segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Servidores de Apucarana terão 4,10% de reajuste salarial


O acordo foi fechado após algumas semanas de negociação e beneficia todos os cerca de 3 mil servidores, funcionários efetivos e comissionados, da administração direta e autarquia
(Foto: Edson Denobi)

Em reunião realizada nesta segunda-feira (18/02), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Apucarana e Região (Sindspa) e o prefeito em exercício Júnior da Femac definiram em 4,10% o percentual de reajuste salarial dos servidores municipais. O aumento é válido já para a folha de pagamento de fevereiro e representa um ganho real de 0,53% em relação à inflação do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 3,57%.
O acordo foi fechado após algumas semanas de negociação e beneficia todos os cerca de 3 mil servidores, funcionários efetivos e comissionados, da administração direta e autarquias. “A gestão Beto Preto sempre buscou estar ao lado dos servidores, que são os que carregam a administração municipal. Faça chuva ou faça sol abrem as escolas, CMEIS, as UBS’s, os CRAS, por isso em todas as negociações salariais procuramos conceder ganhos reais, sempre com algo acima da inflação do período, e mais uma vez conseguimos cumprir com essa meta. Os 4,10% são o máximo possível neste momento e está dentro de uma política de responsabilidade financeira, que também é uma das marcas da gestão Beto Preto”, pontuou Júnior da Femac.
O reajuste concedido representa um impacto anual de R$5 milhões nas contas municipais. “Todos sabem que a prefeitura possui uma situação financeira delicada. A gestão Beto Preto carrega dívidas herdadas que retiram do caixa municipal cerca de R$1,8 milhão ao mês”, lembrou Júnior. De acordo com ele, grande parte desse valor é correspondente a um histórico de desrespeito aos servidores promovido por gestores anteriores. “Administrações passadas que não pagaram aos servidores o que lhes era direito e que por isso precisaram entrar na Justiça para receber, como licenças-prêmio, INSS, FGTS, avanços funcionais. Coisa que não acontece na atual administração. Nenhum servidor precisou entrar na justiça para ter seus direitos respeitados e nunca vai precisar. Isso é coisa do passado”, destacou o prefeito em exercício.
O presidente do Sindspa, André Joaquina, que entrou na última rodada de negociação com pedido de ganho real na ordem de 1%, considerou o acordo satisfatório para a categoria. “Tendo como base o período inflacionário do período, pedimos um índice de reajuste na ordem de 4,57%, que daria um ganho real aos servidores na ordem de 1%. As cartas foram colocadas na mesa e infelizmente não foi possível chegarmos a ele, mas tendo como parâmetros as negociações que tivemos desde 2013 com a administração municipal, os 0,53% fechados estão dentro da média, ou seja, além da reposição da inflação, também conseguimos uma negociação positiva com ganho real”, ponderou Joaquina, salientando que a Prefeitura de Londrina concedeu apenas a inflação acumulada do período (3,57%).
O sindicato também conseguiu renovar o compromisso com a administração municipal de reservar uma agenda por mês para discussão de assuntos de interesse do funcionalismo municipal. “Assim como acontecia com o prefeito Beto Preto, o prefeito Júnior da Femac se comprometeu a manter esse diálogo aberto com o sindicato, que é o representante oficial da categoria. Com isso, já na próxima reunião deveremos trazer à pauta o assunto referente à revisão do Estatuto do Servidor Municipal”, informou o sindicalista.
Segundo ele, a legislação que rege os direitos e deveres dos servidores foi aprovada em 2011 com uma série de falhas. “Na época o estatuto foi aprovado sem pedir a opinião dos servidores e agora precisamos corrigir uma série de falhas que são um espinho na carne da categoria”, explica André Joaquina. De acordo com ele, a revisão do material teve início a pouco mais de um ano. “Foi formada uma comissão com representantes de todas as categorias e as alterações propostas, que serão apresentadas ao Executivo, estão agora tendo os textos revisados pela nossa advogada Fabiana Gonçalves”, concluiu Joaquina.


