quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Veja mente e faz péssimo jornalismo para atacar o PT, rebate Pimenta


Deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, responde nota publicada pela coluna Radar que acusa o parlamentar de ter 'torrado' R$ 1.150 em um restaurante em Brasília no dia 1o. de fevereiro; Pimenta rebate, dizendo não ter ido a qualquer restaurante nessa data, e esclarece que esse valor é referente a uma "nota coletiva de uma bancada de 54 parlamentares"
247 - O deputado federal Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara, divulgou uma nota em que esclarece números divulgados em uma nota pela coluna Radar, da Veja que acusa o parlamentar de ter 'torrado' R$ 1.150 em um restaurante em Brasília no dia 1o. de fevereiro. O texto faz outras acusações ao PT, como a de que os deputados já gastaram "R$ 4 841 em passagens aéreas, R$ 2 250 em aluguel de veículo e R$ 1 684 em combustível".
Pimenta rebate, dizendo não ter ido a qualquer restaurante nessa data, e esclarece que esse valor é referente a uma "nota coletiva de uma bancada de 54 parlamentares". "Veja sabe de tudo isso. Mas optou por mentir para seguir sua recorrente postura de ataque ao PT e a suas lideranças", critica.
"Esta já é a quarta nota com esse tipo de assunto e em todas as demais o método usado foi o mesmo: meias verdades e mentiras absurdas. A liberdade de imprensa exige responsabilidade e respeito à verdade factual, pilares que sustentam o compromisso do jornalismo com a sociedade", diz ainda. Leia a íntegra:
Veja mente e faz péssimo jornalismo para atacar o PT
Numa nota de poucas linhas que não tem qualquer compromisso com os princípios elementares do jornalismo, a revista Veja mentiu diversas vezes para atacar o PT.
O líder Paulo Pimenta não foi a qualquer restaurante no dia 1º de fevereiro passado.
O valor de R$ 1.150 divulgado pela coluna Radar, de Veja, refere-se a uma nota coletiva de uma bancada de 54 parlamentares.
Todos os valores citados na nota estão relacionados a despesas do conjunto da bancada de 54 deputados e deputadas.
Veja sabe de tudo isso. Mas optou por mentir para seguir sua recorrente postura de ataque ao PT e a suas lideranças.
Se o objetivo da nota fosse jornalístico, o jornalista deveria ter ouvido o líder ou a assessoria de imprensa da Liderança, mas nem esse princípio básico, que seria respeitado por qualquer estagiário, foi respeitado pelo autor do texto.
Esse tipo de ataque de Veja, enganando leitores e imputando fatos inexistentes ao líder da bancada na Câmara, tem se repetido há tempos.
Esta já é a quarta nota com esse tipo de assunto e em todas as demais o método usado foi o mesmo: meias verdades e mentiras absurdas.
A liberdade de imprensa exige responsabilidade e respeito à verdade factual, pilares que sustentam o compromisso do jornalismo com a sociedade.
Veja não cumpre isso e atua como porta-voz explícita de interesses político-partidários.
Brasília, DF, 27 de fevereiro de 2019.
Dep. Paulo Pimenta (PT-RS)

Jornalista e líder da Bancada do PT na Câmara



PT vai questionar MDA e China sobre acordo agrícola com EUA


O acordo comercial que vem sendo negociado entre China e Estados Unidos, que pode substituir todas as exportações de soja do Brasil para a China por grãos norte-americanos, será questionado pelo Partido dos Trabalhadores. "Queremos saber o que o governo pretende fazer para impedir um prejuízo bilionário ao Brasil", diz a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que pretende questionar tanto a ministra Teresa Cristina, da Agricultura, como a embaixada da China, em Brasília; ela lembra que quase toda a soja plantada no Paraná é exportada para a China
247 – Embora o agronegócio tenha sido uma das bases de apoio para a eleição de Jair Bolsonaro, o setor será defendido pelo Partido dos Trabalhadores, uma vez que o atual governo tem se mostrado totalmente submisso aos interesses de Donald Trump.
O capítulo mais recente desta submissão aconteceu ontem, quando Trump foi ao Twitter comemorar o acordo agrícola negociado com a China, que deve ampliar em 10 milhões de toneladas a quantidade de soja comprada dos Estados Unidos – o que pode zerar as importações de produtos brasileiros.
"Vamos questionar a ministra Teresa Cristina, da Agricultura, para saber que providências serão tomadas para proteger o setor agrícola nacional", diz ela, que também estuda uma forma de agir em relação à China. A deputada, que preside o PT, lembra que praticamente toda a soja paranaense é exportada para os chineses.
Além disso, a União Europeia também anunciou que não deve mais realizar acordos comerciais com o Mercosul. Tanto a chanceler alemã Angela Merkel como o presidente francês Emmanuel Macron têm restrições ao governo de Jair Bolsonaro, em razão de seu desrespeito ao meio ambiente e aos direitos humanos.
Ou seja: o agronegócio poderá em breve chegar à conclusão de que não valeu a pena contribuir para a eleição de um presidente que não defende interesses nacionais e adota um discurso contrário ao meio ambiente, às populações indígenas e aos movimentos sociais.


