quarta-feira, 27 de março de 2019

Paraná Cidade libera projeto da Nova Ucrânia


Prefeito anuncia que Ratinho Junior autorizará a licitação da obra, durante a interiorização de seu governo na Expo Londrina 
(Foto: Profeta)
Após reuniões mantidas neste início de semana, em Curitiba, com o presidente do Paraná Cidade, Álvaro Cabrini Junior e, em Londrina, com engenheiros do escritório regional do Paraná Cidade, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, conseguiu acelerar o projeto da ligação da Rua Nova Ucrânia com o Contorno Sul.
Segundo ele, agora o projeto entra na sua fase final de análise. “Foram superadas todas as observações técnicas. Temos expectativa de que a licitação da obra, orçada em cerca de R$ 1,5 milhão, seja autorizada pelo Governador Ratinho Junior, na interiorização de seu gabinete, durante a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, na próxima semana”, informou Junior da Femac.
Os detalhes finais da obra, conquistada pelo ex-prefeito Beto Preto e que estava em análise técnica desde julho de 2018, foram discutidos ontem à tarde em Londrina. “Mantive reunião com os engenheiros do Paraná Cidade, junto com o secretário de obras, Herivelto Moreno, e ficaram solucionadas as últimas pendências”, revelou o prefeito.
Conforme expectativa de Junior da Femac, o processo de licitação pode ser concluído em dois meses e a empresa vencedora deve iniciar as obras da interligação da Nova Ucrânia com o Contorno Sul no mês de junho, com prazo de cinco a seis meses para conclusão.
Ele explica que a nova via de ligação com o contorno terá vinte metros de largura, sendo doze metros de pista de rolamento, e mais quatro metros nas duas laterais para calçadas. “Essa via irá conectar toda a região do Bairro Igrejinha com o Contorno Sul, que está sendo duplicado e neste ponto de intercessão terá um viaduto, na altura da subestação da Copel”, anuncia o prefeito, acrescentando que as obras contribuem para a expansão industrial nesta região.
Alargamento exige remoção de rede da Copel
Cerca de 30 postes de uma rede de alta tensão da Copel serão remanejados, para viabilizar o alargamento da Rua Nova Ucrânia, na ligação com o Contorno Sul. O assunto já foi tratado com o setor de Expansão e Infraestrutura da Copel. A prefeitura irá arcar com o custo de R$ 78 mil.
Junior da Femac destaca a celeridade com que o assunto foi tratado com a direção da Copel. “Acredito que, nas próximas semanas, a Copel já inicie os trabalhos no local, alterando o posicionamento da rede de alta tensão”.
Os recursos para pavimentação e alargamento da Rua Nova Ucrânia já estão assegurados junto ao Paraná Cidade. O trecho a ser pavimentado tem cerca de um quilômetro de extensão.
Quanto ao projeto de reconstrução da Rua Cristiano Kussmaul, o prefeito informa que nas próximas semanas também deve ser liberado para o processo de licitação. Os recursos vêm do Paraná Cidade, onde os últimos trâmites estão acontecendo.


terça-feira, 26 de março de 2019

Ação popular quer barrar comemoração dos 55 anos do Golpe de 1964


Tomaz Silva/Agência Brasil
O advogado Carlos Alexandre Klomfahs requereu à Justiça, em ação popular nesta terça-feira (26), que a Presidência da República se abstenha de comemorar o dia 31 de março de 1964, informa Julia Affonso, no Estado de S. Paulo; na ação, Klomfahs afirma que a orientação de Bolsonaro "não é o interesse público e sim o jogo da classe dominante", e faz uma analogia com a Alemanha comemorando o regime nazista de Adolf Hitler que vigorou entre 1934 a 1945
247 - O advogado Carlos Alexandre Klomfahs requereu à Justiça, em ação popular nesta terça-feira (26), que a Presidência da República se abstenha de comemorar o dia 31 de março de 1964, informa Julia Affonso, no Estado de S. Paulo. Na ação, Klomfahs afirma que a orientação de Bolsonaro "não é o interesse público e sim o jogo da classe dominante", e faz uma analogia com a Alemanha comemorando o regime nazista de Adolf Hitler que vigorou entre 1934 a 1945.
"Em rude analogia, seria o mesmo que o autor dessa ação fomentar e comemora o regime NAZISTA vivido na Alemanha de 1934 a 1945 sob a batuta de ADOLF HITLER com o extermínio de mais de 5 milhões de judeus nos campos de concentração, sob o argumento de 'comemorar o que para nós - governo da situação - não foi uma Ditadura, desrespeitando as mais de 434 mortes, dentre esses, 210 desaparecidos, segundo o relatório da Comissão Nacional da Verdade apresentado em 2014", escreve Klomfahs.
"Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da moralidade e no mérito a procedência dos pedidos da inicial para confirmar a liminar concedida determinando que se abstenha o Poder Executivo de comemorar o 31 de março sob pena de multa diária de R$ 50 mil a ser revertida ao fundo de direitos difusos", diz a peça.
No último domingo (25), foi publicado no site oficial de comunicação do Governo Federal, a EBC, aprovação pelo presidente Jair Bolsonaro de mensagem a ser lida em quarteis e guarnições militares no próximo dia 31 de março, em alusão à mesma data no ano 1964, dia da tomada de poder pelos militares com a derrubada do então presidente João Goulart e a instalação de um regime controlado pelas Forças Armadas.


