sexta-feira, 22 de março de 2019

Bolsonaro é comparado a Hitler no Chile


'Bolsonaro é fundamental para que superemos as políticas de esquerda' diz senadora chilena de partido de direita; 'Juntar-se hoje com Bolsonaro é como juntar-se a Hitler de 1936', diz deputada Carmen Hertz, do Partido Comunista. A visita do presidente Jair Bolsonaro ao Chile, a primeira que ele faz ao país desde que tomou posse, está gerando forte polêmica no território andino. Bolsonaro desembarcou no fim da tarde desta quinta-feira (21) em Santiago
247 - Por Marcia Carmo, na BBC Brasil - 'Bolsonaro é fundamental para que superemos as políticas de esquerda' diz senadora chilena de partido de direita; 'Juntar-se hoje com Bolsonaro é como juntar-se a Hitler de 1936', diz deputada Carmen Hertz, do Partido Comunista. A visita do presidente Jair Bolsonaro ao Chile, a primeira que ele faz ao país desde que tomou posse, está gerando forte polêmica no território andino. Bolsonaro desembarcou no fim da tarde desta quinta-feira (21) em Santiago.
De um lado, a oposição, que tem maioria no Congresso, e entidades de direitos humanos rejeitam a visita de Bolsonaro por conta de declarações elogiando o ditador Augusto Pinochet (1915-2006), feitas durante a campanha presidencial. No Twitter, a deputada do Partido Comunista Carmen Hertz disse que "juntar-se hoje com Bolsonaro é como juntar-se a Hitler de 1936".
De outro está o anfitrião, o presidente Sebastián Piñera, de centro-direita, e parlamentares da base governista, que veem a visita como uma forma importante de aproximar os dois países.
"Não nos cabe como chilenos questionar decisões soberanas de outros países. E Bolsonaro é fundamental para que superemos as políticas de esquerda", diz Jacqueline Van Rysselberghe, do partido de direita União Democrática Independente (UDI), que integra a base governista
Bolsonaro foi convidado por Piñera para participar com outros líderes regionais de discussões sobre o lançamento do organismo regional Prosul. A entidade pretende ocupar o lugar da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que teve respaldo dos ex-presidentes Lula e de Hugo Chávez.
Para o analista e professor da Universidade de Valparaíso Guillermo Holzmann, a Prosul simbolizaria a guinada à direita da região e teria objetivos como a coordenação de políticas sobre a Venezuela e de medidas econômicas e comerciais voltadas, entre outros, para países da Ásia-Pacífico.
Para Holzmann, a divisão sobre a visita de Bolsonaro se deve "às declarações sobre Pinochet e mais recentemente sobre (o ditador) Alfredo Stroessner, do Paraguai, além do que já disse sobre as mulheres, que não são bem vistas por políticos e pelos setores que defendem a democracia e condenam os anos de ditadura na região".
Bolsonaro elogiou o ditador Stroessner em encontro recente com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que é filho de um dos principais assessores do mandatário que governou o país entre 1954 e 1989.
Ao chegar ao Chile, Bolsonaro disse, segundo veículos locais, que "aqui não vou falar de Pinochet".
Para Holzmann, a presença do presidente brasileiro reforçará a imagem de Piñera como líder da centro-direita no Chile, o que poderá dificultar o andamento dos seus projetos no Congresso - o governo não tem maioria no Parlamento.


Secretário Beto Preto libera recursos para Hospital de Faxinal


O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, assinou nesta semana liberação de verba de R$ 91.436 mil para o município de Faxinal. “Estamos atendendo a uma solicitação da população que precisa de atendimento próximo e de qualidade. Este recurso será usado na ampliação do Hospital Municipal de Faxinal. Estive na reunião da AMUVI (Associação dos Municípios do Vale do Ivaí), que tem como presidente Ylson Cantagallo, prefeito de Faxinal e disse que faria a liberação. É mais um compromisso que estamos cumprindo”, disse o secretário.
Esta é a primeira parcela de um total de seis, que somam R$ 1.048.421,30.

