segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

No encerramento da Bienal, UNE define diretrizes do movimento estudantil


Plenária final estabelece rumos durante o governo Bolsonaro, com objetivo de compor a unidade dos setores progressistas
Estudantes defenderam pautas como educação pública, liberdade de pensamento, soberania nacional e a batalha contra as reformas de Bolsonaro / Matheus Alves / CUCA da UNE


Com diversas bandeiras empunhadas e um coro único: "Vai avançar a unidade popular". Foi assim que a
 11ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) encerrou, neste domingo (10), em Salvador. A plenária final divulgou uma carta unificada com as diretrizes para as lutas do movimento estudantil para o enfrentamento dos retrocessos promovidos pelo governo Bolsonaro, com um objetivo principal: a união do setor progressista.
Aprovada pelos quase cinco mil estudantes presentes à assembleia, o texto convoca todos os jovens a ocupar as ruas em defesa da democracia e pela manutenção e avanço de políticas que promovam o acesso irrestrito à educação de qualidade. De acordo com os estudantes, a eleição de Bolsonaro dá ao momento estudantil brasileiro uma ampla responsabilidade de compor a frente pela construção uma unidade na esquerda. "A tarefa da nossa geração é ampliar o diálogo, amparar as divergências e fortalecer a organização em torno da defesa de nossa soberania, os direitos sociais e a democracia", diz a carta, assinada conjuntamente pela UNE, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Em onze pontos, o documento consagra a unidade dos movimentos progressistas, defende a educação pública, a liberdade de pensamento e a autonomia universitária, a soberania nacional, a luta contra a reforma da Previdência e Trabalhista, além do restabelecimento das garantias constitucionais e democráticas, a defesa dos direitos sociais, e a luta contra prisões políticas.
Lida em conjunto, os estudantes reivindicam que seja cumprido o Plano Nacional de Educação (PNE) e a destinação de 10% do PIB para a educação, além da manutenção das políticas de cotas como forma de democratizar o acesso à universidade. “Defendemos (a aplicação de receitas da exploração do) pré-sal para o setor educacional, garantindo o orçamento para nós e o fim da Emenda Constitucional 55, que congelou os gastos públicos por 20 anos. Queremos o fomento à pesquisa e as bolsas de pós-graduação", afirmou o movimento, na leitura da carta.
O texto ainda aponta preocupação com a fragilidade da democracia brasileira e apologia à volta da ditadura e defenderam o direito de livre associação e manifestação dos cidadãos. "Consideramos a prisão de Lula arbitrária. Exigimos justiça para Marielle Franco e Anderson. Lamentamos que Jean Wyllys não tenha tomado posse para seu mandato, eleito democraticamente por voto popular, e exigimos saber quem o ameaça. A possível CPI da UNE é a criminalização do movimento estudantil", acrescentaram os jovens.

Homenagem 

A cerimônia de encerramento não contou só com protestos, mas também revisitou a memória da UNE. Logo no começo, foi realizado um ato para homenagear Ruy Cesar Costa, responsável pelo Congresso da UNE de 1979, em Salvador, exatos 40 anos atrás, durante a ditadura civil-militar. O evento ocorreu após 15 anos em que o movimento se matinha na clandestinidade e era perseguido pelo governo. 
Uma carta também foi lida em sua memória. Os estudantes relataram saudade e se disseram inspirados pela luta do antigo companheiro. "Viemos à Bahia para dizer que nunca vamos desistir. Quem nos persegue hoje, é quem se acovarda nos coturnos da ditadura e se esconde na mordaça. Quem nos persegue hoje é quem conteve os brilhos do seus olhos em 1979. Rui Cezar Costa, presente".