Lula: Judiciário fez denúncia vazia contra Haddad na eleição e escondeu caso Queiroz



Ex-presidente lembra que a "denúncia absurda", como se refere ao processo que acaba de ser arquivado pela 12ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo por corrupção e lavagem de dinheiro contra Fernando Haddad, prejudicou o então candidato do PT à presidência durante a campanha em 2018 e ainda compara que o caso Queiroz, que atinge a família Bolsonaro, "só foi aparecer depois da eleição"; enquanto isso, ele, Lula, foi "impedido de disputar, condenado por Moro por 'atos indeterminados'"
247 - O ex-presidente Lula reagiu nesta quarta-feira 27 à denúncia que havia sido apresentada contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad por corrupção e lavagem de dinheiro, e que acaba de ser arquivada pela 12ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Lula chama o processo de "absurdo" e lembra que ele prejudicou o então candidato do PT à presidência da República durante a campanha em 2018, com repercussão na imprensa tradicional, como a Globo.
Em uma postagem feita por sua equipe no Facebook, Lula compara ainda o processo contra Haddad com o caso de Fabrício Queiroz, que atinge em cheio a família Bolsonaro, mas "só foi aparecer depois da eleição". Queiroz era assessor direto de Flávio Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, acusado de receber dezenas de depósitos de outros servidores do gabinete do filho do presidente. Também foi ele quem indicou a contratação de integrantes de milícia do Rio de Janeiro para o gabinete de Flávio. 
"E Lula foi impedido de disputar, condenado por Moro por 'atos indeterminados'", termina a mensagem no Facebook. Confira:
 


TJ tranca ação penal contra Haddad usada por Bolsonaro na campanha

A 12ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo trancou ação penal que acusava Fernando Haddad da prática de corrupção e lavagem de dinheiro; a acusação narrava que o empreiteiro Ricardo Pessoa teria pago por caixa 2 dividas de campanha do ex-Prefeito com gráficas em troca de futuros benefícios para sua empresa, a UTC Engenharia, e foi usada por Jair Bolsonaro na campanha presidencial
247 – A 12ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo trancou ação penal que acusava Fernando Haddad da prática de corrupção e lavagem de dinheiro. A acusação narrava que o empreiteiro Ricardo Pessoa teria pago por caixa 2 dividas de campanha do ex-Prefeito com gráficas em troca de futuros benefícios para sua empresa, a UTC Engenharia.


Segundo o voto do relator, Desembargador Vico Mañas, a denuncia não esclarece qual a vantagem pretendida pelo empreiteiro, uma vez que os interesses da UTC foram contrariados pela gestão municipal, que chegou a cancelar um contrato já assinado com a empresa para a construção de um túnel na Avenida Roberto Marinho.

O representante do Ministério Público junto ao Tribunal, Mauricio Ribeiro Lopes, concordou também com a tese da defesa, destacando que a acusação falhou na descrição do crime e que não foram trazidos elementos que justificassem a ação penal.

Para os advogados de defesa, Pierpaolo Cruz Bottini e Leandro Racca, “o Tribunal reconheceu as falhas da acusação e a inexistência de benefícios indevidos para a UTC a gestão Fernando Haddad. O próprio Ministério Público concordou com a inviabilidade do processo penal contra o ex-Prefeito. A decisão põe um ponto final a uma injustiça que durava meses.

