terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Aloysio recebeu cartão de crédito de conta suíça em hotel de luxo em Barcelona


A Operação Lava Jato, que prendeu Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, operador do PSDB, e que tem o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira como alvo de mandado de busca e apreensão por lavagem de dinheiro apontou que, “por intermédio da offshore Klienfeld Services Ltd, a Odebrecht transferiu € 275.776,04 (euros) para a conta controlada por Paulo Preto, em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça"; segundo a investigação, “a partir da referida conta de Paulo Preto, foi solicitada a emissão de cartão de crédito, vinculado à sua conta, em favor de Aloysio Nunes Ferreira Filho"; o dinheiro da conta suíça, controlado por Paulo Preto, era usado pelo ex-ministro tucano
247 - As investigações da Operação Lava Jato, que prendeu Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Departamento Rodoviário S.A. (Dersa), e que tem o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) como alvo de mandado de busca e apreensão por um esquema de lavagem de dinheiro apontou que, "em 26 de novembro de 2007, por intermédio da offshore Klienfeld Services Ltd, a Odebrecht transferiu € 275.776,04 (euros) para a conta controlada por Paulo Preto, em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça".
"A apuração identificou que, no mês seguinte, a partir da referida conta de Paulo Preto, foi solicitada a emissão de cartão de crédito, vinculado à sua conta, em favor de Aloysio Nunes Ferreira Filho. O banco foi orientado a efetuar a entrega do cartão de crédito no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio Nunes Ferreira Filho, que estaria hospedado no hotel entre 24/12/2007 e 29/12/2007", disse o MPF. Ou seja, o dinheiro da conta suíça, controlado por Paulo Preto, era usado pelo Aloysio Nunes.
"A operação aprofunda a investigação de um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada pela Odebrecht, que envolveu os operadores Paulo Vieira de Souza (conhecido como Paulo Preto), Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis, que mantiveram relações pelo menos entre 2007 e 2017", afirmou o órgão.
Leia a íntegra do texto publicado no site do MPF:
Foi deflagrada nesta terça-feira, 19 de fevereiro, a 60ª fase da Operação Lava Jato, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR), que cumpre 12 mandados de busca em diversos endereços ligados a Paulo Vieira de Souza e a Aloysio Nunes Ferreira Filho, ex-chanceler do governo Temer.
A operação aprofunda a investigação de um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada pela Odebrecht, que envolveu os operadores Paulo Vieira de Souza (conhecido como Paulo Preto), Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis, que mantiveram relações pelo menos entre 2007 e 2017. As transações investigadas superam R$ 130 milhões, que correspondiam ao saldo de contas controladas por Paulo Preto na Suíça no início de 2017.
O esquema criminoso – As investigações realizadas pela força-tarefa Lava Jato no Paraná revelaram a atuação de Paulo Preto como operador financeiro com importante papel num complexo conjunto de operações de lavagem de dinheiro em favor da empreiteira Odebrecht.
De acordo com as provas colhidas ao longo da investigação, Paulo Preto disponibilizou, a partir do segundo semestre de 2010, R$ 100 milhões em espécie a Adir Assad no Brasil. Este, por sua vez, entregou os valores ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, aos cuidados do doleiro Álvaro Novis. O doleiro realizava pagamentos de propinas, a mando da empresa, para vários agentes públicos e políticos, inclusive da Petrobras.
De fato, as evidências revelaram que, no mesmo período que se seguiu à entrega dos valores em espécie por Paulo Preto para a Odebrecht, propinas foram pagas pela empreiteira, em espécie, para os seguintes gerentes e diretores da Petrobras: Djalma Rodrigues, Maurício Guedes, Roberto Gonçalves, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Sérgio Machado.
Em contraprestação à entrega de valores em espécie por Paulo Preto e Adir Assad ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht no Brasil, esse setor transferiu dezenas de milhões de dólares para as contas do doleiro Rodrigo Tacla Duran no exterior. Este último operador, depois de descontar as suas comissões e as de Adir Assad, devidas pela lavagem do dinheiro, ficava incumbido de fazer chegar às contas de Paulo Preto os recursos a ele devidos.