O passado presente

Outros líderes da UNE também foram homenageados. Estiveram presente na plenária final os ex-presidentes Javier Alfaya (1981-1982), Ricardo Capielli (1999-2000) e Carina Vitral, além do fotógrafo Milton Guran, que registrou imagens do Congresso de 1979.
Javier contou que foi ameaçado de expulsão da UNE, durante a ditadura, porquê nasceu na Espanha e veio cedo ao Brasil. Ele falou sobre a importância do evento que construiu a entidade há 40 anos para os dias atuais.
"Para todos nos que fizemos parte da luta estudantil, é emocionante ver a continuidade da luta por parte das novas gerações, que tem a tarefa de combater o governo reacionário de Bolsonaro. Esse momento exige da sociedade civil brasileira uma ideia de que a unidade precisa ser construída. Na época vieram 11 mil jovens para reconstruir o movimento, com o abraço da sociedade civil. O Congresso da época foi emocionante, com solidez e combatividade", relembrou.
Já Ricardo foi o organizador da 1ª Bienal da UNE, em 1999, também na capital baiana.  Aquela edição contou com a participação do líder da revolução cubana, Fidel Castro. "Volto a Salvador, quando demos um passo importante para retomarmos encontro da UNE com a cultura nacional popular do país. O objetivo do primeiro evento era deixar a semente para outras bienais, agora, esse movimento cresceu e reverbera pelo país inteiro", celebrou.
Por fim, Guran também falou sobre o Congresso de 1979, na qual é responsável pelas únicas fotos sobreviventes da época. "Estávamos reorganizando o campo popular do Brasil. Fui o único fotografo que cobriu todo o congresso. Para vocês terem ideia, só 54 sobrevieram, porque jogaram fogo na Agência Imprensa Livre", relatou. "Ninguém me disse, mas hoje eu sei. A universidade acaba, o tempo de estudante acaba, mas a a UNE nunca sai de nós", finalizou.
Fonte: Brasil de Fato

Cruz Vermelha da Colômbia: ação dos EUA à Venezuela não é “ajuda humanitária”


O chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Colômbia, Christoph Harnisch, disse que a instituição não participará da distribuição de qualquer assistência que chegue à Venezuela a partir dos Estados Unidos, pois considera que não se trata de uma "ajuda humanitária", como prega o governo Trump
247 - O chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Colômbia, Christoph Harnisch, disse que a instituição não participará da distribuição de qualquer assistência que chegue à Venezuela a partir dos Estados Unidos, pois considera que não se trata de uma "ajuda humanitária", como prega o governo de Donald Trump.
"Nós não participamos do que não é para nós ajuda humanitária", disse. Ele acrescentou que a instituição considera que a ação anunciada pelo governo dos Estados Unidos não atende aos critérios de ser independente, imparcial e neutra.
A "ajuda", que consistiria num corredor para a passagem de remédios e alimentos – mas eventualmente de armas –, pode ser um pretexto para um ataque militar à Venezuela e nesta segunda-feira 11 ganhou a adesão do governo brasileiro. A equipe do presidente Jair Bolsonaro reconheceu a representante do autoproclamado governo interino da Venezuela, María Teresa Belandria, como embaixadora oficial do país.
Como o governo de Nicolás Maduro deve recusar a proposta, Estados Unidos e seus satélites devem acusá-lo de agira contra a própria população, abrindo espaço para um ataque militar.


Pai de seis filhos, Ricardo Boechat começou no jornalismo na década de 70


Ricardo Eugênio Boechat, 66, morreu nesta segunda-feira (11) em um acidente de helicóptero, em São Paulo; de nacionalidade argentina, ele era casado pela segunda vez com Veruska Seibe e pai de seis filhos; com passagens pela Rede Globo e Rede Bandeirantes, ele iniciou sua carreira nos anos 70, no extinto Diário Notícias; e ganhou diversos prêmios na área, como o Comunique-se, Esso e Troféu Imprensa durante sua extensa carreira
247 - Ricardo Eugênio Boechat, 66, morreu nesta segunda-feira (11) em um acidente de helicóptero, em São Paulo. Ele era casado pela segunda vez com Veruska Seibel, desde 2005, e tinha duas filhas com ela, Valentina e Catarina. Paulo, Bia, Rafael e Patricia são seus filhos do casamento com Claudia Costa de Andrade. Nascido em Buenos Aires, ele é filho da argentina Mercedes Carrascal, de 86 anos, que vive em Niterói desde 1956. A é informação é do UOL. 
Ele iniciou sua carreira na década de 1970 como repórter do extinto jornal Diário de Notícias. Também nessa época, iniciou sua carreira como colunista, colaborando com a equipe de Ibrahim Sued. Em 1983, foi para o jornal O Globo. Em 1987, ocupou por seis meses a secretaria de Comunicação Social no governo Moreira Franco (1987-1991). Após o período voltou para o Globo, onde passou a ser destaque em um quadro de opinião no matinal "Bom Dia Brasil", onde permaneceu até 2001.
Em 2006, ele entrou para o Grupo Bandeirantes como diretor de Jornalismo no Rio de Janeiro e mudou-se para São Paulo, para ancorar o "Jornal da Band", principal noticiário da emissora. Desempenha a mesma função no programa diário na rádio BandNews FM, transmitido para todo o Brasil. 
Boechat também escreveu o livro "Copacabana Palace - Um Hotel e Sua História" (DBA, 1998) e ganhou vários prêmios, entre eles o Prêmio Comunique-se, Esso e Troféu Imprensa. 


