terça-feira, 22 de janeiro de 2019

PT, PSB e PSOL convidam PDT, PCdoB e Rede para fortalecer Oposição


Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, vai procurar as três siglas para integrar o bloco do “campo democrático-popular” na Câmara, em oposição a Jair Bolsonaro

Líderes do PT, PSOL e PSB se reuniram nesta terça-feira (22) - Foto/Lula Marques


Em reunião nesta terça-feira (22), presidentes do PTPSB e PSOL estiveram reunidos na Liderança do PT na Câmara para debater a criação do bloco dos partidos de Oposição na Câmara Federal. O grupo visa fortalecer a resistência que os parlamentares farão ao governo de extrema direita de Jair Bolsonaro e seus apoiadores no Congresso Nacional. A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), adiantou que o PCdoB, o PDT e a Rede serão procurados para integrar o “campo democrático-popular”, que se oporá aos retrocessos provocados pelo governo Bolsonaro.
Gleisi Hoffmann (PR) frisou a importância de unificar a oposição na conjuntura atual para atuar em defesa do povo brasileiro. “Tiramos o encaminhamento de convidar o PCdoB e a Rede para uma reunião, a fim de que se unam a esses três partidos [PT, PSB e PSOL] nessa organização aqui dentro da Casa”.
A senadora ficou de conversar com o presidente do PT, Carlos Lupi, e com Luciana Santos, presidenta do PCdoB. O PSOL, por sua vez, fará contato com a Rede, para convidá-los a compor o bloco. Outras forças de esquerda e de centro-esquerda também devem se juntar à resistência ao governo autoritário de Bolsonaro.
A deliberação da reunião, segundo a senadora, aponta que é fundamental fazer “o enfrentamento firme em relação ao governo Bolsonaro que já demonstra que não tem capacidade de sustentação, pelo que está acontecendo em relação ao seu filho [ Flávio Bolsonaro] e seus envolvimentos”, relatou, ao se referir aos escândalos que atingem Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
O líder do PT na Câmara,  Paulo Pimenta (RS), disse que nesse momento que o país vive, em um cenário de perplexidade de agravamento das denúncias da família Bolsonaro com esquemas criminosos, “é muito importante sinalizar para a sociedade brasileira que existe dentro do parlamento uma Oposição independente neste momento”.
Para Pimenta, “estar junto como PSOL e o PSB, sinalizando essa independência que não vamos apoiar Maia, é um sinal muito importante de um bloco que tem compromisso com a democracia, com a soberania e com o direito dos trabalhadores e das trabalhadoras. Isto é estratégico para o País”. Segundo o líder, PDT, PCdoB e Rede serão chamados para reforçar o campo democrático e popular. “Essa é a nossa centralidade nos próximos dias”, enfatizou.
PSB – O presidente do PSB, Carlos Siqueira, deixou claro que os socialistas não apoiarão a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Não há a menor chance de o PSB se aliar a Maia. Ele é o candidato de Jair Bolsonaro. Vamos fazer um esforço conjunto para enfrentar o desastroso governo de Bolsonaro”, explicou. O PSB defende uma unificação da esquerda para lutar contra os retrocessos nas políticas sociais, as quais serão promovidas pelo governo federal.
PSOL –  Conforme o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) a reunião do PSB, PT e PSOL consolida “uma visão do enorme desgaste que está tendo o governo Bolsonaro”. Valente diz que é necessário chamar o PCdoB e o PDT, aliados históricos, para o bloco. “Nossa agenda é contra os retrocessos civilizatórios nos costumes, e, particularmente, contra a agenda reacionária de retirada de direitos proposta pelo Paulo Guedes [ministro da Economia]. A proposta de conjugar todos os partidos de oposição e de esquerda é uma sinalização, simbólica, para a sociedade de que há uma grande resistência a esse governo”, avalia.
O deputado federal eleito Marcelo Freixo (PSOL-RJ) considera fundamental garantir a unidade do campo de esquerda, com PT, PSB, PSOL, PCdoB, PDT e Rede. Disse que sua candidatura à presidência da Câmara está colocada para o debate, mas que o mais importante é a unidade dos partidos de esquerda.
Participaram também da reunião o líder da Oposição na Câmara,  José Guimarães (PT-CE); o deputado  Carlos Zarattini (PT-SP); o presidente do PSOL, Juliano Medeiros; e o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE).
Fonte: PT da Câmara



