terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Filho de Bolsonaro ironiza exílio de Jean Wyllys, ameaçado de morte por milicianos ligados ao clã


Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tentou amenizar o exílio do parlamentar Jean Wyllys (PSol-RJ), ao citar um caso de ameaça ao senador Magno Malta (PR-ES) feito por Marcelo Valle Silveira Mello, preso e condenado a 41 anos de prisão por vários crimes; filho do presidente Jair Bolsonaro tenta desviar atenção para o fato de que o pessolista também foi ameaçado por milicianos ligados ao clã Bolsonaro; "O mesmo homem que ameaçou Jean Wyllys também ameaçou Magno Malta, está no processo judicial. Será que @MagnoMalta também vai sair do Brasil?", questionou
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tentou amenizar o exílio do também deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), ao citar um caso de ameaça ao senador Magno Malta (PR-ES) feito por um rapaz identificado como Marcelo Valle Silveira Mello, preso e condenado a 41 anos de prisão entre vários crimes. O filho do presidente Jair Bolsonaro tenta desviar atenção para o fato de que o pessolista tem sido ameaçado por milicianos ligados ao clã Bolsonaro.
Mello ameaçou Malta e Wyllys de atentados caso ambos não renunciassem. "O mesmo homem que ameaçou Jean Wyllys também ameaçou Magno Malta, está no processo judicial. Será que @MagnoMalta também vai sair do Brasil? Outra coisa, como dizer que o Estado foi omisso se o réu foi condenado a 41 anos de prisão por terrorismo, racismo e pedofilia em 2018?!", disse Eduardo Jair Bolsonaro no Twitter.
No sábado (26), o Ministério da Justiça informou que Silveira Mello foi preso em 2018 em uma operação da Polícia Federal e condenado recentemente por crimes como terrorismo, divulgação de imagens envolvendo pedofilia e racismo. Em nota, a pasta afirmou que Mello fazia parte do grupo autointitulado "Homens Sanctos", e usava um nome falso para fazer ameaças.
Neste mês, a polícia do Rio prendeu milicianos suspeitos de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSol). A mãe de um deles - o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega -, que está foragido, trabalhou no gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio. O parlamentar também já tinha feito homenagens ao policial.
Jair Bolsonaro também foi o único presidenciável que não comentou o assassinato de Marielle durante a campanha eleitoral. 



Articulador de Bolsonaro é lobista de mineradoras


Ligado ao lobby de empresas de mineração, o articulador político do governo Bolsonaro no Senado, Leonardo Quintão (MDB) operou mudanças na medida provisória (MP) que criou a Agência Nacional de Mineração (ANM); ele retirou dois dispositivos que aumentariam a fiscalização de barragens de rejeitos, como a que rompeu em Brumadinho, causando 65 mortes até o momento; Quintão é deputado federal por Minas Gerais, mas não foi reeleito e passará a atuar a partir de fevereiro como secretário especial da Casa Civil para o Senado
247 - Ligado ao lobby de empresas de mineração, o articulador político do governo Bolsonaro no Senado, Leonardo Quintão (MDB) operou mudanças na medida provisória (MP) que criou a Agência Nacional de Mineração (ANM). Ele retirou dois dispositivos que aumentariam a fiscalização de barragens de rejeitos, como a que rompeu em Brumadinho, causando 65 mortes até o momento. Quintão é deputado federal por Minas Gerais, mas não foi reeleito e passará a atuar a partir de fevereiro como secretário especial da Casa Civil para o Senado.
A reportagem do jornal Valor destaca que "o governo propôs na época que o novo órgão pudesse credenciar empresas e técnicos a emitirem laudos sobre a segurança e estabilidade das barragens, como forma de contornar a falta de pessoal e verbas para fiscalização, e a criação de uma taxa que financiaria as atividades da agência e que teria, entre suas atribuições, custear vistorias técnicas presenciais nos diques."
A matéria ainda afirma que Quintão "foi o relator da MP que substituiu o hoje extinto Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) pela ANM e retirou esses dois artigos sem maiores explicações ao apresentar o parecer sobre o projeto, aprovado pela comissão especial no fim de 2017."
E acrescenta: "a autorização para que a futura agência pudesse credenciar pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para expedição de laudos, pareceres ou relatórios que demonstrem o cumprimento dos requisitos e das exigências para mineração, 'inclusive quanto a segurança e a estabilidade de barragens de mineração', desapareceu da MP."


