terça-feira, 2 de abril de 2019

Estado libera recursos para entidades de atenção ao adolescente de Apucarana


A informação foi repassada em primeira mão nesta semana ao prefeito Júnior da Femac pela chefe do Escritório Regional da Secretaria, Juliana Eliza da Silva (Foto: Profeta)
A Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná destinou R$126 mil para custeio dos trabalhos realizados pela Escola de Desenvolvimento Humano Casa do Caminho (Edhucca) e pela Fachisa – Apoio e Qualificação Profissional. Ambas são instituições de caráter social que trabalham com a formação de adolescentes em Apucarana. Os recursos, que serão repassados via Fundo Municipal da Assistência Social, foram liberados no final de março com intermediação do Deputado Estadual Guto Silva (PSD).
A informação foi repassada em primeira mão nesta semana ao prefeito Júnior da Femac pela chefe do Escritório Regional da Secretaria, Juliana Eliza da Silva. “Um recurso que certamente vai ajudar muito a essas entidades, que realizam importantes ações em prol da educação de nossos jovens”, destacou o prefeito.
Júnior aproveitou o encontro para parabeniza a chefe regional pela recondução ao cargo, já que Juliana respondeu pela função até dezembro do ano passado, quando a pasta era denominada Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. “Juliana já inicia os trabalhos, agora afinados com a política do governador Ratinho Júnior, com toda experiência e bagagem que o cargo requer, o que é bastante positivo não só para Apucarana, junto à continuidade da Gestão Beto Preto, mas para toda a regional atendida por ela”, disse o prefeito Júnior da Femac.
Segundo Juliana, no novo governo a regional ganhou novas atribuições. “Além de manter o foco na assistência social, direitos das mulheres, das pessoas idosas, portadores de deficiências, crianças e adolescentes, que são assuntos inerentes à família, o Governador Ratinho Júnior incluiu o desenvolvimento de políticas públicas para a promoção da justiça e do trabalho”, explicou a chefe do escritório regional.
Além de Apucarana, o escritório regional atende aos municípios de Arapongas, Bom Sucesso, Califórnia, Cambira, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom e Sabáudia.
A agenda no gabinete municipal também foi acompanhada pelo procurador-geral da Prefeitura de Apucarana, Paulo Sérgio Vital.


Tribunal Supremo da Venezuela pede fim de imunidade parlamentar de Guaidó


O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela convocou a Assembleia Constituinte para suspender a imunidade parlamentar do autoproclamado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó
Sputnik - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela convocou a Assembleia Constituinte para suspender a imunidade parlamentar do autoproclamado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó.
A decisão foi anunciada à imprensa pelo presidente da Suprema Corte, Maikel Moreno, e transmitida por emissoras locais na segunda-feira (1º).
"O presidente da Assembleia Nacional Constituinte será solicitado a proceder à suspensão da imunidade parlamentar de Juan Guaidó por violação das medidas impostas pelo tribunal", anunciou Moreno.
O tribunal também confirmou a proibição de o líder da oposição deixar o país sem permissão e o considerou culpado por desacato e violação da proibição.
Além disso, o tribunal confirmou sua decisão anterior sobre o bloqueio das contas bancárias e qualquer outro instrumento financeiro usados pelo líder da oposição em território venezuelano.
A Venezuela enfrenta uma crise política aguda desde 5 de janeiro, quando Guaidó foi eleito presidente da Assembleia Nacional controlada pela oposição, que todos os outros órgãos governamentais se recusam a reconhecer desde 2016.
Em 23 de janeiro, dois dias depois que a Suprema Corte venezuelana anulou sua eleição, Guaidó se autodeclarou presidente interino do país. O presidente venezuelano Nicolás Maduro, que tomou posse para seu segundo mandato presidencial em 10 de janeiro, após vencer as eleições de maio, qualificou a decisão do líder da oposição como uma tentativa de encenar um golpe orquestrado por Washington.
Os Estados Unidos imediatamente reconheceram Guaidó.


Autarquia de Educação promove momento de conscientização sobre o Autismo


A rede municipal de ensino apucaranense atende a 29 alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista
(Foto: Profeta)
Em alusão ao Dia Mundial do Autismo (2 de abril), o Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar (CAME), da Autarquia Municipal de Educação, promoveu uma palestra de conscientização sobre o tema para os professores e pais de alunos da sua rede. A atividade aconteceu na noite de ontem (1/4), no Cine Teatro Fênix.
Segundo a coordenadora do CAME, Leia Sofia Viale, a rede municipal de ensino apucaranense atende a 29 alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Os sintomas divergem bastante de um indivíduo para o outro, mas os principais são dificuldades na comunicação e interação social, comportamento agitado e movimentos repetitivos. O autismo não tem cura, mas ele pode ser trabalhado e reabilitado para que a pessoa se adapte ao convívio social e às atividades acadêmicas,” explica.
A palestra ‘Transtorno do Espectro Autista: Quem são? Como atendê-los” foi ministrada pela professora do Grupo Rhema Educação, Maria Eduvirges Guerreiro Leme, que é especialista em Deficiência Mental e mestre em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias.
A Autarquia Municipal de Educação garante adaptação curricular, professores de apoio e atendimento diferenciado aos alunos com TEA. “A inclusão das crianças com necessidades especiais na comunidade escolar é importante para que elas desenvolvam ao máximo as suas habilidades e competências. Esse é o nosso objetivo”, afirma a secretária municipal de educação, Marli Fernandes.
O prefeito Junior da Femac esteve na abertura da palestra. Ele destaca que Apucarana conquistou a melhor nota (7,5), entre os municípios de médio e grande porte do Paraná, na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Isso só é possível graças aos esforços encabeçados pela Autarquia Municipal de Educação, por meio do CAME, para garantir que todos os alunos tenham o apoio e os recursos necessários para uma aprendizagem consistente”.
Encerrando a Semana de Conscientização do Autismo, a Associação de Pais e Amigos dos Autistas Apucaranenses (AMAA) realiza uma caminhada na próxima sexta-feira (5/4), com saída às 16 horas da Praça Rui Barbosa.