Desemprego segue em alta sob Bolsonaro


O desemprego segue em alta no governo Bolsonaro; a taxa de desocupação do país voltou a crescer e fechou o trimestre móvel encerrado em janeiro em 12%; os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta quarta-feira (27), na avaliação do IBGE, “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados”
Agência Brasil - A taxa de desocupação do país voltou a crescer e fechou o trimestre móvel encerrado em janeiro em 12%, resultado 0,3 ponto percentual superior aos 11,7% relativos ao trimestre encerrado em outubro do ano passado. Com a alta, a população desocupada passou a 12,7 milhões – crescimento de 2,6% (mais 318 mil pessoas) frente ao trimestre agosto a outubro de 2018.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados hoje (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A subutilização da força de trabalho ficou em 24,3% no período, somando 27,5 milhões de pessoas.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, expõe que este trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que os mesmos períodos de 2018 e 2017". “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados”, expôs.


Direita no poder já fez PIB per capita recuar a 2010; até onde afundaremos?


Os dados desagregados do Monitor do PIB apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas indicam claramente o processo de destruição da economia do país e de ataque aos mais pobres desde que a direita chegou ao poder com o golpe contra Dilma Roussef em 2015-16; o PIB per capita do país em 2018 recuou nada menos que oito anos, aos níveis de 2010, primeiro ano do governo Dilma; a queda, foi brutal a partir de 2015, ano em que o governo de Dilma foi inviabilizado pelas elites
247 - Os dados desagregados do Monitor do PIB apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) indicam claramente o processo de destruição da economia do país e de ataque aos mais pobres desde que a direita chegou ao poder com o golpe contra Dilma Roussef em 2015-16. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país em 2018 recuou nada menos que oito anos, aos níveis de 2010, primeiro ano do governo Dilma. A queda, foi brutal a partir de 2015, ano em que o governo de Dilma foi inviabilizado pelas elites.
reportagem do jornal Estado de S.Paulo revela que, com o crescimento de apenas 1,1%, como apontam as previsões, se levada em consideração a geração de riqueza por habitante, o PIB per capita mostra um cenário ainda pior, com desempenho inferior ao de 2010.
O PIB per capita deve encerrar 2018 em R$ 32.443, a valores de 2018, ante os R$ 33.923 registrados oito anos antes. O mau desempenho explica-se pelo fato de a atividade econômica não ter acompanhado o crescimento populacional no período.  “O PIB diminuiu, e a população ainda cresceu. Então somando os dois a situação fica ainda pior”, explicou Juliana Cunha, analista do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV.
Os dados mostram que a atividade econômica está muito distante de recuperar o que foi perdido durante a crise, ressaltou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB. Se confirmado o crescimento de 1,1% em 2018, o PIB ainda precisará avançar 5% para retornar ao pico alcançado em 2014.
A reportagem de Daniela Amorim ainda aponta que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) previa uma alta de 1,3% no PIB de 2018, mas admite que o resultado deve ficar aquém do estimado, entre 1,1% ou 1,2%. O resultado oficial será divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Lentidão para sair da crise chama atenção de especialista 
O Ipea projeta para este ano um avanço de 2,7%, mas acredita que o PIB volte ao pico apenas no ano seguinte, em 2020. “A economia está enfrentando mais dificuldade para voltar ao patamar anterior ao da recessão. Nas recessões anteriores, essa saída foi mais rápida. Desta vez, já se passaram 18 trimestres e (a economia) ainda não chegou lá”, lembrou Claudio Considera.
“Chama a atenção a lentidão dessa recuperação. Passamos por crises longas, mas a maior novidade é o quanto não temos conseguido recuperar essas perdas tão rápido quando em 81 e 89”, ressalta Considera. 



Chanceler da Venezuela pede uma reunião entre Trump e Maduro


O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, pediu nesta quarta-feira (27) na ONU uma reunião entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e venezuelano, Nicolás Maduro, para tentar encontrar uma saída para crise
247, com AFP - O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, pediu nesta quarta-feira (27) na ONU uma reunião entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e venezuelano, Nicolás Maduro, para tentar encontrar uma saída para crise.
Em discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Jorge Arreaza disse que o presidente Maduro "está pronto para o diálogo (...) mesmo com os Estados Unidos".
"Por que não uma reunião entre o presidente Trump e o presidente Maduro?" - questionou.


