Artística, da Saúde Municipal e da Educação Integral, além da conservação do Meio Ambiente”, enumerou Sueli Pereira, secretária Municipal da Fazenda.
Dos vereadores ausentes, apenas o vereador Rodolfo Mota justificou, através de ofício lido pela presidência da Casa, alegando a realização de exames médicos.


STF censura revista e determina que reportagem que citava Toffoli seja excluída


Nelson Jr./SCO/STF
A revista digital Crusoé diz ter sido intimada pelo Supremo Tribunal Federal a tirar do ar uma reportagem que afirmava que o presidente da Corte, Dias Toffoli, havia sido citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato
247 - A revista digital Crusoé afirma ter intimada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar do ar uma reportagem que afirmava que o presidente da Corte, Dias Toffoli, havia sido citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht no âmbito da operação Lava Jato.
De acordo com a revista, a determinação foi dada na manhã desta segunda-feira (15) pelo ministro Alexandre de Moraes, que pede a suspensão imediata da matéria, que foi ao ar na última sexta. Outros veículos também receberam a mesma determinação.
A revista disse também que Moraes determinou ainda que a Polícia Federal (PF) intime os responsáveis pelo material a prestar esclarecimentos no prazo de 72 horas.
A reportagem alvo da ação do STF foi publicada, segundo a Crusoé, com base em autos da Lava Jato. O vazamento de delações ou supostas afirmações que sequer se tornaram delações tem sido um prática da Lava Jato desde o início das operações, em 2014. É o que muitos juristas classificam como espetacularização do processo. Até então, os alvos dos vazamentos foram lideranças políticas, em sua maioria do PT.
Apesar de tais vazamentos implicarem em acusações, cujo conteúdo os acusados não tinham acesso, o Supremo não tomou medidas sobre o caso, pelo contrário, negou diversos pedidos de vítimas que foram prejudicadas por tais vazamentos. 
A medida de censura veio por conta de uma reportagem da revista que diz que a PF pediu um esclarecimento a Marcelo Odebrecht, que fez acordo de delação, para esclarecer quem seria "um amigo do amigo de meu pai", citado em um e-mail. Odebrecht teria respondido que seria Dias Toffoli, presidente do STF.


Delegado vai comandar o Inep, responsável pelo Enem


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) será presidido pelo delegado da Polícia Federal Elmer Coelho Vicenzi; escolha é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a nomeação deve sair nos próximos dias; principal desafio de Vicenzi é garantir a realização do Enem; gráfica que imprimia a prova desde 2019 anunciou falência no final de março e até agora o instituto não tem um novo plano definido
247 - O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável por estatísticas e avaliações da educação e exames como o Enem, será presidido pelo delegado da Polícia Federal Elmer Coelho Vicenzi.
Segundo o jornalista Paulo Saldaña, da Folha de S. Paulo, a escolha é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a nomeação deve sair nos próximos dias.
O Inep está sem presidente desde o dia 26 de março, quando o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez exonerou Marcus Vinicius Rodrigues. Vélez o responsabilizou pela suspensão da prova de alfabetização deste ano, medida tornada sem efeito após má repercussão.
A realização do Enem é o maior desafio do Inep neste momento. A gráfica que imprimia a prova desde 2019 anunciou falência no final de março e até agora o instituto não tem um novo plano definido.
As inscrições para o Enem ocorrem entre 6 e 17 de maio e as provas, em 3 e 10 de novembro. No ano passado, o Enem recebeu 5,5 milhões de inscrições. O resultado serve como porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país.


