domingo, 3 de fevereiro de 2019

Davi Alcolumbre, candidato de Bolsonaro, é eleito presidente do Senado


Numa sessão marcada por confusão, uma votação anulada e pela desistência da candidatura pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado; candidato do presidente Jair Bolsonaro, Alcolumbre  recebeu 42 votos;  Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos, Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos
247 - O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado Federal, numa sessão marcada por tensão, confusão, votação anulada por denúncia de fraude e pela desistência da candidatura pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Alcolumbre recebeu 42 votos. Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos, Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos. 
Os senadores Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM) não votaram.
Após uma confusão na apuração dos votos para a Presidência do Senado, os senadores decidiram repetir a eleição na tarde de hoje (2). Na hora da apuração dos votos, foram encontrados 80 envelopes com 80 cédulas e outras duas cédulas avulsas na urna, o que levantou suspeitas sobre fraude nas eleições. O total de senadores é de 81. Após a decisão sobre uma nova eleição, os papeis com os primeiros votos foram triturados. 
No meio da segunda votação, o senador Renan Calheiros anunciou sua desistência da disputa, denunciando irregularidades na declaração de votos por senadores. "Este processo não é democrático", disse Renan, que após citar a decisão da bancada do PSDB de anunciar os votos, bem como do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que anunciou voto em Davi Alcolumbre (DEM-AP); "Eles querem ganhar de qualquer jeito. Mas eu não sou Jean Wyllys. Eu não vou renunciar ao meu mandato", disse
Leia também reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:
Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito hoje (2) em primeiro turno presidente do Senado. O principal opositor de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), retirou a candidatura na tarde de hoje.
Renan Calheiros teve 5 votos. Espiridião Amin (PP-SC) ficou com 13 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) teve 8 votos, Reguffe recebeu (sem partido-DF) 6 votos e Fernando Collor (Pros-AL) ficou com 3 votos
Senador de primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal.
O novo presidente contou com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.
Aos 41 anos, o senador estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar.
É um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa.
Eleição
A eleição para a presidência do Senado foi marcada por um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Ontem (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou que a votação deveria ser secreta.
A eleição foi feita em cédulas e teve que ser realizada duas vezes, pois na primeira apuração foi encontrada uma cédula a mais na urna. Após ser suspensa ontem, a sessão começou hoje por vota das 12h.
Em seu discurso ainda como candidato, Alcolumbre prometeu, se eleito, ampliar a transparência dos atos legislativos e de todos os fatos envolvendo o Senado. "O Senado deve se balizar pelos pilares da independência, transparência, austeridade e protagonismo. Os desafios do atual momento brasileiro são imensos. Por um lado, a complexa crise fiscal exige reformas urgentes a fim de corrigirmos as distorções. Por outro, é preciso reverter a profunda crise política que minou a confiança nos políticos", disse Alcolumbre, acrescentando que o povo clama por um novo modelo de fazer político. "Mais igualitário, mais democrático e com ampla participação cidadão".



Agência que atuou na campanha de Bolsonaro acessou dados sigilosos da Câmara


Agência AM4, responsável pelos disparos em massa de mensagens por meio do aplicativo Whatsapp na campanha presidencial de Jair Bolsonaro, teve acesso a dados sigilosos da Câmara;  em 2016, ainda com Eduardo Cunha como presidente da Casa, a AM4 possuía um contrato que permitia a empresa "tomar conhecimento de informações sigilosas ou de uso restrito da Câmara", incluindo o cadastro de 2,5 milhões de usuários que interagiam com o portal.
247 - A agência AM4, responsável pelos disparos em massa de mensagens por meio do aplicativo Whatsapp na campanha presidencial de Jair Bolsonaro, teve acesso a dados sigilosos da Câmara. De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, em 2016, a AM4 possuía um contrato com a Casa Legislativa graças a uma licitação ganha nos tempos em que Eduardo Cunha era o seu presidente".
No contrato, que tinha como objetivo final fazer um diagnóstico do portal da Câmara, foi incluída uma cláusula pela qual a AM4, por meio de uma de suas empresas a Ingresso Total, que permitia a empresa "tomar conhecimento de informações sigilosas ou de uso restrito da Câmara", incluindo o cadastro de 2,5 milhões de usuários que interagiam com o portal.