A investigação também revelou que existiram transações ilícitas entre os investigados em momento anterior, a partir de 2007. Por exemplo, em 26 de novembro de 2007, por intermédio da offshore Klienfeld Services Ltd, a Odebrecht transferiu € 275.776,04 (euros) para a conta controlada por Paulo Preto, em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça.
A apuração identificou que, no mês seguinte, a partir da referida conta de Paulo Preto, foi solicitada a emissão de cartão de crédito, vinculado à sua conta, em favor de Aloysio Nunes Ferreira Filho. O banco foi orientado a efetuar a entrega do cartão de crédito no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio Nunes Ferreira Filho, que estaria hospedado no hotel entre 24/12/2007 e 29/12/2007.
Além disso, foram identificados depósitos efetuados, no ano de 2008, por contas controladas pela Andrade Gutierrez e Camargo Correa, em favor da mesma conta controlada por Paulo Preto na Suíça, no valor global aproximado de US$ 1 milhão.
O procurador da República Júlio Noronha salienta que “a Lava Jato, prestes a completar seu aniversário de cinco anos, ainda investiga várias caixas-pretas que precisam ser abertas. Para que essas caixas possam ser abertas é fundamental que as apurações sobre corrupção não sejam deslocadas para a Justiça Eleitoral e que a execução das penas pelos agentes corruptos não seja postergada indefinidamente. Isso dificultaria as investigações e promoveria a impunidade, desestimulando a colaboração com a justiça e favorecendo aqueles cujos crimes ainda são mantidos em segredo. É importante que a sociedade, por isso, participe do debate sobre essas questões que serão julgadas pelo STF nos próximos dois meses”.
Provas e cooperação internacional – As investigações são amparadas por documentos apreendidos em fases anteriores, provas fornecidas pela Odebrecht no seu acordo de leniência, incluindo mensagens trocadas entre os investigados na época dos fatos (registradas no sistema “Drousys”, usado pelo setor de propinas da empreiteira), depoimentos de colaboradores, relatórios de informação da Assessoria de Pesquisa e Análise da força-tarefa, extratos e documentos de transferências de contas estrangeiras e nacionais. Nesse contexto, foi fundamental a obtenção de evidências mediante a cooperação internacional entre o Brasil e quatro países: Suíça; Espanha, Bahamas e Singapura.
O procurador da República Roberson Pozzobon destaca, nesse sentido, que: “ao longo de quase cinco anos a Operação Lava Jato vem, fase após fase, montando quebra-cabeças de grandes esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro no país. A sexagésima operação Lava Jato investiga complexo esquema de lavagem da Odebrecht de mais de uma centena de milhões de reais, no Brasil e no exterior, por pelo menos cinco operadores financeiros, entre os quais Paulo Preto. Parte das peças desse grande quebra-cabeça foram obtidas pelo MPF a partir de acordos de leniência e de colaboração premiada, cooperações internacionais com quatro países, análise e relacionamento de provas obtidas em buscas e apreensões de fases anteriores da Lava Jato e afastamentos de sigilos fiscal e bancário. Os mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos hoje visam a obter outras peças dessa gigantesca figura criminosa”.
Prisão – Há risco significativo e iminente, a um só tempo, para a ordem pública e para a aplicação da lei penal, o que torna a prisão de Paulo Preto imprescindível. De fato, sua custódia é necessária em razão da gravidade concreta dos crimes de lavagem de dinheiro relacionado à corrupção, que envolveram mais de uma centena de milhões de reais, da reiteração e habitualidade na prática de crimes por mais de uma década, na atualidade da lavagem de dinheiro e na sua atuação deliberada para impedir o bloqueio e confisco de valores ilícitos.
Em relação ao último aspecto, é relevante notar que, em dezembro de 2016, quando o acordo da Odebrecht se tornou público, Paulo Preto mantinha cerca de US$ 34 milhões na Suíça, país que notoriamente tem cooperado com a Lava Jato. Logo em seguida, no primeiro trimestre de 2017, Paulo Preto encerrou as contas suíças e remeteu os recursos para Bahamas, impedindo assim um iminente bloqueio de valores que são fruto de atividade criminosa.
Outras investigações – Tramitam contra Paulo Preto investigações e ações penais em outras jurisdições, com outro objeto. A apuração da força-tarefa Lava Jato no Paraná concentra-se na atuação de Paulo Preto como operador financeiro que atuou na cadeia de lavagem de dinheiro em favor da Odebrecht. Não é objeto da investigação no Paraná a sua atuação como ex-funcionário público do Estado de São Paulo, de responsabilidade de autoridades que atuam naquele Estado.