Jean Wyllys revela onde está vivendo e ataca Bolsonaro: 'Moleque'


Ex-parlamentar participou de entrevista coletiva em Berlim nesta segunda-feira (18)

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O ex-deputado federal do Psol, Jean Wyllys, participou de uma entrevista coletiva em Berlim nesta segunda-feira (18) e revelou que está vivendo na casa de amigos na capital alemã. Wyllys disse que pretende procurar uma bolsa de doutorado e permanecer na cidade.
Por causa de ameaças que vinha recebendo, o então deputado anunciou em janeiro deste ano que desistia do seu terceiro mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e deixaria o Brasil. Desde então, a sua primeira aparição pública foi durante sessão do filme brasileiro Marighella no Festival de Cinema de Berlim, na sexta-feira (15).
Segundo o 'UOL', na entrevista desta segunda, o ex-deputado disse ter recebido oferta de asilo político do governo francês, mas não pretende aceitar. "O asilo político é um instituto que demora um tempo. Há outras pessoas que precisam de asilo político. Para mim, permanecer aqui com um visto de estudante ou pesquisador é muito melhor do que um asilo político", explicou.
O ex-parlamentar também comentou a reação do presidente Jair Bolsonaro quando anunciou a sua saída do Brasil.
"Ele e seu filho, o "Zero Dois" (o senador Flávio Bolsonaro), comemoraram nas redes sociais. Esse é o nível do presidente do Brasil", disse. "Não basta ser um energúmeno, um incompetente, uma pessoa que esteve 30 anos no Parlamento e não produziu nada. Não basta ser um imbecil e incompetente que nada sabe sobre economia, políticas de saúde, educação, moradia e infraestrutura. Tem que ser esse debochado, esse moleque que trata a democracia dessa maneira. Ele só confirmou a minha decisão, só me deu razão de que, de fato, o Brasil não era mais o lugar para mim", afirmou Wyllys.
O político ainda lamentou a forma como Bolsonaro vem conduzindo o governo.
Um presidente deve cuidar da população de seu país. Depois de eleito, ele é responsável pela população. Mas esse sujeito ainda não age como presidente da República. Ele continua agindo como se ainda estivesse em campanha. Tratando as 40 milhões de pessoas que não lhe deram votos, que votaram nos outros candidatos, como inimigos."
Fonte: Notícias ao Minuto

ESTACIONAMENTO ROTATIVO : Idosos e Deficientes Físicos não pagam tarifa em Arapongas


Com o início da operação dos serviços do Estacionamento Rotativo em Arapongas, a Prefeitura Municipal esclarece que idosos e deficientes físicos estão isentos do pagamento de tarifas. Os idosos devem estacionar nas vagas localizadas em vias e logradouros públicos devidamente sinalizadas, portando identificação no veículo. Caso estacionem em vagas comuns, a tarifa deverá ser cobrada normalmente. A permanência é de no máximo duas horas, mantendo assim o fluxo de rotatividade.
Os deficientes físicos são isentos de tarifa, podendo estacionar nas “vagas comuns” e nas “vagas preferenciais”, havendo a necessidade da devida identificação no veículo. A permanência é de no máximo duas horas, mantendo assim o fluxo de rotatividade.
Aos demais motoristas, a cobrança de tarifas do Estacionamento Rotativo entrou em vigor nesta segunda-feira (18) na Avenida Arapongas e área central. As tarifas são de R$ 2,00 por hora, com fração de 30 minutos, para veículos leves, R$ 1,00 por hora, com fração de 30 minutos, para motos, e R$ 4,00 por hora, com fração de 30 minutos, para veículos pesados.
As vagas comuns do estacionamento não contarão com tolerância de tempo. Apenas as vagas específicas para carga e descarga terão tolerância de 30 minutos.


Liderança do governo na Assembleia tenta adiar discussão sobre cortes em secretarias


