quinta-feira, 28 de março de 2019

Caso triplex no STJ: o que está em jogo na 3ª instância do processo que prendeu Lula


Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça avalia pedido de defesa para que processo seja anulado por falta de provas
Defesa pediu absolvição e, de forma alternativa, que caso seja anulado e encaminhado para Justiça Eleitoral - Créditos: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Defesa pediu absolvição e, de forma alternativa, que caso seja anulado e encaminhado para Justiça Eleitoral / Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O caso que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ser preso está pronto para ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Quinta Turma do órgão – que está acima do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que manteve a condenação no caso relacionado ao triplex do Guarujá (SP) e abaixo do Supremo Tribunal Federal (STF) – apreciará pedido da defesa para que o processo seja anulado.
O relator do processo, ministro Felix Fischer, pode levar para a mesa o recurso especial do petista, ou seja, encaminhá-lo para julgamento sem inclusão prévia na pauta. A defesa, entretanto, pede que o pedido seja julgado em data marcada previamente, para que possa comparecer à sessão da Turma. Apesar da indefinição, a expectativa é que o Tribunal se manifeste nos próximos dias.
Yuri Felix, advogado criminalista e professor de Direito, explica que no STJ, assim como no STF, não há discussão propriamente de mérito sobre os fatos, mas predominantemente processual.
“Não há discussão probatória, mas pode ocorrer uma análise da regularidade probatória, ou seja, se as provas foram produzidas dentro dos limites da lei ou não”, diz.
Argumentos
Após a confirmação da condenação de Lula pelo TRF4, a defesa do petista encaminhou recurso especial ao STJ, mantendo a mesma linha argumentativa durante o processo: a de que não houve provas suficientes que pudessem embasar a decisão, já que a sentença e o acórdão se basearam fundamentalmente em delação do empreiteiro Léo Pinheiro. Assim, pediu-se que o processo fosse anulado e Lula absolvido.
O Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o apartamento foi dado a Lula como propina em troca de "atos indeterminados" de corrupção por parte de Lula.
Depois de encaminhado o recurso, a defesa ainda levou ao STJ outras questões. Uma delas diz respeito ao fato de que a OAS pagou seus executivos para que colaborassem com as autoridades judiciais. O esquema foi apresentado em um processo trabalhista de um ex-empregado da empreiteira que reivindicava na Justiça do Trabalho, entre outras coisas, os valores pagos a outros empresários.
A última manifestação da defesa de Lula no recurso pede que, caso não haja absolvição direta, o processo na Justiça Federal comum seja anulado e encaminhado à Justiça Eleitoral. O argumento tem como base a recente decisão do Supremo que estabeleceu como competência da última o julgamento de acusações de corrupção relacionadas a crimes eleitorais.
“O enquadramento jurídico da versão acima descrita aponta na direção da ocorrência de delitos contra a administração pública (corrupção passiva) e contra a administração da Justiça (lavagem de capitais), como também de crimes eleitorais (falsidade ideológica eleitoral e/ou apropriação indébita eleitoral). Em havendo conexão entre crimes de natureza eleitoral e crimes comuns, é obviamente competente a Justiça Eleitoral”, afirma a defesa.
Os advogados de Lula citam o fato de que, na visão da Justiça Federal, o caso envolveu delito eleitoral. “Dele [Lula] dependia a continuidade e eficácia do esquema milionário de financiamento de campanhas eleitorais”, escreveu em seu voto desembargador do TRF4 Gebran Neto.
Felix afirma que, entre especialistas em direito processual penal, a discussão sobre a competência do caso era debatida antes mesmo da decisão do Supremo. Isso porque o chamado caso do triplex não demonstrou relação direta com esquemas de corrupção na Petrobras: “O juiz [Sergio Moro], que à época era o juiz da causa, não era competente para apreciar a causa do ex-presidente Lula”, defende.
“Inclusive ele [Moro] reconhece isso [não relação imediata com a Petrobras] em sede de embargos de declaração. O STJ – acolhendo o pedido da defesa de uma nova apreciação, olhando para a decisão do STF – obrigatoriamente deve anular os atos”, complementa.
Além de Felix Fischer, a Quinta Turma do STJ é composta por mais quatro ministros: Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik.
Fonte: Brasil de Fato

Alunos da Rede Municipal começam a receber uniformes escolares

Prefeito, secretária interina de Educação e vereadores

Pelo segundo ano consecutivo a prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Educação, está efetuando a entrega gratuita de uniformes escolares para alunos da Rede Municipal de Ensino, beneficiando mais de 10 mil crianças matriculadas em Escolas e Centros de Educação Infantil.
A ação teve início pelas Escolas Municipais Papa João Paulo II e Aleydah Costa Santos Vieira e os CMEIs Sonho Encantado e Esther Otero de Mello, sendo que nesta primeira etapa estão sendo entregues os kits de uniforme de verão, contendo as camisetas e os shorts masculino e feminino,
O prefeito Sergio Onofre participou da entrega acompanhado de um grupo de vereadores e reiterou que além de amenizar o processo de desigualdade, a uniformização dos alunos contribui para aspectos de segurança no ambiente escolar e demonstra planejamento na aplicação dos recursos para a Educação.
“Este era um compromisso assumido com a nossa comunidade estudantil, que está sendo rigorosamente cumprido dentro de nossas metas em melhorar cada vez mais a qualidade do ambiente escolar”, comentou o prefeito.
Finalizando a secretária interina de Educação, Regina Demele, informa que no total foram investidos mais de 2 milhões de reais para a aquisição destes uniformes, lembrando que no lote estão incluídos os kits de inverno compostos por calça, jaqueta e tênis, que serão distribuídos posteriormente em data a ser anunciada.