Nova fase da Lava Jato prende Paulo Preto, operador do PSDB


A 60ª fase da Operação Lava Jato prendeu, por lavagem de dinheiro, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Departamento Rodoviário S.A. (Dersa); ele era operador da sigla tucana; as transações investigadas superam R$ 130 milhões, valor que representa o saldo de contas controladas por ele na Suíça; ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) é alvo de mandado de busca e apreensão
247 - A 60ª fase da Operação Lava Jato prendeu, na manhã desta terça-feira (19) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Departamento Rodoviário S.A. (Dersa), estatal de engenharia do governo de São Paulo, durante as gestões do PSDB. Ele era operador da sigla tucana. As transações investigadas superam R$ 130 milhões, valor que representa o saldo de contas controladas por Paulo Preto na Suíça no começo de 2017. O ex-ministro das Relações Exteriores e ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) é alvo de mandado de busca e apreensão.
Sobre Paulo Preto, o Ministério Público Federa afirma haver "risco significativo e iminente (...) para a ordem pública e para a aplicação da lei penal", sendo a prisão preventiva do operador financeiro " imprescindível".
"De fato, sua custódia é necessária em razão da gravidade concreta dos crimes de lavagem de dinheiro relacionado à corrupção, que envolveram mais de uma centena de milhões de reais, da reiteração e habitualidade na prática de crimes por mais de uma década, na atualidade da lavagem de dinheiro e na sua atuação deliberada para impedir o bloqueio e confisco de valores ilícitos", disse o órgão em nota.


Preso presidente da CNI, que apoiou o golpe contra Dilma

Polícia Federal prendeu 10 pessoas nesta terça-feira no âmbito da operação Fantoche, que apura irregularidades em contratos que somam R$ 400 milhões firmados com o Ministério do Turismo e com o Sistema S; um dos alvos da operação foi o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que apoiou o golpe contra Dilma Rousseff; ao todo, estão sendo cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas

247 com Reuters - A Polícia Federal prendeu 10 pessoas nesta terça-feira no âmbito da operação Fantoche, que apura irregularidades em contratos que somam 400 milhões de reais firmados com o Ministério do Turismo e com o Sistema S, informou a PF em nota. Um dos principais alvo da ação é o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade. Em nota, a CNI informou "que não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido".  
De acordo com a corporação, um grupo de empresas do mesmo núcleo familiar atuou desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com a pasta e com o Sistema S.
"A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada", disse a PF.
"Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de 400 milhões de reais decorrentes desses contratos", acrescentou a PF sobre a operação, realizada em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU).
A corporação disse que 213 agentes foram mobilizados, assim como 8 auditores do TCU, para o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.
A operação foi determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos investigados nas irregularidades.
Confira a íntegra da Nota da CNI sobre o assunto.
"A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira (19/02). A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades."


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Bolsonaro demite Bebianno, primeira queda pelo laranjal do PSL


"Deseja sucesso em sua caminhada", disse o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, em anúncio nesta segunda-feira 18, após dias de 'fritura' de Gustavo Bebianno, numa crise que envolveu também o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente; "O motivo da exoneração é uma decisão de foro íntimo do nosso presidente", disse ainda Rêgo Barros, que alegou o mesmo motivo para a demora na exoneração e também para a manutenção do ministro do Turismo, mais um alvo de denúncias no caso dos laranjas do PSL
247 - Após dias de crise e troca de farpas no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro exonerou nesta segunda-feira 18 o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. É o primeiro ministro a cair em decorrência do escândalo das candidaturas laranjas de seu partido, o PSL, que durante as eleições foi presidido por Bebianno.
"O excelentíssimo senhor presidente da República Jair Messias Bolsonaro decidiu exonerar nesta data, do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso em sua nova caminhada", declarou o porta-voz.
"O motivo da exoneração é uma decisão de foro íntimo do nosso presidente", disse ainda Rêgo Barros. A mesma explicação foi dada para a demora na exoneração e para a manutenção do ministro do Turismo, mais um alvo de denúncias no caso dos laranjas do PSL.
O pivô da crise, provavelmente devidamente orientado pelo presidente, foi o filho Carlos Bolsonaro, que chamou o agora ex-ministro de "mentiroso" nas redes sociais e levou o exército digital pró-Bolsonaro a defender o clã e a "fritar" publicamente o integrante do governo.
Neste fim de semana, diversas declarações foram atribuídas a Bebianno, como a de que ele estaria arrependido de ter viabilizado a vitória de Bolsonaro, além de ameaças como a de que o Brasil iria "tremer" se a exoneração se confirmasse e de que tinha "documentos e papéis" que podem comprometer o presidente. Teria disparado ainda diversas críticas a Bolsonaro, chamando-o até de louco. Depois, Bebianno negou.
O núcleo militar do governo fez forte pressão pela demissão. O vice, general Hamilton Mourão, disse em entrevista que desta segunda-feira a demissão não passaria. Os militares defendiam que, no lugar de Bebianno, fosse nomeado o general da reserva Floriano Peixoto, o que foi atendido, conforme anúncio do porta-voz.