Após derrotas da Lava Jato, bolsominions atacam o STF nas redes sociais

Adriano Machado/Reuters
Adriano Machado/Reuters


Após as inúmeras denúncias de abusos por parte da Lava Jato, o que inclui as recentes críticas feitas pelo STF, a corte agora é alvo de internautas pró-Lava Jato; "Temos um problema: o presidente, o partido dele, e as redes. Quando isso se dá no sentido de vulnerabilizar um dos poderes – nós já temos uma institucionalidade desgastada no Brasil –, isso acentua essa situação e não é bom para a democracia", diz o professor de Ciência Política da UFMG Leonardo Avritzer 
Rafael Tatemoto,  Brasil de FatoNão é de hoje que diferentes setores da sociedade criticam os métodos de atuação da que caracterizam a operação Lava Jato desde sua criação, há cinco anos. Movimentos populares, partidos políticos, parlamentares e entidades ligadas ao campo do Direito denunciam há anos a forma abusiva com que a força-tarefa conduz suas ações, com prisões preventivas e conduções coercitivas sem justificativas concretas, acusações baseadas apenas em delações premiadas sem provas, além da utilização dos meios de comunicação para criar um clima de pressão popular.
Tais críticas também se estendem à omissão do Supremo Tribunal Federal (STF), ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a outros tribunais, que assistiram e consentiram com os abusos da operação nos últimos anos. Na avaliação desses setores, as instâncias superiores do Poder Judiciário se recusaram a usar suas competências constitucionais e legais e não aplicaram as correções democráticas legais contra juízes e membros do Ministério Público que teriam abusado dos mecanismos do Direito para fazer política.
Meia década depois, é o próprio STF quem sente na pele as consequências desse processo, tornando-se alvo de internautas pró-Lava Jato. Especialistas apontam para a criação de um Estado de Exceção permanente no país. Integrantes do STF passaram a ser, publica e violentamente, agredidos nas redes sociais bolsonaristas, que voltaram toda sua carga contra a Corte.
As reações são respostas à derrota sofrida pela Lava Jato após duas decisões na Corte: uma de remeter crimes de caixa 2 à Justiça Eleitoral e outra de impedir a criação de um fundo de R$ 2,5 bilhões para promover projetos "anticorrupção".
Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leonardo Avritzer, ao se omitir do debate, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro se utiliza desse processo para criar um clima "anti-sistema" na sociedade, enfraquecendo os processos democráticos. "Nós temos um problema: o presidente, o partido dele, e as redes. Quando isso se dá no sentido de vulnerabilizar um dos poderes – nós já temos uma institucionalidade desgastada no Brasil –, isso acentua essa situação e não é bom para a democracia" acredita.
Na interpretação de Avritzer, a manifestação crítica às instituições faz parte do regime democrático, mas as atuais manifestações beiram o rechaço ao próprio funcionamento dos poderes. "Na verdade, o governo Bolsonaro pretende se beneficiar de uma pseudo-crítica do sistema político. É um falso diagnóstico. O Bolsonaro parece que ainda não entendeu muito bem o que significa ser presidente", critica.
Reflexo no Congresso
O professor de Ciência Política da Unicamp, Frederico Almeida, aponta que as críticas da base social de Bolsonaro ao Supremo acabam encontrando eco no Congresso Nacional, já que parlamentares não estão sob o controle direto do governo e têm maior potencial de manifestar posições extremamente ideologizadas. Para ele, com o Executivo aparentemente empenhado na aprovação da Reforma da Previdência, o Planalto deve se abster de abrir um enfrentamento direto com o Judiciário.