“Assumimos o compromisso com o Vale do Ivaí e imediatamente assinamos a liberação reconhecendo a importância e necessidade do serviço para a população”, disse o secretário Beto Preto.
Segundo ele esta ação atende a proposta do Governo Ratinho Junior de regionalização da saúde. “Estamos olhando com cuidado para os 399 municípios do Estado e atendendo as aspirações dos moradores para que todos recebam atendimento e tratamento com mais qualidade, rapidez e eficiência”, observou.

Fonte: Assessoria de Imprensa/SESA

PT: principais artífices do golpe e da prisão de Lula estão sendo descartado


O Partido dos Trabalhadores comentou a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco nesta quinta-feira, 21, determinada pelo juiz Marcelo Bretas, no âmbito da operação Lava Jato; "O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora", diz o PT
247 - O Partido dos Trabalhadores comentou a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco nesta quinta-feira, 21, determinada pelo juiz Marcelo Bretas, no âmbito da operação Lava Jato.
Em nota assinada pela presidente, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes na Câmara e no Senado, Paulo Pimenta e Humberto Costa, o PT diz esperar que a prisão de Michel Temer tenha sido sob fatos consistentes e respeitando o processo legal, "e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT".
"O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora", diz o PT.
Leia, abaixo, a nota na íntegra:
Nota do PT sobre a prisão de Michel Temer e Moreira Franco
O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT.
Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população. Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos.
O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR.
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT

Humberto Costa, líder do PT no Senado
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara



STF suspende depoimento de Lula e garante acesso a delação de Palocci


Ricardo Stuckert
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender o depoimento dele marcado para esta sexta-feira (22). Fachin concordou com a defesa e determinou prazo mínimo de cinco dias úteis para que os advogados possam analisar o material da delação do ex-ministro Antonio Palocci
Agência Brasil – O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender o depoimento dele marcado para esta sexta-feira (22).
Detido há 11 meses, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, Lula era aguardado para depor em quatro inquéritos.
Fachin concordou com a defesa e determinou prazo mínimo de cinco dias úteis para que os advogados possam analisar o material.
O ministro determinou, ainda, que a 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba seja comunicada com “urgência” da decisão.
A defesa de Lula, desde sua prisão em abril de 2018, reitera a inocência dele e diz que ele não cometeu crimes em momento algum. O ex-presidente também afirma que não cometeu irregularidades.


Esquema de Temer envolveu “parcelamento de propina” na ordem de R$ 1,8 bilhão


A prisão do ex-presidente Michel Temer foi possível graças a um rastreamento de esquema de propinas; o montante identificado até o momento soma R$ 1,8 bilhão; segundo o procurador José Augusto Vagos, houve um "parcelamento" de propina que pode ainda estar em operação em ligação direta com funcionários da empresas historicamente envolvidas no esquema; Usina EPE & J&F figura na lista dos repasses, sendo o mais vultuoso da ordem de R$ 720 milhões
247 -  A prisão do ex-presidente Michel Temer foi possível graças a um rastreamento de esquema de propinas. O montante identificado até o momento soma R$ 1,8 bilhão. Segundo o procurador José Augusto Vagos, houve um "parcelamento" de propina que pode ainda estar em operação em ligação direta com funcionários da empresas historicamente envolvidas no esquema. Usina EPE & J&F figura na lista dos repasses, sendo o mais vultuoso da ordem de R$ 720 milhões.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que "a Lava Jato indicou relacionou 'Câmara dos Deputados (OAS)' ao valor de R$ 7,8 milhões. A situação atual, segundo a Procuradoria, é 'dinheiro em espécie, empresas de fachada, pagamento de boletos, doleiros, crédito em conta no exterior (recebida e ocultada)'. Os investigadores incluíram na tabela o valor de 'R$ 5,9 milhões (valores comprovadamente recebidos, muito inferiores aos prometidos pelos próximos 70 anos)' ao Decreto dos Portos. De acordo com o Ministério Público Federal, a situação atual é 'empresas de fachada, contratos fictícios (parte recebida e ocultada, maior parte a receber)'."
A matéria ainda acrescenta que "a tabela aponta que o somatório de todas as propinas pagas ou prometidas alcançou R$ 1,8 bilhão. 'Os valores ilícitos até agora recebidos ou prometidos, além dos desviados, passam, portanto, de R$ 1,816 bilhão, sendo que boa parte desses valores da organização criminosa permanecem ocultos, por meio de ações atuais e permanentes de lavagem, com outros ainda permanecem pendentes de recebimento. Trata-se de fundamento bastante evidente para decretação de prisão preventiva do líder da organização criminosa', apontou a Lava Jato."