Arilson Chiorato toma posse como Deputado Estadual e inicia trabalhos na Alep


O Deputado Estadual Arilson Chiorato tomou posse na tarde desta sexta (01) na Assembleia Legislativa do Paraná. A solenidade de posse da 19ª Legislatura aconteceu no plenário da Alep.
Familiares, amigos e correligionários estiveram presentes acompanhando o início do mandato do mais novo deputado estadual do Partido dos Trabalhadores do Paraná (PT).
Emocionado, Arilson agradeceu aos votos "Essa conquista só foi possível porque milhares de pessoas acreditam no nosso projeto. Gratidão total a cada um e cada uma que nas últimas eleições nos escolheu como representante na Assembleia. Agora é hora de trabalhar ainda mais!", conta.
Arilson Chiorato foi eleito com 36.497 votos em 334 municípios do Paraná. Para ele, o ano de 2019 deve ser de muito trabalho na Assembleia Legislativa "Nesta segunda (04) acontece a primeira sessão do ano, já chegaremos com vários requerimentos e propostas de trabalho. Estou pronto para lutar pelas causas que viemos defendendo ao longo da campanha eleitoral", salienta.
Eleito pela oposição, Arilson tem uma posição bem clara quanto ao governo estadual "Faremos uma oposição inteligente, sem politicagem. O que for bom para o povo do Paraná terá sempre o meu apoio. Já o que for ruim, lutarei contra. Sem ideologia ou distinção partidária. Meu trabalho é pelo povo paranaense".
Além de Arilson, tomaram posse outros 53 deputados estaduais que compõem a 19ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Paraná. 
O deputado também lembrou que agora vai ter uma rotina dividida entre os trabalhos na Alep em Curitiba e em Apucarana, onde deve implantar um escritório regional "Daqui uns dias vamos inaugurar nosso escritório regional em Apucarana. Assim, estarei em Curitiba nos dias de sessão na Assembleia, e em Apucarana atendendo as pessoas da cidade e da região. Nosso escritório deve ser inaugurado em breve, além de muitas outras novidades que virão", ressalta.
AUTORIDADES PRESENTES
Algumas autoridades estiveram acompanhando a cerimônia, como o prefeito de Ourizona, Rodrigo Amado junto dos vereadores Adenilson Maroldi e Sirlene Nery, o prefeito de Paraíso do Norte, Laércio Freitas e o ex-prefeito Beto Vizotto, prefeito de São Jorge do Ivai, André Bovo, de Paiçandu, Tarcísio Marques e  vereador Wesley Rossi, além do prefeito de Mandaguari, Romualdo Batista, e a vereadora Márcia Serafini, e o ex-prefeito de Itambé, Antônio Carlos Zampar.
Também esteve presente o prefeito de Apucarana Júnior da Femac e o vereador Lucas Leugi. A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Apucarana e região, Marli de Castro, e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário de Apucarana e região, Leonora Batista.
Sindicalistas, ex-vereadores e secretários municipais também prestigiaram o evento.
BIOGRAFIA
Arilson cresceu em Ourizona e  mora em Apucarana, com a esposa Jane e o filho Benício, no bairro Afonso Camargo. Formado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá e mestre em Gestão Urbana pela PUC,  iniciou carreira na administração pública como Secretário de Finanças de Ourizona, passando a consultor tributário e financeiro de vários municípios do Estado.   
Foi também Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral do Paraná, onde trabalhou pelo desenvolvimento econômico e social de várias regiões, sobretudo na AMUVI e na AMUSEP. Recentemente, trabalhou como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná e no Senado Federal, em Brasília.
Da Assessoria de Comunicação