Cruz Vermelha distribuirá remédios e geradores elétricos para hospitais na Venezuela


Organização internacional manteve reuniões com governo venezuelano para distribuir ajuda humanitária
Cerca de 2 mil voluntários nacionais e internacionais vinculados à organização atuam na Venezuela - Créditos: Fotos: Cruz Vermelha
Cerca de 2 mil voluntários nacionais e internacionais vinculados à organização atuam na Venezuela / Fotos: Cruz Vermelha

A Federação da Cruz Vermelha da Venezuela anunciou que vai oferecer ajuda humanitária no país, na área da saúde. O anúncio foi feito na última sexta-feira (29) pelo presidente da instituição, o italiano Francesco Rocca.
As primeiras ajudas começam a chegar em um prazo de 15 dias. “Depois de realizar reuniões com instituições do Estado, organizações humanitárias e políticas na Venezuela venho anunciar que as sociedades da Federação da Cruz Vermelha da Venezuelana e da Meia Lua da Cruz Vermelha contará com as condições legais e técnicas para conceder ao país ajuda humanitária”, disse Rocca.
Nessa segunda-feira (1), a assessoria de comunicação da Cruz Vermelha da Venezuelana especificou ao Brasil de Fato que a ajuda humanitária consistirá no fornecimento de “insumos de saúde, entre eles medicamentos, e geradores elétricos para os hospitais públicos” do país. 
De acordo com Julio Castro, coordenador da ONG venezuelana Médicos por la Salud, que monitora os hospitais venezuelanos, com a crise elétrica no país, cerca de 63% dos hospitais contaram com geradores elétricos que funcionaram de maneira regular, 30% tiveram falhas no fornecimento de eletricidade e 7% ficaram sem eletricidade durante os apagões. 
A Cruz Vermelha também informou que a organização conta com cerca de 2 mil trabalhadores e voluntários, que já prestam serviços de primeiros socorros, atendimentos de emergências e capacitação de médicos, enfermeiros e técnicos de saúde que atuam no sistema público. Além disso, estabelecem comunicação entre familiares que estão em trânsito migratório ou em regiões remotas do país. “Vamos ampliar as atividades que já desenvolvemos no país e criaremos novas áreas de atuação”, completou.
A instituição esclareceu que a ajuda humanitária será financiada com recursos próprios, que mantém suas atividades através de doações recebidas ao redor do mundo.
Rocca destacou o caráter independente da ação. “Estamos disposto a receber contribuição de todos os setores do país, mas nossa avaliação sobre as necessidades será completamente independente. Não aceitaremos ingerência de nenhum tipo. Nos guiaremos por nossos princípios e normas”, afirmou. Ele também garantiu que a organização conta com apoio e credibilidade dos diferentes setores políticos.
“A Cruz Vermelha manteve importantes níveis de confiança diante das diferentes comunidades da Venezuelana devido a nosso compromisso com os princípios de neutralidade, imparcialidade e independência”.
Voluntários da Cruz Vermelha prestam atendimento na Venezuela. Foto: Cruz Vermelha
A informação sobre a entrada da ajuda humanitária foi confirmada pelo presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello. Em declarações a imprensa, ele informou que o governo permitiu a entrada desses insumos e que isso contribui com a paz do país. No entanto, ressaltou que essa ajuda humanitária “não tem nada a ver com a oposição, que tratou de passar caminhões [nas fronteiras venezuelanas]”, afirmou. Dessa vez, trata-se de uma ação conjunta com a Cruz Vermelha. “Isso tem a ver com disposição do governo nacional, conjuntamente com a Cruz Vermelha”.
Em contato com o Brasil de Fato, o Ministério de Relações Exteriores não quis comentar o assunto, mas confirmou que vem mantendo reuniões com a Cruz Vermelha, assim como com governos de países aliados. "Muitos países aliados estão enviando ajuda, mas sem tornar público para não entrarem em polêmicas, nem serem cobrados pelos Estados Unidos", afirmou uma fonte da chancelaria venezuelana.
O país vive uma crise econômica desde 2013, com a queda do volar do barril de petróleo. A situação foi agravada depois de um boicote interno de empresários opositores e do bloqueio econômico promovido dos Estados Unidos, a partir de 2015.  
Ajuda humanitária: elemento de discórdia
Desde o início de janeiro desse ano, setores da oposição venezuelana, assim como integrantes dos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, empreenderam uma campanha para a entrada de 20 toneladas de ajuda humanitária nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e o Brasil.
Entretanto, o governo venezuelano afirma que trata-se de um “cavalo de troia”O temor do governo de Nicolás Maduro é que o ingresso da ajuda legitime a interpretação opositora de que o país vive uma crise humanitária que justificaria uma intervenção militar estrangeira. Os opositores citam o Capítulo IIV da Carta das Nações Unidas para justificar a ação armada contra esse país sul-americano.
Fonte: Brasil de Fato


