terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Técnico de enfermagem a Bolsonaro: “até os 65 eu não vou aguentar”


O técnico de enfermagem Michael Pacheco de Oliveira, 31 anos, morador de Maricá (RJ) leu, em vídeo, uma carta que diz ter escrito ao presidente da República, Jair Bolsonaro;  no texto, ele classifica de "projeto satânico" a proposta de "reforma" da Previdência e diz que "o senhor se aposentou com 33 anos, e hoje tem 63. Há 30 anos recebe uma boa aposentadoria. Então, como pode dar continuidade a esse processo maligno de aposentadoria aos 62 anos para mulheres e 65 para homens?", questiona
Rede Brasil Atual - O técnico de enfermagem Michael Pacheco de Oliveira, 31 anos, morador de Maricá (RJ) leu, em vídeo, uma carta que diz ter escrito ao presidente da República, Jair Bolsonaro. No texto, classifica de "projeto satânico" a proposta de "reforma" da Previdência enviada pelo governo à Câmara. "Maligna." E alerta: "Não me arrependi, ainda, em ter votado no senhor. Porém estou muitíssimo preocupado com o futuro de todos nós, trabalhadores do Brasil."
Na semana passada, uma mensagem gravada por um pedreiro, desafiando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), viralizou: "Trabalhe 30 dias numa obra que eu trabalho até morrer". (Leia no Brasil 247)
Desta vez, Michael se identifica e conta que tem jornada de trabalho de 12h por 60h em dois hospitais. Ele relata: "Sou exposto a riscos biológicos, como fungos, vírus, bactérias, fluídos corporais e riscos ergonômicos também. Às vezes, nos meus plantões, não consigo parar nem para beber água. Comecei a trabalhar com 14 anos, como office boy, depois fui trabalhar numa oficina mecânica, fui cobrador de ônibus, despachante, garçom, ajudante de pedreiro, montador de móveis, faço pizza pra revenda e há seis anos sou profissional de enfermagem".
O profissional de enfermagem atualmente se aposenta com 25 anos de contribuição. Agora, segundo a proposta do governo de Bolsonaro, precisará ter 40 anos de contribuição e, no mínimo, 65 anos de idade, para alcançar 100% da média salarial de todo esse período em que atuou em diversos ofícios, muitos habitualmente informais.
"Sinceramente, meu presidente, eu não vou aguentar. O senhor se aposentou com 33 anos, e hoje tem 63. Há 30 anos recebe uma boa aposentadoria. Então, como pode dar continuidade a esse processo maligno de aposentadoria aos 62 anos para mulheres e 65 para homens?"
"Meu presidente, sou um dos milhões de brasileiros que te deram a honra de governar o Brasil, então, como seu eleitor e brasileiro nato, exijo ser ouvido: pare com esse projeto satânico que visa sugar até a última gota de sangue do trabalhador, sem dar a chance dele gozar, em vida, a sua aposentadoria", afirma o técnico de enfermagem.
"Sei que existe um rombo enorme na Previdência e duvido muito que a culpa seja nossa, dos trabalhadores. Parece que estamos vivendo muito...existem deputados que acham que poderíamos trabalhar até os 80 anos... Ouça o povo, realize um plebiscito, acabe com a mamata dos políticos com esse monte de auxílios, que inclusive o senhor gozou por quase 30 anos da sua vida parlamentar", sugere.


