domingo, 20 de janeiro de 2019

Militares já se espalham por 21 áreas do governo, de banco estatal à Educação

O presidente Jairo Bolsonaro, durante cerimônia da troca da Guarda Presidencial (Foto: Divulgação/Agência Brasil/Alan Santos/PR)


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os militares nomeados ou prestes a serem nomeados já passam de 45 no governo de Jair Bolsonaro, espalhados por 21 áreas: da assessoria da presidência da Caixa Econômica ao gabinete do Ministério da Educação; da diretoria-geral da hidrelétrica Itaipu à presidência do conselho de administração da Petrobras.
O Exército, do qual vieram o presidente e seu vice, Hamilton Mourão, tem maioria entre os membros do governo: eram 18 generais e 11 coronéis da reserva até esta sexta (18) - o número cresce a cada dia.
Militares agora comandam o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) e sete ministérios: Secretaria de Governo, Defesa, Minas e Energia, Infraestrutura, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), CGU (controle interno e transparência) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Generais da reserva ou reformados ocupam cinco cargos no comando da Secretaria-Geral da Presidência da, comandada por um civil, o advogado Gustavo Bebianno. No Ministério de Justiça do ex-juiz Sergio Moro, os militares se espalharam pela Secretaria Nacional de Segurança Pública de forma inédita desde que o órgão foi criado, em 1997. Vinculados ao secretário nacional, o general da reserva Guilherme Theophilo, estarão três coronéis - a pasta confirmou que as nomeações devem sair nos próximos dias. No gabinete de Moro, um suboficial do Exército atua como assessor técnico.
O levantamento da reportagem sobre os militares no governo não incluiu membros de forças policiais estaduais, como Polícia Militar e Bombeiros, e considerou apenas dois nomeados no Gabinete de Segurança Institucional, um órgão normalmente ocupado por militares, o ministro Augusto Heleno e o general Eduardo Villas Bôas, que até o dia 11 comandava o Exército.
A força econômica dos setores com presença militar ultrapassa as centenas de bilhões de reais. Apenas a Petrobras, maior empresa do país, teve uma receita estimada em R$ 283 bilhões em 2017.
Historiadores ouvidos pela reportagem concordam que não houve, desde a redemocratização, em 1985, uma avalanche de militares no Executivo como a atual.
A historiadora e cientista política da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Heloisa Starling, que atuou na Comissão Nacional da Verdade, disse que um número tão grande de militares no Executivo é "muito pouco usual numa democracia, em especial em cargos estratégicos" e situação semelhante só foi registrada no Brasil durante a ditadura (1964-1985).
Mas ela não acredita que isso indique automaticamente "uma pretensão autoritária". "Deveríamos nos preocupar é [com o fato de] que os militares não são formados para a atividade política, mas sim para o confronto com o inimigo. A política é o oposto disso, ela amplia a capacidade de construção do consenso", disse Starling.
Para a historiadora, "não se sabe ainda como se dará a gestão administrativa num ambiente democrático de embate de ideias e críticas".
Carlos Fico, historiador da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), acredita que a maior presença de militares no governo "decorre do perfil do presidente, ele próprio militar reformado e que, como parlamentar, procurou defender causas associadas às polícias militares e aos militares propriamente dito".
"Os militares expressam, no Brasil, a onda conservadora que atinge outros países porque eles são o grupo conservador mais organizado do país. Não havia, até recentemente, um partido assumidamente de direita por aqui", disse Fico.
Para o professor, "o despreparo e a inexperiência" do grupo político de Bolsonaro também ajudam a entender a presença militar no governo, pois os militares "supostamente seriam bem preparados e conhecedores da realidade nacional".
Na terça (15), o ministro da Secretaria de Governo, o general Santos Cruz, disse não ver vantagens nem desvantagens na presença militar no governo. "A situação de militar não coloca nada demais. Coloca só mais responsabilidade, porque a gente representa uma corporação inteira."


