segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Ministro de Bolsonaro teria usado 'laranjas' para conseguir verbas


Diretório presidido por Marcelo Álvaro Antônio repassou R$ 279 mil a quatro candidatas à Câmara Federal que, em seguida, enviaram dinheiro a empresas de assessores

Valter Campanato/Agência Brasil 
Quatro candidatas à Câmara Federal pelo Estado de Minas Gerais obtiveram, juntas, pouco mais de 2 mil votos. No entanto, receberam do PSL, partido ao qual são filiadas, R$ 279 mil para serem usados na campanha. Apesar da votação insignificante, elas estão entre os 20 candidatos do partido que mais conseguiram dinheiro público em todo o Brasil.
Movimentações nas contas de Lilian Bernardino (196 votos), Mila Fernandes (334 votos), Débora Gomes (885 votos) e Naftali Tamar (669 votos) levantaram suspeitas quanto à possibilidade de elas terem sido usadas como "laranjas" pelo deputado federal mais votado do Estado e escolhido ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). É ele quem também comanda a legenda em Minas.
As informações constam em matéria publicada nesta segunda-feira (4) pela Folha de S. Paulo, que visitou as cidades de Ipatinga, Governador Valadares, Timóteo e Coronel Fabriciano, na região do Vale do Rio Doce, para investigar as informações prestadas pelas candidatas à Justiça Eleitoral.
Ainda segundo a Folha, as quatro teriam passado parte da verba recebida - R$ 85 mil - para Álvaro Antônio, já que o dinheiro, de acordo com repasses realizados por elas, foram parar nas contas de empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro.
Além delas, uma quinta candidata do PSL de Minas, Cleuzenir Souza, recebeu do partido R$ 60 mil de recursos públicos e obteve 2.097 votos. Ela não declarou gastos com nenhuma empresa vinculada ao ministro e, durante a campanha, registrou um boletim de ocorrência em que acusa dois assessores de Álvaro Antônio de cobrar dela a devolução de metade do valor. O fato foi noticiado em dezembro último, pela coluna Mônica Bergamo, também da Folha.
Marcelo Álvaro Antônio tem 44 anos e foi reeleito para o segundo mandato como deputado federal, com 230 mil votos. Nascido em Belo Horizonte, foi vereador da capital mineira antes de se eleger deputado pela primeira vez, em 2014. O ministro já foi filiado a PRP, MDB, PR e, neste ano, migrou para o PSL, partido de Bolsonaro. Ele integra a frente parlamentar evangélica no Congresso Nacional.
O ministro do Turismo foi procurado e afirmou, por meio da assessoria, que “a distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei” e que “refuta veementemente a suposição com base em premissas falsas de que houve simulação de campanha com laranjas no partido.”
Fonte: Notícias ao Minuto

Câmara Municipal retoma Sessões Ordinárias nesta segunda-feira


Sob a presidência do vereador Molina, serão eleitas as novas Comissões Permanentes e Especiais para o ano de 2019

Após o término do recesso parlamentar que teve início em dezembro de 2018 e sob o comando de uma nova Mesa Executiva, a Câmara Municipal de Apucarana retoma nesta segunda-feira (04/02), as Sessões Ordinárias. O presidente eleito Luciano Augusto Molina Ferreira, que cumpre o seu segundo mandato como vereador nesta Casa de Leis, deverá comandar, já na primeira Sessão Ordinária e Específica a eleição das Comissões Permanentes e Especiais de Avaliação e de Loteamento para o exercício de 2019. As comissões foram dissolvidas no final do ano passado.
As Comissões Permanentes da Câmara de Apucarana - Justiça, Legislação e Redação; Finanças, Economia e Orçamento; Obras e Serviços Públicos, Transporte, Urbanismo e Habitação; Educação, Cultura, Esporte, Saúde e Assistência Social; Ecologia e Proteção ao Meio Ambiente, Fauna e Flora; Agricultura, Industria, Comércio e Turismo; Segurança Pública, Direitos Humanos e Ordem Pública – e Especiais de Avaliação (Lei 17/91) e de Loteamento (Lei 49/99) -   são responsáveis pela elaboração dos pareceres em relação aos Projetos de Lei que tramitam no Legislativo. Antes de chegarem ao Plenário, os projetos passam pelas comissões. Os vereadores desenvolvem um trabalho que vai garantir a transparência na análise dos projetos, antes da votação final.
Pelo Regimento Interno, nenhum vereador pode participar de mais do que cinco comissões. As composições são feitas obedecendo-se à representatividade dos partidos políticos.
Sessões Ordinárias
Nas próximas Sessões Ordinárias entrarão em pauta projetos de lei do Executivo e Legislativo para apreciação e votação dos vereadores, bem como requerimentos, Moções, Títulos de Cidadania Honorária, Projetos de Decreto Legislativo, entre outros. Na sessão desta segunda-feira não haverá Ordem do Dia. A reunião terá início pontualmente às 16 horas, no horário regimental.