Brasil abre fronteira para “ajuda humanitária” à Venezuela


Pretexto para um ataque militar à Venezuela, liderado pelos Estados Unidos, a "ajuda humanitária", que consistiria num corredor para a passagem de remédios e alimentos – mas eventualmente de armas – para a Venezuela, ganhou a adesão do Brasil; governo de Jair Bolsonaro reconheceu a representante do autoproclamado governo interino da Venezuela, María Teresa Belandria, como embaixadora oficial do país; como o governo de Nicolás Maduro deve recusar a proposta, Estados Unidos e seus satélites devem acusá-lo de agir contra a própria população, abrindo espaço para um ataque militar
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro reconheceu nesta segunda-feira a representante do autoproclamado governo interino da Venezuela, María Teresa Belandria, como embaixadora oficial do país, e autorizou a instalação de um centro de distribuição de ajuda humanitária em Roraima, na fronteira entre os dois países, afirmaram os representantes venezuelanos depois de um encontro com o chanceler Ernesto Araújo.
Araújo, que já havia se encontrado com Belandria em Washington, onde esteve na semana passada, recebeu desta vez as cartas credenciais e se comprometeu com a instalação do centro no Estado da Região Norte.
"O governo brasileiro vai se fazer presente não apenas com o centro de ajuda, mas com apoio político, e decidido. Tenho a palavra do senhor chanceler de que me vai acompanhar ao local, quando estiver instalado o centro, para mostrar não apenas o apoio através de toneladas de medicamentos e alimentos, mas o apoio político", disse Belandria depois do encontro.
O Brasil já havia reconhecido Guaidó como presidente legítimo da Venezuela, assim como Estados Unidos, União Europeia e o Grupo de Lima. Belandria afirmou que ficará no Brasil, mas deve se concentrar em Roraima, onde, disse, estão os venezuelanos que precisam de ajuda.
A representante venezuelana não terá acesso à embaixada do país em Brasília, ainda reservada aos representantes do governo de Nicolás Maduro - mesmo que sem embaixador desde dezembro de 2017. Ao ser perguntada onde seria sua embaixada, respondeu: "Nós somos a embaixada", apontando para seu grupo. "Não precisamos de um prédio para ser a embaixada."
Araújo reuniu-se com a representante diplomática de Guaidó e com o deputado da Assembleia Nacional Lester Toledo, encarregado da organização do ponto de apoio. Segundo Toledo, a intenção do grupo de venezuelanos é ir na próxima semana a Roraima para verificar onde o centro poderá ser colocado, em Boa Vista ou Pacaraima, a cidade na fronteira entre os dois países.
"Agora o governo brasileiro nos deu respaldo total para abrir um segundo caminho para ajuda humanitária", disse Toledo a jornalistas. "Há dezenas de países da região, do Grupo de Lima que estão disponíveis para trazer as primeiras toneladas de ajuda, mas sem a boa vontade do governo do Brasil seria impossível."
O grupo de Guaidó já organizou um primeiro ponto de apoio em Cúcuta, na fronteira da Colômbia com a Venezuela, onde chegaram toneladas de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, Canadá e da própria Colômbia. No entanto, o governo de Nicolás Maduro fechou a passagem e não permitiu a entrada.
Os venezuelanos agora contam com a passagem também pelo Brasil. Como mostrou a Reuters, a fronteira brasileira com a Venezuela passa pela terra indígena Pemon e os chefes da tribo garantem que permitirão a passagem por suas terras. Os militares venezuelanos, no entanto, ainda sob as ordens de Maduro, têm impedido a entrada.
"Como entrar? Com gente, com acompanhamento das pessoas que querem mudança", disse Toledo. "Os soldados sabem que ali naquele carregamento vai comida para seus filhos, vai medicamentos para os enfermos."
Segundo Belandria, nos próximos dias ela terá encontros com representantes do governo brasileiro, especialmente dos ministérios da Saúde e da Defesa, para trabalhar os detalhes do centro de apoio em Roraima e também o que o Brasil poderia doar.
Os venezuelanos pediram medicamentos e alimentos mas também apoio logístico, transporte e segurança.
Doações de outros países devem passar também pelo Brasil e, segundo Belandria, empresas privadas também se comprometeram a colaborar.
(Por Lisandra Paraguassu)