Altman: o partido armado do capital tem em Lula seu grande inimigo


O jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, avalia em análise feita pela TV 247 que os militares do governo Jair Bolsonaro e o mercado financeiro atuam de forma conjunta para manter o ex-presidente Lula preso; "Desejam (os militares) manter Lula preso para impor um programa pelo qual foi eleito Bolsonaro. Para eles, é inadmissível qualquer medida que relaxe a situação carcerária de Lula porque em um cenário em que Lula está excluído do processo político é mais favorável para a mudança de regime político e para a imposição de um programa ultraliberal defendido pelo capital financeiro em associação com a maioria do comando do Exército brasileiro"
247 - O jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, avalia em análise feita pela TV 247 que os militares do governo Jair Bolsonaro e o mercado financeiro atuam de forma conjunta para manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso.
Após afirmar que Bolsonaro está sob tutela dos militares, o jornalista afirma que o "partido armado do capital tem em Lula o seu grande inimigo, porque eles (militares) vivem de estudar cenários e sabem o que significa a libertação de Lula".
"Desejam manter Lula preso para impor um programa pelo qual foi eleito Bolsonaro. Para eles, é inadmissível qualquer medida que relaxe a situação carcerária de Lula porque em um cenário em que Lula está excluído do processo político é mais favorável para mudança de regime político e para imposição de um programa ultraliberal defendido pelo capital financeiro em associação com a maioria do comando do Exército brasileiro".
Segundo Altamn, "os militares vão tentar da ordem ao governo Bolsonaro".
"O vínculo dos militares com Bolsonaro é estrutural. Foi decisivo pape Villas Boas para impedir Habeas Corpus ao ex-presidente Lula".
Ao citar o general Villas Boas, o jornalista fez referência à manifestação do então chefe das Forças Armadas, em 3 de abril do ano passado, quando expôs sua posição contrária à liberdade do ex-presidente Lula. Em entrevista ao jornalista Igor Gielow, no mês de novembro, ele comentou seu posicionamento.
"Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera do votação no Supremo da questão do Lula", disse ele. "Sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse", afirma. 

“Paixão de Cristo” reúne milhares de fiéis no Parque das Nações, em Arapongas


Com caravanas de diversas cidades do país, por mais um ano, o Grupo Teatral Mãe do Céu reuniu milhares de pessoas no Parque das Nações, no último domingo (14), que acompanharam um dos maiores espetáculos que encena a vida, morte e ressurreição de Jesus, o Teatro A Paixão de Cristo.
Formado por aproximadamente 1500 integrantes voluntários, o Grupo Teatral Mãe do Céu, coordenado por Luiz Vecchiatto, que interpreta Cristo, novamente levou uma mensagem de fé e esperança ao público pelo 22º ano.
“Abrimos nossa semana santa com esse grande momento de reflexão através da fé e espiritualidade. Através da nossa arte levamos a mensagem da nossa Páscoa que é Jesus Cristo ressuscitado. Tivemos uma noite intensa, que novamente superou nossas expectativas. Agradecemos primeiramente a Deus, que nos permitiu um momento tão incrível, a todos os envolvidos e ao público que nos acompanhou em mais essa emocionante jornada espiritual”, enfatizou Vecchiatto.
Entre as autoridades presentes estavam o prefeito de Arapongas, Sergio Onofre, o vice-prefeito, Jair Milani, secretários municipais, autoridades religiosas, entre elas, o Bispo Dom Carlos.
“Presenciar esse forte momento de fé é algo inacreditável. Algo que toca o nosso coração a cada ano e de uma maneira ainda mais forte. Novamente o Grupo Teatral, coordenado pelo Luizinho Vecchiatto nos emocionou de fato”, finalizou o prefeito.