Após série de apagões, Maduro demite ministro da Energia


Marco Bello - Reuters
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, demitiu o general Luis Motta Domínguez do cargo de ministro de Energia Elétrica e nomeou como substituto o engenheiro Igor Gaviria; de acordo com o governo, os apagões são causados por "ataques terroristas" realizados a mando de países estrangeiros
247, com Agência EFE - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, demitiu nesta segunda-feira o general Luis Motta Domínguez do cargo de ministro de Energia Elétrica e nomeou como substituto o engenheiro Igor Gaviria.
A mudança ocorre em meio à crise dos blecautes registrados no país nas últimas semanas. Em discurso transmitido por rede nacional de rádio e televisão, Maduro explicou que o novo ministro é formado em Engenharia Elétrica, tem 25 anos de experiência na indústria e também presidirá a estatal Corporação Elétrica (Corpoelec).
De acordo com o governo, os apagões são causados por "ataques terroristas" realizados a mando de países estrangeiros. 
“Aprovei um plano de 30 dias de um regime de administração de carga, de equilíbrio no processo de geração, de transmissão e de consumo [de energia] em todo o país, colocando ênfase em garantir o serviço de água”, disse Maduro.


Governo atrasa repasses, e construtoras do MCMV ameaçam demitir 50 mil


Sob alegação de atrasos no repasse de pagamentos devidos pelo governo federal, construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida avisaram ao Planalto que vão começar a demitir trabalhadores; empresários falam em dispensar até 50 mil empregados nos próximos dez dias; a dívida seria de R$ 450 milhões
247 - Sob alegação de atrasos no repasse de pagamentos devidos pelo governo federal, construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida avisaram ao Palácio do Planalto que vão começar a demitir trabalhadores. Empresários falam em dispensar até 50 mil empregados nos próximos dez dias. A dívida seria de R$ 450 milhões. De acordo com dados Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), indicam que o Minha Casa, Minha Vida representa dois terços do mercado imobiliário brasileiro. O setor da construção chegou a empregar 3,4 milhões de pessoas, mas atualmente emprega 2 milhões. As informações são da coluna Painel
O porta-voz do recado dos construtores foi o presidente da CBIC, José Carlos Martins, enviou mensagens aos ministros da Casa Civil, do Desenvolvimento Regional e da Economia informando que “não consegue mais segurar o pessoal”
O Ministério do Desenvolvimento Regional informou que atrasos em janeiro e fevereiro foram consequênci9a de contingenciamentos, mas há esforço para antecipar limites para os próximos meses. "Importante ressaltar que, desde o início do ano, o ministério liberou R$ 732 milhões para o programa", diz nota da pasta. 
O órgão informou que não houve aviso formal de demissões, mas reconheceu que “tem recebido reclamações de pagamentos abaixo do necessário”.


Neto de Lula não morreu de meningite, diz Prefeitura de Santo André



Prefeitura de Santo André disse, por meio de um comunicado, que a morte de Arthur Araújo Lula da Silva, neto de sete anos do ex-presidente Lula, no dia 1 de março, não ocorreu em decorrência de uma meningite, como divulgado na época pelo Hospital Bartira, da rede D'O; segundo a prefeitura, a Secretaria de Saúde municipal enviou as amostras coletadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que descartou "meningite, meningite meningocócica e meningococcemia"
247 - A Prefeitura de Santo André disse, por meio de um comunicado, que a morte de Arthur Araújo Lula da Silva, neto de sete anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1 de março, não ocorreu em decorrência de uma meningite, como divulgado na época pelo Hospital Bartira, da rede D'Or.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, Arthur deu entrada na unidade médica logo no início da manhã. O quadro, porém, se agravou rapidamente e ele veio a falecer às 12h36 do mesmo dia.
Segundo a prefeitura, a Secretaria de Saúde municipal enviou as amostras coletadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que descartou "meningite, meningite meningocócica e meningococcemia".
"Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança", diz trecho da nota divulgada pelo poder municipal.
A família do ex-presidente não quis se pronunciar sobre o assunto.