Globo detona Damares e aponta suas mentiras mais grotescas


Num novo capítulo de sua guerra contra o clã Bolsonaro, a Globo resolveu bater duro na ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, expondo algumas de suas mentiras mais grotescas, durante o programa Fantástico; no vídeo, Damares afirma: "há 16 anos atrás falávamos que estaríamos uma ditadura gay no Brasil"; em outro trecho, a titular da pasta diz: "na Europa ensinam que precisamos aprender a masturbar nossos bebês a partir dos sete meses de idade"; no fim, a apresentadora pede desculpas por mostrar cenas de uma ministra que expõe o Brasil ao ridículo
247 - A Rede Globo resolveu bater duro na ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, expondo algumas declarações polêmicas dela, durante o programa Fantástico, e classificando-as como mentira ou verdade.
No vídeo, Damares afirma: "há 16 anos atrás falávamos que estaríamos uma ditadura gay no Brasil. O que estamos vivendo hoje? Uma ditadura gay" - posição classificada como inverídica pela emissora.
Em outro trecho, a titular da pasta diz: "na Europa já está influenciando que precisamos aprender a masturbar nossos bebês a partir dos sete meses de idade" - também apontada como mentira, assim como a declaração a seguir:
"Tarefa de casa em português era o seguinte: no final de semana ela tinha que dar um beijo em três meninos e um selinho em três meninas".
 No final do vídeo, Damares acrescenta: "eles (o povo) pensa que nós somos idiotas, bobos" - neste caso, a Globo apontou como verdade.


Venezuela inicia manobras militares


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, participou neste domingo (10) do ato de lançamento dos exercícios militares "Bicentenário de Angostura", com o objetivo proclamado de "garantir o direito do país à paz e à tranquilidade"; o ato foi realizado no Forte Militar Guaicaipuro em Charallave, no estado de Miranda, onde Maduro supervisionou demonstrações de tiro, o sistema de defesa aérea e o treinamento da Milícia Bolivariana, um contingente popular-militar que representa a união das forças armadas com a população
247, com AVN - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, participou neste domingo (10) do ato de lançamento dos exercícios militares "Bicentenário de Angostura", com o objetivo proclamado de "garantir o direito do país à paz e à tranquilidade".
O ato foi realizado no Forte Militar Guaicaipuro em Charallave, no estado de Miranda, onde Maduro supervisionou demonstrações de tiro, o sistema de defesa aérea e o treinamento da Milícia Bolivariana, um contingente popular-militar que representa a união das forças armadas com a população.
"Aqui estão os soldados de Bolívar que iria fazer o império norte-americano pagar caro por qualquer audácia de tocar o solo sagrado da pátria venezuelana", disse Maduro ao rechaçar as declarações intervencionistas que ameaçam a nação desde Washington.
Durante a visita à base militar, o chefe de Estado ordenou que se fizessem os investimentos necessários para fortalecer o Comando de Defesa Aeroespacial Integral, "para que a Venezuela tenha em plena capacidade todo o seu sistema de defesa antiaérea e antimísseis".
"Aqui há forças armadas e um povo para defender a honra, a dignidade e o decoro de um país com mais de 200 anos lutando por seu futuro", disse ele.
Maduro disse que estas manobras recordam o bicentenário do Congresso de Angostura, quando Simon Bolívar pronunciou um discurso em que estabeleceu a doutrina da independência da futura República.
O presidente também parabenizou os soldados da Forças Armada Nacional Bolivariana (FANB) por sua dedicação à defesa do território nacional.
"A Venezuela tem o direito à paz e à tranquilidade, ninguém deve tentar violar sua soberania, porque encontrará uma força armada totalmente preparada para defender a honra, a dignidade e o decoro da pátria", disse ele.
Os exercícios, a serem realizados até 15 de fevereiro, visam expor as capacidades operacionais e técnicas das forças armadas venezuelanas, juntamente com o poder popular organizado.



