domingo, 10 de fevereiro de 2019

PGR: delação de Palocci é imprestável


A delação de Antonio Palocci é praticamente imprestável; esta é a avaliação da cúpula segundo a coluna Radar, da revista Veja, insuspeita de qualquer simpatia por Lula; avaliação coincide com a do Ministério Publico Federal de Curitiba; o acordo foi rechaçado em 2018 pelo MP, sendo costurado de forma improvisada pela PF para tornar-se uma peça da campanha presidencial -às vésperas das eleições, Sérgio Moro liberou a delação para divulgação; ela foi amplamente utilizada contra Lula e Fernando Haddad, então candidato do PT
247 - A delação de Antonio Palocci tem muita história rocambolesca mas poucos fatos, muita conversa e quase nenhuma prova. Por isso, é praticamente imprestável. Esta é a avaliação da cúpula da Procuradoria Geral da República (PGR), segundo a coluna Radar, da revista Veja, insuspeita de qualquer simpatia por Lula (aqui). A avaliação coincide com a do Ministério Publico Federal de Curitiba. Tanto que o acordo foi rechaçado em 2018 pelo MP, sendo costurado de forma improvisada pela Polícia Federal para tornar-se uma peça da campanha presidencial -às vésperas das eleições, Sérgio Moro liberou a delação para divulgação e ela foi amplamente utilizada para atacar Lula e Haddad, então candidato do PT à Presidência.
Faltando apenas seis dias paras eleições presidenciais, Moro quebrou, em 1 de outubro, nesta segunda-feira, 1, o sigilo de parte do acordo de colaboração de Antonio Palocci com a Polícia Federal. No trecho que Moro liberou à imprensa, Palocci relata um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo Lula, sem apresentar qualquer evidência ou prova (aqui). No despacho, o então juiz afirmava que "examinando o seu conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade".
A delação é tão frágil que até um aliado histórico de Moro em Curitiba recusou-se a acolhê-la. "Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras", disse em 2018 o procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima (aqui).
Imprestável para o MP em Curitiba, imprestável para a cúpula da PGR, a delação de Palocci serviu a Moro, em aliança com a Polícia Federal, que agora chefia.


Diretor denuncia prisão política de Lula no festival de Berlim


O ex-presidente Lula foi homenageado, neste sábado (9), pelo diretor do filme “Querência”, Helvécio Marins Jr., no Festival de Berlim, um dos prêmios de cinema mais importantes do mundo. “É uma vergonha para nós brasileiros. Lula é o maior e melhor presidente da história do Brasil”, disse, sob aplausos, depois de gritar “Lula livre!”; confira o vídeo
Da revista Fórum – O ex-presidente Lula foi homenageado, neste sábado (9), pelo diretor do filme “Querência”, Helvécio Marins Jr., no Festival de Berlim, um dos prêmios de cinema mais importantes do mundo.
Durante a exibição de estreia de seu filme, o diretor, que estava vestindo uma camiseta que faz referência ao ex-presidente, disse que “ama” Lula e que sua prisão é “uma das mais absurdas do mundo”.
“É uma vergonha para nós brasileiros. Lula é o maior e melhor presidente da história do Brasil”, disse, sob aplausos, depois de gritar “Lula livre!”.
Saiba mais na revista Fórum e veja o vídeo:


Esposa de Sergio Moro para os congressistas: “se virem, trabalhem mais”