Ana Estela Haddad pode ser a candidata do PT para a prefeitura de SP


Professora Ana Estela Haddad, mulher do ex-prefeito Fernando Haddad, pode ser a candidata do PT na disputa pela prefeitura de São Paulo nas eleições do próximo ano; cúpula do partido deverá se reunir com Ana Estela nas próximas semanas para discutir a possibilidade; ela é considerada por integrantes do PT como alguém capaz de "arejar" o partido, além de estar ligada ao eleitorado feminino e suas demandas e ser bem conhecida do eleitorado em função da sua participação na campanha de Fernando Haddad na última eleição presidencial
Ricardo Stuckert
247 - A professora Ana Estela Haddad, mulher do ex-prefeito Fernando Haddad, pode ser a candidata do PT na disputa pela prefeitura de São Paulo nas eleições do próximo ano. A cúpula do partido deverá se reunir com Ana Estela nas próximas semanas para discutir a possibilidade. Além de Estela, outros nomes também aparecem como possíveis candidatos: os deputados federas Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, além do ex-deputado Jilmar Tatto.
Ana Estela é considerada por integrantes do PT como alguém capaz de "arejar" o partido, além de estar ligada ao eleitorado feminino e suas demandas. Ela também é bem conhecida do eleitorado em função da sua participação na campanha de Fernando Haddad na última eleição presidencial. Esta participação está ligada ao fato da próxima eleição ter um viés nacional, em função das pautas do governo de Jair Bolsonaro.
No PSDB, o nome mais cotado para disputar o pleito da capital paulista é o do prefeito Bruno Covas. O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), atualmente em uma secretaria do governador João Doria (PSDB) também poderá disputar o pleito.
Já o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, avalia lançar o a deputada federal Joice Hasselmann como candidata. Uma outra possibilidade é a deputada estadual Janaína Paschoal. Janaína, porém, disse que não tem intenções de disputar a Prefeitura.



Após alta no desemprego, Bolsonaro volta a criticar metodologia do IBGE



Após o IBGE divulgar alta no desemprego (12,4%) no trimestre encerrado em fevereiro, com 13,1 milhões de pessoas desocupadas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a metodologia empregada pela instituição para medir a taxa; "Leva-se em conta quem está procurando emprego. Quem não procura emprego, não está desempregado. (...) Então, quando há uma pequena melhora, essas pessoas que não estavam procurando emprego, procuram, e, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. Parecem índices que são feitos para enganar a população", disse
247 - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a metodologia empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, para medir a taxa de desemprego no País. Segundo dados divulgados pelo órgão, o índice aumentou para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas. O percentual era de 11,6% no trimestre anterior. De acordo com o instituto, a alta representa a entrada de 892 mil pessoas na população desocupada.
"Com todo respeito ao IBGE, essa metodologia, em que pese ser aplicada em outros países, não é a mais correta. (...) Tenho dito aqui, fui muito criticado, volto a repetir, não interessam as críticas. Tem de falar a verdade", afirmou o chefe do Planalto à Record nesta segunda-feira (1).
"Como é feita hoje em dia a taxa? Leva-se em conta quem está procurando emprego. Quem não procura emprego, não está desempregado. (...) Então, quando há uma pequena melhora, essas pessoas que não estavam procurando emprego, procuram, e, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. Parecem índices que são feitos para enganar a população", acrescentou.
De acordo com o presidente, "é fácil ter a metodologia precisa no tocante à taxa de desemprego. É você ver dados bancários, dados junto à Secretaria de Trabalho, quantos empregos geramos a mais ou a menos no mês".
Em outubro do ano passado, depois de eleito presidente, Bolsonaro disse à TV Bandeirantes que pretendia mudar a metodologia da entidade para calcular a taxa de desemprego porque os beneficiários do Bolsa Família são contabilizados como empregados.
Em nota, o IBGE afirmou na época que o levantamento segue padrões internacionais. O instituto também negou que beneficiários do Bolsa Família não são considerados empregados.

“Levamos 40 anos para conquistar mercados”, diz empresário decepcionado com Bolsonaro


Divulgação: Anba
"Levamos mais de 40 anos para conquistar o mercado dos países árabes e, agora, por uma impropriedade, podemos sofrer retaliações", disse o empresário Michel Alaby, da Câmara Árabe. Ele avalia que a que a Liga Árabe (22 nações ao todo, excluindo muçulmanos não árabes, como Turquia e Paquistão) pode trocar os principais produtos brasileiros por fornecedores de outros países, entre eles, Índia, Turquia, Estados Unidos e Argentina
247 – O empresário Michel Alaby, que atuou por 35 anos na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, tendo exercido vários cargos, inclusive o de presidente, disse ao jornalista Vladimir Goitia, do UOL que a Liga Árabe (22 nações ao todo, excluindo muçulmanos não árabes, como Turquia e Paquistão) pode trocar os principais produtos brasileiros por fornecedores de outros países, entre eles, Índia, Turquia, Estados Unidos e Argentina.
"A pressão sobre as exportações desses produtos será grande, mas seria maior ainda se o Brasil tivesse decidido transferir a sua embaixada para Jerusalém. Levamos mais de 40 anos para conquistar o mercado dos países árabes e, agora, por uma impropriedade, podemos sofrer retaliações, embora não tenha como ser mensurado isso no momento porque os contratos de exportação são de médio e longo prazos com os fornecedores", afirmou.
Ele lembrou ainda que o Brasil é o maior exportador mundial de carne "halal" [ritual islâmico para abate de animais]."Nós somos um país em desenvolvimento que depende muito de suas relações comerciais", lembrou Alaby. No ano passado, as exportações totais brasileiras para os países árabes somaram US$ 11,49 bilhões, uma queda 14,8% em relação a 2017, quando alcançaram US$ 13,59 bilhões.