Por chantagem no STF, Lula quer recorrer à ONU


Advogado do ex-presidente Lula pretende levar à ONU as denúncias feitas pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, de que magistrados da Suprema Corte estariam sendo chantageados por órgãos de investigação; "Este contexto é que tem que ser levado ao comitê de direitos humanos da ONU para mostrar que o Judiciário brasileiro está sob suspeita, porque está extremamente fragilizado diante do constrangimento que sofre por parte de carreiras de Estado", disse o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão
Sputnik - Advogados do ex-presidente Lula pretende levar à ONU as denúncias feitas pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, de que magistrados da Suprema Corte estariam sendo chantageados por órgãos de investigação. A Sputnik Brasil conversou com o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, sobre o impacto desta iniciativa no julgamento de Lula.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, declarou na semana passada que magistrados da Corte estariam sendo chantageados por "milícias" institucionais de órgãos de investigação. De acordo com os advogados de Lula, tais pressões podem comprometer a integridade das decisões do tribunal, em especial nos julgamentos do ex-presidente.
Ex-ministro da Justiça, o advogado constitucionalista Eugênio Aragão, em entrevista à Sputnik Brasil, comentou a relação entre as recentes denúncias de Gilmar Mendes e a situação do Judiciário envolvendo o caso de Lula. De acordo com ele, a condenação de do ex-presidente mostra um "empenho corporativo de certas carreiras de Estado no Brasil de fazer política com o caso do Lula".
"Sabe-se que a sociedade brasileira está polarizada e eles [auditores fiscais, procuradores da República, advogados da União] trabalham com essa polarização para conseguir manter a sua posição de destaque dentro do quadro da administração pública", afirma.
A advogado argumenta que de umas décadas pra cá acontece "um uso abusivo dessas competências para colocar o Estado contra a parede; para garantir aumentos dos seus ganhos, garantir facilidades como auxílios-moradia quando a lei não prevê". "Então tudo isso tem sido feito na base da chantagem contra o Estado", afirma Aragão.
"E nós sabemos que que o STF tem sido a última esperança daqueles que acreditam que ainda existe a possibilidade de um direito penal garantista no Brasil, ou seja, um direito penal que se funde em cima das garantias fundamentais da Constituição, onde alguns juízes como Gilmar Mendes têm atendido a esses reclames e têm colocado freios em certos abusos", declarou o ex-ministro.
Eugênio Aragão defendeu a tese de que o ministro Gilmar Mendes esteja sendo investigado pela Receita Federal como uma forma de intimidação para não adotar esta postura garantista.
Assim, segundo ele, a iniciativa dos advogados de Lula de levar a declaração de Gilmar Mendes à ONU pode mostrar que a "Justiça brasileira está fragilizada diante da politização de certos procedimentos que visam a colocar magistrados contra a parede", o que poderia ter forte influência no julgamento de Lula.
"Então é este contexto que tem que ser levado ao comitê de direitos humanos da ONU para mostrar que o Judiciário brasileiro está sob suspeita por que está está extremamente fragilizado diante do constrangimento que sofre por parte de carreiras de Estado", diz Eugênio Aragão.
"Não se trata de um procedimento novo. Simplesmente os advogados de Lula levariam este fato novo [a declaração de Gilmar Mendes] para o processo que já está em mão do comitê de direitos humanos, que trata precisamente de arguir que há uma violação do acesso à justiça do remédio jurídico que não é dado a Luiz Inácio Lula da Silva face ao seu direito de liberdade", completa o ex-ministro da Justiça.


Procuradoria dá 24 horas para Velez explicar propaganda de Bolsonaro


A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) encaminhou "pedido de esclarecimentos" , dando prazo de 24 horas para o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, explicar o pedido que fez a todas as escolas para que leiam aos alunos uma carta do ministro contendo o slogan de campanha de Jair Bolsonaro, seguida da execução do Hino Nacional 
247 - A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) deu um prazo de 24 horas para o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, apresentar explicações sobre o pedido encaminhado a todas as escolas do Brasil pedindo que elas leiam aos alunos uma carta do ministro contendo o slogan de campanha de Jair Bolsonaro, seguida da execução do Hino Nacional e para que as escolas filmassem as crianças cantando e enviassem o vídeo por e-mail ao MEC.
A informação é da própria Procuradoria, que integra o Ministério Público Federal (MPF). Segundo o órgão, o "pedido de esclarecimentos" foi encaminhado nesta terça-feira (26).
A procuradoria pede que Vélez Rodríguez apresente uma justificativa ao pedido "fundamentada nos preceitos constitucionais e legais a que estão submetidos todos os agentes públicos".
De acordo com o MPF, o pedido serve como uma das etapas do processo de apuração da Procuradoria sobre a constitucionalidade do ato administrativo.
Durante sessão do Senado, o ministro reconheceu que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais.
"Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais", afirmou ele, que foi convidado a participar de sessão na comissão de Educação para apresentar aos senadores diretrizes e os programas prioritários da pasta.



