quarta-feira, 6 de março de 2019

Não reconhecido pela maioria do povo venezuelano, Guaidó é mais famoso na Colômbia


Aprovação do deputado opositor é de apenas 21% entre venezuelanos; já para 52% a 57%, Maduro é o único presidente
Juan Guaidó (ao centro) e o presidente da Colômbia, Iván Duque (à sua direita), usam do ataque a Maduro para aumentar popularidade / Foto: AFP
Pesquisas de opinião realizadas no mês de fevereiro apontam que a maioria da população venezuelana segue reconhecendo Nicolás Maduro como o único chefe de Estado do país. Isso ficou demonstrado em duas pesquisas. A realizada pela empresa venezuelana Hinterlaces aponta que 57% da população local entende Nicolás Maduro como o presidente legítimo da Venezuela.
Outra pesquisa, feita pela empresa brasileira Ideias a pedido da revista Exame, indica que cerca de 52% dos venezuelanos responderam que Maduro é o presidente da República. Enquanto 21% reconhecem o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que no dia 23 de janeiro se autoproclamou presidente interino do país. Já 18% não responderam e 9% disseram que não sabiam.
Fora da Venezuela, no país vizinho, a Colômbia, o cenário se inverte. A empresa de pesquisa colombiana Invamer afirmou que a popularidade de Guaidó entre a população colombiana é de 70%, ou seja, mais alta do que a do próprio presidente do país, Iván Duque, que teve 42% de aprovação em fevereiro.
E ainda assim é um cenário favorável para o fiel apoiador de Guaidó, já que a popularidade do presidente colombiano subiu 15 pontos nos últimos dois meses, período de início de uma ofensiva da nação vizinha contra a Venezuela. Antes disso, os problemas internos da Colômbia tinham provocado uma queda em sua popularidade. Entre novembro e dezembro de 2018, aqueles que avaliavam positivamente o governo de Duque caíram de 53% para 27%, de acordo com a mesma empresa.
O impacto da repercussão da mídia estrangeira sobre o que está acontecendo na Venezuela pode ajudar a explicar o fato de o deputado opositor Juan Guaidó ser mais reconhecido fora do que na própria Venezuela.
De acordo com Marco Teruggi, sociólogo argentino radicado na Venezuela, o rápido aumento da popularidade de Guaidó junto à população venezuelana e de outros países se trata de uma criação midiática, visto que ele era praticamente desconhecido antes de se autoproclamar presidente interino.
“Existe um exagero comunicacional, que foi o ponto inicial para construir a imagem de Guaidó. Os meios ocultaram a dimensão real que tinha sua imagem dentro do território venezuelano. Quiseram apresentá-lo como uma nova liderança, alguém transversal à sociedade multiclassista. Houve uma construção midiática para legitimar essa afirmação, mas a realidade está bem longe disso. Tentaram construir artificialmente uma liderança. Isso teve um peso importante fora da Venezuela e, em alguns países, conseguiu-se convencer de que existem, efetivamente, dois presidentes na Venezuela”, analisa o sociólogo.
Meios tentaram construir artificialmente uma liderança na Venezuela, diz sociólogo | Foto: Federico Parra/AFP


Desconhecimento recente
Cerca de dois meses atrás, Juan Guaidó poderia ser considerado um desconhecido por boa parte dos venezuelanos. Isso é o que mostrou uma pesquisa da Hinterlaces, feita no dia 20 de janeiro, que apontava que 81% da população não sabia quem era o presidente da Assembleia Nacional.
Dias depois, em 23 de janeiro, ele voltou a se autoproclamar presidente interino do país, invocando o artigo 233 da Constituição. Tal artigo diz que, em caso de “ausência absoluta do presidente”, deverão ser convocadas novas eleições a serem realizadas em um prazo de 30 dias. Este ato de Guaidó foi prontamente reconhecido por países como os Estados Unidos e os membros do Grupo de Lima.  
parte da oposição que apoia Guaidó diz não reconhecer a eleição presidencial realizada em 20 de maio de 2018, por suportas fraudes. No pleito, Maduro alcançou 5,8 milhões de votos, ou 68%. No entanto, creem como legítimas as eleições de 2015, quando o atual líder opositor foi eleito deputado, com 97 mil votos. Segundo especialistas e observadores internacionais, as duas eleições contaram com as mesmas condições.
Já a votação que levou Guaidó ao cargo máximo do Legislativo venezuelano, a Assembleia Nacional, foi considerada simbólica, pois se tratou de um acordo entre os partidos opositores, que dominam o órgão. Na eleição do último dia 6 de janeiro, foi a vez do partido de Guaidó assumir a liderança, como explica o vice-presidente da Casa, o deputado Edgar Zambrano, do partido Ação Democrática. “A presidência da Assembleia Nacional já havia sido exercida pelos partidos Primeiro Justiça e Ação Democrática. Era a vez do Vontade Popular, e Guaidó foi uma indicação de seu partido. Foi um acordo que fizemos”, afirmou em entrevista ao Brasil de Fato.
Fonte: Brasil de Fato