A liderança do governo na Assembleia Legislativa tenta adiar o início das discussões da reforma administrativa, que será apresentada aos deputados hoje (18), às 15h30, pela Casa Civil. A principal mudança trata da redução do número de secretarias de 28 para 15. O poder executivo pretende reforçar a imagem de “austeridade”, um dos temas centrais da campanha que levou Ratinho Junior (PSD) ao Palácio Iguaçu. A estimativa é economizar cerca de R$ 10 milhões por ano com a redução das pastas e outras medidas, como o corte de 313 cargos na estrutura do governo.
O primeiro passo para a tramitação da reforma administrativa é passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os deputados deste grupo se reúnem todas as terças-feiras, sempre a partir de 13h30. A aprovação na CCJ é obrigatória antes da análise de outras comissões competentes; depois das avaliações o projeto pode ser discutido em Plenário.
O líder do governo na Assembleia, no entanto, tenta adiar o início das discussões para a semana que vem. O deputado Hussein Bakri (PSD) afirma que pretende discutir os pontos do projeto com a oposição antes da apreciação pelas comissões.  “Nós vamos pedir mais tempo, pedir que o projeto não entre ainda na CCJ ainda para que nós possamos discutir mais. O governo entende que a redução dos custos é necessária, a redução dos custos. E seria uma redução de 28 para 15 secretarias e isso tem que ser bastante discutido. O que nós não queremos aqui é pressa”, comentou Bakri.
Essa votação também será o primeiro teste da força que o governo terá na Assembleia Legislativa após a reestruturação da Casa. Apesar da recondução de Ademar Traiano (PSDB) à presidência, mudanças nas comissões e secretarias deixam dúvidas sobre a fidelidade dos blocos da base e da oposição.
O deputado Hussein Barki projeta a aprovação da reforma em um prazo de 30 a 40 dias – ou seja, até o final do mês que vem. O líder do governo na Assembleia lembra que ainda existem outros dois projetos enviados pelo Executivo considerados fundamentais para o “enxugamento da máquina pública”.  Bakri esclarece que “Nós vamos discutir as autarquias. Este é um segundo momento das ações do governo. Vamos discutir por exemplo, Copel, a Sanepar, pois o  desejo do governo é enxugar também essas empresas. Em um terceiro momento, nós vamos discutir os cargos regionais. São três momentos de atuação para enxugar a máquina, conforme o que foi anunciado durante a campanha do governador”.
Com estes três projetos (reforma administrativa; enxugamento das autarquias e fundações; redução dos cargos regionais) o governo espera economizar até R$ 30 milhões ao ano. O líder do governo na Assembleia reafirma que não pretende apressar as discussões e sinaliza que o Executivo evitará enviar projetos para tramitar em regime de urgência.
Fonte: Paranaportal

Por que Lula é inocente e deveria ser solto. Por Válter Pomar

Lula, carregado por militantes depois do último discurso que fez


1. Quantos procedimentos judiciais há contra Lula?
Centenas!
2. Por qual motivo há tantos procedimentos judiciais contra Lula?

Os inimigos dizem que Lula “fez por merecer”. A verdade é que, incapazes de derrotar Lula eleitoralmente, seus inimigos montaram uma farsa judicial com o objetivo de condenar e prender a maior liderança popular da história do Brasil. E quanto mais processos existirem, mais forte é a impressão de que “onde há fumaça, há fogo”.

3. Quantos procedimentos judiciais já foram totalmente concluídos?

Nenhum. O mais avançado é o referente ao apartamento no Guarujá, que já foi julgado em segunda instância. Depois vem o processo referente ao Sítio de Atibaia, cuja sentença de primeira instância saiu no dia 6 de fevereiro de 2019. Em seguida há o processo sobre o Terreno do Instituto Lula, que está para ser julgados em primeira instância.

4. Se nenhum procedimento judicial foi concluído, Lula não deveria estar solto?

Com certeza! Segundo a Constituição brasileira, Lula deveria estar respondendo em liberdade.

5. Se a Constituição diz que Lula deveria estar solto, por qual motivo ele está preso?

Lula está preso porque, por maioria de um voto (6 contra 5), o Supremo Tribunal Federal autorizou que Lula fosse preso, mesmo que ele só tenha sido condenado em segunda instância.

6. Por qual motivo o Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão de Lula?

A maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal sofreu chantagem dos meios de comunicação e do Alto Comando do Exército. Foram pressionados para que votassem contra o ex-presidente Lula, para que ele continuasse preso.

7. Mas por quê Lula foi condenado em segunda instância?

Porque os desembargadores que fazem parte do 4º Tribunal Regional Federal aceitaram a sentença escrita pelo juiz de primeira instância, embora ela não trouxesse qualquer prova contra o Lula. Ele foi condenado por “atos indeterminados”!