Rosângela Moro costuma utilizar as redes sociais para dar "recadinhos" a inimigos de seu marido, o ministro da Justiça Sérgio Moro; no mais recente post-comentário do Instagram, ela diz: "o Brasil tem pressa. Brasileiros esperam soluções dos representantes eleitos. Em casa, temos vários filhos e cuidamos de todos ao mesmo tempo. Tipo, se virem, trabalhem mais, ué. Aprove ou não aprove! Votem sem desculpa e mostrem o compromisso com os eleitores. Tic tac tic tac: quatro anos voam, hein"
247 - Rosângela Moro costuma utilizar as redes sociais para dar "recadinhos" a inimigos de seu marido, o ministro da Justiça Sérgio Moro. No mais recente post-comentário do Instagram, ela diz: "O Brasil tem pressa. Brasileiros esperam soluções dos representantes eleitos. Em casa, temos vários filhos e cuidamos de todos ao mesmo tempo. Tipo, se virem, trabalhem mais, ué. Aprove ou não aprove! Votem sem desculpa e mostrem o compromisso com os eleitores. Tic tac tic tac: quatro anos voam, hein."
A postagem de Rosângela começa com a definição da palavra 'simultaneidade' e continua na área reservada aos comentários. Sem tratar diretamente dos dois projetos, Rosângela deixou claro que suas excelências devem fazer hora-extra para votar a reforma da Previdência e o pacote anti-corrupção, não por acaso, elaborado pelo maridão, Sergio Moro.

Violência anti-intelectual da classe média mantém bolsonarismo, diz historiador


O jornalista e historiador Christian Schwartz afirma que o trço anti-intelectual que caracteriza a classe média brasileira é o elemento político que sustenta o bolsonarismo; ele confronta a tese de uma cisão identitária no eleitorado e afirma que Jair Bolsonaro venceu as eleições pela união de camadas médias que, como os políticos, veem a educação como algo ornamental ou pragmático
247 - O jornalista e historiador Christian Schwartz afirma que o trço anti-intelectual que caracteriza a classe média brasileira é o elemento político que sustenta o bolsonarismo. Ele confronta a tese de uma cisão identitária no eleitorado e afirma que Jair Bolsonaro venceu as eleições pela união de camadas médias que, como os políticos, veem a educação como algo ornamental ou pragmático.
O historiador, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, destaca inicialmente: "há uma pergunta que, respondida em toda a sua complexidade, tem o potencial de iluminar muito do que se passou na política brasileira recentemente. É a seguinte: por que caminhos (ou diabos) o 'Não me representa' dos protestos de junho de 2013 rapidamente virou o 'Mito! Mito!' que anima o comício permanente de Jair Bolsonaro —e deve ser, ao que parece, uma espécie de grito de guerra deste governo tribal? Num texto recente, a jornalista e escritora Eliane Brum lançou a tese de que, segundo ela pela primeira vez na história do Brasil, o presidente é um 'homem mediano'. O argumento avança em três movimentos."
Ele prossegue: "expõe, primeiramente, o que seria um contraste: ao contrário de todos os seus antecessores no cargo (o texto silencia, curiosamente, sobre a única antecessora, nem uma só vez mencionada), Bolsonaro careceria de excepcionalidade. 'Jair Bolsonaro é o homem que nem pertence às elites nem fez nada de excepcional. Esse homem mediano representa uma ampla camada de brasileiros', escreve a jornalista. Nas duas etapas seguintes, reafirma a explicação padrão de nossos intelectuais ditos progressistas para o fenômeno, este sim inédito, de um presidente de extrema direita."
E complementa: "começa pela assertiva de que 'a posição do homem heterossexual no topo da hierarquia nunca foi tão questionada como nos últimos anos'; defende, a seguir, que os governos anteriores ao do interino Michel Temer teriam feito avançar, em grau sem precedentes, direitos de gênero, classe e, com especial destaque, raça. 'O reconhecimento destes direitos e a ampliação do acesso dos negros a espaços até então reservados aos brancos teve grande impacto no resultado eleitoral e também no antipetismo', reflete Brum."