PT faz balanço dos 60 dias de Bolsonaro que abalaram o Brasil; assista ao vídeo



A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o líder do partido na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), fizeram um balanço nesta quarta (6) dos sessenta dias do governo Jair Bolsonaro (PSL) que abalaram o Brasil.
Os petistas analisaram a agenda de retrocessos e ameaça aos direitos do povo nestes primeiros 60 dias de governo Bolsonaro.
Dentre os temas abordados por Pimenta e Gleisi está a reforma da previdência, os supersalários de juízes, o envolvimento do clã Bolsonaro com o crime organizado, etc. Do blog do Esmael

 



Reale diz que Bolsonaro pode sofrer impeachment


Jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do processo que resultou na deposição da presidente eleita Dilma Rousseff, diz que a divulgação de um vídeo contendo atos obscenos pelo presidente Jair Bolsonaro configura quebra de decoro e pode justificar a abertura de um processo de impeachment. Segundo Reale, Bolsonaro pode ser enquadrado na lei 1.079 de 1950, que diz que é crime contra a probidade na administração pública "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo"
247 - Para o jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do processo que resultou na deposição da presidente eleita Dilma Rousseff, a divulgação de um vídeo contendo atos obscenos pelo presidente Jair Bolsonaro configura quebra de decoro e pode justificar a abertura de um processo de impeachment. Segundo Reale, Bolsonaro pode ser enquadrado na lei 1.079 de 1950, que diz que é crime contra a probidade na administração pública"proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo".
Para Reale, a possível quebra de decoro por parte de Bolsonaro fpi reforçada pela falta de necessidade da divulgação vídeo com o conteúdo obsceno. "O que eu destaco é a absoluta desnecessidade de enviar este vídeo abjeto ao povo brasileiro para denunciar algo que tinha sido visto, previamente, por algumas centenas de pessoas", disse o advogado ao jornal O Globo.
Reale destaca, ainda, que a postagem feita por Bolsonaro não tinha como objetivo denunciar um ato obsceno, mas desmoralizar os blocos que fizeram críticas contra o seu governo durante o carnaval. "Não foi para denunciar. O presidente tem outros meios muito mais hábeis para isso do que publicar no Twitter. Inclusive, aparentemente, quem estava nesse bloco diz que foi um ato isolado de um sujeito bêbado", observou.
"Um auxiliar, reservadamente, poderia fazer isso junto à autoridade policial. Com a divulgação, ele deu exposição a um fato restrito, sem nenhuma necessidade: ou seja, ampliou o ato. Algo que seria visto por algumas pessoas foi visto pelo Brasil inteiro", completou.


Noblat: um presidente “normal” jamais faria o que Bolsonaro fez


Para o jornalista Ricardo Noblat, o presidente Jair Bolsonaro perdeu o decoro ao postar um vídeo obsceno em suas redes sociais; citando a lei 1.079 da Constituição Federal, ele questiona se "compartilhar vídeo pornográfico "é ou não incompatível "com a dignidade, a honra e o decoro do cargo" de presidente da República?"', questiona; para Noblat, "ninguém espera que um presidente aparentemente normal reaja como fez o capitão Bolsonaro em sua conta no Twitter"
247 - Para o jornalista Ricardo Noblat, a postagem de um vídeo obsceno feita pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais "pode ter sido efeito da ressaca de um carnaval onde apanhou muito por toda parte e foi alvo de insultos de baixo calão. Mas ninguém espera que um presidente aparentemente normal reaja como fez o capitão Bolsonaro em sua conta no Twitter"
"Ele agrediu a lei, a moral, os bons costumes e até a sensibilidade dos seus próprios devotos ao compartilhar um vídeo pornográfico. Sim, porque uma coisa é o erotismo, representação explícita da sexualidade. Outra muita diferente é a pornografia", ressalta Noblat em seu blog.
"Bolsonaro pediu aos quase 3 milhões e meio de seguidores que tirassem suas próprias conclusões e que debatessem a respeito. Recebeu como resposta mais de 24 mil comentários, a maioria criticando-o pelo que havia feito", observa.
'"Proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo" é crime, segundo a lei 1.079 da Constituição Federal. Compartilhar vídeo pornográfico é ou não incompatível "com a dignidade, a honra e o decoro do cargo" de presidente da República?"', questiona.
"O país que deu a Bolsonaro 58 milhões de votos em outubro último está sendo apresentado aos poucos ao presidente que elegeu", avalia.