Gasto com publicidade sobre 63% com Bolsonaro; Record passa a Globo


Pela primeira vez na história, a Globo foi desbancada pela Record na distribuição das verbas do governo federal; é o resultado do primeiro trimestre de governo Bolsonaro; ao contrário da promessa de campanha, de redução brutal dos gastos com publicidade governamental eles deram um salto de 63% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e chegara a R$ 75,5 milhões -o valor não inclui os gastos de ministérios e empresas estatais
247 - Pela primeira vez na história, a Globo foi desbancada pela Record na distribuição das verbas do governo federal. É o resultado do primeiro trimestre de governo Bolsonaro. Ao contrário da promessa de campanha, de redução brutal dos gastos com publicidade governamental eles deram um salto de 63% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e chegara a R$ 75,5 milhões -o valor não inclui os gastos de ministérios e empresas estatais.
A notícia vem à luz no mesmo dia (esta segunda, 15) em que o Diário Oficial publicou  portaria, assinada pelo chanceler Ernesto Araújo, concedendo passaporte diplomático a Edir Macedo, o dono da Rede Record, que se tornou uma rede oficiosa do governo Bolsonaro (aqui).
Segundo os dados da Secom (Secretaria Especial de Comunicação da Presidência), os gastos do governo com publicidade institucional saíram de R$ 44,5 milhões no primeiro trimestre de 2018 para R$ 75,5 milhões no mesmo período de 2019, informa o jornalista Leandro Prazeres, no UOL. Na comparação com o mesmo período de 2017, o crescimento é ainda maior. Nos primeiros três meses daquele ano, a Secom gastou R$ 35 milhões. Na comparação entre os gastos em 2017 e 2019, o crescimento é de 101%, já descontada a inflação no período.
A comparação entre 2017 e 2019 mostra que, neste ano houve uma quebra no padrão de distribuição das verbas publicitárias repassadas pela secretaria de comunicação do governo. Os dados mostram que em 2017 e 2018, a Globo encontrava-se isolada na liderança do bolo publicitário, e que Record e SBT se revezavam em segundo lugar. Em 2017, a Globo faturou R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre. Em segundo lugar ficou o SBT, com R$ 1,34 milhão. Em terceiro, ficou a Record com R$ 1,21 milhão. Em 2018, o padrão se manteve.
Em 2019, tudo mudou: em primeiro lugar ficou a Record, com R$ 10,3 milhões; em segundo, o SBT, com R$ 7,3 milhões; a Globo despencou para terceiro, com R$ 7,07 milhões.
Para superar a Globo, Record e SBT tiveram crescimentos exponenciais de seus faturamentos publicitários junto à Secom. Em relação a 2018, o crescimento do faturamento publicitário da Record junto à Secom no primeiro trimestre de 2019 foi de 659%, valor já considerando a variação da inflação no período.
O apoio decidido do SBT e especialmente da Record a Bolsonaro dá seus primeiros frutos. 


Mortes nas estradas do Paraná sobem 27,5% no 1º trimestre de 2019

 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 116 mortes nos três primeiros meses de 2019 no Paraná. O número é 27,5% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado, quando 91 pessoas morreram. E 32,2% menor que o do primeiro trimestre de 2017, em que houve 171 mortes.
De janeiro a março deste ano, 2.012 pessoas saíram feridas em acidentes nas rodovias federais paranaenses. As equipes da PRF atenderam 1.787 acidentes no período. O balanço do primeiro trimestre de 2019 foi divulgado pela PRF na manhã desta segunda-feira (15).
Mais da metade das mortes ocorreram em colisões frontais (27,6%) ou em atropelamentos (26,7%). As principais causas dos acidentes fatais foram desobediência às normas de trânsito, falta de atenção à condução, velocidade incompatível, falta de atenção do pedestre, ingestão de bebidas alcoólicas, sono, defeito mecânico e ultrapassagens indevidas.
A maioria das mortes aconteceu em trechos de pista simples (55,2%), à noite (58,6%) e com pista seca (79,3%).
Ao longo de 2018, de janeiro a dezembro, a Polícia Rodoviária Federal havia registrado o menor patamar de mortes desde 2010 no Paraná. A trajetória dos indicadores de letalidade foi de queda nos últimos dois anos. As mortes caíram de 652, em 2016, para 490, no ano passado --uma redução de 24,8%.
AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO
As equipes da PRF abordaram 790 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas durante o primeiro trimestre deste ano no Paraná. Outros 5,4 mil foram autuados por realizar manobras proibidas de ultrapassagem.
Os radares portáteis operados por policiais rodoviários federais captaram imagens de quase 77 mil veículos transitando acima dos limites máximos de velocidade.
Em 508 abordagens, os agentes da PRF encontraram crianças que eram transportadas sem condições de segurança.
Mais de 4,3 mil veículos foram recolhidos aos pátios do órgão, por diversos tipos de irregularidades.
No Paraná, a Polícia Rodoviária Federal fiscaliza cerca de 3.824 quilômetros de malha viária.