Após visita, juiz reforça inocência de Lula e agradece: “Trabalhou contra corrupção”


Em entrevista ao Brasil de Fato, Edevaldo de Medeiros critica o caráter político da operação Lava Jato
Medeiros conversa com apoiadores de Lula em frente à PF - Créditos: Eduardo Matysiak
Medeiros conversa com apoiadores de Lula em frente à PF / Eduardo Matysiak

Nesta quinta (21), uma comissão de 12 juízes federais, estaduais, do trabalho e desembargadores estiveram em Curitiba (PR) para manifestar solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pela manhã, integrantes da comissão fizeram uma roda de conversa sobre a conjuntura do Poder Judiciário. O debate ocorreu na Vigília Lula Livre, que se mantém em frente à superintendência da Polícia Federal (PF) desde o dia 7 de abril de 2018, quando Lula foi preso. À tarde, representando a comissão, Edevaldo de Medeiros, juiz federal titular da 1ª Vara Federal de Itapeva (SP), esteve com Lula por uma hora.
“Tem um gigante ali dentro. Tem um homem muito forte e corajoso. O presidente Lula está com excelente saúde. Ele é um leão”, comparou, em conversa com militantes após a visita. “Ele não aceita outra decisão do Poder Judiciário que não seja sua absolvição”.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Medeiros falou sobre o caráter político da operação Lava Jato desde que foi deflagrada, em 2014, analisou o papel do ex-juiz Sérgio Moro nesse processo e fez uma defesa da função do Supremo Tribunal Federal (STF) como “guardião da Constituição” na atual conjuntura.
Confira os melhores momentos da conversa:
Brasil de Fato: O senhor visitou o ex-presidente Lula nesta quinta (21) representando 12 juízes. Que recado essa comissão levou ao ex-presidente?
Edevaldo de Medeiros: Nós somos uma comissão de juízes representando a Associação Brasileira de Juristas para a Democracia (ABJD). São todas pessoas que gostam muito do presidente Lula, têm muito afeto, gratidão por ele, por várias razões. Nós queremos nos solidarizar com ele, humanamente, porque a gente sabe que ele está sofrendo muito.
Eu, particularmente, tenho gratidão muito grande pelo trabalho que ele fez contra a corrupção no Brasil. A Polícia Federal nunca foi tão forte quanto foi quando ele era presidente, Ele prestigiou o Ministério Público como nenhum presidente antes dele tinha feito. Ele nomeou sempre para o cargo de procurador-geral da República o escolhido em primeiro lugar na votação da ANPR [Associação Nacional dos Procuradores da República], e isso é um grande prestígio, na minha opinião, para o Ministério Público.
Lula criou 230 varas federais no Brasil inteiro, e isso reflete diretamente no acesso à Justiça. São muitas varas, e isso também facilitou o combate à corrupção. Então, nesse sentido que a gente vem oferecer nosso abraço ao presidente Lula, de amor mesmo, e de gratidão.
O Lula foi preso no âmbito da Lava Jato. A operação tem início em 2014, ano de eleições presidenciais; em 2016, ano em que a presidenta Dilma Rousseff foi deposta, a Lava Jato tem recorde de etapas (16 fases ao longo do ano); já em 2018, o líder nas pesquisas eleitorais para Presidência da República é preso. É possível dizer que a Operação Lava Jato tinha um objetivo político desde o início?
Olha, eu tenho muita reticência com relação a essas investigações que a polícia dá nome e chama de “operações”, sejam elas quais forem.
O Código de Processo Penal não trabalha com essa entidade midiática chamada operação. Ele trabalha com investigação, e essa é a linguagem jurídica. A investigação é feita dentro de um processo penal e depois se torna um processo criminal.
Essas operações, que recebem os mais variados nomes lá dentro da polícia, têm um caráter midiático, de propaganda da Polícia Federal. É uma entidade fictícia, mas que provoca uma reação no povo, e esse parece ser o interesse.
Eu não simpatizo com isso, e nas minhas decisões nunca faço referência a esses nomes que a polícia dá. Eu faço referência ao número do inquérito, do processo.
Essa operação, chamada Lava Jato, tem inspiração na operação Mãos Limpas, da Itália. É fora de dúvida que a operação Mãos Limpas interferiu no processo político italiano, e mesmo lá não deu certo.
A Itália não é um exemplo de Estado Democrático de Direito, mas sim, é um país muito corrupto. A crítica que eu sempre fiz a esse tipo de procedimento, de copiar uma coisa de outros países, é que tem que copiar coisa que dá certo. A gente tem que copiar o que se trabalha em matéria de Direito Penal e de Processo Penal nos países que têm baixa população carcerária, onde há menos corrupção.
Agora, a antevisão de que ela teria esse viés político, eu acho que era possível diante do que aconteceu na Itália. Parece também que isso acabou se confirmando com a saída do juiz Sérgio Moro, que se torna ministro [da Justiça] do candidato que se beneficiou, vamos dizer assim, desse estado de coisas.
Como o senhor avalia a atuação de Moro enquanto juiz da operação Lava Jato e, agora, como Ministro do governo Bolsonaro?