Comitê de Saúde vai monitorar ocorrências de febre amarela

(Foto: Diogo Pracz de Oliveira/SESA)

A Secretaria da Saúde do Paraná montou um comitê operacional para enfrentamento da febre amarela no Estado, desde a investigação de casos, intensificação da vacinação e tratamento aos doentes. O Centro de Operações em Emergências em Saúde (Coes) está focado, neste momento, nos sete municípios da 1ª Regional de Saúde, onde o vírus da doença foi confirmado em macacos encontrados mortos em Antonina.
Em videoconferência realizada na manhã desta segunda-feira (28), com as 22 Regionais de Saúde do Paraná, foi reforçada a necessidade de vacinar a população em todo o Estado, na faixa etária de 9 meses a 59 anos. A Superintendência de Atenção à Saúde também está levantando, junto a cada município, a capacidade de monitorar e atender eventuais casos.
“Além das providências que estamos tomando, é sempre preciso alertar a população para que não deixe de tomar a vacina”, lembra João Luís Crivellaro, da Superintendência de Vigilância em Saúde. Ele explica que a vacina precisa de 10 dias para começar a fazer efeito; e é a única forma de evitar a doença. O uso de repelente também é indicado.
Os macacos encontrados mortos estavam na localidade de Morro Queimado, em Antonina, um local de circulação de praticantes de eco-turismo. Os exames que confirmaram a circulação do vírus mostraram o resultado positivo em apenas dois dias.
Os sintomas são febre com início súbito em pessoas que nunca tomaram a vacina contra a febre amarela ou com vacinação há menos de 10 dias e que tenham estado em áreas de matas, rios ou áreas de circulação viral comprovada nos últimos 15 dias.
Essas condições devem estar associadas a outros dois ou mais sinais, como cefaleia, náusea, vômitos, dor articular, dor abdominal, dor lombar, icterícia ou hemorragias.
Fonte: Assessoria de Comunicação/SESA

EUA planejam enviar cinco mil soldados à Colômbia visando a Venezuela


Os planos intervencionistas e de agressão militar dos Estados Unidos na Venezuela vieram mais uma vez à tona nesta segunda-feira (28), quando o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, deixou à mostra as anotações em seu caderno, no momento em que anunciava à imprensa as novas sanções contra a Venezuela; no caderno estava escrito "5.000 soldados na Colômbia"
247 - Os planos intervencionistas e de agressão militar dos Estados Unidos na Venezuela vieram mais uma vez à tona nesta segunda-feira (28), quando o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, deixou à mostra as anotações em seu caderno, no momento em que anunciava à imprensa as novas sanções contra a Venezuela. No caderno estava escrito "5.000 soldados na Colômbia".
Além da tentativa de isolamento diplomático do governo constitucional e legítimo do presidente venezuelano Nicolás Maduro e da operação de estrangulamento econômico, comercial e financeiro, o governo de Donald Trump pode estar preparando a intervenção militar contando com a colaboração da Colômbia, país vizinho da Venezuela, governado pelo presidente de extrema-direita, Iván Duque, que se comporta como inimigo do país bolivariano.
Durante a entrevista coletiva em que ficaram à mostra as anotações, Bolton reiterou que "todas as opções" estão sobre a mesa, deixando entrevisto que os Estados Unidos cogitam uma operação de guerra como meio para derrubar o governo de Maduro.
O governo colombiano declarou, através de seu chanceler, Carlos Holmes Trujillo, que desconhece o sentido das anotações de Bolton.
"Com relação à menção da Colômbia no caderno que o senhor John Bolton tinha em mãos, o objetivo e a razão dessa anotação são desconhecidos", disse o chanceler.
Ao mesmo tempo, Trujillo reafirmou a posição colombiana de seguir as decisões golpistas e intervencionistas do chamado Grupo de Lima sobre a Venezuela.
Ele também destacou que a Colômbia continuará a manter entendimentos com os EUA, "essa nação amiga, em questões bilaterais, regionais e globais".