Daniela Mercury responde Bolsonaro: posso ir até Brasília te explicar como funciona a Lei Rouanet


Após ser atacada por Jair Bolsonaro por conta da música 'Proibido o Carnaval', que defende a liberdade de expressão, a cantora Daniel Mercury enviou um comunicado oficial ao presidente se propondo conversar sobre a Lei Rouanet - que segundo ele, sustenta a artista; "Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte. Reitero aqui a minha disposição de conversar com o senhor e com sua equipe sobre a lei Rouanet", escreveu; leia a íntegra
247 - Depois de ser atacada, junto com Caetano Veloso, por Jair Bolsonaro por conta da música 'Proibido o Carnaval', que faz críticas à censura e defende a liberdade de expressão, a cantora Daniel Mercury divulgou um longo comunicado em resposta ao presidente. Nele, a artista pede "respeito" pelo que é e pelo que representa e se propõe a ir até Brasília explicar a ele, com sua esposa, como funciona a Lei Rouanet.
Em uma postagem no Twitter, Bolsonaro se referiu a Daniela Mercury e a Caetano Veloso, que estão entre os maiores artistas brasileiros, como "dois 'famosos'" e disse que, com a música "Proibido o Carnaval", os dois estavam acusando o governo Bolsonaro "de querer acabar com o Carnaval". "A verdade é outra: esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet", respondeu.
"Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte. Reitero aqui a minha disposição de conversar com o senhor e com sua equipe sobre a lei Rouanet. Se assim desejar, irei com minha esposa, que é também minha empresária, até Brasília para conversar com o senhor sobre o assunto. Abraços e feliz carnaval", escreve Daniela.
Leia a íntegra:
"Sr. Presidente, sinto muito que não tenha compreendido a canção 'Proibido o Carnaval', que defende a liberdade de expressão e é claramente contra a censura. Mas acho que isso nem vem ao caso aqui porque percebo que há uma distorção muito grave sobre a lei Rouanet. Parece que ela ainda não foi compreendida. Por isso, me coloco à disposição para explicar como funciona o passo a passo dessa lei. E aproveito para tranquilizá-lo. Usei muito pouco de verba pública de impostos da lei Rouanet em cada projeto que tive aprovado. Para que o senhor entenda, cada desfile de trio sem cordas (sem cobrança de ingresso, de graça para os foliões), custa cerca de 400 mil reais. Em 20 anos, Eu tive apoio (TUDO DENTRO DA LEI) de cerca de um milhão de reais de verba de impostos da lei rouanet. 1 milhão em 20 anos, ressalto!!! Dá cerca de 50 mil reais por ano, se assim dividirmos. Considere, sr. Presidente, que eu comecei o movimento de trios sem cordas, de graça para o público, há 21 anos. Eles custaram, por baixo, cerca de 10 milhões de reais! Se tive cerca de 1 milhão de verba pública nesses 20 anos, isso significa que o restante (9 milhões) paguei ou do MEU BOLSO diretamente ou com o patrocínio de empresas privadas. Em 35 anos de carreira, fiz muitas apresentações de graça no Brasil, bancadas do meu bolso. Essa fake news sobre a lei Rouanet criada na eleição não pode continuar sendo usada para desmerecer o trabalho sofrido e suado dos artistas brasileiros. A arte, além de tudo, tem um valor imensurável e o retorno do nosso trabalho para a sociedade, para o turismo, pra a economia é gigante. Para que compreenda melhor, apenas com 1 ano do sucesso 'O Canto da Cidade' (uma música "famosa" minha), Salvador ganhou 500 mil turistas a mais. Mais um exemplo: eu tenho cerca de 50 milhões de reais de retorno de mídia espontânea em cada carnaval de Salvador. Esse retorno, a partir de minhas apresentações (6 horas por dia cantando e dançando sem parar nem para comer – somadas a mais 5 horas prévias de preparação – e mais 2 horas pós apresentação para recuperação da voz e do corpo – durante 6 dias seguidos) traz uma valorização gigantesca para a imagem da cidade, do Estado e do país. Tudo isso estimula o turismo e turbina a economia. Tenho visto que estimular o turismo é um objetivo do senhor. Não se engane: trabalhamos muito. Quando se ataca a arte de um país, quando se ataca os "artistas" brasileiros, se ataca a alma do povo desse país. Mereço respeito pelo que sou, pelo que represento e pelo que faço constantemente pela sociedade brasileira em diversas causas, não apenas na arte. Reitero aqui a minha disposição de conversar com o senhor e com sua equipe sobre a lei Rouanet. Se assim desejar, irei com minha esposa, que é também minha empresária, até Brasília para conversar com o senhor sobre o assunto. Abraços e feliz carnaval."
Daniela Mercury Verçosa


Bolsonaro quebra decoro e publica vídeo obsceno


"Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro", escreveu Jair Bolsonaro, ao postar um vídeo obsceno em suas redes sociais; Bolsonaro parece incomodado com o fato de ter virado o grande alvo dos brasileiros neste carnaval e também pelo slogan "Ei, Bolsonaro, VTNC" ser o grande hit da festa
247 – Acredite se quiser, mas Jair Bolsonaro postou um vídeo obsceno para seus 3,45 milhões de seguidores no twitter. "Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões", escreveu o presidente do Brasil.
Bolsonaro parece incomodado com o fato de ter virado o grande alvo dos brasileiros neste carnaval e também pelo slogan "Ei, Bolsonaro, VTNC" ser o grande hit da festa. Com o gesto que quebra o decoro presidencial, ele também sinaliza a intenção de se posicionar como um defensor da moral e dos bons costumes, embora seu governo esteja coalhado de escândalos.
 


