quinta-feira, 28 de março de 2019

Entenda o golpe de 1964 e as consequências da ditadura militar no país


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Iniciado em 31 de março de 1964, o golpe militar se consolidou na madrugada de 1º para 2 de abril. A partir de então, o país teve cinco presidentes militares e permaneceu 21 anos sob uma ditadura.
Entenda abaixo como o presidente deposto, João Goulart, havia chegado ao poder, o argumento jurídico usado para justificar sua deposição, e como o governo inicialmente provisório do marechal Castello Branco se converteu em um regime ditatorial que comandou o Brasil até 1985, fazendo uso de dispositivos como os Atos Institucionais, que cancelaram eleições, fecharam o Congresso e censuraram a imprensa.
Como o presidente João Goulart chegou ao poder?
Jango, como era conhecido, assumiu a Presidência em 7.set.61, após a renúncia de Jânio Quadros. Eleito vice-presidente nas eleições de 1960, quando presidente e vice eram escolhidos em pleitos separados, o gaúcho do PTB (partido da esquerda getulista) recebera 36,1% dos votos.
Por que Jango assumiu primeiro sob um regime parlamentarista?
Devido ao temor de militares e conservadores em relação a uma Presidência muito à esquerda, poucos anos após a Revolução Cubana (1959). Instalado após aprovação de emenda constitucional pelo Congresso, o parlamentarismo foi rejeitado em plebiscito realizado em 6.jan.63, quando 82% dos eleitores decidiram pelo presidencialismo. A próxima eleição presidencial estava marcada para 3.out.65.
Qual foi o argumento jurídico usado pelos militares em 1964?
Após a movimentação de tropas do Exército iniciada em 31.mar, Jango passou o dia 1º.abr se deslocando pelo país para tentar angariar apoio. Na noite daquele dia, se dirigiu à Porto Alegre. Na madrugada do dia 2, o presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República. Ele se baseou no artigo 85 da Constituição de 1946, vigente à época, segundo o qual "O presidente e o vice-presidente da República não poderão ausentar-se do país sem permissão do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo". Jango, porém, estava em território nacional, em São Borja (RS). Ele só partiu para o exílio no Uruguai no dia 4.
O que previa a Constituição de 1946 caso a Presidência ficasse vaga?
A Carta afirmava que "vagando os cargos de presidente e vice-presidente, far-se-á eleição sessenta dias depois de aberta a última vaga". Se os cargos ficassem vagos na segunda metade do mandato presidencial -então de cinco anos-, como era o caso de Jango, a eleição sera feita "trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional". "Em qualquer dos casos, "os eleitos deverão completar o período dos seus antecessores", dizia a Constituição.
Como se organizaram os militares?
No dia 2.abr, consolidado o poder nas mãos dos militares, organizou-se o autoproclamado "Comando Supremo da Revolução", formado pelo brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e o general Arthur da Costa e Silva (Exército). Essa junta, cuja nomeação não constava da Constituição de 1946, assinou em 9.abr o Ato Institucional nº 1 (AI-1), dispositivo também ausente da Carta vigente então. No mesmo dia, sob os auspícios do Comando, foi empossado interinamente na Presidência o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli.
O que estipulava o AI-1?
O texto manteve a Constituição de 1946, mas alterou alguns pontos dela. Entre eles convocou o Congresso para eleger indiretamente o presidente da República em eleição a ser realizada dentro de dois dias, e deu o poder à junta militar -estendido ao presidente eleito indiretamente- de cassar por dez anos os direitos políticos de parlamentares federais, estaduais e municipais, "no interesse da paz, da honra nacional e sem as limitações previstas na Constituição". Foram atingidos 102 nomes da oposição, entre deputados e líderes partidários. A eleição presidencial marcada para 3.out.65 estava mantida, com a posse do novo presidente prevista para 31.jan.66.
Quem o Congresso elegeu presidente?
O marechal Humberto de Alencar Castello Branco, que recebeu 361 votos, ante três do marechal Juarez Távora e dois do ex-presidente e marechal Eurico Gaspar Dutra. Castello Branco assumiu a Presidência em 15.abr, com mandato previsto até 31.jan.66, de acordo com o AI-1, que expiraria nessa mesma data.
Castello Branco deixou o cargo na data estipulada?
Não. As eleições previstas para 3.out.65 nunca ocorreram. No dia 27 daquele mês, o presidente assinou o AI-2, que cancelou as eleições diretas para a Presidência e instituiu o pleito indireto. Partidos foram extintos, à esquerda e à direita, com a permissão para apenas duas siglas: uma governista, a Arena, e uma de oposição, o MDB. O ato tambéu deu ao presidente poder para fechar o Congresso, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.
Quais atos se seguiram?
O AI-3, em 5.fev.66, instituiu eleição indireta para governadores pelas Assembleias dos estados e a nomeação dos prefeitos de capitais por esses governadores. Em 7.dez.66, o AI-4 convoca o Congresso para discutir uma nova Constituição, alinhada com o regime militar. A Carta seria outorgada em 24.jan.67. O ato mais duro, porém, veio em 13.dez.68.
O que estipulava o AI-5?
O quinto ato, assinado pelo marechal Arthur da Costa e Silva (que assumira a Presidência em 1967), resultou no fechamento imediato e por tempo indeterminado do Congresso Nacional e das Assembleias nos estados -com exceção de São Paulo. Além disso, o AI-5 renovou poderes conferidos ao presidente para cassar mandatos e suspender direitos políticos, agora em caráter permanente. Também foi suspensa a garantia do habeas corpus em casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e a economia popular.
Quais foram os efeitos do AI-5 na política?
O AI-5 inaugurou a fase mais repressiva dos 21 anos de ditadura militar. Nos primeiros dois dias de vigência da medida, presos políticos processados nas auditorias da Justiça Militar denunciaram mais de 2.200 casos de tortura.
Foram punidas, com perda de direitos políticos, cassação de mandato, aposentadoria e demissão, 4.841 pessoas -513 deputados, senadores e vereadores perderam os mandatos.
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade, apresentado em 2014, afirmou que 423 pessoas foram mortas ou desapareceram no período que vai de 1964 a 1985. Segundo a comissão, que iniciou os trabalhos em 2012, os crimes foram resultado de uma política de Estado, com diretrizes definidas pelos cinco presidentes militares e seus ministros, e não abusos cometidos por agentes isolados. A comissão pediu a punição de 377 pessoas pelos crimes cometidos pelo regime militar.
E os efeitos para a imprensa e a cultura?
O AI-5 instituiu a censura prévia dos veículos de comunicação, cujas pautas deveriam ser aprovadas por censores do governo localizados nas Redações. Além da mídia, o cinema, o teatro, a música e a televisão também estavam sujeitas à censura prévia caso o inspetor do regime entendesse que a obra fosse subversiva ou atentava contra a moral e os bons costumes. O AI-5 só foi revogado em 1º.jan.79, quando entrou em vigor emenda constitucional aprovada no ano anterior pelo presidente Ernesto Geisel.
Fonte: Bem Paraná

