Assim como no Brasil, em que o ex-presidente Lula foi preso
para não disputar uma eleição presidencial, o mesmo pode acontecer na
Argentina, onde a ex-presidente Cristina Kirchner é favorita para vencer
Mauricio Macri, que fez a pobreza disparar no país, na disputa deste ano;
ontem, a suprema corte argentina confirmou a prisão de Cristina, mas a decisão
ainda precisa ser referendada pelo Senado; ela é acusada de tentar encobrir um
atentado contra um centro judaico
247 – O chamado efeito Orloff – eu
sou você, amanhã – em que o Brasil repetia fatos acontecidos na Argentina, pode
ser agora invertido. Assim como no Brasil, em que o ex-presidente Lula foi
preso para não disputar uma eleição presidencial, o mesmo pode acontecer na
Argentina, onde a ex-presidente Cristina Kirchner é favorita para vencer
Mauricio Macri, que fez a pobreza disparar no país, na disputa deste ano.
Ontem, a suprema corte argentina confirmou a prisão de Cristina, mas a decisão
ainda precisa ser referendada pelo Senado; ela é acusada de tentar encobrir um
atentado contra um centro judaico. Leia, abaixo, reportagem do Jornal do Brasil:
Do Jornal do Brasil – A
Suprema Corte da Argentina rechaçou nesta quinta-feira um pedido de apelação da
ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) em um caso de suposto encobrimento
dos autores do atentado terrorista a um centro judaico na capital do país, em
1994. Agora, Cristina terá de aguardar o julgamento para tentar provar sua
inocência, mas não irá para a prisão agora, graças a seu foro privilegiado como
senadora.
Os
magistrados negaram hoje um recurso extraordinário apresentado pela defesa da
ex-líder para anular o processo contra ela que tramita em instâncias judiciais
inferiores por abuso de autoridade e encobrimento agravado. Em 2013, a
Argentina fechou um acordo de colaboração com o Irã para o esclarecimento do
ataque terrorista contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina
(AMIA), que deixou 85 vítimas e mais de 300 feridos. A Justiça argentina
concluiu que o Irã planejou o ataque e que ele foi executado pelo grupo
terrorista islâmico Hezbollah. Teerã sempre negou envolvimento no episódio.
O
acordo entre a Argentina e o Irã nunca entrou em vigor, mas Cristina foi
processada pela iniciativa e acabou por receber um pedido de prisão preventiva
pelo juiz Claudio Bonadío no fim de 2017. Atualmente senadora oposicionista,
ela não foi presa porque tem foro privilegiado e argumenta que o pacto era o
único modo de se retomar as investigações do caso.
Posteriormente,
um tribunal federal e a Câmara de Cassação, o máximo tribunal penal do país,
confirmaram a resolução do magistrado. Cristina, que afirma ser inocente,
apresentou recurso na Suprema Corte, rechaçado hoje porque "não se dirige
contra uma sentença definitiva ou comparável como tal", segundo a decisão
dos cinco magistrados.
Agora,
Cristina terá de enfrentar um julgamento, em data ainda não confirmada. Ela
seguirá em liberdade, a menos que o Senado vote para retirar seu foro, o que
necessitaria o aval de dois terços dos integrantes da Casa, algo pouco
provável. Ela é ainda cotada para ser candidata nas eleições presidenciais de
27 de outubro no país.