Câmara realiza sessão hoje à tarde com 13 matérias na pauta



Ordem do Dia disposta no Portal do Legislativo apresenta nove projetos de leis e quatro requerimentos. Entre os projetos de leis, se encontra o que concede Título de Cidadão Honorário ao Deputado Estadual Arilson Chiorato (PT). A proposta, aprovada em primeira discussão na semana passada, é de autoria do vereador Lucas Leugi e vai à plenário em segunda votação.
Depois do descanso prolongado por conta do feriado de carnaval, a Câmara de Apucarana, sob comando do presidente Luciano Molina (Rede), reúne os vereadores para realização de sessão logo mais às 16 horas. Treze matérias constam da Ordem do Dia disposta no Portal do Legislativo, sendo nove projetos de leis e quatro requerimentos. Entre os projetos de leis, destaca-se o que concede Título de Cidadão Honorário de Apucarana ao deputado estadual Arilson Chiorato (PT), pelos relevantes serviços prestados à comunidade apucaranense. A proposta é de autoria do vereador Lucas Leugi (Rede) e vai a plenário em segunda votação.
Outras matérias que chamam a atenção, são os requerimentos endereçados à Rodonorte, DER e Sanepar. Todos de autoria do vereador Lucas Leugi. Através deles, o autor pede informações que julga de interesse público e requer aprovação dos vereadores.
Da Rodonorte e DER, Leugi pede informações sobre a abertura de uma passagem de acesso às chácaras e demais propriedades na trincheira em frente ao 30º BIMEC. Da Sanepar, o vereador indaga sobre o fiel cumprimento da Lei Municipal 30/2002 de 15 de maio daquele ano, que trata da instalação de equipamento eliminador de ar nas tubulações do sistema de abastecimento de água da Companhia, em Apucarana.
Veja a lei:



terça-feira, 5 de março de 2019

Relembre um dos mais emblemáticos discursos de Lula


No dia 4 de março de 2016, há exatos três anos, Lula era levado de forma autoritária para um depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, no episódio que popularizou o termo jurídico “condução coercitiva”. O caso demonstrou toda a perseguição política de Sérgio Moro, hoje no cargo de ministro da Justiça, ao ex-presidente. A data também ficou marcada por um dos mais emblemáticos discursos de Lula
Do Boletim da Resistência Democrática – 1. No dia 4 de março de 2016, há exatos três anos, Lula era levado de forma autoritária para um depoimento na Polícia Federal, em São Paulo, no episódio que popularizou o termo jurídico “condução coercitiva”. O caso demonstrou toda a perseguição política de Sérgio Moro, hoje no cargo de ministro da Justiça, ao ex-presidente. A data também ficou marcada por um dos mais emblemáticos discursos de Lula. Relembre: https://pt.org.br/episodio-da-conducao-coercitiva-completa-3-anos-de-perseguicao-a-lula/
2. A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), usaram suas redes sociais para relembrar os três anos do “sequestro” de Lula, sob a fachada de condução coercitiva. Pimenta afirma que esta foi a primeira das muitas “ilegalidades absurdas e criminosas” cometidas por Sérgio Moro contra o ex-presidente, que hoje é preso político do esquema da Lava-Jato. E Gleisi destaca que invadiram a casa do Lula, dos seus filhos e o Instituto Lula. “Queriam achar grana, ouro, joias... não encontraram”. Saiba mais: https://ptnacamara.org.br/portal/2019/03/04/hoje-completa-tres-anos-do-sequestro-de-lula-inicio-da-perseguicao-insana-ao-ex-presidente/
3. O cantor e compositor Chico Buarque e sua companheira Carol Proner enviaram carta de solidariedade a Lula, pela perda do neto Arthur, que faleceu nesta sexta-feira (1º) em decorrência de uma meningite meningocócica. O casal finalizou a carta assim: "Acompanhamos sua dor, sofremos ao seu lado e, mais que nunca, nos orgulhamos de você, nosso Presidente”. Veja o relato: https://pt.org.br/chico-buarque-e-carol-proner-escrevem-carta-em-solidariedade-a-lula/
4. Com a presença do arcebispo de Curitiba, Dom Francisco Cota de Oliveira, a Vigília Lula Livre realizou ato inter-religioso clamando por mais humanidade, solidariedade e tolerância. Além do arcebispo, que esteve na vigília pela primeira vez, a cerimônia foi celebrada por representantes de diversas vertentes religiosas: Assista: https://bit.ly/2ENbl27