FHC admite derrota feia e possível fim do PSDB


"O PSDB precisa reconhecer que perdeu feio e analisar o porquê disso, bem como atualizar-se. Será capaz? Não sei. O mundo mudou muito, a própria 'social-democracia' é datada", diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoiou o golpe contra a presidente Dilma Rousseff e se omitiu nas eleição presidenciais de 2018, quando não apoiou Fernando Haddad, em razão de sua relação mal resolvida com o ex-presidente Lula, que o sucedeu no cargo e deixou a presidência com a maior aprovação da história do Brasil
247 – "O PSDB precisa reconhecer que perdeu feio e analisar o porquê disso, bem como atualizar-se. Será capaz? Não sei. O mundo mudou muito, a própria 'social-democracia' é datada", diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoiou o golpe contra a presidente Dilma Rousseff e se omitiu nas eleição presidenciais de 2018, quando não apoiou Fernando Haddad, em razão de sua relação mal resolvida com o ex-presidente Lula, que o sucedeu no cargo e deixou a presidência com a maior aprovação da história do Brasil.
Leia abaixo sua coluna deste fim de semana:
E agora?
É preciso reconstruir a confiança entre sociedade e poder. Não parece que o presidente atual tenha essas qualidades
Fazer campanha é uma coisa, governar é outra. O novo governo mal começou, por isso tenho sido cauteloso ao falar dele. Dei algumas entrevistas na França e participei de discussões. Num diálogo na Maison de l'Amérique Latine sobre o último livro de Alain Touraine, quatro ou cinco ativistas pertencentes a um "coletivo" levantaram uma faixa. Nela se lia: "Lula livre!" e algo sobre os "golpistas". Como não fui eu quem mandou prender Lula, foi a Justiça, e jamais participei de golpe algum, vi o "ato" com fleuma. Mas, de ato em ato, se vai formando no subconsciente das pessoas e da mídia a convicção de que houve um golpe no Brasil que destituiu Dilma Rousseff. Estaríamos agora, com a eleição de Bolsonaro, caminhando para o fascismo... As perguntas feitas por alguns jornalistas tinham esse pano de fundo. Que o governo é "de direita" é certo, assumidamente. Que haja fascismo, só com má-fé. Os que ouviram na TV Globo as declarações do general Mourão podem eventualmente discordar, mas nada há de fascismo nelas.
No governo existem tendências autoritárias e gente que vê fantasmas no "globalismo". Também há pessoas que, contra os supostos males da "ideologia de gênero", advogam que meninos usem roupas azuis e meninas, cor-de-rosa. Mais grave, existem pessoas do círculo familiar do presidente que parecem ter relações bem próximas com as milícias cariocas. Já houve quem dissesse, e é certo, que a democracia é como uma planta tenra, precisa ser regada todos os dias. Cuidemos, pois, para evitar o pior. Que a essas tendências se oponham outras, abertamente democráticas.
O governo atual é consequência do medo (da violência que se espraiou), do horror à corrupção política (a Justiça e a mídia mostraram que ela é epidêmica) e da ansiedade pelo "novo". Que temos culpa no cartório, os do "antigo regime", é inegável. Se não culpa pessoal, culpa política. Nesse caso, de pouco adianta bater no peito.
É preciso reconstruir os laços de confiança entre a sociedade e o poder, o que requer liderança e ação institucional. Não parece que o presidente atual tenha as qualidades para tanto. Mas também as oposições estão em jogo: se simplesmente se opuserem a tudo ou aderirem acriticamente ao governo, pobre democracia.
O PSDB precisa reconhecer que perdeu feio e analisar o porquê disso, bem como atualizar-se. Será capaz? Não sei. O mundo mudou muito, a própria "social-democracia" é datada. Ela correspondeu ao que de melhor poderia haver nos marcos do capitalismo industrial, ao longo do século 20: a conciliação entre a "lógica do capital" e os valores da liberdade e da igualdade, do ideal democrático. A expressão dessa conciliação foram os Estados de bem-estar construídos nos países industriais avançados, nos quais se inspiraram líderes e partidos latino-americanos que chegaram ao poder depois do predomínio do autoritarismo na região.
A resposta aos novos desafios é mais difícil – não só no Brasil e na América Latina, também nos "países centrais" – do que foi a resposta social-democrata na época do desenvolvimento capitalista urbano-industrial. Como dar ocupação e renda à maioria da população em economias globalizadas, em que o aumento de produtividade dependerá cada vez menos de mão de obra não especializada e mais de conhecimentos, habilidades, capacidades de adaptação e invenção que podem ser oferecidos por trabalhadores especializados ou máquinas inteligentes? Mesmo que se possa assegurar uma renda mínima decente a todos, como resolver a questão da ocupação das pessoas marginalizadas do mercado de trabalho? São questões para as quais não existem respostas prontas. Mas tampouco o liberalismo econômico as tem. É ilusão acreditar que o crescimento da economia contemporânea solucionará por si os novos desafios da "inclusão social".
E nós, aqui, vamos empurrar a questão da equidade para debaixo do tapete e rezar para que o "mercado" resolva tudo? É a tal tipo de visão que os social-democratas vão aderir? Ou os setores da sociedade fortemente comprometidos com a democracia, com as liberdades e com ideais de maior igualdade e dignidade humana terão forças para atualizar o ideário e abrir caminhos novos? A ver... É esse o enigma que nos espera. Diante dele, xingamentos e conceitos historicamente esvaziados(como o de fascismo) são insuficientes tanto para explicar o que acontece na sociedade quanto para apontar os rumos do futuro.
Nessa falta de rumos tanto o governo como as oposições estão enredados. Até o momento a agenda governamental é a da campanha: bandido bom é bandido morto, cadeia para os corruptos, adesão a outro pensamento único, o de Trump, e assim por diante. Mas a solução para os problemas da criminalidade, da violência, da corrupção, do lugar do Brasil no mundo não admite respostas singelas.
É preciso retomar o ritmo positivo da economia, o que depende de equilibrar as contas públicas e assegurar a solvência do Estado. Por isso, entre as múltiplas questões em pauta a reforma da Previdência prima. Seu andamento depende não apenas de coordenação política no Congresso, uma tarefa complexa, mas também de o governo definir um rumo claro a seguir e convencer a sociedade de que essa reforma é um passo necessário. Não se põe em marcha tal processo sem uma visão convincente sobre para onde se quer conduzir o País.
Esse desafio é não só do governo, mas do País. Portanto, as oposições têm papel em seu encaminhamento e solução. Jogar fora a "pauta social" e substituí-la por outra, "econômica", não nos conduzirá pelo bom caminho. Aderir ao governo para obter vantagens políticas repugna ao eleitorado. Mantenhamos nossas crenças, tomemos posições claras, sem adesismo ao governo nem irresponsabilidade com o País. Sobretudo, imaginemos, critica e criativamente, como atualizar o ideário da social-democracia, cujas fronteiras não se limitam ao PSDB.
*SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA



Prefeitura autoriza ordem de serviço para nova etapa da obra do Centro Cultural Fênix


Recursos do município da ordem de R$ 300 mil serão aplicados na conclusão da fachada do prédio, em melhorias na parte da cobertura/terraço, além de limpeza geral 
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(Fotos: Profeta)
O prefeito em exercício, Junior da Femac, assinou ontem (2) a ordem de serviço para a primeira etapa das obras que irão concluir o projeto que cria o Centro Cultural Fênix, anexo ao Cine Teatro Fênix. Iniciada em novembro de 2007, a reforma do Edifício Fênix estava paralisada desde 2010, quando a empreiteira vencedora da licitação apresentou incapacidades que levaram à rescisão contratual.
Esta etapa da obra, que será executava com recursos próprios do município da ordem de R$ 300 mil, prevê o término da fachada do prédio, onde serão instaladas janelas em esquadria de alumínio e realização de todo o acabamento necessário, como pintura. Também serão feitas melhorias na parte da cobertura/terraço, bem como limpeza geral no interior do edifício, com especial atenção ao primeiro andar. A intenção é deixar este pavimento em condições de já receber atividades desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Cultura.
Foi destacado que esse conjunto de melhorias vai impedir que as pombas continuem adentrando ao prédio e ao mesmo tempo evitar que o que já foi realizado, até a paralisação da obra em 2010, tenha uma deterioração ainda maior.
Dando ênfase a importância da cultura para uma cidade, o prefeito em exercício, Junior da Femac, afirmou que dará continuidade ao grande incentivo que a gestão Beto Preto deu até o momento nesta área. “As nossas escolas municipais de teatro e dança atendem  400 crianças. Estamos aqui assinando a ordem de serviço para melhorar ainda mais esse espaço cultural e ampliar as atividades oferecidas a nossa população”, afirmou Junior da Femac.
Lembrando que o projeto do prédio para abrigar um moderno centro cultural ficou parado 10 anos e da dificuldade enfrentada pela atual administração para solucionar entraves burocráticos e jurídicos, Junior anunciou que outras etapas da reforma virão na sequência. “Vamos colocar mais dinheiro para terminar toda essa obra”, destacou.
A secretária da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur), Maria Agar, fez um relato dos avanços da cultura na atual gestão municipal e anunciou a criação da Escola Municipal de Música, que irá oferecer aulas gratuitas para população, a exemplo do que já acontece com a Escola Municipal de Dança e Escola Municipal de Teatro.
“Esta primeira etapa da reforma do prédio que dará lugar ao nosso Centro Cultural Fênix, é um marco, mais um grande incentivo que administração dos prefeitos Beto Preto e Junior da Femac na promoção da cultura no nosso município”, avalia Maria Agar.
A solenidade de assinatura da ordem de serviço, realizada no hall do Cine Teatro Fênix, teve a participação de vereadores, do secretariado municipal e de representantes grupos ligados a setor cultural e artístico da cidade. O momento de bênção foi protagonizado pelo padre Luizinho Pereira e pastor André, da igreja Universal.
Obra parada há 10 anos
Iniciada em novembro de 2007, a reforma do edifício está paralisada desde 2010, quando a empreiteira vencedora da licitação apresentou incapacidades que levaram à rescisão contratual. Em 2015, diante das dificuldades de obtenção de cerca de R$1 milhão em recursos para a continuidade e conclusão da obra, a prefeitura anunciou mudanças em relação ao projeto original, que passou a ser chamado de “Centro Cultural Fênix”.
Assim, a área de 1.580 metros quadrados do Edifício Fênix, que inclui os três pavimentos do prédio – térreo e dois andares superiores – e mais o terraço, quando concluído deverá contar com ambientes para biblioteca municipal e museu. Outras áreas já existentes, como a administração do Cine Teatro Fênix e o auditório, permanecem. O local também vai garantir a acessibilidade a deficientes físicos e idosos, com a implantação de um elevador.
Poltronas restauradas
As 492 poltronas do Cine Teatro Fênix, principal palco cultural de Apucarana, foram totalmente revitalizadas no ano passado. O investimento público na benfeitoria foi na ordem de R$91 mil, com recursos livres da prefeitura.
Sob administração municipal, o Cine Fênix foi a maior sala de cinema da cidade entre as décadas de 1960 e 1990. No início dos anos 2000, foi totalmente revitalizado dentro de um programa estadual chamado “Velho Cinema Novo” e, desde então, as poltronas não haviam recebido nenhum outro tipo de reforma.