Professores estaduais do Paraná preparam agenda de manifestações contra reforma da previdência

Foto: Divulgação App-Sindicato

Nesta sexta (29) e no sábado (30) os professores da rede pública de ensino no Paraná que integram a APP-Sindicato serão recebidos em Brasília (DF) pelos deputados federais da Comissão de Constituição e Justiça, da qual fazem parte Felipe Francischini (PSL), Aliel Machado (PSB), Diego Garcia (PODE), Evandro Roman (PSD), Paulo Eduardo Martins (PSC),  Professor Luizão Goulart (PRB), Zeca Dirceu (PT),  Stephanes Junior (PSD) e  Rubens Bueno (PPS).
Os trabalhadores da educação estão com várias atividades agendadas contra as mudanças previstas na Reforma da Previdência.  A APP-Sindicato, que representa a categoria, já confirmou adesão à greve nacional marcada para 29 de abril, data em que haverá uma paralisação contra a reforma da previdência, pela data-base, jornada de trabalho e pauta da campanha salarial.
No Paraná, os educadores vão cobrar do governador Ratinho Jr. (PSD) o pagamento de mais de três anos de atraso na reposição salarial.  “É muito importante que a gente leia o material da Campanha Salarial, que se inteire das questões que estão alterando a nossa forma de trabalho e aposentadoria. Somente a luta coletiva é que poderá nos dar a chance de reverter as medidas de ataques que estamos sofrendo”, fala o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.
No dia 13 de abril estão sendo preparados atos públicos em vários municípios do estado e participação em audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná para discussão da jornada de trabalho. Os professores não descartam a possibilidade de paralisação estadual.
Entre as comemorações de 72 anos da APP-Sindicato, em 26 de abril, estão ações para divulgar a importância do sindicato como representação e defesa da categoria e da classe trabalhadora.

Protesto e homenagem

No último domingo (24), foi realizada a 7ª edição da Pedalada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que começou com um ato na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba. Em seguida, militantes em defesa dos direitos das mulheres saíram em direção ao Parque Barigui, percorrendo diversas vias da região central da capital paranaense.
“A cada duas horas ocorre algum feminicídio no Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada, são 503 mulheres vítimas de agressão a cada hora, cinco espancamentos cada dois minutos. Estes índices nos colocam em posição de necessidade de luta para mudar essa realidade”, disse a secretária da Mulher da CUT Paraná, Anacélie Azevedo. Ela criticou ainda a “reforma” da Previdência apresentada pelo atual governo, que penaliza principalmente as mulheres e as pessoas mais pobres.
Nesta edição da pedalada também aconteceu uma homenagem para a professora Lirani Franco, dirigente estadual da APP-Sindicato que faleceu no dia 26 de fevereiro deste ano. “Ela dizia que veio ao mundo por amor, que escolheu lutar contra as injustiças e nunca se arrependeu das escolhas que fez. Enfrentou os coronéis na cidade onde nasceu, não teve medo de levantar a hora que fosse para estender a mão e acolher alguém. Ela sempre disse: tenham coragem”, relatou o companheiro da professora, Edson Cruz.
Fonte: Paranaportal