Justiça aceita denúncia e núcleo tucano no PR é réu por organização criminosa e corrupção passiva

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil



O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), seu núcleo de governo, incluindo o ex-chefe de gabinete tucano, Deonilson Roldo, e outras oito pessoas investigadas no âmbito da Operação Integração II, um desdobramento da Lava Jato, por crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
No despacho, o magistrado frisa que os procuradores apresentaram farto material contra os denunciados. Foram mais de 960 arquivos anexados na fase de investigação, o que motivou, inclusive, os mandados de prisão preventiva cumpridos pela Polícia Federal contra Richa no fim do mês passado.
“No curso das investigações o MPF apresentou vasto conjunto de provas sobre a materialidade de fatos criminosos envolvendo a execução de contratos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná (denominado ‘Anel de Integração do Paraná’), bem como indícios suficientes de participação de cada um dos denunciados no esquema criminoso”, diz Paulo Sérgio Ribeiro.
Segundo a investigação, o esquema teria desviado cerca de R$ 8,4 bilhões por meio de aumento das tarifas de pedágio do Anel da Integração e de obras previstas nos contratos que não foram executadas. Em troca desses benefícios, segundo o MPF, as concessionárias teriam pago cerca de R$ 35 milhões.
Contra Beto Richa, o magistrado cita os aditivos contratuais assinados pelo ex-governador que beneficiaram as concessionárias de pedágio investigadas, documentos e depoimentos relacionados a aquisições imobiliárias suspeitas, realizadas por empresa de familiares de Richa, supostamente realizados com dinheiro em espécie relacionados à vantagem indevida recebida de empresas de pedágio investigadas.


Já o ex-chefe de gabinete do governador Deonilson Roldo pesam os depoimentos do colaborador Nelson Leal Júnior, contatos telefônicos com João Chiminazzo Neto, apontado como entregador do dinheiro em espécie usado para pagamento de propina pelas empresas de pedágio e documentos que apontam o recebimento de mais de R$ 755 mil em depósitos fracionados em sua conta-corrente pessoal e em uma empresa que ele comanda.
O irmão do ex-governador, José Richa Filho, mais conhecido como Pepe Richa, ex-secretário de Estado e Infraestrutura e Logística, teria assinado aditivos para beneficiar as concessionárias, recebido valores em espécie para compra de imóveis e ingressos para a Copa do Mundo pagos pela Triunfo.
Ricardo Rached, um dos assessores mais próximos de de Richa, também manteve grande número de contatos telefônicos com Luiz Abi, primo de Richa, e teria recebido R$ 103 mil entre 2011 e 2017.
Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores, também foi denunciado e agora é réu no processo. Ele teria mantido uma série de contatos telefônicos com Luiz Fernando Wolff de Carvalho, executivo e acionista do Grupo Triunfo – Econorte, uma das empresas que efetuava os pagamentos de propina, além de ao menos de R$ 75 mil em depósitos e ingressos para a Copa do Mundo pagos pela Triunfo.
O ex-diretor do DER-PR Nelson Leal Júnior, um dos colaboradores da investigação, vai responder por ter participado do esquema e, na condição de chefe do DER, ter beneficiado as concessionárias de pedágio investigadas.
Também são réus na ação o ex-servidor do DER, Andair Petry, conhecido como Neco; o ex-funcionário comissionado do DER e da Agência Reguladora do Paraná (Agepar), Antônio Carlos Cabral de Queiroz, o “Cabeleira”; e o ex-presidente da Agepar José Stratmann.

Operação Integração II

A segunda etapa da Operação Integração foi deflagrada em setembro para apurar irregularidades na concessão de rodovias federais do Anel de Integração, no interior do Paraná. Segundo o MPF, foram reunidas provas suficientes de arrecadação de caixa 2 junto às concessionárias, de atos de ofícios que favoreceram as concessionárias e o enriquecimento pessoal de diversos investigados, que adquiriram bens de consumo com dinheiro em espécie e receberam depósitos.
Na época, foram identificados dois esquemas paralelos de pagamentos de propinas. O primeiro, iniciado em 1997, era intermediado pelo então diretor regional Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR). Seis concessionárias acertaram o pagamento mensal de propinas a agentes públicos no DER/PR a fim de obter a “boa vontade” do órgão estatal.
O valor total da arrecadação mensal de propina era de aproximadamente R$ 120 mil, sendo que esse valor era rateado entre as seis concessionárias do Anel de Integração proporcionalmente ao faturamento de cada uma. O montante da propina foi atualizado conforme os reajustes tarifários, chegando a aproximadamente R$ 240 mil mensais em 2010. Os beneficiários finais da propina eram agentes públicos do DER/PR e da Agência Reguladora do Paraná (Agepar).
Somente deste esquema, estima-se o pagamento de propina de aproximadamente R$ 35 milhões, sem atualização monetária. Os pagamentos duraram até o final de 2015.
Com o esquema em vigor, em 2000 e 2002 o governo do Paraná firmou aditivos contratuais com todas as seis concessionárias, que reduziram investimentos e elevaram tarifas de pedágio. Outros atos administrativos e aditivos favoreceram as concessionárias seguiram.
Em paralelo, em janeiro de 2011, foi implementado no governo estadual do Paraná esquema de pagamentos de propinas mensais de aproximadamente 2% dos valores de cada contrato vigente com os fornecedores do DER/PR. Esse esquema durou até 2014, período em que teriam sido pagos aproximadamente R$ 20 milhões em propinas. A investigação apontou que aproximadamente 70 empresas estiveram envolvidas, entre elas, as concessionárias de pedágio do Anel de Integração.
Também foram alvos, no ano passado, o empresário Luiz Abi Antoun, primo de Beto Richa, e o ex-secretário de Infraestrutura do Paraná e irmão de Richa, Pepe Richa.
Fonte: Paranaportal