Fim de subsídio ao crédito agrícola desperta crítica entre aliados


No Plano Safra de 2018/2019, a taxa de juro cobrada no Pronamp - um dos principais programas, que atende produtores com renda bruta anual de até R$ 2 milhões - é de 6% ao ano

O plano do governo de cortar os subsídios ao crédito agrícola enfrenta resistências até entre os aliados do presidente Jair Bolsonaro. Vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e deputado estadual eleito pelo PSL paulista, Frederico D'Ávila discorda da forma como o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil prometem desmontar as subvenções. "Não adianta cortar subsídios com a promessa de fortalecer o seguro agrícola sem oferecer algo efetivo substituir o modelo atual. Não é coisa que se faça do dia para a noite."
No Plano Safra de 2018/2019, a taxa de juro cobrada no Pronamp - um dos principais programas, que atende produtores com renda bruta anual de até R$ 2 milhões - é de 6% ao ano.
O porcentual está abaixo da Selic, hoje em 6,5%. "A taxa média de retorno da atividade agrícola varia de 8% a 12%. Não dá para pegar crédito a juro de mercado de 9% ou 10%. Na Europa o juro agrícola é zero e, nos EUA, não passa de 2%", aponta D'Ávila. Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: Notícias ao Minuto

Assessor que culpou imprensa por cancelamento de entrevista de Bolsonaro é exonerado

Foto: Christian Clavadetsche

O assessor de imprensa Tiago Pereira Gonçalves, que atribuiu à “abordagem antiprofissional da imprensa” o cancelamento da entrevista do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, foi exonerado nesta segunda-feira (28).
A sua saída foi publicada no “Diário Oficial da União”. Ele trabalhava no Palácio do Planalto desde agosto do ano passado, na administração do ex-presidente Michel Temer. Antes, trabalhou com o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP).
No período eleitoral, ele fez diversas postagens críticas ao hoje presidente. O assessor de imprensa também compartilhou um vídeo favorável à campanha #EleNão, que mobilizou artistas e pessoas comuns na campanha eleitoral com motivos para não votar no então presidenciável.
Na semana passada, em Davos, Gonçalves afirmou a repórteres que aguardavam Bolsonaro no hotel que o cancelamento da entrevista coletiva se deu devido à “abordagem antiprofissional da imprensa”
Após a repercussão do motivo do cancelamento, ele usou o Twitter para reclamar da postura do repórter Lucas Neves, da Folha de S.Paulo, que o citou nominalmente na reportagem. Gonçalves apagou a postagem.
Fonte: Paranaportal

No Paraná, três barragens de rejeitos de minério são monitoradas

Foto: EBC

Após o rompimento da barragem em Brumadinho, e três anos depois da tragédia de Mariana, a preocupação com as barragens retorna de maneira mais preocupante.
No Paraná há 461 barragens, destas três são de rejeitos de minério.  As barragens estão localizadas em Figueira, Campo Magro e Adrianópolis, segundo o gerente regional da Agência Nacional de Mineração Hudson Calefe, somente a de Adrianópolis tem rejeitos líquidos.
“A barragem de Figueira é de carvão mineral. Estão terminando a exploração de minério naquela região. Estamos tirando do circuito de fiscalização porque ela seca. A de Campo Magro é extração de ouro, que também é seca, o que vem junto com o ouro é areia. Em Cerro Azul, na região de Adrianópolis, o mineral que eles tiram é fluorita, que pode fazer tinta, entre outras coisas. Essa barragem é úmida.
Ainda de acordo com Calefe, a barragem de Adrianópolis está sob controle.
“Está sob controle absoluto. Não só nosso, que é obrigatório fazer pela empresa. Eles precisam registrar sempre que eles contratam e a cada 15 dias eles tem inserir no programa da Agência Natural da Mineração o controle que eles estão fazendo. A úmida que temos ali é bem tranquila”, disse.
O gerente da regional Paraná da Agencia de Mineração explica que ela não representa perigo, pois não há comunidade residindo no entorno da barragem. “Essa única úmida que temos, não tem população ao redor, é só a mineradora”.
Hudson Calefe acredita que apesar de todo o controle realizado pela Agencia Nacional de Mineração e no Paraná com o auxílio do IAP, mesmo com protocolos rígidos para concessão e fiscalização, o governo federal deverá rever esses protocolos em relação as barragens no pais.
“Os protocolos são super rígidos, mas ainda devem ser revistos. A Agência Nacional de Brasília precisa rever os protocolos. Não deixar a população perto. A Agência dá a licença para explorar o minério em conjunto com a licença de operação do Instituto Ambiental do Paraná”.
De acordo com a Agencia Nacional de Mineração no Paraná, todo o controle operacional das barragens no estado é realizado pessoalmente com vistorias, a última foi realizada em meados de dezembro. Além disso todo o aparato tecnológico disponível é utilizado para abastecer uma base de dados em Brasília para monitorar a atividade das barragens.
Fonte: Paranaportal