Prova dessa ressonância no Congresso é a pressão pela abertura da CPI da Lava Toga no Senado, que pretende investigar abusos de ministros da Suprema Corte, ou mesmo a abertura de pedidos de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes. O cientista político aponta, entretanto, que Bolsonaro pouco faz para conter esse tipo de movimentação, ao não se manifestar publicamente sobre o tema.
"Ele não se esforça. É um pouco [similar] à relação com os filhos. Os filhos falam barbaridades e ele finge que não é com ele. Pode ser que eventualmente ele não só não controle essa base, como ele seja cobrado", diz.
Nos corredores do STF, a insatisfação é grande. Além da atitude explícita de abrir inquéritos para investigar os ataques à Corte, Dias Toffoli tem reclamado, segundo interlocutores, com a falta de sinalização do Planalto para o apaziguamento dos ânimos. Para ele, suas constantes falas de aproximação com o Governo não tem encontrado receptividade.
Para Almeida, a Presidência pode aumentar o tom em relação ao STF dependendo de uma série de variáveis. Caso a insatisfação popular continue ascendendo, como mostram as pesquisas, talvez use a retórica contra o Supremo para mudar o foco do debate político, por exemplo. "As pessoas estão preocupadas com dinheiro no bolso, preço dos alimentos, saúde, educação e segurança. Se essa insatisfação aumentar, pode ser que ele volte a ter um tom que ele tinha na campanha, deslegitimando as instituições brasileiras", aponta.
Histórico
Apesar do destaque dado pelos próprios integrantes da Lava Jato ao mais recente julgamento do STF que envolveu questões relativas à operação, o desgaste entre o Supremo e a força-tarefa vem de antes.
Em 2018, a Corte decidiu que a realização de conduções coercitivas sem prévia intimação que não tenha sido atendida, prática que notabilizou a Lava Jato, eram inconstitucionais. No mesmo ano, o STF se dividiu em torno de um pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em decorrência da Lava Jato.
O STF, dois anos antes, havia se posicionado pela possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. No julgamento relativo a Lula, o cenário já era distinto: por conta da mudança de opinião de Gilmar Mendes, se conformou no Supremo uma maioria pela impossibilidade de prisão antes do final de todos os recursos. No julgamento do habeas corpus, entretanto, Rosa Weber utilizou o "princípio da colegialidade" para votar contra o pedido do petista, apesar de sua posição pessoal contra a hipótese de prisão após segunda instância.
Por conta do resultado, ministros reclamaram, ainda durante a sessão, que a então presidenta da Corte, Cármen Lúcia, deveria ter pautado as ações que contestam a atual interpretação do STF antes do habeas corpus de Lula.
Investigação
Na última semana, a Polícia Federal (PF) fez buscas em São Paulo (SP) e Maceió (AL) para localizar suspeitos de postar mensagens criminosas e até ameaças de morte contra ministros do Supremo. Foi a primeira medida nessa investigação aberta de ofício, sem pedido de órgãos de investigação, como é a regra em inquéritos.
Em Alagoas, policiais federais foram à casa do advogado Adriano Laurentino de Argolo. O mandado, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, determinou busca e apreensão de "computadores, tablets, celulares e quaisquer outros materiais relacionados à disseminação de mensagens ofensivas e ameaçadoras em apuração nos autos". À imprensa, Argolo reconheceu ter feito críticas a juízes do STF na internet, mas disse que nunca fez nenhuma ameaça. Em São Paulo, o alvo era José Aparecido dos Santos, um funcionário da Guarda Civil ligado à Secretaria de Segurança do município de Indaiatuba, que não se pronunciou sobre o caso.