8. Quem era o juiz de primeira instância?

Naquele momento, era o Sérgio Moro, o atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro! Sim: o juiz que primeiro julgou e condenou Lula, o juiz que contribuiu decisivamente para tirar Lula da disputa eleitoral, este mesmo juiz aceitou ser ministro da pessoa que foi a maior beneficiada pelo julgamento: Jair Bolsonaro. Que só ganhou a eleição porque Lula foi impedido de concorrer.

9. Se Lula mora em São Paulo, por qual motivo ele foi julgado por um juiz do Paraná?

Porque foi cometida uma fraude processual.

10. Que fraude foi essa?

Moro era responsável por julgar os processos envolvendo a Petrobrás. Para fazer Lula ser julgado por Moro, o Ministério Público incluiu, em diversos procedimentos judiciais contra Lula, acusações envolvendo a Petrobrás.

11. Esse envolvimento existia ou não existia?

Não existia e nunca existiu. Quem confirma isso é o próprio Moro, que na sentença de condenação contra Lula escreveu o seguinte: “Este juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores utilizados pela construtora nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento de vantagem indevida para o ex-presidente”.

12. Mas se o próprio Moro reconheceu que a acusação contra Lula não envolvia a Petrobrás, então ele não deveria ter transferido o caso para outro juiz, abrindo mão de julgar Lula?

Deveria. Mas se ele fizesse isso, a condenação não existiria ou pelo menos demoraria mais para sair. E eles queriam condenar Lula rapidamente, em tempo de impedir que ele fosse candidato à Presidência da República, nas eleições de 2018.

13. Mas afinal de contas, Moro condenou Lula com base em qual acusação?

Com a acusação de que ele teria ganho um apartamento no Guarujá, em troca de favores que ele concedeu a uma empreiteira.

14. Lula ganhou esse apartamento?

Não. Lula não é proprietário de nenhum apartamento no Guarujá. Lula nunca morou no Guarujá. Lula não tem as chaves de nenhum apartamento no Guarujá. Ninguém da família de Lula é proprietário de nenhum apartamento no Guarujá.

15. Mas Moro afirmou que o apartamento foi reformado para que Lula pudesse morar nele, não foi?

Afirmou. Acontece que é mentira do Moro. Essa reforma nunca existiu. O Movimento dos Sem Teto ocupou o tal apartamento e comprovou, com fotografias, que nunca foi feita reforma alguma. A equipe de reportagem do UOL filmou o apartamento e mostrou que a história da reforma era uma farsa inventada para ferrar o Lula.

16. De quem é o apartamento, afinal?

Segundo os registros em cartório, o apartamento é da empreiteira.

17. Mas se é assim, com base em que provas Moro condenou Lula?

Com base em uma delação premiada do dono da tal empreiteira.

18. O que é uma delação premiada?

Na delação premiada, um criminoso colabora com a polícia ou com o Ministério Público. Se as revelações que ele fizer forem do interesse da força tarefa da chamada Operação Lava Jato, então o delator pode obter prêmios: grande redução de pena, usufruir parte do dinheiro que roubou etc.

19. Mas se foi utilizada como prova, então a delação do dono da empreiteira foi confirmada?

Foi confirmada por outra delação premiada. Noutras palavras: dois criminosos se juntaram para fabricar provas contra um inocente. O inocente foi condenado, o juiz virou ministro e os delatores estão livres.

20. Mas isto não deveria ter sido levado em conta no julgamento em segunda instância?

Sim, deveria. Mas os desembargadores da 8ª Turma do 4º Tribunal Regional Federal já haviam decidido que o juiz Moro tinha o direito de julgar “no limite da lei”. Ou seja, Moro podia, no caso de Lula, “interpretar” a lei. E quando chegou a vez deles, os desembargadores fizeram o mesmo. Violaram assim um princípio constitucional: o da impessoalidade.

21. Quando o caso de Lula será julgado em terceira instância?

A qualquer momento, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá julgar o recurso feito pela defesa de Lula no caso do apartamento no Guarujá.

22. Existe alguma chance de absolvição ou de revisão da pena?

Há uma maioria no STJ decidida a manter a condenação. Entretanto, pode existir alguma alteração na pena que foi aplicada pelo Tribunal Regional Federal.

23. Caso o STJ reduza a pena, Lula pode ser solto?

Em tese sim. Mas só pode ser beneficiado por progressão de pena, quem pagar as multas. E Lula foi condenado não apenas à prisão, mas também a pagar uma multa imensa. Além disso, há outros processos contra Lula que estão para ser concluídos.