Eu não vou fazer uma crítica direta à atuação profissional do ex-juiz, porque poderia ser uma falta de ética da minha parte. Mas vou falar de um modo genérico. A questão da idolatria que se formou em torno dele, da imagem que ele produziu de “pop-star”, eu não sou a favor. Na democracia, o que tem que brilhar são as instituições, e têm que brilhar por cumprir a lei. A sociedade brasileira é tão carente que acaba se apegando ao juiz e ao juiz combatente.
A figura do juiz combatente é contrária à Constituição, porque juiz não tem que combater a criminalidade. Quem tem que combater a criminalidade é a polícia e o Ministério Público. O juiz tem que julgar.
Quando um juiz toma a frente de uma investigação, ou se ele parece ser um juiz punitivista, ele perde a essência da magistratura, que é a imparcialidade.
Eu não estou dizendo que o juiz tenha sido parcial, o que eu estou dizendo é que as pessoas esperavam isso dele, que ele fosse imparcial.
Agora, o que ficou muito chato e pôs mesmo em dúvida a atividade dele enquanto juiz foi o fato de ele ter saído e se tornado ministro do candidato que ganhou a eleição. E ter combinado isso, inclusive, enquanto era juiz. E ter prendido um ex-presidente da República que tinha plenas condições de ganhar as eleições no primeiro turno. Então, eu acho que essa dúvida que se manifesta é uma dúvida extremamente relevante.
São autoridades internacionais e nacionais, escritores respeitados de Direito Penal e Processo Penal que põem em dúvida a atividade do juiz. O Brasil tem que se acautelar desse tipo de coisa, inclusive, do “juiz-estrela”. Eu costumo dizer o seguinte: a gente não vive em Gotham City, e juiz não é Batman. Juiz tem o papel de julgar com imparcialidade.
Enquanto ministro, Moro nomeou e revogou a nomeação de Ilona Szabó para suplência no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária [CNPCP]; propôs o chamado pacote anticrime e criou um atrito com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), por pressioná-lo a pautar a votação do pacote. O senhor entende que ele tem demonstrado dificuldade em exercer essa função política dentro do governo?
Eu acho que ele é um pouco imaturo ainda, não sabe muito bem lidar com os políticos. Então, eu acho que ele está tendo as dificuldades próprias de um iniciante, porque na política as coisas não são tão simples. Na política tem que saber pedir, tem que saber negociar, e talvez faltem a ele alguns atributos para ser um bom político.
Mas você tocou num assunto que é muito interessante, que é esse pacote “anticrime”. Isso não é anticrime: é anticonstituição, porque viola diversos direitos fundamentais, visa dar à polícia uma carta branca para cometer homicídios.
A polícia brasileira é a que mais mata e a que mais morre no mundo, infelizmente. E assim é por conta do modelo que nós temos de exclusão social. Querer combater isso legitimando homicídios praticados pela polícia é uma coisa absurda, é uma coisa própria de regimes autoritários e não de Estado democrático de direito. Isso não tem nada a ver com democracia.
Eu espero que esse projeto anticonstituição não seja aprovado, sequer seja pautado para votação, porque isso é uma afronta à sociedade civilizada.
Na roda de conversa na Vigília Lula Livre, o senhor falou em defesa do Supremo Tribunal Federal [STF] e do Supremo Tribunal de Justiça [STJ]. No atual momento de descrédito das instituições brasileiras, o senhor acredita que deve ser uma pauta dos movimentos populares a defesa dessas instituições?
Eu pertenço ao Poder Judiciário e eu tenho a obrigação de defendê-lo. A instituição pode, eventualmente, fazer coisas com as quais eu não concordo, mas é minha obrigação lutar pelo direito, lutar pela instituição e protegê-la.
O STF é um fundamento da República, é o guardião da nossa Constituição. Não existe sociedade civilizada no mundo, não existe estado democrático de direito sem uma corte constitucional, sem um Supremo Tribunal Federal.
Podemos sempre criticar as instituições. Aliás, devemos criticar, porque é próprio da democracia. Mas a gente não pode falar de fechar o STF, falar de “cabo e soldado” para fechar o STF… o que é isso?
Essa gente não tem apreço pela República, não tem apreço pela democracia. E eu insisto: nós temos excelentes quadros no STF e no STJ, excelentes ministros, muito experientes, autoridades renomadas que são respeitadíssimas inclusive fora do Brasil.
Essa gente está achincalhando para poder obrigar o Poder Judiciário a fazer o que eles querem, que é interferir politicamente dentro do Judiciário, e isso é inaceitável.
Os juízes têm que se unir, porque nenhuma pessoa pode ser julgada corretamente, adequadamente, senão por uma corte imparcial, um tribunal imparcial e que não está sob pressão.
Não existe possibilidade de um julgamento livre de vício se você tem juízes amedrontados ou juízes ofendidos, escrachados pela mídia. A gente não pode aceitar que isso ocorra no Brasil, e eu repudio isso com absoluta veemência.
Fonte: Brasil de Fato

