sexta-feira, 15 de março de 2019

Suspeito de matar Marielle recebeu R$ 100 mil em dinheiro e tens bens bloqueados


Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de R$ 100 mil, em dinheiro, na conta do policial reformado Ronnie Lessa, que mora no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro e foi denunciado pelo assassinato de Marielle e Anderson. O Ministério Público citou esse relatório em um pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, também preso. Agora, será possível buscar imagens de agências bancárias para identificar quem fez o pagamento. O depósito foi feito na boca do caixa, no dia 9 de outubro de 2018, sete meses depois do crime.
247 – "Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de R$ 100 mil, em dinheiro, na conta do policial reformado Ronnie Lessa, denunciado pelo assassinato de Marielle e Anderson. O Ministério Público citou esse relatório em um pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, também preso", aponta reportagem do portal G1. 
Agora, será possível buscar imagens de agências bancárias para identificar quem fez o pagamento. O depósito foi feito na boca do caixa, no dia 9 de outubro de 2018, sete meses depois do crime. Ronnie Lessa mora no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro e sua filha namorou o filhod e Bolsonaro.
Nas redes sociais, o governador Flávio Dino, do Maranhão, disse que é preciso "seguir o dinheiro" para descobrir quem matou Marielle.


Beto Preto destaca a importância dos hospitais filantrópicos no atendimento à população

O secretário estadual de Saúde,  Beto Preto, fez palestra de abertura oficial do 12º Seminário Femipa - Federação das Santas Casas de Misericórdias e Hospitais Beneficentes do Paraná. O secretário falou sobre os programas do Governo para as instituições filantrópicas. Foto: Diogo Pracz/SESA

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, fez ontem a palestra de abertura oficial do 12º Seminário Femipa – Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná – e falou sobre os programas do Governo para as instituições filantrópicas. 
Segundo o presidente da Femipa, Flaviano Ventorim, o Paraná possui 63 instituições filantrópicas na área da saúde, executando 50% dos atendimentos do SUS no estado e 73% dos atendimentos de alta complexidade. 
O secretário Beto Preto disse que o atual governo quer ampliar a relação com a filantropia. “O Governador Ratinho Junior ouviu e acolheu as propostas dos filantrópicos. No momento estamos fazendo uma reengenharia dos processos e parcerias na SESA para readequação de recursos. Sabemos que os hospitais filantrópicos são importantes na estrutura de atendimento à saúde, e reconhecemos também que temos que ajudar aqueles que nos ajudam a fazer a saúde dos paranaenses”, disse. “Temos como meta trabalhar a transparência e a inovação em todas as áreas, seja na forma de gestão das instituições ou na redefinição dos perfis assistenciais dos hospitais”, informou Beto Preto. O secretário disse ainda que todas essas propostas passam pela meta maior da regionalização dos serviços de saúde no Paraná. “Buscamos um olhar mais especializado na assistência à saúde, gastando menos e aplicando melhor os recursos, este é nosso compromisso”. O 12o Seminário Femipa discute as inovações e as boas práticas na área de da gestão hospitalar.  Segue até amanhã, na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba, e registra mais de 450 participantes, representantes das instituições filantrópicas que atuam no estado.


Nichos de sistemas de áudio e de baterias despontam na economia de Apucarana


A constatação faz parte de diagnóstico do desenvolvimento econômico do município, proposto no Programa Municipal de Atração de Investimentos (Foto: Profeta)
Além do vestuário, a indústria de eletrônicos (sistemas de áudio) e de baterias (acumuladores de energia) começam a despontar como segmentos fortes na economia de Apucarana. Os dois nichos também posicionam Apucarana como polo nestas duas áreas de produção no Paraná. A constatação faz parte do diagnóstico de desenvolvimento econômico do Município, proposto dentro do Programa Municipal de Atração de Investimentos, e dirigido pela Agência Paraná de Desenvolvimento (APD).
Conforme explicaram os representantes da APD, em visita ao prefeito Junior da Femac, no gabinete municipal, os trabalhos do Programa Municipal de Atração de Investimentos estão em estágio avançado. O gerente de Desenvolvimento Econômico e Empresarial, Jean Alberini, e o consultor técnico, Vitor Ostrensky, da APD, estão cumprindo nesta semana uma agenda de visitas em empresas de Apucarana.
“A Agência Paraná Desenvolvimento trabalha no diagnóstico das potencialidades e do perfil industrial de Apucarana e, de acordo com os resultados apresentados, começam a ser colocadas em prática algumas estratégias, com o desafio de fazer esses segmentos avançarem ainda mais”, afirma Junior da Femac.
De acordo com Carlos Mendes, superintendente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (IDEPPLAN), o Programa Municipal de Atração de Investimentos busca fomentar ainda mais o desenvolvimento de Apucarana. “Essa ação visa não apenas a atração de novas empresas, mas especialmente o fortalecimento dos negócios já existentes. O programa também busca unificar as iniciativas de desenvolvimento que estão em curso, definindo um caminho para potencializar a economia e promover o crescimento sustentável”, destaca Mendes.
O Programa Municipal de Atração de Investimentos é desenvolvido pela Agência Paraná Desenvolvimento (APD) em parceria com da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio e do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (IDEPPLAN).
O secretário municipal de Indústria e Comércio, Édison Peres Estrope, informa que a prefeitura contratou os serviços da Agência Paraná Desenvolvimento e várias etapas já foram concluídas. “Tivemos estudos aprofundados da estrutura produtiva de Apucarana e agora está em andamento a fase técnica de definição e execução de projetos”, revela Estrope, acrescentando que “um grupo técnico de várias secretarias municipais está acompanhando o desenvolvimento desse trabalho”.