Filho muda para apartamento que Bolsonaro garantiu ter posto à venda há um ano


Jair Renan Bolsonaro, o segundo filho mais novo do presidente da República, de 20 anos, está de mudança para um apartamento comprado no fim dos anos 90 pelo atual chefe do Planalto, na época deputado federal; há mais de um ano, Bolsonaro garantira que a propriedade estava à venda, depois de o jornal Folha de S.Paulo publicar uma reportagem indicando que ele morava em um imóvel próprio em Brasília e mesmo assim recebia da Câmara pouco mais de R$ 3 mil mensais de auxílio-moradia
247 - Segundo filho mais novo do presidente da República, Jair Bolsonaro, o jovem de 20 anos Jair Renan vai morar em um apartamento comprado no fim dos anos 90 pelo atual chefe do Planalto, na época deputado federal. Bolsonaro declarou há mais de um ano  que a propriedade estava à venda, após o jornal Folha de S.Paulo publicar uma reportagem indicando que ele morava em um imóvel próprio em Brasília e mesmo assim recebia da Câmara pouco mais de R$ 3 mil mensais de auxílio-moradia.
O imóvel foi registrado por Bolsonaro na Justiça Eleitoral no valor de aproximadamente R$ 240 mil e já foi chamado por ele de "cubículo". De acordo com o site UOL, um apartamento igual ao que pertence a Bolsonaro no prédio pode ser encontrado em sites de aluguel por valores em torno de R$ 2.900.
Em janeiro de 2018, a matéria apontou que Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), recebem dos cofres públicos R$ 6.167 por mês de auxílio-moradia mesmo tendo um imóvel em Brasília. O apartamento de dois quartos (69 m²), em nome de Jair, foi comprado no fim dos anos 90, quando ele já recebia o benefício público, mas ficou pronto no início de 2000.
Em entrevista à Folha no dia 11 de janeiro do ano passado, Bolsonaro ironizou o dinheiro do benefício como parlamentar. "Como eu estava solteiro naquela época, esse dinheiro de auxílio-moradia eu usava pra comer gente".


Manuela D'Ávila é atacada por eleitora de Bolsonaro; assista


Agressora protaganizou xingamentos e foi gravada por testemunhas


A ex-deputada federal e ex-candidata à vice-presidência do Brasil, Manuela D'Ávilla, foi atacada por uma eleitora de Jair Bolsonaro na Praia do Pinhal, no Rio Grande do Sul, no último domingo (3). 
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a agressora protagoniza xingamentos contra Manuela. “Teu partido perdeu, tu tens que ir embora do Brasil, nós somos Bolsonaro!”, grita a senhora. Assista.
Manuela afirmou em seu perfil no Facebook que estava sozinha na hora do ataque. "Felizmente eu estava sozinha (Duca estava no supermercado) e Laura e Gui estavam com minha família, em casa e eu estava, infelizmente, sem celular para documentar tudo. Essa mulher me atacou. Puta, filha da puta, mentirosa, suja. Pedi os dados para processa-la e ela se escondeu no interior do carro", escreveu a ex-deputada.
"Eu quero que essa senhora tenha ajuda, afeto, que aprenda a respeitar o pensamento divergente e que aprenda que calunia e difamação são crimes", completou Manuela. 
Fonte: Notícias ao Minuto