PM paulista quebra braça de dirigente do PT que usava camisa Lula Livre


O presidente do diretório municipal do PT Atibaia, Geovani Doratiotto, teve o braço quebrado propositalmente por um policial militar, depois que ele já estava imobilizado, dentro de uma delegacia; o episódio aconteceu neste domingo 3, quando Geovani participava de um bloco de Carnaval com um grupo que foi provocado por defensores de Bolsonaro por conta de sua camiseta, que trazia a frase "Lula Livre"; ele foi agredido e, na delegacia, teve os braços apertados por algemas; policiais defendiam as agressões, segundo a companheira de Geovani; episódio será apurado pela corregedoria e também levado para a Comissão de Direitos Humanos da OAB, uma vez que Geovani é advogado
247 - O presidente do diretório municipal do PT Atibaia, Geovani Doratiotto, teve o braço quebrado propositalmente por um policial militar dentro de uma delegacia da cidade, no interior de São Paulo. O episódio aconteceu neste domingo 3, quando Geovani participava de um bloco de Carnaval com um grupo que foi provocado por defensores de Bolsonaro por conta de sua camiseta, que trazia a frase "Lula Livre". Ele foi agredido pelos eleitores de Bolsonaro e, na delegacia, teve o braço quebrado quando já estava totalmente imobilizado.
A companheira de Geovani, Pham Dal Bello, fez um relato do episódio em sua página no Facebook, denunciando que o grupo deles havia sido provocado por defensores de Bolsonaro no bloco e Geovani fora covardemente agredido por essas pessoas. Já na delegacia, "Geovani foi algemado com duas algemas que eles apertaram o quanto puderam para machucar", relatou.
"Do lado de fora eu vi policiais nitidamente defendendo as agressões direcionadas ao Geovani pelo simples fato do meu companheiro vestir uma camiseta do Lula. Meu companheiro teve o braço quebrado por um policial por questionar as lesões e uso de duas algemas, quebraram o úmero e ele perdeu o movimento dos dedos", contou ainda.
O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) informou ao 247 que conversou por telefone com o ouvidor da PM, Benedito Mariano, que vai instalar um procedimento imediato para apurar a agressão, no qual o dirigente do PT será ouvido. O caso será levada para a corregedoria da corporação e também para a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), uma vez que Geovani é advogado.
De acordo com o deputado, o ouvidor pediu para que Doratiotto fosse registrar a ocorrência na corregedoria na próxima quarta-feira 6. O 247 tentou contato com Geovani, mas não conseguiu retorno. Confira abaixo a íntegra do relato de Pham e o vídeo da agressão:


CCR vai reconhecer pagamento de propina para tucanos no Paraná


A Rodonorte, empresa do grupo CCR, vai reconhecer que pagou propina para tucanos no Paraná em acordo com a força-tarefa da Lava Jato, informa a jornalista Daniela Lima; ex-motorista da concessionária disse que entregou malas de dinheiro na sede do governo, no Tribunal de Contas do estado e na associação das empresas concessionárias
247 - A Rodonorte, empresa do grupo CCR, vai reconhecer que pagou propina para tucanos no Paraná em acordo com a força-tarefa da Lava Jato, informa a jornalista Daniela Lima, no Painel.
"A negociação está em fase final. Como tem ações na Bolsa e aposta na conquista de novas concessões que irão a leilão, a companhia quer limpar o trilho de irregularidades para não correr o risco de enfrentar problemas na Justiça. Um ex-motorista da concessionária disse que entregou malas de dinheiro na sede do governo", diz a jornalista.
O ex-motorista, que trabalhava na presidência da Rodonorte, disse que além dos montantes levados ao Palácio Iguaçu, ele também relatou entregas no Tribunal de Contas do estado e na associação das empresas concessionárias.


PT irão Supremo contra caixa dois da lava jato


O PT informa que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o Carnaval, contra o bilionário fundo privado criado pela lava jato com recursos da Petrobras — uma espécie de caixa dois da força-tarefa de Curitiba, conta o jornalista Esmael Morais
Esmael Morais - O PT informa que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o Carnaval, contra o bilionário fundo privado criado pela lava jato com recursos da Petrobras — uma espécie de caixa dois da força-tarefa de Curitiba.
O aporte pago pela estatal de petróleo de R$ 2,5 bilhões seria gerido pela Petrobras, Ministério Público Federal e Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Pelo acordo firmado entre as partes, metade dos recursos seria destinada a eventuais ressarcimentos a sócios minoritários e outra para a reforma de escolas públicas.
Para o PT, de boas intenções o inferno está cheio. Portanto, afirma o partido, o MPF não tem competência para definir os caminhos de recursos públicos por mais nobres sejam. Essa tarefa cabe exclusivamente aos poderes legislativo e executivo, sustentam os petistas.
O partido vê a ideia do bilionário fundo privado como um verdadeiro caixa dois da lava jato que, inclusive, é suspeita de remunerar as delações premiadas para incriminar justamente o PT.
Mas não é só os petistas de carteirinha que se levantam contra o caixa dois da lava jato. O eterno senador Roberto Requião (MDB-PR), do alto de seus 78 anos completados hoje, disse que a força-tarefa faz “achaque” e que ensejaria a prisão de procuradores do Ministério Público Federal. “Dois bilhões e meio de reais é muito dinheiro. Além disso, a lava jato pode perseguir e punir mais para ampliar seu caixa dois. Os políticos jamais foram tão ousados assim”, afirmou o ex-parlamentar ao Blog do Esmael.
Resumo do samba: a lava jato não é flor que se cheire.