Servidores de Apucarana terão 4,10% de reajuste salarial


O acordo foi fechado após algumas semanas de negociação e beneficia todos os cerca de 3 mil servidores, funcionários efetivos e comissionados, da administração direta e autarquia
(Foto: Edson Denobi)

Em reunião realizada nesta segunda-feira (18/02), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Apucarana e Região (Sindspa) e o prefeito em exercício Júnior da Femac definiram em 4,10% o percentual de reajuste salarial dos servidores municipais. O aumento é válido já para a folha de pagamento de fevereiro e representa um ganho real de 0,53% em relação à inflação do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 3,57%.
O acordo foi fechado após algumas semanas de negociação e beneficia todos os cerca de 3 mil servidores, funcionários efetivos e comissionados, da administração direta e autarquias. “A gestão Beto Preto sempre buscou estar ao lado dos servidores, que são os que carregam a administração municipal. Faça chuva ou faça sol abrem as escolas, CMEIS, as UBS’s, os CRAS, por isso em todas as negociações salariais procuramos conceder ganhos reais, sempre com algo acima da inflação do período, e mais uma vez conseguimos cumprir com essa meta. Os 4,10% são o máximo possível neste momento e está dentro de uma política de responsabilidade financeira, que também é uma das marcas da gestão Beto Preto”, pontuou Júnior da Femac.
O reajuste concedido representa um impacto anual de R$5 milhões nas contas municipais. “Todos sabem que a prefeitura possui uma situação financeira delicada. A gestão Beto Preto carrega dívidas herdadas que retiram do caixa municipal cerca de R$1,8 milhão ao mês”, lembrou Júnior. De acordo com ele, grande parte desse valor é correspondente a um histórico de desrespeito aos servidores promovido por gestores anteriores. “Administrações passadas que não pagaram aos servidores o que lhes era direito e que por isso precisaram entrar na Justiça para receber, como licenças-prêmio, INSS, FGTS, avanços funcionais. Coisa que não acontece na atual administração. Nenhum servidor precisou entrar na justiça para ter seus direitos respeitados e nunca vai precisar. Isso é coisa do passado”, destacou o prefeito em exercício.
O presidente do Sindspa, André Joaquina, que entrou na última rodada de negociação com pedido de ganho real na ordem de 1%, considerou o acordo satisfatório para a categoria. “Tendo como base o período inflacionário do período, pedimos um índice de reajuste na ordem de 4,57%, que daria um ganho real aos servidores na ordem de 1%. As cartas foram colocadas na mesa e infelizmente não foi possível chegarmos a ele, mas tendo como parâmetros as negociações que tivemos desde 2013 com a administração municipal, os 0,53% fechados estão dentro da média, ou seja, além da reposição da inflação, também conseguimos uma negociação positiva com ganho real”, ponderou Joaquina, salientando que a Prefeitura de Londrina concedeu apenas a inflação acumulada do período (3,57%).
O sindicato também conseguiu renovar o compromisso com a administração municipal de reservar uma agenda por mês para discussão de assuntos de interesse do funcionalismo municipal. “Assim como acontecia com o prefeito Beto Preto, o prefeito Júnior da Femac se comprometeu a manter esse diálogo aberto com o sindicato, que é o representante oficial da categoria. Com isso, já na próxima reunião deveremos trazer à pauta o assunto referente à revisão do Estatuto do Servidor Municipal”, informou o sindicalista.
Segundo ele, a legislação que rege os direitos e deveres dos servidores foi aprovada em 2011 com uma série de falhas. “Na época o estatuto foi aprovado sem pedir a opinião dos servidores e agora precisamos corrigir uma série de falhas que são um espinho na carne da categoria”, explica André Joaquina. De acordo com ele, a revisão do material teve início a pouco mais de um ano. “Foi formada uma comissão com representantes de todas as categorias e as alterações propostas, que serão apresentadas ao Executivo, estão agora tendo os textos revisados pela nossa advogada Fabiana Gonçalves”, concluiu Joaquina.


Jean Wyllys revela onde está vivendo e ataca Bolsonaro: 'Moleque'


Ex-parlamentar participou de entrevista coletiva em Berlim nesta segunda-feira (18)