Obras do “CIE” chegam a 80% em Apucarana


O CIE foi idealizado pelo Governo Federal para atender prioritariamente áreas de vulnerabilidade social. O espaço tem 3.750 metros quadrados de área construída, com investimento na ordem de R$ 4,1 milhões de recursos conquistados a fundo perdido junto ao Ministério do Esporte
(Foto: Profeta)
Falta pouco para a conclusão das obras de construção do Centro de Iniciação Esportiva (CIE). Segundo divulgou a Secretaria de Obras da Prefeitura de Apucarana, o cronograma de execução já atingiu 80% do total. As condições do canteiro de obras foram vistoriadas nesta semana pelo prefeito em exercício Júnior da Femac, pela secretária Municipal de Esportes e Juventude, Jossuela Pinheiro, e pelo secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno. O CIE, que faz parte do legado olímpico, está sendo edificado em área de 7 mil metros quadrados junto ao Parque Japira, no Jardim América. “Esta é mais uma importante obra viabilizada pela gestão do prefeito Beto Preto. Localizada entre os jardins América e Trabalhista, vai atender a uma ampla região com atividades esportivas nas mais diversas modalidades. Além de servir de local de competições, vai sediar um centro de iniciação esportiva propriamente dito, com diversas escolinhas. É Apucarana completando 75 anos de emancipação política e recebendo investimentos relevantes no Esporte, na Educação, Saúde, Infraestrutura urbana e rural, entre outras áreas”, comemorou Júnior da Femac, prefeito em exercício de Apucarana.
O CIE foi idealizado pelo Governo Federal para atender prioritariamente áreas de vulnerabilidade social. O espaço tem 3.750 metros quadrados de área construída, com investimento na ordem de R$ 4,1 milhões de recursos conquistados a fundo perdido junto ao Ministério do Esporte. “A construção do CIE foi fruto da firme decisão política do prefeito licenciado Beto Preto, da competência técnica das nossas equipes de Engenharia e de Esportes mas, sobretudo, da articulação em Brasília do agora deputado estadual eleito Arilson Chiorato. Não fosse o trabalho dele, Apucarana não teria conseguido essa obra”, revelou Júnior da Femac. De acordo com o prefeito em exercício, dos 20 CIEs previstos para o Paraná, o Governo Federal liberou apenas cinco projetos. “Um deles foi o de Apucarana, graças ao empenho do Arilson em favor da cidade”, reforçou Júnior da Femac.
Apucarana foi contemplada com o Modelo III de CIE, o maior oferecido pelo Governo Federal dentro do programa. “Toda a parte bruta do complexo já foi executada, restando poucos detalhes agora para sua conclusão, como o revestimento da quadra poliesportiva coberta e da mini-pista de atletismo”, relatou Herilveto Moreno, secretário Municipal de Obras.
Na visão da secretária Municipal de Esportes e Juventude, Jossuela Pinheiro, o Centro de Iniciação Esportiva (CIE) será um espaço de fortalecimento do esporte em Apucarana. “É um espaço grandioso, uma bela conquista do prefeito licenciado Beto Preto e que agora vem sendo acompanhada ainda mais de perto pelo prefeito em exercício Júnior da Femac. Estamos ansiosos para o início das atividades”, disse Jossuela. Além da estrutura voltada ao esporte, como quadra poliesportiva coberta com medida oficial, arquibancada e tabelas de basquete móveis (que contribuem para ampliar o espaço quando necessário), pista de atletismo com dimensão de 120 x 10 metros, o CIE é dotado de área de apoio para administração, sala de professores e técnicos, vestiários, enfermaria, copa, depósito, academia e sanitário, além de um tatame para artes marciais que será implantado sobre o mezanino. “Outra grande marca do CIE é a engenharia voltada para a acessibilidade dos esportistas e do público”, concluiu a secretária.
O vice-prefeito Júnior da Femac também lembrou que o CIE vai receber o nome de Juraci Pereira Barbosa, que faleceu em abril deste ano aos 55 anos de idade e foi um profissional que se destacou na promoção do esporte apucaranense. “A lei que oficializa o nome, inclusive, já foi enviada pelo prefeito licenciado Beto Preto e aprovada pelos vereadores”, revela Júnior.