Em pleno Carnaval, Bolsonaro ataca Caetano e Daniela Mercury


Depois de atacar a Educação, Bolsonaro volta agora suas baterias no Carnaval contra os artistas do país, as artes e a cultura nacional; num tweet na manhã desta terça, ele atacou com violência Caetano Veloso e Daniela Mercury afirmando que eles sequer são artistas e acusou-os falsamente de viveram às custas da Lei Rouanet: "Esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet"; Bolsonaro referiu-se a dois dos mais relevantes artistas do país como "dois 'famosos'"; é uma retaliação ao videoclipe "Proibido o Carnaval" lançado no início de fevereiro.
247 - Depois de atacar a Educação, Bolsonaro volta agora suas baterias no Carnaval contra os artistas do país, as artes e a cultura nacional. Num tweet na manhã desta terça-feira de Carnaval (5), ele atacou com violência Caetano Veloso e Daniela Mercury afirmando que eles sequer são artistas e acusou-os falsamente de viveram às custas da Lei Rouanet: "Esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet". O presidente da República referiu-se a dois dos mais relevantes artistas do país como "dois 'famosos'". É uma retaliação ao videoclipe "Proibido o Carnaval" lançado no início de fevereiro.
No seu tweet, Bolsonaro divulga a gravação de um artista cujo nome é omitido com uma marchinha de ataque aos dois artistas e que começa com o cantor anunciando: "Essa marchinha vai para o nosso querido Caetano Veloso e nossa querida Daniela Mercury... chupa!". O refrão da marchinha é o ataque mentiroso aos dois: "Ê ê ê ê ê, tem gente ficando doida sem a tal Lei Rouanet". 

O ataque de Bolsonaro é uma retaliação bolsonarista ao videoclipe, "Proibido o Carnaval", que os dois lançaram no início de fevereiro. Numa música que mistura ritmos e cores carnavalescas, o vídeo retrata uma festa repleta de convidados e dançarinos de ambos os sexos. O ritmo é frenético, alegre e o vídeo é sensual. Daniela e Caetano beijam-se, assim como vários dançarinas e dançarinos de todos os sexos, com beijos entre todos.
O vídeo termina com uma homenagem a Jean Wyllys, que desistiu de seu mandato e exilou-se depois de mais de um ano de ameaças de morte dos bolsonaristas: ""Dedico este videoclipe ao meu amigo amado e incansável guerreiro Jean Wyllys. Estamos te esperando de volta: o Carnaval não está proibido! Axé!!!".
A letra de "Proibido o Carnaval" faz uma crítica bem humorada a todo ideário bolsonarista quanto aos direitos civis e à moral social, com uma referência direta à declaração da ministra Damares Alves (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) para quem meninos deve vestir azul e as meninas, rosa. Cantaram Daniela e Caetano: "Vai de rosa ou vai de azul?".
Leia a letra e veja a seguir o videoclipe de "Proibido o Carnaval":
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca
Tô no meio da rua sem roupa
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de rebeldia, provocando a fantasia
Tô no meio da rua, tô louca (hum)
Tô no meio da rua sem roupa (ah é)
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de fantasia, provocando a rebeldia
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Só tem asinha
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
A mulherada comandando a batucada
O trio elétrico cantava, libertando a multidão
Frevo fervando no Galo da Madrugada
Pernambuco não parava de fazer revolução
Filhos de Gandhi, o afoxé na resistência
O Caboclo era soldado no Brasil da Independência
No crocodilo, Stonewall, estou aqui
No carnaval beijando free
Salvador é a nova Grécia