Na Band, a maioria dos acionistas quer mudar de canal


A crise estrutural da TV tradicional aliada à política bolsonarista, agressiva e ressentida, fez com que a Band entrasse em um fervor gerencial: irmãs de João Carlos Saad entraram na justiça para remover Johnny da liderança do grupo; a ideia é dar início a um processo de profissionalização no canal; são cinco os Saad que podem chamar a Band de sua: Johnny, Ricardo, Marisa, Marcia e Leonor; cada um tem 20% da empresa fundada pelo pai, João Jorge Saad
247 - A crise estrutural da TV tradicional aliada à política bolsonarista, agressiva e ressentida, fez com que a Band entrasse em um fervor gerencial: irmãs de João Carlos Saad entraram na justiça para remover Johnny da liderança do grupo. A ideia é dar início a um processo de profissionalização no canal. São cinco os Saad que podem chamar a Band de sua: Johnny, Ricardo, Marisa, Marcia e Leonor. Cada um tem 20% da empresa fundada pelo pai, João Jorge Saad.
A reportagem do site braziljounal destaca que "desde que seu pai morreu há quase 20 anos, João Carlos Saad tem sido o rosto e o pulso firme que lidera a Rádio e Televisão Bandeirantes, um dos maiores grupos de mídia do País. Mas agora, pela primeira vez sua liderança está sendo questionada pela família, preocupada com a capacidade da Band de resistir a uma dívida bancária cada vez mais impagável e ao cenário desafiador para a mídia tradicional."
E acrescenta: "num processo que corre na Justiça, as irmãs Marcia e Leonor Saad pedem que os tribunais removam Johnny da liderança do grupo e obriguem a Band a iniciar um processo de profissionalização. A ação expõe pela primeira vez os bastidores dos Saad — e as dificuldades de uma companhia familiar em concordar sobre o que é melhor para seu destino comum: deixar como está e aguardar resultados diferentes, ou romper com duas décadas de uma gestão que mistura negócios privados com a gestão da empresa.
A matéria ainda informa: "a história de como as irmãs Saad perderam a paciência e tomaram a decisão dura de se voltar contra o irmão começa em 2014, quando os Saad assinaram um acordo de acionistas pela primeira vez. São cinco os Saad que podem chamar a Band de sua: Johnny, Ricardo, Marisa, Marcia e Leonor. Cada um tem 20% da empresa fundada pelo pai, João Jorge Saad. A mídia entrou na família pelo lado da mãe: o velho Saad casou-se com Maria Helena, filha do então governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Nas décadas seguintes, o genro transformou a rádio do sogro — a Bandeirantes — num império de comunicação."


domingo, 3 de fevereiro de 2019

Jornalista processado por Bolsonaro denuncia censura: "Não tenho medo de fascista"


Sindicato dos Jornalistas de SP diz que o presidente da República age como inimigo do direito democrático à informação
Imagem que motivou processo de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro contra a Revista Fórum / Foto: Lula Marques/Revista Fórum

A Revista Fórum, um dos portais de mídia alternativa mais acessados do país, está sendo processada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), por conta da divulgação de uma conversa polêmica entre os dois pelo aplicativo Whatsapp durante sessão na Câmara dos Deputados em 2017. Para Renato Rovai, editor da Revista fórum, a ação é arbitrária e representa censura à imprensa. 
"Esse processo do Bolsonaro é claramente uma tentativa de ameaça ao jornalismo independente, alternativo e livre", afirma o jornalista.
Na opinião de Paulo Zocchi, presidente do Sindicado dos Jornalistas do Estado de São Paulo, a atitude de Jair Bolsonaro mostra que ele se comporta como inimigo do exercício do jornalismo e do direito democrático à informação. 
Alvos do processo
Os alvos do processo contra a Revista Fórum são o editor Renato Rovai e o fotógrafo Lula Marques, por uma matéria que foi ao ar no site do veículo no dia 8 de fevereiro de 2017. No conteúdo da conversa capturada pelas lentes do fotógrafo, Jair Bolsonaro cobrava a presença do filho na sessão e ainda o repreendia por alguma ação indevida. Na imagem, Jair Bolsonaro escreveu: “se a imprensa te descobrir aí e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne”.
A ação movida pelo presidente tem por objetivo uma indenização por “uso abusivo de imagem e violação de privacidade e conduta difamatória”. No entanto, na data posterior da publicação da matéria da Fórum, a revista Veja também veiculou conteúdo com a mesma imagem, mas não houve retaliação por parte da família Bolsonaro.  
Interesse público
Segundo Zocchi, a atitude do fotógrafo está de acordo com o exercício da profissão de jornalista, já que a situação flagrada entre Jair Bolsonaro e o filho Eduardo ocorreu em local público. Além disso, o teor da conversa também indica interesse público. 
"Eles processam o jornalista e a Revista Fórum, alegando que julgaram uma conversa privada. Não tem nada de privado nessa história, o Bolsonaro estava no plenário da Câmara dos Deputados, ele era um candidato à presidente da Câmara dos Deputados, o filho dele, com quem ele estava se comunicando, também é um deputado federal e deveria estar no plenário; não estava, sequer compareceu para votar no pai. E eles estavam tendo um diálogo sobre isso. Obviamente é uma comunicação de interesse público", explica o sindicalista. 
Sem medo de cara feia
Renato Rovai antecipou que a ação movida contra ele e o fotógrafo não trará alteração à linha editorial da revista e que a tentativa do presidente de intimidar a livre comunicação, não surtirá efeito. 
"Eles tentaram com isso, imaginavam que iam nos calar, ou seja, que iam fazer com que a gente ficasse amedrontado. Se deram mal, aqui a gente tem casca grossa, não temos medo de cara feia, não temos medo de fascista”, avisa. 
Rovai pede a solidariedade aos movimentos sociais, neste momento político, que em sua avaliação gerará outros processos contra a liberdade de imprensa. 
Fonte: Brasil de Fato