Desigualdade cresce sem parar no Brasil, desde o golpe contra Dilma


A situação dramática no mercado de trabalho levou o país de arrasto e jogou a concentração de renda de volta à sua trajetória de aprofundamento estrutural; no quarto trimestre do ano passado, a desigualdade atingiu o maior patamar em sete anos, segundo levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas); o Índice de Gini, que mede a concentração de renda, subiu de 0,6156 (terceiro trimestre de 2018) para 0,6259 (quarto trimestre de 2018), o 16.º trimestre consecutivo de aumento
247 - A situação dramática no mercado de trabalho levou o país de arrasto e jogou a concentração de renda de volta à sua trajetória de aprofundamento estrutural. No quarto trimestre do ano passado, a desigualdade atingiu o maior patamar em sete anos, segundo levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, subiu de 0,6156 (terceiro trimestre de 2018) para 0,6259 (quarto trimestre de 2018), o 16.º trimestre consecutivo de aumento.
O Índice de Gini afere a desigualdade numa escala de 0 a 1 e quanto mais perto de 1, maior é a concentração de renda. O índice atingiu, no quarto trimestre de 2018, o maior patamar da série histórica iniciada no início de 2012.
Segundo Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV, há várias razões para a piora na desigualdade de renda. A dificuldade de trabalhadores menos qualificados aumentarem seus rendimentos e a dinâmica de reajustes do salário mínimo estão entre elas. Ele diz: "na crise, a probabilidade de estar empregado e ter renda maior depende mais de o trabalhador ter qualificação."
A matéria do jornal O Estado de S. Paulo destaca que "o salário mínimo não teve ganho real nos últimos anos por causa do encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e 2016. Pela regra de reajuste criada ainda nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reajuste do mínimo de um ano é a soma da inflação (medida pelo INPC) do ano anterior somada à variação do PIB de dois anos antes. Como em 2015 e 2016 o PIB teve variação negativa, o salário mínimo teve reajustes equivalentes apenas à inflação. A regra vale até este ano."
E acrescenta dados sobre a subutilização do trabalho: "embora, no ano passado, o número de pessoas trabalhando tenha aumentado, a subutilização da força de trabalho segue elevada, lembrou Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria Integrada. São considerados 'subutilizados' os trabalhadores à procura de emprego, os que não procuram uma vaga por acreditar que não encontrariam emprego ou os que estão ocupados, mas trabalhando menos horas do que poderiam ou gostariam, ganhando menos por isso."



Grupo de Lima: Peru e Brasil descartam intervenção militar na Venezuela


A reunião aconteceu em Bogotá, capital da Colômbia; Estados Unidos prometeram novas sanções contra o governo de Maduro
Embora os EUA não façam parte do Grupo, o vice-presidente Mike Pence participou da sessão / Foto: Diana Sanchez/AFP

Representantes diplomáticos do Brasil e do Peru, países que fazem parte do Grupo de Lima, afirmaram nesta segunda-feira (25) que descartam uma intervenção militar na Venezuela. O encontro ocorreu em Bogotá, capital da Colômbia. A declaração oficial do bloco ainda não foi divulgada. 
“O uso da força é inaceitável. Aqui no Grupo de Lima lutamos para que a solução se dê de forma pacífica. O grupo não quer uma posição intransigente, quer uma solução pacífica para a Venezuela”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores do Peru, Hugo de Zela. 
Cumprindo seu primeiro compromisso internacional, o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, criticou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas defendeu uma resolução “sem medidas extremas”. 
“O Brasil acredita firmemente que é possível a Venezuela regressar ao convívio democrático sem medidas extremas que o caracterizem como invasor ou agressor”, afirmou Mourão. 
Cerco mais poderoso
A Colômbia, que no último final de semana protagonizou uma ação de suposta ajuda humanitária ao país vizinho, defendeu um tom mais duro.


O chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, criticou o presidente da Venezuela, mas também não falou diretamente sobre a possibilidade de uma intervenção militar. "Devemos fazer tudo que esteja ao nosso alcance para acabar com a ditadura de Maduro”, afirmou.