Auditoria nos gastos com pessoal pode garantir economia de R$ 500 milhões, diz Ratinho Jr

Ratinho Jr: "A gente acredita que no Paraná é possível chegar em 2% da folha com alguns equívocos de pagamento" (Foto: Valquir Aureliano)

O governador Ratinho Júnior (PSD) afirmou hoje que a auditoria nos gastos com a folha de pagamento de servidores públicos da ativa, aposentados e pensionistas pode garantir ao Estado uma economia de R$ 500 milhões ao ano, o equivalente a 2% do total da despesa com pessoal. Ratinho Jr anunciou o lançamento de um edital de licitação para a contratação de uma empresa para promover uma auditoria externa nesses gastos. Segundo ele, já foram identificadas irregularidades pontuais, e a intenção é ampliar esse levantamento, auditando também os gastos com a previdência. A previsão do governo é que o trabalho leve seis meses.
“Nós estamos revendo qualquer tipo de 'furo' que possa ter, pagamento em duplicidade, horas extras que são pagas muitas vezes sem haver o direito. Pensões, pagamentos da previdência que muitas vezes a pessoa já faleceu e continua sendo feito o pagamento. Nós vamos fazer toda uma 'peneira'”, explicou o governador.
“Segundo alguns levantamentos de outros exemplos, em outras áreas, prefeituras e outros estados que fizeram geralmente dá uma margem importante de volume de recursos. A gente acredita que no Paraná é possível chegar em 2% da folha com alguns equívocos de pagamento. Mais de R$ 500 milhões por ano se concretizar isso”, estimou ele.
Siafi - No último dia 10, o secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Junior, anunciou a criação de uma força-tarefa, para auditar as contas do Estado, alegando não ter como como dizer quanto recebeu de saldo em caixa, nem quanto herdou de “restos a pagar” da administração anterior da ex-governadora Cida Borghetti (PP) em razão de problemas no Sistema Integrado de Finanças Públicas do Estado (Siafi). Segundo o governador, esse mesmo problema impede que a Secretaria de Estado da Administração tenha conhecimento preciso sobre a regularidade dos gastos com servidores. 
“Já identificamos, assim, de forma muito superficial. Até pela falta de informação de software, de sistema de tecnologia deixa muito nebuloso se realmente os dados são aqueles que estão ali. Então é necessário ter uma auditoria para avalizar se tudo o que está acontecendo está certo ou não”, disse hoje Ratinho Jr. “Ela (a Secretaria de Administração) não tem essa capacidade hoje porque muita informação não tem ali. Você veja pelo Siaf. Nós não temos informação do que está acontecendo na Fazenda. Então tem muita coisa que tem que ser auditada para ver se os dados que estão nas áreas de informação estão batendo”, alegou ele.
Fonte: Bem Paraná

Em vídeo, deputado do PSL diz que “brasileiro só funciona na porrada”: “Tem de odiar o brasileiro”


A visita de uma comitiva de parlamentares eleitos pelo PSL à China continua a render polêmica. Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado eleito Daniel Silveira (RJ) usa palavrões para rebater as críticas feitas por aliados do presidente Jair Bolsonaro à viagem do grupo e diz que o “brasileiro só funciona na porrada” e que é preciso “odiar o brasileiro”.
Daniel Silveira gravou vídeo em resposta a críticas de bolsonaristas insuflados por Olavo de Carvalho