Júnior da Femac autoriza pavimentação de ruas do loteamento Mundo Novo


Moradores esperam pela benfeitoria há mais de 40 anos. No total serão executados 12.217,99 m² de pavimento, em um investimento na ordem de R$ 967 mil, com recursos próprios do Município 
(Foto: Profeta)
Com a presença de lideranças comunitárias e políticas, o prefeito Júnior da Femac autorizou nesta quarta-feira (27/03), em ato no gabinete municipal, a execução de serviços de pavimentação em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e drenagem de águas pluviais nas vias do Loteamento Recanto Mundo Novo. A ordem de serviço prevê o asfaltamento das ruas Equador, Costa Rica e México, bem como da Avenida Mato Grosso e final da Avenida Itararé, no Jardim Ponta Grossa. No total serão executados 12.217,99 metros quadrados de pavimento, em um investimento na ordem de R$ 967 mil, com recursos próprios do Município. A empresa responsável pelo serviço é a Tapalam Construções e Empreendimentos Ltda, de Apucarana, vencedora da licitação. O prazo máximo para execução é de 180 dias.
Durante o ato, Júnior salientou que esta etapa de pavimentação foi autorizada em dezembro pelo então prefeito Beto Preto, hoje Secretário de Estado da Saúde. “Essas são obras fruto de todo um planejamento da gestão Beto Preto, será feita com recursos economizados e que estão disponíveis na conta, mas o principal é que esta obra não será cobrada dos moradores, como era feito no passado, pois somos nós que estamos pagando uma dívida com a população. No “Mundo Novo”, foram mais de 40 anos de espera pela benfeitoria. Tem pessoas que nasceram, cresceram, morreram e não viram o asfalto chegar. Na atual administração existe respeito pelo cidadão, “do bairro para o centro” não é um slogan de marketing simplesmente, é uma verdade”, frisou o prefeito Júnior da Femac, lamentando que somente neste ano a prefeitura já precisou pagar R$4,8 milhões em dívidas herdadas. “Importante que se diga que nenhum centavo desta dívida foi feita pela gestão Beto Preto”, afirmou.
Júnior fez ainda um relato das obras executadas pela gestão Beto Preto no setor de pavimentação. “Assumimos a cidade em 2013 com 97 quilômetros de ruas não pavimentados. Seis anos depois, já fizemos 85 quilômetros de asfalto novo e ainda cuidamos do pavimento antigo com tapa-buraco, reperfilamento, lama asfáltica e micropavimento, além de pavimentar inúmeros trechos em paralelepípedo. Com a execução de mais esses dois quilômetros no Loteamento Mundo Novo, ficamos a 10 quilômetros de asfaltar Apucarana toda, e é o que vamos fazer”, anunciou o prefeito.
Segundo a Secretaria de Obras da Prefeitura de Apucarana, os trechos a serem pavimentados no Loteamento Mundo Novo são os seguintes: Avenida Mato Grosso, entre a Rua México e Equador, em um total de 4.358,48 m²; Avenida Itararé, entre as ruas Costa Rica e Equador, em um total de 2.029,37 m²; Rua México, entre a Avenida Itararé e rua Cuba, em um total de 2.748,58; Rua Costa Rica, entre a Avenida Itararé e rua Cuba, em um total de 1.788,90 m²; e Rua Equador, entre a Avenida Itararé e rua Cuba, em um total de 1.292,40 m². Moradora do bairro, a servidora da saúde municipal Lizete Noeli Christi disse que a chegada do asfalto será um divisor de águas para os moradores. “Essa obra representa muito, sobretudo para a saúde das pessoas. A presença do asfalto é uma forma de prevenção quanto à proliferação de parasitas e alergias. Estamos muito contentes com esse investimento anunciado pela prefeitura”, disse a moradora.
A conquista dos moradores viabilizada pela administração municipal também foi enaltecida pelos vereadores presentes no evento. “Asfalto é respeito, é dar dignidade ao cidadão”, assinalou Gentil Pereira. “Sempre que uma obra pública é realizada no bairro a auto-estima do morador é elevada e a justiça social se faz. Parabéns à gestão Beto Preto, que agora tem continuidade com o Júnior da Femac, por mais este investimento”, disse Marcos da Vila Reis. “Morei no Mundo Novo quando tinha sete anos de idade. Estou com 50 anos agora. Todo este tempo as pessoas foram forçadas a conviver com a falta do asfalto. Vou ao bairro praticamente todos os dias, pois a cuidadora da minha neta mora lá e posso dizer que a condição das ruas realmente é muito triste. As pessoas ficam muito preocupadas quando precisam de segurança. Se precisar entrar uma viatura da polícia ou uma ambulância, fica muito difícil, mas agora o sonho dos moradores vai se tornar realidade graças à gestão Beto Preto e Júnior da Femac. Hoje a gente vê o nosso dinheiro em obras”, pontuou José Airton “Deco” de Araújo.
Pavimentação também contempla ligação na região do Residencial Interlagos
No mesmo ato em que liberou obras de asfalto do Loteamento Recanto Mundo Novo, o prefeito Júnior da Femac também autorizou serviços de pavimentação em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e drenagem de águas pluviais para a ligação do Residencial Interlagos, a partir da Rua Cristiano Kussmaul, com os novos prédios da escola municipal José Domingos Scarpelini e da Unidade Básica de Saúde (UBS) Elaine Mazur, ambas em construção. Serão asfaltadas as ruas Hermínio Fernandes, Amélia Eduardo de Oliveira Fonteque e Francisco Vitali, em um total de 4.547,73 m².
O investimento, também com recursos próprios, é na ordem de R$352.745,16. A vencedora da licitação foi a Construtora Vitorino Ltda. “Tudo que é anunciado de bom para o nosso bairro é sempre uma alegria. A UBS já está praticamente pronta, a escola está começando a ser construída. Logo teremos uma nova Rua Cristiano Kussmaul e agora mais essa boa notícia, que é o asfaltamento da ligação para esses equipamentos públicos em construção. Só temos que agradecer este olhar carinhoso da gestão Beto Preto e Júnior da Femac para com o Interlagos. Os moradores estão muito felizes com essas conquistas”, disse Elisabete Souza, presidente da Associação de Moradores do Residencial Interlagos.