Guaidó pode pegar até 30 anos de prisão, diz juiz


O líder da oposição Juan Guaidó que se autodeclarou presidente interino da Venezuela com o apoio dos EUA, pode enfrentar uma pena de até 30 anos de prisão por violar uma proibição de viajar; o juiz adjunto do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Juan Carlos Valdez, disse à Sputnik na terça-feira (26), que a visita de Guaidó à Colômbia no dia 22 de fevereiro violou a proibição de viajar imposta pelo Poder Judiciário venezuelano
247, com Sputnik - O líder da oposição Juan Guaidó que se autodeclarou presidente interino da Venezuela com o apoio dos EUA, pode enfrentar uma pena de até 30 anos de prisão por violar uma proibição de viajar.
O juiz adjunto do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Juan Carlos Valdez, disse à Sputnik na terça-feira (26), que a visita de Guaidó à Colômbia no dia 22 de fevereiro violou a proibição de viajar imposta pelo Poder Judiciário venezuelano.
"Ele é uma pessoa que se esconde da justiça. O que acontece com os fugitivos que estão voltando ao país e são achados pelas autoridades? Eles devem ser capturados e enviados para a prisão", disse Valdez, acrescentando que "ele pode enfrentar até 30 anos de prisão".
Os promotores estão atualmente analisando a conduta de Guiadó relativamente a possíveis crimes, acrescentou o juiz.
Guaidó viajou à Colômbia na sexta-feira (22), alegadamente para liderar uma "onda humana" através da fronteira e forçar a entrada da "ajuda humanitária" fornecida pelos EUA. Porém, além de a ajuda não ter entrado, Guaidó não foi visto em nenhum lugar, enquanto seus seguidores se envolveram em confrontos com as forças de segurança.
Posteriormente, o autoproclamado presidente viajou à capital colombiana, Bogotá, onde participou na segunda-feira (25) da reunião do Grupo de Lima, apoiando a tentativa dos EUA de forçarem a derrubada pela força do presidente Nicolás Maduro.
Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Venezuela, nesta terça-feira (26), o enviado especial dos EUA, Elliott Abrams, anunciou que serão aplicadas mais sanções contra Caracas ainda nesta semana.
"Dissemos que as sanções vão continuar, anunciamos as sanções ontem [...] Haverá mais, haverá mais nesta semana, haverá mais na próxima semana. Continuaremos a impor sanções a membros do alto escalão do regime e a pessoas que lidam com os assuntos financeiros", afirmou Abrams.
Guaidó disse à emissora colombiana NTN24 que pretende voltar à Venezuela apesar do risco de ser preso.


Maioria de brasileiros que vivem na Venezuela não quer deixar o país


Consulado do Brasil em Caracas emitiu comunicado com recomendação para brasileiros evitarem viagens terrestres e aumentarem os cuidados com os protestos

REUTERS/Bruno Kelly
Apesar do clima da tensão e de incerteza, a maioria dos aproximadamente 11,8 mil brasileiros que moram na Venezuela não quer deixar o país. Mais de 70% deles vivem na capital Caracas e o restante, em várias outras localidades. Porém, por cautela, o Consulado-Geral do Brasil em Caracas emitiu nessa terça-feira (26) um comunicado de alerta. Nele, a recomendação é para evitar viagens terrestres e aumentar os cuidados com os protestos.
“O Consulado-Geral do Brasil em Caracas recomenda aos cidadãos brasileiros residentes na Venezuela que estejam atentos às manifestações e protestos e limitem a sua mobilidade nesses dias”, diz o documento.
Outra recomendação é que os turistas brasileiros "evitem viajar à Venezuela por terra, tendo em vista o fechamento das fronteiras pelo governo venezuelano”.
Orientação semelhante o Itamaraty fez em 26 de janeiro deste ano. “O Consulado-Geral do Brasil recomenda aos cidadãos brasileiros evitar viagens não essenciais ao país”, diz o texto divulgado há um mês.
Após horas de negociações entre autoridades brasileiras e venezuelanas, mais de 100 brasileiros conseguiram autorização para deixar a região de Santa Elena do Uairén, na Venezuela.
No grupo, há turistas e residentes, inclusive crianças, além de motoristas de caminhões.
De acordo com funcionários que acompanham o transporte das pessoas, muitos deixaram o país na noite de hoje (26).
O fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela foi definido pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no último dia 22. Desde então são registrados episódios de violência e confrontos nas fronteiras tanto com o Brasil, como também com a Colômbia.
Na noite de hoje, o Ministério das Relações Exteriores reiterou que o “serviço consular segue auxiliando os brasileiros na consulta sobre interesse em deixar” a Venezuela. O governo brasileiro mantém consulados em Caracas, Ciudad Guayana, Puerto Ayacucho e Santa Elena de Uiarén. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Notícias ao Minuto


Após derrota, Bolsonaro revoga decreto que mudava Lei de Acesso


Embora o governo negasse diminuição de transparência, o decreto que agora foi revogado ampliava o número de autoridades que poderiam tornar as informações protegidas por 25 anos

Isac Nóbrega/PR

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Depois de sofrer uma derrota política no Congresso e receber críticas pelo retrocesso que provocaria na transparência dos atos públicos, o presidente Jair Bolsonaro decidiu revogar decreto que alterava as regra de aplicação da LAI (Lei de Acesso à Informação), que entrou em vigor em 2012. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa Civil, a revogação será publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (27).
A decisão de rever o decreto ocorreu depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado na semana passada a urgência de um projeto que sustaria os efeitos do texto original.
O decreto, que foi assinado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, no dia 24 de janeiro, durante viagem do presidente a Davos, na Suíça, alterava as regras de aplicação da LAI e permitia que ocupantes de cargos comissionados da gestão, em muitos casos sem vínculo permanente com a administração pública, pudessem classificar dados do governo federal como informações ultrassecretas e secretas.
Líder do PSL no Senado, partido de Bolsonaro, major Olímpio comemorou a decisão.
"Esse decreto era natimorto, o governo se antecipou com essa medida. Já sofreu derrota na Câmara e ia sofrer pior aqui no Senado", disse à reportagem.
Segundo Olímpio, ele havia conversado com o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo do Senado, e sugerido que a edição do texto fosse revista.
O parlamentar do PSL diz que o decreto unia o "inútil ao desagradável" e "não demonstrava transparência".
Olímpio lembrou ainda que o próprio vice-presidente ironizou na semana passada a derrota do governo na Câmara.
"Perdi. Perdeu, playboy", disse Mourão ao ser indagado sobre a derrota imposta pela Câmara ao Planalto.
Na ocasião, os deputados aprovaram um projeto que, referendado também pelo Senado, retiraria o decreto que diminuía a transparência do ordenamento jurídico, isto é, tornaria-no sem efeito.
Ao alterar um decreto anterior que regulamentava a LAI, o texto da gestão de Bolsonaro permitia que ocupantes de cargos comissionados da gestão, em muitos casos sem vínculo permanente com a administração pública, pudessem classificar dados do governo federal como informações ultrassecretas e secretas -aquelas com grau máximo de sigilo de 25 anos e 15 anos, respectivamente.
Embora o governo negasse diminuição de transparência, o decreto que agora foi revogado ampliava o número de autoridades que poderiam tornar as informações protegidas por 25 anos, renovadas por mais 25 anos, as chamadas ultrassecretas. Pelo texto anterior, essa classificação só poderia ser feita por presidente, vice-presidente, ministros de Estado, comandantes das Forças Armadas e chefes de missões diplomáticas ou consulares permanentes no exterior. Com isso, 251 pessoas estavam autorizadas a fazerem a classificação.
O documento assinado em janeiro autorizava também os assessores comissionados do Grupo-DAS de nível 101.6 ou superior, entre os mais elevados do Executivo, a fazê-lo. Podem ocupar esse cargo servidores públicos ou não, que exercem funções de direção ou assessoramento superior, com remuneração mensal de R$ 16.944,90. O número de pessoas que poderiam decidir sobre as informações ultrassecretas passava de 251 para 449.
Além desses, as autoridades poderiam delegar a dirigentes máximos de autarquias, de fundações, de empresas públicas e de sociedades de economia mista também a fazerem essa classificação dos documentos públicos da esfera federal.
Representantes de entidades que militam pela transparência na administração pública criticaram as mudanças no decreto. O ex-presidente da Comissão de Ética da Presidência da República Mauro Menezes, que ocupou o cargo de 2016 a 2018, classificou a alteração como "deplorável". "O sistema de transparência pública sofre um golpe duro com essa ampliação indiscriminada dos agentes capazes de impor sigilo de dados públicos."
Fonte: Notícias ao Minuto


Submissão de Bolsonaro a Trump pode quebrar o agronegócio brasileiro


O agronegócio, setor que financiou a eleição de Jair Bolsonaro, pagará caro pelo apoio a um presidente que bate continência para os Estados Unidos – e não defende os interesses nacionais; isso porque, com o Brasil convertido em colônia de Donald Trump, a China decidiu comprar de fazendeiros americanos a soja e as carnes que antes vinham das fazendas nacionais; o prejuízo será bilionário e Bolsonaro ainda não esboçou reação 
247 - Com a subserviência de Jair Bolsonaro a Donald Trump, o Brasil vai perdendo todos os espaços comerciais construídos aos longo de décadas. Os americanos tomaram boa parte do mercado chinês que mantinha aquecido o agronegócio brasileiro ao Brasil. O secretário de Agricultura dos EUA festejou via Twitter que "os chineses se comprometeram a comprar mais 10 milhões de toneladas de soja americana". A tendência é de que o mercado de carne bovina e aves também sofra impacto da ausência de política comercial externa por parte do Brasil.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "foi o número que deixou mercados e Donald Trump animados, a ponto de o presidente tuitar: 'Se for feito o acordo com a China, nossos grandes Fazendeiros Americanos serão tratados melhor do que jamais foram tratados antes!'. O Financial Times destacou então, na terça, 'Que forma pode ter o acordo EUA-China', dizendo que ele começaria pela importação maior, por parte dos chineses, de produtos agropecuários como soja, carne bovina e aves."
A matéria ainda acrescenta: "a Reuters, por New York Times e outros, informa que o comissário de Agricultura da UE falou que 'houve retrocesso por parte de países do Mercosul em relação ao acertado em 2017' para o acordo entre os dois blocos. E que foi por 'razões políticas' —o que a agência explicou lembrando que, segundo a chanceler alemã Angela Merkel, 'Jair Bolsonaro tornaria mais difícil alcançar o acordo'."
Inscreva-se na TV 247 e confira o "Bom dia 247" sobre o tema:


Trapalhão Velez agora se desculpa por ofender os brasileiros


O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em documento enviado ao STF que foi "infeliz" ao afirmar que brasileiro age como "canibal" em viagens ao exterior; recentemente, o ministro disse também que quando o brasileiro viaja "rouba coisas"; "Meu pedido de desculpas a quem se sentiu ofendido", justificou Vélez
247 - O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi "infeliz" ao afirmar que brasileiro age como "canibal" em viagens ao exterior. A informação é do portal G1. 
Recentemente o ministro disse também que quando o brasileiro viaja "rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião, ele acha que sai de casa e pode carregar tudo". "Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola", disse o ministro na ocasião.
Diante da declaração, um advogado entrou com uma interpelação judicial no STF para que o ministro esclarecesse a fala. A ministra Rosa Weber, relatora do caso, notificou Vélez Rodríguez.
"Fui infeliz na declaração aberta, genérica, mas tal não pode ser lida como a prática dos crimes de calúnia, difamação e injúria, na medida em que, repita-se, não teve o propósito de ofender as honras objetiva e subjetiva de brasileiros determinados. Utilizei-me de uma figura de linguagem hiperbólica, nada mais do que isso, para potencializar a mensagem", escreveu Rodríguez.
O ministro completou que apresentou desculpas públicas nas redes sociais, o que não significa admitir crime.
"Pelas redes sociais, já lancei, inclusive, meu pedido de desculpas a quem se sentiu ofendido, o que, de forma alguma, implica o reconhecimento da prática de um crime contra a honra", disse.
A Advocacia-Geral da União (AGU) já pediu ao Supremo para arquivar o caso por entender que as declarações tiveram "caráter genérico", sem atingir ninguém especificamente.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Trabalhadores fazem passeata para impedir fechamento da Ford


Em greve desde o anúncio de fechamento da fábrica que produz caminhões, no último dia 19, os metalúrgicos realizaram uma assembleia para discutir os rumos da mobilização e a estratégia da luta pela manutenção dos empregos na montadora e em toda a cadeia produtiva da indústria automobilística; o fechamento da planta da Ford no ABC impacta mais de 27 mil trabalhadores
247 - Centenas de guarda-chuvas coloridos simbolizaram a determinação dos trabalhadores e trabalhadoras da Ford, em São Bernardo do Campo, na Região do ABC Paulista, de lutar por seus direitos na manhã desta terça-feira (25) de chuva. Em greve desde o anúncio de fechamento da fábrica que produz caminhões, no último dia 19, os metalúrgicos realizaram uma assembleia para discutir os rumos da mobilização e a estratégia da luta pela manutenção dos empregos na montadora e em toda a cadeia produtiva da indústria automobilística. Depois de decidirem a manutenção da greve, seguiram em caminhada pelo centro da cidade. O fechamento da planta da Ford no ABC impacta mais de 27 mil trabalhadores, direta e indiretamente – tanto da Ford quanto das fábricas que produzem peças automotivas, prestadores de serviços, restaurantes e comércio da redondeza. 
Entre a Ford e o Paço Municipal, manifestantes foram pressionar o prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB), para que ele proponha políticas de proteção aos empregos e a empresa no Brasil, muitos motoristas buzinaram em solidariedade aos metalúrgicos.  
Durante o percurso, trabalhadores de empresas que prestam serviços para a Ford, como autopeças, diretores e diretoras do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) denunciavam os impactos da saída da Ford para todos e todas.
“Essa luta é de todos e todas. Essa montadora não pode fazer isso. Tem pais, mães, filhos fazendo a luta", afirmou a secretária de Mulheres da Federação Estadual dos Metalúrgicos de São Paulo, Andréa Souza.
“Sem emprego, os trabalhadores e as trabalhadoras não vão poder comprar e os comércios vão sair no prejuízo e toda a economia de São Bernardo será afetada e não vamos permitir que isso aconteça”.
Impactos
E foi contra mais essa tragédia para a classe trabalhadora que se uniram à luta contra o fechamento da montadora, metalúrgicos de regiões como Osasco, Pouso Alegre, Guarulhos e Taubaté, professores, químicos, eletricitários e servidores públicos e até trabalhadores do outro lado do mundo.
“Estamos aqui não somente por solidariedade, estamos ao lado de vocês porque estamos convencidos que a luta de vocês também é nossa!”, afirmou Elena Lattuada, Secretária-Geral da Confederação Geral Italiana - CGIL Lombardia, maior sindicato da Itália, que representa mais de 5,5 milhões de trabalhadores.
“Vamos conversar com o sindicato europeu e a Ford para ajudar na luta de vocês. A gente conhece bem a Ford e as multinacionais que se aproveitam dos trabalhadores e depois vão para outros lugares. É indispensável a luta porque é importante para os trabalhadores do mundo. Vocês não estão sozinhos, continuem até vencer”, finalizou Elena.
O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, que é professor, reforçou o entendimento de que a luta não é só dos metalúrgicos, é de toda a classe trabalhadora.
“Estou vendo sindicatos, centrais e parlamentares porque é uma preocupação de todos nós. O fechamento da Ford aqui em São Bernardo é um golpe contra a classe trabalhadora. A luta dos metalúrgicos da Ford é luta da classe! E a unidade é fundamental pra sairmos vitoriosos”, afirmou.
*Com informações da CUT