Flávio Bolsonaro demite assessora que repassou verba pública eleitoral ao marido

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A jornalista Elisangela Machado dos Santos Freitas, que destinou mais da metade dos recursos que recebeu do fundo eleitoral em 2018 ao próprio marido, foi exonerada do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), onde estava empregada desde o início de março.
A exoneração do cargo de auxiliar parlamentar foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (26). A assessoria de imprensa de Flávio foi procurada, mas ainda não explicou o motivo da demissão.
A Folha de S.Paulo revelou em 11 de março que Elisangela, que disputou uma vaga na Câmara dos Deputados como Elisa Robson (PRP-DF) no ano passado e não se elegeu, havia repassado 59% do fundo eleitoral ao marido, o engenheiro Ronaldo Robson de Freitas.
Ela é administradora do perfil República de Curitiba, página simpática ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), pai de Flávio.
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Elisa, que se apresentava nas redes como “a federal do Bolsonaro no DF”, recebeu R$ 25 mil do fundo criado para financiar campanhas políticas e sua maior despesa, R$ 14,9 mil (59% do total), foi com o marido. A candidata obteve 11.638 votos (0,81% dos votos válidos).
Pela declaração que consta na Justiça Eleitoral, o analista da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) recebeu R$ 10 mil para “serviços de coordenação de campanha eleitoral”, R$ 4.000 para “locação de equipamento para gravação de vídeo” e outros R$ 900 para “serviço de divulgação de campanha”.
O contrato de R$ 10,9 mil, firmado entre Elisa e Ronaldo em 26 de agosto do ano passado, indica que ele ficaria responsável “pela gestão de pessoas e de material de campanha, bem como monitoramento da divulgação do nome da candidata em ambiente virtual” de 16 de agosto a 7 de outubro.
Com data de 9 de setembro, Ronaldo emitiu um recibo de R$ 900 pelo trabalho de “monitoramento das redes sociais”. Em 5 de outubro, foi assinado um outro recibo, de R$ 10 mil, por “coordenação de campanha”.
Os dois serviços, segundo os recibos, foram concluídos dois dias antes da data estipulada no contrato, no dia 5 de outubro. Também no dia 9 de setembro, Ronaldo assinou documento em que diz ter recebido R$ 4.000 pela “locação de equipamentos para gravação de vídeos”.
Ronaldo é engenheiro mecânico com mestrado em ética e gestão, segundo seu perfil na página da Embrapa, onde trabalha desde 2007. É analista na área de patrimônio e suprimentos da Secretaria-Geral.
De acordo com a Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, durante a campanha eleitoral, Ronaldo gozou de duas licenças médicas.
A Procuradoria Regional Eleitoral no Distrito Federal se manifestou pela desaprovação das contas de Elisa e pediu para que fosse determinada pela Justiça a devolução aos cofres públicos de R$ 1.520, que ela havia doado ao candidato a deputado estadual Edmilson Serafim Bezerra (PSL-GO), argumentando que a transação se reverteu em favor de sua própria campanha.
O Ministério Público considerou a argumentação da então candidata genérica e abstrata e disse que pelo fato de o candidato de Goiás “concorrer a cargo eletivo diverso, por outro partido político, em unidade federativa distinta fazem crer que a prestadora de contas [Elisa Robson] não obteve qualquer proveito político-eleitoral com a transferência questionada”.
A Procuradoria disse ainda que “houve grave infringência” às regras de distribuição dos valores do fundo eleitoral e que ignorar isso seria justificar “eventuais procedimentos fraudulentos na aplicação de recursos públicos como são os oriundos do FEFC [Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o fundo eleitoral], solapando-se, ainda, o elevado sentido da instituição da cota feminina no ambiente político-eleitoral brasileiro”.
A Folha procurou também Elisa, mas ela não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.
No início do mês, em uma nota no Facebook, ela disse que seu marido “gerenciou todo o trabalho que foi feito de comunicação nas redes sociais”, mas não respondeu às perguntas que haviam sido encaminhadas.
EXONERAÇÕES NA PRESIDÊNCIA
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), exonerou nesta terça-feira 149 cargos comissionados herdados de gestões anteriores, do MDB, que trabalhavam na presidência ou em estruturas ligadas a ela.
A maioria dos exonerados estava lotada na Diretoria-Geral, mas há cortes também no gabinete da Secretaria-Geral da Mesa, no Instituto Legislativo Brasileiro e colegiados como a Comissão Mista Permanente de Regulamentação e Consolidação da Legislação Federal.
Funcionários da presidência disseram apenas que foram informados na segunda-feira (25) que deveriam verificar nesta terça o Boletim Administrativo do Senado para checar se haviam sido exonerados.
Estes funcionários disseram também que há expectativa de novas exonerações nesta quarta-feira (27) e daqui a dez dias.
No fim de fevereiro, Davi havia dito que servidores da Casa ligados ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) e a outros caciques do MDB, como o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, estão em “estágio probatório”.
Bandeira chegou a ser afastado do cargo durante a eleição para presidente do Senado, mas acabou sendo readmitido logo depois. Na prática, porém, Davi tem relativizado a importância de Bandeira, já que tem ouvido quatro consultores para tomar decisão.
Jornalistas tentaram entrevistar o presidente do Senado no fim da manhã desta terça, mas ele informou que só falaria depois.
O Sindilegis, sindicato que representa os servidores do Legislativo, ainda não se manifestou sobre as exonerações.
Fonte: Paranaportal

Gleisi: o que Bolsonaro está fazendo no MEC passa de todos os limites

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou sua conta no Twitter para criticar a série de absurdos e irresponsabilidades do governo Bolsonaro na condução do Ministério da Educação; "Bolsonaro nomeou vários ministros que claramente não dão conta de tocar suas pastas. Isso acontece. Mas o que ele fez no MEC, com essa gente maluca brigando sem trégua passa de qualquer limite. Educação deveria ser a grande prioridade de um país. Sempre foi nos nossos governos!", disse
247 - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou sua conta no Twitter para criticar a série de absurdos e irresponsabilidades do governo Bolsonaro na condução do Ministério da Educação. O governo de notáveis prometido pelo presidente Jair Bolsonaro continua a demonstrar que não vai deslanchar. Em crise há mais de um mês, o Ministério da Educação anuncia mais uma saída. A secretária de Educação Básica, Tania Leme de Almeida, pediu demissão após não ter sido consultada sobre a decisão de suspender a avaliação de alfabetização. Esta é a terceira baixa no alto escalão da pasta.



