sábado, 9 de março de 2019

OPINIÃO: Dia da mulher é todo dia. Por mais mulheres na política!


Por Arilson Chiorato e Victória Pedro Corrêa


8 de março celebramos o Dia Internacional da Mulher! A data é marcada pela morte de trabalhadoras da Indústria têxtil de Nova York que morreram queimadas, em um incêndio criminoso, por reivindicarem a redução da jornada de trabalho - de 14 horas -, e o direito à licença maternidade. Em 1910 foi instituído o Dia Internacional da Mulher, e desde então passou a ser uma data para reflexão e reivindicação de direitos.
De forma geral, vê-se o Dia da Mulher como uma data para homenagear as nossas mães, irmãs, companheiras e amigas. Oferecer flores e presentes. Não deixa de ser um ato de reconhecimento, contudo, o dia 8 de março tem um significado político muito forte, relevante, e que não pode ser ofuscado pelos gestos de carinho. Este é um dia para pararmos e pensarmos qual é a sociedade que queremos para as mulheres. É por esta razão que convidamos a todos e todas para refletirmos juntos sobre a nossa sociedade, especialmente os homens.
Muitos são os temas abordados pelos movimentos de mulheres e feministas, entre eles, o que se destaca é a violência contra a mulher, mas queremos tratar hoje de outras pautas não menos importantes, como a luta pela igualdade de salários para homens e mulheres que desempenham a mesma função; e o fim da dupla e tripla jornada de trabalho, que são, além do trabalho fora de casa, na maioria das vezes, o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos. Um levantamento do IBGE de 2015 mostra que as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana, correspondendo de forma geral aos afazeres da casa. 
É comum na estrutura familiar, histórica e cultural, que as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos, idosos e doentes recaiam sobre as mulheres. Essas funções são naturalizadas e pouco questionadas. É como se as mulheres tivessem nascido para desempenhar esse papel, o que sabemos não ser verdade. Não é biológico, é uma construção sociocultural.
Esses paradigmas fazem com que seja mais difícil para as mulheres estudarem, aperfeiçoarem-se profissionalmente e também participarem da política. A mulher é relegada ao espaço doméstico, enquanto para o homem é comum participar do debate público. Na Câmara Federal, apenas 15% dos deputados federais são mulheres, no Senado, o índice é de 14,8%. Já na Assembleia Legislativa do Paraná, apenas 9% das cadeiras são ocupadas por mulheres. Em todo o Estado, apenas 12,6% dos vereadores são mulheres. A única cidade que possui mais mulheres do que homens na Câmara Municipal, é Ourizona.
A participação das mulheres na política é muito importante, nas associações de bairro, nas Igrejas, nos movimentos sociais e também nos cargos públicos. Como a nossa sociedade define os papeis de gênero, mulheres e homens podem ter visões diferentes sobre o que é mais importante para ser debatido. Por exemplo, como as mulheres são responsabilizadas pelo cuidado da casa e dos familiares, são elas que acompanham o preço da cesta básica, os problemas da educação e saúde pública, pois vivenciam majoritariamente esses ambientes. 
Neste 8 de março, desejamos às mulheres uma sociedade mais segura, digna e justa. E que a cada ano possamos ver aumentar a participação das mulheres na política. 
Nossos parabéns pelas mulheres deputadas, vereadoras, prefeitas e vice-prefeitas de todo o Paraná, especialmente, para as vereadoras de Ourizona, e as Deputadas Gleisi Hoffmann e Luciana Rafagnin pela defesa dos direitos das mulheres paranaenses!
* Arilson Chiorato é Administrador, Mestre em Gestão Urbana e Deputado Estadual pelo PT-PR.
* Victória Pedro Corrêa é Cientista Social e mestranda em Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina.


sexta-feira, 8 de março de 2019

Bolsonaro fala de 10 assuntos em live, mas não comenta vídeo obsceno nem laranjas


