O mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento da
economia em 2019 e 2020; a estimativa para a expansão do PIB caiu de 2,01% para
2% neste ano; foi a quarta redução consecutiva; para 2020, a estimativa de
crescimento do PIB caiu de 2,80% para 2,78; as projeções de crescimento do PIB
para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
O mercado
financeiro reduziu a projeção de crescimento da economia em 2019 e 2020.
A
estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país – caiu de 2,01% para 2% neste ano. Foi a
quarta redução consecutiva.
Para
2020, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 2,80% para 2,78. As projeções
de crescimento do PIB para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%.
As
estimativas estão no boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em
estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores
econômicos. O boletim é divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central, em
Brasília.
Inflação
A
estimativa da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), permanece em 3,89% neste ano.
Em
relação a 2020, a previsão para o IPCA segue em 4%. Para 2021 e 2022, também
não houve alteração na projeção: 3,75%.
A meta
de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é
4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020
está no centro da meta: 4%.
Essa
meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021,
o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.
Taxa Selic
Para
controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a
taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve
permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Na semana
passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter a Selic
em 6,5% ao ano.
Para o
fim de 2020, a projeção para a taxa caiu de 7,75% ao ano para 7,50%. Para o
final de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano.
A
Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média
cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas
diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
A
manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o
Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para
chegar à meta de inflação.
Ao
reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e
incentivar a produção e o consumo.
Para
cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços
estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.
Quando
o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
Dólar
A
previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no
fim do ano e em R$ 3,75 no fim de 2020.