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O ex-deputado federal do Psol, Jean Wyllys, participou de uma entrevista coletiva em Berlim nesta segunda-feira (18) e revelou que está vivendo na casa de amigos na capital alemã. Wyllys disse que pretende procurar uma bolsa de doutorado e permanecer na cidade.
Por causa de ameaças que vinha recebendo, o então deputado anunciou em janeiro deste ano que desistia do seu terceiro mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e deixaria o Brasil. Desde então, a sua primeira aparição pública foi durante sessão do filme brasileiro Marighella no Festival de Cinema de Berlim, na sexta-feira (15).
Segundo o 'UOL', na entrevista desta segunda, o ex-deputado disse ter recebido oferta de asilo político do governo francês, mas não pretende aceitar. "O asilo político é um instituto que demora um tempo. Há outras pessoas que precisam de asilo político. Para mim, permanecer aqui com um visto de estudante ou pesquisador é muito melhor do que um asilo político", explicou.
O ex-parlamentar também comentou a reação do presidente Jair Bolsonaro quando anunciou a sua saída do Brasil.
"Ele e seu filho, o "Zero Dois" (o senador Flávio Bolsonaro), comemoraram nas redes sociais. Esse é o nível do presidente do Brasil", disse. "Não basta ser um energúmeno, um incompetente, uma pessoa que esteve 30 anos no Parlamento e não produziu nada. Não basta ser um imbecil e incompetente que nada sabe sobre economia, políticas de saúde, educação, moradia e infraestrutura. Tem que ser esse debochado, esse moleque que trata a democracia dessa maneira. Ele só confirmou a minha decisão, só me deu razão de que, de fato, o Brasil não era mais o lugar para mim", afirmou Wyllys.
O político ainda lamentou a forma como Bolsonaro vem conduzindo o governo.
Um presidente deve cuidar da população de seu país. Depois de eleito, ele é responsável pela população. Mas esse sujeito ainda não age como presidente da República. Ele continua agindo como se ainda estivesse em campanha. Tratando as 40 milhões de pessoas que não lhe deram votos, que votaram nos outros candidatos, como inimigos."
Fonte: Notícias ao Minuto

ESTACIONAMENTO ROTATIVO : Idosos e Deficientes Físicos não pagam tarifa em Arapongas


Com o início da operação dos serviços do Estacionamento Rotativo em Arapongas, a Prefeitura Municipal esclarece que idosos e deficientes físicos estão isentos do pagamento de tarifas. Os idosos devem estacionar nas vagas localizadas em vias e logradouros públicos devidamente sinalizadas, portando identificação no veículo. Caso estacionem em vagas comuns, a tarifa deverá ser cobrada normalmente. A permanência é de no máximo duas horas, mantendo assim o fluxo de rotatividade.
Os deficientes físicos são isentos de tarifa, podendo estacionar nas “vagas comuns” e nas “vagas preferenciais”, havendo a necessidade da devida identificação no veículo. A permanência é de no máximo duas horas, mantendo assim o fluxo de rotatividade.
Aos demais motoristas, a cobrança de tarifas do Estacionamento Rotativo entrou em vigor nesta segunda-feira (18) na Avenida Arapongas e área central. As tarifas são de R$ 2,00 por hora, com fração de 30 minutos, para veículos leves, R$ 1,00 por hora, com fração de 30 minutos, para motos, e R$ 4,00 por hora, com fração de 30 minutos, para veículos pesados.
As vagas comuns do estacionamento não contarão com tolerância de tempo. Apenas as vagas específicas para carga e descarga terão tolerância de 30 minutos.


Liderança do governo na Assembleia tenta adiar discussão sobre cortes em secretarias


A liderança do governo na Assembleia Legislativa tenta adiar o início das discussões da reforma administrativa, que será apresentada aos deputados hoje (18), às 15h30, pela Casa Civil. A principal mudança trata da redução do número de secretarias de 28 para 15. O poder executivo pretende reforçar a imagem de “austeridade”, um dos temas centrais da campanha que levou Ratinho Junior (PSD) ao Palácio Iguaçu. A estimativa é economizar cerca de R$ 10 milhões por ano com a redução das pastas e outras medidas, como o corte de 313 cargos na estrutura do governo.
O primeiro passo para a tramitação da reforma administrativa é passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os deputados deste grupo se reúnem todas as terças-feiras, sempre a partir de 13h30. A aprovação na CCJ é obrigatória antes da análise de outras comissões competentes; depois das avaliações o projeto pode ser discutido em Plenário.
O líder do governo na Assembleia, no entanto, tenta adiar o início das discussões para a semana que vem. O deputado Hussein Bakri (PSD) afirma que pretende discutir os pontos do projeto com a oposição antes da apreciação pelas comissões.  “Nós vamos pedir mais tempo, pedir que o projeto não entre ainda na CCJ ainda para que nós possamos discutir mais. O governo entende que a redução dos custos é necessária, a redução dos custos. E seria uma redução de 28 para 15 secretarias e isso tem que ser bastante discutido. O que nós não queremos aqui é pressa”, comentou Bakri.
Essa votação também será o primeiro teste da força que o governo terá na Assembleia Legislativa após a reestruturação da Casa. Apesar da recondução de Ademar Traiano (PSDB) à presidência, mudanças nas comissões e secretarias deixam dúvidas sobre a fidelidade dos blocos da base e da oposição.
O deputado Hussein Barki projeta a aprovação da reforma em um prazo de 30 a 40 dias – ou seja, até o final do mês que vem. O líder do governo na Assembleia lembra que ainda existem outros dois projetos enviados pelo Executivo considerados fundamentais para o “enxugamento da máquina pública”.  Bakri esclarece que “Nós vamos discutir as autarquias. Este é um segundo momento das ações do governo. Vamos discutir por exemplo, Copel, a Sanepar, pois o  desejo do governo é enxugar também essas empresas. Em um terceiro momento, nós vamos discutir os cargos regionais. São três momentos de atuação para enxugar a máquina, conforme o que foi anunciado durante a campanha do governador”.
Com estes três projetos (reforma administrativa; enxugamento das autarquias e fundações; redução dos cargos regionais) o governo espera economizar até R$ 30 milhões ao ano. O líder do governo na Assembleia reafirma que não pretende apressar as discussões e sinaliza que o Executivo evitará enviar projetos para tramitar em regime de urgência.
Fonte: Paranaportal