Na ocasião, o representante também fez um convite para que “mais e mais membros da comunidade internacional” se unam contra o atual governo da Venezuela. 
O presidente da Colômbia, Iván Duque, também pediu um endurecimento “mais poderoso e efetivo” contra Caracas. Segundo ele, a “reunião tem que servir para que o cerco seja mais poderoso, mais efetivo e permita construir rapidamente essa transição que o povo da Venezuela reclama”. 
Novas sanções dos Estados Unidos
Embora os Estados Unidos não façam parte do Grupo de Lima, o vice-presidente do país, Mike Pence, participou da reunião e prometeu novas sanções contra a Venezuela.
“Por instruções do presidente Donald Trump, a partir de hoje os Estados Unidos vão impor sanções adicionais à funcionários”, disse, sem dar mais informações.
A ida de um dos representantes do governo estadunidense à Colômbia para participar do encontro evidencia o alinhamento entre o bloco e o país norte-americano, que tampouco é uma novidade. Na reunião anterior, que ocorreu no dia 4 de fevereiro, Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, representou o país por meio de uma teleconferência.
Mais cedo, também nesta segunda (25), Pompeo havia afirmado que Washington tem pretensão de impor novas restrições à Venezuela. “Haverá uma reunião do Grupo de Lima nesta segunda, onde outras ações serão contempladas. Há mais sanções a serem adotadas”, disse. 
Criado em 2017 por iniciativa do governo peruano sob a justificativa de “denunciar a ruptura da ordem democrática na Venezuela”, o Grupo de Lima é formado por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. 
O México, um de seus 14 membros, não participou da reunião. O governo do país, do presidente López Obrador, foi um dos mediadores do diálogo da comunidade internacional sobre a Venezuela, que aconteceu no Uruguai no último dia 7 e têm mantido uma posição de neutralidade em relação ao conflito. Em ocasiões anteriores, o país se posicionou contra as declarações do Grupo de Lima e defendeu a não intervenção.
Fonte: Brasil de Fato

Perícia atesta: juíza usou arquivo de texto de Moro em sentença contra Lula


Defesa de Lula enviou sentença da juíza Gabriela Hardt, que condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 anos de prisão no caso do sítio de Atibaia, a um perito; o resultado foi: ela copiou trechos inteiros do "mesmo arquivo de texto" usado por Sérgio Moro na sentença do caso do triplex do Guarujá; foi uma sentença "recorta e cola"
247 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprovou, por meio de um exame pericial, que a juíza da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, que condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia, copiou trechos inteiros do "mesmo arquivo de texto" usado pelo atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, na sentença do caso do triplex do Guarujá.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o exame feito pelo Instituto Del Picchia aponta diversas similaridades entre as duas sentenças. Em um dos "lapsos" da magistrada, um trecho inteiro sobre o triplex foi reproduzida na penúltima página da sentença, incluindo a referência a "um apartamento".
O resultado da perícia será utilizado pela defesa do ex-presidente em recursos que serão impetrados junto ao Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) e, também, às instâncias superiores.
Questionada sobre o assunto, Gabriela Hardt disse, por meio de sua assessoria, que não iria se manifestar sobre o caso.


Após pedido da Justiça, registro de imóveis sequestra Sítio de Atibaia

(Foto:Agência Brasil)

O Registro de Imóveis de Atibaia (SP) sequestrou o Sítio de Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel é atribuído pela força-tarefa da Operação Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O sequestro atende a uma determinação da juíza Grabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
“Em atenção ao decidido na sentença emanada do processo em epígrafe, bem como por ordem do juiz da 1ª Vara Federal de Bragança Paulista nos autos de Carta Precatória e, ainda, com base no Auto de Sequestro de bem imóvel datado de 15/02/2019, foi efetivado o registro do sequestro, conforme determinado”, comunicou a oficial Maria do Carmo de Rezende Couto à juíza Gabriela Hardt nesta segunda-feira (25).
O sequestro ocorreu em 22 de fevereiro, agora cabe à Justiça decidir quando a propriedade deve ir a leilão.
Lula foi condenado no último dia 6 de fevereiro, a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Essa é a segunda condenação do petista no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-presidente cumpre, atualmente, pena de 12 anos e um mês no outro processo envolvendo o triplex do Guarujá.
“Diante disto, não vislumbrando como realizar o decreto de confisco somente das benfeitorias, decreto o confisco do imóvel, determinando que após alienação, eventual diferença entre o valor das benfeitorias objeto dos crimes aqui reconhecidos e o valor pago pela totalidade do imóvel seja revertida aos proprietários indicado no registro”, justificou a juíza na sentença.
Segundo as investigações, as empreiteiras OAS e Odebrecht pagaram R$ 870 mil em reformas na propriedade, a pedido de Lula.
Fonte: Paranaportal