Joice defende ditadura e é linchada nas redes sociais

Ag. Câmara


 Após a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmar que a decisão para que as Forças Armadas comemorem o golpe militar de 1964 é a "retomada da narrativa verdadeira de nossa história", a oposição reagiu; "Vamos falar em "narrativa verdadeira"? Dos crimes cometidos que foram e seguem sendo silenciados? Da tentativa de eliminar as vozes divergentes? Das ordens vindas do gabinete do presidente para matar opositores? Essa é a "retomada" que a senhora defende, deputada?", escreveu e deputada federal Sâmia Bomfim

247 - Após a líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), celebrar a decisão do presidente Jair Boslonaro de que o golpe que resultou na ditadura militar de 1964 deve ser comemorado, a oposição usou as redes sociais para criticar a iniciativa e a hashtag #DitaduraNuncaMais virou o assunto mais comentado do Twitter.
Para Joice Hasselmann, a iniciativa de Bolsonaro para que as Força Armadas comemorem o golpe militar é a "retomada da narrativa verdadeira de nossa história". A parlamentar, porém, não falou que durante a ditadura o Congresso foi fechado, a imprensa foi censurada e opositores foram perseguidos, torturados e mortos.
Somente a Comissão Nacional da Verdade conseguiu confirmar 434 mortes e desaparecimentos praticados com a anuência do regime militar. Em seu relatório final, a Comissão recomendou a proibição da realização de eventos oficiais em comemoração ao golpe de 1964 devido "a comprovação de a ditadura instaurada através do golpe de Estado de 1964 foi responsável pela ocorrência de graves violações de direitos humanos, perpetradas de forma sistemática e em função de decisões que envolveram a cúpula dos sucessivos governos do período".
Após a publicação da líder do governo, a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP), postou uma resposta em que compartilhou uma foto do jornalista Vladimir Herzog, morto em uma cela do DOI-Codi, órgão que atuava na repressão aos opositores durante a ditadura, questionando a "narrativa verdadeira" citada por Joyce.
"Vamos falar em "narrativa verdadeira"? Dos crimes cometidos que foram e seguem sendo silenciados? Da tentativa de eliminar as vozes divergentes? Das ordens vindas do gabinete do presidente para matar opositores? Essa é a "retomada" que a senhora defende, deputada?", escreveu.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), ressaltou que a determinação de Bolsonaro às Forças Armadas é mais um erro do atual governo. "A ordem para que as Forças Armadas celebrem o golpe é mais um vexame e uma prova do caráter fascista de Jair Bolsonaro, mas é também uma tentativa de tirar o foco da sua própria incompetência e do fracasso que é o seu governo, que está derretendo antes de completar 100 dias", postou.
Confira os Twitters dos parlamentares sobre o assunto.  
 

Vamos falar em "narrativa verdadeira"? Dos crimes cometidos que foram e seguem sendo silenciados? Da tentativa de eliminar as vozes divergentes? Das ordens vindas do gabinete do presidente para matar opositores? Essa é a "retomada" que a senhora defende, deputada? pic.twitter.com/0iQlI1OAQr


Paulo Guedes foge do debate sobre Previdência


Valter Campanato - Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes (Economia), desistiu de ir ao Congresso Nacional para defender a Reforma da Previdência. "É melhor nem vir mesmo. Já tínhamos sugerido isso na semana passada", disse o líder do PP, Arthur Lira (AL); a desistência acontece em meio a problemas de articulação do governo Jair Bolsonaro com parlamentares, que reclamam de falta de diálogo
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes (Economia), desistiu de ir ao Congresso Nacional nesta terça-feira (26) para defender a Reforma da Previdência. "É melhor nem vir mesmo. Já tínhamos sugerido isso na semana passada", disse o líder do PP, Arthur Lira (AL) ao jornal Folha de S.Paulo. A desistência acontece em meio a problemas de articulação do governo Jair Bolsonaro com parlamentares, que reclamam de falta de diálogo.
Outras lideranças, como o PSDB e PR, também comemoraram, nos bastidores, o cancelamento da participação de Guedes.
Quem deve substituir o ministro na reunião é o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.