Venezuela gera debate na reunião da Executiva Nacional do PT


A ida de Gleisi Hoffmann à posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, foi tema de debate entre a presidente do PT e Fernando Haddad, em reunião da Executiva Nacional do partido neste sábado, 9, em São Paulo; Haddad foi questionado por Valter Pomar sobre "declarações públicas" a respeito da ida da presidente do partido à posse de Maduro; o ex-prefeito respondeu que suas críticas foram de método, não de mérito
247 - A ida de Gleisi Hoffmann à posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, foi tema de debate entre a presidente do PT e Fernando Haddad, em reunião da Executiva Nacional do partido neste sábado, 9, em São Paulo. Haddad foi questionado por Valter Pomar sobre "declarações públicas" a respeito da ida da presidente do partido à posse de Maduro. O ex-prefeito respondeu que suas críticas foram de método, não de mérito. 
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que "segundo relatos, durante o encontro Haddad teria argumentado que suas críticas à viagem de Gleisi foram de 'método e não de mérito'. Ainda na Executiva, Gleisi tomou o microfone e rebateu Haddad. 'Eu discordo dele. Acho que não é só questão de método. Tem um fundo político nisso. O PT tem que discutir, mas já temos uma posição pública que é a defesa da autodeterminação dos povos, da soberania e do reconhecimento do resultado das eleições', disse a presidente do partido."
A matéria acrescenta: "após a reunião que marcou a passagem dos 39 anos de fundação do PT, Gleisi e Haddad trocaram afagos. A presidente do partido saudou o ex-prefeito pelos mais de 47 milhões de votos recebidos na eleição presidencial, na qual foi derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno. Haddad retribuiu com um beijo no rosto da deputada."


Partido de Bolsonaro criou candidata laranja para obter verba pública de R$ 400 mil


Depois do caso das candidatas-laranja em Minas Gerais, em fraude no processo eleitoral supostamente feita pelo atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), mais um episódio de criação de candidatos laranja vem à tona dentro do PSL, partido da presidência da República; Luciano Bivar (PSL-PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, 'criou' uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018; a candidata obteve 274 votos
247 - Depois do caso das candidatas-laranja em Minas Gerais, em fraude no processo eleitoral supostamente feita pelo atual ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL), mais um episódio de criação de candidatos laranja vem à tona dentro do PSL, partido da presidência da República. Luciano Bivar (PSL-PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "Maria de Lourdes Paixão, 68, que oficialmente concorreu a deputada federal e teve apenas 274 votos, foi a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país, mais do que o próprio presidente Jair Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann (SP), essa com 1,079 milhão de votos. O dinheiro do fundo partidário do PSL foi enviado pela direção nacional da sigla para a conta da candidata em 3 de outubro, quatro dias antes da eleição. Na época, o hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, era presidente interino da legenda e coordenador da campanha de Bolsonaro, com foco em discurso de ética e combate à corrupção."
A matéria relembra o caso anterior de uso de laranjas: "no último dia 4, reportagem da Folha revelou que o ministro do Turismo de Bolsonaro e deputado federal mais votado em Minas, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), patrocinou um esquema de candidaturas laranjas que direcionou verbas do PSL para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. Após essa revelação, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou que esse caso deveria ser investigado. No caso de Lourdes Paixão, a prestação de contas dela, que é secretária administrativa do PSL de Pernambuco, estado de Bivar, sustenta que ela gastou 95% desses R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos, tudo às vésperas do dia que os brasileiros foram às urnas, em 7 de outubro."
A reportagem ainda informa que "cada um dos quatro panfleteiros que ela diz ter contratado teria, em tese, a missão de distribuir, só de santinhos, 750 mil unidades por dia –​mais especificamente, sete panfletos por segundo, no caso de trabalharem 24 horas ininterruptas. A Folha visitou os endereços informados pela gráfica na nota fiscal e na Receita Federal e não encontrou sinais de que ela tenha funcionado nesses locais durante a eleição."

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Devassa sobre Gilmar causa sensação de cerco ao Supremo


A investigação agressiva, com vazamento para a imprensa, da Receita Federal nas contas de Gilmar Mendes e da mulher dele, Guiomar, aumentou a percepção de cerco ao STF pela onda bolsonarista; a articulação de uma CPI dos tribunais superiores no Senado já intrigava a corte e ministros viram no episódio "tentativa de coação"; eles avaliam que a Receita não poderia investigar um juiz sem a autorização do Supremo – protocolo determinado pela Lei Orgânica da Magistratura; a informação de bastidores é a de que houve forte solidariedade a Mendes
247 - A investigação agressiva, com vazamento para a imprensa, da Receita Federal nas contas de Gilmar Mendes e da mulher dele, Guiomar, aumentou a percepção de cerco ao STF pela onda bolsonarista. A articulação de uma CPI dos tribunais superiores no Senado já intrigava a corte e ministros viram no episódio "tentativa de coação". Eles avaliam que a Receita não poderia investigar um juiz sem a autorização do Supremo – protocolo determinado pela Lei Orgânica da Magistratura. A informação de bastidores é a de que houve forte solidariedade a Mendes.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "antes das críticas públicas ao procedimento, Gilmar Mendes fez chegar a integrantes da Receita a avaliação de que grupo criado pelo órgão para analisar as contas de autoridades havia se tornado um 'braço do Ministério Público e da Polícia Federal' para perseguir desafetos de ala da Lava Jato."
A matéria ainda informa que "dentro da Receita, o vazamento do relatório das finanças de Mendes, publicado pela revista Veja, foi criticado. Integrantes do órgão fizeram questão de sinalizar ao Supremo que não endossam os termos usados pelo auditor que assina a peça."