Empresa vai ampliar produção em Apucarana


A Medieval, que produz vestuários esportivos, comercializa seus produtos em todo o país (Foto: Profeta)
A empresa Medieval Indústria e Comércio de Confecções Ltda anunciou na quarta-feira (13) ao prefeito Junior da Femac, que irá ampliar a sua produção em Apucarana. Os empresários Eliana Bobig Rossetto e Valdinei Rossetto, que tem como principais marcas registradas as grifes MDV e Urutu, reivindicaram uma área para viabilizar maior espaço para a sua linha de produção.
De imediato, Junior da Femac assumiu o compromisso de autorizar, nos próximos meses, uma nova área para instalação da Medieval. “Trata-se de uma indústria genuína de Apucarana e que vende seus produtos em todo o país e que vai ofertar mais empregos. Portanto, merece o nosso apoio para crescer”, assinalou o prefeito.
A Medieval produz materiais esportivos (vestuário) para a prática de Jiu-Jitsu, Judô, Karatê e Taekwondo, da sua grife MDV. A empresa, que também está trabalhando com novas linhas esportivas para pesca e ciclismo, gera atualmente trinta empregos diretos e poderá dobrar esse número em breve.
“Precisamos com urgência de uma área mais ampla para atender a nossa demanda de produção e os novos projetos que temos para o futuro”, informou o empresário Valdinei Rossetto.
Conforme destaca o prefeito Junior da Femac, atualmente Apucarana é o maior pólo de produção de vestuário do Paraná. “Estamos avançando em outros nichos como os de sistemas de áudio (caixas de som) e de baterias (acumuladores automotivos), mas a indústria de confecções continua como carro chefe na geração de empregos em Apucarana, sendo responsável por cerca de 25 mil postos de trabalho”, enaltece.
Junior diz que o tratamento é o mesmo para todos os empresários locais que precisam de mais espaço para expansão das suas atividades. “A geração de mais empregos sempre será prioridade na nossa gestão”, frisou.