Balanço de acidentes e fiscalização de transito da PRF no Paraná:
(1º trimestre de 2019)
- 116 mortos;
- 2.012 feridos;
- 1.787 acidentes atendidos;
- 508 crianças sem cadeirinha;
- 790 casos de embriaguez ao volante;
- 5.396 ultrapassagens proibidas;
- 76.952 flagrantes de excesso de velocidade;
- 4.323 veículos recolhidos, por diversas irregularidades.

Fonte: Bem Paraná com assessoria da PRF-PR

Carlos Bolsonaro também empregou assessor ligado a Queiroz


Trata-se de Márcio da Silva Gerbatim, ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua enteada. Ele esteve lotado como motorista no gabinete do vereador por dois anos, entre abril de 2008 e abril de 2010
247 – "O vereador Carlos Bolsonaro (PSC) empregou em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio um funcionário ligado ao ex-policial militar Fabrício Queiroz, pivô da crise envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) por suspeita de captação ilícita de salário de servidores no período em que foi assessor do ex-deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)", informam Constança Rezende e Fábio Leite, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo.
Trata-se de Márcio da Silva Gerbatim, ex-marido da atual mulher de Queiroz e pai da sua enteada. Ele esteve lotado como motorista no gabinete do vereador por dois anos, entre abril de 2008 e abril de 2010, quando foi exonerado por Carlos.
"Fabrício Queiroz é investigado nas esferas cível e criminal pelo Ministério Público do Rio pela movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que atua na prevenção e combate à lavagem de dinheiro", aponta ainda a reportagem.