Fila do Anhangabaú revela destruição econômica provocada pelo golpe




A Prefeitura de São Paulo informou que mais de 6 mil vagas de emprego estão sendo oferecidas em vários setores, o que reuniu um mutirão do emprego, organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e o Sindicato dos Comerciários, nesta manhã, no centro da cidade; a fila gigantesca revela destruição econômica do Brasil, que, em dezembro de 2014, vivia a plena geração de postos de trabalho, com taxa de desemprego de 4,3% no governo Dilma Rousseff; após a Lava Jato e sabotagem ao governo Dilma, que foi golpeada, a taxa foi para 13%
247 - A Prefeitura de São Paulo informou que mais de 6 mil vagas de emprego estão sendo oferecidas em vários setores, o que reuniu um mutirão do emprego, organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e o Sindicato dos Comerciários, na manhã desta terça-feira (26) no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. A fila gigantesca revela destruição econômica do Brasil, que, em dezembro de 2014, vivia o plena geração de postos de trabalho, com taxa de desemprego de 4,3% no governo Dilma Rousseff, conforme dados divulgados em janeiro do ano seguinte pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor índice da série histórica, iniciada em março de 2002. Após a Operação Lava Jato e sabotagem ao governo Dilma, que foi golpeada, a taxa foi para 13%, chegando a este percentual pelo menos até o primeiro trimestre de 2018. A taxa ficou em 12% até o trimestre encerrado em janeiro de 2019, informou o IBGE.
Das vagas oferecidas, 1.179 serão para operador de telemarketing, mil para operador de loja, 200 para operador de supermercado e 10 senhas distribuídas. "Essa união tem um único objetivo: oferecer à população uma oportunidade de reconquistar sua posição no mercado de trabalho. Com a diversidade de vagas oferecidas, os interessados podem se candidatar a uma oportunidade em que já têm experiência ou até mesmo para uma nova área de atuação”, disse a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, segundo relato da Agência Brasil.
O fato é que a agenda do presidente Jair Bolsonaro, assim como a de Michel Temer, prevê cortes de direitos para diminuição de custos por parte dos empresários, mas não elabora proposta concreta para manter o nível de consumo elevado e retomar o crescimento econômico. Quase 2 milhões de jovens perderam vagas formais de trabalho nos últimos anos, apontou um levantamento feito por Cosmo Donato, economista da LCA Consultores, com base nos microdados da Pnad, a pesquisa por amostra de domicílios do IBGE, publicado pela jornalista Flavia Lima, em reportagem publicada na Folha.
Reforma Trabalhista, que prevê o chamado contrato temporário de trabalho (sem jornada regular), mais um número próximo de 40 milhões de trabalhadores na informalidade e o congelamento de investimento público formam um tripé crucial para deixar a economia estagnada. Se não bastassem as estatísticas desanimadoras, Bolsonaro afirmou, durante encontro com empresários chilenos, que no Brasil, deve-se chegar a uma situação que ele definiu como "beirar a informalidade". Sinal amarelo continua aceso.


Presidente do Honpar Umberto Tolari, é novo Cidadão Benemérito do Estado do Paraná

(Foto: Dálie Fleberg)