Eixo viário na região norte abre nova opção de acesso a Apucarana


Obra que interliga o Dom Romeu, Araucárias e Ponta Grossa foi inaugurada neste sábado 

(Fotos: Profeta)
A partir de agora, motoristas que trafegam no sentido Arapongas-Apucarana terão uma nova alternativa viária, evitando congestionamentos em horários de pico, na Avenida Brasil (trecho urbano da BR-369). Isso será possível acessando a Rua Alumínio, na altura do viaduto no Parque Industrial Norte, e na sequência, as ruas São Tomé e Rafael Sorfile, chegando até a Avenida Central do Paraná.
“Com o novo eixo viário da região norte da cidade, as pessoas poderão evitar as longas filas de veículos que se formam do trevo de acesso ao Núcleo Afonso Camargo até o “bonezão”, principalmente após as 18 horas”, explica o prefeito em exercício Junior da Femac.
Segundo ele, a interligação do Jardim Ponta Grossa com o Araucária e o Dom Romeu, foi planejada e executada pelo prefeito licenciado Beto Preto. Foram investidos R$ 670 mil, com recursos próprios do Município para viabilizar as obras.
O projeto incluiu serviços de drenagem, melhorias em barragem (área alagada), calçadas, arborização, sinalização vertical e horizontal, iluminação e pavimentação asfáltica das ruas Rafael Sorfile (Jardim Ponta Grossa), São Tomé (Dom Romeu Alberti) e a travessia entre o Residencial Araucárias e o Ponta Grossa.
“Essa é mais uma etapa do Programa Interbairros, que foi levado para todas as regiões da cidade, reduzindo distâncias e aproximando as pessoas”, ressaltou Junior da Femac, na solenidade de inauguração realizada na manhã de ontem na Rua São Tomé, situada no Núcleo Dom Romeu Alberti.
O presidente da Associação de Moradores do Dom Romeu, “Magrão” Cunha, agradeceu em nome das famílias do bairro. “Esperamos por essas obras por mais de trinta anos e só agora na gestão do Beto preto e do Junior da Femac fomos atendidos”, discursou o líder do bairro.
O presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Molina, destacou que as obras foram viabilizadas com recursos próprios da prefeitura, com planejamento e economia. “Esse evento é uma forma de prestar contas dos recursos gerados aos contribuintes”, frisou Molina.
O prefeito em exercício Junior da Femac disse que essas obras são emblemáticas na gestão do Beto Preto. “Tudo foi viabilizado do bairro para o centro, atendendo todas as regiões da cidade, encurtando distâncias e aproximando as pessoas”, argumentou Junior.
Ele concluiu reiterando que “Apucarana vive um momento de união, abrindo novos caminhos para o desenvolvimento, com boa gestão do dinheiro público e ótimas perspectivas com a força política representada por dois deputados estaduais e um secretário no Governo Ratinho Junior”.


sábado, 2 de fevereiro de 2019

Maia é reeleito presidente da Câmara com 334 votos


Seguindo as previsões, o deputado federal Rodrigo Maia, candidato do DEM e que recebe o apoio do PSL, partido de Bolsonaro, vai ocupar pela terceira vez seguida a presidência da Câmara dos Deputados; ele foi eleito na noite desta sexta para mais um mandato de dois anos; Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o candidato do bloco da esquerda, recebeu 50 votos
247 - Seguindo as previsões, o deputado federal Rodrigo Maia, candidato do DEM e que recebeu o apoio do PSL, partido de Bolsonaro, vai ocupar pela terceira vez seguida a presidência da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito na noite desta sexta-feira 1 para mais um mandato de dois anos, com 334 votos. Marcelo Freixo, do PSOL, o candidato do bloco da esquerda, recebeu 50 votos. O segundo mais votado, antes de Freixo, foi Fábio Ramalho (MDB-MG), que teve 66 votos.
Confira o resultado da eleição:
Rodrigo Maia (DEM-RJ): 334 votos