“Em primeiro lugar, vai pra puta que te pariu. Para quem servir a carapuça, foda-se. Sabe por quê? Eufemismo não funciona com brasileiro. Parece que só funciona na porrada e bandido na bala, parece mais ou menos isso. A gente tem de ser desse jeito, tem de ser puto, falar com raiva, tem de odiar o brasileiro. Todos nós parlamentares aqui na China botamos nossa cara a tapa para enfrentar o sistema comunista que estava sendo implantado no Brasil”, afirma Daniel, em tom de voz alterado.
O deputado eleito conta que a comitiva foi convidada pela embaixada da China para conhecer um sistema de reconhecimento facial e soluções para os setores do agronegócio, portuário, aeroviário e automobilístico. Daniel ficou conhecido nacionalmente durante a campanha eleitoral ao arrancar e exibir como um troféu uma placa em homenagem à ex-vereadora carioca Marielle Franco (Psol), assassinada ao lado de seu motorista, Anderson Gomes, em março do ano passado.
Guerra entre bolsonaristas
No vídeo, Daniel também direciona sua artilharia contra o escritor Olavo de Carvalho, referência para os filhos de Bolsonaro e outros aliados de extrema direita do presidente. O deputado eleito chama Olavo de “mestre” para, logo em seguida, atacá-lo. O escritor, que mora nos Estados Unidos, chamou os integrantes da comitiva do PSL de “semianalfabetos caipiras” e os acusou de abrir o país para empresas de espionagem chinesas.
“O Olavo de Carvalho, o guru da sapiência humana, falou um monte de besteira. Vou usar um termo que você mesmo usa quando está com raiva: vá para puta que o pariu. Você não é o limite da sapiência. Você não é a referência intelectual onipresente, onisciente e a mais sábia”, disse Daniel Silveira.
“Hoje todo mundo é de direita, inclusive a esquerda. Hoje, claro, nós deputados que estamos na China somos comunistas”, ironizou. Policial militar e estudante de Direito, Daniel foi eleito para o seu primeiro mandato com 31.789 votos.
A viagem de parlamentares do PSL à China causou um racha no partido e entre os bolsonaristas, que foram às redes sociais protestar contra integrantes da comitiva. Na quinta-feira esse foi um dos assuntos mais comentados do Twitter.
Entre os integrantes da comitiva estão, além de Daniel Silveira, a senadora eleita Soraya Thronicke (MS) e os deputados eleitos Tio Trutis (MS), Junior Bozzella (SP), Felício Laterça (RJ), Bibo Nunes (RS), Charlles Evangelista (MG), Marcelo Freitas (MG) e Sargento Gurgel (RJ) – todos do PSL. Também participam do grupo o deputado Alexandre Serfiotis (PSD-RJ) e o eleito Luís Miranda (DEM-DF).
Fonte: Congresso em Foco

Presos milicianos suspeitos de matar Marielle e homenageados por Flávio Bolsonaro