Samarco deve R$ 350 milhões ao Ibama por desastre em Mariana


Três anos após o crime-catástrofe da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a Samarco (que tem a Vale como uma de suas acionistas) ainda não pagou nenhum centavo de multa ambiental ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); as informações são do próprio instituto, que ainda informou ter instaurado 25 autos de infração que totalizaram a quantia de R$ 350,7 milhões de multas à mineradora
247 - Três anos após o crime-catástrofe da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a Samarco (que tem a Vale como uma de suas acionistas) ainda não pagou nenhum centavo de multa ambiental ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). As informações são do próprio instituto, que ainda informou ter instaurado 25 autos de infração que totalizaram a quantia de R$ 350,7 milhões de multas à mineradora.
A reportagem do jornal O Globo destaca que "os dados revelam a dificuldade que o governo federal tem para punir grandes empresas, mesmo após desastres, como o rompimento de barragens de rejeitos em Brumadinho (MG), que já levou a pelo menos 65 mortes e 279 desaparecidos. No episódio da última sexta-feira, o Ibama já multou a Vale em R$ 250 milhões, por meio de cinco autos de infração."
"No caso de Mariana, a dificuldade para receber o valor das multas ambientais, segundo o próprio Ibama, vem dos recursos apresentados pela Samarco. De acordo com o órgão, a mineradora recorreu de todos os autos de infração e, mesmo após o órgão confirmá-los no âmbito administrativo, a empresa insiste em recorrer 'buscando afastar sua responsabilidade pelo desastre', afirmou o Ibama em nota."


Vale doa migalhas a quem teve parente morto


A Vale vai doar R$ 100 mil para cada família que teve um parente morto na tragédia gerada com o rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. Segundo a empresa, trata-se de doação, e não de indenização
Agência Brasil – A Vale vai doar R$ 100 mil para cada família que teve um parente morto na tragédia gerada com o rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. As doações serão repassadas a partir de hoje (29). Segundo a empresa, trata-se de doação, e não de indenização. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foram confirmadas 60 mortes em decorrência do rompimento da barragem na Mina Feijão. Outras 292 pessoas estão desaparecidas.
A doação foi informada em coletiva de imprensa concedida no Rio de Janeiro por Luciano Siani, diretor-executivo de finanças e relações com investidores da Vale. "Isso nada tem a ver com indenização, que serão valores muito maiores", destacou ele. Luciano afirmou que os pagamentos serão realizados já a partir de amanhã (29).
Members of a rescue team carry a body recovered after a tailings dam owned by Brazilian mining company Vale SA collapsed, in Brumadinho, Brazil January 28, 2019. REUTERS/Washington Alves

Empresa esclarece que os R$ 100 mil são doação, e não indenização para aqueles que perderam parentes em Brumadinho. Pagamento começa nesta terça-feira - Washington Alves/Reuters/Direitos Reservados
O diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, disse que está assegurado o repasse da compensação financeira para o município de Brumadinho. "A Vale vai compensar o município como se a operação estivesse correndo", ressaltou.

O executivo da Vale reiterou a decisão tomada pelo Conselho Administrativo de Vale de suspender o pagamento de bônus e dividendos aos acionistas da empresa. Também garantiu que o município de Brumadinho não irá perder arrecadação por conta da paralisação das atividades da mineradora. A prefeitura receberá uma compensação financeira para manter sua receita como se as operação estivessem ocorrendo normalmente.
Luciano disse ainda que a empresa contratou uma equipe de psicólogos do Hospital Albert Einstein especializada no atendimento à vítimas de catástrofes. Ela irá atuar de forma complementar aos demais profissionais de saúde que já estão trabalhando com os atingidos.
Questionado sobre a queda de 24% das ações da Vale na Bolsa de São Paulo, Siani disse que o foco das preocupações é outro. "O foco é na mitigação do sofrimento."
O diretor da Vale afirmou ainda que não ter competência para avaliar as sugestões de mudança no comando da Vale. Segundo Siani, o tema "compete ao Conselho de Administração".
"Todos esses assuntos são de menor importância, todo o foco está nas pessoas e no meio ambiente. A família Vale está dilacerada e está sofrendo", disse Siani.
Contenção