Gleisi: tendência ao autoritarismo é forte e devemos fazer resistência


"É importante que os movimentos sociais busquem grandes mobilizações populares novamente", afirma a deputada federal e presidente nacional do PT; em entrevista concedida ao programa Por Elas, na TV 247, ela ainda comenta sobre a Lava Jato como "instrumento de perseguição política e seu principal alvo é o PT"; assista 
247 - A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, está em alerta com a ascensão do fascismo no País. Em entrevista concedida à TV 247, ela projeta que a tendência ao autoritarismo é muito forte com o novo governo, por isso "a resistência é fundamental". "É importante que os movimentos sociais busquem grandes mobilizações populares novamente", conclama. 
A presidente do PT ainda salienta que a unidade da esquerda é a principal urgência na conjuntura atual. "Talvez não tenham grandes manifestações no início, mas, com ações e debates, devemos formar uma massa crítica", propõe. 
Lava Jato-perseguição
Gleisi recorda que quando ocorreu o golpe de 2016, ela já considerava que ocorreria uma "desestabilização no País" e que o pacto com a Constituição de 1988 foi rompido. "Transformaram a Lava Jato em uma ferramenta de perseguição política, cujo o principal adversário é Lula e o PT", aponta. 
Ela destaca que mesma elite que promoveu o golpe, tentou vencer a eleição por quatro vezes e não conseguiu, durante as gestões do ex-presidente Lula e Dilma Rousseff. "Estamos falando de uma elite centenária que nunca olhou para os direitos do povo", conclui.


Boechat tem ataque de fúria ao vivo e é acusado de assédio moral


Apresentador gritou e gesticulou com equipe durante cobertura do incêndio do Flamengo e internautas presenciaram a cena

Reprodução/Band News FM
Ricardo Boechat se irritou com a equipe durante transmissão ao vivo na 'Band News FM' de informações sobre o incêndio que atingiu o centro de treinamento do Flamengo, no Rio, nessa sexta-feira (8). Ao ser questionado, o jornalista disparou: "Se pisou na bola, o couro come mesmo".
Na sequência de um erro da equipe, quem assistia à transmissão pela internet pôde ver Boechat gritando e gesticulando dentro do estúdio. A cena virou assunto nas redes sociais.
Ao 'UOL', o apresentador explicou ter pedido à equipe que entrasse em contato com algum bombeiro que trabalha no Ninho do Urubu para que falasse ao vivo na rádio. Quando ele entrevistava outro oficial, recebeu um papel de um funcionário e começou a confusão.
"Veio um papel com um nome de um tenente coronel e escrito 'está no local'. Eu deduzi que era um outro tenente coronel que estava no local e eu ia dispensar aquele que não estava rendendo para ver se o outro rendia. E era o mesmo [que estava anotado no papel]!", disse. "Eu fiquei puto, mas já fiquei puto desse jeito umas 38 vezes e ficaria outras tantas. Dei esporro geral", completou.
O jornalista disse ainda que o nervosismo é natural em coberturas de tragédias como essas, que fez 10 mortos e três feridos, e que redações não são ambientes necessariamente tranquilos.
Era uma situação dramática e ao vivo. Se pisou na bola, o couro come mesmo. É o grau de tensão natural. Ouvir discussão dentro de redação, esporro de chefe... Quantos na vida eu tomei e quantos dei!"