MP diz que juíza errou ao condenar Lula


O Ministério Público Federal apontou "omissões e contradições por erro material" na sentença da juíza Gabriela Hardt que condenou o ex-presidente Lula a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no processo do sítio de Atibaia; segundo a Procuradoria da República, Lula foi denunciado por dez crimes de corrupção passiva. "Em alguns pontos da sentença houve menção à prática do crime de corrupção ativa por Luiz Inácio Lula da Silva", relatou a Lava Jato; "Tratando-se de mero erro material, o Ministério Público Federal requer seja essa contradição retificada, para que passe a constar o crime de corrupção passiva"
Do Nocaute - O Ministério Público Federal apontou "omissões e contradições por erro material" na sentença da juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal, contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato. A magistrada condenou o petista, em janeiro passado, a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no processo do sítio de Atibaia.
Segundo a Procuradoria da República, Lula foi denunciado por dez crimes de corrupção passiva. "Em alguns pontos da sentença houve menção à prática do crime de corrupção ativa por Luiz Inácio Lula da Silva", relatou a Lava Jato. "Tratando-se de mero erro material, o Ministério Público Federal requer seja essa contradição retificada, para que passe a constar o crime de corrupção passiva."
Na manifestação, os procuradores apontaram uma "omissão na parte dispositiva da sentença". "Embora no mérito, a sentença proferida mencione a absolvição de Agenor Medeiros, José Adelmário Pinheiro Filho e Luiz Inácio Lula da Silva, em relação aos crimes de corrupção ativa e passiva em razão dos contratos do Gasoduto Pilar-Ipojuca e GPL Duto Urucu-Coari, deixou de fazê-lo na parte dispositiva", indicaram. "Requer o Ministério Público Federal seja suprida a omissão da r. sentença para fins de inclusão da absolvição dos réus quanto às imputações feitas em relação a esses dois contratos."
O petista foi sentenciado por supostamente receber R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. A Lava Jato afirma que o sítio passou por três reformas: uma sob comando do pecuarista José Carlos Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra da Odebrecht, de R$ 700 mil e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil, em um total de R$ 1,02 milhão. Lula nega ter cometido qualquer irregularidade.
A pena imposta por Gabriela Hardt é maior do que a estabelecida pelo ex-juiz federal Sérgio Moro. Em julho de 2017, o então magistrado da Lava Jato condenou o ex-presidente no caso triplex a 9 anos e seis meses de prisão, pena depois ampliada para 12 anos e um mês pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o tribunal de apelações da Lava Jato.
No dia em que Lula foi condenado, sua defesa se manifestou desta forma:
"A defesa do ex-presidente Lula recorrerá de mais uma decisão condenatória proferida pela 13ª Justiça Federal de Curitiba que atenta aos mais basilares parâmetros jurídicos e reforça o uso perverso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política, prática que reputamos como 'lawfare'", diz o texto.
"A sentença segue a mesma linha da sentença proferida pelo ex-juiz Sérgio Moro, que condenou Lula sem ele ter praticado qualquer ato de ofício vinculado ao recebimento de vantagens indevidas, vale dizer, sem ter praticado o crime de corrupção que lhe foi imputado. Uma vez mais a Justiça Federal de Curitiba atribuiu responsabilidade criminal ao ex-presidente tendo por base uma acusação que envolve um imóvel do qual ele não é o proprietário, um 'caixa geral' e outras narrativas acusatórias referenciadas apenas por delatores generosamente beneficiados."
"A decisão desconsiderou as provas de inocência apresentadas pela Defesa de Lula nas 1.643 páginas das alegações finais protocoladas há menos de um mês (07/01/2019) – com exaustivo exame dos 101 depoimentos prestados no curso da ação penal, laudos técnicos e documentos anexados aos autos. Chega-se ao ponto de a sentença rebater genericamente a argumentação da defesa de Lula fazendo referência a 'depoimentos prestados por colaboradores e co-réus Leo Pinheiro e José Adelmário', como se fossem pessoas diferentes, o que evidencia o distanciamento dos fundamentos apresentados na sentença da realidade".
"Ainda para evidenciar o absurdo da nova sentença condenatória, registra-se que:
– Lula foi condenado pelo 'pelo recebimento de R$ 700 mil em vantagens indevidas da Odebrecht' mesmo a defesa tendo comprovado, por meio de laudo pericial elaborado a partir da análise do próprio sistema de contabilidade paralelo da Odebrecht, que tal valor foi sacado em proveito de um dos principais executivos do grupo Odebrecht (presidente do Conselho de Administração); esse documento técnico (elaborado por auditor e perito com responsabilidade legal sobre o seu conteúdo) e comprovado por documentos do próprio sistema da Odebrecht foi descartado sob o censurável fundamento de que 'esta é uma análise contratada por parte da ação penal, buscando corroborar a tese defensiva' – como se toda demonstração técnica apresentada no processo pela defesa não tivesse valor probatório;
– Lula foi condenado pelo crime de corrupção passiva por afirmado 'recebimento de R$ 170 mil em vantagens indevidas da OAS' no ano de 2014 quando ele não exercia qualquer função pública e, a despeito do reconhecimento, já exposto, de que não foi identificado pela sentença qualquer ato de ofício praticado pelo ex-presidente em benefício das empreiteiras envolvidas no processo;
– foi aplicada a Lula, uma vez mais, uma pena fora de qualquer parâmetro das penas já aplicadas no âmbito da própria Operação Lava Jato – que segundo julgamento do TRF4 realizado em 2016, não precisa seguir as 'regras gerais' – mediante fundamentação retórica e sem a observância dos padrões legalmente estabelecidos.
Em 2016 a defesa demonstrou perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU a ocorrência de grosseiras violações às garantais fundamentais, inclusive no tocante à ausência de um julgamento justo, imparcial e independente. O conteúdo da sentença condenatória proferida hoje somente confirma essa situação e por isso será levada ao conhecimento do Comitê, que poderá julgar o comunicado ainda neste ano – e eventualmente auxiliar o país a restabelecer os direitos de Lula".
Assina a nota o advogado Cristiano Zanin Martins.
*As informações são do jornalista Fausto Macedo – O Estado de São Paulo.