Por que Lula é inocente e deveria ser solto. Por Válter Pomar

Lula, carregado por militantes depois do último discurso que fez


1. Quantos procedimentos judiciais há contra Lula?
Centenas!
2. Por qual motivo há tantos procedimentos judiciais contra Lula?

Os inimigos dizem que Lula “fez por merecer”. A verdade é que, incapazes de derrotar Lula eleitoralmente, seus inimigos montaram uma farsa judicial com o objetivo de condenar e prender a maior liderança popular da história do Brasil. E quanto mais processos existirem, mais forte é a impressão de que “onde há fumaça, há fogo”.

3. Quantos procedimentos judiciais já foram totalmente concluídos?

Nenhum. O mais avançado é o referente ao apartamento no Guarujá, que já foi julgado em segunda instância. Depois vem o processo referente ao Sítio de Atibaia, cuja sentença de primeira instância saiu no dia 6 de fevereiro de 2019. Em seguida há o processo sobre o Terreno do Instituto Lula, que está para ser julgados em primeira instância.

4. Se nenhum procedimento judicial foi concluído, Lula não deveria estar solto?

Com certeza! Segundo a Constituição brasileira, Lula deveria estar respondendo em liberdade.

5. Se a Constituição diz que Lula deveria estar solto, por qual motivo ele está preso?

Lula está preso porque, por maioria de um voto (6 contra 5), o Supremo Tribunal Federal autorizou que Lula fosse preso, mesmo que ele só tenha sido condenado em segunda instância.

6. Por qual motivo o Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão de Lula?

A maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal sofreu chantagem dos meios de comunicação e do Alto Comando do Exército. Foram pressionados para que votassem contra o ex-presidente Lula, para que ele continuasse preso.

7. Mas por quê Lula foi condenado em segunda instância?

Porque os desembargadores que fazem parte do 4º Tribunal Regional Federal aceitaram a sentença escrita pelo juiz de primeira instância, embora ela não trouxesse qualquer prova contra o Lula. Ele foi condenado por “atos indeterminados”!

8. Quem era o juiz de primeira instância?

Naquele momento, era o Sérgio Moro, o atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro! Sim: o juiz que primeiro julgou e condenou Lula, o juiz que contribuiu decisivamente para tirar Lula da disputa eleitoral, este mesmo juiz aceitou ser ministro da pessoa que foi a maior beneficiada pelo julgamento: Jair Bolsonaro. Que só ganhou a eleição porque Lula foi impedido de concorrer.

9. Se Lula mora em São Paulo, por qual motivo ele foi julgado por um juiz do Paraná?

Porque foi cometida uma fraude processual.

10. Que fraude foi essa?

Moro era responsável por julgar os processos envolvendo a Petrobrás. Para fazer Lula ser julgado por Moro, o Ministério Público incluiu, em diversos procedimentos judiciais contra Lula, acusações envolvendo a Petrobrás.

11. Esse envolvimento existia ou não existia?

Não existia e nunca existiu. Quem confirma isso é o próprio Moro, que na sentença de condenação contra Lula escreveu o seguinte: “Este juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores utilizados pela construtora nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento de vantagem indevida para o ex-presidente”.

12. Mas se o próprio Moro reconheceu que a acusação contra Lula não envolvia a Petrobrás, então ele não deveria ter transferido o caso para outro juiz, abrindo mão de julgar Lula?