Júnior da Femac anuncia asfalto para o Parque Industrial Galan


O investimento, que ainda terá valor orçado, prevê drenagem de águas pluviais e asfaltamento de 8 mil metros quadrados de uma das pistas da avenida principal, com execução de meio-fio e calçada (Foto: Profeta)
O prefeito Júnior da Femac autorizou nesta quinta-feira (14/03) a abertura de licitação para execução da primeira etapa de pavimentação da Avenida Alfredo Galvão Alves, no Parque Industrial Galan. O investimento, que ainda terá valor orçado pela Secretaria Municipal de Obras, prevê drenagem de águas pluviais e asfaltamento de 8 mil metros quadrados de uma das pistas da avenida (lado direito), com execução de meio-fio e calçada.
A liberação da obra, que estava dentro do planejamento da gestão do ex-prefeito Beto Preto, foi oficializada durante uma reunião no gabinete municipal com um grupo de empresários. Na audiência, agendada pelo deputado estadual José Aparecido Jacovós, o prefeito Júnior da Femac lembrou que o Parque Industrial Galan existe há 12 anos e foi liberado para ser ocupado pela administração municipal da época mesmo sem a infraestrutura mínima. “Infelizmente, foi um tempo em que as coisas eram feitas sem planejamento e até hoje os empresários sofrem com isso. São indústrias grandes, que têm uma logística que se utiliza de carretas com transporte de carga pesada e com o estado atual da avenida enfrentam muitos transtornos, sobretudo quando chove. Este investimento já estava dentro do planejamento da gestão Beto Preto e agora podemos oficializar. O dinheiro já está guardado e, tudo correndo dentro do esperado, em seis meses os empresários vão ter um asfalto que será motivo de orgulho”, disse Júnior da Femac.
O planejamento, segundo relata o prefeito, começou em setembro do ano passado em visita ao local. Um dos empresários que conversou com Júnior à época comemorou o anúncio do investimento. “Sempre mantivemos diversas conversas com o ex-prefeito Beto Preto e com o então vice e hoje prefeito Júnior da Femac, e sempre confiamos que o compromisso seria cumprido, como de fato está sendo oficializado agora. Precisamos muito do asfalto, pois do jeito que a via está temos tido muita despesa com pneus e quebra de ponta de eixo dos caminhões. A dificuldade é grande, mas hoje só temos que agradecer por este atendimento da prefeitura”, disse Alexandre Sousa, da indústria PRBio.
O empresário Fernando Sassi, da indústria Bonanza, também comemorou o anúncio. “É uma reivindicação que fazemos há tempos, desde que o parque foi implantado há 12 anos. Liberaram pra gente entrar, mas não fizeram o asfalto. Por sorte colocaram iluminação. Na gestão do prefeito Beto Preto e do Júnior fomos sempre atendidos no possível, com a execução de reparos paliativos e agora estão nos atendendo com a primeira etapa do asfalto. Só posso dizer que estamos muito satisfeitos com essa notícia”, comunicou Sassi.
O deputado Estadual José Aparecido Jacovós parabenizou a administração municipal. “Fui procurado por alguns destes empresários que esperam pelo asfalto há um bom tempo e, com apoio do professor Paulo Kisner, que já foi secretário de Esportes e Lazer da atua administração, conseguimos esta agenda onde fomos atendidos com muita gentileza pelo prefeito Júnior da Femac, nos dando esta boa notícia e que deixa a todos os empresários bastante contentes”, avaliou o deputado.
Outros parques também vão receber investimento
Antes de iniciar a pavimentação do Galan, o prefeito tranquiliza empresários do Parque Industrial Zona Norte. “Já temos uma licitação definida e, dentro de alguns dias, iremos pavimentar as ruas que restam. Além disso, também está em nosso planejamento investimentos no Parque Industrial Danilo Berté”, anuncia Júnior da Femac. Segundo ele, a atual administração recebeu a cidade com 97 quilômetros de ruas sem asfalto.
“Já executamos 85 quilômetros. Faltam 12 quilômetros, onde está incluído o Parque Galan, que agora autorizamos a primeira etapa de pavimentação”, concluiu o prefeito. Ele frisa que na atual gestão as obras são planejadas. “No tocante ao incentivo à industrialização temos como referência o Parque Industrial da Juruba, que está sendo alicerçado com toda a infraestrutura necessária”, pontua o prefeito.
Com área total de 556 mil metros quadrados, o terreno do Parque Industrial da Juruba/Cidade Industrial de Apucarana, fazia parte da antiga Fazenda Juruba. A primeira etapa do empreendimento, projetado para um total de 237 lotes, está sendo liberado com 31 lotes dotados de rede de água, esgoto, energia elétrica compatível com atividades industriais, rede telefônica e de fibra ótica, iluminação e pavimentação asfáltica. O investimento é na ordem de R$ 535.623,98, com recursos do próprio município. Já a estimativa da prefeitura para a estruturação completa do parque – que será feita em quatro etapas – é de que serão necessários cerca de R$10 milhões.


quinta-feira, 14 de março de 2019

Deputados usam cachorros para atrapalhar ato por Marielle na Câmara


Nesta quinta-feira (14), a execução da vereadora carioca Marielle (PSOL) e do seu motorista Anderson Gomes completa um ano

Deputados usam cachorros para atrapalhar ato por Marielle na Câmara
 Marcelo Camargo/Agência Brasil

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Dez minutos depois de deputados do PSOL e outros partidos de esquerda começarem um ato em homenagem a Marielle Franco, colegas de direita entraram no mesmo Salão Verde da Câmara para protestar contra a violência animal.
Oito deputados federais, entre eles Daniel Silveira (PSL-RJ), que rasgou a placa com o nome de Marielle, posicionaram-se a poucos metros com caixas de som que emitiam latidos.
"Lugar de bandido é na cadeia. O que nós queremos é o fim da impunidade", disse Fred Costa (Patriota-MG), que organizou o ato, segundo ele, na véspera. "Vamos fazer um minuto de silêncio por todos os animais que lamentavelmente são maltratados ou sacrificados."
Nesta quinta-feira (14), a execução da vereadora carioca Marielle (PSOL) e do seu motorista Anderson Gomes completa um ano. Na terça (12), dois suspeitos de executar o crime foram presos. A polícia ainda investiga o eventual mandante.
No mesmo dia, o PSOL marcou o ato no Salão Verde e o divulgou em redes sociais e na Câmara.
"Não existe milícia sem Estado. O Estado tem sangue nas mãos", discursou a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), amiga e aliada de Marielle.
"Isso é importante dizer porque a milícia domina território, dá cinco tiros na cabeça de jovem no Rio de Janeiro e tem poder econômico, político e armado", prosseguiu. "O Estado brasileiro precisa devolver ao povo a possibilidade de lutar pelo aprofundamento da democracia."
Alguns manifestantes choravam. Faixas com o busto da vereadora e a pergunta: "Quem mandou matar Marielle?" foram erguidos.
Os cachorros às vezes incomodam, declarou Daniel Silveira logo ao lado, "mas no segundo seguinte estão abanando o rabo, por isso não tem por que você maltratar um animal".
O deputado ficou conhecido pela foto com o hoje governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), em que rasgam a placa de rua com o nome de Marielle em meio aos protestos contra o seu assassinato, no ano passado.
"Eu nem sabia da homenagem à Marielle", disse, negando motivos para constrangimento. "Na verdade eu me senti incomodado porque eu sabia que eles iam distorcer o fato dos latidos como se estivéssemos zombando deles."
Os apoiadores de Marielle em nenhum momento se dirigiram aos manifestantes contra violência animal e vice-versa.
Procurado pela reportagem, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) comentou a sobreposição de protestos.
"Uma provocação inútil, que mostra que eles não estão aguentando as investigações chegarem perto deles e as milícias próximas ao partido dele", afirmou.
"Não conseguem inibir a grandeza do ato de um ano do assassinato da Marielle. Rottweilers também latem."
"Vivam os animais!", encerraram os deputados ao lado, sorrindo. Segundo Fred Costa, o ato foi marcado porque 14 de março é dia nacional dos maus-tratos.
"Você vai me desculpar. Querer polemizar que estamos querendo desmerecer a morte de alguém [não aceito], mesmo porque não atrapalhamos em nada", afirmou o deputado.
"Queremos inclusive que seja apurado qualquer caso de assassinato a parlamentar ou não parlamentar e de maus-tratos a animais também. Somos contrários à violência ." Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícias ao Minuto