Sueli Pereira assume a Secretaria da Fazenda


Servidora de carreira ocupa a função no lugar do ex-secretário Marcello Augusto Machado 
(Foto: Profeta)

A Secretaria Municipal da Fazenda de Apucarana tem nova titular. Trata-se da servidora de carreira Sueli Aparecida de Freitas Pereira, cuja nomeação foi assinada pelo prefeito em exercício, Junior da Femac. Ela assume o cargo deixado pelo ex-secretário Marcello Augusto Machado, que foi recentemente nomeado pelo governador Ratinho Junior, para a presidência da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (FUNEAS), passando a atuar ao lado do secretário de estado da saúde, Dr. Beto Preto.
Sueli Pereira é graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar/Fecea) e têm especialização em Gestão Financeira, contábil e Auditoria, também pela Unespar/Fecea. A carreira de Sueli como servidora pública municipal iniciou-se em 1998, na função de fiscal tributário. Já em 2017, ela passou a ocupar a função de superintendente de tributação, sob a chefia do então secretário, Marcello Machado.
A escolha de Sueli Aparecida de Freitas Pereira foi chancelada pelo prefeito licenciado Beto Preto e o ex-secretário da fazenda Marcelo Machado. “A Sueli é uma servidora eficiente e muito dedicada, e que tem pleno conhecimento da importante função que passa a exercer na municipalidade”, avalia Junior da Femac.
Sueli diz que seu foco principal é garantir que os compromissos assumidos possam ser cumpridos integralmente e sempre dentro dos prazos estabelecidos pela gestão. “Vamos fazer sempre a coisa certa, dentro do que estabelece a lei. Isso inclui o pagamento da folha dentro do prazo, aplicação dos índices de saúde e educação, manter o equilíbrio fiscal (receitas/despesas), o pagamento das dívidas públicas e precatórios, além do rigoroso cumprimento das determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal”, anuncia a nova secretária da fazenda de Apucarana.


Youtuber acusa assessor de Frota de fornecer drogas em ato contra Dilma


Autor do canal Revoltados Online do Youtube, publicou na última sexta-feira (18), um vídeo intitulado 'Agente do PCC infiltrado no governo Bolsonaro a mando do MDB'.


Marcello Reis, autor do canal Revoltados Online do Youtube, publicou na última sexta-feira (18), um vídeo intitulado 'Agente do PCC infiltrado no governo Bolsonaro a mando do MDB'.
Reis refere-se a Vinícius Aquino, assessor do Deputado Federal eleito Alexandre Frota (PSL), a quem acusou de fornecer drogas para ele.
“Ele levava cocaína para a gente quando estávamos acampados no gramado do Congresso, esperando a votação do impeachment da Dilma, em 2016”, afirmou Reis.
Ao responder as acusações, Aquino afirmou neste sábado que as declarações de Reis são “de uma pessoa descompensada, sem estudo, que vive de likes na internet.”
“Não existe qualquer boletim de ocorrência contra mim referente a tráfico de drogas. Estou juntando todo esse material para processar essas pessoas que estão levantado essas calúnias contra mim, sem respaldo em qualquer prova.”