O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Rio desencadeou nesta terça-feira a Operação "Os Intocáveis", em Rio das Pedras, que prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes; os principais alvos são o major Ronald Paulo Alves Pereira e o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras – onde Fabrício Queiroz chegou a se esconder; ambos foram homenageados em 2003 e 2004 na Alerj por indicação do então deputado estadual Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro, o único presidenciável que não condenou o assassinato
247 – "O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, desencadeou na manhã desta terça-feira a Operação Os Intocáveis, em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, e outras localidades da cidade, que prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Os presos são integrantes da milícia mais antiga e perigosa do estado", informam os jornalistas Chico Otávio, Vera Araújo, Arthur Leal, Gustavo Goulart, Rafael Soares e Pedro Zuazo, em reportagem publicada no jornal O Globo. "Para a ação, que mobiliza cerca de 140 policiais, a Justiça expediu 13 mandados de prisão preventiva contra a organização criminosa. Os principais alvos da operação são o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras; e o subtenente reformado da PM Maurício Silvada Costa, o Maurição."
Segundo a reportagem, o major Ronald Paulo Alves Pereira, de 43 anos, é investigado por integrar a cúpula do Escritório do Crime. Em outro texto, Chico Otávio e Vera Araújo dizem que os principais suspeitos do assassinato de Marielle Franco foram homenageados pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). "Os dois principais alvos da Operação Intocáveis , o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, foram homenageados, em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio por indicação do deputado estadual Flávio Bolsonaro. O parlamentar sempre teve ligação estreita com policiais militares. Adriano, que ainda não foi encontrado pela polícia, chegou a receber a medalha Tiradentes, a mais alta honraria do Legislativo fluminense. Ronald, um dos presos na manhã desta terça-feira, ganhou a moção honrosa quando já era investigado como um dos autores de uma chacina de cinco jovens na antiga boate Via Show, em 2003, na Baixada Fluminense. Os dois são suspeitos de integrar o Escritório do Crime, um grupo de extermínio que estaria envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL)", informam os jornalistas.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o caso:
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) desencadeou na manhã de hoje (22) uma operação para prender 13 integrantes de organização criminosa que atua em Rio das Pedras, Muzema e adjacências, todas no Rio de Janeiro.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, da Draco e da Core/Polícia Civil. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão.
Já foram presos pelo menos cinco dos integrantes da organização, entre eles um major da Polícia Militar; o tenente reformado também da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição, que seria o chefe do grupo de milicianos, posto que dividia com o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães.
Segundo nota do MPRJ, as investigações, realizadas por meio de escutas telefônicas e notícias de crimes, recebidas pelo canal Disque Denúncia, “evidenciam que os denunciados estão envolvidos em atividades de grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma; e extorsão de moradores e comerciantes, mediante cobrança de taxas referentes a ‘serviços’ prestados.
Eles são acusados, ainda, de ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de ‘laranjas’; falsificação de documentos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem; utilização de ligações clandestinas de água e energia; uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder, para manutenção do domínio territorial na região de Jacarepaguá.
Segundo ainda o Ministério Público, foram denunciados Ronald Paulo Alves Pereira (conhecido como major Ronald); Marcus Vinicius Reis dos Santos (Fininho); Manoel de Brito Batista (o Cabelo); Júlio Cesar Veloso Serra; Daniel Alves de Souza; Laerte Silva de Lima; Gerardo Alves Mascarenhas (conhecido como Pirata); Benedito Aurélio Ferreira Carvalho (o Aurélio); Jorge Alberto Moreth (Beto Bomba), Fabiano Cordeiro Ferreira (Mágico) e Fábio Campelo Lima.
Apuração
O MPRJ informou que “as relações estabelecidas entre os criminosos e a natureza das funções desempenhadas por cada um deles na hierarquia da organização, tais como segurança (ou braço armado), agente de cobrança de taxas, lavagem de dinheiro (na figura de laranjas), agiotagem e forte atuação no ramo ilegal imobiliário”.
A denúncia indica que o Capitão Adriano, o Major Ronald e o tenente reformado da PM Maurício Silva da Costa são os líderes da organização. Já Jorge Alberto Moreth (o Beto Bomba) é presidente da Associação de Moradores de Rio das Pedras, cargo que, segundo o MP, “foi conquistado a partir de ameaças e uso de força, sendo exatamente nesta organização social onde se consolidam as transações de compra e venda dos imóveis construídos ilegalmente e a manipulação de documentos necessários à concretização de operações ilícitas”.
Homicídios
As informações divulgadas pelo Ministério Público sustentam que alguns dos integrantes do grupo também respondem pelo homicídio de Júlio de Araújo, em 24 de setembro de 2015. Araújo foi executado a queima roupa com disparos de arma de fogo desferido em sua cabeça, no que o MP acredita ter sido um crime de queima de arquivo.
Na denúncia, o MPRJ requer a condenação dos denunciados, incursos, com variações conforme a atuação de cada um, em penas que vão desde acusações de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, com pena de reclusão de três a oito anos, e multa; até acusações de assassinatos.


Forças armadas venezuelanas detêm militares após assalto a quartel; entenda


Grupo roubou armas e tentou começar "rebelião" nesta segunda (21), mas a situação foi controlada pelo governo
Força Armada Nacional Bolivariana impediu ação de militares amotinados / Venezuela al Día

