Grupo tem no campo uma fonte de geração de renda com o apoio do Programa
Municipal de Economia Solidária e Protagonismo Feminino
|
(Foto: Arquivo/Profeta/Edson Denobi) |
Cleide Marli de
Lacerda, Nadir Machado Norbiato, Irene Rampazo Machado, Luzia Alípio Ferreira
Machado e Leninha Gomes. Essas mulheres, representando outras tantas outras do
meio rural, criaram a partir de 2018 mais um nicho de atuação dentro do
Programa Economia Solidária, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Mulher e
Assuntos da Família há cinco anos.
São cinco produtoras rurais que há pouco mais de um ano
participaram do curso da capacitação do Programa de Economia Solidária e deram
um novo rumo nas suas vidas, através da geração de renda com a venda do que produzem
e cultivam em suas propriedades rurais. Os locais de comercialização de
verduras, legumes, frutas, café, bolachas e flores, sãos as duas feiras que o
programa realiza semanalmente nos núcleos habitacionais João Paulo e Adriano
Correia e um ponto de venda na Praça do Redondo.
O tempo é curto no dia a dia de cada uma
delas, levando em conta que todas atuam diretamente na produção em suas terras
e ainda trabalham pessoalmente nas feiras. Divulgar o exemplo dessas
empreendedoras foi a forma que a Secretaria da Mulher encontrou de homenagear,
no “Dia da Mulher”, as 815 integrantes da rede de mulheres solidárias de
Apucarana.
Cleide Marli de Lacerda, da Chácara Nossa
Senhora Aparecida, na Estrada do Bilote, atua diretamente no preparo da terra,
plantio, colheita e comercialização. A variedade da produção pode ser medida
pelo fato de ela utilizar completamente os dois hectares da sua propriedade.
Tem pomar, com laranja, acerola, abacate, mexerica, lichia, jaca, pitanga,
limão Taiti e rosa, carambola, e banana. Há ainda plantação de milho, quiabo e
a horta tem espaço para três tipos de alface, pimenta, alho-poró, mandioca,
batata doce, erva doce, couve, entre outras verduras e legumes.
Além de não usar qualquer tipo de ‘veneno’
na sua produção, um dos diferencias de Cleide é o café moído na hora que vende
em sua barraca. “Produzo, torro e faço a moagem na frente do freguês”, detalha,
que ainda tem um lugar reservado em sua barraca para a venda plantas suculentas
e orquídeas, que também encontra tempo para cultivar.
“Adoro trabalhar no campo e poder contar
com um local para comercializar era tudo que estava faltando. Entrar para rede
de mulheres solidárias foi um diferencial em minha vida”, avalia Cleide.
Nadir Machado Norbiato, também moradora de
uma propriedade rural no Barreiro, está há cerca de ano da rede de mulheres
solidárias, mas seus produtos são fruto da excelente mão de confeiteira. Sua
bolacha artesanal e feita um dia antes da venda é um sucesso nas duas feiras.
“Só de bolachas de pinga vendo cerca de 30 pacotes por dia e ainda faço bolacha
de nata, cocada de leite em pó, fatias húnguras e bolinho de chuva.
Já Irene Rampazo Machado, da chácara Santo
Antonio, também na estrada do Barreiro, diversifica sua comercialização entre
produtos frutos dos seus dotes culinários, como pão, espera marido, bolo de
milho e cueca virada, com os da terra, que vão desde quiabo, mandioca, milho,
abobrinha, feijão e tomate. “Antes precisávamos ir a Mandaguari para vender
nossos produtos agora tenho uma barraca garantida nas feiras da economia
solidária. É uma segurança para termos essa importante fonte de renda,
essencial para manutenção da nossa casa”, afirma.
Luzia Alípio Ferreira Machado, por sua
vez, encontrou na feira de economia solidária o local que procurava para
começar a vender muitos produtos que cultiva como batata doce, milho, quiabo,
mandioca, laranja, poncã e verduras. “Fiz a capacitação e hoje faço parte desse
projeto que está fazendo a diferença na vida de muitas mulheres, como eu”,
declara.
Produtos
orgânicos são vendidos na praça
Leninha Gomes é a única do grupo que vive
em outra região da cidade, no sítio barra nova, na estrada DER Biguaçu, na
saída para Curitiba. As verduras e legumes que venda em uma barraca, as
segundas-feiras na Praça do Redondo, são de produção orgânica certificada. Ela
vende tomate, almeirão, rúcula, alface americana, crespa, lisa e roxa, alho-,
beterraba, cebolinha e morango. “Os planos de expandir sua produção são muitos,
em especial devido ao incentivo que encontraram na rede de mulheres solidárias,
a responsável pelo local em que estão vendendo seus produtos”, destaca Leninha.
A secretaria da Mulher e Assuntos da
Família, Denise Machado, a força do trabalho e a animação com que marcam sua
participação na rede de mulheres solidárias, fazem dessas cinco mulheres um exemplo
a ser seguido. “É muito gratificante desenvolver um projeto do alcance social e
econômico como esse. Os resultados nos estimulam a seguir em frente, buscando
alcançar um número cada vez maior de mulheres”, afirma Denise.
O prefeito Junior da Femac enaltece os
resultados alcançados pelo programa. “Esta iniciativa valoriza o protagonismo
feminino em Apucarana, empoderando as mulheres. E, com mérito, o programa já
foi premiado em âmbito estadual”, destaca Junior.