Apucarana reivindica GNV e gás natural da Compagas


Empresa já tem levantamento de demanda na cidade e o pedido foi reforçado pelo prefeito Junior da Femac
(Foto: Divulgação)
Apucarana quer disponibilizar GNV para carros e gás natural para caldeiras de empresas em seus parques industriais. O tema foi discutido nesta segunda-feira (25/02), em Curitiba, durante audiência mantida pelo prefeito Junior da Femac, com o presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), Rafael Lamastra Junior.

Conforme argumenta o prefeito, a Compagas busca aumentar a oferta do gás natural em todas as regiões do Estado. “Um levantamento preliminar da companhia mostrou que Apucarana tem dezenas de indústrias que hoje utilizam o gás liquefeito de petróleo (GLP) ou lenha, e que poderiam passar a utilizar o gás natural”, lembrou Junior da Femac.
Segundo ele, além das indústrias, os proprietário de veículos também poderiam passar a dispor da opção do GNV como combustível. “Estamos nos colocando à disposição da Compagas, para ajudar na concretização deste projeto. Precisamos ter mais opções de fonte de energia.
Junior da Femac assinala que o GLP tem seu valor atrelado ao petróleo e, nestas condições, o gás natural seria uma ótima opção de energia. “Quanto aos carros, o GNV é altamente competitivo, pois com apenas R$ 40,00 um veículo tem um autonomia de até 250 km”, comenta o prefeito.
O presidente da Compagas, Rafael Lamastra Junior, confirmou que a empresa está formatando seu plano de expansão e que já existe estudo sobre a demanda de Apucarana. “A partir do interesse manifestado pelo prefeito vamos providenciar novos levantamentos de demanda em visitas ao município”, anunciou Lamastra. Participaram da reunião com o prefeito de Apucarana, Junior daFemac, e o presidente da Compagas, Rafael Lamastra Junior; o diretor Alexandre Lima; o superintendente Rafael Longo; e os técnicos Mauro Melara, Guilherme Bedene e Fabiana Júlio.
Neste ano de 2019, a Companhia Paranaense de Gás (Compagas), responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, planeja investir aproximadamente R$ 20 milhões na saturação dos mercados residencial, comercial e industrial e em obras que garantam a integridade da rede de gás natural.
Atualmente com uma rede de distribuição de mais de 820 km de extensão, a companhia tem como meta aumentar sua participação nos municípios que já contam com o gás natural, que são dezesseis no total. Além de direcionar esforços para fomentar o mercado já existente, a proposta e atender novas praças, contribuindo com a oferta de gás natural e de seu uso como matriz energética.
Companhia Paranaense de Gás, é uma empresa de economia mista, tendo como acionistas a Companhia Paranaense de Energia (Copel), com 51% das ações, a Petrobrás Gás S.A (Gaspetro) com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda, com 24,5%.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

OPINIÃO: Reforma da Previdência ou Reforma Para Favorecer os Bancos?