Um grupo de pelo menos 14 militares da Guarda Nacional Bolivariana realizou um ataque contra o Destacamento de Segurança Urbana em Petare, zona leste de Caracas, capital venezuelana, na madrugada desta segunda-feira (21). Utilizando dois carros militares na operação, os assaltantes sequestraram dois oficiais e dois guardas nacionais e roubaram um lote de armas de guerra. 
Os militares foram presos horas depois na Unidade Especial de Segurança de Waraira Repano, também da Guarda Nacional Bolivariana, no bairro de Cotiza, no município vizinho de Libertador. Segundo o Ministério da Defesa, todas as armas foram recuperadas. Os órgãos de inteligência e a justiça militar estão investigando o caso.
O Ministério da Defesa atribuiu a responsabilidade da ação à extrema direita da Venezuela e afirmou que se trata de "traição à instituição". O governo garante, no entanto, que "todas as unidades operativas, dependências administrativas e institutos educativos estão funcionando com normalidade absoluta".
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, condenou publicamente a ação e classificou os assaltantes como "traidores da pátria". "Roubaram armas para gerar violência e insegurança na população", escreveu o deputado em sua página no Twitter.
Depois que as forças armadas interceptaram os assaltantes, um pequeno grupo de manifestantes opositores ao governo se concentrou em frente à Guarda Nacional Bolivariana de Cotiza em apoio aos militares presos. Militantes do partido Vontade Popular aparecem nas fotos divulgadas pela imprensa local e estrangeira liderando o ato. Agências de notícias estrangeiras, como APTN e Reuters, transmitiram a manifestação ao vivo pela manhã manhã, criando comoção internacional.
Oposição venezuelana
O ataque ao quartel acontece dois dias antes de uma marcha que está sendo convocada por partidos da direita venezuelana, com ampla cobertura dos meios de comunicação que fazem oposição ao governo de Maduro.
Nos últimos dias, o novo líder da oposição, o deputado Juan Guaidó, incitou em diversas ocasiões os militares a se rebelarem contra o governo de Nicolás Maduro. "Hoje, novamente, estendo a mão às Forças Armadas, em nome da Assembleia Nacional. Aqui não pedimos que tirem sua farda, pedimos que a honrem e levantem a voz contra o usurpador", escreveu Guaidó na noite de ontem (20).
A deputada da Assembleia Nacional Delsa Solórzano, também opositora do governo de Maduro, saiu em defesa dos militares presos e pediu anistia para todos.
Fonte: Brasil de Fato

Boris Casoy passa vexame após defender Flávio Bolsonaro em entrevista chapa-branca


Depois de protagonizar uma verdadeira "dobradinha" com Flávio Bolsonaro em entrevista transmitida na noite de domingo, o veterano jornalista Boris Casoy, atualmente âncora do "RedeTV! News", foi ao ar na noite desta segunda-feira para tentar explicar sua atuação; em comentário no telejornal da emissora, tentou responder às críticas feitas pela Globo; Casoy disse que fez perguntas "isentas e imparciais" e condenou o "jornalismo inquisitivo" -ironicamente, ele foi um dos protagonistas do "jornalismo inquisitivo" que agora condena quando o alvo era o PT e Lula; a explicação completou o vexame da entrevista, na qual ele defendeu abertamente o filho de Jair Bolsonaro
247 - Depois de protagonizar uma verdadeira "dobradinha" com Flávio Bolsonaro em entrevista transmitida na noite de domingo (20), o veterano jornalista Boris Casoy, atualmente âncora do "RedeTV! News", foi ao ar na noite desta segunda-feira para tentar explicar sua atuação. Em comentário no telejornal da emissora, tentou responder às críticas feitas pela Globo no "Fantástico" e pela GloboNews. Casoy disse que fez perguntas "isentas e imparciais" e condenou o "jornalismo inquisitivo" -ironicamente, ele foi um dos protagonistas do "jornalismo inquisitivo" que agora condena quando o alvo era o PT e Lula. A explicação completou o vexame da entrevista.
Durante a conversa amigável com Flávio Bolsonaro, Casoy chegou a interromper o enrolado filho de Jair para dizer: "O que importa para a população é isso, se os fatos existiram ou não e o senhor está dizendo [neste momento Boris usa de grande ênfase] que ambos os fatos citados não existiram" -veja abaixo a entrevista, aos 2min35 da entrevista, abaixo.
A tentativa de explicação do jornalista também está abaixo. Uma das "pérolas" da defesa de Boris foi esta afirmação em tom professoral: "Bom jornalismo é o que faz as perguntas isentas e imparciais, e não o jornalismo inquisitivo que almeja obter respostas que gostaria de ouvir do entrevistado". O título da conversa entre Casoy e Flávio Bolsonaro no canal da RedeTV! no YouTube não poderia ser mais esclarecedor da "impacialidade" do jornalista e da emissora: "Flávio Bolsonaro esclarece depósito de R$1 milhão e mostra documentos"
Casoy e outro veterano do mesmo espectro político-jornalístico, Alexandre Garcia, massacraram o PT, Dilma e Lula por anos e agora fazem uma defesa vexaminosa do clã Bolsonaro e suas falcatruas com o discurso de um jornalismo "isento e imparcial". Ambos foram ardorosos defensores do regime militar e Alexandre Garcia chegou a porta-voz do governo do general João Figueiredo (1979-85).
 