24. Qual foi a acusação no caso do Sítio de Atibaia?

É parecida com a do apartamento. Lula foi acusado de ter sido beneficiário de reformas feitas num sítio. As reformas teriam sido feitas por uma empreiteira, em troca de supostos favores concedidos por Lula.

25. O sítio é de Lula?

Não, o sítio não é de Lula. Neste caso, nem mesmo Moro teve coragem para inventar isto.

26. Lula encomendou as reformas?

Não. Neste caso, pelo menos até agora, nem mesmo o delator premiado teve coragem de inventar isto.

27. Mas se o sítio não era de Lula, nem foi ele que encomendou as reformas, ele é acusado do quê?

De ter sido o beneficiário final das reformas. Ou seja: a acusação é que Lula presidiu o Brasil por 8 anos, durante seu governo uma empreiteira ganhou muito dinheiro, em troca esta empreiteira fez uma reforma num sítio que não era de Lula, mas que Lula frequentava.

28. Lula frequentava este sítio?

Sim. O sítio pertence a uma família de quem Lula é amigo desde 1978.

29. Lula também foi condenado neste processo do sítio?

Sim. No dia 6 de fevereiro de 2019, a juíza Gabriela Hardt (substituta escolhida a dedo por Sérgio Moro, agora ministro da Justiça) condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Neste caso usaram os mesmos procedimentos adotados no caso do apartamento no Guarujá, especialmente a delação premiada.

30. E qual é a acusação no caso do terreno do Instituto Lula?

A de que uma empreiteira teria favorecido o Instituto Lula com um terreno, em troca de favores concedidos por Lula quando ele era presidente.

31. O Instituto Lula recebeu este terreno?

Não, nunca!

32. Certo. Então, se o Instituto Lula nunca recebeu este terreno, Lula é acusado do quê?

Na real? De ter pretendido cometer um crime.

33. Você está de gozação?

Não. Quem está de gozação é o Ministério Público. Mas é uma gozação perversa, sem graça, porque tudo caminha para que Lula também seja condenado neste caso.

34. Com base em que provas?!?

Novamente, com base em delações premiadas, segundo as quais Lula pretendia cometer o crime de receber o tal terreno de uma empreiteira.

35. Então nas próximas semanas, Lula poderá ser novamente condenado?

Sim. Inclusive poderá ser condenado, em terceira instância, naquele primeiro processo, o do apartamento no Guarujá.

36.Além dos processos do Apartamento, do Sítio e do Terreno, há algum outro processo contra Lula que seja mais relevante?

Há sim. Há uma ação penal que afirma que Lula era chefe de uma “organização criminosa”, atuante entre 2002 e 2016, que tinha como objetivo controlar o governo federal para praticar seus ilícitos.

37. Que “organização criminosa” era essa?

Segundo a tal ação penal, a organização criminosa chefiada por Lula chama-se Partido dos Trabalhadores, o PT. Portanto, segundo a força tarefa da Operação Lava Jato, o PT não é um partido, mas uma “orcrim”. O objetivo desta ação penal é muito clara: não apenas condenar Lula, mas condenar também o PT. E se o PT for condenado, eles pretendem cassar a legenda do Partido.

38. É por esses motivos que muita gente afirma que Lula é inocente?

Sim. Quem tiver a paciência de ler as milhares de páginas dos processos, especialmente a sentença de Sérgio Moro no primeiro processo, vai se dar conta de não existem provas para condenar Lula. E na ausência de provas, ninguém pode ser condenado. Como diz o ditado: todo mundo é inocente, até prova em contrário. E no caso de Lula, a prova em contrário não apareceu. Nem vai aparecer. É por isso que juristas renomados do mundo todo, e até a Comissão de Direitos Humanos da ONU, já protestaram contra a maneira como estão sendo conduzidos esses processos contra Lula.

39. De onde você tira tanta certeza de que não vai aparecer prova alguma?

Simples: Lula é investigado desde 1980. Nunca apareceu nenhuma prova de que ele tivesse cometido nenhum crime. Já contra seus adversários, basta investigar um pouquinho que as provas aparecem. Veja o caso da família Bolsonaro.