Editorial da folha reclama do excesso de militares


Em editorial publicado neste domingo (20), a Folha de São Paulo lamenta que militares brasileiros que alcançaram o topo da carreira após longa e variada trajetória de serviços públicos tenham "atuado pouco nos ramos civis afins em gestões anteriores", porém, acredita que o governo Jair Bolsonaro (PSL), ao pôr-se a corrigir a subparticipação histórica de militares, incorre no risco oposto, "o de exagerar na dosagem"
247 - Em editorial publicado neste domingo (20), a Folha de São Paulo lamenta que militares brasileiros que alcançaram o topo da carreira após longa e variada trajetória de serviços públicos tenham "atuado pouco nos ramos civis afins em gestões anteriores", porém, acredita que o governo Jair Bolsonaro (PSL), ao pôr-se a corrigir a subparticipação histórica de militares, incorre no risco oposto, "o de exagerar na dosagem".
"Contam-se 21 áreas da administração com indicados oriundos do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Há militares em setores de pouca relação com a formação precípua dos profissionais da defesa nacional, como a educação, o Banco Central, a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e Itaipu. A concentração de nomeações numa corporação reduz a diversidade de conhecimentos e experiências necessária para tocar com eficiência a máquina federal. Não apenas os valores positivos, mas também as idiossincrasias da caserna influenciarão decisões civis", afirma o editorial.
O jornal teme que com o peso desproporcional na gestão, os militares possam angariar privilégios injustos na repartição dos custos sociais da reforma da Previdência, e que a percepção de que os quartéis se tornaram catapultas para cargos de destaque no governo, com o passar do tempo, "tende a solapar a barreira, vital na democracia, entre a política partidária, de um lado, e as Forças Armadas, do outro".


Janaína Paschoal quer quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro


Já fica insustentável, mesmo no PSL, a situação do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), cujo ex-assessor Fabrício Queiroz movimentou R$ 7 milhões em três anos. Eleita pelo partido, Janaina Paschol quer a quebra dos sigilos. “Defendo que seja derrubado sigilo para que possamos compreender a totalidade”, afirmou deputada estadual mais votada da história do país, com 2 milhões de votos
Por Esmael Morais, em seu blog –“Defendo que seja derrubado sigilo para que possamos compreender a totalidade”, afirmou deputada mais votada da história do país, com 2 milhões de votos.
De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Flávio Bolsonaro recebeu em um mês R$ 96 mil em dinheiro, em depósitos feitos no autoatendimento da agência que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Entre junho e julho de 2017 foram realizados 48 depósitos, cada um no valor de R$ 2 mil.
A informação foi ao ar na edição desta sexta-feira (18) do Jornal Nacional, da TV Globo.


Lula manda recado: o Brasil ainda vai voltar a ser feliz


Preso sem provas há nove meses para ser arrancado do processo eleitoral e para que abrisse espaço para a eleição de Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula mandou um recado neste domingo: o Brasil ainda vai voltar a ser feliz. O fato de Lula estar preso aumenta ainda mais a pressão contra o governo, no momento em que o bolsonarismo desmorona diante da descoberta de que Fabrício Queiroz, apontado como laranja do clã Bolsonaro, movimentou R$ 7 milhões em apenas três anos – o equivalente a sete triplex no Guarujá
247 – O fim precoce do governo de Jair Bolsonaro, que já se desmoralizou com a descoberta de que o motorista Fabrício Queiroz, tido como laranja da família, movimentou R$ 7 milhões em apenas três anos (saiba mais aqui), amplia o contraste com a situação do ex-presidente Lula, que foi preso sem provas há nove meses pelo ex-juiz Sergio Moro, justamente para que fosse arrancado do processo eleitoral, abrindo espaço para a eleição de Bolsonaro.
Mesmo submetido a esta provação, Lula foi ao twitter nesta manhã, por meio de sua assessoria, e mandou uma mensagem ao povo brasileiro: o Brasil ainda voltará a ser feliz! Era uma referência ao ato Lula Livre, ocorrido ontem, no Arpoador, no Rio de Janeiro.
O contraste entre Lula e Bolsonaro é abissal. Lula, que teria vencido a eleição em primeiro turno, foi condenado por "fatos indeterminados" – ou seja, sem provas. Bolsonaro, que se vendeu na campanha como o xerife contra a corrupção, passou o dia de ontem reunido com o filho Flávio Bolsonaro, que tenta esconder as provas que já apareceram no caso Queiroz.
Confira, abaixo, o tweet do ex-presidente Lula:
 

