Além das duas instituições, 19 dos 23 governadores
dos estados do país emitiram nota de apoio ao governo chavista
General Padrino López, comandante das Forças Armadas, diz que Maduro é o único presidente da Venezuela / Rádio del Sur |
Um dia após o
deputado e presidente da Assembleia Nacional em desacato Juan Guaidó, se autoproclamar
presidente da Venezuela e ser reconhecido por países como os Estados
Unidos e o Brasil, as Forças Armadas e o Poder Judiciário manifestaram que
reconhecem o governo de Nicolás Maduro como legítimo.
O
Comandante da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e
ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, afirmou que "Nicolás
Maduro Moros é o único presidente legítimo da República Bolivariana da
Venezuela". O general considerou "grave" a auto-proclamação
presidencial de Juan Guaidó. "Nós, que vivemos o golpe de 2002, pensamos
que nunca mais íamos ver isso, uma pessoa levantando a mão e se
auto-proclamando presidente", disse o ministro da Defesa.
"Ratificamos
nosso apego à constituição. Repudiamos a instalação de um governo paralelo.
Repudiamos atos de ingerência realizados por governos estrangeiros. Isso é
ofensivo para os venezuelanos. Vamos garantir a paz e não vamos tolerar
violência. A posição da Força Armada sempre foi totalmente apegada à
Constituição", declarou Padrino López. "Somos chamados a evitar um
confronto entre venezuelanos. Não é a guerra civil ou o confronto entre irmãos
que resolverá os problemas da Venezuela; é o diálogo ", disse ele.
Assim
como o comandante-chefe das Forças Armadas, os oficiais das oito Regiões
Estratégicas de Defesa Integral da República, do exército venezuelano, emitiram
comunicado em apoio ao presidente Nicolás Maduro.
O
comandante da Região Estratégica de Defesa Integral da República do Distrito
Capital, Alexis Rodríguez Cabello manifestou o apoio unânime das Forças
Armadas. "Reiteramos nossa lealdade absoluta ao presidente Nicolás Maduro,
eleito pelo povo", afirmou em cadeia nacional. Cabello disse
ainda que os militares vão defender a ordem no país. "Somos amantes
da paz. Diante disso, daremos até nossa vida, se for necessário, para defender
a paz. Nenhum império vai mudar nosso sentido bolivariano e
anti-imperialista", destacou. Os outros sete comandantes fizeram
declarações similares.
Tribunal Superior de Justiça
O
presidente da Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Maikel Moreno, afirmou que o
Poder Judiciário reconhece Nicolás Maduro Moros como o único presidente
legítimo da Venezuela.
"[Manifestamos]
Nosso reconhecimento a Nicolás Maduro como presidente constitucional da
Venezuela", disse o presidente da Suprema Corte, Maikel Moreno, durante
evento de abertura do ano judicial, com o fim do recesso. "Qualquer
aventura inconstitucional deve ter como resposta o fervoroso peso da lei",
disse o magistrado, na presença do presidente Nicolás Maduro, que participava
do evento do Poder Judicial.
Moreno
também ressaltou o reconhecimento internacional dos poderes do Tribunal
Superior de Justiça da Venezuela e que portanto, a comunidade internacional
agora deve respeitar as decisões judiciais da Suprema Corte. "Somos
signatários de diversos acordos internacionais, onde tivemos reconhecidas as
atribuições e também fizemos nossa contribuição ao sistema de justiça
internacional", destacou.
Governadores venezuelanos
Nesta
quarta-feira, o governador do estado venezuelano de Miranda, Héctor Rodriguez,
leu um comunicado conjunto assinado por 19 dos 23 governadores. As eleições que
elegeram os chefes de governo foram realizadas em outubro de 2017, foram
reconhecidas pela oposição e tiveram ampla participação de candidatos dos
partidos da direita venezuelana. Quatro dos governadores eleitos são
opositores, do partido Ação Democrática.
"O
único que pode dizer quem é o presidente é o povo da Venezuela. Nenhuma
autoridade estrangeira, por mais poderosa que possa ser, tem a atribuição de
interferir e, muito menos, para decidir quem é o governante da Venezuela
", diz o comunicado dos governadores.
Governadores de 19 estados manifestam apoio ao presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro | Foto: AVN |
Fonte:
Brasil de Fato