O intenso trabalho filantrópico realizado pelo dentista Umberto Tolari rendeu reconhecimento e homenagens. Nesta segunda-feira (25) ele recebeu homenagem com o título de Cidadão Benemérito do Paraná, por iniciativa do deputado Tiago Amaral, na Assembleia Legislativa do Paraná.
“Umberto Tolari é uma figura extraordinária do interior do nosso estado. Construiu a sua vida em Rolandia, em Londrina e Arapongas. É uma das pessoas com maior engajamento em projetos filantrópicos. Ele foi um dos grandes responsáveis pela estruturação do nosso Hospital do Câncer, que é uma das maiores referências em saúde na nossa região. São projetos como esse que ajudam a sustentar e a apresentar um serviço de saúde de qualidade à nossa população mais carente. São pessoas como ele, que se despem de suas necessidades pessoais para cuidar da melhoria da vida do próximo, que merecem todo o nosso reconhecimento e gratidão”, destacou o deputado Tiago Amaral.
Em 2009, já morando em Arapongas, Tolari começou a atuar na Associação Norte Paranaense de Combate ao Câncer, entidade filantrópica que mantém um dos maiores hospitais do Paraná, o Hospital Norte Paranaense de Combate ao Câncer (Honpar),  que atende, em sua maioria, pacientes do Sistema única de Saúde – SUS. Com forte atuação na entidade, em 2012 foi convidado para assumir a presidência da Associação. O Honpar realiza 20 mil atendimentos mensais, além de 1.500 cirurgias ao mês.
De acordo com o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, que prestigiou a solenidade de outorga do título de cidadão benemérito, “muita coisa aconteceu na região depois da chegada do hospital, ele salva vidas e atende a todos que o procuram. Esta função, de ajudar quem a procura, mostra exemplo de como a saúde deve ser feita. Frente a esta instituição, o doutor Umberto Tolari, é um excelente gestor público da Saúde”, afirmou.
Sergio Onofre destacou a gestão e liderança de Tolari. “O Honpar é um exemplo para Paraná e para o Brasil que SUS dá certo, basta ter gestão. O que o senhor Umberto faz lá é mostrar que a gestão pública bem organizada, feita com o coração e braços fortes, dá certo em qualquer lugar. O Honpar, para nós, de Arapongas, tem até um benefício maior não apenas em atendimento, mas também em experiência para transferir para o poder público. Estamos fazendo isso com o nosso secretário municipal de saúde que está aqui hoje. Estamos aprendendo a cada dia com vocês da Honpar”, afirmou o prefeito Sergio Onofre.
Avanços – Durante a gestão de Tolari, os atendimentos no Honpar tiveram um aumento de 20%. Foi formalizada a doação de terreno para a construção do novo Hospital Norte Paranaense; foi adquirido Aparelho de Videolaringo e Microscópio Cirúrgico junto ao Pronon; ocorreu a certificação Hospital Ensino em 2013; o credenciamento do Serviço de Endovascular; a implantação do Serviço de Neurocirurgia Funcional; a ampliação de 20 leitos de UTI e o reconhecimento do Honpar como Hospital Referência Estadual pela Secretaria Estadual de Saúde. Na sequência, o hospital foi reconhecido como referência nacional pela Central Nacional de Alta Complexidade (CNRAC).
Os médicos Ricardo Yaedo e Roberto Kock representaram o corpo clínico do hospital. “Umberto Tolari conduz de maneira exemplar o corpo clínico do nosso hospital, oferecendo para os médicos os melhores equipamentos e as melhores condições de trabalho. Todos os médicos reconhecem e o admiram por isso, assim como nossos colaboradores. Agradeço ao deputado Tiago Amaral pela iniciativa de prestar esta homenagem ao nosso presidente”, destacou Roberto Kock. O deputado Tiago Amaral e o prefeito Sergio Onofre também destacaram a atuação e dedicação de Ivo Kock, presente na solenidade, que começou a construção do hospital e até hoje atua na administração. São 28 anos dedicados à instituição e ao atendimento de qualidade à milhares de pessoas.
 O presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Fehospar), Renato Merolli, destacou a liderança de Umberto Tolari.  “Umberto, você, sem dúvida nenhuma é uma das lideranças da área da saúde que deveria ter seu trabalho acompanhado e imitado, por todos aqueles que administram algo na área de saúde. Centenas de hospitais estão fechando no Brasil e quando nós vemos um hospital como esse, que você administra, e outros que existem no Paraná, de  excelentes administradores que conseguem driblar as dificuldades e tornar um hospital um empreendimento de sucesso. Além da capacidade de administrar, existe uma entrega pessoal daquele que vê primeiro o desejo de prestar um serviço à comunidade e socorrer quem precisa de um atendimento de carinho, de acolhimento. Uma das homenagens mais merecidas que eu presenciei até hoje. Muito obrigado Umberto por existir”, destacou.  
Para Umberto Tolari, a homenagem é a coroação de uma carreira de dedicação e amor ao próximo. “Tenho uma família que me ensinou a partilhar, o que me levou à filantropia. Quando jovem, participei de grupos na igreja, com campanhas e ações que me fizeram crescer em humanização. Esse trabalho é muito importante, me sinto muito grato, com alegria incalculável”, afirmou.
De acordo com o deputado Hussein Bakri (PSD), líder do Governo na Alep, a homenagem simboliza o agradecimento do Paraná todo, representando pela Assembleia Legislativa. “É o ‘muito obrigado’ de toda a sociedade, que vai ficar registrado nos anais desta Casa de Leis. Este título ficará marcado na história do nosso estado”, afirmou.
Fizeram parte da Mesa de Honra o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre; a prefeita de Florida, Marcia Dall’ago; o prefeito de Sertanópolis, Tide Balzanelo; e o presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Fehospar), Renato Merolli. Também prestigiou a solenidade o Governador Assistente do Rotary de Arapongas, Carlos Pereira de Souza.