Lula é premiado pela maior central sindical dos EUA e Canadá


O ex-presidente Lula recebeu nesta quinta-feira (14) o Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland 2019; homenagem foi concedida pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central de trabalhadores dos Estados Unidos e Canadá; "A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democria brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo", diz a entidade; prêmio fortalece candidatura de Lula ao prêmio Nobel da Paz e reforça sua condição de preso político 
247 com Instituto Lula - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (14) o Prêmio de Direitos Humanos George Meany-Lane Kirkland 2019. A homenagem foi concedida pela Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central operária dos Estados Unidos e Canadá. O prêmio leva o nome de George Meany-Lane Kirkland, ex-presidente da central sindical, e começou a ser entregue no ano de seu falecimento, 1999.
"A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democria brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo. As mulheres e homens da AFL-CIO concedem este prêmio a Lula e prometem continuar na nossa solidariedade com a luta por justiça e democracia no Brasil e no mundo."
No texto em que explica a escolha, a central denuncia a prisão injusta e sem provas de Lula, e recorda as conquistas que o Brasil e o povo brasileiro alcançaram durante seus mandatos.
Mantido como preso político desde abril de 2018, o ex-presidente Lula é candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Já são mais de 600 mil pessoas que assinaram o manifesto aberto pelo arquiteto e ativista de direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel para que o ex-presidente seja indicado a receber a premiação. Na primeira fase da campanha, o ex-presidente conseguiu apoio de todas as categorias, incluindo chefes de Estados e ganhadores do prêmio em outras edições. Esse tipo de apoio foi feito direto no site do Comitê Norueguês, organizador do Nobel (leia mais).
Leia, abaixo, a íntegra do texto da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais:
Como migrante, trabalhador, líder sindical e visionário político, Luiz Inácio Lula da Silva passou sua vida lutanto por democracia e pelos direitos dos trabalhadores e comunidades excluídas no Brasil. Como presidente, de 2003 a 2010, Lula resgatou milhões de pessoas da pobreza e estendeu o acesso à educação superior e à habitação a milhares de cidadãos de baixa renda. Ele se tornou um líder respeitado em todo o mundo por aqueles que acreditam que uma economia global sustentável depende de uma melhor distribução da prosperidade. Por isso, a AFL-CIO honra Luiz Inácio Lula da Silva com seu prêmio de direitos humanos George Meany-Lane Kirkland.
Em seu compromisso para ampliar o acesso a uma vida decente e a direitos básicos, Lula tem sido fiel às suas origens no carente Nordeste brasileiro, onde viveu antes de migrar para São Paulo com sua mãe e irmãos. Como líder de um importante sindicato metalúrgico no fim dos anos 70, ele conduziu trabalhadores que enfrentavam a ditatura no país para demoracratizar locais de trabalho e sindicatos. Lula foi um personagem crucial na ampla aliança de movimentos sociais de massa, artistas e intelectuais, mulheres e homens, e brasileiros de todas as raças, que restabeleceu a democracia no Brasil em 1985.
Naquela jovem democracia, Lula lutou sem descansar para colocar o maior número possível de pessoas numa situação de igualdade de direitos e de uma vida decente que um país tão grande quanto o Brasil poderia oferecer a seu povo. Durante sua Presidência, o Brasil apresentou progresso concreto e consistente em termos de inclusão social, e todos os brasileiros prosperaram. Mas desde 2015, opositores a tal progresso aproveitaram a retração econômica, o ressentimento da elite por ter perdido o controle do país e o preconceito contra muitos de seus cidadãos para levar o país para trás, congelando os investimentos em educação e saúde por vinte anos, minando direitos trabalhistas, revertendo avanços em igualdade racial e de gênero, ameaçando a floresta amazônica e povos indígenas e semeando o ódio e medo em seus discursos e ações.
Para avançar sua agenda, esta elite minou as frágeis instuições democráticas brasileiras, especialmente o Judiciário, e tomou medidas extraordinárias e ilegais para impedir que Lula concorresse à eleição presidencial em outubro de 2018, quando pesquisas apontavam sua vitória. Desde 7 de abril de 2018, Lula é um prisioneiro político, condenado por "atos oficiais não especificados" tendo como prova contra ele apenas informações originadas em delações premiadas sem documento. Contrariamente à Constituição brasileira, ele permanece preso enquanto recursos ainda estão sendo examinados e foi impedido de comparecer ao funeral de seu irmão, embora o Brasil permita tais saídas a milhares de prisioneiros todos os meses. Enquanto estava preso durante a ditadura nos anos 70, Lula teve mais acesso a seus direitos do que no Brasil de hoje.
O crime de Lula foi ter a audácia de tirar mais de 30 milhões de pessoas da pobreza e desafiar os privilégios da poderosa elite que há muito age como se fosse dona do Brasil. Durante este período difícil, a mensagem de Lula e do amplo movimento social que ele e seus aliados construíram permanece clara: a luta continua.
A AFL-CIO junta-se ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas no pedido para que os direitos políticos integrais de Lula sejam restaurados, e nos unimos com o movimento trabalhista global na demanda para que Lula seja absolvido imediatamente e liberado de uma perseguição política profundamente injusta.
Lula e os vibrantes movimentos sociais brasileiros continuam tanto como atores reais na luta diária por justiça social no Brasil, assim como símbolos da esperança que todos compartilhamos por um retorno da democracia em muitos países que atualmente passam por períodos sombrios de aumento da desigualdade e ódio contra migrantes, trabalhadores, e líderes e visionários comprometidos com justiça social.
A AFL-CIO reconhece as décadas de luta de Lula para avanço dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento da democria brasileira, e sua luta para maior igualdade e justiça no mundo. As mulheres e homens da AFL-CIO concedem este prêmio a Lula e prometem continuar na nossa solidariedade com a luta por justiça e democracia no Brasil e no mundo.
Leia aqui o texto original em inglês.