Fábio Ramalho (MDB-MG): 66 votos
Marcelo Freixo (PSOL-RJ): 50 votos
João Henrique Caldas (PSB-AL): 30 votos
Marcel Van Hattem (Novo-RS): 23 votos
Ricardo Barros (PP-PR): 4 votos
General Peternelli (PSL-SP): 2 votos
Branco: 3 votos

Leia mais na reportagem da Agência Câmara:
Rodrigo Maia é eleito para novo mandato como presidente da Câmara dos Deputados


Pela terceira vez consecutiva, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) vai ocupar a Presidência da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito em 1º turno para o biênio 2019-2020, com 334 votos.

Rodrigo Maia derrotou outros seis candidatos que concorreram como avulsos: Fábio Ramalho (MDB-MG), que teve 66 votos; Marcelo Freixo (Psol-RJ), com 50 votos; JHC (PSB-AL), com 30 votos; Marcel Van Hattem (Novo-RS), com 23 votos; Ricardo Barros (PP-PR), com 4 votos; e General Peternelli (PSL-SP), com 2 votos.
Maia foi candidato oficial do bloco PSL, PP, PSD, MDB, PR, PRB, DEM, PSDB, PTB, PSC e PMN.
Perfil
Atualmente no sexto mandato como deputado federal, Maia já foi líder do partido; ocupou cargos em comissões, como a presidência da Comissão Especial da Desvinculação de Receitas da União (DRU); e foi relator de diversos projetos na Casa, como o da proposta da reforma política em 2015. Nascido em 1970, ele já foi secretário de governo na prefeitura do Rio de Janeiro.
A primeira vez que ocupou o cargo de presidente da Câmara foi em 2016, quando foi eleito para um "mandato tampão" de seis meses, em substituição ao ex-deputado Eduardo Cunha, que havia sido eleito para o biênio 2015-2016. Cunha foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), renunciou ao cargo e depois foi cassado pela Câmara. Em fevereiro de 2017, Maia se elegeu para um mandato de dois anos.


Reinaldo: Alcolumbre, que quer o comando do Senado, é chefe da mulher de Lorenzoni


Jornalista Reinaldo Azevedo destaca que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), preferido do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para presidir a Casa Alta e que "usurpou a Presidência para depois rasgar seu regimento, é o chefe da jovem "esposa", como fica bem dizer nos gabinetes de Brasília, do ministro da Casa Civil"."Se Alcolumbre é chefe da mulher de Lorenzoni e se Lorenzoni vira chefe de Alcolumbre, então Lorenzoni consegue ser chefe da própria mulher", avalia
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo destaca, em seu blog no site da RedeTV, que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), preferido do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para presidir a Casa Alta e que "usurpou a Presidência da Casa para depois rasgar seu regimento, é o chefe da jovem "esposa", como fica bem dizer nos gabinetes de Brasília, do ministro da Casa Civil".
Azevedo relembra que "no dia 22 de novembro, Onyx se casou com Denise Veberling, que ocupa cargo de confiança no gabinete de Alcolumbre desde 2016". Se Alcolumbre é chefe da mulher de Lorenzoni e se Lorenzoni vira chefe de Alcolumbre, então Lorenzoni consegue ser chefe da própria mulher", analisa o jornalista.
"É o que se chama de "família tradicional", verdadeiramente bíblica", ironiza.