Deveria. Mas se ele fizesse isso, a condenação não existiria ou pelo menos demoraria mais para sair. E eles queriam condenar Lula rapidamente, em tempo de impedir que ele fosse candidato à Presidência da República, nas eleições de 2018.

13. Mas afinal de contas, Moro condenou Lula com base em qual acusação?

Com a acusação de que ele teria ganho um apartamento no Guarujá, em troca de favores que ele concedeu a uma empreiteira.

14. Lula ganhou esse apartamento?

Não. Lula não é proprietário de nenhum apartamento no Guarujá. Lula nunca morou no Guarujá. Lula não tem as chaves de nenhum apartamento no Guarujá. Ninguém da família de Lula é proprietário de nenhum apartamento no Guarujá.

15. Mas Moro afirmou que o apartamento foi reformado para que Lula pudesse morar nele, não foi?

Afirmou. Acontece que é mentira do Moro. Essa reforma nunca existiu. O Movimento dos Sem Teto ocupou o tal apartamento e comprovou, com fotografias, que nunca foi feita reforma alguma. A equipe de reportagem do UOL filmou o apartamento e mostrou que a história da reforma era uma farsa inventada para ferrar o Lula.

16. De quem é o apartamento, afinal?

Segundo os registros em cartório, o apartamento é da empreiteira.

17. Mas se é assim, com base em que provas Moro condenou Lula?

Com base em uma delação premiada do dono da tal empreiteira.

18. O que é uma delação premiada?

Na delação premiada, um criminoso colabora com a polícia ou com o Ministério Público. Se as revelações que ele fizer forem do interesse da força tarefa da chamada Operação Lava Jato, então o delator pode obter prêmios: grande redução de pena, usufruir parte do dinheiro que roubou etc.

19. Mas se foi utilizada como prova, então a delação do dono da empreiteira foi confirmada?

Foi confirmada por outra delação premiada. Noutras palavras: dois criminosos se juntaram para fabricar provas contra um inocente. O inocente foi condenado, o juiz virou ministro e os delatores estão livres.

20. Mas isto não deveria ter sido levado em conta no julgamento em segunda instância?

Sim, deveria. Mas os desembargadores da 8ª Turma do 4º Tribunal Regional Federal já haviam decidido que o juiz Moro tinha o direito de julgar “no limite da lei”. Ou seja, Moro podia, no caso de Lula, “interpretar” a lei. E quando chegou a vez deles, os desembargadores fizeram o mesmo. Violaram assim um princípio constitucional: o da impessoalidade.

21. Quando o caso de Lula será julgado em terceira instância?

A qualquer momento, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá julgar o recurso feito pela defesa de Lula no caso do apartamento no Guarujá.

22. Existe alguma chance de absolvição ou de revisão da pena?

Há uma maioria no STJ decidida a manter a condenação. Entretanto, pode existir alguma alteração na pena que foi aplicada pelo Tribunal Regional Federal.

23. Caso o STJ reduza a pena, Lula pode ser solto?

Em tese sim. Mas só pode ser beneficiado por progressão de pena, quem pagar as multas. E Lula foi condenado não apenas à prisão, mas também a pagar uma multa imensa. Além disso, há outros processos contra Lula que estão para ser concluídos.

24. Qual foi a acusação no caso do Sítio de Atibaia?

É parecida com a do apartamento. Lula foi acusado de ter sido beneficiário de reformas feitas num sítio. As reformas teriam sido feitas por uma empreiteira, em troca de supostos favores concedidos por Lula.

25. O sítio é de Lula?

Não, o sítio não é de Lula. Neste caso, nem mesmo Moro teve coragem para inventar isto.

26. Lula encomendou as reformas?

Não. Neste caso, pelo menos até agora, nem mesmo o delator premiado teve coragem de inventar isto.

27. Mas se o sítio não era de Lula, nem foi ele que encomendou as reformas, ele é acusado do quê?

De ter sido o beneficiário final das reformas. Ou seja: a acusação é que Lula presidiu o Brasil por 8 anos, durante seu governo uma empreiteira ganhou muito dinheiro, em troca esta empreiteira fez uma reforma num sítio que não era de Lula, mas que Lula frequentava.

28. Lula frequentava este sítio?

Sim. O sítio pertence a uma família de quem Lula é amigo desde 1978.

29. Lula também foi condenado neste processo do sítio?

Sim. No dia 6 de fevereiro de 2019, a juíza Gabriela Hardt (substituta escolhida a dedo por Sérgio Moro, agora ministro da Justiça) condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Neste caso usaram os mesmos procedimentos adotados no caso do apartamento no Guarujá, especialmente a delação premiada.