Nassif: governo Bolsonaro já está chegando ao fim


O jornalista Luis Nassif avalia que o governo de Jair Bolsonaro já chegou ao fim e diz que ele será derrubado não apenas pelos rolos de Fabrício Queiroz, como também por sua ligação com as milícias do Rio de Janeiro, que estão sendo investigadas na Operação Quarto Elemento. Nassif diz ainda que os militares "dificilmente manterão o aval a um governo ligado às milícias, tendo se mostrado um carro desgovernado, incapaz de se articular minimamente
247 – O jornalista Luis Nassif avalia que o governo de Jair Bolsonaro já chegou ao fim e diz que ele será derrubado não apenas pelos rolos de Fabrício Queiroz, como também por sua ligação com as milícias do Rio de Janeiro, que estão sendo investigadas na Operação Quarto Elemento. Nassif diz ainda que os militares "dificilmente manterão o aval a um governo ligado às milícias, tendo se mostrado um carro desgovernado, incapaz de se articular minimamente". Confira, abaixo, um trecho de sua coluna no GGN:
Àquela altura, mídia, mercado, Círculos Militares, o general Villas Boas, tentavam pegar carona na onda anti-PT. Quando Bolsonaro passou a cavalgá-la, foi poupado em nome da causa maior: ele tinha serventia. Agora, não tem mais. Pelo contrário. A cada dia torna-se um peso excessivo para ser carregado por seu maior avalista, o estamento militar.
Não é Sérgio Moro quem está vazando informações. Aliás, Moro está mais agarrado ao cargo que caranguejo na pedra. Muito provavelmente é o próprio MPE do Rio, que há tempos entendeu a extensão do envolvimento dos Bolsonaro com as milícias.
Esse processo terá consequências sobre as instituições.
Mídia – com os fatos se sucedendo, rompeu definitiva e precocemente a blindagem sobre Bolsonaro.
Forças Armadas – dificilmente manterão o aval a um governo ligado às milícias, tendo se mostrado um carro desgovernado, incapaz de se articular minimamente.
Ministério Público – com o aval da mídia, e com o impacto das revelações sobre Flávio, continuará agindo e tirando da gaveta mais informações sobre a família.
Supremo Tribunal Federal – com a opinião militar mudando, recuperará a valentia e endossará as ações da PGR e do MPE. O Ministro Luiz Fux ficou literalmente com a broxa na mão.
Senado – o caos em que se transformou o PSL, facilitando a eleição de Renan Calheiros, deixará o Senado como poder autônomo em relação a Bolsonaro, especialmente agora, que se vislumbra o desmonte da blindagem institucional.