Por Arilson Chiorato
Durante esse final de semana, tirei um tempo para ler a íntegra do texto da Reforma da Previdência, apresentada pelo governo federal. Eu concordo que precisamos fazer muitos reajustes no Brasil para o melhor funcionamento da máquina pública, como cortar privilégios de políticos, militares, do judiciário, etc. Mas não vi nenhum artigo propondo isso nesse projeto, muito menos qualquer benefício ao povo trabalhador nessa proposta, muito ao contrário: é formalizar a exploração dos pobres e favorecer aos bancos
A atual proposta traz a cisão entre beneficiários e contribuintes do INSS, para direcionar estes últimos aos telemarketing dos grandes bancos e fundos privados de pensão, pois criará o regime de capitalização e a fatal conclusão por parte das (os) trabalhadoras (os) que será mais rentável e seguro investir sua aposentadoria num fundo qualquer do que contribuir e receber da previdência pública
Outros pontos desta proposta significam retrocessos sociais imensuráveis neste momento, mas custarão caro aos atuais contribuintes e às futuras gerações
Pra começar, o benefício para idosos carentes é pago, hoje, a partir dos 65 anos e no valor de um salário mínimo. Com a reforma proposta, o benefício poderá ser solicitado a partir dos 60, mas com valor de R$400,00 apenas. Somente a partir dos 70 anos de idade, o idoso em situação de necessidade poderá receber um salário mínimo. Lembrando que a expectativa de vida no Brasil é de 75 anos.
Para os trabalhadores rurais, aumento de 55 para 60 anos de idade mínima para posentadoria, numa categoria que o desgaste físico é brutal. E também aposentadoria integral estará disponível apenas para quem contribuir durante 40 anos
Já para os professores e professoras, aumento da idade mínima para 60 anos e do tempo de contribuição para 30 anos, categoria altamente impactada na saúde do trabalhador e que critérios especiais são e sempre serão justificáveis
Além de tudo, as pensões por morte pagarão 60% do valor total com a família contendo um dependente. O acréscimo de cada dependente aumentará em 10% o valor do pagamento. Para receber 100% será necessário que a família tenha 5 dependentes, no mínimo
O abono do PIS é pago, hoje, para todos os trabalhadores com carteira assinada que recebam no máximo 2 salários mínimos. Com a reforma, será pago apenas para quem recebe até 1 salário mínimo. Na prática, é uma política de redução na transferência de renda e afetará parcela significativa dos brasileiros com baixo rendimento.
Ok, mas como resolver o inegável problema que o Brasil enfrenta diante dessa questão? Acredito que para início de conversa, o trabalhador proletário é quem deve ficar por último na hora de pagar essa conta.
Temos que buscar redução nos super salários, tidos como privilégios. Por exemplo, por que o governo não pode reduzir o teto das aposentadorias e pensões pagas ao judiciário e aos militares? Limitar, por exemplo ao máximo 10 salários mínimos/mês. Os militares, por exemplo, que ficam de fora da reforma, contribuem menor tempo e recebem mais do que o trabalhador comum. O salário de um general da reserva pode chegar a R$24.000,00, segundo o Ministério da Defesa. E por que não derrubam os "dribles" feitos pelos membros do judiciário para aumentar seus honorários, como o famoso auxílio moradia e tantos outros gastos que elevam o custo de cada juiz ao Estado de R$47,000.00 por mês
Em 2017, no Senado, a CPI da Previdência relatou que empresas privadas devem cerca R$ 450 bilhões à previdência por meio de sonegação. Dinheiro de empregados retido por empregadores que gerou lucros aos mesmos. Assunto, inclusive, pouco explorado pelos meios de comunicação
Se fosse algo tão bom, o governo não precisaria gastar milhões em verba para propaganda nas TVs, rádios, jornais, sites e canais no YouTube para convencer à população. O sistema de capitalização proposto joga nas mãos dos bancos o dinheiro suado do contribuinte, dinheiro que será usado para endossar o lucro das instituições bancárias, e na hora de devolver ao trabalhador, cairão apenas migalhas. Não são os pobres quem devem mais uma vez pagar a conta. Mas isso vai depender de Brasília e do clamor popular. Afinal, para os bancos essa reforma é a galinha dos ovos de ouro: lucro garantido com o dinheiro do povo. Quem sai ganhando com isso?

Arilson Chiorato
é Administrador, Mestre em Gestão Urbana e Deputado Estadual pelo Partido dos Trabalhadores do Paraná.