Toffoli abre inquérito para investigar fake news, ameaças e calúnias contra ministros do STF

Nelson Jr./SCO/STF
Nelson Jr/SCO/STF


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anunciou no início da sessão da corte desta quinta-feira (14) que decidiu instaurar um inquérito criminal para apurar a existência de notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças e crimes contra a honra que envolvem os ministros da corte e familiares deles
Ricardo Brito (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anunciou no início da sessão da corte desta quinta-feira que decidiu instaurar um inquérito criminal para apurar a existência de notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças e crimes contra a honra que envolvem os ministros da corte e familiares deles.
O inquérito, que vai correr sob sigilo, será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que já foi ministro da Justiça, secretário de Segurança Pública de São Paulo e promotor de Justiça. Após o pronunciamento de Toffoli, Moraes disse que aceitava a designação para tocar o caso.
A portaria de abertura de inquérito, lida por Toffoli, não detalha quais fatos ou supostos crimes cometidos contra os magistrados e parentes deles serão alvos de investigação. É raro abertura de inquérito de ofício determinado por ministro do STF.
Antes de anunciar a iniciativa, o presidente do Supremo destacou que não existe democracia sem Judiciário e sem imprensa livres e que não há Suprema Corte no mundo que produza tanto quanto a brasileira.


Após tragédia em Suzano, Eduardo Bolsonaro usa crise na Venezuela para defender armas


Will Shutter/Câmara dos DeputadosCom o discurso do armamento perdendo força por conta da tragédia na escola em Suzano, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) busca manter viva a sua tese em cima da crise política na Venezuela; ele diz que os venezuelanos poderiam derrubar Maduro se não fosse a campanha de desarmamento feita no país em 2012; 
247 - Buscando justificar o armamento, depois do enfraquecimento da tese com a tragédia em uma escola de Suzano, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usa a crise política na Venezuela para dizer que a decisão de desarmar a população seria a causa dos problemas do país.
Fazendo uma manobra em seu discurso, o deputado afirmou nesta quinta-feira (14), após ser escolhido para presidir a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, que a população da Venezuela está desprotegida desde que houve uma campanha pelo desarmamento no país em 2012, e que os venezuelanos teriam mais chances de se defender de Nicolás Maduro se as pessoas pudessem ter armas.
"Eu preferiria que não tivesse tido o desarmamento porque assim o povo teria uma chance de sobreviver. Hoje eles são massacrados. Toda manifestação que tem, alguém de algum coletivo passa, dá alguns tiros, intimida as pessoas a não saírem nas ruas, elas ficam mais em casa e demonstra-se menos força contra o Maduro. É uma estratégia terrorista", disse.
A realidade contradiz Eduardo e os que defendem o armamento. Pesquisa feita pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, divulgada no ano passado, mostra que, nos últimos anos, os mortos por arma de fogo no mundo aumentaram, e mais da metade dos casos (51%) se concentram em seis países: Brasil, Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Guatemala.
Calcula-se que que 251 mil pessoas morreram por armas de fogo em 156 países recenseados durante o ano de 2016, contra 209 mil mortes em 1990. O Brasil lidera a classificação de 2016, com 42 mil mortos, seguido pelos Estados Unidos, com mais de 37 mil. Já o México, Colômbia e Venezuela contabilizam entre 10 e 20 mil cada, e a Guatemala conta pouco mais de 5 mil.
Eduardo participou das manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma Roussef, em 2016, e foi flagrando com uma arma na cintura enquanto discursava em um dos atos. Mas diferentemente dele, a imensa maioria dos que participaram dos atos estavam desarmadas.
Ele aprofunda a sua tese e associou democracia ao armamento. "Todo país democrático não se preocupa com seu povo armado. A preocupação tem que ser com os bandidos armados e, para isso, o desarmamento não ajudou em nada", declarou.