Editorial do Globo: Flávio ainda não se explicou


"O senador justifica o tamanho das cifras que transitaram pela sua conta por ser empresário e devido ao tal negócio imobiliário. Ele garante que tem como afastar suspeitas sobre o fluxo de sua conta bancária. Deveria, então, depor logo ao MP. Também porque seu pedido para que se valha do foro especial de senador não deverá prosperar", diz editorial desta terça-feira
247 – Assim como a Folha, o jornal O Globo também não leva a sério as explicações até agora apresentadas por Flávio Bolsonaro. "O senador justifica o tamanho das cifras que transitaram pela sua conta por ser empresário e devido ao tal negócio imobiliário. Ele garante que tem como afastar suspeitas sobre o fluxo de sua conta bancária. Deveria, então, depor logo ao MP. Também porque seu pedido para que se valha do foro especial de senador não deverá prosperar", diz editorial desta terça-feira. Leia abaixo:
À medida que o tempo foi passando, o chamado caso Queiroz, com muitos indícios de ser um golpe da "rachadinha", típico do baixo clero parlamentar, cresceu e, como era previsto, atingiu o titular do escritório em que assessores cediam parte de seus salários, sendo o ex-policial militar o arrecadador do dinheiro.
E assim, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, enquanto se preparava para trocar o escritório na Assembleia fluminense (Alerj) por um gabinete no Senado, foi surpreendido pela notícia, de "O Estado de S.Paulo", de que Fabrício Queiroz, seu assessor, e vários outros de mais de 20 deputados da Alerj caíram na malha do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), por realizarem operações bancárias atípicas. Relatórios do Coaf fazem parte das investigações conduzidas pela Operação Furna da Onça, da PF e do Ministério Público estadual, sobre corrupção na Assembleia.
A história não parou de ganhar importância, a ponto de passar a ser real ameaça à imagem do governo do pai de Flávio, eleito pelo voto do cansaço com as traficâncias do PT e aliados e de esperança nas promessas de combate firme à corrupção feitas por Jair Bolsonaro. Inclusive de não pactuar com delitos cometidos em seu entorno.
Contra o presidente nada surgiu até agora. Mas o R$ 1,2 milhão que passou pela conta de Fabrício em dois anos transformou-se, conforme revelou O GLOBO, em R$ 7 milhões em três anos, o que deu nova dimensão ao assunto. E, na sexta, o "Jornal Nacional" revelou que o Coaf também detectou 48 depósitos em favor de Flávio Bolsonaro, de R$ 2 mil cada, R$ 96 mil ao todo. O fracionamento costuma ser manobra típica de tentativa de ocultação.
O senador diplomado deu entrevista à "RedeTV!", divulgada no domingo, em que explicou que os depósitos pulverizados se deveram ao fato de que o caixa eletrônico no qual foram feitos, na própria Alerj, estabelece limite por operação. E que o dinheiro provém da venda de um apartamento, da qual recebeu R$ 100 mil em dinheiro. O ex-atleta Fábio Guerra confirmou ontem o negócio fechado com Flávio.
Faltam mais explicações. Por exemplo, sobre divergências de datas entre a escritura do imóvel e os depósitos na conta de Flávio detectados pelo Coaf. E por que eles foram feitos em 48 parcelas, quando seria mais fácil usar o caixa normal.
O senador justifica o tamanho das cifras que transitaram pela sua conta por ser empresário e devido ao tal negócio imobiliário. Ele garante que tem como afastar suspeitas sobre o fluxo de sua conta bancária. Deveria, então, depor logo ao MP. Também porque seu pedido para que se valha do foro especial de senador não deverá prosperar.
Flávio Bolsonaro deveria ser o primeiro a não querer que este caso se alongue e comece a desidratar politicamente o governo, às vésperas de negociações-chave no Congresso para viabilizar a reforma da Previdência.