quarta-feira, 27 de março de 2019

Beto Richa pede que ação da Lava Jato vá para Justiça Eleitoral

Richa: advogados alegam que denúncia aponta supostas doações eleitorais através de caixa 2
Richa: advogados alegam que denúncia aponta supostas doações eleitorais através
de caixa 2 (Foto: Geraldo Bubniak)


Os advogados do ex-governador Beto Richa (PSDB) entraram com defesa prévia pedindo que a Justiça Federal do Paraná seja declarada incompetente para julgar a ação penal que ele responde na 23ª Vara Federal, na operação Integração, que investiga um esquema de propina de concessionárias de pedágio. No recurso (veja a íntegra), a defesa do tucano pede que a ação seja encaminhada à Justiça Eleitoral, já que a denúncia do Ministério Público Federal apontaria suposto crime de lavagem de dinheiro oriundo de doações eleitorais recebidas através de caixa dois de campanha.
“O colaborador Nelson Leal Junior declara que 'que a relação estreita da empresa com a cúpula do governo ocorria graças às generosas doações de campanha que ela fazia ao sr. Carlos Alberto Richa; Que essas doações eram realizadas muitas vezes por ‘caixa dois’ (...) Que, apesar das conversas em tais reuniões não serem diretas, sempre ficou claro para o colaborador que a pressão exercida pelo Governo para que o aditivo fosse celebrado o quanto antes existia porque a empresa Econorte e Triunfo eram grande financiadoras das campanhas de Carlos Alberto Richa, sobretudo por intermédio de doações via caixa dois”, cita a defesa, referindo-se ao ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (Detran/PR), Nelson Leal Júnior, que fez acordo de delação premiada com o MPF. 
Os advogados do tucano pediram ainda que a denúncia seja rejeitada, alegando que a denúncia traz argumentos genéricos, e não apontam provas de que Richa tenha participado dos supostos crimes indicados. A defesa do ex-governador relaciou oito testemunhas no processo, entre elas, o primo de Richa, Luiz Abi Antoun, que está no Líbano desde 22 setembro de 2018; o ex-delegado da Receita Estadual, José Luiz Favoreto Pereira, condenado na Operação Publicano e o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB).
A denúncia do MPF aponta ainda a mulher de Richa e ex-secretária de Estado da Família, Fernanda Richa, o filho, André Vieira Richa, e o contador da família Dirceu Pupo Ferreira. Segundo a investigação, a família do ex-governador teria ocultou R$ 930 mil pagos em espécie na compra de um terreno em condomínio de luxo, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, no final de 2012.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o dinheiro seria resultado do esquema de cobrança de propina das concessionárias do pedágio em troca de superfaturamento e cancelamento de obras, e aumento de tarifas.
Fonte: Bem Paraná


Beto Preto recebe 20 prefeitos e reafirma a proposta de regionalização da saúde no Paraná


Prefeitos
A reunião, no gabinete do secretário Beto Preto, contou com a participação de prefeitos das regiões de Campo Mourão e Umuarama que também representam consórcios intermunicipais de saúde do Paraná.

“O governo Ratinho Junior tem como meta a regionalização da saúde no Paraná levando assistência de qualidade a todos os paranaenses; este é o compromisso assumido e reafirmado aqui diante de 20 prefeituras”, disse Beto Preto.
O encontro teve a presença do secretário de Desenvolvimento Ambiental e Turismo, Márcio Nunes, que também confirmou as metas da gestão. “Sabemos das dificuldades dos municípios, mas o atual governo está repactuando os projetos e atendendo a todas as cidades”, complementou.

Os prefeitos encaminharam protocolos com solicitações que agora serão agora estudadas pela SESA. “Fui prefeito e sei das demandas das cidades, principalmente na área da saúde; estamos com 393 obras em andamento, iniciadas na gestão anterior, e garantimos que todas terão recursos garantidos para a conclusão”, destacou Beto Preto.