Júnior da Femac prestigia possa na OAB Apucarana


O concorrido evento, teve a presença do presidente da seccional da OAB no Paraná,Cássio Lisandro Peres, além de conselheiros federais da OAB, e destacadas autoridades locais 

O prefeito em exercício, Junior da Femac, prestigiou na manhã de sábado a solenidade de posse da nova diretoria da Subseção de Apucarana da Ordem dos Advogados do Brasdil (OAB), o ex-presidente, Antônio Carlos Stoppa, empossou Albina Maria dos Anjos, a primeira mulher a presidir a instituição.
O concorrido evento, teve a presença do presidente da seccional da OAB no Paraná, Cássio Lisandro Peres, além de conselheiros federais da OAB, e destacadas autoridades locais.


domingo, 10 de fevereiro de 2019

PGR: delação de Palocci é imprestável


A delação de Antonio Palocci é praticamente imprestável; esta é a avaliação da cúpula segundo a coluna Radar, da revista Veja, insuspeita de qualquer simpatia por Lula; avaliação coincide com a do Ministério Publico Federal de Curitiba; o acordo foi rechaçado em 2018 pelo MP, sendo costurado de forma improvisada pela PF para tornar-se uma peça da campanha presidencial -às vésperas das eleições, Sérgio Moro liberou a delação para divulgação; ela foi amplamente utilizada contra Lula e Fernando Haddad, então candidato do PT
247 - A delação de Antonio Palocci tem muita história rocambolesca mas poucos fatos, muita conversa e quase nenhuma prova. Por isso, é praticamente imprestável. Esta é a avaliação da cúpula da Procuradoria Geral da República (PGR), segundo a coluna Radar, da revista Veja, insuspeita de qualquer simpatia por Lula (aqui). A avaliação coincide com a do Ministério Publico Federal de Curitiba. Tanto que o acordo foi rechaçado em 2018 pelo MP, sendo costurado de forma improvisada pela Polícia Federal para tornar-se uma peça da campanha presidencial -às vésperas das eleições, Sérgio Moro liberou a delação para divulgação e ela foi amplamente utilizada para atacar Lula e Haddad, então candidato do PT à Presidência.
Faltando apenas seis dias paras eleições presidenciais, Moro quebrou, em 1 de outubro, nesta segunda-feira, 1, o sigilo de parte do acordo de colaboração de Antonio Palocci com a Polícia Federal. No trecho que Moro liberou à imprensa, Palocci relata um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo Lula, sem apresentar qualquer evidência ou prova (aqui). No despacho, o então juiz afirmava que "examinando o seu conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade".
A delação é tão frágil que até um aliado histórico de Moro em Curitiba recusou-se a acolhê-la. "Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras", disse em 2018 o procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima (aqui).
Imprestável para o MP em Curitiba, imprestável para a cúpula da PGR, a delação de Palocci serviu a Moro, em aliança com a Polícia Federal, que agora chefia.