Desafeto de Flávio Bolsonaro, professor é ameaçado pelos assassinos de Marielle


O professor Pedro Mara vive sob ameaça dos assassinos de Marielle Franco, do senador Flávio Bolsonaro e da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, que abriu processo contra ele alegando "abandono de função" por ele ter ficado 15 dias escondido depois que se tornou público o fato de que ele tinha sua vida investigada por Ronnie Lessa. Numa longa carta, ele relata os detalhes da perseguição de que é vítima - leia a íntegra
247 - O professor Pedro Mara vive sob ameaça dos assassinos de Marielle Franco, do senador Flávio Bolsonaro e da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, que abriu processo contra ele alegando "abandono de função" por ele ter ficado 15 dias escondido depois que se tornou público o fato de que ele tinha sua vida investigada por Ronnie Lessa. Numa longa carta, publicada originalmente pelo Intercept, ele relata os detalhes da perseguição de que é vítima.
Leia a íntegra:
Em 14 de março, quando se completou um ano do assassinato da Marielle, eu fui informado pela mídia que o meu nome estava na lista dos pesquisados por Ronnie Lessa, o assassino da vereadora. Enquanto todo o mundo se perguntava quem mandou matar Marielle, eu me fazia a pergunta "por que meu nome está nessa lista?"
Foi um fato assustador por natureza descobrir que seu nome está em uma lista da organização criminosa mais sofisticada do Rio de Janeiro. Foi pior ainda descobrir que poucas pessoas tiveram sua vida, em maior ou menor grau, vasculhadas por Lessa. A periculosidade da organização não diminuiu com a prisão dos assassinos, tem muitos milicianos ainda soltos.
Na véspera, eu estava trabalhando, me despedi da escola e das pessoas que eu gosto. No outro dia eu volto para o trabalho e, de repente, estou na lista de uma organização criminosa. Tinha de deixar o estado urgentemente. De sexta-feira para o domingo, não pude sair de casa, com medo do que pudesse acontecer e de eventuais ações. Os volumes das notícias também me deixavam vulnerável frente às pessoas que acompanhavam o noticiário: não tinha mais garantias de que não iam me agredir na rua.
E eu não faço ideia da razão de aparecer nessa lista do Lessa, mas o relatório da Polícia Civil é muito claro. Quando faz a referência a mim, fala: "O professor Pedro Mara, diretor do CIEP 210, em Belford Roxo, que teve atrito, na época, com o deputado estadual Flávio Bolsonaro". Isso é o que está escrito no inquérito. Se foi o Flávio que mandou, se não foi o Flávio que mandou, não sei.
Tenho uma história imensa de luta na educação do Rio de Janeiro. Eu fiz parte do movimento estudantil, sou professor, fui comandante de greve, fui de sindicato. Só que a minha militância inteira foi no campo da educação. E só no campo da educação. Nunca militei em nada que não fosse isso. Nunca mexi com interesses econômicos de milicianos, nunca denunciei excesso das polícias na comunidade. Eu nunca fui líder comunitário.
Desde o dia que descobri, naquela quinta-feira, fiquei em casa até o domingo, e apenas na segunda tomamos providências administrativas. Após fazer reuniões, criamos um protocolo de segurança, feito pela OAB, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj e o Sepe-RJ. Nesse protocolo, eu teria que me afastar do Rio de Janeiro. Tive que ir para outro lugar, longe das pessoas que eu gosto, totalmente desamparado.
O secretário de educação do estado do Rio, Pedro Fernandes, foi comunicado pelo presidente da Comissão de Educação, Flávio Serafini, da necessidade do meu afastamento, e foi pedido um prazo de afastamento de duas semanas para tomarmos medidas avaliativas. Mas, surpreendentemente, apesar de ter ciência do que estava acontecendo, o secretário optou por aceitar um processo de exoneração e deu início a ele em tempo recorde.
O processo teve início no dia 25, mas recebi a notificação oficial apenas no dia 29 de março. Descobri primeiro pela mídia. Estou sofrendo um processo de exoneração por ter faltado duas semanas de aula na qual estava cumprindo um protocolo de segurança. O que você justifica para exonerar um servidor por faltas é se ele teve a intenção de faltar. Eu não estou afastado para tirar férias e, sim, porque corro risco de vida e informei a secretaria sobre a minha situação. Eu tenho riscos reais: não foi uma ameaça de uma ligação anônima, foi um inquérito da Polícia Civil que constatou que meu nome era procurado por uma organização de milicianos. De uma hora para a outra, apareci no meio do crime mais sofisticado do Brasil nas últimas décadas.
Hoje, estou formalmente afastado da escola e sem receber salário porque, quando a secretaria entra com um processo de exoneração, seu salário é bloqueado automaticamente. Como exonerar um professor, um diretor, que teve que sair do estado por conta de ameaça de vida? O dinheiro já era curto com o salário de professor. Sem ele, é uma situação desesperadora. Tive de sair do Rio às pressas, alugar um apartamento fora do estado e depois tive de retornar para me defender, quebrando o protocolo de segurança.