REGIONALIZAÇÃO – Segundo o secretário da Saúde, o projeto de regionalização acontecerá com foco na inovação. “E quando falamos em inovar é preciso explicar que não se trata de “teclar”. A tecnologia é fundamental e estará presente nos nossos investimentos, mas neste momento estamos falando sobre melhorar as condições de consultas, exames e deslocamento de pacientes que hoje precisam viajar muito em busca de atendimento. A nossa inovação estará prioritariamente em ações que levem a saúde perto de cada paranaense”, explicou Beto Preto a todos os prefeitos.

Os consórcios intermunicipais de saúde do Paraná também receberão atenção especial da SESA com a realização de um diagnóstico de funcionamento e programação de apoio. “Neste momento temos obras em andamento no Norte Pioneiro, no Litoral e na Região Metropolitana”, informou o secretário.

PREFEITOS – Participaram da reunião os prefeitos Dércio Jardim, de Alto Paraíso; Luis Carlos Cardoso, de Alto Piquiri; Claudenir Gervasone, de Altônia; Leandro Cesar de Oliveira, de Araruna; Marcio Juliano Marcolino, de Brasilândia do Sul; Rogério Riguetti, de Engenheiro Beltrão; Valdir Hidalgo, de Esperança Nova; Roberto da Silva, de Iporã; Ismael Dezanoski, de Janiópolis; Mauro Slongo, de Luziana; Ricardo Radomski, de Mamborê; Elias de Araújo, de Maria Helena; Darlan Scalco, de Pérola; Valter Perez, de Terra Boa; Celso Pozzobom, de Umuarama; Carlos Caxão, de Corumbataí do Sul; Giovani Wolf Hnatuw, de Corbélia; Alexandre Lucena, de Cidade Gaúcha; Waldemar dos Santos Ribeiro Filho, de Xambrê, e Maria Helena Rodrigues, de Cruzeiro do Oeste, a única prefeita do grupo.

O secretário Beto Preto agradeceu a presença de todos e do secretário de estado Márcio Nunes.


Eduardo Bolsonaro corta microfone de Aécio na Câmara


Deputado Aécio Neves, principal articulador do golpe de 2016, teve o microfone cortado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao falar na Comissão de Relações Exteriores da Câmara; Aécio foi interrompido quando questionava o chanceler Ernesto Araújo sobre a retirada do visto para turistas americanos; "Eu não tenho condição de estender a fala, que aí eu perco a moral na condução dos trabalhos", disse o Zero Três, chanceler informal do governo de Jair Bolsonaro
247 - Principal articulador do golpe parlamentar de 2016, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) protagoniza momentos de baixo clero na Câmara. Ao reaparecer na Comissão de Relações Exteriores da Casa, Aécio teve o microfone cortado pelo presidente da comissão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). 
Segundo o jornalista Bernardo Mello Franco, do Globo, Aécio foi interrompido quando questionava o chanceler Ernesto Araújo sobre a retirada do visto para turistas americanos. "Ele pediu para concluir o pensamento com 'apenas uma frase', mas não foi atendido. 'Eu não tenho condição de estender a fala, que aí eu perco a moral na condução dos trabalhos', disse o Zero Três, passando a palavra a um deputado do baixo clero", diz o jornalista. 


Joice, que hoje exalta 1964, condenava ditadura


Após ser alvo de linchamento nas redes sociais por defender comemoração da Ditadura Militar no próximo dia 31, a deputada Joice Hasselmann começou a apagar tweets dela contrários ao Golpe de 1964; confira 

247 - A deputada de extrema-direita Joice Hasselmann (PSL-SP) gerou uma onda de indignação nas redes sociais ao celebrar a comemoração da Ditadura Militar no próximo dia 31. 

Para Joice Hasselmann, a iniciativa de Bolsonaro para que as Força Armadas comemorem o golpe militar é a "retomada da narrativa verdadeira de nossa história". A parlamentar, porém, não falou que durante a ditadura o Congresso foi fechado, a imprensa foi censurada e opositores foram perseguidos, torturados e mortos (leia mais).
Depois de milhares de reações de internautas criticando a parlamentar, Joice começou a apagar tweets dela contrários à Ditadura Militar. 

Confira os tweets de Joice Hasselmann contra a Ditadura apagados de sua conta:
 

Após ser alvo de escracho, Bolsonaro desiste de ir ao Mackenzie


Após estudantes organizarem na manhã desta quarta-feira (27) um grande escracho contra a visita de Jair Bolsonaro à Universidade Mackenzie, em São Paulo, o capitão reformado recuou e desistiu de visitar a instituição de ensino; aos gritos de "O Bolsonaro, seu fascistinha", os estudantes deixaram claro que sua presença no local não é bem-vinda
247 - Após estudantes organizarem na manhã desta quarta-feira (27) um escracho contra a visita de Jair Bolsonaro à Universidade Mackenzie, em São Paulo, o capitão reformado desistiu de visitar a instituição de ensino. Aos gritos de "O Bolsonaro, seu fascistinha", os estudantes deixaram claro que sua presença no local não é bem-vinda.
Segundo informou o site BR18, desde terça assessores já vinham tentando dissuadir Bolsonaro de ir à rua Maria Antônia, endereço simbólico dos confrontos entre estudantes na ditadura. Protestos vinham sendo anunciados e havia o risco de confronto. A área de segurança do governo, sobretudo o GSI, estava monitorando com preocupação a agenda. Funcionários do Mackenzie já foram informados do cancelamento da visita, que também não está mais na agenda oficial de Bolsonaro. Assista:
 