Servidores de Arapongas terão 6% de reajuste salarial

Prefeito, Secretários e Pres. do Sindicato durante anuncio de reajuste salarial de 6%


Os servidores públicos de Arapongas vão receber um reajuste de 6%. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (28) pelo prefeito Sérgio Onofre, em reunião com secretários municipais e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos. “É um índice expressivo, maior do que está sendo concedido por outras prefeituras da nossa região. Sabemos da expectativa dos servidores, mas nosso esforço é no sentido de atender essa expectativa dentro do possível e sem sair dos limites estabelecidos pela nossa realidade orçamentária”, afirmou o prefeito.
O município de Arapongas te 3.107 servidores ativos e 1.030 aposentados e pensionistas que serão beneficiados pela medida. O reajuste significa um aumento anual de R$ 7,8 milhões nas contas do município e vale para a folha de abril. Sergio Onofre voltou a destacar que mesmo com dois anos de recessão econômica e queda na arrecadação das prefeituras de todo o Brasil, o município de Arapongas chegou ao final de 2018 reduzindo a sua dívida pela metade. “E ainda somamos, no mesmo período, investimentos da ordem de R$ 35 milhões em obras e equipamentos. É essa austeridade em termos de gestão e de contenção que nos permite dar esse aumento para os servidores”, frisou o prefeito.
Aparecido de Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, classificou o resultado das negociações como uma conquista importante. “Mesmo em um cenário de dificuldades para as prefeituras, o prefeito Sérgio Onofre mostrou-se sensível aos argumentos que nós apresentamos e acabou concordando com um a revisão e reajuste totalizando um percentual de 6%, um bom índice, na nossa avaliação”, concluiu o sindicalista.


Comitê Gestor de Arapongas retoma atividades com novas propostas para 2019



Na tarde de ontem (27) o Comitê Gestor da Lei Geral de Arapongas realizou uma reunião para revisão geral das atividades desenvolvidas no decorrer do ano passado, retomando assim as atividades previstas para 2019.
Na oportunidade foram destacados temas importantes, entre eles, a atuação da Garantinorte em Arapongas, benefício que atua em parceria com empresas do município que não possuem garantias no momento de contratar empréstimo, além da implantação do Programa Educação Empreendedora nas escolas de Ensino fundamental da rede municipal, que só foi possível devido às articulações do Comitê.
Para este ano, o Comitê Gestor vai atuar com projetos voltados ao tema: “Inovação e Tecnologia”, desenvolvendo na prática como implantar e desenvolver tais temas na dinâmica municipal.
“Teremos a Feira do MEI para os micros empreendedores individuais de Arapongas. Momento em que poderão expor seus respectivos produtos e serviços. Contaremos também  seminários de créditos, levando informações sobre o acesso às opções de credito disponíveis em Arapongas para as pequenas empresas”, destacou o Secretário Municipal de Indústria e Comércio, Valdecir Tudino.
Uma nova reunião será realizada no próximo dia 3 de abril, no Centro Administrativo da Prefeitura de Arapongas.
Participaram também da reunião o Secretário de Administração, Valdecir Scarcelli, representantes do Sebrae, OAB de Arapongas, ACECA, Sescap, funcionários da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, Junta Comercial e  Caixa Econômica Federal.


OAB Subseção de Arapongas tem nova diretoria


Na noite de ontem (27), o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, participou da solenidade de posse da Diretoria da Subseção de Arapongas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), gestão 2019/2021. Assume o cargo de presidente José Vitor Al Majida de Almeida Junior, anteriormente ocupada por Fábio Viana Barros.
“É com grande satisfação que acompanhamos a posse da nova diretoria da OAB de Arapongas, grupo de profissionais que desenvolvem um competente trabalho. Desejamos uma próspera caminhada”, disse o prefeito, Sérgio Onofre.
O novo presidente, José Vitor Al Majida de Almeida Junior, agradeceu a presença de todos, reiterou o compromisso de uma boa gestão junto ao grupo.
“Nós nos sentimos confiantes nesta nova missão e firmamos o compromisso de boa atuação em Arapongas em defesa da Constituição, do Estado Democrático de Direito, da Justiça Social, dos Direitos Humanos, entre outros”, afirmou.
Participaram também da solenidade o presidente da Seção do Paraná OAB, Dr. Cássio Lisandro Telles, Diretor Tesoureiro da Seção do Paraná OAB, Dr. Henrique Gaede, representando o Poder Judiciário Estadual, Dr. Evandro Luiz Camparoto, representando o Ministério Público, Dr. Marcos Vinícius Pessenti, representando os Presidentes de Subseções da Seccional do Paraná, Dr. André Elias Brianese Porto e demais autoridades.


Glauber Braga pedirá condução coercitiva se Moro se negar a falar na Câmara


O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou nesta quarta-feira, 27, que irá solicitar que o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, seja conduzido coercitivamente se se negar a comparecer à Câmara; "Com requerimento meu e da deputada @luizaerundina , Sérgio Moro teve a sua convocação aprovada na comissão de legislação participativa da câmara, pra falar da sua atuação. O governo se desesperou, mas não teve jeito. CONVOCADO! Se não comparecer, vou pedir condução coercitiva", disse Braga
47 - O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou nesta quarta-feira, 27, que irá solicitar que o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, seja conduzido coercitivamente se se negar a comparecer à Câmara. 
"Com requerimento meu e da deputada @luizaerundina , Sérgio Moro teve a sua convocação aprovada na comissão de legislação participativa da câmara, pra falar da sua atuação. O governo se desesperou, mas não teve jeito. CONVOCADO! Se não comparecer, vou pedir condução coercitiva", disse Braga.
Presidida por Leonardo Monteiro (PT-MG), a Comissão de Legislação Participativa aprovou nesta quarta (27) o requerimento do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que convoca o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para debater o Pacote Anticrime e o Decreto do Armamento. A base do governo tentou modificar o requerimento para convite, mas foi derrotada. Por unanimidade (10 votos a 0) o requerimento foi aprovado e o ministro terá que comparecer à CLP para discutir os dois projetos que tramitam na Casa com parlamentares e com a sociedade civil organizada.
O autor do requerimento, deputado Glauber Braga argumentou que o Pacote Anticrime não tem justificativa concreta e por isso precisa ser discutido profundamente. "De onde ele tirou os elementos para apresentação dessa proposta? Com quais segmentos da sociedade que tem acúmulo na área de segurança pública ele dialogou? Aqui está a possibilidade concreta da gente saber de quais foram os dados que estimularam a apresentação do projeto", declarou o parlamentar.


Guaidó é proibido de exercer cargos públicos na Venezuela por 15 anos


O autoproclamado presidente da venezuelano Juan Guaidó está impedido de exercer cargos públicos por 15 anos, anunciou nesta quinta-feira (28) a Controladoria-Geral da Venezuela. O anúncio foi feito pelo controlador-geral Elvis Amoroso na TV estatal do país.
O organismo decidiu “desativar o exercício de qualquer cargo público do cidadão (Juan Guaidó) pelo prazo máximo estabelecido na lei”, declarou o controlador-geral.
Segundo Amoroso, Guaidó, que preside a Assembleia Nacional, apresentou “inconsistências” em suas declarações de renda.
“Ele fez 91 viagens ao exterior sem a autorização da Assembleia Nacional por um montante de 570 milhões de bolívares que ele não pode justificar com seu salário como funcionário público”, disse.
Guaidó esteve viajando recentemente por diferentes países da América do Sul, inclusive o Brasil, em busca de apoio internacional para o golpe de Estado que pretende dar na Venezuela. Do blog do Esmael com informações do G1




PT cria canal para receber denúncias de fake news


O PT anunciou nesta quinta-feira (28) a criação de uma Central Antifake. Segundo o partido, o espaço destina-se ao combate de mentiras que são espalhadas pelas redes sociais e grupos de WhatsApp.
“Sabemos que as mentiras foram decisivas para a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) e o combate contra as fake news é urgente. O povo brasileiro não pode continuar sendo enganado. Você viu uma notícia falsa? Algum fato absurdo está circulando por aí? Mande um e-mail para nós”, comunicou o partido em sua página na internet.
O e-mail da Central Antifake do PT é: antifake@agenciapt.org.br
Fonte: Blog do Esmael

Bolsonaro censura Globo, Valor, Estado, Folha e UOL em coletiva


A jornalista Giuliana Morrone anunciou no Bom Dia Brasil, da TV Globo, na manhã desta quinta-feira 28, que a entrevista de Jair Bolsonaro exibida na noite de ontem foi cedida pela NBR, emissora do governo federal, porque oito veículos de imprensa teriam sido impedidos de participar da coletiva; foram barrados pelo presidente TV Globo, Globonews, jornal O Globo, Rádio CBN, Valor Econômico, Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL
Por Luciana Oliveira, em seu blog- Deu no Bom Dia Brasil, edição desta quinta-feira, 28 (veja aqui). A jornalista Giuliana Morrone anunciou que a entrevista exibida do presidente Jair Bolsonaro foi cedida pela NBR, emissora do governo, porque oito veículos de comunicação teriam sido impedidos de participar de uma coletiva.
O conteúdo é sobre mais um capítulo da novela 'Troca De Farpas' entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o presidente da república.
O bate-boca entre os dois foi repercutido amplamente na imprensa e choca a tentativa do planalto de controlar versões, crítica e amplitude da informação.
Como na ditadura que o Brasil viveu por 21 anos e o presidente tanto elogia, revela flagrante cerceamento da liberdade de imprensa para impor a versão oficial dos fatos.
E isso era feito de várias formas pelos militares, inclusive com censores que se instalavam em redações de jornais e revistas para dizer o que podia e como podia ser divulgado.
Nos anos de repressão o boicote de verbas do governo a determinados veículos de comunicação, tal como Bolsonaro ameaçou – citando a Folha De São Paulo – em sua primeira entrevista como presidente, era medida eficaz de controle da crítica.
Em entrevista a José Luiz Datena, na TV Bandeirantes nesta quarta-feira, 27, o presidente voltou a atacar a Folha dizendo que o veículo "é a fonte de todo mal da imprensa'.




Economist prevê queda de Bolsonaro


A revista britânica The Economist publicou reportagem nesta quinta-feira, 28, com críticas à situação econômica do Brasil e à inabilidade do presidente Jair Bolsonaro em conseguir tocar a agenda liberal prometida pelo ministro Paulo Gudes;  "A menos que ele pare de provocar e aprenda a governar, seu mandato pode ser curto", diz a revista
247 - A revista britânica The Economist publicou reportagem nesta quinta-feira, 28, com críticas à situação econômica do Brasil e à inabilidade do presidente Jair Bolsonaro em conseguir tocar a agenda liberal prometida pelo ministro Paulo Gudes. 
A revista acredita que Jair Bolsonaro pode nao concluir o mandato. "A menos que ele pare de provocar e aprenda a governar, seu mandato pode ser curto", diz a revista. 
Leia um trecho:
"Uma das principais razões pelas quais Jair Bolsonaro venceu a eleição presidencial do ano passado no Brasil é que ele prometeu colocar a economia em movimento novamente após quatro anos de queda.
Ao nomear Paulo Guedes como seu super-ministro econômico, ele ganhou o apoio dos grandes negócios e finanças. Muitos supunham que a chegada do governo de Bolsonaro por si só daria vida à economia. Mas três meses depois, continua tão moribundo quanto sempre.
Os investidores estão começando a perceber que Guedes enfrenta uma tarefa difícil para fazer o Congresso aprovar uma reforma previdenciária que é crucial para a saúde fiscal do Brasil. E o próprio Bolsonaro não está ajudando. (...)"


Projeto de Economia Solidária de Apucarana é modelo regional


Cambira vai implantar programa semelhante para gerar oportunidades de trabalho e renda às mulheres do município
O Projeto de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da secretaria da Mulher e Assuntos da Família de Apucarana, vem servindo de inspiração para iniciativas semelhantes em âmbito estadual e regional. A Prefeitura de Cambira convidou a secretária Denise Canesin e a responsável pelo projeto, Bete Berton, bem como 25 integrantes da Rede de Mulheres Solidárias, para participar da “II Ação Social: Enfrentando a Violência Contra a Mulher”, que tomou a área central da cidade nesta quarta-feira (27/3), oferecendo serviços de atendimento e orientação gratuitos à população.
Segundo a primeira dama do município, Vanessa Marques da Silva, a ideia de ter um projeto de economia solidária em Cambira é “oportunizar trabalho e renda às mulheres da cidade e, desse modo, empoderá-las”. Ela afirma que a prefeitura se espelha em Apucarana porque o projeto está consolidado e vem obtendo ótimos resultados. Vanessa participou de um dos cursos de capacitação no ano passado e obteve uma visão integral da formação da economia solidária, de seus pilares e conceitos.
O prefeito Emerson Toledo agradeceu a presença da representante de Apucarana e, por meio dela, ao prefeito Junior da Femac. Ele destacou a participação importante que as mulheres têm no papel familiar e social e no quanto a troca de experiência com o município vizinho poderá enriquecer o projeto de economia solidária de Cambira. “Nosso objetivo é o empoderamento e a autonomia de nossas mulheres, e temos muito a aprender com o baita projeto de sucesso que está em pleno funcionamento em Apucarana”, disse o prefeito.
A secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, disse que em breve serão as mulheres de Cambira as convidadas a se apresentar em Apucarana. Ela e a superintendente Bete Berton se declararam orgulhosas pela iniciativa do município. A Rede de Mulheres Solidárias esteve presente com cerca de 25 integrantes – entre elas artesãs e participantes da rede mulher de gastronomia.
Modelo Estadual – No início de fevereiro, representantes técnicos da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho estiveram reunidos, em Curitiba, com o prefeito Júnior da Femac, com a secretária Denise Canesin e com a superintendente Bete Berton, com o objetivo de conhecer mais o projeto de Economia Solidária e Protagonismo Feminino de Apucarana. O projeto municipal, que existe desde 2014 e já capacitou mais de 800 mulheres, poderá ser replicado pelo Estado.


Município vai contratar empresa para recolhimento de cavalos errantes


Diariamente, a Secretaria de Meio Ambiente recebe denúncias de animais abandonados perambulando pelas ruas

(Foto: Delair Garcia)
A cada dia, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente recebe denúncias de equinos perambulando pelas ruas da periferia e até mesmo em trechos urbanos de rodovias. Visando uma solução para o problema, o Município abrirá um processo licitatório para a contratação de uma empresa especializada no recolhimento e guarda dos animais. Haverá um período para que os proprietários façam o resgate mediante devida comprovação de posse e, após esse período, os eqüinos serão destinados para doação ou leilão.
O prefeito Junior da Femac disse que a decisão pela contratação de uma empresa especializada está tomada e já autorizou o início dos trâmites burocráticos para a licitação. “O contrato irá prever o recolhimento, transporte, cuidados veterinários, alimentação e destinação adequada dos animais”, afirma.
Junior da Femac lembra que o serviço já é oferecido em cidades como Americana, Ribeirão Preto, Sorocaba e Campinas. “Ao serem recolhidos, os eqüinos serão microchipados seguindo um conceito de guarda responsável”, frisa o prefeito, observando que os animais serão levados para uma área apropriada onde receberão todos os cuidados.
Além da questão ambiental e de saúde pública, que envolve casos de maus-tratos e locais inapropriados para manutenção desses animais de grande porte, outra questão que preocupa são os riscos causados ao trânsito. “Caso os proprietários quiserem retomar a guarda dos animais, deverão apresentar Boletim de Ocorrência comprovando o sumiço. Isso não acontecendo dentro do prazo legal, os eqüinos serão encaminhados para leilão ou adoção”, esclarece o prefeito.
A Prefeitura já desenvolveu ações de recolhimento, como uma força-tarefa realizada no ano passado em conjunto com as polícias Militar, Força Verde e Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, concessionária Viapar e uma organização não governamental. “Essas ações pontuais não se mostraram suficientes para resolver o problema. Atualmente, existem mais de 100 equinos em situação de abandono em Apucarana e diariamente chegam novas denúncias junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente”, reitera Junior da Femac.


Vereadores contestam tarifa mínima cobrada pela Sanepar

O debate contou com a participação de representantes da Sanepar
Foto: Orlando Kissner/ALEP


Dezenas de vereadores de várias regiões do estado participaram na manhã desta quarta-feira (27) da audiência pública realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para discutir saneamento básico e a tarifa mínima cobrada pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O evento foi uma iniciativa do deputado Evandro Araújo (PSC), atendendo solicitação de representantes de Câmaras de Vereadores de mais de 20 municípios que já aprovaram ou têm em tramitação projetos de lei proibindo a cobrança do tributo.
Representantes da Sanepar procuraram explicar aos presentes a metodologia adotada para a fixação da tarifa e esclarecer as dúvidas levantadas. Ao final do encontro o deputado Evandro Araújo se comprometeu a buscar respostas que por ventura tenham ficado pendentes através de pedidos de informações junto aos órgãos da administração estadual. E o gerente jurídico geral da Companhia de Saneamento, Marcus V. Cavassin, alertou para os efeitos da Medida Provisória nº 868/2018, apresentada no apagar das luzes da Gestão Michel Temer que, a seu ver, trará consequências nefastas para o modelo de subsídio cruzado no setor, já que empresas privadas tenderiam a firmar negócios em municípios e regiões rentáveis, tirando receitas de empresas públicas e deixando-as com as localidades mais pobres, onde o atendimento é mais urgente e a capacidade de pagamento, menor.
Integraram a Mesa condutora dos trabalhos, além de Araújo e Cavassin, os deputados Arilson Chiorato (PT), Luiz Fernando Guerra (PSL), Soldado Fruet (PROS), Do Carmo (PSL), Jonas Guimarães (PSB) e Tadeu Veneri (PT), que distribuiu entre os participantes um levantamento produzido pela assessoria econômica da Liderança da Oposição na ALEP sobre a política de reajuste da tarifa de água e esgoto da Sanepar. Também participaram o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa de economia mista, Abel Demétrio, a gerente de regulação, Leura Conte de Oliveira, o vereador de Maringá Alex Chaves (PHS) e o dirigente do Procon em Maringá, João Luiz Agner Regiani.
Função social – De um modo geral, os participantes da audiência questionaram a empresa sobre sua função social e pediram explicações para o último reajuste da tarifa mínima, que baixou de 10 metros cúbicos por residência para 5 metros cúbicos. Criticaram o aumento do percentual do lucro distribuído à título de dividendos entre os acionistas para 50% do lucro total, e cobraram mais investimentos no aperfeiçoamento dos serviços. No entender de vários vereadores, a alteração em relação ao consumo mínimo ainda estimula o desperdício e consequentes danos ambientais, uma vez que levaria o consumidor a se descuidar do consumo racional.
O vereador maringaense Alex Chaves (PHS) autor do projeto de lei que proíbe a cobrança da tarifa mínima em seu município, explicou que a iniciativa se baseou no Código de Defesa do Consumidor, e foi enfático ao garantir que o usuário paga pela quantidade de produto ou serviço recebido. Líder da Frente de Vereadores Contra a Tarifa Mínima da Sanepar, observou que países da Europa já proibiram a cobrança. E indagou: “A Sanepar é uma empresa pública? Isso é uma fantasia a partir do momento em que começou a negociar ações na Bolsa de Valores”.  Informou que, em conjunto com muitos outros vereadores, está iniciando uma coleta de assinaturas para extinguir a cobrança mínima, e apelou aos deputados para que gestionem junto a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) visando obrigar a concessionária a cumprir as leis municipais.
Abel Demétrio rebateu que a companhia tem interesse social e público, atendendo praticamente 100% dos municípios paranaenses com água tratada e 72,5% de coleta e tratamento de esgoto nas áreas urbanas de atuação. Como empresa de capital intensivo, disse ele, precisa fazer muitos investimentos. Só no ano passado foram RS 1,030 bilhão. Também deve buscar o equilíbrio entre a necessidade de investimento e a qualidade do serviço ofertado, atuando em ambiente regulado. Segundo ele, a delimitação da tarifa mínima passou pelo crivo da Agepar, que recebeu delegação legal para tanto. Ele lembrou ainda que a empresa atendeu 184 mil famílias com a tarifa social no ano passado.
Leis municipais – Cerca de vinte cidades do Paraná que não concordam com a obrigatoriedade da cobrança da tarifa mínima já aprovaram ou têm tramitando nas Câmaras Municipais projetos de lei para derrubá-la. Cavassin respondeu a indagação de vereadores sobre a eficácia da lei municipal nesses casos lembrando que elas se insurgem contra leis maiores a questão está sub judice, razão porque a Sanepar se atem à Lei Complementar Estadual nº 94/2002 e a Lei Federal 11.445/2007, atualmente vigentes, que regulamentam o saneamento no Paraná, garantindo à Sanepar a cobrança da tarifa mínima de água e esgoto.
A gerente de regulação Leura Conte de Oliveira adiantou aos participantes da audiência que a Sanepar desenvolve estudos para tornar mais claro ao consumidor a estrutura tarifaria, delimitando o que são os custos fixos necessários à manutenção do sistema e a prestação do serviço e o consumo mínimo faturável. Ela disse acreditar que o próximo ciclo tarifário deixará claro para o consumidor o que ele paga de valor fixo e o que paga de variável. Também explicou porque alguns municípios ainda não recebem serviços completos de coleta de esgoto. Segundo ela, a empresa priorizou os centros maiores porque concentram maior volume de pessoas. Já começa a atender municípios com até 50 mil habitantes e assim sucessivamente, até alcançar a totalidade das cidades paranaense.
Fonte: ALEP


Marco Aurélio vê ambiente favorável para reverter prisão em 2ª instância


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que vê ambiente favorável para a Corte reverter a previsão de prisão após condenação em segunda instância; a Corte vai analisar o tema no próximo dia 10; caso reverta o posicionamento, a prisão arbitrária do ex-presidente Lula pode chegar ao fim
247 - Em entrevista ao programa Em Foco, na GloboNews, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que vê ambiente favorável para a Corte reverter a previsão de prisão após condenação em segunda instância.
"Creio que se se confirmar a previsão de que o ministro Gilmar Mendes hoje adota o entendimento segundo ao qual não pode haver a execução provisória, açodada da pena, nós reverteremos aquele score (placar) apertado de 6 a 5, a maioria vai se formar no sentido, sob a minha ótica, de homenagear a Constituição Federal", disse.
O julgamento sobre o tema está marcado para o dia 10 de abril. Para o ministro, a Corte "já deveria ter julgado a matéria".
No ano passado, Marco Aurélio e outros ministros solicitaram a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que o tema fosse rediscutido. Mas ela se recusou a colocar o tema em pauta, sob a justificativa de que a Corte tratou do assunto em 2016.
Marco Aurélio disse ainda que liberou em 2018 uma das ações que trata do tema por que "houve sinalização de um daqueles que formaram a corrente majoritária, vai evoluir para entender que não cabe a execução depois da decisão de segunda instância".
Sobre uma possível reação da opinião pública, o ministro afirmou: "Não posso temer porque se eu não tiver couraça para decidir segundo meu convencimento sobre a matéria, nós estaremos muito mal".
O ministro rebateu a tese de que a decisão seja para favorecer políticos presos e disse que a mudança de entendimento submete todos ao "princípio da não culpabilidade".
"Não tenho como criar a norma de plantão para colocar na cadeia aqueles que cometeram desvios de conduta. Penso que eles devam responder mas que se observe a Constituição Federal", acrescentou.


Gleisi: “cultura de golpe” está no DNA da aposta do mercado em Mourão


Ricardo Stuckert
A deputada federal e presidenta do PT Gleisi Hoffmann alerta para uma operação conhecida de salvamento da pauta financista nos interstícios do governo, que enxerga na 'cultura do golpe' a solução para os seus problemas; ela diz: "os banqueiros e seus amigos na política, que apostaram tudo em Bolsonaro, já começam a mostrar impaciência com sua incapacidade de aprovar essa trágica reforma da previdência no Congresso Nacional. O mercado financeiro e a FIESP já falam abertamente em impeachment e no vice Mourão"
247 - A deputada federal e presidenta do PT Gleisi Hoffmann alerta para uma operação conhecida de salvamento da pauta financista nos interstícios do governo, que enxerga na 'cultura do golpe' a solução para os seus problemas. Ela diz: "os banqueiros e seus amigos na política, que apostaram tudo em Bolsonaro, já começam a mostrar impaciência com sua incapacidade de aprovar essa trágica reforma da previdência no Congresso Nacional. O mercado financeiro e a FIESP já falam abertamente em impeachment e no vice Mourão."
Leia o post na íntegra, publicado no Facebook da ex-senadora: 
Cultura de golpe
Os banqueiros e seus amigos na política, que apostaram tudo em Bolsonaro, já começam a mostrar impaciência com sua incapacidade de aprovar essa trágica reforma da previdência no Congresso Nacional.
O mercado financeiro e a FIESP já falam abertamente em impeachment e no vice Mourão – o mesmo que defende o fim do 13º salário, o fim do adicional de férias, o fim da carteira de trabalho, o fim do Bolsa Família e o fim do aumento real do salário mínimo.
O vice, que a cada dia, parece mandar mais que o presidente, já incorporou o discurso e os interesses do Sistema – não importa se por ignorância, por ideologia ou por oportunismo.
Para os poderosos, Mourão seria a solução para aprovar essa reforma da previdência que vai acabar com a aposentadoria do povo.
Eles querem que o Brasil corte o pagamento dos aposentados e de outros direitos previdenciários para que o governo possa continuar transferindo recursos públicos para o setor privado, setor financeiro, diminuindo o Estado de proteção social, para mais a frente reduzir os impostos de quem já é muito, muito rico.
A cultura golpista é intrínseca à classe dominante brasileira. Impressionante!


Sociedade civil se articula contra "falsas soluções" de pacote de Moro


Especialistas se queixam de falta de diálogo com governo e apontam risco de mais encarceramento
Ministro da Justiça e ex-juiz federal, Sérgio Moro é autor do PL 882/2019, conhecido como pacote "anticrime" - Créditos: Lula Marques
Ministro da Justiça e ex-juiz federal, Sérgio Moro é autor do PL 882/2019, conhecido como pacote "anticrime" / Lula Marques

O pacote "anticrime", apresentado pelo Poder Executivo por meio do ministro da Justiça e ex-juiz federal, Sérgio Moro, vem colecionando opositores de diferentes áreas. Entidades da sociedade civil organizada expressam preocupações em relação à medida, que tramita na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei (PL) 882/2019.
Segundo a presidenta do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCcrim), Eleonora Rangel Nacif, um dos problemas seria o fato de o governo não ter ouvido especialistas antes de formular o conteúdo da proposta.
"Os governos sempre têm que dialogar com a população. Isso é um pressuposto básico. Mas, também [precisam] ouvir os especialistas, porque nós não tiramos dados da nossa cabeça. Temos pesquisas empíricas que mostram que o encarceramento não resolve a questão da segurança pública", argumenta. "É por isso que a gente tem que ouvir os especialistas: para que eles possam apontar caminhos constitucionais para garantir os direitos dos cidadãos e cidadãs e, ao mesmo tempo, pensar a questão da violência e da criminalidade com um olhar mais racional", completa.
Apresentado em fevereiro deste ano, o PL modifica trechos de 14 leis. Um dos pontos mais criticados é a mudança no artigo 25 do Código Penal para tratar como casos de legítima defesa os ataques praticados por agentes de segurança pública em situações de conflito armado ou risco de conflito. Outro aspecto polêmico é a legitimação da prisão de réus após condenação em segunda instância.
O advogado Hugo Leonardo, vice-presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), sublinha que, apesar de ser apresentada como uma proposta para reverter os altos índices de violência, a medida tende a trazer resultados no sentido contrário. Na interpretação dele, o PL fere a Constituição Federal, e a política de aprisionamento contribui para alimentar a atuação das facções criminosas nos presídios, com maior cooptação de jovens em situação de vulnerabilidade.
“Ele vem simplesmente no sentido de estabelecer maior punição – cadeia, diga-se em português claro – sem que haja qualquer enfrentamento das causas dessa criminalidade”, critica.
O movimento Mães de Manguinhos, composto por mulheres da Favela de Manguinhos, no Rio de Janeiro, que têm filhos encarcerados ou que foram assassinados pela polícia, também é crítico ao projeto. Eliene Maria Vieira, integrante do movimento, ressalta que a medida incentiva o racismo institucional. Ela chama a atenção para o fato de que a maioria da população carcerária no país é negra e de baixa renda.
A realidade está exposta em dados oficiais do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), segundo o qual pretos ou pardos correspondem a 61,7% do total de presos no Brasil. Além disso, 75% dos encarcerados têm até o ensino fundamental completo, o que é considerado um dos sinalizadores da situação de baixa renda.
As mortes praticadas por agentes de segurança do Estado escancaram esse recorte: de cada dez assassinatos cometidos por policiais no Brasil, sete são contra a população negra, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
“A gente nunca pode deixar de falar que esse encarceramento e esse genocídio têm cor. Tem pessoas dentro do sistema que já não deveriam estar lá por ‘n’ motivos, e você só vê políticas de encarceramento, de genocídio. Aí vamos encarcerar e matar cada vez mais”, afirma Vieira.
A deputada federal Áurea Carolina (Psol-MG), da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, também vê o pacote "anticrime" com preocupação. Segundo ela, o debate sobre o PL não considera fatores de ordem social.
"Não há hoje, no Brasil, uma política de segurança cidadã efetiva, baseada em evidências, que consiga prevenir a criminalidade e criar alternativas pras comunidades que não seja entupir as cadeias de gente pobre, negra, sofredora", lamenta a parlamentar. "Não é possível a gente enfrentar o grave problema da violência urbana, dos índices altíssimos de homicídio e feminicídio, entre outras formas de violência, sem discutir o acesso a educação, infraestrutura urbana, moradia de qualidade, cultura, entre outras garantias de cidadania", analisa.
Mobilização
Para tentar viabilizar um canal de diálogo mais amplo a respeito do tema que circunda o PL, entidades da sociedade civil estão investindo em diversas frentes. Uma delas é a campanha “Pacote anticrime: uma solução fake”, lançada na última quarta-feira (27) por mais de 40 organizações em Brasília (DF). O movimento inclui também as Defensorias Públicas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
De acordo com a presidenta do IBCcrim, Eleonora Rangel Nacif, a ideia é se contrapor à campanha midiática de defesa do PL, encampada pelo governo Bolsonaro, e dar mais capilaridade ao debate.
"A mídia tem divulgado esse pacote como algo benéfico, como algo contra a corrupção. Na verdade, ele é mais um instrumento de opressão contra a população pobre, negra e periférica. A gente precisa mostrar que isso tudo é fake, é falso, uma cilada”, explica.
Como parte da agenda de mobilizações, estão previstas, por exemplo, visitas de entidades da campanha a gabinetes de parlamentares no Congresso Nacional.  
Fonte: Brasil de Fato