Diretor denuncia prisão política de Lula no festival de Berlim


O ex-presidente Lula foi homenageado, neste sábado (9), pelo diretor do filme “Querência”, Helvécio Marins Jr., no Festival de Berlim, um dos prêmios de cinema mais importantes do mundo. “É uma vergonha para nós brasileiros. Lula é o maior e melhor presidente da história do Brasil”, disse, sob aplausos, depois de gritar “Lula livre!”; confira o vídeo
Da revista Fórum – O ex-presidente Lula foi homenageado, neste sábado (9), pelo diretor do filme “Querência”, Helvécio Marins Jr., no Festival de Berlim, um dos prêmios de cinema mais importantes do mundo.
Durante a exibição de estreia de seu filme, o diretor, que estava vestindo uma camiseta que faz referência ao ex-presidente, disse que “ama” Lula e que sua prisão é “uma das mais absurdas do mundo”.
“É uma vergonha para nós brasileiros. Lula é o maior e melhor presidente da história do Brasil”, disse, sob aplausos, depois de gritar “Lula livre!”.
Saiba mais na revista Fórum e veja o vídeo:


Esposa de Sergio Moro para os congressistas: “se virem, trabalhem mais”


Rosângela Moro costuma utilizar as redes sociais para dar "recadinhos" a inimigos de seu marido, o ministro da Justiça Sérgio Moro; no mais recente post-comentário do Instagram, ela diz: "o Brasil tem pressa. Brasileiros esperam soluções dos representantes eleitos. Em casa, temos vários filhos e cuidamos de todos ao mesmo tempo. Tipo, se virem, trabalhem mais, ué. Aprove ou não aprove! Votem sem desculpa e mostrem o compromisso com os eleitores. Tic tac tic tac: quatro anos voam, hein"
247 - Rosângela Moro costuma utilizar as redes sociais para dar "recadinhos" a inimigos de seu marido, o ministro da Justiça Sérgio Moro. No mais recente post-comentário do Instagram, ela diz: "O Brasil tem pressa. Brasileiros esperam soluções dos representantes eleitos. Em casa, temos vários filhos e cuidamos de todos ao mesmo tempo. Tipo, se virem, trabalhem mais, ué. Aprove ou não aprove! Votem sem desculpa e mostrem o compromisso com os eleitores. Tic tac tic tac: quatro anos voam, hein."
A postagem de Rosângela começa com a definição da palavra 'simultaneidade' e continua na área reservada aos comentários. Sem tratar diretamente dos dois projetos, Rosângela deixou claro que suas excelências devem fazer hora-extra para votar a reforma da Previdência e o pacote anti-corrupção, não por acaso, elaborado pelo maridão, Sergio Moro.

Violência anti-intelectual da classe média mantém bolsonarismo, diz historiador


O jornalista e historiador Christian Schwartz afirma que o trço anti-intelectual que caracteriza a classe média brasileira é o elemento político que sustenta o bolsonarismo; ele confronta a tese de uma cisão identitária no eleitorado e afirma que Jair Bolsonaro venceu as eleições pela união de camadas médias que, como os políticos, veem a educação como algo ornamental ou pragmático
247 - O jornalista e historiador Christian Schwartz afirma que o trço anti-intelectual que caracteriza a classe média brasileira é o elemento político que sustenta o bolsonarismo. Ele confronta a tese de uma cisão identitária no eleitorado e afirma que Jair Bolsonaro venceu as eleições pela união de camadas médias que, como os políticos, veem a educação como algo ornamental ou pragmático.
O historiador, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, destaca inicialmente: "há uma pergunta que, respondida em toda a sua complexidade, tem o potencial de iluminar muito do que se passou na política brasileira recentemente. É a seguinte: por que caminhos (ou diabos) o 'Não me representa' dos protestos de junho de 2013 rapidamente virou o 'Mito! Mito!' que anima o comício permanente de Jair Bolsonaro —e deve ser, ao que parece, uma espécie de grito de guerra deste governo tribal? Num texto recente, a jornalista e escritora Eliane Brum lançou a tese de que, segundo ela pela primeira vez na história do Brasil, o presidente é um 'homem mediano'. O argumento avança em três movimentos."
Ele prossegue: "expõe, primeiramente, o que seria um contraste: ao contrário de todos os seus antecessores no cargo (o texto silencia, curiosamente, sobre a única antecessora, nem uma só vez mencionada), Bolsonaro careceria de excepcionalidade. 'Jair Bolsonaro é o homem que nem pertence às elites nem fez nada de excepcional. Esse homem mediano representa uma ampla camada de brasileiros', escreve a jornalista. Nas duas etapas seguintes, reafirma a explicação padrão de nossos intelectuais ditos progressistas para o fenômeno, este sim inédito, de um presidente de extrema direita."
E complementa: "começa pela assertiva de que 'a posição do homem heterossexual no topo da hierarquia nunca foi tão questionada como nos últimos anos'; defende, a seguir, que os governos anteriores ao do interino Michel Temer teriam feito avançar, em grau sem precedentes, direitos de gênero, classe e, com especial destaque, raça. 'O reconhecimento destes direitos e a ampliação do acesso dos negros a espaços até então reservados aos brancos teve grande impacto no resultado eleitoral e também no antipetismo', reflete Brum."