Moro apresentará a Bolsonaro resultado de investigação sobre facada


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse hoje (25) que vai apresentar ao presidente da República, Jair Bolsonaro, o resultado sobre o andamento das investigações da Polícia Federal (PF) sobre o atentado sofrido pelo presidente em setembro do ano passado, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral.
Ao deixar um seminário sobre segurança pública, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Moro disse que o inquérito está em andamento e não ainda foi concluído. O encontro do ministro com o presidente estava marcado na agenda de Bolsonaro para às 17h, no Palácio do Planalto. Também participaram do encontro o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, e os dois delegados responsáveis pela investigação.
“O presidente é a vítima, é interessado na investigação. Então, vai ser apresentado a ele o resultado até o momento”, disse Moro.
No mês passado, a PF pediu à Justiça Federal em Minas Gerais mais 90 dias para encerrar o inquérito que apura quem são os responsáveis pelo financiamento da defesa de Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque a faca contra o presidente.
A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um suposto problema mental.


Preso político, Lula será julgado em março pela ONU


Preso há quase um ano para ser impedido de disputar eleições presidenciais que venceria com facilidade, o ex-presidente Lula deve ser julgado em março pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU. Em sua manifestação final, os advogados de Lula apontam a falta de isenção do ex-juiz Sergio Moro – que prendeu Lula para depois ser ministro de seu concorrente na eleição – e a crueldade do Estado brasileiro, que impediu o ex-presidente de ir ao velório do próprio irmão
247 – Preso há quase um ano para ser impedido de disputar eleições presidenciais que venceria com facilidade, o ex-presidente Lula deve ser julgado em março pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU. Em sua manifestação final, os advogados de Lula apontam a falta de isenção do ex-juiz Sergio Moro – que prendeu Lula para depois ser ministro de seu concorrente na eleição – e a crueldade do Estado brasileiro, que impediu o ex-presidente de ir ao velório do próprio irmão.
As informações foram publicadas na coluna Painel. "Os advogados do ex-presidente Lula entregaram na quinta-feira (21) a última manifestação do petista ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. O processo agora está pronto para julgamento. A expectativa é a de que o caso seja incluído na pauta do colegiado do mês de março. A defesa rebateu alegações do governo brasileiro ao organismo internacional. O petista afirma que, ao aceitar o convite de Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça, Sergio Moro pôs em dúvida a afirmação do Brasil de que, quando juiz, agiu com isenção", diz o texto.
"Os advogados de Lula também dizem que o ex-presidente foi tratado com 'cruel mesquinhez' pelo Estado e listam sentenças que negaram pedidos para ele sair temporariamente da prisão, como para velar o irmão Vavá no fim de janeiro. Dezoito juízes de diferentes nacionalidades vão analisar o caso", prossegue a nota.



Escândalo: MEC pede que escolas façam propaganda para Bolsonaro



Inacreditável: o Ministério da Educação (MEC) enviou nesta segunda-feira (25) um e-mail para diretores de escolas particulares com uma carta assinada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, para ser lida aos professores, alunos e demais funcionários no primeiro dia da volta às aulas; "Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos", diz um trecho da carta; MEC ainda quer que o ato seja filmado e enviado para a Secretaria de Comunicação da Presidência 
247 - O Ministério da Educação (MEC) enviou e-mail nesta segunda-feira (25) para os diretores de escolas particulares com uma carta assinada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, para ser lida aos professores, alunos e demais funcionários no primeiro dia da volta às aulas, além de instruções para filmar o ato e enviar o arquivo para a Secretaria de Comunicação da Presidência e para o MEC. 
A carta, que deve ser lida com todos "perfilados diante da bandeira do Brasil (se houver), juntamente da execução do hino nacional", conforme as instruções do MEC, diz:
"Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".

Também nas instruções do e-mail, o MEC solicita que um representante da escola filme trechos curtos da leitura da carta e da execução do hino e, em seguida, que envie o arquivo com os dados da escola para os emails secom.gabinete@presidencia.gov.br e imprensa@mec.gov.br.
O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) reagiu: "Obrigar as crianças (de colégios privados, vejam) a serem filmadas a repetir o bordão da campanha eleitoral do presidente, um bordão que não respeita a laicidade do estado Brasileiro. É essa a nova do ministro da Educação", escreveu.
Paulo Pimenta, também do PT, reforçou: "O ministro da Educação não tem a mínima condição de permanecer à frente do cargo. Além de ter ofendido o povo brasileiro, agora perdeu qualquer compostura ao impor medidas às escolas que são absurdas e inaceitáveis! Filmar crianças é um constrangimento que viola a lei!", tuitou.
Já a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) saiu em defesa. Veja abaixo: