segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Apucarana pagou R$12,5 milhões em precatórios em 2018


Montante despendido para saldar dívidas herdadas é 108,33% maior do que o previsto no orçamento. Recursos precisaram ser realocados de outras áreas e prejudicou investimentos em saúde, educação e obras 
(Foto: Edson Denobi)
O total da dívida paga com ações judiciais pela Prefeitura de Apucarana ao longo do ano passado foi 108,33% maior do que previsto no orçamento público municipal. Para o pagamento dos chamados precatórios, estava projetado a saída de R$ 6 milhões dos cofres municipais mas, entre janeiro e dezembro de 2018, a administração municipal necessitou despender de R$12.499.832,44 para saldar dívidas impostas por ações judiciais oriundas de servidores, fornecedores e prestadores de serviços que não receberam direitos por parte das gestões que administraram Apucarana até o ano de 2012.

O número foi revelado nesta segunda-feira (25/02) pela secretária Municipal da Fazenda durante, Sueli Pereira, durante audiência pública de prestação de contas do último quadrimestre (setembro a dezembro), realizada no plenário da Câmara de Vereadores. Segundo o demonstrativo, já no primeiro quadrimestre (janeiro a abril), foram pagos R$4.783.281,01 em dívidas, de maio a agosto outros R$2.693.418,08 e, no último quadrimestre de 2018, R$5.023.133,35. “Quando lembramos que tínhamos como previsão o pagamento de R$6 milhões, percebemos facilmente os desafios da gestão municipal em lidar com o orçamento e manter os investimentos. O que foi pago a mais, totalizando R$12,5 milhões, trata-se de recurso que teve que ser realocado de outras áreas, deixando de ser investido em mais saúde, educação e obras em toda a cidade”, citou Sueli. Segundo dados da Prefeitura de Apucarana, nos últimos seis anos foram pagos R$90 milhões de dívidas herdadas. “Nenhum centavo feito pela atual administração”, reforçou a secretária.
Quanto à aplicação dos índices constitucionais, Sueli Pereira salientou que ao longo da gestão do prefeito Beto Preto Apucarana realizou investimentos sempre acima da obrigação legal. “Sempre foi aplicado investimentos acima do determinado na Constituição Federal. Fechamos 2018 na Educação com 26,45% (mínimo 25%) e 22,38% na Saúde (mínimo 15%). “Na Saúde, importante registrar que o índice verificado no ano passado é recorde. Nunca se investiu tanto no setor em Apucarana quanto em 2018”, informou Sueli, secretária Municipal da Fazenda.
A audiência de prestação de contas contou com a presença de todos os 11 vereadores. “É um momento muito importante que, acima de tudo, está dentro da política de transparência da gestão Beto Preto e agora do prefeito Júnior da Femac, que assume a administração para dar continuidade às boas práticas da gestão pública. Mais do que apresentar os dados contábeis para o Legislativo, essa prestação de contas é relevante para que a sociedade saiba onde e como está sendo aplicado o dinheiro público”, enalteceu Sueli.
Ao longo do exercício, a Receita Corrente Líquida (RCL) contabilizou R$331.649.246,42. Tendo como base a RCL, o gasto com pessoal fechou 2018 em 41,93%. “Patamar bem abaixo do limite de alerta (48,6%), limite prudencial (51,3%) e limite máximo (54%)”, detalhou a secretária.
O repasse previsto para a Câmara de Vereadores a título de duodécimo foi 4,68% menor do previsto. Dos R$11.117.703,50 anotados na previsão, R$10.597.876,32 foram repassados, sendo R$2.819.260,35 devolvidos ao final do ano.
As principais receitas do último quadrimestre foram o Repasse Fundo a Fundo Saúde com R$26.204.002,25; FUNDEB com R$17.085.632,77; ICMS com R$16.166.780,18; FPM com R$16.051.486,19; IPTU com R$4.409.948,50 e IPVA com R$1.525.028,31. “Destaque para a arrecadação com o IPTU, que ultrapassou em 31,62% a previsão. O que demonstra que a população confia nos atuais gestores e que está disposta a ajudar a administração a investir”, analisou Sueli, que aproveitou a oportunidade para lembrar que o IPTU 2019 tem vencimento em 20 de março e de que os carnês já estão sendo enviados pelos Correios. “O pagamento à vista dará direito a um desconto de 5%”, lembrou a secretária, salientando que o valor global lançado para um total de 54 mil imóveis é na ordem de R$25 milhões.
Durante a prestação de contas, a secretária da Fazenda Sueli Pereira tornou público ainda números relativos à prestação de contas na área da Criança e Adolescente e realizou um resumo das atividades e procedimentos da Autarquia Municipal de Saúde (AMS).


Stédile sobre caso Venezuela: Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha


"Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha. O governo fez um espetáculo com duas caminhonete de alimentos em Roraima, no entanto, não ofereceu nenhuma "ajuda humanitária" para os atingidos em Brumadinho. Em São Paulo, há 14 mil moradores de rua. Cadê a preocupação?", questionou o líder do MST, João Pedro Stédile. "O povo da Venezuela é soberano do seu destino"
247 - O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, bateu duro no governo do presidente Jair Bolsonaro por causa da iniciativa de se aliar aos Estados Unidos na chamada ajuda humanitária à , ao levar caminhões para a fronteira com o país vizinho.
"Bolsonaro faz o Brasil passar vergonha. O governo fez um espetáculo com duas caminhonete de alimentos em Roraima, no entanto, não ofereceu nenhuma "ajuda humanitária" para os atingidos em Brumadinho. Em São Paulo, há 14 mil moradores de rua. Cadê a preocupação?", questionou o ativista no Twitter. "O povo da Venezuela é soberano do seu destino. E só precisa de paz e que ninguém de fora se intrometa em seus problemas internos. Não aceitamos intervenção externa no Brasil e em nenhum país do mundo", disse.
De acordo com o líder do MST, "o governo venezuelano importa alimentos de muitos países, inclusive dos EUA. Nenhum venezuelano passa fome. Daí os EUA inventaram a necessidade de uma 'ajuda humanitária', que nunca fez nem com seu povo nem com outros povos em situação de risco".
"Os EUA gastaram 77 milhões de dólares para organizar um show com artistas famosos na fronteira da Colômbia com a Venezuela. Já o custo dos alimentos da "ajuda humanitária" que queriam doar foi de 7 milhões. Fica claro que o que querem é derrubar o governo, não ajudar o povo", complementou. "Ainda bem que os militares brasileiros, ao que parece, ainda têm algum juízo. As declarações do vice @GeneralMourao demonstram que as Forças Armadas brasileiras não querem entrar numa aventura militar sem sentido algum para o povo brasileiro".
 


Mourão confronta vice de Trump e pede saída pacífica na Venezuela

Horas após o discurso do vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence em defesa da ofensiva na Venezuela, o vice brasileiro Hamilton Mourão voltou a defender sua posição de não intervenção militar no país vizinho; "Vamos manter a linha de não intervenção, acreditando na pressão diplomática e econômica internacional para buscar uma solução pacífica", escreveu Mourão pelo Twitter; ele está em Bogotá, onde participa da reunião do Grupo de Lima que discute a crise na Venezuela
247 - "Sem aventuras", escreveu o vice-presidente Hamilton Mourão, que está na reunião do grupo de Lima, em Bogotá na Colômbia, para discutir a crise na Venezuela.
Em sua página nas redes sociais, Mourão escreveu: "Vamos manter a linha de não intervenção, acreditando na pressão diplomática e econômica internacional para buscar uma solução pacífica".
Enquanto Mourão defende uma não intervenção, o representante do governo norte-americano, o também vice dos EUA, Mike Pence, atacou o presidente venezuelano Nicolás Maduro e manteve as ameaças de ingerência.
Em pronunciamento durante a reunião, Mourão afirmou que o governo brasileiro considera ser possível encontrar uma solução "sem qualquer medida extrema", como defende o governo de Donald Trump.
"O Brasil acredita firmemente que é possível devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas sem qualquer medida extrema que nos confunda com aquelas nações que serão julgadas pela história como agressoras, invasoras e violadoras das soberanias nacionais", disse Mourão.

Para o vice brasileiro, a comunidade internacional deve avaliar medidas como sanções contra o regime chavista por parte de organismos internacionais, como as Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), e também agências de aplicação de tratados internacionais, tribunais e bancos de fomento e investimentos.


União Europeia rejeita intervenção militar e isola Trump e Bolsonaro


A União Europeia posicionou-se na manhã desta segunda-feira (25) contra a intervenção militar na Venezuela, defendida pelo governo dos EUA, pelo governo da Colômbia e pelo clã Bolsonaro;  "A posição da União Europeia neste contexto é muito clara: é preciso evitar a intervenção militar", afirmou a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic
247 - A União Europeia posicionou-se na manhã desta segunda-feira (25) contra a intervenção militar na Venezuela, defendida pelo governo dos EUA, pelo governo da Colômbia e pelo clã Bolsonaro. "A posição da União Europeia neste contexto é muito clara: é preciso evitar a intervenção militar", afirmou a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic. 
Segundo a porta-voz, a União Europeia quer uma saída "pacífica, política e democrática” para a crise, o que “exclui a violência”, informa a HispanTV. Manifestada poucas poucas horas da reunião do Grupo de Lima em Bogotá, a posição da União Europeia é ainda mais relevante. O "presidente autoproclamado" da Venezuela, Juan Guaidó, e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, compareceram ao encontro para pressionar, ao lado da Colômbia, para que a América Latina apoie a opção militar.
A posição da União Europeia é isola a tríplice aliança entre o governo americano (Trump), o colombiano (Duque) e o clã Bolsonaro, que sequer representa a posição unificada do governo brasileiro. Enquanto Jair e seus filhos acompanham Trump e batem o tambor da guerra, com o sempre obediente Ernesto Araújo às ordens, os militares que comandam o governo rejeitam, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, uma intervenção no país vizinho.
A senha para a intervenção foi dada sábado por um Juan Guaidó derrotado depois que o projeto de invasão do território venezuelano com a fantasia de "ajuda humanitária" fracassou e Maduro sagrou-se vencedor do "Dia D", como a extrema-direita denominou o dia 23 de fevereiro -e abandonou a denominação assim que sua derrota tornou-se clara. 
Derrotado e isolado em seu país, Juan Guaidó, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela apela diretamente ao império para que invada seu país. Por isso, foi qualificado por Maduro no sábado como "traidor".  


No carnaval paulista, multidão protesta contra Bolsonaro


Um grande protesto contra Jair Bolsonaro marcou o pré-carnaval de São Paulo. Cerca de um milhão de pessoas foi às ruas para compor um dos maiores blocos carnavalescos da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta; o bloco saiu às ruas com um discurso político e elegeu Damares Alves, homofobia e Bolsonaro como seus principais alvos; a multidão entoou "ei, Bolsonaro, vai tomar no..." e recebeu acompanhamento da bateria; os artistas Aydar e Simoninha puxaram gritos de "ele não" e "ele nunca"; veja o vídeo
247 - Um grande protesto contra Jair Bolsonaro marcou o pré-carnaval de São Paulo. Cerca de um milhão de pessoas foi às ruas para compor um dos maiores blocos carnavalescos da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta. O bloco saiu às ruas com um discurso político e elegeu Damares Alves, homofobia e Bolsonaro como seus principais alvos. A multidão entoou "ei, Bolsonaro, vai tomar no..." e recebeu acompanhamento da bateria. Os artistas Aydar e Simoninha puxaram gritos de "ele não" e "ele nunca".
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que: "no ano passado, o bloco levou um milhão de pessoas para a Consolação, segundo balanço de seus organizadores. Em 2019, ainda sem uma estimativa até o momento, uma multidão de proporção similar se espremeu para extravasar ao som de Wilson Simoninha, Maria Rita e Mariana Aydar."
Conhecido por desfiles com pegada política, o bloco baseou seu desfile na música do grupo de rock brasiliense Legião Urbana "Que País é Esse?". Dessa forma, seus integrantes quiseram marcar posição contra o autoritarismo que tem sido estimulado no Brasil pelo bolsonarismo. 
Segundo a matéria, "as fantasias dos presentes também assumiram o discurso político. A publicitária Maria Sgarbi, 24, foi com um collant rosa em que se lia 'pink money'. 'É o dinheiro do público LGBT, que bomba artistas como Anitta, Valesca Popozuda, entre outros, e também pode deixá-los a partir do momento que essas causas sejam desrespeitadas', explica. O que mais se viu, em termos de fantasias, foram homens vestidos de rosa e mulheres, de azul, em referência à fala da ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de que cada gênero deve usar uma cor específica de roupas."
Assista ao protesto no Canal do Conde 


sábado, 23 de fevereiro de 2019

Bloco “Sapo Barbudo” vai às ruas de Olinda neste sábado por Lula Livre


Brasileiros que defendem a democracia e desejam a libertação de Lula vão poder se mobilizar no ritmo do carnaval;  “A ideia é levar a nossa bandeira de Lula Livre durante o Carnaval”, afirma Júnior Afro, secretário de Cultura do PT em Pernambuco, que criou a troça carnavalesca Sapo Barbudo, que vai se juntar com o bloco das mulheres Bovoá com Elas e ao Feitiço da Estrela, todos por Lula livre
247 - Criada em homenagem ao ex- presidente Lula, a troça carnavalesca Sapo Barbudo junta-se ao bloco das mulheres do PT, Bovoá com Elas e ao Feitiço da Estrela, do PT de Olinda, em uma prévia por Lula livre.
O encontro dos blocos petistas acontece neste sábado (23) e terá concentração às 13h, na Praça do Carmo, da onde partirá percorrendo as ruas de Olinda.
“A ideia é levar a nossa bandeira de Lula Livre durante o Carnaval”, afirma Júnior Afro, secretário de Cultura do PT em Pernambuco.
Além de homenagear Lula, o bloco faz críticas aos governo de Jair Bolsonaro. O hino da troça foi composto pelo músico Alex Mono e chama Bolsonaro de 'Coiso', como ele é conhecido nas redes sociais. Também há críticas a reforma da Previdência.
Outras dois blocos sairão no mesmo horário, a Bovoá com Elas, organizada por mulheres do partido, e a Feitiço da Estrela, promovido pelo diretório do partido em Olinda. A chegada à Rua Treze de Maio será marcada pelo encontro com o Bloco da Diversidade, que tem como tema "Ninguém vai voltar para o armário".



Requião desenha como EUA criaram crise humanitária na Venezuela


"Trump bloqueia "30 bilhões" da Venezuela em bancos e oferece ajuda "humanitária" de "20 milhões". Entendeu? Se não, eu desenho!", escreveu o ex-senador Roberto Requião em seu twitter
247 – "Trump bloqueia "30 bilhões" da Venezuela em bancos e oferece ajuda "humanitária" de "20 milhões". Entendeu? Se não, eu desenho!", escreveu o ex-senador Roberto Requião em seu twitter. Leia, abaixo, reportagem da Sputinik sobre a crise venezuelana:
Enquanto o Ocidente continua aumentando pressão sobre a Venezuela, há cada vez mais informações de que a Rússia planeja apoiar o governo venezuelano legítimo e contribuir para a regularização da situação no país. Após a operação militar bem-sucedida na Síria, a Rússia vai provar sua capacidade de prestar ajuda econômica a outro país.
A colunista Irina Alksnis revelou, em seu artigo especial para a Sputnik, o que está por trás da decisão da Rússia de prestar ajuda econômica à Venezuela e que dificuldades Moscou poderia enfrentar.
Recentemente, o presidente dos EUA Donald Trump avisou os militares venezuelanos de que podem "perder tudo" se não abandonarem Nicolás Maduro e aceitarem Juan Guaidó como presidente interino do país.
John Bolton, conselheiro de Trump para a segurança nacional, declarou, por sua vez, que o adido militar da Venezuela nas Nações Unidas, coronel Pedro Chirinos, reconhece Juan Guaidó como presidente interino do país.
Para Alksnis, os EUA não estão prontos para uma intervenção militar direta, apostando na pressão das sanções e provocações sob o pretexto de ajuda humanitária. Entretanto, segundo ela, as autoridades venezuelanas continuam resistindo a essa pressão e "parece que essa firmeza está ligada, em grande medida, a Moscou".
Por exemplo, a chancelaria russa já avisou Washington contra uma intervenção militar na Venezuela e propôs a Caracas ajuda no que se refere à solução da crise política interna. Além disso, o Ministério das Finanças da Rússia informou que Moscou apresentou a Caracas um plano informal para o restabelecimento da economia nacional. Finalmente, segundo a agência Reuters, a maioria dos fornecimentos de combustível à Venezuela é proveniente da Rússia (as refinarias venezuelanas estão em estado bastante catastrófico).
A agência Bloobmerg, por sua vez, informou que o governo venezuelano ordenou que os dirigentes de cerca de 50 empresas venezuelanas abram contas bancárias na Rússia, Turquia, China e Índia e começou a fortalecer os contatos com fornecedores nesses países para evitar as sanções dos EUA.

Levando em conta todas essas notícias, Alksnis disse que a Venezuela se tornou uma espécie de "Síria econômica" para a Rússia.

Ela lembrou que, há três anos e meio, a Rússia lançou a operação militar na Síria, que pode ser considerada histórica. Com forças militares limitadas e ações discretas, a Rússia atingiu grandes sucessos.
"Moscou não apenas mudou o rumo da guerra e salvou o Estado sírio do colapso. Através dos seus esforços políticos e militares, a Rússia lançou também o processo de regularização política real no país e a transformação geopolítica na região", explicou Alksnis.
Para a analista, Moscou mostrou a todo o mundo do que é capaz e com que os países que estão sob pressão política e militar do Ocidente podem contar se pedirem ajuda à Rússia. Essa ajuda representa uma cooperação mutuamente vantajosa e nenhuma intervenção nos assuntos interno do país.
Entretanto, segundo Alksnis, o sucesso da Rússia na Síria não se tornou algo extraordinário, porque todo o mundo entende que a Rússia "sabe como fazer a guerra" e "sabe como trabalhar no Oriente Médio".
O caso venezuelano não é tão simples porque são os problemas econômicos os responsáveis pela atual crise no país. No entanto, segundo a colunista, apesar de todas as dificuldades, Moscou tem como objetivo salvar a economia venezuelana e contribuir para a regularização política no país, a despeito das intenções dos EUA de derrubarem as autoridades venezuelanas.
A jornalista sublinha que a Rússia nunca foi guru da política econômica, têm sido o Ocidente e o FMI a lidar com essas questões. Entretanto, desta vez a Rússia escolheu esse campo.
Embora ainda não seja evidente se essa tentativa será bem-sucedida e muitos falem que há pouca possibilidade de êxito, há três anos o mesmo foi dito sobre a operação militar russa na Síria, que não obstante foi coroada de numerosas vitórias e êxitos, concluiu a analista.
A tensão política na Venezuela aumentou desde que, em 23 de janeiro, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição, se declarou presidente interino do país.
Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como chefe de Estado interino do país, enquanto a Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram apoio a Maduro como presidente legítimo do país e exigiram que outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos do país latino-americano.


PGR aponta proteção de Gilmar a Paulo Preto


"A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu de decisão que autorizou a retomada da fase de produção de provas em ação penal contra Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Dersa e apontado como operador do PSDB", informa o jornalista Fausto Macedo, em seu blog. Ela vê 'único objetivo de retardar o andamento processual pelo menos até março deste ano, quando o réu completará 70 anos e o prazo de prescrição do crime cairá pela metade'
247 – "A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu de decisão que autorizou a retomada da fase de produção de provas em ação penal contra Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Dersa e apontado como operador do PSDB", informa o jornalista Fausto Macedo, em seu blog. Ela vê 'único objetivo de retardar o andamento processual pelo menos até março deste ano, quando o réu completará 70 anos e o prazo de prescrição do crime cairá pela metade'.
Vieira de Souza foi preso na última terça, 19, na Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato, por suspeita de lavar dinheiro para a empreiteira Odebrecht em repasses de propinas a políticos. A investigação mira também o ex-senador e ex-ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores/Governo Temer), alvo de buscas da Polícia Federal.


Justiça mineira bloqueia R$ 11,5 milhões em bens de Aécio


A Justiça determinou o bloqueio de R$ 11,5 milhões em bens do atual deputado e ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) por suspeita de uso, sem comprovação de interesse público, de aeronaves oficiais do estado para 1.337 voos às cidades do Rio de Janeiro, Cláudio (MG) e outros municípios. Líder do golpe contra a democracia brasileira, Aécio passava os fins de semana no Rio ou em Cláudio, onde também mandou construir um aeroporto com dinheiro público
247 – "A Justiça determinou o bloqueio de R$ 11,5 milhões em bens do atual deputado e ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) por suspeita de uso, sem comprovação de interesse público, de aeronaves oficiais do estado para 1.337 voos às cidades do Rio de Janeiro, Cláudio (MG) e outros municípios", informa o jornalista José Marques, na Folha de S. Paulo.
"A decisão liminar (provisória) foi publicada nesta quinta-feira (21) pelo juiz Rogério Santos Araújo Abreu, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte. Nela, o magistrado também aceita a ação civil pública do Ministério Público e transforma o ex-governador em réu. Ele deu prazo de cinco dias para que Aécio apresente bens no valor citado à Justiça. A defesa de Aécio diz que irá recorrer", aponta ainda a reportagem.
Aécio realizou 1.424 deslocamentos aéreos de janeiro de 2003 a março de 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado. Destes, apenas 87 tiveram justificativa. Aécio passava os fins de semana no Rio ou em Cláudio, onde também mandou construir um aeroporto com dinheiro público.


Beto Preto transmite cargo a Junior da Femac


A partir de agora, o ex-prefeito está apto a atender o convite do Governador Ratinho e assumir a Secretaria de Estado da Saúde 

 Em ato solene realizado no início da noite desta sexta-feira (22/02), com o plenário da Câmara Municipal de Apucarana tomado por grande público e autoridades, o prefeito licenciado Carlos Alberto Gebrim Preto, “Beto Preto” (PSD), formalizou sua decisão de abrir mão do cargo, para assumir a Secretaria de Estado da Saúde, atendendo a convite formulado pelo Governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Junior, “Ratinho Junior”.
Após o comunicado oficial ao Legislativo, Beto Preto fez a transmissão do cargo ao seu vice-prefeito, Sebastião Ferreira Martins Junior, “Junior da Femac” (PDT) que, a partir de agora, cumpre o mandato de prefeito de Apucarana até 31 de dezembro de 2020.
A solenidade comandada pelo presidente da Câmara, vereador Luciano Molina (REDE), teve a presença dos deputados estaduais Arilson Chiorato (PT) e Delegado Jacovós (PR), prefeito de Rosário do Ivaí Ilton Kuroda, prefeito de Itambé Vitor Fedrigo, vereadores, secretários municipais, autoridades do Judiciário, Ministério Público, eclesiásticas e público em geral. Estavam representados o 30º BImec, 10º BPM, Corpo de Bombeiros, Emater, UTFPR, Unespar/Fecea, FAP, Facnopar, ACIA, Sivale, OAB, Ciretran, Sanepar e 17ª SDP, além de representantes de clube de serviço, lideranças de bairros
Na abertura do ato, foi feita a leitura de um breve resumo das ações administrativas desenvolvidas nos seis anos e cinqüenta e três dias de mandato do prefeito Beto Preto. As principais obras, programas e serviços foram apresentadas no balanço administrativo do período de 2013 a 2018.
A ex-primeira dama do Município, Adriana Gonçalves e a nova primeira-dama, Carmen Lúcia Izquierdo Martins foram homenageadas com ramalhetes de flores. E o novo prefeito Junior da Femac, entregou uma placa de homenagem ao ex-prefeito Beto Preto pelo conjunto de suas ações administrativas à frente do Município.
“Agradeço Beto Preto pela prioridade dada à educação e a saúde”, diz Molina
Após dar posse oficial ao novo prefeito Junior da Femac, o presidente da Câmara, Luciano Molina fez um discurso de gratidão ao ex-prefeito Beto Preto. “Agradeço em nome dos apucaranenses por você priorizar a educação. Tenho 35 anos de atuação como professor e sei da importância do que você construiu para as crianças e juventude de Apucarana. Beto Preto nos surpreendeu positivamente, pois pegou uma situação de extrema dificuldade e conseguiu um significativo saldo de obras”, destacou Molina.
Para ele, Apucarana não perde com a saída de Beto Preto. “Apucarana vai ganhar, por que terá Beto Preto junto do governador Ratinho Junior e poderá atender o Município e sua gente”. Quanto ao prefeito Junior da Femac, Molina disse que uma pessoa bastante preparada para dar continuidade à boa gestão de Beto Preto.
“Teremos ajuda do Beto Preto, de dois deputados e do Governador”
Já empossado no cargo de prefeito, Junior da Femac, saudou autoridades e fez uma menção especial aos sues familiares. Depois agradeceu a Deus e Nossa Senhora Aparecida pelas bênçãos em sua vida. Ele também prestou homenagem ao secretariado e aos vereadores, além da sua equipe de trabalho no Grupo Femac.
Para Junior, Beto Preto será o melhor secretário de Saúde da história do Paraná. “Digo isso por que conheço a sua competência e conhecimento de causa”, frisou o prefeito. Com relação à sua gestão, Junior anunciou que continuará do bairro para o centro, “porque todos são importantes para o poder público”.
Segundo Junior, a educação continuará sendo prioridade, bem como a qualificação profissional, a saúde, o esporte, o comércio, a industrialização. “O trabalho dos últimos seis anos terá continuidade, os ideais são os mesmos e tudo o que está planejado será executado. Contamos com o apoio do governador Ratinho Junior, dos nossos deputados Jacovós e Arilson, além do secretário de saúde Beto Preto”, frisou Junior, acrescentando que “hoje Apucarana é referência no Estado em várias áreas, tem um novo rumo e jamais voltará atrás”.
“Estarei em Curitiba mais aqui também, por que meu coração é apucaranense”
Beto Preto, visivelmente emocionado com as homenagens, disse que ao adentrar na Secretaria de estado da Saúde pediu para que Deus abençoasse seus passos. “Foi o mesmo que fiz quando cheguei em 2013 na Prefeitura de Apucarana. Tivemos uma gestão abençoada até aqui e faço questão de agradecer a todos os secretários, superintendentes, diretores e demais servidores, além dos vereadores desta e da legislatura anterior”, comentou.
O secretário de Saúde do Paraná citou números de sua gestão. “Pagamos R$ 90 milhões de dívidas em seis anos, e essa foi a mais cara obra realizada neste período; pagamos 80 folhas de salários rigorosamente em dia. Implementamos 900 obras e ações administrativas, na construção de creches, escolas, postos de saúde, 250 km de asfalto e recape, criamos programas que servem de modelo, como o Terra Forte, Economia Solidária e a biblioteca itinerante. Na saúde os investimentos foram abrangentes, com o CEO e os implantes dentários, novo laboratório, Centro Municipal de Especialidades Médicas, Centro de Dermatologia, cinco novas UBS, reforma de outras 34 unidades, consultas médicas aumentadas em 200%”.
Ainda na saúde ele enalteceu a conquista de R$ 5 milhões para o Centro de Oncologia do Providência e assegurou que a nova maternidade terá os recursos – cerca de R$ 12 milhões – necessários para ser consolidada Resgatamos a estrutura física e valorizamos o esporte, trazendo todas as competições mais importantes do Paraná para Apucarana”, lembrou Beto Preto.
O secretário disse que assumiu a prefeitura endividada. “Apesar disso, mantivemos em dia os salários, os encargos sociais e todos os demais direitos dos servidores. “Agora estou deixando a gestão com um saldo bancário de R$ 56 milhões em recursos livres e recursos conveniados”, informou Beto Preto, sob aplausos do público.
Ele concluiu dizendo que, “mesmo diante de tantas dificuldades fizemos história em Apucarana. E os 91,45% dos votos nominais obtidos na eleição de 2016 são a prova de que a cidade avançou e houve uma pacificação política. Acredito que para o futuro teremos uma Apucarana ainda mais forte no cenário paranaense”, destacou Beto Preto. “Estarei em Curitiba, mas também em Apucarana, por que meu coração está aqui”.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Youtube desmonetiza canal de fake news recomendado por Bolsonaro



O Youtube suspendeu a monetização do canal do youtuber da extrema-direita Nando Moura, por propagação de ódio e disseminação de notícias falsas; seu canal foi recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro; Nando Moura mostrou-se visivelmente abalado com a iniciativa da plataforma, que ele chama de "censura"
247 - O Youtube suspendeu a monetização do canal do youtuber da extrema-direita Nando Moura, por propagação de ódio e disseminação de notícias falsas. O seu canal foi recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro. 
Considerado o maior youtuber do Brasil, Felipe Neto explicou através de seu Twitter a iniciativa da plataforma de vídeos.
“É pra aplaudir de pé a iniciativa do Youtube em remover os anúncios de canais q propagam o ódio e fake news. O Youtube já tinha avisado q isso seria feito ano passado, desligando anúncios em canais q falam coisas bolóides como “Terra plana’ e ‘nazismo de esquerda’. Dentro dessa leva de canais perdendo totalmente a monetização, entrou o canal do Nando Moura! Famoso pelos discursos de profundo ódio e violência, preconceito e MUITA fake news”, tuitou.
Nando Moura, que também é músico, mostrou-se abalado com a iniciativa da plataforma, que ele chama de "censura". Em vídeo publicado nessa quinta-feira (21), ele publicou o vídeo "YouTube pare de censurar meus vídeos". Já nesta sexta-feira (22), postou novo vídeo intitulado "SLIME recheado de Nutella". Neste, Nando Moura aparece imitando um youtuber Nilson Izaías, como forma de "protesto".
 





Bebianno escreve cartas a conhecidos: “se algo acontecer comigo, abram”


Com medo das ameaças que recebeu, o ex-ministro Gustavo Bebianno, demitido por Bolsonaro, escreveu cartas para duas pessoas com os nomes de quem estaria interessado em lhe causar algum mal, segundo a coluna Radar; "Se algo acontecer comigo, abram"
247 - Com medo das ameaças que recebeu, o ex-ministro Gustavo Bebianno, demitido por Jair Bolsonaro na semana passada, escreveu cartas para duas pessoas com os nomes de quem estaria interessado em lhe causar algum mal, segundo a coluna Radar. "Se algo acontecer comigo, abram".
No momento da crise, pouco antes de ser demitido, Bebianno teria recebido ameaças de morte por meio do WhatsApp e cogitou fazer a denúncia às autoridades, informou a jornalista Mônica Bergamo.

Venezuela posiciona mísseis S-300 na fronteira com Brasil


Governo do presidente Nicolás Maduro posicionou o Sistema de Mísseis de Defesa Aérea S-300VM próximo à fronteira com o Brasil, que foi fechada às 20 horas desta quinta-feira; segundo o site DefesaNet, o sistema antiaéreo inclui lançadores, sistemas de radares e apoio e está posicionado é a região do aeroporto de Santa Elena de Uairén, que fica a 11 km da cidade fronteiriça de Pacaraima
247 - Aumenta a tensão na fronteira entre o Brasil e a Venezuela na véspera do dia fixado pelos Estados Unidos para a entrada da suposta ajuda humanitária aos venezuelanos. 
Segundo informações do site DefesaNet, relacionado a assuntos militares, o governo do presidente Nicolás Maduro posicionou o Sistema de Mísseis de Defesa Aérea S-300VM próximo à fronteira com o Brasil, que foi fechada às 20 horas desta quinta-feira.
Conforme o DefesaNet, a posição onde o sistema S-300 foi posicionado é a região do aeroporto de Santa Elena de Uairén, que fica a 11 km da cidade fronteiriça de Pacaraima. 
A Venezuela possui 3 Sistemas de Defesa Aérea S-300, que inclui lançadores, sistemas de radares e apoio. O sistema de Defesa Aéreo S-300VM é produzido pela empresa russa Antey-Almaz. Tem sido o maior sucesso de vendas no mercado internacional da indústria militar russa pós-Guerra Fria.
A Venezuela adquiriu os S-300 durante o governo de Hugo Chávez. Junto incorporou o conceito de defesa aérea desenvolvido pelos russos desde a Guerra Fria. Trata-se de um sistema escalonado, que vai desde o menor nível com canhões até os mísseis para grande altitude.
Nesta sexta-feira, 22, indígenas e militares venezuelanos teriam entrado em confronto na cidade de Kumarakapay. Segundo a agência Reuters, uma pessoa teria morrido e diversas ficaram feridas por tiros. A cidade fica a cerca de 70 km de Santa Elena de Uairén, na fronteira com o Brasil, que está fechada por ordem do presidente Nicolás Maduro (leia mais).


Sarney: “estão matando nossa Democracia”


Com mais de 70 de atividade política, o ex-presidente José Sarney resumiu o momento atual vivido pelo país: "estamos matando nossa democracia"; segundo ele, "o Parlamento não legisla. O Poder Executivo legisla no lugar do Parlamento, e o Judiciário não exerce o poder moderador que deveria ter";  Sarney disse "lamentar muito o que aconteceu e está acontecendo com Lula".
247 - Com mais de 70 de atividade política, o ex-presidente José Sarney resumiu o momento atual vivido pelo país: "estamos matando nossa democracia". Segundo ele, "ao falar em morte da democracia, me refiro ao fato de que os Poderes têm fendas em suas estruturas que estão desestabilizando o país". "O Parlamento não legisla. O Poder Executivo legisla no lugar do Parlamento, e o Judiciário não exerce o poder moderador que deveria ter", disse Sarney ao jornal Valor Econômico. Sobre a prisão do ex-presidente Luz Inácio Lula da Silva, mantido preso por razões políticas, Sarney disse "lamentar muito o que aconteceu e está acontecendo com Lula".
Sarney, que foi o primeiro presidente civil a chefiar o Executivo após o fim da ditadura militar, ressaltou que "a judicialização da política e a politização da Justiça" coloca o Brasil em um estado de insegurança jurídica. "A interferência, a nítida divisão entre os ministros, é o sinal mais evidente dessa crise. São tantas as questões submetidas ao tribunal - tudo, na verdade - que isso cria uma insegurança jurídica muito grande", avaliou.
Para o ex-presidente, a internet e as redes sociais agravaram a crise da democracia. "A internet nos trouxe a perda dos direitos individuais, da privacidade. Criou tantas versões sobre o mesmo fato que já não sabemos qual é a verdadeira. É o que chamamos de a morte da verdade" afirmou fazendo referência ao livro "A Morte da Verdade - Notas Sobre a Mentira na Era Trump", de Michiko Kakutani.
Sarney ressaltou, também que, apesar do combate à corrupção ser "um fenômeno importantíssimo na política que se destina a fazer correções no país", os excessos devem ser evitados. Ele próprio foi envolvido em uma das investigações da Lava-Jato, sendo inocentado posteriormente. 
Leia a íntegra no Valor Econômico.