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após dois meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro retomou a rotina de fazer transmissões ao vivo no Facebook  -as chamadas "lives"- e falou sobre dez assuntos diferentes em um vídeo feito nesta quinta-feira (7), mas deixou de fora temas como a repercussão sobre a divulgação em sua conta do Twitter de um vídeo obsceno e as suspeitas contra o ministro do Turismo,  Marcelo Alvaro Antonio, envolvendo candidaturas de laranjas. 
De seu gabinete, no terceiro andar do Palácio do Planalto, Bolsonaro falou ao lado do porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros, e o chefe do GSI, general Augusto Heleno, por mais de 20 minutos.
Na transmissão, ele defendeu projetos do governo, como a aprovação da reforma da Previdência, dizendo que os militares serão incluídos nas mudanças de regras de aposentadoria. Mas também resgatou bandeiras dos tempos de deputado: criticou a cobrança de multas de trânsito e a importação de bananas do Equador em detrimento da produção da fruta no Vale do Ribeira, onde foi criado. 
O presidente disse ainda que fará todas as quintas-feiras as transmissões ao vivo para que a sociedade possa tirar dúvidas sobre temas diversos. Ele afirmou que deve convidar seus ministros para participar das lives, a exemplo do que fez nesta quinta com Heleno e Rêgo Barros.
PREVIDÊNCIA
O presidente defendeu uma "nova Previdência" para por fim nos privilégios. Ao tratar do assunto, disse que os militares -que compõem 8 de seus 22 ministérios também serão incluídos. 
Ele afirmou que entre as mudanças farão com que os parlamentares passem a se aposentar com o teto do INSS, de cerca de R$ 5 mil mensais. 
"Não é porque eu quero, nós precisamos fazer uma reforma da Previdência, afinal de contas, ela está mais do que deficitária e nós não queremos que no futuro o Brasil se transforme numa Grécia", disse.
Bolsonaro disse que tem a intenção de que o texto encaminhado ao Congresso seja aprovado, mas reconheceu que os parlamentares têm soberania para modificá-lo.
"Esperamos que não seja muito desidratada para que atinja o seu objetivo e sobrem recursos para investirmos em emprego, em segurança pública, saúde e educação", disse.
FORÇAS ARMADAS
Logo no início do vídeo, o presidente comenta a repercussão de um discurso seu feito na manhã desta quinta no Rio de Janeiro, em evento de fuzileiros navais. Na ocasião, ele disse que as Forças Armadas são responsáveis pela manutenção da democracia e foi imediatamente alvo de críticas.
Na live, Bolsonaro recorre a Heleno, a quem se refere como "mais idoso" para pedir que o ministro emita sua opinião sobre o tema.
"General Heleno, o senhor achou meu discurso polêmico?", indaga.
Em resposta, o subordinado responde prontamente: "Claro que não, isso aí não tem nada de polêmico, ao contrário, as suas palavras foram ditas de improviso para uma tropa qualificada, para aqueles que amam a sua pátria".
LOMBADAS ELETRÔNICAS
O presidente voltou a criticar a "indústria de multas" presente em boa parte de seus discursos desde os tempos em que foi deputado. Ele afirmou que a colocação de lombadas eletrônicas nas vias não tem como objetivo diminuir o índice de acidentes, mas apenas a arrecadação. Bolsonaro prometeu ainda que novas lombadas não serão colocadas e disse que as que hoje existem, ao terem seus prazos de validade de contrato vencidos, serão retiradas.
"Não teremos mais lombadas eletrônicas. Elas não serão renovadas", disse.
BNDES
O presidente voltou a falar que em seu governo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) terá mais transparência. Para isso, ele disse que fará cursos com técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) e disse que o grau de transparência presente na instituição atualmente "não é suficiente".
Ele disse que um cidadão como ele -que não entende de economia, segundo suas próprias palavras- não consegue ter dimensão dos empréstimos que a instituição faz, e citou o porto de Mariel, em Cuba.
"Eu vou me preparar, vou chamar o senhor Levy e vou falar o que queremos. O que está lá no momento não atende", afirmou.
BANCO DO BRASIL
O presidente criticou ainda um edital de concurso público para o Banco do Brasil por incluir entre os pré-requisitos cursos sobre diversidade e de prevenção contra o assédio moral e sexual. Ele disse ter conversado com o presidente do banco, Rubem Novaes, para verificar se essa era uma informação verdadeira.
Em tom de deboche, riu da obrigatoriedade do curso e sugeriu que os concurseiros entrassem na Justiça para contestar a exigência, afirmando que ela só valeu até 1º de março deste ano.
"Tu pode entrar na justiça e tu pode ganhar. A gente dá risada aqui, mas não pode", disse.
CARTEIRA DE VACINAÇÃO
Na pauta de costumes, uma constante em suas falas, Bolsonaro criticou uma carteira de vacinação distribuída para crianças de 9 a 16 anos. Sem detalhar quais seriam os problemas, ele disse ter assistido a um vídeo de uma senhora se queixando do teor do documento.
Segundo ele, o material de 40 páginas "até tem conteúdo interessante", mas sugeriu que pais avaliem se não seria adequada a retirada de algumas páginas ao final por terem conteúdo inapropriado para crianças e adolescentes nessa faixa etária.
VIAGENS AO EXTERIOR
Bolsonaro disse que fará três viagens ao exterior em março: EUA, Chile e Israel. Disse que espera trazer "coisas concretas" dessas visitas que fará aos três países.
CARTÃO CORPORATIVO
Na conversa, Bolsonaro e Heleno criticaram uma matéria veiculada esta semana pelo jornal O Estado de S. Paulo por ter "distorções" ao  falar do aumento de gastos com cartões corporativos do governo. A reportagem mostrou um aumento de 16% nesse tipo de despesas na comparação do que foi pago em janeiro de 2018 ao que foi gasto no mesmo mês este ano. 
CNH
Bolsonaro defendeu ainda uma iniciativa do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, de elevar de 5 para 10 anos a validade da carteira de motorista. 
SINDICATOS
O presidente comemorou a iniciativa do Ministério da Economia de por fim à unicidade e obrigatoriedade de impostos sindicais.
Ele disse que com isso o trabalhador vai poder escolher se quer ou não pagar contribuições a sindicatos de sua categoria.
"Houve uma aceitação por parte muito boa da sociedade. A gente espera que o parlamento -a grande maioria não está ligada a sindicatos- aprove isso."
Fonte: Bem Paraná

Venezuela tem relatos de apagão; governo diz que houve sabotagem


Empresa estatal de energia Corpoelec diz que ocorreu uma sabotagem na usina hidrelétrica de Guri

Venezuela tem relatos de apagão; governo diz que houve sabotagem
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um apagão deixou Caracas e grandes regiões da Venezuela no escuro nesta quinta-feira (7). O regime de Nicolás Maduro rapidamente denunciou a falta de energia como "sabotagem" contra a principal barragem de geração de energia elétrica no país.
De acordo com a imprensa local, a falha afeta a Venezuela toda, com cortes na capital e em 15 dos 23 estados. Um repórter da TV estatal descreveu a falta de energia como um "apagão nacional".
"Sabotaram a geração e a transmissão na [central hidrelétrica de] Guri", afirmou Luis Motta, ministro de Energia à TV estatal, sem mostrar nenhuma evidência. De acordo com Motta, o fornecimento de energia será reestabelecido dentro de três horas.
Guri, em Bolívar, é uma das maiores represas geradoras de energia da América Latina, atrás apenas da de Itaipu, entre Brasil e Paraguai.
A luz foi cortada em Caracas às 16h50 locais (17h50 de Brasília), afetando grandes zonas da cidade e serviços como o metrô. Linhas telefônicas e internet têm serviços intermitentes.
Muitas pessoas deverão caminhar durante horas para voltar para suas casas. Há poucos ônibus nas ruas, muitos deles lotados, e o metrô não está funcionando.
Os apagões são comuns na Venezuela, onde a economia está em colapso, com hiperinflação, falta de alimentos e remédios, além de grande êxodo de venezuelanos. Mais de três milhões de cidadãos já deixaram o país desde o início da crise.
Fonte: Notícias ao Minuto