Fonte: Notícias ao Minuto

Carina Vitral: 'Bienal da UNE mantém acesa a chama da esperança dos jovens'


Em meio ao caldeirão de desejos e ambições dos quase 10 mil estudantes presentes, ex-presidenta da UNE vê a entidade cada vez mais fortalecida

Carina vê a Bienal da UNE como um ponto de partida dos movimentos sociais na luta contra o governo Bolsonaro

Salvador – Apesar de ocorrer num momento difícil para a população, a 11ª Bienal da UNE (União Nacional dos Estudantes) é uma maneira de os jovens encontrarem confiança para seguir na luta, avalia a ex-presidenta da entidade, Carina Vitral. "Fico orgulhosa que o movimento mantenha acesa a chama de esperança da juventude em meio ao governo Bolsonaro", afirmou, com entusiasmo, à RBA.
Carina também é ex-presidenta da União da Juventude Socialista (UJS) e, atualmente, é suplente da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP). Em meio ao "caldeirão de desejos e ambições" dos quase 10 mil estudantes presentes ao evento, ela vê a UNE cada vez mais fortalecida.
"O governo Bolsonaro mostra a necessidade de unificarmos a discussão do futuro da cultura e da educação no Brasil. A bienal é um dos principais instrumentos sociais para construir uma nova sociedade. Essa multidão jovem sairá daqui mais organizada e unificada para os combates futuros contra os retrocessos do Bolsonaro", diz Carina.
Para além do movimento estudantil, a ex-presidenta da UNE também vê o evento como um ponto de partida de todos os movimentos sociais para os futuros enfrentamentos contra o retrocesso. "É aqui onde a juventude brasileira, mulheres, negros e todos que resistiram contra a eleição do Bolsonaro se organizam para lutar contra a política que quer tornar a educação menos livre, tornando-a um instrumental ideológico dos fascistas e da direita conservadora."
Ela também fez comparações do governo Bolsonaro com o ex-presidente Michel Temer. Na avaliação da líder estudantil, os avanços conquistados pela UNE, como o Prouni, o Enem e as cotas nas universidades federais, estão em risco.
"Tudo está em mãos caóticas. O novo governo só começou, mas já dá pra ver o seu objetivo. Bolsonaro junta a política ultraliberal do Temer, que quer sufocar a universidade pública, com o projeto conservador de sociedade. Isso é uma política de apropriação do Estado, em benefício dos seus privilégios e interesses econômicos, mas não deixaremos isso acontecer."
Fonte: RBA


“Vamos vencer mais essa tentativa de golpe”, diz cônsul da Venezuela em São Paulo


Mais de 50 organizações organizaram ato em solidariedade à Venezuela em São Paulo e mais seis cidades
Ato ocorreu em frente ao consulado da Venezuela em São Paulo / Foto: Guilherme Gandolfi


O cônsul da Venezuela em São Paulo, Manuel Vadell, afirmou nesta sexta-feira (8) que o povo venezuelano irá impedir que um novo golpe de Estado ocorra no país. Vadell discursou durante o Ato em Solidariedade à Venezuela, organizado pela Frente Brasil Popular e pelo Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, em frente ao Consulado Geral da Venezuela em São Paulo.
“Podem contar com a unidade das Forças Armadas e do povo venezuelano, que estão firmes e fortes com o trabalho diário. Estamos vencendo e vamos vencer juntos mais essa tentativa de golpe”, disse o representante diplomático no ato que contou com mais de 150 manifestantes. 
O cônsul alertou sobre a gravidade dos ataques ao país caribenho. “Pela primeira vez em mais de 20 anos, o governo estadunidense está dando a cara e assumindo em primeiro plano o golpe de Estado, o que não havia acontecido em outras tentativas", disse em referência à intensificação da ingerência estadunidense em seu país.
O ato, apoiado por 59 organizações e entidades, contou com a presença de partidos políticos como PT, PCdoB, Psol, PCB e PCO; movimentos populares como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e Levante Popular; e centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). 
Segundo Mônica Valente, secretária de relações internacionais do PT, “a partir da primeira eleição do presidente Nicolás Maduro, o povo venezuelano não teve um minuto de sossego, com os ataques, o cerco midiático, a violência das guarimbas, com as sanções econômicas e chegando ao extremo da ameaça de intervenção militar, um ataque frontal à Revolução Bolivariana e à construção de um novo país e uma nova América Latina”. 
A militante da Marcha Mundial das Mulheres, Nalu Faria, esteve presente no ato e celebrou “o papel das mulheres venezuelanas”. Ela afirmou que as ações de solidariedade com a Venezuela não se tratam de defender o resultado de uma eleição democrática, “mas sim de defender uma revolução que vem continuamente resistindo às tentativas de golpe". "Neste momento, temos que reforçar toda nossa solidariedade, toda nossa mobilização, não só aqui em São Paulo, mas em todo o país”, concluiu Faria.
Ato também contou com a participação de movimentos sociais e centrais sindicais / Foto: Guilherme Gandolfi