Outra medida anunciada pelo executivo da Vale é a implantação de uma cortina de contenção no Rio Paraopeba. "Queremos impedir que o rejeito que se desloca lentamente afete a captação de água na cidade de Pará de Minas. Temos a expectativa muito grande de que isso tenha sucesso", disse.

De acordo com monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a pluma formada pela mistura de rejeito e água está avançando a uma velocidade de um quilômetro por hora. O último boletim divulgado hoje (28) estima que a água turva chegará na noite de amanhã (29) à São José da Varginha, município que faz limite com Pará de Minas.
Protesto

Do lado de fora do edifício que abriga a sede da Vale, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, um protesto convocado pelas redes sociais reuniu cerca de 100 pessoas. Eles jogaram lama na entrada do prédio, acenderam velas e estenderam faixas cobrando a responsabilização criminal da mineradora. "Não foi acidente", registravam cartazes. Alguns ativistas também fizeram uma performance encenando os impactos da tragédia.

Presente no ato, o professor Geovano Santos da Fonseca, criticou não apenas a Vale, como também a atuação do poder público. "Não podemos esperar boa fé dos órgãos que não fiscalizaram antes. A solução que temos é nos juntar nas ruas e dizer que não vamos aceitar mais que a vida das pessoas sejam ceifadas dessa forma", disse.


Venezuela venceu batalhas diplomáticas na OEA e na ONU, afirma chanceler


Ministro de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, também analisou a criação de um novo canal para dialogar com os EUA
Ministro fez balanço da situação diplomática da Venezuela / Hispantv