Ranier Bragon: Bolsonaro tem tudo a ver com o Flaviogate, só não vê quem não quer


Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Ranier Bragon afirma ser "preciso muito amor no coração, muita candura de espírito para considerar plausíveis as (não) explicações dadas até agora por Jair Bolsonaro sobre o suspeitíssimo caso de seu filho Flávio e do ex-motorista deste, Fabrício Queiroz"
247 - Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Ranier Bragon afirma ser "preciso muito amor no coração, muita candura de espírito para considerar plausíveis as (não) explicações dadas até agora por Jair Bolsonaro sobre o suspeitíssimo caso de seu filho Flávio e do ex-motorista deste, Fabrício Queiroz". "Perdoem-me os embevecidos pela lua de mel, mas infelizmente Jair tem muita coisa a ver com isso", diz.
O jornalista reforça que o "presidente recebeu na conta da mulher, Michelle, R$ 24 mil de Queiroz. Também empregou no gabinete em Brasília uma filha desse motorista, que repassava quase todo o salário ao pai e cuja atividade identificável era a de personal trainer no Rio".
"É plausível Bolsonaro emprestar R$ 40 mil a um sujeito que movimentava milhões, segundo o Coaf? É plausível o presidente não ter mostrado sequer um extratozinho bancário do suposto empréstimo? É plausível o pagamento ter ido para a mulher sob o argumento de que o marido, que recebia mensalmente R$ 33,7 mil na conta, não ter tempo de movimentar dinheiro? É plausível Bolsonaro não saber o que a filha de Queiroz fazia em seu gabinete?", questiona.


Equipe do governo brasileiro não sabe falar inglês


Não há paralelo para a sucessão de fatos grotescos que se multiplicam no governo de Jair Bolsonaro; a mais recente é versão para o inglês feita pelo governo da brevíssima entrevista que Jair Bolsonaro concedeu em Davos nesta segunda-feira; pressuposto básico para um governo que se dispõe a participar de um Fórum internacional, a proficiência bilíngue foi jogada na lata do lixo; o governo brasileiro traduziu “voltem a florescer” para “come back to bloom”; quando o correto seria “bloom again”, entre outros erros
247 - Não há paralelo para a sucessão de fatos grotescos que se multiplicam no governo de Jair Bolsonaro. A mais recente é versão para o inglês feita pelo governo da brevíssima entrevista que Jair Bolsonaro concedeu em Davos nesta segunda-feira. Pressuposto básico para um governo que se dispõe a participar de um Fórum internacional, a proficiência bilíngue foi jogada na lata do lixo. O governo brasileiro traduziu “voltem a florescer” para “come back to bloom”; quando o correto seria “bloom again”, entre outros erros
Segundo o site DCM, "aparentemente, quiseram economizar com um profissional de tradução e utilizaram o Google Tradutor."


AeroLula agora é aerobozo


Depois de criticarem ferozmente o avião oficial da presidência, apelidado à época de 'aerolula', bolsonaristas e agregados viajaram confortáveis no avião que ganha agora o apelido de 'aerobozo'; noperíodo do governo Lula, a oposição dizia que o governo petista havia sido irresponsável ao gastar uma fortuna para a compra e a manutenção de um avião luxuoso de última geração, em vez de usar o dinheiro para obras sociais e construção de estradas, por exemplo
247 - Depois de criticarem ferozmente o avião oficial da presidência, apelidado à época de 'aerolula', bolsonaristas e agregados viajaram confortáveis no avião que ganha agora o apelido de 'aerobozo'. No período do governo Lula, a oposição dizia que o governo petista havia sido irresponsável ao gastar uma fortuna para a compra e a manutenção de um avião luxuoso de última geração, em vez de usar o dinheiro para obras sociais e construção de estradas, por exemplo.
A reportagem da Folha lembra que "um dos críticos foi o atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, então deputado federal pelo PFL, hoje DEM."
Segundo a matéria, "Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi a Davos no mesmo avião, fizeram campanha eleitoral com discurso de um corte severo nos gastos públicos. Além deles, embarcaram na noite do domingo (20) quatro ministros: Sergio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (GSI)."
O jornal ainda destaca que "o valor total da viagem à Suíça, incluindo o combustível do "AeroLula" e as diárias da tripulação da FAB, não foi divulgado pela Presidência. Procurada pela Folha, a Presidência informou que não divulgará "por questão de segurança, nos termos" de um decreto de 2012, do governo Dilma Rousseff (PT)."