Lula: Brasil precisa de Marielles


O ex-presidente Lula, que é mantido como preso político há quase um ano em Curitiba, comentou a morte da vereadora Marielle Franco, que completa um ano nesta quinta-feira, 14, junto com o assassinato do seu motorista Anderson Gomes; em carta divulgada pelas redes sociais, Lula diz que lamenta ter chorado as mortes de Chico Mendes e de Marielle. "Que todos os culpados, inclusive os mandantes, sejam culpados", afirmou o ex-presidente 
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é mantido como preso político há quase um ano em Curitiba, comentou a morte da vereadora Marielle Franco, que completa um ano nesta quinta-feira, 14, junto com o assassinato do seu motorista Anderson Gomes. 
Em carta divulgada pelas redes sociais, Lula diz que lamenta ter chorado as mortes de Chico Mendes e de Marielle. "Que todos os culpados, inclusive os mandantes, sejam culpados", afirmou o ex-presidente. 
Leia, abaixo, a carta na íntegra:
 

Leia, também, reportagem da Rede Brasil Atual sobre o assunto:
Atos por Marielle em todo o país perguntam: 'Quem mandou matar?'
Às vésperas do dia 14 de março, data que marca o primeiro ano do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e de Anderson Gomes, que dirigia o carro em que foram emboscados, diversos movimentos sociais convocam atos, vigílias e debates pelo país para homenageá-la e exigir justiça e respostas quanto aos mandantes do crime.
Sob a pergunta que ainda não foi respondida, "quem mandou matar Marielle?" e com o mote "Marielle Vive", as manifestações ocorrerão em pelo menos 25 cidades brasileiras, para reafirmar as bandeiras da vereadora que representava a luta de negros, mulheres, populações periféricas e LGBTs. Desde o dia 8, quando a resistência e a luta pelas causas das mulheres foram celebradas no Dia Internacional da Mulher, marcado fortemente pela repúdio aos retrocessos sociais representados pelo presidente Jair Bolsonaro, movimentos por várias partes do mundo vêm prestando homenagem ao legado de Marielle.
Neste dia 14, cerca de 15 cidades no exterior organizam atos, entre elas, Melbourne, na Austrália; Buenos Aires, na Argentina; Madri, na Espanha e Washington, nos Estados Unidos. Clique aqui para conferir as homenagens fora do país.
O Psol organiza ainda para o dia 18 uma sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados em homenagem a Marielle e Anderson. Em suas redes sociais, a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) justificou a importância das manifestações diante da falta de respostas após um ano do crime. "A importante descoberta dos que apertaram o gatilho nesse crime político não vai nos tirar das ruas no dia 14. O Estado – com sangue nas mãos – tem que responder que grupos estão por trás dessa execução", afirmou a parlamentar.
No Rio de Janeiro, cidade de Marielle, o ato está marcado para as 16h, na Cinelândia, na região central.Em São Paulo, na capital, a manifestação ocorre a partir das 17h, na Praça Oswaldo Cruz, próxima à Avenida Paulista. Em Manaus, a homenagem será realizada às 17h, na Casa das Artes, no Largo São Sebastião. Na cidade de Fortaleza, o ato ocorre a partir das 17h, na Praça Gentilândia, em Benfica. Já em Porto Alegre, está programado para começar às 17h, na Esquina Democrática, no centro histórico.
O município de Itaberaba, na Bahia, também fará uma homenagem, a partir das 8h, na antiga rodoviária. Em Pouso Alegre (MG), o ato ocorre às 17h30, em frente à Catedral. 
Para conferir os demais locais que realizarão atos, clique aqui.