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, fez nesta segunda-feira (28) um balanço positivo das reuniões diplomáticas ocorridas na Organização de Estados Americanos (OEA) e no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Na pauta das duas organizações, estava a tentativa de golpe contra o presidente Nicolás Maduro. Na última semana, o oposicionista Juan Guaidó se autodeclarou "presidente encarregado" do país e foi reconhecido pelos presidentes de países como Estados Unidos e Brasil.
"O governo dos Estados Unidos foi derrotado na OEA. Por isso, eles não esperavam, pois não contavam com a dignidade dos governos e dos povos latinos. Então, foram à ONU, e tiveram que ouvir a posição rotunda da maioria dos diplomatas, que deram uma cátedra de respeito à soberania nacional", elogiou Arreaza, em entrevista coletiva. No caso da ONU, o governo Donald Trump havia solicitado uma reunião extraordinária no Conselho de Segurança, mas a proposta de deslegitimar Maduro não funcionou. 
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, também interpreta que foram obtidas "importantes vitórias" nos últimos dias contra os países que tentam derrotar o governo bolivariano. "Nós os derrotamos nas eleições, na OEA, na ONU, nos quartéis, nas ruas. Vencemos com a verdade. Impôs-se a bandeira da paz sobre o ódio opositor. Vamos em busca da vitória moral, com a dignidade do povo. Em qualquer batalha, nós venceremos”, escreveu em sua conta oficial no Twitter, neste domingo (27).
"Esquizofrenia diplomática"
Nas reuniões realizadas na OEA e na ONU, os Estados Unidos buscavam apoio de países aliados para comunicar a "deslegitimação coletiva" do governo Maduro. No entanto, não obtiveram maioria nem na OEA, nem no Conselho de Segurança da ONU.  "O povo venezuelano pode se considerar vitorioso", ressaltou o chanceler Jorge Arreaza, na entrevista desta segunda. O ministro venezuelano explicou ainda que "não houve votação na OEA, nem na ONU". Ou seja, a análise sobre a posição de cada país foi feita a partir da exposição dos chefes de cada deleção estrangeira. 
Passados esses enfrentamentos, as tensões entre os EUA e a Venezuela devem diminuir, segundo Arreaza: "Estamos em novo momento das relações com os EUA. Seguiremos mantendo o diálogo", prometeu. A informação de que seria retomado um canal de diálogo entre a diplomacia dos dois países havia sido anunciada pelo presidente Maduro no último sábado (26), durante um pronunciamento na rua de Caracas, junto aos apoiadores. "Estamos vendo a possibilidade de um 'escritório de interesses', que vai promover o diálogo e realizar trâmites burocráticos", enfatizou o chanceler. Foi assim que Cuba e Estados Unidos mantiveram as relações por mais de cinco décadas, até o restabelecimento da diplomacia no último ano do governo de Barack Obama. 
Arreaza informou que foram enviados representantes do governo dos EUA para a Venezuela a fim de abrir esse canal de diálogo. "Juntos, estamos estudando a melhor fórmula para manter o diálogo entre o governo venezuelano e o dos EUA. O Estado norte-americano possui diferentes porta-vozes e um contradiz o outro. Por isso é que, às vezes, parece que existe uma espécie de 'esquizofrenia diplomática'", ressaltou. "No governo dos EUA, existem duas realidades: uma real e outra digital, a partir do que dizem no Twitter. Isso porque o pagamento do lobby nos EUA é legalmente permitido – isso seria corrupção em outros países. Uma reunião com o secretário de Estado é paga, as leis são pagas. Então, imagino que eles sofrem pressão. Por isso, existem essas duas posições. Uma é aquela anunciada nos meios e a outra é a real, a que funciona na prática", explicou o ministro de Relações Exteriores da Venezuela.
Relação com a oposição 
O governo também considera a abertura de um canal de diálogo mais efetivo com a oposição venezuelana, mediado por governos estrangeiros. "Estamos em contato com a chancelaria de México, que assim como a da Rússia, propôs mediar um diálogo. Não existe nada formal, mas existem conversações abertas. Estamos esperando que a oposição venezuelana manifeste sua intensão em dialogar", disse o chanceler. "Existe um diálogo permanente com a oposição, por meio de reuniões secretas com porta-vozes. E são secretas porque eles querem".
O Papa Francisco se posicionou neste domingo (27) sobre os enfrentamentos entre chavistas e opositores, durante uma entrevista coletiva no avião em que retornava ao Vaticano após a Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. "Espero que cheguem a um acordo, e que seja uma solução justa e pacífica. O que me assusta é o derramamento de sangue. Quero pedir a grandeza de quem pode ajudar. O problema da violência é o que me assusta", declarou o pontífice.
A oposição venezuelana convocou novo protesto de rua para a próxima quarta-feira (30). A manifestação foi anunciada, na noite de domingo, pelo deputado Juan Guaidó, que fez juramente simbólico no dia 23 de janeiro, na primeira manifestação massiva da oposição dos últimos dois anos.
Fonte: Brasil de Fato


Engenheiros que prestaram serviço à Vale são presos em Minas e em SP


O Ministério Público (MP-SP) e a Polícia Civil do estado cumpriram dois mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual de Minas Gerais contra engenheiros que prestavam serviço para a mineradora Vale e atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, que se rompeu em Brumadinho (MG), na Grande Belo Horizonte; em Minas, foram cumpridos outros três mandados de prisão. Pelo menos 65 morreram e 279 desaparecidos; as ordens da Justiça são de prisão temporária, com validade de 30 dias
247 - O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil do estado cumpriram na manhã desta terça-feira (29) dois mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual de Minas Gerais contra engenheiros que prestavam serviço para a mineradora Vale e atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, que se rompeu na sexta-feira (25) em Brumadinho (MG), na Grande Belo Horizonte. Em Minas, foram cumpridos outros três mandados de prisão. As ordens da Justiça, expedidas no domingo (27), são de prisão temporária, com validade de 30 dias.
Pelo menos 65 morreram e 279 desaparecidos por causa da tragédia. A empresa já teve R$ 12,1 bilhões de bloqueios e multas.
A prisão dos engenheiros André Yassuda e Makoto Namba em São Paulo ocorreu nos bairros de Moema e Vila Mariana, Zona Sul da cidade. 
Em nota, a Vale informou que "está colaborando plenamente com as autoridades". "A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas", diz a nota divulgada após a prisão dos engenheiros.



segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Gleisi Hoffmann: Um país agredido por mentiras e acuado por milícias


“A família Bolsonaro não consegue explicar depósitos suspeitos em contas correntes, cujas origens e destinações são duvidosas”



Sérgio Moro e Jair Bolsonaro têm muito a explicar ao país. Arautos da moralidade e ferrenhos defensores do combate ao crime e à violência, estão enredados por um governo que começa a ser a tradução linear do que se propuseram a combater.
Os fatos divulgados são pródigos em evidências. A família Bolsonaro não consegue explicar depósitos suspeitos em contas correntes, cujas origens e destinações são duvidosas. Tudo leva a crer num esquema de desvios de contas salariais de funcionários laranjas e transações mal explicadas de imóveis. O resultado foi um aumento patrimonial pouco compatível com a remuneração legal do clã.
Soma-se a isso o esforço de abafar as investigações e o requerimento de foro privilegiado do filho acusado.
Esses fatores já seriam graves por si só. Mas vêm acompanhados da denúncia do envolvimento dos Bolsonaros com as milícias cariocas, com contratação de parentes de chefes do escritório do crime no Rio de Janeiro. Além de homenagens do parlamentar aos milicianos e manifestações formais de apoio à sua atuação. Está neste rol um dos presos pela suspeita dos assassinatos de Marielli e Anderson.
Sérgio Moro, que não encontrou nenhum depósito na conta de Lula, de Marisa ou de seus filhos, que foi Leão nas investigações e acusações contra o PT, que fez shows pirotécnicos na condução coercitiva de Lula e em prisões de filiados do PT, que impediu Lula de ser ministro e depois condenou-o à prisão pra impedi-lo de ser candidato a presidente, está um gatinho com a família Bolsonaro, a quem deve seu posto no governo.
Até agora não emitiu sequer opinião sobre o que acontece. É evasivo nas respostas, faz cara de paisagem, como se nada tivesse com a situação que o rodeia. Abrandou o discurso contra a corrupção e não se colocou contra o fim da Lei de Acesso à Informação, implantada no governo petista, nem contra as tentativas do Banco Central de afrouxar as regras de controle da lavagem de dinheiro e da retirada de parentes de políticos de uma lista de monitoramento, além de limitar a investigação do COAF. Fico imaginando se isso tivesse acontecendo em um governo do PT…
E o crime, como vai enfrentar? Começará pelas milícias já identificadas no Rio de Janeiro? Logo devem aparecer as de São Paulo e outras ramificações. Vai fazer coro com a exaltação de criminosos que resolvem vender serviços matando a esmo? É repugnante a situação.
Agora, começa a ficar clara a real intenção de Bolsonaro para facilitar a posse de armas. Medida apoiada e defendida por Moro. Como se defender desta ação paramilitar que começa a tomar conta do Estado e caminha para a institucionalidade. É muito compreensível a decisão de Jean Willys de ir embora. Recorrer a quem?!
Os dois arautos da moralidade e da segurança, que representando forças e interesses poderosos da economia e das elites brasileiras trouxeram o país a esta situação, têm o dever moral e público de falar sobre os fatos. A história é impiedosa com os que mentem e perseguem.
Gleisi Hoffmann é senadora (PT-PR) e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores


Fake news invadem as redes para explorar tragédia de Brumadinho


Pelo Whatsapp, grupos bolsonaristas espalham versões mentirosas sobre fatos relacionados com o rompimento da barragem ocorrido em Minas Gerais

Vale não foi reestatizada pelo PT, nem rompimento da barragem foi obra de atentato bolivariano

São Paulo – Em meio à tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que até o momento deixou 60 mortos e 292 desaparecidos, grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) divulgam mentiras, boatos e notícias falsas – fake news – implicando desde a ex-presidenta Dilma Rousseff, a "agentes bolivarianos com explosivos", passando pelo envio de veterinários, a pedido da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, para cuidar de animais atingidos pela lama, o que também não ocorreu. 
O primeiro boato que começou a circular no submundo das redes sociais desde a última sexta feira (25), quando ocorreu a tragédia, acusa a ex-presidenta Dilma de ter reestatizado a Vale, e que "petistas indicados" comandariam os negócios da empresa. 
Em nota, o PT afirma que o atual presidente da empresa, Fabio Schvartsman, não tem qualquer ligação com o partido, e lembra que a estatal, criada por Getulio Vargas, em 1942, foi privatizada em 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), pelo valor de R$ 3,3 bilhões, e que não foi reestatizada durante as gestões petistas.
Para efeito de comparação, a ex-estatal teve R$ 11 bilhões do seu caixa bloqueados temporariamente pela Justiça para eventual pagamento de indenizações aos atingidos em Brumadinho. 
O partido também lembra que, durante as mais de cinco décadas em que a mineradora permaneceu sob controle do Estado brasileiro, "nunca houve desastre ambiental que chegasse perto dos de Mariana e Brumadinho."