Democracia é garantida pelo povo, diz Marco Aurélio sobre Bolsonaro


Ministro falou à reportagem após discurso do presidente

Democracia é garantida pelo povo, diz Marco Aurélio sobre Bolsonaro
 Carlos Humberto / SCO / STF
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse à reportagem nesta quinta-feira, 7, que a democracia é garantida pelo povo, e não pela atuação das Forças Armadas. Ao participar de evento da Marinha no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a democracia e a liberdade só existem "quando as Forças Armadas assim o querem".
A democracia é garantida pelo povo, pelo funcionamento a contento das instituições. Isso é o que garante a democracia, Forças Armadas existem para uma possibilidade extravagante numa situação de agressão externa. Como recurso derradeiro", observou o ministro da Suprema Corte, acrescentando ainda que "se dependermos" da atuação das Forças Armadas "para termos dias democráticos", "estaremos muito mal". "Se nós dependermos para termos dias democráticos da atuação das Forças Armadas, nós estaremos muito mal. O respaldo maior está nas Forças Armadas para uma eventualidade", completou Marco Aurélio.
Com a repercussão gerada, Bolsonaro fez no início da noite uma transmissão ao vivo no Facebook para explicar a declaração, para a qual convocou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Na live, o presidente disse que a fala foi levada para "o lado das mais variadas interpretações possíveis". Já Heleno afirmou que a declaração não teve "nada de polêmico".
"As suas palavras foram ditas de improviso para uma tropa qualificada e foram colocadas exatamente para aqueles que amam sua pátria, vivem diariamente o problema da manutenção da democracia e da liberdade, caracterizando e exortando para que continuem a fazer o papel que vêm fazendo, de serem guardiões da democracia e liberdade", disse o ministro do GSI. Com informações do Estadão Conteúdo. 
Fonte: Notícias ao Minuto

Mulheres voltam às ruas contra os retrocessos do governo Bolsonaro


Mídia NINJA
As mulheres voltam às ruas nesta sexta-feira (8) em ao menos 22 cidades brasileiras para celebrar o Dia Internacional da Mulher; depois das manifestações do #Elenão que reverberaram por todo mundo contra o discurso do ódio e o sexismo representados pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), a edição deste ano alerta para os retrocessos na reforma da previdência e do aumento da militarização
Da Rede Brasil Atual - As mulheres voltam às ruas nesta sexta-feira (8) em ao menos 22 cidades brasileiras para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Depois das manifestações do #Elenão que reverberaram por todo mundo contra o discurso do ódio e o sexismo representados pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), a edição deste ano alerta para as ameaças de retrocessos com o atual governo.
A proposta de "reforma" da Previdência, o aumento da militarização, a criminalização dos movimentos sociais, a política de "entreguismo" dos recursos naturais que afeta a soberania nacional são alguns dos pontos pautados por movimentos e pela Marcha Mundial das Mulheres. As manifestações também vão protestar contra o machismo, a violência de gênero, a desigualdade, o racismo e o preconceito contra pessoas LGBTs.
O assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), caso ainda sem solução quase um ano após o crime, será destaque na marcha que acontece em Fortaleza, sob a bandeira "Somos todas Marielles".
Na cidade de São Paulo, a partir das 16h, no Masp, e em Campinas, às 16h, no Largo do Rosário, os atos têm como lema "Mulheres contra Bolsonaro! Vivas por Marielle, em Defesa da Previdência, por Democracia e Direitos". A mesma bandeira de luta ganha espaço também nas cidades de Natal, Mossoró e Parelhas, no Rio Grande do Norte.
Em Salvador, Curitiba, Juiz de Fora (MG) e em Brasília, o destaque é a luta por vida, liberdade, justiça e direitos. O movimento em defesa do aborto legal e seguro e por uma educação não sexista e libertadora ganha voz na marcha em Porto Alegre (RS).
O recente crime da Vale em Brumadinho (MG) é alvo no protesto de Belo Horizonte, que destaca "O lucro não Vale a vida" chamando a atenção para o passivo ambiental deixado no estado pela ganância das mineradoras. Na Paraíba e em Pernambuco, as mulheres reforçam a luta contra o avanço dos interesses conservadores e neoliberais com o mote "Democracia, Reforma da Previdência e perda de direitos".
Reconhecimento e homenagens

A Assembleia Legislativa de São Paulo realiza na próxima segunda (11), a partir da 9h30, sessão solene para homenagear o trabalho e a resistência de mulheres com a Medalha Theodosina Ribeiro 2019, iniciativa realizada desde 2012 pela deputada Leci Brandão (PCdoB), em referência à primeira vereadora negra da Câmara Municipal de São Paulo.