PM ameaça invadir e prender coordenadores da Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR)


Apoiadores do ex-presidente estão em terreno privado e não tiveram acesso a um mandado que justificasse a ação
Policiais fazem ameaças em frente à PF - Créditos: Eduardo Matysiak
Policiais fazem ameaças em frente à PF / Eduardo Matysiak

A partir de decisão sem mandado judicial e sem apresentar argumentos, nesta quinta-feira (21) a Polícia Militar (PM) ameaçou invadir a Vigília Lula Livre e prender os coordenadores do espaço – que reúne apoiadores do ex-presidente Lula (PT) em Curitiba (PR) desde a prisão pela operação Lava Jato, em 7 de abril de 2018. Ao todo, são três viaturas policiais estacionadas em frente à Vigília, que fica em um terreno privado ao lado da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso, no bairro Santa Cândida.
De acordo com o advogado Daniel Godoy, que representa as organizações que atuam no local, havia uma liminar referente ao trânsito em via pública, e não de um espaço privado como o da Vigília. As organizações estão em contato com autoridades estaduais para impedir violações.
Integrantes da Vigília entendem que as atividades devem seguir normalmente e ressaltam que, como atuam em espaço privado, respeitam o horário comercial e não cometem ilegalidades. (Veja o vídeo).

A reportagem do Brasil de Fato entrou em contato e aguarda retorno da Polícia Militar para ter acesso aos documentos que justificariam a invasão do local.
O vídeo abaixo, gravado por Eduardo Matysiak mostra as primeiras ameaças, no fim da tarde desta quinta (21). Segundo o agente policial que aparece nas imagens, identificado apenas como Nascimento, a saudação coletiva conhecida como "Boa noite, presidente Lula" estaria proibida por ordem judicial: (Assista)
A coordenação da Vigília Lula Livre publicou uma nota sobre o caso. Confira na íntegra:
"A Coordenação da Vigília Lula Livre repudia ação intimidatória de um grupo da Polícia Militar do Paraná na noite desta quinta-feira (21).
Perto do horário em que tradicionalmente é realizado o “Boa Noite, presidente Lula”, um grupo de policiais militares fortemente armados, sem ordem judicial, promoveu uma tentativa de despejo da Vigília, que ocorre em terreno privado.
Sem mandado ou qualquer documentação oficial, os policiais, acompanhados de um advogada ligada ao grupo República de Curitiba, ameaçaram prender membros da coordenação da Vigília, além de um grupo de juízes que participava das atividades no local caso o Boa Noite fosse realizado. 
A situação foi contornada apenas quando um major da PMPR chegou ao local e informou prontamente que não havia operação, nem ordem judicial para a ação e liberou a realização do Boa Noite, sem risco de violência por parte dos agentes de segurança.
Os policiais então recuaram e argumentaram que estavam responsáveis pela patrulha de um jogo de futebol quando receberam a denúncia de um morador sobre perturbação da ordem e se dirigiram ao local. 
Constatando que não havia perturbação, a Vigília pôde encerrar suas atividades diárias com a realização do tradicional “Boa Noite, presidente Lula”. Advogados da Vigília acompanharam a ação e auxiliaram na garantia dos direitos dos apoiadores do ex-presidente que compõem a Vigília Lula Livre. 