Estados Unidos e Grupo de Lima
Desde o início do ano, as pressões contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se intensificaram. As tentativas de derrubar o mandatário são lideradas principalmente pelos Estados Unidos e pelo chamado Grupo de Lima, bloco de 14 países americanos, do qual o Brasil faz parte. 
Em 4 de janeiro, o Grupo de Lima divulgou um documento em que afirma não reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro. O texto também pedia que o presidente deixasse o cargo para que novas eleições fossem convocadas. Dentre os países do bloco, somente o México não assinou o texto.
Reeleito em maio de 2018 com 67% dos votos, o governo venezuelano acusa tanto os Estados Unidos quanto o Grupo de Lima de não respeitarem o princípio de não-intervenção e de influenciar uma tentativa de golpe de Estado no país. Após Maduro assumir, se recusando a aceitar o pedido do Grupo de Lima, o líder da Assembleia Nacional em desacato da Venezuela, Juan Guaidó, se autodeclarou presidente interino do país. 
Para o coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, “o Grupo de Lima é uma marionete dos Estados Unidos. O grupo não tem legitimidade, ao ponto de que o maior país do bloco, que é o México - em tamanho populacional, território e expressão política -, se recusou a assinar o documento e o denunciou”. 
Stedile afirmou que “o que está em jogo não é a democracia, não é o Maduro, não é o Guaidó. O que está em jogo é com quem vai ficar a renda petroleira que está no território da Venezuela”. 
Manifesto Pela Paz na Venezuela
Durante o ato, o Comitê Pela Paz na Venezuela entregou um documento aos representantes diplomáticos venezuelanos. O texto, assinado por dezenas de organizações, afirma que “esta ofensiva internacional vem sendo liderada pelo governo dos EUA e apoiada pelos seus capachos na América Latina e na Europa. Juan Guaidó não foi eleito presidente, se autoproclamou em uma manifestação da oposição, tornando-se marionete necessária para concretizar o golpe e garantir os interesses imperialistas na Venezuela". 
O documento também critica as declarações feitas pelo governo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e pelo chanceler Ernesto Araújo. Segundo o manifesto, o posicionamento "rompe com a tradição diplomática brasileira de busca pela paz, pelo diálogo e pela integração regional".
Além de São Paulo, atos em solidariedade à Venezuela ocorreram em consulados no Rio de Janeiro, Recife, Manaus, Boa Vista, Belém e Brasília. Manifestações também aconteceram em outras cidades que não possuem instalações diplomáticas venezuelanas. 
Fonte: Brasil de Fato