Venezuelanos comemoram 20 anos da Revolução Bolivariana em atos em defesa de Maduro


Em discurso, presidente lembrou o legado de Hugo Chávez e afirmou estar aberto ao diálogo
Apoiadores de Maduro se concentraram na Avenida Bolívar, em Caracas, neste sábado (02) / Alba Movimentos / Telesur
Venezuelanos foram às ruas neste sábado (02) para comemorar os 20 anos da posse do ex-presidente Hugo Chávez, que marcou o início da chamada Revolução Bolivariana no país, e defender o mandato de Nicolás Maduro, sucessor apoiado por Chávez e reeleito em maio de 2018, com mais de 67% dos votos.
"Há 20 anos, em uma tarde como hoje, com o voto popular elegemos o comandante Chávez presidente da República e iniciamos uma nova história de reivindicação popular na Venezuela", disse Maduro em discurso na Avenida Bolívar, na capital Caracas. "Na Venezuela não há ditadura. Na Revolução Bolivariana haverá poder popular, democracia verdadeira e a liberdade dos povos", disse o presidente. 
Maduro agradeceu as iniciativas dos governos do México, Uruguai e Bolívia que se prontificaram a estabelecer uma mesa de diálogo entre governo e oposição. "O dia que quiserem, quando quiserem, como quiserem, estou pronto para falar e facilitar o diálogo do encontro nacional, para respeitar a Constituição e fazer uma agenda nacional de prioridades", afirmou.
Ainda no ato de comemoração, o mandatário se dirigiu à oposição para que deixem de apoiar ao golpe de Estado e de chamar à intervenção militar. "Apesar das tentativas de golpe e das ameaças externas, a Venezuela está em paz. A paz se impôs novamente e não conseguiram impor a violência. Foram derrotados com a justiça", disse.
Oposição
Juan Guaidó, deputado do partido de direita Voluntad Popular que se autoproclamou presidente no dia 23 de janeiro, convocou manifestações da oposição também para este sábado. 
No mesmo dia, o general da Força Aérea, Francisco Yánez, publicou via Twitter uma mensagem na qual reconhece Guaidó como presidente interino do país. O ato foi condenado pelo alto comando da Força Aérea da Venezuela que classificou Yánez como traidor e afirmou, também via rede social, que "a Força Aérea não aceitará jamais um presidente imposto por interesses obscuros, nem autoproclamado à margem da lei. Também não se subordinará nunca a uma potência estrangeira ou a um governo que não seja eleito democraticamente pelo povo venezuelano".
Fonte: Brasil de Fato