Seguimos em resistência há 349 dias, na luta pelo restabelecimento do Estado Democrático de Direito, contra qualquer abuso de autoridade. Daqui sairemos no dia em que o presidente Lula tiver seu direito a um julgamento justo assegurado, que reconheça sua inocência e seu direito à liberdade.
Lula Livre, Lula Inocente".
Fonte: Brasil de Fato


Prefeito prestigia entrega de honraria à Igreja Metodista


Diploma proposto pela vereadora Márcia Souza foi entregue pela Câmara Municipal aos 68 anos de serviços prestados pela instituição religiosa (Foto: Profeta)

Na noite de quarta-feira (20), em Sessão Solene, conduzida pelo presidente da Câmara Municipal, Luciano Augusto Molina Ferreira, o legislativo apucaranense se reuniu para proceder a entrega do “Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias” à Igreja Metodista de Apucarana. A honraria proposta pela vereadora Márcia Regina da Silva Sousa, foi aprovada por unanimidade dos vereadores e sancionada pelo então prefeito Carlos Alberto Gebrim Preto, Dr. Beto Preto, atual Secretário de Estado da Saúde, tornando-se a Lei nº 53/2018 de 29 de junho de 2018.
A Igreja Metodista completou no dia 28 de fevereiro deste ano 68 anos de atividades eclesiásticas e sociais. Segundo a vereadora Márcia Sousa, a Igreja mantém um vigoroso trabalho de apelo e resgate de almas através dos pastores que fazem diversas campanhas de orações e intelecções a Deus pela cura e libertação. “Por ser um trabalho que apresenta resultados poderosos para a honra e glória do Senhor, recuperar vidas, das quais muitas já marginalizadas pela sociedade e as devolvendo ao convívio familiar e social e contribuir com milhares de apucaranenses, fizemos a proposição do Diploma”, justificou a vereadora.
Em nome da Igreja Metodista Central de Apucarana, o Pastor Henry Sakiama, recebeu o Diploma das mãos da vereadora Márcia Souza e agradeceu a honraria. “Esse Diploma valoriza a história da nossa Igreja na cidade. Completamos 68 anos de atividades em Apucarana. Uma cidade que completou 75 anos. Podemos dizer que a igreja e a cidade cresceram juntas, caminharam juntas. Tivemos um papel importante nas atividades e trabalhos sociais e temos ainda hoje. Esse reconhecimento de toda Câmara e da vereadora Márcia é um grande presente”, destacou.
Presente na solenidade o prefeito Júnior da Femac parabenizou a vereadora Márcia Sousa e a Câmara Municipal pela homenagem. “Obrigada por ajudarem a construir uma cidade melhor todos os dias”, citou.
Junior frisou que a homenagem contempla uma igreja muito tradicional na cidade. “Apucarana tem a história mais bonita que já conheci, uma história de vitórias. E dentro dessa história temos vários atores. E sem dúvida, um dos atores importantes é a Igreja Metodista, que em fevereiro, completou 68 anos. Tem um trabalho espiritual e social belíssimo e forte. Estamos falando de pessoas que fazem parte da igreja, querem o bem e que fazem o bem. Parabéns a todos por esse merecido reconhecimento”, finalizou Junior da Femac.
Participaram da sessão o Pastor Valdir Silvério dos Reis da Comunidade Evangélica Nova Aliança, Pastor Edmilson Marques SD Distrital de Mandaguari, Pastor Sidney da Comunidade de Vila Reis, Maurício Borges, secretário Municipal de Comunicação, 1º Tenente Cochac, 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, Antônio Penharbel Filho, ex-vereador e ex-prefeito de Apucarana, Plínio Paulino Bassi, Cidadão Honorário de Apucarana, fiéis e convidados.


quinta-feira, 21 de março de 2019

Prisão de Temer confirma: Dilma foi golpeada pela quadrilha mais perigosa do Brasil


Um dos principais operadores da Lava Jato, o operador Lúcio Funaro já havia afirmado em seus depoimentos que Temer participou de ao menos cinco esquemas de pagamento de propina; em um dos depoimentos, contou também que repassou R$ 1 milhão para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprar votos de deputados no processo do impeachment de Dilma Rousseff; "Comprar votos. Exatamente", disse
247 - A prisão de Michel Temer em operação da Lava Jato nesta quinta-feira 21 confirma que a presidenta eleita e deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, estava cercada por uma quadrilha e foi tirada do poder por ela.  Segundo o Ministério Público Federal, que se baseou na delação premiada do executivo José Antunes Sobrinho, da empreiteira Engevix, para prender o ex-presidente, houve pagamento de vantagens indevidas ao emedebista a partir da obra da usina Angra 3.
Um dos principais operadores da Lava Jato, o operador Lúcio Funaro já havia afirmado em seus depoimentos que Temer participou de esquemas de pagamento de propina a políticos do MDB, antigo PMDB, e se beneficiou deles. Ele citou ao menos cinco esquemas que tivesse o envolvimento de Temer: ele teria se beneficiado por valores pagos pela empreiteira Odebrecht; no contrato da usina nuclear de Angra 3; em esquemas de propina no Porto de Santos e também por repasses do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Em um dos depoimentos, Lúcio Funaro contou também que repassou R$ 1 milhão para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprar votos de deputados no processo do impeachment de Dilma Rousseff. Segundo Funaro, Cunha queria assegurar o afastamento de Dilma.
"Quando foi aprovar no plenário, ele (Cunha) achava que já estava ganho, mas queria garantir de qualquer jeito que ela seria afastada esses 180 dias", contou. Numa mensagem enviada ao celular de Funaro, o ex-deputado perguntou se "tinha disponibilidade de dinheiro, (para) que ele pudesse ter algum recurso disponível para comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão, e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas, no máximo".
Questionado se Cunha teria dito expressamente que o dinheiro seria usado para comprar votos, Funaro confirmou: "comprar votos. Exatamente".
A PF também encontrou planilhas fornecidas pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala, e Claudio Barbosa, o Toni, relacionadas à prisão de Temer. Aparecem transferências para Altair Alves Pinto, apontado como operador de Cunha.
De acordo com os doleiros, Altair era "o homem da mala" que repassava dinheiro para Cunha e para Temer. Em delação, o empresário José Antunes Sobrinho também falou em acordo sobre "pagamentos indevidos que somam R$ 1,1 milhão, em 2014, solicitados por João Baptista Lima Filho e pelo ministro Moreira Franco, com anuência de Temer".

Igreja Metodista de Apucarana recebe Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias


Honraria foi entregue pela Câmara Municipal aos 68 anos de serviços prestados a comunidade apucaranense
Igreja Metodista de Apucarana recebe Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias
(Foto: Profeta)
Na noite desta quarta-feira (20/03), em Sessão Solene, conduzida pelo presidente da Câmara Municipal, Luciano Augusto Molina Ferreira, o legislativo apucaranense se reuniu para fazer a entrega do Diploma de Méritos em Tarefas Comunitárias a Igreja Metodista de Apucarana. A honraria proposta pela vereadora Márcia Regina da Silva Sousa, foi aprovada por unanimidade dos vereadores e sancionada pelo então prefeito Carlos Alberto Gebrim Preto, Dr. Beto Preto, atual Secretário de Estado da Saúde, tornando-se a Lei nº 53/2018 de 29 de junho de 2018.
A Igreja Metodista completou no dia 28 de fevereiro do ano em que a lei foi aprovada, 67 anos de atividades eclesiásticas e sociais.
Segundo a vereadora Márcia Sousa, a Igreja, que este ano completou 68 anos de atividades, tem um forte trabalho de apelo e resgate de almas através dos pastores que fazem diversas campanhas de orações e intelecções a Deus pela cura e libertação. “Por ser um trabalho que apresenta resultados poderosos para a honra e glória do Senhor, recuperar vidas, das quais muitas já marginalizadas pela sociedade e as devolvendo ao convívio familiar e social e contribuir com milhares de apucaranenses, fizemos a proposição do Diploma”, esclareceu a vereadora.
Márcia ressaltou que é uma importante homenagem também, porque a Igreja realizou um relevante trabalho social para o município. “Essa é a missão da Igreja: trabalhar para a sociedade, trabalhar para a comunidade. Eu fui para a Igreja Metodista aos 7 anos de idade e essa Igreja tem um trabalho maravilhoso. Uma passagem que relembro, inclusive, é a construção do “Templo Novo”, que tem as mãos do Sr. José Gomes, que está conosco, um senhor de 96 anos de idade, que frequenta a Igreja, que participa das atividades, toca violão e que também recebeu aqui a sua homenagem. E a participação do meu pai na construção do Templo. A Igreja Metodista tem a participação da minha família, fazemos parte desta história”, relatou.
Da Igreja Metodista Central de Apucarana, o Pastor Henry Sakiama, recebeu o Diploma das mãos da vereadora e agradeceu a honraria. “Esse Diploma valoriza a história da nossa Igreja na cidade. Completamos 68 anos de atividades em Apucarana. Uma cidade que completou 75 anos. Podemos dizer que a igreja e a cidade cresceram juntas, caminharam juntas. Tivemos um papel importante nas atividades e trabalhos sociais e temos ainda hoje. Esse reconhecimento de toda Câmara e da vereadora Márcia é um grande presente”, destacou.
Ele explicou que a igreja conta com membros que estão desde o início, na cidade. “Todos eles estão felizes com esta homenagem. É uma benção para a igreja e para a cidade, pois nos incentiva a trabalhar e servir esse povo. Me sinto privilegiado de ser pastor da Metodista. Repito sempre que estou na melhor igreja, moro na melhor cidade (vim recentemente de Ibaiti). Valorizo a minha história, valorizo a nossa história, valorizo a história da Metodista que completa 281 anos e 68 anos de Apucarana e agora, recebe esta homenagem. Temos três igrejas na cidade”, completou.
Presente à solenidade o prefeito Júnior da Femac parabenizou a vereadora Márcia Sousa e a Câmara Municipal pela homenagem. “Obrigada por ajudarem a construir uma cidade melhor todos os dias”.
Junior frisou que a homenagem é para uma Igreja muito tradicional na cidade, que completou 75 anos em janeiro. “Apucarana tem a  história mais bonita que já conheci, uma história de vitórias. E dentro dessa história temos vários atores. E sem dúvida, um dos atores importantes é a Metodista, que em fevereiro, completou 68 anos. Tem um trabalho espiritual e social belíssimo e forte. Estamos falando de pessoas que fazem parte da igreja, querem o bem e que fazem o bem. Parabéns a todos por esse merecido reconhecimento”, finalizou Junior da Femac.
Participaram da sessão o Pastor Valdir Silvério dos Reis da Comunidade Evangélica Nova Aliança, Pastor Edmilson Marques SD Distrital de Mandaguari, Pastor Sidney da Comunidade de Vila Reis, Maurício Borges, secretário Municipal de Comunicação, 1º Tenente Cochac, 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, Antônio Penharbel Filho, ex-vereador e ex-prefeito de Apucarana, Plínio Paulino Bassi, Cidadão Honorário de Apucarana, fiéis e convidados.
Marlene Salgado representou a mãe Lordes Domenes Salgado durante cerimônia que homenageou membros da Igreja
HOMENAGENS
Vários membros da Igreja foram homenageados durante a solenidade:
Maria José Braga
Maria Aparecida Pereira
Maria Dalva Lopes Rodrigues
Nair Aragão
Nadir Baltazar
Josiane Lima Shok
Olga Sabec Bossa
Lordes Domenes Salgado
Aline filha de Genésio Belarmino Isidoro
José Gomes da Silva