Bolsonaro pode ser levado a sacrificar o filho


"Vai depender de como o governo vai se posicionar a partir de agora [...]. Se o governo agir dessa forma, e de certa forma agir como Abraão – que ofereceu o seu filho em sacrifício [a Deus] –, pode ser inclusive que o governo saia inclusive fortalecido, dado que a população pode se solidarizar com o presidente", diz Carlos Pereira, professor de Economia Política e de Políticas Públicas, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas
Sputinik – A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em manter na 1ª instância as investigações do ex-PM Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), podem obrigar o presidente Jair Bolsonaro a seguir uma passagem bíblica para se descolar do caso, segundo um analista ouvido pela Sputnik Brasil.
Ao manter o caso na Justiça do Rio de Janeiro e as investigações sob o comando do Ministério Público fluminense (MP-RJ), o ministro do Supremo aumentou a pressão sobre o filho mais velho do presidente, que nega envolvimento no caso, mas tentou anular provas já colhidas envolvendo movimentações suspeitas de R$ 1,2 milhão de Queiroz.
Ouvido pela Sputnik Brasil, o professor de Economia Política e de Políticas Públicas Carlos Pereira, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EBAPE-FGV), avaliou que o episódio é sério e possui potenciais complicações ao presidente. Porém, ele vê uma estratégia possível para Bolsonaro se fortalecer.
"Vai depender de como o governo vai se posicionar a partir de agora [...]. Se o governo agir dessa forma, e de certa forma agir como Abraão – que ofereceu o seu filho em sacrifício [a Deus] –, pode ser inclusive que o governo saia inclusive fortalecido, dado que a população pode se solidarizar com o presidente", comentou Pereira.
O docente da FGV ressaltou que, ao "entregar" o filho para que responda à Justiça por eventuais erros cometidos no caso Queiroz, Bolsonaro poderia colher dividendos políticos. Apesar de elogiar o fato do atual governo não ter tentado interferir nas investigações, que começou após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar as movimentações do ex-assessor de Flávio, Pereira mencionou que o presidente pode ter problemas adiante.
"O problema maior do presidente Jair Bolsonaro eu acho que é não dispor no Congresso de uma base sólida, estável e majoritária que sirva de anteparo à eventuais acusações que venham a surgir, não só em relação ao seu filho, mas em outras áreas. Normalmente se pensa que é importante se ter uma base majoritária e sólida no Congresso para se aprovar o que quer, mas muitas vezes é importante ter uma base sólida justamente para se aprovar ou para se obstaculizar o que não quer", avaliou.
"Quando o presidente não tem esse escudo protetor no Congresso, fica muito vulnerável a potenciais escândalos, investigações, CPIs, então acho que rapidamente o presidente Bolsonaro tem que aprender a necessidade de construir essa base de sustentação sólida e majoritária no Congresso para poder evitar ser tão suscetível a escândalos e a vulnerabilidades que normalmente surgem diante de um mandato presidencial", acrescentou.
A eleição do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) para mais um mandato como presidente da Câmara dos Deputados pode ser visto como um bom sinal para Bolsonaro (a situação no Senado segue indefinida). Contudo, a falta de uma maior solidez no Legislativo deve custar mais caro ao governo, na visão do professor da FGV.
"Se ele [Bolsonaro] tivesse construído essa base desde antes, estabelecido quais seriam os termos de negociação, quais moedas estariam sendo trocadas e com quais objetivos, se ele tivesse tido esse diálogo franco com a sociedade, utilizando-se do seu carisma, de seu contato direto com a sociedade ao invés de demonizar o presidencialismo de coalizão como ele fez, dizendo que ia criar uma nova política... então agora, mesmo que o presidente aprenda rapidamente, tente construir essa base, já vai ser em condições inferiores do que seria se ele tivesse definido isso desde o início do seu governo", explicou.
Para Pereira, a única certeza até aqui exposta pelo caso envolvendo Queiroz e Flávio Bolsonaro é a de que as instituições de controle e fiscalização no Brasil são sólidas e independentes, capazes de "constranger políticos e governos". Bom para o país, pior para o senador que, para Pereira, encontra-se em uma situação bastante delicada neste momento.
"Acho que é uma afirmação de que as instituições de controle estão firmes, altivas e independentes, capazes de constranger inclusive o novo governo. E com a continuidade dessas investigações, do que já sabemos e já foi divulgado, a situação do senador é muito delicada, porque a sucessão de depósitos e movimentações financeiras suspeitas, mesmo por caixa eletrônico, com valores muito similares, e bem como as supostas vinculações do senador com seu assessor e também com pessoas vinculadas à milícia no Rio de Janeiro torna a posição do senador muito delicada. Essas investigações tendem a vulnerabilizá-lo ainda mais", finalizou.