Acusado de matar Marielle teria jogado armas no mar; Marinha faz buscas


Segundo testemunha, dois homens teriam usado um barco para descartar as peças; eles saíram de casa usada como oficina para a construção do armamento

Acusado de matar Marielle teria jogado armas no mar; Marinha faz buscas
 Reuters
Testemunha ouvida pela Divisão de Homicídios da Capital dentro das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes contou que foram jogados, no mar da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, seis armas, uma bolsa e uma caixa lacrada.
O material seria de um dos acusados pela morte da vereadora, o militar reformado Ronnie Lessa, preso no último dia 12, durante a Operação Lume. Ele é apontado como sendo o responsável pelos disparos fatais. O ex-PM Élcio Queiroz, acusado de dirigir o veículo usado no crime, e um morador de um imóvel no Méier, onde foram encontrados fuzis, Alexandre Mota Souza, também foram presos.
A Marinha tem realizado buscas no mar, na tentativa de localizar as armas, a bolsa e a caixa. Dois homens teriam saído da casa no Pechinha, Zona Oeste, usada como oficina para construção do armamento, a fim de descartar as peças. Para isso, usaram um barco, no dia 14 de março. A casa onde as armas eram construídas não tinha sequer geladeira ou fogão, segundo a Polícia e o Ministério Público, de acordo com informações do portal G1.
Ainda segundo o G1, o descarte no mar teria acontecido pouco antes de a especializada e o MP encontrarem o local onde Ronnie Lessa construía as armas, depois de receber as peças.
Fonte: Notícias ao Minuto

Lobão critica ditadura militar e é atacado por bolsominions


O cantor Lobão, que ganhou a simpatia da direita por suas falas extremistas, causou revolta de diversos Bolsominions ao se posicionar contrário à ditadura militar; em um vídeo postado nas redes sociais, Lobão afirma que "o regime de 64 era autoritário" e "uma merda"; ele ainda afirma que esse período do Brasil "foi escroto"; "Se não tivéssemos esse período escroto, não estaríamos agora sofrendo todas essas mazelas", disse; assista
247 - O cantor Lobão, que ganhou a simpatia da direita por suas falas extremistas, causou revolta de diversos Bolsominions ao se posicionar contrário à ditadura militar. 
Em um vídeo postado nas redes sociais, Lobão afirma que "o regime de 64 era autoritário, uma merda, ponto". 
Ele ainda afirma que esse período do Brasil "foi escroto". "Se não tivéssemos esse período escroto, não estaríamos agora sofrendo todas essas mazelas", disse.  
 


Juíza dá 5 dias para Bolsonaro se manifestar sobre celebração do golpe


Defensoria cobra definição com maior rapidez diante da proximidade do aniversário da data

Juíza dá 5 dias para Bolsonaro se manifestar sobre celebração do golpe
Marcos Corrêa/PR
FÁBIO FABRINI - BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A juíza federal Irani Silva da Luz, da 6ª Vara Cível em Brasília, deu cinco dias de prazo para que a União e o presidente Jair Bolsonaro se manifestem sobre ação que tenta proibir quartéis, em caráter liminar, de festejar o aniversário de 55 anos do golpe de 1964.
O processo foi movido nesta terça (26) pelo advogado Carlos Alexandre Klomfahs e o pedido é idêntico ao feito, algumas horas depois, pela Defensoria Pública da União: obrigar as unidades militares a se absterem de celebrar o movimento golpista, que deu início à ditadura militar (1964-1985).
Diante do prazo aberto pela juíza, é improvável que uma decisão seja tomada antes do próximo domingo, 31 de março, aniversário do golpe que depôs o então presidente João Goulart e implantou o governo autoritário.
Em despacho nesta terça (26), a magistrada determinou a intimação dos requeridos para que se pronunciem em cinco dias, a partir da notificação.
Segundo ela, é "imprescindível a oitiva preliminar dos réus, em homenagem aos princípios do contraditório e da ampla defesa".
A juíza ainda não despachou no processo aberto pela Defensoria Pública da União. Nesta quarta, integrantes do órgão vão pedir a ela que decida com mais celeridade, antes do domingo, para que não haja "prejuízo ao objeto da ação".
O defensor público Alexandre Mendes argumenta que a União já está ciente da ação, tanto que apresentou uma petição na terça (26) com pedido para se manifestar.
Consultada pela reportagem, a AGU (Advocacia-Geral da União) não se pronunciou sobre o caso.
As ações na Justiça foram apresentadas após o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmar na segunda (25) que o presidente, capitão reformado do Exército, determinou ao Ministério da Defesa que seja comemorado o 31 de março nos quartéis.
Fonte: Notícias ao Minuto

Apucarana realiza a 11ª Conferência Municipal de Saúde


Nos dias 5 e 6 de abril o evento debate e aprova novas ações para a saúde pública 
Apucarana realiza a 11ª Conferência Municipal de Saúde
(Foto: Profeta)
Apucarana realiza nos dias 5 e 6 de abril a 11ª Conferência Municipal de Saúde, com uma alteração do local em que será realizado o primeiro dia do evento. A abertura oficial, na primeira sexta-feira de abril, vai acontecer no Cine Teatro Fênix, às 19 horas, e tem como ponto alto a palestra do farmacêutico bioquímico e especialista em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande de Sul, Francisco Isaías, de Porto Alegre, e a presença do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Já as atividades do segundo e último dia da conferência, dia 6, estão mantidas para o auditório “Gralha Azul” do campus local da Universidade Estadual do Paraná (Unespar)/Fecea.  A programação do sábado acontecerá a partir das 8h30. Estão previstos debates e plenária sobre a temática central, apresentações de propostas, eleição da nova composição do Conselho Municipal de Saúde e eleição de delegados para a 12ª Conferência de Saúde do Paraná, que ocorrerá nos dias 11,12 e 13 de junho, em Curitiba.
A Conferência Municipal de Saúde é realizada a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor novas diretrizes. As propostas que serão debatidas no dia 6 de abril foram levantadas durante as duas pré-conferências municipal, que aconteceram no final de fevereiro, no auditório do Colégio Estadual Nilo Cairo
Reunindo um público de 400 pessoas, das duas pré-conferências saíram 143 propostas. Os dois eventos preparatórios tiveram a participação de entidades e instituições que representam os trabalhadores da saúde e outras áreas, prestadores de serviços da AMS e entidades da sociedade civil organizada como associações de moradores, ONGs, sindicatos, clubes de serviços e instituições religiosas.


Há um ano, dois tiros atingiam caravana de Lula no Paraná: "Nenhum esclarecimento"


Relembre o atentado contra a Caravana Lula pelo Sul, em Quedas do Iguaçu (PR), e seus desdobramentos
Comboio da Caravana Lula pelo Sul foi atingido com dois disparos de arma de fogo no Paraná, no dia 27 de março de 2018 / Daniel Giovanaz

 Era quase noite do dia 27 de março de 2018 quando os motoristas do comboio de ônibus perceberam os pneus murchos e decidiram parar. Os passageiros haviam relatado um barulho estranho, pouco depois da comitiva deixar a cidade de Quedas do Iguaçu rumo a Laranjeiras do Sul, ambas no estado do Paraná, para o penúltimo ato da Caravana Lula pelo Sul
O jornalista Joaquim de Carvalho, do portal Diário do Centro do Mundo, lembra bem daquele momento. “Eu me lembro que a certa altura houve um barulho seco, diferente daquele barulho que a gente costumava ouvir que era de pedrada, de ovos, era algo seco. Mas não deu para saber o que era no momento. Algumas pessoas imaginaram que fosse tiro de chumbinho, mas parecia algo mais grave do que isso”. 
Ao desembarcar, os passageiros constataram duas marcas de disparos de arma de fogo contra o ônibus que levava os jornalistas que acompanharam os dez dias de recorrido pelos três estados da região sul do país. A polícia então foi acionada. 
“Depois que tudo isso passou, algumas horas depois, é que começou a cair a ficha. E eu pensei: ‘Cara, podia ter morrido gente’. Foi algo muito grave o que aconteceu. Agora, mais grave ainda é que não houve nenhum esclarecimento”. 
Embora tenha conseguido assustar a comitiva que acompanhava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o atentado não feriu ninguém
Cláudia Motta, jornalista da Rede Brasil Atual, conta que já havia feito a cobertura de outras duas caravanas do ex-presidente. Mas, pela proximidade da campanha eleitoral, o nível de violência e organização dos grupos opositores foi distinto no sul do país. Por todo o trajeto de mais de três mil quilômetros, grupos identificados como apoiadores do então deputado federal Jair Bolsonaro lançaram pedras, ovos e até rojões contra os ônibus da caravana. 
“Nas duas, sempre tiveram episódios pequenos. No nordeste, nas capitais, de vez em quando, uma coisinha de nada. Em Minas idem. O que a gente viu desde o primeiro dia no sul era uma coisa muito orquestrada. Conforme a gente olhava pela estrada, as pessoas eram as mesmas sempre. Tinha um grupo, pelo que me parecia, pois não tenho como comprovar. Mas, nesses grupos que acompanharam a caravana, tinham sempre pessoas parecidas”. 
O jornalista Murilo Matias também acompanhava a caravana e lembra que, desde Bagé (RS), a primeira cidade visitada pela caravana do ex-presidente Lula, as cenas de violência se repetiram em cada localidade. 
“Algumas cenas foram muito impactantes nesse caminho. Por exemplo, a cena das pessoas que esperavam nos trevos, que era justamente quando os ônibus naturalmente têm que reduzir a velocidade para passar, e as pessoas estavam esperando para jogar pedras e nós tínhamos que nos abaixar para não sermos atingidos”. 
Homem usa chicote para agredir apoiadores de Lula no campus da Universidade Federal de Santa Maria (RS). Foto: Guilherme Santos/Sul 21
Um dos momentos de maior tensão ocorreu em Chapecó (SC), onde grupos violentos feriram mulheres, crianças e idosos ao lançar pedras e rojões contra a concentração de apoiadores do ex-presidente, tudo sob a guarita da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina. 
“Eu me lembro bem que, naquela ocasião, havia um empenho muito grande das pessoas que participavam naqueles atos de não reagir, porque sabiam que, se de alguma maneira reagissem, a polícia viria para cima. Era o pretexto que queriam para tumultuar ou para gerar um conflito ainda maior”. 
Apesar dos sustos, Cláudia lembra que também houve momentos memoráveis da passagem do ex-presidente Lula pelos estados do sul. 
“Uma coisa que eu nunca esqueço de Chapecó é que, enquanto ele falava, as bombas dos opositores, que eram poucos do outro lado da rua, foram silenciando. Parece que até eles pararam para ouvir o presidente Lula”.  
Peixe morre pela boca
Algumas reações no mundo político ao atentado contra a caravana causaram perplexidade por insuflar ainda mais a violência política no Brasil. O então deputado e agora presidente da República, Jair Bolsonaro, ironizou o ataque e sugeriu que o atentado fosse uma “armação”. 
“Está na cara que alguém deles deu os tiros. A perícia deverá ficar pronta entre hoje e amanhã e vai apontar a verdade”, disse em um comício em Ponta Grossa (PR) no dia seguinte ao atentado. Meses depois, o próprio Bolsonaro seria vítima de um atentado a faca que quase o tirou da corrida eleitoral.
Jair Bolsonaro, ao lado de Felipe Franscischini, em discurso contra Lula em Ponta Gossa.
Foto: Reprodução

O ex-governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que figurava naquele momento como o principal candidato da centro-direita ao governo federal, afirmou: “Acho que eles [o PT] estão colhendo o que plantaram”, disse o tucano que terminou em 4º lugar, com menos de 5% dos votos.
Já o atual governador de São Paulo, então prefeito da capital paulista, João Dória (PSDB), disse que “o PT sempre utilizou da violência, agora sofreu da própria violência”. 
As investigações
Muitas controvérsias vieram esquentar ainda mais o assunto do atentado contra a caravana do ex-presidente Lula. Logo após o ataque, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP-PR) declarou em nota que “não houve, por parte do ex-presidente, pedido de escolta”, informação que foi desmentida em seguida pelo diretório estadual do PT, que divulgou o conteúdo do pedido encaminhado às autoridades paranaenses. “O PT pediu, sim, ao governo do estado que providenciasse toda a segurança para a caravana”, declarou o partido. 
Homem é flagrado portando arma dentro do campus da UFSM. Foto: Reprodução
Dias depois, o Brasil de Fato denunciou que o jornalista Karlos Eduardo Antunes Kohlbach, assessor de imprensa da SESP-PR, também se apresentava como assessor de imprensa do comitê de campanha do então pré-candidato presidencial Jair Bolsonaro (PSL) em Curitiba. Procurado pela reportagem, o assessor afirmou que a assessoria de imprensa do comitê de Bolsonaro era eventual e não configurava uma relação de trabalho. A colaboração com o comitê, sem remuneração, teria sido feita a pedido do deputado federal Fernando Francischini (PSL), amigo pessoal do jornalista e pai do atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini.
No dia 5 de abril, a Polícia Civil do Paraná divulgou o resultado da perícia que atestou que a caravana de Lula foi atingida por dois tiros de arma de fogo calibre 32. Os disparos perfuraram a lataria de um dos três ônibus da comitiva petista na rodovia PR-473, entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul. No dia 12 de abril de 2018, a polícia do Paraná informou haver identificado o dono do terreno de onde teriam partido os tiros que atingiram um dos ônibus: Leandro Langwinski Bonotto, fazendeiro de 45 anos com histórico de conflitos com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região. Até o momento, ninguém foi responsabilizado.
Brasil de Fato solicitou à SESP-PR informações atualizadas sobre a investigação, por meio de sua assessoria de imprensa, mas até a publicação dessa reportagem não havia obtido retorno. 
Caravana volta à percorrer o sul por Lula Livre
Os comitês e a campanha nacional Lula Livre, assim como o PT, irão promover uma nova edição da Caravana Lula Livre no Rio Grande do Sul , Santa Catarina e Paraná, nos dias 5, 6 e 7 de abril, respectivamente, com Fernando Haddad, ex-candidato presidencial.  A ação também terá o compromisso de fazer resistência aos retrocessos de Jair Bolsonaro(PSL)
“O Lula é o presidente de honra do PT. Temos uma obrigação moral de lutar contra essa injusta prisão. O partido continua acreditando na Justiça, de que ela será feita. Lula é um preso político. A Caravana é a primeira sem a presença física dele, mas com forte presença da ideia Lula, do símbolo que ele é”, disse Carlos Árabe, secretário de comunicação do PT. Clique aqui para saber mais sobre a nova Caravana.
Fonte: Brasil de Fato