30. E qual é a acusação no caso do terreno do Instituto Lula?

A de que uma empreiteira teria favorecido o Instituto Lula com um terreno, em troca de favores concedidos por Lula quando ele era presidente.

31. O Instituto Lula recebeu este terreno?

Não, nunca!

32. Certo. Então, se o Instituto Lula nunca recebeu este terreno, Lula é acusado do quê?

Na real? De ter pretendido cometer um crime.

33. Você está de gozação?

Não. Quem está de gozação é o Ministério Público. Mas é uma gozação perversa, sem graça, porque tudo caminha para que Lula também seja condenado neste caso.

34. Com base em que provas?!?

Novamente, com base em delações premiadas, segundo as quais Lula pretendia cometer o crime de receber o tal terreno de uma empreiteira.

35. Então nas próximas semanas, Lula poderá ser novamente condenado?

Sim. Inclusive poderá ser condenado, em terceira instância, naquele primeiro processo, o do apartamento no Guarujá.

36.Além dos processos do Apartamento, do Sítio e do Terreno, há algum outro processo contra Lula que seja mais relevante?

Há sim. Há uma ação penal que afirma que Lula era chefe de uma “organização criminosa”, atuante entre 2002 e 2016, que tinha como objetivo controlar o governo federal para praticar seus ilícitos.

37. Que “organização criminosa” era essa?

Segundo a tal ação penal, a organização criminosa chefiada por Lula chama-se Partido dos Trabalhadores, o PT. Portanto, segundo a força tarefa da Operação Lava Jato, o PT não é um partido, mas uma “orcrim”. O objetivo desta ação penal é muito clara: não apenas condenar Lula, mas condenar também o PT. E se o PT for condenado, eles pretendem cassar a legenda do Partido.

38. É por esses motivos que muita gente afirma que Lula é inocente?

Sim. Quem tiver a paciência de ler as milhares de páginas dos processos, especialmente a sentença de Sérgio Moro no primeiro processo, vai se dar conta de não existem provas para condenar Lula. E na ausência de provas, ninguém pode ser condenado. Como diz o ditado: todo mundo é inocente, até prova em contrário. E no caso de Lula, a prova em contrário não apareceu. Nem vai aparecer. É por isso que juristas renomados do mundo todo, e até a Comissão de Direitos Humanos da ONU, já protestaram contra a maneira como estão sendo conduzidos esses processos contra Lula.

39. De onde você tira tanta certeza de que não vai aparecer prova alguma?

Simples: Lula é investigado desde 1980. Nunca apareceu nenhuma prova de que ele tivesse cometido nenhum crime. Já contra seus adversários, basta investigar um pouquinho que as provas aparecem. Veja o caso da família Bolsonaro.

40. Mas mesmo que não existam provas, eu não posso achar que Lula tem “culpa no cartório”?

Qualquer um pode achar o que quiser. E se você está convencido, com provas ou sem provas, de que Lula cometeu erros gravíssimos, você tem o direito de votar contra ele e contra o partido dele, o PT. Mas sem provas ninguém pode ser condenado e preso! Esta é a diferença entre política e justiça.

41. Explique melhor esta diferença.

Na disputa política, nas eleições, eu posso acreditar que alguém é um perigo para o país. Nesse caso, eu posso votar contra este alguém. Não preciso de provas para chegar a esta conclusão. Basta convicção. Mas quando se trata de um julgamento na justiça, então não basta eu ter convicção. É preciso provar. E no caso de Lula, não existe nenhuma prova.

42. Ora, se não existe nenhuma prova e ainda assim Lula foi condenado, então quem descumpriu a lei foram os promotores e juízes?

Exatamente. Por isso é que Lula é um preso político. Ele está sendo perseguido e foi preso por motivos políticos. Como seus inimigos não conseguiram derrotar Lula politicamente, fizeram isto de outro modo: usando os caminhos do poder judiciário.

43. Mas se é assim, então ele está sendo injustiçado. Como libertar Lula?

Como Lula é um preso político, sua libertação e a anulação de sua pena dependem da luta política. No momento em que a maioria do povo estiver convencida de que a condenação foi injusta e ilegal, a pressão popular tornará impossível manter Lula preso.

44. E você acha que isto vai acontecer?

Sim, isto vai acontecer. Cedo ou tarde, a justiça e a verdade acabam vencendo. Nosso desafio é fazer com que isto aconteça rapidamente. Queremos anular a sentença e colocar Lula em liberdade, para que ele ajude o povo brasileiro na luta contra o governo de extrema direita que está destruindo nossos direitos sociais, nossas liberdades democráticas e nossa soberania nacional.

fonte: DCM