Primo de Richa vira réu na Lava Jato por corrupção e organização criminosa

Foto: Geraldo Bubniak/AGB

O juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, aceitou, nesta quinta-feira (14), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Luiz Abi Antoun. O primo do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) virou réu por corrupção passiva e organização criminosa no âmbito da Operação Integração – braço da Operação Lava Jato.
Ele foi denunciado separadamente porque, segundo o MPF, estava no libado desde setembro de 2018. Os procuradores afirmam que “Abi fugiu” e não há notícias quanto ao seu retorno. Diante disso, o magistrado disse que, na hipótese de não encontrar Abi para a citação, o MPF deve ser intimado no prazo de cinco dias para se manifestar sobre os prosseguimentos do feito, além de apresentar elementos que corroborem a informação de que o réu está foragido.
Abi é apontado pelo MPF como “operador financeiro” e “caixa geral” de propinas do ex-governador. Era dele a função de receber os valores indevidos pagos por intermédio de doações oficiais, simulando a prestação de serviços ao comitê de campanha de Richa.
A defesa do ex-governador nega qualquer envolvimento do tucano com as irregularidades.
A Operação Integração investiga o pagamento de propinas nos contratos para concessão de rodovias federais do Anel de Integração. Beto Richa é apontado como chefe do esquema e chegou a ser preso em janeiro, mas foi solto dias depois por determinação do Superior Tribunal de Justiça. O ex-governador do Paraná já é réu na Lava Jato por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A reportagem tenta contato com a defesa de Luiz Abi Antoun.
Fonte: Paranaportal

Exposição de ciências percorre as escolas municipais de Apucarana


A atividade complementa a preparação dos alunos para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
(Divulgação)
Uma parceria entre a Autarquia Municipal de Educação e o Serviço Social do Comércio (Sesc) está possibilitando aos alunos do 3º, 4º e 5º ano aprenderem astronomia de forma lúdica e interativa.
Desde a última segunda-feira (11/3), o orientador de atividades do Sesc, Guilherme Nascimento, está percorrendo as 36 escolas da rede com uma exposição de materiais de ciências.
Nas visitas, ele aproveita para tirar as dúvidas das crianças sobre temas como a origem do universo, a atmosfera dos planetas, os pontos cardeais, as fases da lua, os eclipses, os satélites brasileiros e a exploração do sistema solar.
A atividade complementa a preparação dos alunos para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Neste ano, a prova será aplicada no dia 17 de maio.
“A astronomia é uma área da ciência que sempre desperta o interesse e a curiosidade das crianças. Nós aproveitamos essa disposição nata para incentivá-las a pesquisar e aprofundar os conhecimentos,” explica a secretária municipal de educação, Marli Fernandes.
Os alunos da rede municipal de ensino participam sistematicamente da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica há cinco anos. O número de medalhas conquistadas por eles cresce a cada edição. Foram 220 prêmios em 2014, 446 em 2015, 823 em 2016, 1002 em 2017 e 1307 em 2018.


Mulheres rurais são homenageadas com “café e prosa”


Evento contou com palestras motivacionais e sobre empreendedorismo no campo, técnicas de relaxamento, momento musical, orientações nutricionais, serviços de saúde, exposição de fotografias e sorteio de brindes (Foto: Josias Profeta)
Integrando a programação alusiva ao Dia da Mulher, que se estenderá ao longo do mês de março, foi realizado nesta quinta-feira (14/03), no Sesc, o “Café, prosa e bem-estar”. O evento, direcionado às mulheres do campo, contou com café da manhã, palestras motivacionais e sobre empreendedorismo no campo, técnicas de relaxamento, momento musical, orientações nutricionais, serviços de saúde, exposição de fotografias e sorteio de brindes.
O “café com prosa” foi organizado pela Emater, com o apoio da Prefeitura de Apucarana e diversos parceiros. O prefeito Junior da Femac esteve presente, acompanhado pela primeira dama Carmen Lúcia Izquierdo Martins e pelas secretárias municipais da Mulher (Denise Canesin Machado) e de Esportes (Jossuela Pinheiro), além da vereadora Márcia Sousa. Também estiveram presentes o gerente regional da Emater, Cristovon Videira Ripol, e a primeira dama do município de Cambira, Vanessa Marques.
Junior da Femac reforça que diversos eventos foram programados ao longo de março para homenagear as mulheres. “Durante todo mês vamos dar bastante evidenciar o trabalho desenvolvido por elas em diversos setores. Hoje estamos prestando uma homenagem especial à mulher do campo. Eu vejo no sorriso delas, nas marcas que tempo deixa às vezes em algumas, essa força e essa garra que são as mesmas da cidade de Apucarana”, frisa.
Junior da Femac lembra que o ponto alto da programação dedicada às mulheres ocorre neste sábado e domingo, quando acontece o 1º Apucarana Cidade Mulher. “Será no estacionamento do Complexo Esportivo do Lagoão. Haverá exposição de profissões mostrando a atuação das mulheres em vários segmentos em Apucarana, além de feira de serviços, beleza e saúde, sorteio de brindes, shows musicais gratuitos e praça de alimentação”, cita Junior da Femac.
De acordo com a assistente social da Emater, Rafaela Cristina Bernardo, o evento buscou valorizar o cotidiano da mulher rural. “Foram programadas ações de bem-estar, auto-estima e cidadania. Também buscamos garantir a elas protagonismo e empoderamento, no processo de fortalecimento da agricultura familiar no Município”, afirma Rafaela.
Outro objetivo foi dar visibilidade as mulheres do campo com a realização da 1ª Exposição Força e Sensibilidade: a beleza da mulher do campo. “As imagens foram registradas pelo fotógrafo Rodrigo Hirata e retratam o grupo de mulheres do campo que integram a rede de economia solidária e que participam de feiras nos bairros”, informa a assistente social.
O “Café, prosa e bem-estar” é uma realização da Emater, em parceria com a Prefeitura de Apucarana, Sesc, Unespar, Câmara da Mulher Empreendedora, Sivana, Sicoob, Clínica Personal Simone Peres, Padaria e Confeitaria Brasil, Clínica de Personal Training e Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó (Coocapi).