Ricardo Miranda: Congresso volta a ser comandado pela Arena


"O governo de Jair Bolsonaro tem um balaio de zumbis, liderado pelo cadáver ambulante DEM, presidindo as duas Casas. Se você considerar que o DEM vem do PFL, do PDS, da Arena, é a volta do partido da ditadura ao poder no Congresso. Rodrigo Maia e David Alcolumbre, que não merecem ter seus retratos nem na parede do sindicato dos paneleiros, serão, assim, os cavalinhos que terão as rédeas puxadas pelo Planalto para tentar aprovar seus projetos no Congresso", diz o jornalista Ricardo Miranda 
247 - O jornalista Ricardo Miranda afirmou as eleições da Câmara e do Senado, vencidas por Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, traz de volta ao poder o partido descendente da Arena. 
"O governo de Jair Bolsonaro tem um balaio de zumbis, liderado pelo cadáver ambulante DEM, presidindo as duas Casas. Se você considerar que o DEM vem do PFL, do PDS, da Arena, é a volta do partido da ditadura ao poder no Congresso. Rodrigo Maia e David Alcolumbre, que não merecem ter seus retratos nem na parede do sindicato dos paneleiros, serão, assim, os cavalinhos que terão as rédeas puxadas pelo Planalto para tentar aprovar seus projetos no Congresso", diz Miranda em seu blog. 
"Até aqui, dos partidos da atualidade, o único que presidiu as duas casas simultaneamente foi o MDB. É mais ou menos como imaginar um capitão reformado, politicamente inexpressivo, filiado a um partido de aluguel, defensor das ideias mais nefastas e atrasadas para o país, ganhando as eleições e comandando o Executivo", diz ele. 
Leia o texto na íntegra no Blog Gilberto Pão Doce


Ex-integrante de esquadrão da morte é nomeado para governo Bolsonaro


O ex-deputado federal Carlos Humberto Manatto, que integrou a Scuderie Le Cocq, braço do esquadrão da morte, foi nomeado para o cargo de Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil da Presidência da República; nomeação foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; "Só no Espírito Santo, onde Manato desenvolve suas atividades, a Scuderie Le Cocq matou 1.500 pessoas", destaca a reportagem; "A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado", ressalta ao texto
247 - O ex-deputado federal capixaba Carlos Humberto Manatto, que integrou a Scuderie Le Cocq, braço do esquadrão da morte, foi nomeado para o cargo de Secretário Especial para a Câmara dos Deputados da Casa Civil da Presidência da República. A nomeação, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (1), conforme reportagem do Jornalistas Livres.
"Só no Espírito Santo, Estado onde Manato desenvolve suas atividades, a Scuderie Le Cocq matou 1.500 pessoas, segundo o Ministério Público Federal. A organização assassina foi extinta pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio/ES) no final de 2005", destaca a reportagem. "A Le Cocq foi apontada, entre os anos 80 e parte de 2000, como o braço armado do crime organizado capixaba", ressalta a reportagem em seguida.
Manatto foi candidato a governador do Espírito Santo em 2000 tendo como principais propostas a redução da maioridade penal para 16 anos e a liberação do porte de armas para cidadãos comuns; além da revisão do Estatuto do Desarmamento. As bandeiras são semelhantes as defendidas por Bolsonaro durante a campanha.
Manato entrou na política em 1994, quando se filiou ao PSDB. Em 2001, ingressou no PDT. Na eleição de 2002, foi eleito pela primeira vez a exercer um mandato na Câmara dos Deputados. Foi reeleito em 2006, 2010 e 2014.
"Carlos Manato desistiu do legislativo em 2018 para sair candidato ao governo do Espírito Santo, com o objetivo maior de dar palanque ao candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro", observa o texto.
A atuação da Le Coq chegou a ser alvo de uma CPI no Congresso Nacional, em 1998. Na ocasião, "a CPI do Narcotráfico, presidida por Magno Malta, chegou a indiciar diversas autoridades capixabas por suposta ligação com a Le Cocq. Eram pessoas filiadas à Scuderie Le Cocq e acusadas de crimes que variavam da receptação de carros roubados à organização de assaltos a banco, passando por assassinatos e tráfico internacional de drogas", diz a reportagem do Jornalistas Livres.