Decreto

Outra fake news ressuscitada após o ocorrido em Brumadinho é que Dilma, em 2015, teria "transformado" a tragédia de Mariana, quando o rompimento da barragem da mineradora Samarco – controlada pela Vale e pelo grupo BHP Billiton – matou 19 pessoas, em "desastre natural", supostamente suavizando os impactos da tragédia. O decreto, editado 10 dias depois da lama da mineração devastar o distrito de Bento Rodrigues, serviu na verdade para que as famílias dos atingidos pudessem ter acesso a recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
"A má-fé dos que espalham fake news continua a mil, mesmo diante da tragédia de Brumadinho. Em 2015, assinei decreto que considera natural desastres como rompimento de barragens. Isso foi para permitir àqueles atingidos sacar o FGTS para reconstruir suas vidas", respondeu a ex-presidenta. O boato surgiu naquele ano, sendo desmentido à época pelo site E-Farsas

Atentado

Mas talvez a mais fantasiosa versão sobre o episódio em Brumadinho envolve dois supostos agentes estrangeiros – um cubano e um venezuelano – que teriam causado o rompimento da barragem da Vale com a detonação de explosivos. Os suspeitos teriam sido detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Minas Gerais, após troca de tiros que teria deixado um morto. 
Atribuídas à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e à própria PRF, as informações teriam sido divulgadas pelo Observatório Direita Brasileira. Os nomes dos supostos perpetradores do atentado, assim como o do observatório, foram inventados, e não constam de nenhuma outra publicação ou documento, senão no texto que circula pelo WhatsApp. 
"Não há qualquer confirmação da Abin das pessoas presas", afirma o site Boatos.org. O texto lembra que uma notícia impactante como essa renderia manifestação oficial do governo brasileiro e da própria Abin. "E não há nada. Nadinha."
A Abin divulgou nesta segunda-feira (28), três dias após a circulação da mentira, uma nota em que afirma a informação é "totalmente inverídica". 

Veterinários

Um perfil falso da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, diz que, a pedido dela, "com olhos cheios de lágrima", "o ministro da Agricultura" teria enviado a Minas Gerais 100 médicos veterinários para auxiliar no tratamento de animais atingidos pela lama da Vale.
Segundo a Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), são apenas sete veterinários e outros seis bombeiros civis que também são auxiliares veterinários, prestando atendimento aos animais no momento. Cabe lembrar também que é uma ministra, Tereza Cristina, e não um ministro, que ocupa a pasta da Agricultura no atual governo. 
Fonte: RBA



Bombeiros afirmam que equipamentos de Israel não são efetivos para as buscas



Da Folha:
Os equipamentos trazidos de Israel para Brumadinho (MG) “não são efetivos para esse tipo de desastre”, disse o comandante das operações de resgate, o tenente-coronel Eduardo Ângelo.
“O ministro de Israel se pronunciou a respeito das dificuldades que eles tiveram. O imagiador que eles têm pegam corpos quentes, e todos os corpos [na região] são frios. Então esse já é um equipamento ineficiente”.
Indagado sobre que outros equipamentos israelenses podem ser usados nas buscas, o comandante afirmou: “Dos equipamentos que eles trouxeram, nenhum se aplica a esse tipo de desastre”.
O militar reconheceu que o detector de imagens poderia ser eficaz para localização de sobreviventes, pois capta o calor humano. Porém, nenhum sobrevivente foi localizado pelas buscas das últimas 48 horas. “O que faz [constitui] a imagem é a temperatura. Quando a temperatura está homogênea, é como se não houvesse nada no solo”.
Fonte: DCM