Globo detona Bolsonaro e diz que ele joga contra a economia do Brasil


Alan Santos/PR

"Potência agroexportadora, o Brasil vende para países árabes US$ 4,5 bilhões por ano apenas em carnes, principalmente de frango, abatido conforme ritual islâmico. É líder mundial neste mercado, que corre o risco de perder caso os árabes retaliem. Se isso acontecer, até 150 mil empregos diretos, em pequenas cidades do Sul, poderão ser perdidos", aponta editorial do jornal O Globo, que critica a abertura de um escritório em Jerusalém. "Faz falta o profissionalismo no Itamaraty", conclui o texto

247 – Jair Bolsonaro representa um risco para a economia brasileira, em especial para os ruralistas, e ameaça 150 mil empregos diretos. É o que aponta o jornal O Globo, em editorial publicado nesta terça-feira. "A visita a Israel também pode gerar prejuízos ao comércio internacional, além de arranhar a característica predominante da política externa brasileira, que é o pragmatismo. A intenção de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, cidade sob litígio, seguindo os Estados Unidos de Trump, seria, e é, uma afronta aos palestinos e aos países árabes em geral, com os quais o Brasil tem forte relacionamento comercial", diz o texto.
"Potência agroexportadora, o Brasil vende para países árabes US$ 4,5 bilhões por ano apenas em carnes, principalmente de frango, abatido conforme ritual islâmico. É líder mundial neste mercado, que corre o risco de perder caso os árabes retaliem. Se isso acontecer, até 150 mil empregos diretos, em pequenas cidades do Sul, poderão ser perdidos", prossegue o editorial.
"Por ser o Itamaraty um dos espaços no governo cedidos à ala mais radical do bolsonarismo, no caso representada pelo chanceler Ernesto Araújo, a política externa passou a ser fonte de problemas. Bolsonaro acaba de causar mal-estar nas visitas ao Chile e ao Paraguai, onde fez menções elogiosas aos ditadores Pinochet e Stroessner, que os anfitriões querem deixar no passado. E, em Israel, abre um flanco de fragilização diplomática, com reflexos potencialmente sérios nas exportações. Faz falta o profissionalismo no Itamaraty."

Governo Federal libera recursos para obras da “Pinho Araucária” e Jardim Santiago


Com contrapartida do município, o investimento supera a casa dos R$4 milhões 
(Fotos: Profeta)
O Ministério de Estado do Desenvolvimento Regional liberou na última semana os recursos necessários para a reconstrução total da Avenida Pinho Araucária (foto), no acesso à Sociedade Rural de Apucarana, e da Rua Koey Tatessuji, na mesma região, e também para pavimentação das ruas do Jardim Santiago. Somados, os investimentos chegam a R$3,8 milhões e foram viabilizados através do Programa Avançar Cidades, no âmbito do Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte).
A homologação dos projetos foram publicados no Diário Oficial da União da última quinta-feira (28/03) e bastante comemorados pelo prefeito Júnior da Femac (PDT), que nesta segunda-feira já manteve reunião com integrantes da equipe técnica da Caixa Econômica Federal (CEF) para agilizar os próximos passos visando a licitação das obras.
Participaram o gerente da agência local, Paulo Sergio Talevi, o coordenador regional de Governo, Messias Anacleto Rosa Júnior e o engenheiro civil Ricardo Shiroshi Kanematsu. “Todo o processo dentro do Ministério do Desenvolvimento Regional está finalizado. A publicação oficial nos diz que o dinheiro está reservado pelo Governo Federal e agora acontecem os trâmites internos dentro da Caixa visando a formalização do convênio, o que deve absorver mais uns 90 dias”, pontuou o prefeito. Ele frisa que as obras são benfeitorias bastante aguardadas pela população e que a viabilização dos recursos tem a interlocução em Brasília do Deputado Federal Sérgio Souza. “São projetos feitos pela equipe técnica da prefeitura dentro da Gestão Beto Preto e que, em breve, serão realizadas com grande apoio do Sérgio Souza e sua equipe técnica que atuam a favor de Apucarana neste e em diversos outros convênios”, destacou Júnior da Femac, também agradecendo ao Ministro Gustavo Canuto, que liberou os recursos para Apucarana.
Além de manterem reunião com o prefeito, os representantes da Caixa realizaram trabalhos junto aos técnicos municipais envolvidos na concretização do convênio. “Transmitimos orientações sobre os passos que deverão ser seguidos a partir de agora, como preenchimento de informações junto ao site da Secretaria do Tesouro Nacional e outras nuances do processo, que vão precisar de pareceres internos de áreas como jurídica e financeira, exigidos pelo Governo Federal”, explicou Messias Anacleto, coordenador regional de Governo.
Os recursos – As obras de reconstrução da Avenida Pinho Araucária e Rua Koey Tatessuji estão orçadas em R$1,6 milhão. Ao todo serão atendidos 12 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica. “São vias que não têm sistema de drenagem e nem uma base adequada. As duas vias serão totalmente reconstruídas, pois têm base de piçarra e não dispõem de galerias para drenagem de águas pluviais”, explica o prefeito.
Com relação à pavimentação asfáltica e drenagem do Jardim Santiago, Júnior da Femac informa que as obras envolvem 18 mil metros quadrados de asfalto e vão absorver R$2,2 milhões.