Globo volta a bater e aponta contradição de Flávio Bolsonaro


Apuração do Jornal Nacional aponta que na escritura, o pagamento de R$ 550 mil aconteceu três meses antes das operações consideradas atípicas pelo Coaf; os outros R$ 50 mil foram pagos em agosto, em cheques no ato da escritura; segundo a reportagem, Flávio Bolsonaro recebeu R$ 600 mil mais dois imóveis como pagamento pelo apartamento que vendeu
247 - De acordo com apuração dos jornalistas Arthur Guimarães e Paulo Renato Soares, do Jornal Nacional, a data da escritura registrada pelo senador eleito Flávio Bolsonaro diverge em três meses do período que fez os depósitos em dinheiro apurado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 
A escritura registra que Flávio Bolsonaro recebeu dois imóveis e mais R$ 600 mil pela venda de um apartamento. Ele disse que parte do sinal dessa compra foi paga em espécie e que depositou esse dinheiro na conta dele, entre junho e julho de 2017. O comprador, o ex-atleta Fábio Guerra, confirma que pagou cerca de R$ 100 mil em dinheiro vivo.
A apuração do Jornal Nacional aponta que na escritura, o pagamento de R$ 550 mil aconteceu três meses antes das operações consideradas atípicas pelo Coaf. Os outros R$ 50 mil foram pagos em agosto, em cheques no ato da escritura.
O documento aponta ainda que, em 2017, ele fez uma permuta com Fábio Guerra e a mulher, Giordana Vinagre de Farias Guerra, dando o imóvel de Laranjeiras pelo valor de R$ 2,4 milhões em troca de um outro apartamento no bairro da Urca, também na Zona Sul do Rio; uma sala de escritório na Barra da Tijuca, na Zona Oeste; e mais R$ 600 mil.
Em entrevista ao JN, Guerra confirmou os pagamentos em dinheiro, mas apesar do montante, ele diz que não se recorda dos valores. "A média foi isso ai. Não posso falar ao certo, porque de repente foi 70, 80, foi 120, 110 [mil reais], entendeu, mas a média foi isso ai mesmo. O resto foi tudo depósito", disse.
"A escritura, no entanto, diz que os R$ 600 mil foram pagos da seguinte uma forma: R$ 550 mil a título de sinal, em 24 de março de 2017; 5 cheques que somaram R$ 50 mil, em 23 de agosto de 2017", diz a reportagem.
Confira a íntegra da reportagem no G1.


Filha de Fabrício Queiroz continua empregada no gabinete de Flávio Bolsonaro


Evelyn Melo de Queiroz, filha do ex-assessor Fabrício Queiroz, está empregada até hoje no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, com salário mensal de R$ 9.835, 63; a informação é da Revista Época. Segundo a revista - que é do Grupo Globo - Evelyn é última integrante da família Queiroz a ainda trabalhar com Flávio
247 - Evelyn Melo de Queiroz, filha do ex-assessor Fabrício Queiroz, está empregada até hoje no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, com salário mensal de R$ 9.835, 63. A informação é da Revista Época. Segundo a revista - que é do Grupo Globo - Evelyn é última integrante da família Queiroz a ainda trabalhar com Flávio.
A nota do site DCM ainda informa que "a mulher do motorista, Márcia Aguiar, e a outra filha, Nathália Melo de Queiroz, também já foram lotadas no gabinete."