E já percebo a hostilidade na rua. No domingo, saí de casa para ir à feira e parei para falar ao telefone com uma amiga, e observei que uma mulher xingava, mas pensei que ela estava reclamando de outras pessoas que estavam passando. Quando me dei conta, estávamos só nós dois na quadra, e a senhora xingando. Ela continuou caminhando e olhando pra mim, me encarando e me insultando. Quando ouvi algumas palavras como “maconheiro, veado”, e outras coisas assim, pensei, é comigo.
Mas a perseguição da Secretaria de Educação não é de agora. Conheci o clã Bolsonaro em 2017, em uma audiência pública sobre o Escola sem Partido, na Câmara Municipal de Niterói, na Semana de Niterói. Na época, eu era professor e já tinha sido eleito diretor de escola. Havia uma divergência moral entre nós, os professores de escola pública, e a família Bolsonaro, porque do lado de lá, eles nunca botaram um filho em escola pública, falam de problemas que são inexistentes, criam um pânico moral, se estruturam em cima de fake news. Enquanto isso, as escolas públicas seguem caindo, com falta de professores, sem estrutura adequada, com turmas e escolas sendo fechadas. De um lado estava quem defende a escola pública e gratuita de qualidade e, do outro, quem está querendo destruir, usando os argumentos mais absurdos possíveis, como é o caso do clã Bolsonaro.
Em julho de 2017, após essa audiência pública, o hoje senador Flávio Bolsonaro abriu processo judicial e administrativo com algumas calúnias contra mim. Foi aberta uma sindicância na Secretaria de Educação e teve um processo no Ministério Público. Nesse processo, no qual ele me acusava de fazer apologia às drogas na sala de aula, ocorreu até outubro, e o próprio Ministério Público mandou arquivar a ação, por falta de provas.
Mas não houve apenas a sindicância sobre a apologia às drogas: também abriram, na Secretaria da Educação, uma sindicância para investigar insubordinação contra a antiga diretora, que havia perdido a eleição para mim, e também investigava o descumprimento de regras em geral, se havia lançamento de notas, se os diários estavam corretos. Após três investigações em uma só, nós também vencemos. Esse foi o primeiro indício de perseguição.
Além das sindicâncias, após minha chapa vencer a eleição para o cargo de diretor, a secretaria tentou impugná-la, alegando que os outros dois integrantes praticavam nepotismo por terem um grau de parentesco. Mas a Secretária de Educação havia homologado a candidatura, e só encontrou problema depois que vencemos a eleição.
No início deste ano, tentaram fechar cinco turmas na nossa escola, mesmo com uma evasão baixíssima, e ignorando todos os novos estudantes. Denunciei os cortes de vagas e a dificuldade de se fazer a matrícula, e o RJ2 fez uma reportagem sobre o assunto. Quando se começa a incomodar, surgem reprimendas. Da segunda semana letiva em diante, praticamente todos os dias, um fiscal da secretaria visitou minha escola para ver o que estava acontecendo, verificar se as aulas estavam ocorrendo, procurar algum problema de merenda, ver se havia alguma irregularidade.
Esse processo de exoneração por abandono de cargo prova ainda mais a perseguição que venho sofrendo. Eu fui investigado pelo assassino da Marielle. Tive que sair do estado por segurança. Hoje estou sem salário. Estou numa situação difícil financeiramente, emocionalmente e funcionalmente. Preciso do auxílio de amigos, desenvolvi depressão, e o governo não tem nenhuma sensibilidade com a situação.
Além de tudo, eu ainda tenho que respeitar o protocolo de segurança. É assustador quando você descobre que seus momentos de vida, até os mais triviais, estão na mão de uma organização criminosa. Isso é muito violento.
Eu tentei durante esses anos todos me desvencilhar e achar que o episódio com o clã Bolsonaro tinha sido um detalhe da vida. Em 2017, apesar de alguns ataques, não fiquei com tanto medo. Eram ataques pontuais de pessoas na rua, que acreditaram na mentira. Registramos as ameaças na Comissão de Direitos Humanos com o deputado Marcelo Freixo e voltei a trabalhar, porque definiram que não tinha nenhum risco maior à época. Apesar de ser difícil ver a sua biografia e a sua trajetória profissional caluniadas, dilaceradas por uma mentira que foi inventada, naquela época a vida seguiu.
Hoje, não dá para dizer que foi um detalhe. Quando as pessoas me encontravam e diziam "você é aquele que teve um problema com Bolsonaro", eu explicava que o episódio era apenas uma parte do processo. Minha militância nunca tinha sido definida por esse episódio. Hoje, não. Hoje é diferente, porque toda minha vida mudou por causa disso.
Esse processo me levou a ter medo. O governo, que a gente espera que nos proteja, que nos ampare, que nos dê segurança, de repente, ignora todos os fatos que são de conhecimento do Brasil inteiro, e abre um processo que pode me levar à exoneração. A Sepe-RJ, a OAB, e os responsáveis pelo meu protocolo de segurança chegaram a enviar uma notificação a ONU explicando a situação e pedindo a suspensão dos processos.
Eu gostaria de ver uma atitude do governador do estado para tentar barrar esse processo. Eu gostaria que o secretário de educação demonstrasse que compreende seus servidores, que os protege em vez de os perseguir.