Quem é Luiz Antônio Bonat, substituto definitivo de Moro na Lava Jato


Conselho do Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4) confirmou a decisão na tarde desta sexta-feira (8)
Tempo de serviço foi critério para confirmação do nome pelo Tribunal Regional / TRF-4/Divulgação
Confirmando as expectativas, o juiz Luiz Antônio Bonat, de 64 anos, foi confirmado nesta sexta-feira (8) como substituto definitivo de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da operação Lava Jato. Bonat entra no lugar da juíza Gabriela Hardt, que substituiu provisoriamente o agora ministro da Justiça.
O nome de Bonat foi escolhido pelo Conselho de Administração do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, entre 25 magistrados que se inscreveram para vaga, todos sob a circunscrição da Corte. O principal critério levado em conta na seleção foi a maior idade e tempo de serviço entre os candidatos. 
Bonat, que tem 64 anos, ingressou na carreira de juiz federal em 1993, tendo passado por diversas seções judiciárias, equivalentes das comarcas na Justiça Federal: 1ª Vara de Foz do Iguaçu (PR),  3ª Vara Federal de Curitiba (PR) e 1ª Vara Federal de Criciúma (SC). No momento da confirmação, atuava em casos previdenciários na 21ª Vara Federal de Curitiba. 
O magistrado concluiu os estudos jurídicos em 1979 na Faculdade de Direito de Curitiba, hoje vinculada ao Centro Universitário de Curitiba, instituição de ensino privada da capital paranaense. Depois, se especializou em Direito Público na Universidade Federal do Paraná. No Judiciário, antes de ser aprovado como juiz, foi técnico judiciário e diretor de secretaria. 
Reportagens que ouviram profissionais que conviveram com Bonat ressaltam, em contraste com Moro, que o magistrado, até o momento, teve uma trajetória marcada pela discrição e pela imparcialidade.
Aparente neutralidade
Bonat ficará encarregado de um processo na Lava Jato sobre um apartamento atribuído à Lula e pela suposta oferta de doação de um terreno para o Instituto Lula, em São Bernardo do Campo (SP). A denúncia do Ministério Público Federal acusa Lula de ter recebido uma oferta, de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora Odebrecht, do terreno em troca de manter os executivos Renato Duque e Paulo Roberto Costa, em diretorias da Petrobras, para permitir fraudes e desvios em licitações. 
Como julgador de casos relativos à Previdência, matéria do portal GNN aponta um perfil de imparcialidade marcado por decisões embasadas na legislação e na produção processual de provas: 
Em uma das ações previdenciárias, uma trabalhadora entra com uma ação contra o INSS para garantir a aposentadoria por invalidez. O juiz negou o pedido com base em provas, por considerar que após a realização de perícia médica, a autora não cumpria com os requisitos exigidos para a aposentadoria, apresentando um quadro de saúde, apesar de doenças como diabetes e hipertensão, que injustificavam a invalidez.
Em outra ação, um pedido de aposentadoria por tempo de contribuição contra a Fazenda Pública, o juiz sentenciou favorável ao pagamento, mas a parte autora - a contribuinte - reclamou que o pagamento do honorário deveria calcular o valor devido, sem que fossem descontados os benefícios administrativos recebidos. E o magistrado atendeu.
Em 2002, como juiz relator no TRF, Bonat votou contra uma decisão de Sergio Moro, que havia mandado prender preventivamente um réu condenado em primeira instância por fraude em um consórcio financeiro. A ordem de prisão determinada pelo juiz paranaense foi revogada, e o réu recorreu em liberdade.
A nomeação de Bonat irá para a Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região e só depois desse trâmite será divulgada a data em que ele assume a função.
Fonte: Brasil de Fato

Homem morre em briga por estacionamento no Paraná


Bilhete deixado em moto teria provocado o desentendimento

Pixabay

Um homem morreu na manhã desta sexta-feira (8) por conta de uma briga por lolcal de estacionamento na área rural de Alto Paraná, no noroeste do Paraná. Nivaldo Pereira, de 56 anos, trabalhava na mesma propriedade rural que o autor do crime, de 70 anos.
De acordo com o G1, o suspeito deixou um bilhete com os seguintes dizeres na moto de Nivaldo: "Por favô (sic) não coloque mais sua moto aqui. Faça como eu, tenha vergonha na cara".
(Reprodução/RPC)

O suspeito disse à Polícia que estava trabalhando quando Nivaldo chegou tirando satisfação sobre o bilhete. Os dois começaram a brigar fisicamente, até que o idoso atirou no colega para se defender. O autor do crime disse aos policiais que a vítima também estava armada e tinha sacado o revólver. Nivaldo morreu na hora.
A Polícia informou que o autor do crime não deve ficar preso, pois é réu primário e se apresentou com um advogado.
Fonte: Notícias ao Minuto

Lula sobre novo juiz da Lava Jato: Por isso a pressa, Gabriela Hardt?