40. Mas mesmo que não existam provas, eu não posso achar que Lula tem “culpa no cartório”?

Qualquer um pode achar o que quiser. E se você está convencido, com provas ou sem provas, de que Lula cometeu erros gravíssimos, você tem o direito de votar contra ele e contra o partido dele, o PT. Mas sem provas ninguém pode ser condenado e preso! Esta é a diferença entre política e justiça.

41. Explique melhor esta diferença.

Na disputa política, nas eleições, eu posso acreditar que alguém é um perigo para o país. Nesse caso, eu posso votar contra este alguém. Não preciso de provas para chegar a esta conclusão. Basta convicção. Mas quando se trata de um julgamento na justiça, então não basta eu ter convicção. É preciso provar. E no caso de Lula, não existe nenhuma prova.

42. Ora, se não existe nenhuma prova e ainda assim Lula foi condenado, então quem descumpriu a lei foram os promotores e juízes?

Exatamente. Por isso é que Lula é um preso político. Ele está sendo perseguido e foi preso por motivos políticos. Como seus inimigos não conseguiram derrotar Lula politicamente, fizeram isto de outro modo: usando os caminhos do poder judiciário.

43. Mas se é assim, então ele está sendo injustiçado. Como libertar Lula?

Como Lula é um preso político, sua libertação e a anulação de sua pena dependem da luta política. No momento em que a maioria do povo estiver convencida de que a condenação foi injusta e ilegal, a pressão popular tornará impossível manter Lula preso.

44. E você acha que isto vai acontecer?

Sim, isto vai acontecer. Cedo ou tarde, a justiça e a verdade acabam vencendo. Nosso desafio é fazer com que isto aconteça rapidamente. Queremos anular a sentença e colocar Lula em liberdade, para que ele ajude o povo brasileiro na luta contra o governo de extrema direita que está destruindo nossos direitos sociais, nossas liberdades democráticas e nossa soberania nacional.

fonte: DCM



Devolverei em triplo, diz Bebianno sobre ameaças


O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, afirmou que vai devolver "em triplo", dentro da lei, as ameaças que disse ter recebido após ter seu número de celular divulgado por várias pessoas, que já teriam sido identificadas por ele; "Dará um certo trabalho, mas devolverei em triplo as ameaças e ofensas (dentro da lei)", disse; "Não tenho medo de briga", escreveu
247 - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, afirmou que vai devolver "em triplo", dentro da lei, as ameaças que disse ter recebido após ter seu número de celular divulgado por várias pessoas, que já teriam sido identificadas por ele.
De acordo com o titular da pasta, cada uma dessas pessoas será "surpreendida com uma ação judicial". "Sou paciente, chato e obstinado. Tenho muitos amigos também. Dará um certo trabalho, mas devolverei em triplo as ameaças e ofensas (dentro da lei)", disse. "Não tenho medo de briga. Não me intimidam", escreveu o ministro em mensagem enviada à reportagem do UOL.
Bebianno é pivô da crise política instalada no PSL. O ministro é acusado de ter liberado R$ 400 mil de dinheiro público, do fundo partidário do PSL, para uma candidata "laranja" de Pernambuco.


Planalto deixará pacote anti-corrupção de Moro em 'banho-maria'


Estratégia visa evitar que projeto atrapalhe negociações da reforma da Previdência

 Marcos Corrêa/PR
O pacote anti-corrupção e de combate ao crime organizado, que deve ser enviado pelo ministro da Justiça Sérgio Moro ao Congresso nesta terça-feira (19), vai tramitar mais lentamente do que a reforma da Previdência. O governo quer priorizar as mudanças na aposentadoria, que chega à Câmara na quarta (20), evitando que os assuntos se misturem.
De acordo com o blog da Julia Duailibi, no 'G1', parte dos deputados, incluindo o presidente da Casa, Rodrigo Maia, acredita que o pacote de Moro pode prejudicar as negociações da Previdência. Isso porque parlamentares que se opõe com pontos do pacote anti-corrupção podem retaliar o outro projeto.
Observando isso, o Planalto pretende "segurar" o projeto de Moro por um tempo. "Vamos segurar em um segundo plano", disse ao blog um integrante da Casa Civil.
O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, chama de "marcha natural" o andamento do projeto de Moro, mas admite que "a prioridade zero é a reforma da Previdência. Se aprovada a reforma, se Deus quiser, aí todo o esforço será para a aprovação (do pacote de Moro)".
Fonte: Notícias ao Minuto