Arilson defende universidades estaduais e critica extinção da SETI



















O deputado estadual Arilson Chiorato (PT-PR) falou novamente sobre a proposta de reforma administrativa apresentada pelo governador Ratinho Junior (PSD). Um texto substitutivo foi apresentado pelo governo no dia 20/03 na Assembleia Legislativa do Paraná
Para Chiorato, o novo texto possui poucas alterações "Poucas mudanças foram apresentadas com relação ao projeto anterior", conta.
Uma das medidas que mais chama a atenção, segundo o deputado, é o fim da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior "Mais uma vez não se está reconhecendo o papel que as universidades têm no desenvolvimento econômico, social e tecnológico do Estado. Isso significa um desprestígio a toda comunidade acadêmica e fragiliza todo o ensino superior no Estado do Paraná", afirma
Arilson Chiorato também lembra a importância das universidades estaduais “O Estado do Paraná tem se mostrado um estado de vanguarda. A pergunta que faço é: será que teríamos um avanço tão significativo nas vanguardas se não tivéssemos essa rede de universidades espalhadas pelo Estado?”, questiona.
Arilson também afirma que é preciso mais tempo para se debater essa reforma "O governo está com muita pressa para a aprovação dessa reforma administrativa. Tem pontos positivos na proposta, mas também temos muitos pontos negativos e precisamos rever isso!"
O deputado também lembrou que o texto anterior continha fortes indícios de plágio por parte da fundação que elaborou um estudo para embasar a reforma "Não dá para aceitarmos um estudo assim, elaborado em 60 dias e ceifado de vícios. À partir de agora, todas as semanas vou abordar essa reforma no plenário da Alep. Pois temos muitas outras questões para serem tratadas", salienta o deputado
Da Assessoria de Comunicação


segunda-feira, 1 de abril de 2019

Vídeo convoca manifestações por Lula Livre entre 7 e 10 de abril


O Comitê Lula Livre divulgou nesta segunda-feira um vídeo de convocação para as mobilizações pela liberdade do ex-presidente Lula, que acontece entre os dias 7 e 10 de abril em cidades de todo o Brasil e no exterior; as manifestações iniciam-se na sexta-feira (5) quando Fernando Haddad inicia a caravana Lula Livre em Porto Alegre, seguindo para Florianópolis no sábado A caravana chegará a Curitiba no domingo (7), data em que se completa um ano da prisão política de Lula; assista ao vídeo
247 - O Comitê Lula Livre divulgou nesta segunda-feira um vídeo de convocação para as mobilizações pela liberdade do ex-presidente Lula, que acontece entre os dias 7 e 10 de abril em cidades de todo o Brasil e no exterior. As manifestações iniciam-se na sexta-feira (5) quando Fernando Haddad inicia a caravana Lula Livre em Porto Alegre, seguindo para Florianópolis no sábado. A caravana chegará a Curitiba no domingo (7), data em que se completa um ano da prisão política de Lula. 
No vídeo, dois atores contracenam pedindo Lula Livre, saudando Marielle Franco e dizendo que "fascistas não passarão". Há uma sequência de mais de 20 fotos marcantes de Lula em mobilizações pelo país.


Sergio Onofre cumpre agenda para liberar recursos em Brasília


O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, viajou nesta segunda-feira (01) para Brasília, onde cumpre extensa agenda para a liberação de recursos. Sérgio tem audiência no Ministério da Integração (Desenvolvimento), onde tratará sobre a questão da erosão urbana.  “Estamos alcançando sucesso no combate à erosão, porém é preciso que essas ações não sofram interrupção. E isso pode ocorrer se o atual governo não seguir com o cronograma de liberação de recursos”, afirma Sérgio Onofre.
O prefeito citou a erosão da Rua Formigueiro da Serra, onde os trabalhos estão em fase de finalização. As equipes têm executado as contenções de gabião, rede de drenagem pluvial e plantio de grama. Os recursos, da ordem de R$ 864 mil, foram assegurados junto ao Ministério da Integração. “Tanto para esta obra como para outras, a interrupção dos recursos pode inclusive comprometer parte do que já foi feito. É nesse sentido que pretendemos argumentar com o ministro e sua equipe”, afirma Sérgio Onofre. Como esses recursos haviam sido conseguidos com o apoio do então deputado federal Osmar Serraglio, não reeleito, a ideia é que a partir de agora a gestão desses convênios tenha o apoio do gabinete do deputado federal Pedro Lupion. Sérgio também terá audiência com o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez.
Além desses dois ministérios, o prefeito deverá visitar outros órgãos federais. Presidente da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), a agenda deverá priorizar assuntos relacionados à saúde, educação e segurança pública.