Quilombola, Tupinambá
O corpo é meu, ninguém toca
Vatapá, caruru
Iemanjá lá no sul
Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca (tá louca?)
Tô no meio da rua sem roupa (uau)
Tô no meio da rua com água na boca
Vestida de rebeldia, provocando a fantasia
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
Minha alma não tem tampinha
Minha alma não tem roupinha
Minha alma não tem caixinha
Minha alma só tem asinha
A liberdade, a Caetanave, a Tropicália
O povo de Maracangalha sai dançando o meu axé
O samba ensina, o samba vence a violência
O samba é a escola de quem ama esse país como ele é
Eu falei: Faraó, e ninguém respondeu
Quem come aqui sou eu, Romeu
Libera a libido
Forró em Caruaru, é?
Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Abra a porta desse armário
Que não tem censura pra me segurar
Abra a porta desse armário
Que alegria cura, venha me beijar
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Está proibido o Carnaval
Nesse país tropical
Axé, axé, axé, axé, axé (proibido? Tá proibido proibir)
Axé (axé), axé (axé), axé, axé, axé, axé!
Ficou safada




Tuiuti homenageia o salvador da pátria e puxa gritos por Lula Livre


A escola de samba Paraíso do Tuiuti realizou o desfile mais esperado desta noite, na Marquês de Sapucaí, com o enredo "O Salvador da Pátria", que homenageou o ex-presidente Lula. "Do nada um bode vindo lá do interior, destino pobre, nordestino sonhador, vazou da fome, retirante ao Deus dará, soprou as chamas do dragão do mar", diziam os versos que contagiaram a avenida. Ao fim do desfile, a plateia pediu Lula Livre; vídeo
247 – A escola de samba Paraíso do Tuiuti realizou o desfile mais esperado desta noite, na Marquês de Sapucaí, com o enredo "O Salvador da Pátria", que homenageou o ex-presidente Lula. "Do nada um bode vindo lá do interior, destino pobre, nordestino sonhador, vazou da fome, retirante ao Deus dará, soprou as chamas do dragão do mar", diziam os versos que contagiaram a avenida.
O carnavalesco da escola, Jack Vasconcelos, já havia antecipado a homenagem a Lula. “Vocês que fazem parte dessa massa irão conhecer um mito de verdade: nordestino, barbudo, baixinho, de origem pobre, amado pelos humildes e por intelectuais, incomodou a elite e foi condenado a virar símbolo da identidade de um povo. Um herói da resistência!”.
O bode ao qual se refere a letra é o bode Ioiô, personagem real das ruas de Fortaleza, onde chegou pelas mãos de um retirante que fugia de uma grande seca no interior cearense, em 1915. Carismático e popular, Ioiô perambulava pelas ruas da capital. Fazia diariamente o mesmo trajeto, da Praia do Peixe (hoje Praia de Iracema) à Praça do Ferreira; ao cair da tarde, voltava pelo mesmo caminho — daí o nome Ioiô. Fez muitos amigos, entre eles poetas e intelectuais, com os quais levava uma vida boêmia regada a muitas doses de cachaça. No auge da fama, Ioiô foi eleito para a Câmara de Vereadores, em 1922 — tempo em que as cédulas eram pedaços de papel escritos à mão –, mas levou um "golpe" da elite fortalezense e teve sua eleição impugnada. É no paralelismo entre o bode e Lula que está a marcada poética dos compositores láudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal. 
 

segunda-feira, 4 de março de 2019

Na surdina, governo publica MP que ataca organização sindical


Para analista, objetivo é atingir resistência contra o desmantelamento "do que resta do Estado de bem-estar social"
MP 873 confronta orientação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o tema / André Borges | Agência Brasil