Na edição deste ano, em que 18 personalidades serão premiadas, 14 delas são mulheres negras. Todas reconhecidas pelo trabalho e ações que "empoderam, impactam e influenciam decisivamente a vida de pessoas pertencentes a grupos vulneráveis da sociedade".
A presidenta e regente do Bloco Afro Ilú Obá de Min, percussionista e arte educadora, Beth Beli; a filósofa e escritora Djamila Ribeiro; a rapper, cantora e ativista da Luta Antirracista Bia Ferreira e a liderança do Movimento de Moradia Maria Helena são algumas das homenageadas.
Confira abaixo os locais da marcha
São Paulo
São Paulo
Local: Masp, na Avenida Paulista
Horário: 16h
Campinas
Local: Largo do Rosário
Horário: 16h30
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Local: Candelária, no centro
Horário: 17h
Rio Grande do Norte
Mossoró
Local: INSS, no Bairro Aeroporto, com percurso até o centro da cidade
Horário: 8h
Natal
Local: INSS, na Rua Apodi, com caminhada até a Praça dos 3 Poderes
Horário: 15h
Parelhas
Local: Cooperativa
Horário: 7h
Alagoas
Maceió
Local: Praça Deodoro
Horário: 9h
Pernambuco
Recife
Local: Praça do Derby
Horário: 14h
Garanhuns
Data: 9 de março
Local: Largo do Colunata
Horário: 9h
Caruaru
Data: 14 de março
Local: em frente ao INSS
Horário: 8h
Rio Grande do Sul
Porto Alegre
Local: Esquina democrática e Feira de Economia Solidária, o dia inteiro no Largo Glicênio Peres
Horário: 18h
Livramento
Local: Marcha Binacional, na Praça General Osório
Horário: 8h30

+ mateada, oficinas e atividades culturais das 10h às 17h30 no Parque Internacional

Rio Grande
Local: Coreto da Praça Tamandaré
Horário: 16h
Santa Maria
Local: na Praça Saldanha Marinho
Horário: 16h intervenções culturais e ato às 18h
São Leopoldo
Local: Câmara de Vereadores, na Rua Independência, 66
Horário: 16h
Caxias do Sul
Local: INSS, às 9h30, e caminhada até a Praça Dante, às 10h30, com atos durante a tarde
Minas Gerais
Belo Horizonte
Local: Praça Raul Soares
Horário: 17h
Juiz de Fora
Local: Parque Halfeld
Horário: 18h
Simonesia
Local: Praça Getúlio Vargas, no centro
Horário: 16h
Ceará
Fortaleza
Local: Praça da Justiça, Murilo Borges
Horário: 16h
Paraíba
Patos
Local: Concha Acústica
Horário: 7h30
Pará
Belém
Local: Mercado de São Brás
Horário: 8h30
Com informações da Marcha Mundial das Mulheres


Laudos sobre sanidade de Adélio Bispo tem divergências


Depois da sanidade de Jair Bolsonaro ser posta em xeque diante da publicação de conteúdo pornográfico no Twitter, a saúde mental de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada que marcou sua campanha eleitoral, ganhou as manchetes; segundo Marcelo Medina, procurador do caso, os dois laudos oficiais elaborados por peritos sobre a sanidade mental de Adélio Bispo apresentam divergências; um dos laudos oficiais diz que Adélio foi diagnosticado com "transtorno delirante permanente paranoide"; a defesa também apresentou laudo de 'doença mental' mas com grau da sanidade diferente
247 - Depois da sanidade de Jair Bolsonaro ser posta em xeque diante da publicação de conteúdo pornográfico no Twitter, a saúde mental de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada que marcou sua campanha eleitoral, ganhou as manchetes. Segundo Marcelo Medina, procurador do caso, os dois laudos oficiais elaborados por peritos sobre a sanidade mental de Adélio Bispo apresentam divergências. Um dos laudos oficiais diz que Adélio foi diagnosticado com "transtorno delirante permanente paranoide". A defesa também apresentou 'doença mental' mas com grau da sanidade diferente.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que "o teor do laudos não foi divulgado porque os procedimentos encontram-se em sigilo de Justiça. O procurador do caso, Marcelo Medina, afirmou que as duas avaliações oficiais apresentam contradições que não foram explicadas pelos peritos nas conclusões dos documentos. O procurador pediu esclarecimentos no último dia 22."
Segundo o jornal, "o processo contra Adélio está suspenso até que seja atestada ou não sua sanidade mental. Três laudos já foram elaborados no caso. O primeiro, um laudo particular apresentado pela defesa, provocou pedido de uma avaliação judicial oficial. O segundo laudo foi produzido por um psicólogo profissional a pedido dos dois peritos nomeados pela Justiça Federal para a avaliação da sanidade do réu. Esse documento seria um apoio ao terceiro e definitivo laudo judicial, este assinado pelos próprios peritos nomeados, que são psiquiatras de formação."
A matéria ainda destaca que "caso a insanidade fique comprovada, Adélio poderia se tornar inimputável e cumprir pena em um manicômio judiciário. Segundo o procurador Medina, apesar de a tese de insanidade ser perseguida por muitas defesas, nem sempre ela gera pena benéfica para o réu, que pode ser condenado a passar o resto de sua vida em uma unidade para detentos com problemas mentais, conhecidas pelas más condições no país."