Venezuela gera debate na reunião da Executiva Nacional do PT


A ida de Gleisi Hoffmann à posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, foi tema de debate entre a presidente do PT e Fernando Haddad, em reunião da Executiva Nacional do partido neste sábado, 9, em São Paulo; Haddad foi questionado por Valter Pomar sobre "declarações públicas" a respeito da ida da presidente do partido à posse de Maduro; o ex-prefeito respondeu que suas críticas foram de método, não de mérito
247 - A ida de Gleisi Hoffmann à posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, foi tema de debate entre a presidente do PT e Fernando Haddad, em reunião da Executiva Nacional do partido neste sábado, 9, em São Paulo. Haddad foi questionado por Valter Pomar sobre "declarações públicas" a respeito da ida da presidente do partido à posse de Maduro. O ex-prefeito respondeu que suas críticas foram de método, não de mérito. 
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que "segundo relatos, durante o encontro Haddad teria argumentado que suas críticas à viagem de Gleisi foram de 'método e não de mérito'. Ainda na Executiva, Gleisi tomou o microfone e rebateu Haddad. 'Eu discordo dele. Acho que não é só questão de método. Tem um fundo político nisso. O PT tem que discutir, mas já temos uma posição pública que é a defesa da autodeterminação dos povos, da soberania e do reconhecimento do resultado das eleições', disse a presidente do partido."
A matéria acrescenta: "após a reunião que marcou a passagem dos 39 anos de fundação do PT, Gleisi e Haddad trocaram afagos. A presidente do partido saudou o ex-prefeito pelos mais de 47 milhões de votos recebidos na eleição presidencial, na qual foi derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno. Haddad retribuiu com um beijo no rosto da deputada."


Partido de Bolsonaro criou candidata laranja para obter verba pública de R$ 400 mil


Depois do caso das candidatas-laranja em Minas Gerais, em fraude no processo eleitoral supostamente feita pelo atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), mais um episódio de criação de candidatos laranja vem à tona dentro do PSL, partido da presidência da República; Luciano Bivar (PSL-PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, 'criou' uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018; a candidata obteve 274 votos
247 - Depois do caso das candidatas-laranja em Minas Gerais, em fraude no processo eleitoral supostamente feita pelo atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), mais um episódio de criação de candidatos laranja vem à tona dentro do PSL, partido da presidência da República. Luciano Bivar (PSL-PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "Maria de Lourdes Paixão, 68, que oficialmente concorreu a deputada federal e teve apenas 274 votos, foi a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país, mais do que o próprio presidente Jair Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann (SP), essa com 1,079 milhão de votos. O dinheiro do fundo partidário do PSL foi enviado pela direção nacional da sigla para a conta da candidata em 3 de outubro, quatro dias antes da eleição. Na época, o hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, era presidente interino da legenda e coordenador da campanha de Bolsonaro, com foco em discurso de ética e combate à corrupção."
A matéria relembra o caso anterior de uso de laranjas: "no último dia 4, reportagem da Folha revelou que o ministro do Turismo de Bolsonaro e deputado federal mais votado em Minas, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), patrocinou um esquema de candidaturas laranjas que direcionou verbas do PSL para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. Após essa revelação, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que esse caso deveria ser investigado. No caso de Lourdes Paixão, a prestação de contas dela, que é secretária administrativa do PSL de Pernambuco, estado de Bivar, sustenta que ela gastou 95% desses R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos, tudo às vésperas do dia que os brasileiros foram às urnas, em 7 de outubro."
A reportagem ainda informa que "cada um dos quatro panfleteiros que ela diz ter contratado teria, em tese, a missão de distribuir, só de santinhos, 750 mil unidades por dia –​mais especificamente, sete panfletos por segundo, no caso de trabalharem 24 horas ininterruptas. A Folha visitou os endereços informados pela gráfica na nota fiscal e na Receita Federal e não encontrou sinais de que ela tenha funcionado nesses locais durante a eleição."