Sem aviso ou discussão prévia, o governo publicou uma medida provisória, a 
MP 873, tornando ainda mais difícil a situação financeira das entidades sindicais, que já haviam sido atingidas pela "reforma" trabalhista (Lei 13.467, do final de 2017). O analista político Marcos Verlaine, assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), por exemplo, identifica, entre outros, um objetivo de "desarticular completamente a organização sindical".
Entre outras determinações, a MP estabelece que a contribuição sindical está condicionada à autorização "prévia e voluntária do empregado", e precisa ser "individual, expressa e por escrito". O texto torna nula contribuição mesmo referendada por negociação coletiva ou assembleia. E obriga a efetuar o desconto via boleto, em vez de desconto em folha.
Isso afronta nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho. Em um dos itens, o MPT afirma que "a assembleia de trabalhadores regularmente convocada é fonte legitima para a estipulação de contribuição destinada ao custeio das atividades sindicais, podendo dispor sobre o valor, a forma do desconto, a finalidade e a destinação da contribuição".
Para dificultar um pouco mais, a MP 873 determina que a contribuição deve ser feita por boleto bancário ou equivalente eletrônico, encaminhado à residência do empregado. "Vê-se com isto a intenção clara de inviabilizar, destruir a organização sindical, sem chances de essas entidades se restabelecerem", analisa Verlaine, para quem a exigência de boleto agrava a situação: "Além de retirar receita ainda gera despesas, pois as entidades precisam preparar logística para que o trabalhador autorize o desconto e também para o envio do boleto."
A "reforma" trabalhista acabou com a obrigatoriedade da contribuição (ou imposto) sindical, cobrado, no caso dos trabalhadores, uma vez por ano e equivalente a um dia de trabalho. Esse imposto também existe na representação patronal, calculado com base no capital social. Como fontes de receita, as entidades sindicais podem aprovar contribuições normalmente chamadas confederativas ou negociais, além das mensalidades dos associados. A MP dificulta seriamente qualquer desconto, tornando ainda mais complicada a situação financeira das entidades.
O analista e assessor do Diap vê um propósito claro de "desalentar importante setor de resistência ao governo e suas propostas que desmantelem o que resta do Estado de bem-estar social". 
A Força Sindical divulgou nota em que aponta "irregularidades  quanto ao aspecto formal da medida, que por imperativo legal, necessita que a matéria a ser tratada seja de relevância e urgência, o que obviamente não é o caso". Segundo a central, o texto também tem inconstitucionalidade "flagrante", ao ferir o princípio da liberdade sindical, promovendo "interferência estatal na organização sindical brasileira". Além disso, a entidade afirma que a MP 873 confronta orientação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o tema. E informa que está estudando medidas inclusive jurídicas. 
"É importante lembrar que desde o início deste governo, a Força Sindical buscou o diálogo democrático e a negociação, mas, infelizmente, na calada da noite o governo edita esta nefasta MP demonstrando autoritarismo, despreparo e indisposição para o diálogo", afirma a nota, assinada pelo presidente da central, Miguel Torres. A entidade chama o texto de "AI-5 sindical".
A CTB também atacou a medida, "mais um severo golpe contra o movimento sindical brasileiro". "Fica claro e evidente que a MP tem o objetivo de asfixiar e liquidar as organizações de classes dos trabalhadores, os sindicatos", afirma a central, que identifica "total desrespeito e afronta à Constituição".
"Estamos diante de um cenário no qual cumpre ao movimento sindical uma estratégia de resistência e a busca da mais ampla unidade para a luta em defesa dos sindicatos, da democracia, da soberania nacional e dos direitos sociais e trabalhistas", afirma o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Fonte: Brasil de Fato

Folha aponta que Moro não é superministro, mas sim funcionário de um despreparado


Em editorial publicado nesta segunda-feira, a Folha de S. Paulo aponta que o caso Ilona Szabó revela que o ex-juiz Sergio Moro não tem carta branca no governo e o coloca na condição de um funcionário de um presidente neófito e despreparado
47 – Em editorial publicado nesta segunda-feira, a Folha de S. Paulo aponta que o caso Ilona Szabó revela que o ex-juiz Sergio Moro não tem carta branca no governo e o coloca na condição de um funcionário de um presidente neófito e despreparado. "O caso contribui, ademais, para desmistificar a condição de superministro atribuída a Moro desde a formação da equipe do presidente Jair Bolsonaro (PSL)", diz o texto do editorial.
"A ideia de um mandatário voluntariamente tutelado por nomes de excelência técnica pode parecer sedutora —o próprio Bolsonaro a estimulou, em particular no caso de Guedes, seu 'posto Ipiranga', que tornou sua candidatura mais palatável a boa parte das elites intelectual e econômica do país. Trata-se de uma ilusão, porém, imaginar que se possam delegar tão facilmente os poderes e as responsabilidades do presidente. Afinal, neófito e despreparado, foi ele quem obteve quase 58 milhões de votos há apenas quatro meses", aponta ainda o editorial.


Guaidó deixa o Equador para voltar à Venezuela, mas rota é desconhecida


O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, deixou neste domingo (3) o Equador, depois de anunciar sua intenção de voltar à Venezuela e liderar novos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, mas sua rota de volta para casa permanece desconhecida
Yury Garcia (Reuters) - O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, deixou neste domingo o Equador, depois de anunciar sua intenção de voltar à Venezuela e liderar novos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, mas sua rota de volta para casa permanece desconhecida.
Guaidó, que passou os últimos dias em viagens a países da América do Sul para angariar apoio, deixou a cidade litorânea de Salinas em um avião da Força Aérea Equatoriana em direção a cidade de Guayaquil, depois de se encontrar com o presidente do Equador, Lenin Moreno, no sábado.
De Guayaquil não está claro para onde Guaidó irá em seguida. Para chegar em Caracas na segunda-feira, ele pode usar voos comerciais via Bogotá ou Cidade do Panamá, mas seus assessores não revelaram quais são seus planos.
Guaidó desprezou uma proibição de deixar a Venezuela, determinada pela Suprema Corte do país - ligada ao governo chavista de Maduro - quando cruzou a fronteira com a Colômbia para coordenar os esforços para enviar ajuda humanitária a seu país. Tropas leais a Maduro bloquearam os esforços.
Seu retorno à Venezuela abre caminho para uma possível prisão, como já ameaçou Maduro. Ainda assim Guaidó afirmou que irá retornar ao país.
O líder da oposição convocou novos protestos em Caracas para a segunda e a terça-feira.