Carlos Bolsonaro sobre posts: 'Me sinto culpado de vez em quando'


"Tenho ouvido de amigos que o período eleitoral já passou e que temos que ter proatividade porque agora somos vidraça", afirmou ainda o vereador

Carlos Bolsonaro sobre posts: 'Me sinto culpado de vez em quando'
Reuters

Em rara entrevista, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), disse ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube que às vezes se sente "culpado" e "aliviado" com sua atuação nas redes sociais. O filho "n.º 2" do presidente Jair Bolsonaro disse não ver exagero na forma intempestiva como costuma debater nas plataformas, principalmente no Twitter. "Se você soubesse a quantidade de porrada que a gente toma... Pela quantidade de respostas que eu respondo, você acharia que sou um anjo", disse.

"Tenho ouvido de amigos meus que o período eleitoral já passou e que temos que ter um sentimento de proatividade porque agora somos vidraça. Entendo isso, mas as pancadas vêm. A cada 20 pancadas que recebemos, de vez em quanto responder uma, vale (risos). Com o passar do tempo, as coisas amadurecem. Vou levando puxão de orelha do meu pai. Ele me dá bronca, meus amigos me dão bronca. Me sinto culpado de vez em quando, aliviado de vez em quando. Eu sempre procuro evoluir", afirmou.
Na entrevista de uma hora, Carlos falou da relação de proximidade com o pai e relembra a tensão após Bolsonaro ter sido esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O vereador estava com o então presidenciável no dia do atentado. Carlos disse não acreditar que Adelio Bispo, que atacou Bolsonaro, tenha problemas mentais, como apontou perícia.
"Qualquer um que Adelio pudesse acertar, ele atingiria meu pai. Ele tinha consciência disso. Falar que ele é maluco? Eu não acredito nisso", disse. "Ele tinha três celulares, pagou hotel antecipado, sabia da agenda do meu pai."
Emocionado, Carlos relatou os momentos que antecederam a primeira cirurgia de Bolsonaro após o atentado. "Quando vi tinha acontecido alguma coisa (no ato), fui atrás e encontrei meu pai caído no chão do bar. Depois, as pessoas colocaram ele dentro do carro. O sangue não saía por ter sido uma facada na barriga, então achamos que tinha sido superficial. A gente ia conversando com ele dentro do carro. 'De zero a dez, capitão, com você está?' 'Cinco, mas está doendo'."
Carlos disse ter visto o pai "indo embora duas vezes" antes da primeira cirurgia e reclamou de quem acusa que a facada teria sido uma armação. "Chegando na Santa Casa, os doutores analisaram ele, ele começou a esfriar, mas o sangue correndo e vazando por dentro. Eu percebi em determinado momento... Eu vi meu pai indo embora duas vezes, virando os olhos. Tem canalha que olha para a gente e fala que aquela facada foi fake. Entende a minha raiva? Não foi superficial. Eu estava junto na sala de cirurgia. Vi tirarem dois litros de sangue, os órgãos para fora, e aí saí de dentro da sala. Eu estava em choque. Foi algo inacreditável."
Na entrevista, ao ser perguntado sobre sua interferência nas questões do governo, incluindo o episódio envolvendo o ex-secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, Carlos disse que só pensa em defender o pai. "Não tem como as pessoas me separarem do meu pai. Sou filho dele e trabalhamos juntos há 18 anos. No dia que ele chegar e falar 'filho, vai embora', eu vou. Eu só quero defender meu pai. É lógico. Só quero levar adiante um plano que eu acredito. (Sobre Bebianno), essa pessoa não conversou sobre o assunto citado pelo jornal O Globo no dia citado. É só isso."
'Corporativismo'
O vereador também reclamou da imprensa e reconheceu ter receio de jornalistas. "É uma classe que sim, que tem um corporativismo gigantesco, não somente com o presidente Bolsonaro, mas também quando ele era deputado. Eu deixo para as pessoas refletirem. Tenho receio (com jornalistas) porque sei que dentro da formação dos senhores (jornalistas), os senhores carregam consigo uma ideologia que às vezes ela é tomada de um seio ideológico que acaba contaminando a informação. Não acho isso agradável."
Carlos ainda comentou a publicação de um vídeo obsceno por parte do pai no Twitter durante o carnaval. As imagens mostravam um homem urinando na cabeça de outro durante um bloco de carnaval em São Paulo. "Ele (Bolsonaro) foi claro. Não falou que 'acontece no carnaval'. E sim 'em muitos pontos do carnaval'. Ele tenta trazer essas informação para que elas sejam expostas. Chocantes ou não, é a realidade. Foi o sentimento que ele quis demonstrar e é a realidade", afirmou o vereador na entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Notícias ao Minuto