Postagem feita na conta do ex-presidente Lula no Twitter faz provocação em cima da notícia da nomeação, pelo TRF-4, do novo juiz Luiz Bonat, que ficará responsável pela Operação Lava Jato; a juíza Gabriela Hardt, que atuava como juíza substituta no lugar de Sergio Moro, deixa o posto dois dias depois de condenar o ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio em Atibaia
247 - Uma postagem feita na conta do ex-presidente Lula no Twitter nesta sexta-feira 8 fez uma provocação em cima da notícia da nomeação, pelo TRF-4, do novo juiz Luiz Bonat, que ficará responsável pela Operação Lava Jato. Ele ocupará a vaga antes ocupada pelo juiz Sergio Moro, agora ministro do governo Bolsonaro. A juíza Gabriela Hardt, que era juíza substituta, deixa o posto.
"Por isso a pressa, Gabriela Hardt?", indaga o ex-presidente Lula na postagem, em referência à sentença assinada pela juíza sobre o caso do sítio de Atibaia. A magistrada condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na última quarta-feira 6.

Maia diz que todo mundo pode trabalhar até os 80. Expectativa de vida do brasileiro é de 72



Inacreditável. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em entrevista à Globonews que todo brasileiro consegue trabalhar atualmente até os 80 anos; "Nós temos que entender que trabalhar até 62 anos sem transição não é problema nenhum. Todo mundo consegue trabalhar hoje até 80, 75 anos", disse Maia; expectativa de vida da população brasileira é em média de 72
247 - Inacreditável. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em entrevista à Globonews na noite de quarta-feira, 6, que todo brasileiro consegue trabalhar atualmente até os 80 anos. 
"Eu sou a favor de uma regra de transição mais curta. Todos nós temos uma expectativa de vida maior. Nós temos que entender que trabalhar até 62 anos sem transição não é problema nenhum. Todo mundo consegue trabalhar hoje até 80, 75 anos", disse Maia, segundo o DCM, ao defender que a prioridade da casa é dar andamento à proposta da PEC da Reforma da Previdência, que ainda será apresentada pelo governo mas que já foi "vazada" pelo Estado de S. Paulo.
A expectativa de vida da população brasileira é em média de 72 anos. Em alguns estados e dependendo das condições sociais, a idade consideravelmente.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

PROJETO ÁGUA LIMPA: Primeiras nascentes começam a ser beneficiadas em março



Nesta semana, seis nascentes a serem beneficiadas na primeira etapa do Projeto Água Limpa foram visitadas pela equipe de profissionais encarregados de executarem as medidas de recuperação e preservação. Nesta primeira etapa, 15 nascentes estão inscritas. Conforme acordado na reunião de lançamento do projeto, no dia 23 de novembro de 2018, na Prefeitura, os agricultores familiares que receberão o trabalho na etapa inicial são os avicultores. O diagnóstico das nascentes que irão receber o serviço está em fase de conclusão. 
Um projeto capaz de proteger as nascentes, usando tecnologia de solo-cimento, numa ação com baixo custo e facilmente replicável. Assim é o Projeto Água Limpa, que busca a melhoria da qualidade de vida através de abastecimento de água potável e reúne parceiros como a Sanepar, Emater, Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria de Agricultura, Serviços Públicos e Meio Ambiente (Seaspma), Unopar, Conselho de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), clubes de serviço, empresas e produtores rurais.
A previsão para o início da execução do projeto (proteção das nascentes com solo-cimento) é março. Nesta fase do trabalho, a equipe foi constituída pelos extensionistas da Emater, Dr. Ricardo Augusto da Silva e Peter Alexandre Van Engelenhoven (responsável pela unidade de Arapongas), engenheiros agrônomos Carlos Helbel e Vicky Vergara, da Seaspma -  Prefeitura de Arapongas e da equipe da Fortmag, bem como do acompanhamento de Ana Cristina, da Vigilância Sanitária, e Sanepar.