Dimenstein: estado de saúde de Bolsonaro é mais grave e assessores mentem


"A Folha mostra que os assessores enganaram a imprensa sobre a saúde do presidente Jair Bolsonaro. Assessores disseram à imprensa que as náuseas e vômito que Bolsonaro teve no sábado, obrigando-o a colocar uma sonda gástrica, era uma 'reação normal e decorrente da retomada da função intestinal'. A Folha descobriu que não era uma reação normal. A náusea e vômito ocorreram porque o intestino delgado parou de funcionar. É o que se chama de 'íleo paralítico'", informa o jornalista Gilberto Dimenstein, no Catraca Livre
247 – "A Folha mostra que os assessores enganaram a imprensa sobre a saúde do presidente Jair Bolsonaro. Assessores disseram à imprensa que as náuseas e vômito que Bolsonaro teve no sábado, obrigando-o a colocar uma sonda gástrica, era uma 'reação normal e decorrente da retomada da função intestinal'. A Folha descobriu que não era uma reação normal. A náusea e vômito ocorreram porque o intestino delgado parou de funcionar. É o que se chama de 'íleo paralítico'", informa o jornalista Gilberto Dimenstein, no Catraca Livre.
A Folha ouviu especialistas. Abaixo, o relato:
Segundo eles, os sintomas apresentados por Bolsonaro representam uma piora no estado clínico. Um deles diz que, no melhor cenário, não era para acontecer. No quinto dia após a cirurgia, afirma, o paciente deveria estar comendo por boca e evacuando.
Outras hipóteses explicariam a paralisação do intestino como fístula (abertura de algum ponto cirúrgico), infecção, efeitos colaterais de medicamentos (antibióticos ou remédios para dor) ou aderência precoce, ou seja, uma dobra no intestino.
A pior das hipóteses seria a fístula. Se ocorrer, há risco grande de ter que reoperar e refazer a bolsa de colostomia.


Em carta emocionante, neta de Lula pede a libertação do avô


"Há 300 dias nosso pesadelo real começou. Meu avô foi preso. O biso da Analua foi sequestrado, colocado em uma sala e lá esquecido. Sim, esquecido. Somente nós da família sabemos a dor que está sendo vivenciar tudo isso", diz Bia Lula. "Não podemos mais permitir que deixem ele lá, não podemos mais permitir que privem ele do contato com a família e, principalmente, com os netos que, sem entender nada, choram de saudade, perguntam, querem ligar, mas não podem". Lula foi preso há 300 dias para ser impedido de disputar uma eleição presidencial que venceria em primeiro turno
Da revista Fórum – Em carta, divulgada neste sábado (2) no perfil oficial do ex-presidente nas redes sociais, Bia Lula, neta de Lula, pede a libertação do avô.
"Se eu pudesse fazer um desejo meu se realizar, certamente seria o de vê-lo livre para que juntos consigamos viver em paz, ter nossos momentos, devolver a ele tudo que ele sempre mais quis conquistar e preservou enquanto deixaram, sua liberdade".
Mãe de Analua, bisneta do ex-presidente, ela diz que é "desumano" o que está sendo feito com Lula e conta a falta que ele faz à filha.
"Eu, enquanto mãe da pequena grande Analua, sei a dor que é vê-la querendo falar com o "tiso" (ela o chama assim) pelo telefone, e não pode".
Leia a íntegra da carta de Bia Lula.
Há 300 dias nosso pesadelo real começou. Meu avô foi preso.
O biso da Analua foi sequestrado, colocado em uma sala e lá esquecido. Sim, esquecido. Somente nós da família sabemos a dor que está sendo vivenciar tudo isso.
Eu, enquanto mãe da pequena grande Analua, sei a dor que é vê-la querendo falar com o "tiso" (ela o chama assim) pelo telefone, e não pode.
Ela mesma já sabe o que falar de consolo para os momentos em que ela busca por ele. Nesses instantes, ela me olha, pega o telefone, finge ligar pra ele e então fala: "Alô, tiso? é a Lua. Bem? (tudo bem), ahhh tá trabalhando?" e faz cara de chateada.
Automaticamente, ela olha pra mim e fala: "pouxaaaa, tiso tá trabalhando mamãe", com bico no rosto, e então eu explico que o biso é um homem muito bom, generoso e não pode nunca deixar de trabalhar para ajudar as pessoas. Ela então bate palma e grita "êêê tiso, tiso, tiso".
Vocês sabem a dor que é ver uma cena dessas? Vocês sabem o que é ver sua filha querer ter contato com o bisavô dela e não poder? Sua filha abraçar e beijar todos os dias um boneco do bisavô que temos em casa, fazer carinho, falar que sente saudade?
Não desejo para ninguém ver ou sentir o que sinto quando Analua fala sobre ele ou "conversa" com ele pelo telefone. É desumano, é doloroso. Minha filha não merece isso, eu não mereço isso, minha mãe, meus tios e primos também não merecem, mas sobretudo, meu avô, o gigante Luiz Inácio, não merece ser privado desse contato e dessa troca com as pessoas que ele mais ama, com a família que ele lutou para construir.
Se eu pudesse fazer um desejo meu se realizar, certamente seria o de vê-lo livre para que juntos consigamos viver em paz, ter nossos momentos, devolver a ele tudo que ele sempre mais quis conquistar e preservou enquanto deixaram, sua liberdade. Para que ele possa conviver com quem o cerca de amor, carinho, cuidado.
Não podemos mais permitir que deixem ele lá, não podemos mais permitir que privem ele do contato com a família e, principalmente, com os netos que, sem entender nada, choram de saudade, perguntam, querem ligar, mas não podem.
Por favor, libertem ele, façam justiça.
Bia Lula, neta do ex-presidente Lula.
#LulaLivre

Reinaldo: eleição de Alcolumbre foi “vitória de Pirro” para bolsonaristas


O jornalista Reinaldo Azevedo observa que a eleição de Davi Alcolumbre para presidir o Senado não passou de uma 'vitória de Pirro, onde o custo da vitória é maior que o da derrota; "Para quem ainda não entendeu: o governo terá menos trânsito no Senado do que teria com Renan no comando" e que agora "a reforma no Senado ficou mais difícil e mais cara. Se o generalato que pensa e se Guedes estão preocupados, se o PT comemora e se Onyx experimenta uma vitória puramente pessoal, já que tomou uma tunda na Câmara e quis compensar, bem, não dá para dizer que o governo ganhou", afirma
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo observa que "deve haver alguma razão bastante forte para que, neste momento, os militares do governo — o generalato da reserva — e Paulo Guedes não estejam nem um pouco felizes com o que aconteceu no Senado". Alcolumbre teve apenas metade dos votos do Senado — vá lá, um pouco mais. Nos 42, já afirmei, estão cinco da Rede, por exemplo, um partido de oposição, e 8 do PSDB. Só sabemos disso porque a decisão do Supremo foi ignorada. Alguns dos que anunciaram seu voto no vencedor precário e golpista até ontem estavam menos dando satisfação a Onyx — e os havia — do que a patrulheiros das redes sociais", destaca Reinaldo em seu blog no site da RedeTV.
"Para quem ainda não entendeu: o governo terá menos trânsito no Senado do que teria com Renan no comando. Quem realmente torcia para que o governo Bolsonaro se desse mal, vamos ser claros, torcia pela derrota do senador peemedebista. Quer dizer que vai dar errado? Não necessariamente. Mas quer dizer que tudo vai ficar mais difícil. O mundo não é plano, como supõem os tontos. E a Terra não é um disco". Não por acaso, lá com seus botões, que generais e Guedes torcessem por Renan", observa o jornalista.
"A reforma no Senado ficou mais difícil e mais cara. Se o generalato que pensa e se Guedes estão preocupados, se o PT comemora e se Onyx experimenta uma vitória puramente pessoal, já que tomou uma tunda na Câmara e quis compensar, bem, não dá para dizer que o governo ganhou", complementa.


Alcolumbre responde a inquérito por crime eleitoral


"Alcolumbre também responde a um inquérito por crime eleitoral — em sua campanha, em 2014, foram apresentadas notas falsas na prestação de contas à justiça eleitoral. Antes disso, em 2004, ele foi indiciado num inquérito da Polícia Federal que apurou desvios na Saúde", aponta reportagem do DCM
Do DCM – Davi Alcolumbre, candidato apoiado pela Casa Civil do governo Bolsonaro, se elegeu presidente do Senado, com 42 votos, um a mais que o necessário para a eleição.
Renan Calheiros, que havia retirado sua candidatura no meio do processo da segunda votação, teve 5 votos. Espiridião Amim teve 13 votos; Angelo Coronel, 8 votos; senador José Reguffe, 6 votos; Fernando Collor, 3 votos.
Alcolumbre, um senador obscuro até apresentar sua candidatura, representante do Amapá, tem forte ligação com Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil. Os dois são do DEM. A mulher de Lorenzoni está nomeada para um cargo de confiança no gabinete do senador.
Alcolumbre também responde a um inquérito por crime eleitoral — em sua campanha, em 2014, foram apresentadas notas falsas na prestação de contas à justiça eleitoral.
Antes disso, em 2004, ele foi indiciado num inquérito da Polícia Federal que apurou desvios na Saúde.
Renan Calheiros fez um duro discurso ao retirar sua candidatura. Disse que vai permanecer no Senado para defender a democracia.
Disse que houve interferência da Casa Civil no processo eleitoral.
Os votos do PSDB foram decisivos na sua eleição, numa articulação realizada pelo senador Tasso Jereissati.


Davi Alcolumbre, candidato de Bolsonaro, é eleito presidente do Senado


Numa sessão marcada por confusão, uma votação anulada e pela desistência da candidatura pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado; candidato do presidente Jair Bolsonaro, Alcolumbre  recebeu 42 votos;  Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos, Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos
247 - O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado Federal, numa sessão marcada por tensão, confusão, votação anulada por denúncia de fraude e pela desistência da candidatura pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Alcolumbre recebeu 42 votos. Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos, Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos. 
Os senadores Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM) não votaram.
Após uma confusão na apuração dos votos para a Presidência do Senado, os senadores decidiram repetir a eleição na tarde de hoje (2). Na hora da apuração dos votos, foram encontrados 80 envelopes com 80 cédulas e outras duas cédulas avulsas na urna, o que levantou suspeitas sobre fraude nas eleições. O total de senadores é de 81. Após a decisão sobre uma nova eleição, os papeis com os primeiros votos foram triturados. 
No meio da segunda votação, o senador Renan Calheiros anunciou sua desistência da disputa, denunciando irregularidades na declaração de votos por senadores. "Este processo não é democrático", disse Renan, que após citar a decisão da bancada do PSDB de anunciar os votos, bem como do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que anunciou voto em Davi Alcolumbre (DEM-AP); "Eles querem ganhar de qualquer jeito. Mas eu não sou Jean Wyllys. Eu não vou renunciar ao meu mandato", disse
Leia também reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:
Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito hoje (2) em primeiro turno presidente do Senado. O principal opositor de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), retirou a candidatura na tarde de hoje.
Renan Calheiros teve 5 votos. Espiridião Amin (PP-SC) ficou com 13 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) teve 8 votos, Reguffe recebeu (sem partido-DF) 6 votos e Fernando Collor (Pros-AL) ficou com 3 votos
Senador de primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal.
O novo presidente contou com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.
Aos 41 anos, o senador estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar.
É um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa.
Eleição
A eleição para a presidência do Senado foi marcada por um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Ontem (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou que a votação deveria ser secreta.
A eleição foi feita em cédulas e teve que ser realizada duas vezes, pois na primeira apuração foi encontrada uma cédula a mais na urna. Após ser suspensa ontem, a sessão começou hoje por vota das 12h.
Em seu discurso ainda como candidato, Alcolumbre prometeu, se eleito, ampliar a transparência dos atos legislativos e de todos os fatos envolvendo o Senado. "O Senado deve se balizar pelos pilares da independência, transparência, austeridade e protagonismo. Os desafios do atual momento brasileiro são imensos. Por um lado, a complexa crise fiscal exige reformas urgentes a fim de corrigirmos as distorções. Por outro, é preciso reverter a profunda crise política que minou a confiança nos políticos", disse Alcolumbre, acrescentando que o povo clama por um novo modelo de fazer político. "Mais igualitário, mais democrático e com ampla participação cidadão".



Agência que atuou na campanha de Bolsonaro acessou dados sigilosos da Câmara


Agência AM4, responsável pelos disparos em massa de mensagens por meio do aplicativo Whatsapp na campanha presidencial de Jair Bolsonaro, teve acesso a dados sigilosos da Câmara;  em 2016, ainda com Eduardo Cunha como presidente da Casa, a AM4 possuía um contrato que permitia a empresa "tomar conhecimento de informações sigilosas ou de uso restrito da Câmara", incluindo o cadastro de 2,5 milhões de usuários que interagiam com o portal.
247 - A agência AM4, responsável pelos disparos em massa de mensagens por meio do aplicativo Whatsapp na campanha presidencial de Jair Bolsonaro, teve acesso a dados sigilosos da Câmara. De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, em 2016, a AM4 possuía um contrato com a Casa Legislativa graças a uma licitação ganha nos tempos em que Eduardo Cunha era o seu presidente".
No contrato, que tinha como objetivo final fazer um diagnóstico do portal da Câmara, foi incluída uma cláusula pela qual a AM4, por meio de uma de suas empresas a Ingresso Total, que permitia a empresa "tomar conhecimento de informações sigilosas ou de uso restrito da Câmara", incluindo o cadastro de 2,5 milhões de usuários que interagiam com o portal.