Contra Itamaraty, militares impediram guerra com Venezuela, diz Amorim


O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim faz uma análise multilateral da crise na Venezuela e do comportamento dos principais atores externos, em entrevista ao jornal Valor Econômico; indica que "os militares (...) veem com muita restrição a maneira como o Itamaraty está agindo" e "graças a eles, o Brasil não se precipitou nesse conflito"; critica os EUA por utilizar a doação de "ajuda humanitária" como pretexto para uma ação militar contra o país sul-americano e defende uma solução política, com a convicção de que "a página do diálogo nunca devia estar virada"
247 - O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim faz uma análise multilateral da crise na Venezuela e do comportamento dos principais atores externos, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta terça-feira (26). Indica que "os militares (...) veem com muita restrição a maneira como o Itamaraty está agindo" e "graças a eles, o Brasil não se precipitou nesse conflito". Critica os Estados Unidos por utilizar a doação de "ajuda humanitária" como pretexto para desencadear uma ação militar intervencionista contra o país sul-americano. "Tudo vinha sendo feito para colocar uma eventual ação armada sob a capa de intervenção humanitária, que poderia dar alguma legitimidade à intervenção". Defende uma solução política, com a convicção de que "a página do diálogo nunca devia estar virada".
Amorim relata fatos importantes da relação entre os governos de Lula e Chávez. Discorre sobre as relações contraditórias entre o Itamaraty e as Forças Armadas sob o governo Bolsonaro, indicando que a depender do Itamaraty o Brasil já tinha se envolvido no conflito. "Os militares são mais cautelosos e veem com muita restrição a maneira como o Itamaraty está agindo", diz.
Experiente, responsável pela política externa "altiva e ativa" do governo Lula e tendo lidado com a inserção internacional do Brasil no mundo globalizado, defensor do multilateralismo como método de exercício da política externa, o ex-chanceler não poupa críticas ao atual Ministério das Relações Exteriores. "Hoje no Itamaraty o conceito não é mais o de soberania frente aos Estados Unidos, ou frente à China. É a soberania frente aos organismos multinacionais, o que é a mesma visão dos Estados Unidos. Você pode entender que o país mais poderoso do mundo não queira amarras, mas não é o caso do Brasil. Não pode atacar o sistema multilateral como ataca".
Amorim analisa as circunstâncias objetivas da crise econômica venezuelana, sem poupar críticas ao governo bolivariano. "Eles enfrentaram a queda do preço do petróleo e o boicote internacional. Quando o petróleo cai, a Arábia Saudita tem condições de manter o nível de vida porque tem crédito internacional sem ser, exatamente, uma democracia. Mas a Venezuela cometeu muitos erros. Quantas vezes não vi Lula dizer a Chávez que eles tinham que governar para todos? Era uma sociedade muito dividida. Não é verdade que era um país rico que foi destroçado por Chávez. Estive lá no final da década de 1970, no governo Rafael Caldera, e vi o que para mim era a maior favela do mundo, do aeroporto até Caracas. Quando voltei lá no governo Itamar Franco [1992-1994], tinha crescido enormemente".
O ex-chanceler adverte que se os EUA atacarem a Venezuela militarmente "seria a primeira intervenção armada dos Estados Unidos na história da América do Sul". Enfatiza que "nem sequer essa campanha aberta pela mudança de regime" tem paralelos na história política da América Latina. "Claro que os Estados Unidos tiveram um papel fundamental na mudança de regime no Brasil em 1964, no Chile em 1973, na Argentina, no Uruguai e em vários momentos. Mas não proclamavam isso como objetivo. E havia a desculpa do comunismo. Mas hoje só um espírito totalmente fora da realidade pode achar que a Venezuela é uma ameaça comunista".
A política externa brasileira agrava o conflito com a Venezuela, opina Amorim: "O embaixador Rubens Ricupero, que nunca poderá ser acusado de ter ligação com o PT, disse que a nota do Itamaraty de que o governo Maduro é formado por narcotraficantes teria provocado guerra se tivesse sido feita décadas atrás e causou uma "mácula eterna" na nossa política externa". E acrescenta: "Quando chega a esse ponto, é guerra. Não se faz uma coisa dessas. Não concordo com a política externa do [ex-chanceler] Aloysio Nunes, mas ele disse uma coisa que é verdade: o Brasil não pode mediar, porque tem partido. Jamais deveria ter partido, mas uma vez que tem, realmente se desqualificou para mediar. E é o único país da região que tem dez vizinhos e está há quase um século e meio sem guerra. É parte do poder brando do Brasil que hoje está ameaçado. Mas a essa altura, o melhor que o Brasil pode fazer é não atrapalhar uma mediação conduzida pelo México e Uruguai, com participação do secretário-geral da ONU, e talvez a Igreja também. O Papa deu a entender que não queira, mas quem sabe? É a única solução. O que não pode ser dito e foi dito é que 'a página do diálogo está virada'. Nunca deve estar".
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