Fase Municipal dos JEP’s contará com 26 estabelecimentos de ensino


Durante congresso técnico realizado nesta segunda-feira, no Centro da Juventude, cerca de 2,1 mil atletas de 26 estabelecimentos de ensino das redes particular e pública de Apucarana confirmaram presença 
(Foto: Profeta)
Apucarana inicia nesta semana a etapa municipal dos 66º Jogos Escolares do Paraná (JEP’s). A competição, que tem solenidade de abertura às 9 horas desta sexta-feira (05/04), no Complexo Esportivo José Antônio Basso (Lagoão) e segue com competições em diversas praças esportivas até o dia 10 de abril, teve seu congresso técnico realizado nesta segunda-feira (01/04), no anfiteatro do Centro da Juventude. Na ocasião, cerca de 2,1 mil atletas de 26 estabelecimentos de ensino das redes particular e pública de Apucarana confirmaram presença.
O início dos trabalhos, que foram coordenados pela secretária Municipal de Esportes e Juventude, Jossuela Pinheiro, contou com a participação do prefeito Júnior da Femac e da secretária Municipal de Educação, Marli Regina Fernandes da Silva. O Núcleo Regional de Educação não enviou representante. “Nos últimos seis anos, a gestão Beto Preto realizou uma série de ações na promoção do esporte que transformaram Apucarana na “Casa do Esporte no Paraná”. É assim que nossa cidade é conhecida atualmente, pois sabem que ao participarem de alguma competição aqui, será sempre algo bem preparado”, disse o prefeito Júnior da Femac.
A fase municipal dos jogos escolares será disputada nos naipes masculino e feminino nas modalidades de basquetebol, futsal, handebol, voleibol e vôlei de praia nas classes “A” (de 15 a 17 anos) e “B” (12 a 14 anos). “Os jogos escolares abrem o calendário de eventos esportivos nas instituições de ensino. Iniciamos o ano com a maior Prova 28 de Janeiro da história, na sexta-feira daremos o ponta-pé inicial da fase municipal dos jogos escolares. No meio do ano sediaremos mais uma vez a fase final “B” dos JEP’s, paralelo a isto temos diversas escolinhas de base e competições locais nas mais diversas modalidades esportivas, enfim, tem muitas coisas boas ainda para acontecer no esporte no decorrer deste ano em Apucarana, inclusive no profissional, com o futebol de campo e o futsal masculinos”, disse o prefeito Júnior da Femac.
Além do Complexo do Lagoão, vão sediar partidas os ginásios dos colégios particulares São José, Mater Dei, Platão e do Colégio Estadual Antônio dos Três Reis de Oliveira. O vôlei de praia vai ser disputado na quadra de areia do Parque Municipal Jaboti. O crescimento no número de estabelecimentos, em relação às últimas edições, foi enaltecido pela secretária Municipal de Esportes e Juventude, Jossuela Pinheiro. “Desde 2013, temos registrado um crescimento gradativo no número de estabelecimentos de ensino participantes, mas neste ano o salto é ainda mais significativo. Em 2018 foram cerca de 1,2 mil atletas e 22 estabelecimentos, neste ano serão 2,1 mil atletas e 26 estabelecimentos”, reforçou a secretária. Segundo ela, todo o mérito é do trabalho dos professores de educação física. “São vocês que plantam aquela sementinha em cada jovem, gerando um interesse cada vez maior pela prática esportiva. As competições e escolinhas são a prefeitura que organiza, mas esse trabalho de formação é todo de vocês”, disse Jossuela aos representantes de estabelecimentos de ensino presentes no congresso técnico.
A abertura da fase municipal dos 66º JEP’s é aberta a população. “Esperamos contar com a presença não só dos atletas, mas também da comunidade em geral. Estão todos convidados. Vai ser, como sempre, uma grande e bonita festa do esporte em nossa cidade”, convidou Jossuela Pinheiro, secretária Municipal de Esportes e Juventude.
Os JEP’s – Organizados pelo Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação (SEED), Secretaria de Estado do Esporte e do Turismo (SEET), Núcleos Regionais de Educação (NREs) e Escritórios Regionais de Esporte (EREs), com apoio das prefeituras, os 66º JEP’s – fase Municipal são uma promoção da Secretaria Municipal de Esportes e Juventude, Centro da Juventude e NRE de Apucarana.