Ciro decide criticar Bolsonaro antes dos 100 dias e dispara: é um imbecil


O ex-candidato à presidência Ciro Gomes quebrou sua promessa de não criticar o governo Bolsonaro antes dos cem dias e disparou contra o ex-capitão: "é um imbecil"; Ciro ainda disse que a prisão do ex-presidente Michel Temer foi uma aberração e que, embora ele merecesse estar preso há 20 anos, o timing da operação Lava Jato lhe pareceu equivocado; ele disse: "não estou a defender Michel Temer, estou a defender a Constituição brasileira, a ordem jurídica que no Brasil tem sido muito violentada ultimamente"
47 - O ex-candidato à presidência Ciro Gomes quebrou sua promessa de não criticar o governo Bolsonaro antes dos cem dias e disparou contra o ex-capitão: "é um imbecil". Ciro ainda disse que a prisão do ex-presidente Michel Temer foi uma aberração e que, embora ele merecesse estar preso há 20 anos, o timing da operação Lava Jato lhe pareceu equivocado. Ele disse: "não estou a defender Michel Temer, estou a defender a Constituição brasileira, a ordem jurídica que no Brasil tem sido muito violentada ultimamente."
A reportagem do jornal Diário de Notícias destaca trechos da entrevista que fez com Ciro Gomes: 
"Porque ainda que choque um país de cultura civilizada e avançada como é Portugal, Michel Temer merecia ser condenado e estar preso há dez ou 20 anos. Mas até hoje não foi ainda formalizada nenhuma condenação. A regra nos países civilizados do Estado de direito democrático é a liberdade. As prisões excecionais dão-se em casos muitos específicos. E nenhum dos factos imaginados pela lei, como a ameaça de fugir, evidência de que está a destruir provas, coagindo testemunhas ou perturbando a ordem pública, nem uma dessas situações excecionais, estava desenhada em redor de Michel Temer. Portanto, não estou a defender Michel Temer, estou a defender a Constituição brasileira, a ordem jurídica que no Brasil tem sido muito violentada ultimamente."
"A Lava-Jato teve um impacto publicitário no começo que se está a esvair muito rápido. Bolsonaro recrutou o [juiz Sérgio] Moro por uma razão publicitária. Parecia que o xerife da nação, o grande vergalhão moral da nação, estava aceitando participar num governo que parecia ser a sanção, a demonstração que seria um governo que se constituiria originalmente contra a corrupção e os maus costumes no Brasil. Na sequência, os factos foram evidenciando que tudo isso são ilusões, porque a corrupção é um fenómeno mais complexo e tem de ser enfrentado com muito mais sofisticação do que com esses casos de publicidade."
"Aí aconteceram casos graves. Por exemplo, o ministro-chefe do governo, Onyx Lorenzoni, é confesso de ter feito fraude com dinheiro de campanha que é basicamente a razão pela qual a Lava-Jato começa a entrar na política. E Moro relativizou completamente, chegando a dizer que dinheiro fraudulento numa campanha não é assim um crime tão grave quanto achava no passado que era. Depois, o filho do presidente e o próprio presidente, com a mulher envolvida, começam a envolver-se com milícias. Isto é uma coisa completamente constrangedora, com muito dinheiro público envolvido, dinheiro subtraído do salário de funcionários-fantasmas. E o Moro permanece absolutamente calado, lavando as mãos, como se não houvesse responsabilidade dele nisso. E há responsabilidade dele nisso. Na medida em que se está erodindo muito rapidamente essa imagem publicitária e está semeada aí uma tensão: ele vai preservar a sua imagem e vai-se demitir do governo ou vai afundar junto com o governo? Me parece que é muito mais o tipo oportunista e agarrado nos media, nos holofotes da publicidade. A tendência é sair do governo."