Fernanda Torres desnuda o caráter grotesco do bolsonarismo


"Brasil, ame-o ou deixe-o. Holandês masturba o filho desde bebezinho. Árabe é terrorista. Tirando americano, não dá para confiar em alemão, francês, belga, sueco, mexicano e muito menos em uruguaio e argentino. Chinês, então... Deus me livre de chinês", escreveu a atriz Fernanda Torres, em artigo publicado neste sábado, sobre o circo montado por Jair Bolsonaro no Brasil
247 – "Brasil, ame-o ou deixe-o. Holandês masturba o filho desde bebezinho. Árabe é terrorista. Tirando americano, não dá para confiar em alemão, francês, belga, sueco, mexicano e muito menos em uruguaio e argentino. Chinês, então... Deus me livre de chinês", escreveu a atriz Fernanda Torres, em artigo publicado neste sábado, na Folha de S. Paulo, sobre o circo montado por Jair Bolsonaro no Brasil
"É Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, o resto é globalismo marxista. Vade retro, Satanás! É acender uma vela para o santo Trump e torcer para isso aqui não virar a Venezuela. É avançar no que sobra da Amazônia, cortar madeira de lei e explorar o subsolo. É organizar as milícias de bem, ensinar moral e civismo no fundamental e partir para o abraço", prosseguiu. "Enfim, foi um mês extraordinário. Faltam mil quatrocentos e poucos dias para botar o país nos eixos. É manter o leme firme e não perder o norte. Segura na mão de Deus!"


Mourão agenda entrevistas e cativa a mídia, enquanto Bolsonaro a ataca


Em campanha para se viabilizar como nome moderado e palatável para exercer a presidência, enquanto Jair Bolsonaro se consolida como bode na sala, o vice-presidente Hamilton Mourão marcou uma maratona de entrevistas para a próxima semana, com veículos como Bloomberg, Wall Street Journal, RTP, The Economist e Reuters; enquanto isso, o clã Bolsonaro segue refugiado nas redes sociais e em empresas amigas, como Record e SBT; a guerra entre os dois se intensifica
247 – "As pressões para que o vice-presidente, general Hamilton Mourão, adote postura mais discreta e silenciosa não surtiram efeito. Só na próxima semana ele dará entrevista para os seguintes veículos: Bloomberg, Wall Street Journal e RTP (Rádio e Televisão de Portugal). Na semana seguinte, Mourão falará com a revista The Economist e com a agência de notícias Reuters. Na quinta (1º), ele deu entrevista ao jornal El País — em espanhol, língua que, como o inglês, fala com fluência", informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo.
"Mourão tem atendido todos os veículos com gentileza. Ele inclusive mandou instalar uma sala para os repórteres que cobrem a vice-presidência, com ar-condicionado, café, água e tomadas para que recarreguem computadores e celulares. A postura é oposta à do entorno mais próximo de Jair Bolsonaro, que ataca quase diariamente a mídia crítica ao governo", diz ela.
Ou seja:  Mourão segue em campanha para se viabilizar como nome moderado e palatável para exercer a presidência, enquanto Jair Bolsonaro se consolida como bode na sala e a guerra entre os dois se intensifica.


Presidente do STJ suspende andamento da Operação Rádio Patrulha

Foto: Geraldo Bubniak/AGB

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, suspendeu o andamento da Operação Rádio Patrulha contra o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e o ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa. A ação penal está suspensa até que seja julgado o mérito do habeas corpus impetrado em favor dos dois. Ainda não há data para que a Sexta Turma analise o recurso, sob relatoria da ministra Laurita Vaz.
A decisão é desta quinta-feira (31), quando Noronha mandou soltar Beto Richa, que havia sido preso no âmbito da Operação Integração – braço da Lava Jato. No mesmo despacho, o ministro expediu uma ordem de salvo-conduto em favor dos irmãos Richa.
A Operação Rádio Patrulha investiga pagamentos de propina no programa “Patrulha do Campo”, responsável por obras em estradas rurais do estado. Os irmãos são investigados pelos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, que teriam sido praticados entre 2011 e 2018.
Até o julgamento do habeas corpus, o STJ determinou que o juízo estadual responsável pelo caso poderá apenas praticar atos estritamente necessários à preservação de provas. “Pelo exposto, defiro a liminar pleiteada para determinar a suspensão da prática de quaisquer atos, salvo os estritamente necessários à preservação de provas, na ação penal”, diz o despacho.
De acordo com as defesas de Beto e Pepe, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) sonegou de forma “explícita” documentos fundamentais ao exercício de defesa. Os advogados alegam que 62 testemunhas foram arroladas para prestarem depoimentos sobre o caso na próxima semana,  “sem que documentos essenciais ao exercício de defesa dos pacientes tenham sido juntados aos autos”.
Conforme o ministro, é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
“Esse enunciado se aplica à espécie, na medida em que a alegação posta é de que teriam sido omitidos documentos essenciais à defesa dos impetrantes”, afirmou o ministro.
Segundo Noronha, se o que a defesa alega vier a ser confirmado, será difícil negar a ocorrência de cerceamento de defesa no caso.
Fonte: Paranaportal