Mourão aponta para Bolsonaro: foi dele ordem para divulgação do vídeo pró-ditadura


Fotos: Reuters
Enquanto a Secretaria de Comunicação da Presidência recusa-se a dizer de onde partiu a ordem para a divulgação de um vídeo pró-ditadura por uma rede social do Palácio do Planalto, o presidente em exercício Hamilton Mourão, esclareceu: a ordem partiu de Bolsonaro; o vídeo foi divulgado neste domingo, no dia em que o golpe militar de 31 de março de 1964 completou 55 anos; "Decisão do presidente. Foi divulgado pelo Planalto, é decisão do presidente", disse; assista ao vídeo
247 - Enquanto a Secretaria de Comunicação da Presidência recusa-se a dizer de onde partiu a ordem para a divulgação de um vídeo pró-ditadura por uma rede social do Palácio do Planalto, o presidente em exercício Hamilton Mourão esclareceu: a ordem partiu de Bolsonaro. O vídeo foi divulgado neste domingo, no dia em que o golpe militar de 31 de março de 1964 completou 55 anos
"Decisão do presidente. Foi divulgado pelo Planalto, é decisão do presidente", disse general, segundo relato do jornal O Globo.
No vídeo, o interlocutor afirma: "se você tem a mesma idade que eu, um pouco mais, um pouco menos, sabe que houve um tempo em que nosso céu de repente não tinha mais estrelas que outros. Era assim, um tempo de medo e ameaças. Ameaças daquilo que os comunistas faziam onde era imposto, sem exceção. Prendiam e matavam seus compatriotas".
"O Exército nos salvou. O Exército nos salvou. Não há como negar. E tudo isso aconteceu num dia comum de hoje, um 31 de março. Não dá para mudar a história", diz o senhor no vídeo. Com quase dois minutos, o material não tem um selo indicando sua origem e termina com a mensagem de que os militares não querem "palmas nem homenagens". "O Exército apenas cumpriu o seu papel", diz.
Assista ao vídeo publicado pela Casa da Democracia:


Planalto divulga vídeo que exalta o golpe militar


O Palácio do Planalto divulgou neste domingo, 31, pelo WhatsApp um vídeo em que trata o Golpe Militar de 1964 como um momento da história em que o Exército "salvou" o Brasil; com 1 minuto e 55 segundos de duração, o vídeo retoma a narrativa, já tantas vezes rejeitada em livros de história, de que havia uma revolução comunista prestes a ser deflagrada no país; "O Exército nos salvou, não há como negar", afirma o narrador; ao fim, uma voz masculina e grave ecoa sobre a imagem da bandeira nacional: "O Exército não quer palmas nem homenagens. O Exército apenas cumpriu o seu papel"; assista
Por Camilo Vannuchi, na Casa da Democracia - O Golpe de 1964 salvou o país. É esta a mensagem que o Governo Federal busca transmitir em vídeo divulgado neste domingo, 31 de março, em seu canal oficial no WhatsApp. Com 1 minuto e 55 segundos de duração, o vídeo retoma a narrativa, já tantas vezes rejeitada em livros de história, de que havia uma revolução comunista prestes a ser deflagrada no país, e que foi contida graças à bravura do Exército brasileiro, sempre pronto para defender a pátria com soberania e abnegação.
"Se você tem a mesma idade que eu, um pouco mais, um pouco menos, sabe que houve um tempo em que nosso céu de repente não tinha mais estrelas que outros", diz um narrador septuagenário. "Era assim, um tempo de medo e ameaças. Ameaças daquilo que os comunistas faziam onde era imposto, sem exceção. Prendiam e matavam seus compatriotas."


A peça busca criminalizar também a atuação sindical e a liberdade de manifestação no país. "Havia, sim, muito medo no ar. Greve nas fábricas, insegurança em todos os lugares", diz o texto.
De acordo com o roteiro, este cenário justificaria a intervenção militar de 31 de março: um golpe que durou 21 anos e causou a morte de mais de 430 opositores da ditadura listados pela Comissão Nacional da Verdade, o genocídio de 8 mil indígenas e a prisão e tortura de pelo menos 50 mil pessoas segundo estimativa do Ministério Público Federal. "Foi aí que, conclamado por jornais, rádios, TVs, e principalmente pelo povo na rua — povo de verdade, pais, mães, Igreja —, que o Brasil lembrou que possuía um Exército nacional e apelou a ele. Foi só aí que a escuridão, graças a Deus, foi passando, passando, e fez-se a luz".
"O Exército nos salvou, não há como negar", afirma o narrador. Em seguida, uma voz em off, masculina e grave, ecoa sobre a imagem da bandeira nacional: "O Exército não quer palmas nem homenagens. O Exército apenas cumpriu o seu papel."
A divulgação ocorre seis dias após o presidente Jair Bolsonaro conclamar o Ministério da Defesa a comemorar os 55 anos do golpe, chamado por ele de "revolução". A declaração despertou reações imediatas de juristas, historiadores e entidades de defesa dos Direitos Humanos, inclusive no exterior.
"À luz de tudo que hoje se sabe sobre o regime militar, é profundamente problemático que o presidente da República oriente a comemoração de um regime autoritário que durou 21 anos", afirmou à Casa da Democracia o relator da ONU Paulo Sérgio Pinheiro, que foi ministro dos Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso e membro da Comissão Nacional da Verdade, instalada no governo Dilma Rousseff. Em artigo publicado neste sábado no Washington Post, o escritor Paulo Coelho relata as torturas que sofreu em 1974 no Dops do Rio de Janeiro.
"São essas décadas de chumbo que o Presidente Jair Bolsonaro, depois de mencionar no Congresso um dos piores torturadores como seu ídolo, quer festejar nesse dia 31 de março", escreveu Paulo Coelho.
Em repúdio ao golpe e à declaração de Bolsonaro, foram organizadas manifestações em todo o país.