Pedal solidário reúne mais de 400 ciclistas


O prefeito Junior da Femac prestigiou a atividade, que ofereceu percursos de 15 km, 30 km e até 50 km. (Foto: Josias Profeta)
O 2º Pedal Solidário, promovido pela Associação Terra Brasil dos Ciclistas de Apucarana com o apoio da Prefeitura, reuniu mais de 400 ciclistas. O evento, que aconteceu no domingo (24/03), foi em prol do Hospital da Providência e do Lar Sagrada Família.
Os participantes foram recepcionados no salão paroquial da Capela Nossa Senhora Aparecida, no Barreiro, com um café da manhã servido a partir das 6h. A largada para o evento ocorreu às 8h e os ciclistas se dividiram em percursos de 15km, 30km e 50km.
O prefeito Junior da Femac prestigiou o evento e destacou o viés solidário, além da organização da atividade. “Os trechos estavam muito bem sinalizados com marcações em cal, placas de indicação das rotas e advertência em locais perigosos e com lindas paisagens naturais para a alegria de todos os participantes”, assinala o prefeito.
A secretária municipal de Esportes e Lazer, Jossuela Pinheio, lembra ainda que durante todo o percurso foram instalados pontos de hidratação, nos quais os participantes  tiveram acesso a frutas, água gelada e “paçoquinha”. “O evento foi um sucesso. A organização do pedal recebeu muitos elogios e esperamos que a edição do ano que vem tenha um número ainda maior de participantes”, projeta.



Esquerda sela aliança por Lula Livre, Brasil soberano e contra destruição da Previdência


Num encontro realizado nesta manhã, em Brasília, Fernando Haddad, do PT, Flávio Dino, do PC do B, Ricardo Coutinho, do PSB, e Guilherme Boulos e Sônia Guajajara, do Psol, selaram uma aliança crucial em torno de quatro pilares: a defesa da democracia, atacada por Jair Bolsonaro, de um Brasil soberano, contra a entrega das riquezas nacionais, do Estado de Direito, que tem na liberdade do ex-presidente Lula um capítulo crucial, e também da Previdência Pública, atacada pela capitalização proposta por Paulo Guedes; leia a íntegra do documento
247 – Num encontro realizado nesta manhã, em Brasília, Fernando Haddad, do PT, Flávio Dino, do PC do B, Ricardo Coutinho, do PSB, e Guilherme Boulos e Sônia Guajajara, do Psol, selaram uma aliança crucial em torno de quatro pilares: a defesa da democracia, atacada por Jair Bolsonaro, de um Brasil soberano, contra a entrega das riquezas nacionais, do Estado de Direito, que tem na liberdade do ex-presidente Lula um capítulo crucial, e também da Previdência Pública, atacada pela capitalização proposta por Paulo Guedes. Leia a íntegra do documento:
Nota à Imprensa
Brasília, 26 de março de 2019
Reunidos nesta manhã em Brasília, realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro. Destacamos alguns pontos para reflexão de toda a sociedade:
1. Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres.
2. Do mesmo modo, convidamos para a defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.
3. Em face da absurda decisão do Governo Bolsonaro de "comemorar" o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março, manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática.
Nesse contexto, é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado.
Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil.
Fernando Haddad

Ex-candidato a presidente da República

Guilherme Boulos

Ex-candidato a presidente da República

Flávio Dino

Governador do Maranhão

Sonia Guajajajra

Ex-candidata a vice-presidente da República

Ricardo Coutinho

Ex-governador da Paraíba



Brasil à deriva. Procura-se um presidente, aponta editorial do Estado


O piloto sumiu e o Brasil está à deriva. Esta é a mensagem do editorial do jornal Estado de S. Paulo, desta terça-feira. "A deliberada desorganização política do governo, causada por um presidente cada vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e institucionais, tem o potencial de agravar a crise, levando-a a patamares muito perigosos – e talvez seja isso mesmo o que muita gente quer", aponta o texto. Um tema cada vez mais debatido nos círculos políticos é como abreviar o pesadelo bolsonarista
247 – O piloto sumiu e o Brasil está à deriva. Esta é a mensagem do editorial do jornal Estado de S. Paulo, desta terça-feira. "A deliberada desorganização política do governo, causada por um presidente cada vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e institucionais, tem o potencial de agravar a crise, levando-a a patamares muito perigosos – e talvez seja isso mesmo o que muita gente quer", aponta o texto. Um tema cada vez mais debatido nos círculos políticos é como abreviar o pesadelo bolsonarista.
"Ocupado com questiúnculas que fazem a alegria de sua militância, o sr. Jair Bolsonaro parece ter abdicado de governar para todos. Os problemas avolumam-se de forma preocupante – já se fala até de uma nova paralisação de caminhoneiros – e o presidente mostra-se alheio a eles, movendo-se ao sabor das redes sociais como se disso derivasse sua força e não sua fraqueza, como de fato acontece", diz ainda o editorial.
"Segundo sua concepção de 'nova política', Bolsonaro não demonstra nenhum interesse em construir uma base parlamentar sólida o bastante para aprovar nem mesmo projetos simples, que dirá reformas complexas, como a da Previdência", prossegue o texto. "Seja como for, a deliberada desorganização política do governo, causada por um presidente cada vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e institucionais, tem o potencial de agravar a crise, levando-a a patamares muito perigosos – e talvez seja isso mesmo o que muita gente quer."