Lawfare na Argentina: judiciário confirma prisão de Cristina Kischner


Adrian Escandar
Assim como no Brasil, em que o ex-presidente Lula foi preso para não disputar uma eleição presidencial, o mesmo pode acontecer na Argentina, onde a ex-presidente Cristina Kirchner é favorita para vencer Mauricio Macri, que fez a pobreza disparar no país, na disputa deste ano; ontem, a suprema corte argentina confirmou a prisão de Cristina, mas a decisão ainda precisa ser referendada pelo Senado; ela é acusada de tentar encobrir um atentado contra um centro judaico
247 – O chamado efeito Orloff – eu sou você, amanhã – em que o Brasil repetia fatos acontecidos na Argentina, pode ser agora invertido. Assim como no Brasil, em que o ex-presidente Lula foi preso para não disputar uma eleição presidencial, o mesmo pode acontecer na Argentina, onde a ex-presidente Cristina Kirchner é favorita para vencer Mauricio Macri, que fez a pobreza disparar no país, na disputa deste ano. Ontem, a suprema corte argentina confirmou a prisão de Cristina, mas a decisão ainda precisa ser referendada pelo Senado; ela é acusada de tentar encobrir um atentado contra um centro judaico. Leia, abaixo, reportagem do Jornal do Brasil:
Do Jornal do Brasil – A Suprema Corte da Argentina rechaçou nesta quinta-feira um pedido de apelação da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) em um caso de suposto encobrimento dos autores do atentado terrorista a um centro judaico na capital do país, em 1994. Agora, Cristina terá de aguardar o julgamento para tentar provar sua inocência, mas não irá para a prisão agora, graças a seu foro privilegiado como senadora.
Os magistrados negaram hoje um recurso extraordinário apresentado pela defesa da ex-líder para anular o processo contra ela que tramita em instâncias judiciais inferiores por abuso de autoridade e encobrimento agravado. Em 2013, a Argentina fechou um acordo de colaboração com o Irã para o esclarecimento do ataque terrorista contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que deixou 85 vítimas e mais de 300 feridos. A Justiça argentina concluiu que o Irã planejou o ataque e que ele foi executado pelo grupo terrorista islâmico Hezbollah. Teerã sempre negou envolvimento no episódio.
O acordo entre a Argentina e o Irã nunca entrou em vigor, mas Cristina foi processada pela iniciativa e acabou por receber um pedido de prisão preventiva pelo juiz Claudio Bonadío no fim de 2017. Atualmente senadora oposicionista, ela não foi presa porque tem foro privilegiado e argumenta que o pacto era o único modo de se retomar as investigações do caso.
Posteriormente, um tribunal federal e a Câmara de Cassação, o máximo tribunal penal do país, confirmaram a resolução do magistrado. Cristina, que afirma ser inocente, apresentou recurso na Suprema Corte, rechaçado hoje porque "não se dirige contra uma sentença definitiva ou comparável como tal", segundo a decisão dos cinco magistrados.
Agora, Cristina terá de enfrentar um julgamento, em data ainda não confirmada. Ela seguirá em liberdade, a menos que o Senado vote para retirar seu foro, o que necessitaria o aval de dois terços dos integrantes da Casa, algo pouco provável. Ela é ainda cotada para ser candidata nas eleições presidenciais de 27 de outubro no país.