Bebianno recebe ameaças de morte e nega ter dito que Bolsonaro é louco


O ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral, relatou a pelo menos dois amigos próximos que está recebendo ameaças por meio de seu número de WhatsApp. Elas teriam começado a ser feitas no domingo (17). Bebianno estuda denunciar o fato às autoridades. Desde que começou a crise envolvendo a permanência do ministro no cargo, o telefone dele foi espalhado em grupos de redes sociais, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo. Coincidência ou não, ele agora nega ter chamado o presidente Jair Bolsonaro de louco
247 – "O ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral, relatou a pelo menos dois amigos próximos que está recebendo ameaças por meio de seu número de WhatsApp. Elas teriam começado a ser feitas no domingo (17). Bebianno estuda denunciar o fato às autoridades. Desde que começou a crise envolvendo a permanência do ministro no cargo, o telefone dele foi espalhado em grupos de redes sociais. Desde então, as ameaças começaram a ser disparadas", informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. 
"Um dos interlocutores de Bebianno diz acreditar que 99% das ameaças são 'bravatas' de 'bolsominions', como são chamados os apoiadores mais radicais do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos meios de oposição. Apesar disso, ele está sendo aconselhado a cuidar de sua integridade física. No domingo (17), depois que diversos meios de comunicação publicaram que ele poderia cair atirando em Jair Bolsonaro, Bebianno disse à coluna que não pensava em atacar o presidente", diz ela.
Coincidência ou não, Bebianno agora nega ter chamado Bolsonaro de louco, conforme foi publicado neste domingo na coluna de Lauro Jardim.


Exoneração de Bebianno ainda não foi publicada no 'Diário Oficial'


A não formalização da demissão, pelo menos por ora, indica que o governo ainda está tratando do assunto

José Cruz/Agência Brasil

A edição regular do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 18, já está no ar e não traz a exoneração de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, como era esperado. No DOU desta segunda-feira, 18, Bebianno ainda é formalmente ministro. O documento oficializa atos assinados por ele na última sexta-feira, 15, dentre os quais uma portaria sobre atribuições de assessores especiais da pasta.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo antecipou no sábado, 16, o presidente Jair Bolsonaro já estava com o ato de demissão do ministro assinado. O próprio ministro também já havia dito que tinha recebido sinalizações de que sua dispensa sairia no Diário Oficial de hoje. No entanto, o ato não veio publicado ainda, mas pode sair em edição extra ao longo do dia.
A não formalização da demissão, pelo menos por ora, indica que o governo ainda está tratando do assunto. No fim de semana, o presidente Bolsonaro e auxiliares, como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tiveram reuniões para encontrar uma forma "honrosa" de demitir Bebianno, o que também poderia ter sido feito ainda no fim de semana em edição extra do Diário Oficial, se o governo quisesse.
Nos últimos dias, políticos e militares tentaram interceder a favor de Bebianno, mas o presidente estava irredutível e, segundo apurou o Estado, deverá nomear um militar para o lugar do ministro. O general Floriano Peixoto deve ficar à frente da Secretaria, ao menos interinamente - ele é o secretário executivo da pasta. Com isso, Peixoto seria o oitavo militar a ocupar o primeiro escalão do governo, o que tornaria a Casa Civil a única pasta palaciana sob a liderança de um civil.
Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido, que também tem o presidente Bolsonaro como filiado. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.
Fonte: Noticias ao Minuto

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Bebianno diz que deve desculpas ao país por ter viabilizado candidatura de Bolsonaro


De acordo com o jornalista Gerson Camarotti, o ministro demitido da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, fez um desabafo para interlocutores próximos e demonstrou profundo arrependimento em ter trabalhado ativamente pela eleição do presidente Jair Bolsonaro. "Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco", disse
247 - De acordo com o jornalista Gerson Camarotti, no G1, o ministro demitido da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, fez um desabafo para interlocutores próximos e demonstrou profundo arrependimento em ter trabalhado ativamente pela eleição do presidente Jair Bolsonaro. "Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco", disse.
Na mesma conversa, Bebianno também demonstrou preocupação com o efeito do protagonismo familiar nas decisões do país, e reconhece que o governo Bolsonaro precisa descer do palanque para administrar o Executivo.