Bomba: o escândalo é maior e Queiroz movimentou R$ 7 milhões em suas contas


O ex-motorista Fabrício Queiroz, apontado como laranja da família Bolsonaro, movimentou mais do que o R$ 1,2 milhão até agora revelado. Segundo o jornalista Lauro Jardim, dados do Coaf mostram uma movimentação muito maior, de R$ 7 milhões em três anos – o que pode vir a derrubar não apenas o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), como o próprio Jair Bolsonaro, uma vez que a primeira-dama Michele Bolsonaro também recebeu depósitos da conta de Queiroz. "Haja rolo", ironiza Lauro Jardim
247 – "O Coaf sabe muito mais do que já foi revelado sobre o caso Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro. Nos arquivos do órgão federal de controle de atividades financeiras consta que Queiroz transacionou um volume de dinheiro substancialmente maior do que veio a público até dezembro. Além dos famigerados R$ 1,2 milhão movimentados atipicamente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, passaram por sua conta mais R$ 5,8 milhões nos dois exercícios imediatamente anteriores. Ou seja, no total Queiroz movimento R$ 7 milhões em apenas três anos. Segundo o próprio Jair Bolsonaro, Queiroz 'fazia rolo'. Haja rolo", informa o colunista Lauro Jardim, em nota publicada neste domingo no jornal O Globo.
Em sua coluna, Lauro Jardim cita o fato de o ministro Luiz Fux ter trancado as investigações, numa decisão contestada por todo o meio jurídico, mas diz que o caso será retomado assim que terminar o recesso judicial. O ministro Marco Aurélio Mello, que é relator do caso, já disse que a decisão ilegal, imoral e inconstitucional de Fux irá para a lata de lixo. Segundo Lauro Jardim, as explicações de Flávio Bolsonaro sobre as movimentações de Queiroz terão que ser mais convincentes do que as até agora apresentadas.
Saiba mais sobre o caso:
(Reuters) - Novo documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou depósitos em dinheiro no valor de quase 100 mil reais na conta do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no período de um mês, segundo reportagem do Jornal Nacional na sexta-feira.
Segundo o JN, foram 48 depósitos, no valor de 2 mil reais cada, entre junho e julho de 2017. Vários dos depósitos foram feitos em poucos minutos, concentrados no posto de autoatendimento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O Coaf, segundo a reportagem, apontou que não foi possível identificar quem fez os depósitos, mas que o fato de serem vários depósitos do mesmo valor sugerem tentativa de ocultar a origem do dinheiro.
O Ministério Público do Rio de Janeiro havia pedido relatórios para o Coaf de assessores parlamentares da Alerj. Um ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, é investigado pelo MPRJ por movimentações atípicas identificadas pelo Coaf no valor de 1,2 milhão de reais.
A reportagem do JN afirma que o MPRJ pediu para o Coaf ampliar o levantamento para movimentações dos deputados estaduais fluminenses porque há suspeitas de que funcionários devolvessem parte dos salários aos parlamentares.
Segundo nota do MPRJ divulgada na sexta-feira, Flávio, que é filho do presidente Jair Bolsonaro, não é investigado.
Decisão do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, suspendeu a investigação sobre Queiroz a pedido de Flávio. 
Uma fonte do Judiciário, no entanto, disse à Reuters que Flávio é investigado na esfera cível.
Em entrevista ao Jornal da Record na noite de sexta-feira, gravada antes da veiculação da matéria do JN, Flávio afirmou que reivindicou ao STF que sejam cumpridas obrigações legais, embora seja contra o foro especial.
“Quando tive acesso aos autos, descobri que o Ministério Público estava me investigando de forma oculta desde meados do ano passado, e além disso usando vários atos ao longo desse procedimento ilegais também. E pior, descobri que o meu sigilo bancário havia sido quebrado sem a devida autorização judicial”, disse ele.
“Não quero privilégio nenhum, mas quero ser tratado dentro da lei e dentro da Constituição. Não estou me escondendo atrás de foro nenhum. Não tenho nada para esconder de ninguém. Aonde o Supremo determinar que eu tenho que ir eu vou fazer”, completou.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a defesa de Flávio disse que os procuradores produziram provas ilegalmente e quer a anulação delas.
Queiroz foi convidado duas vezes para prestar esclarecimentos no MP do Rio de Janeiro, mas não compareceu alegando problemas de saúde. A família dele também foi chamada para esclarecer a movimentação atípica de mais de 1,2 milhão de reais entre 2017 e 2018, mas não apareceu na data marcada.
Flávio Bolsonaro também não compareceu a um depoimento, mas havia prometido marcar uma nova data. Por ter prerrogativa de foro, ele podia acertar com os promotores uma data para se apresentar e dar seus esclarecimentos. O parlamentar usou sua conta em uma rede social para justificar a ausência e argumentou que não teve acesso ao processo.
Em dezembro, Queiroz afirmou em entrevista ao SBT que entre suas atividades está a de revenda de carros. Ele disse que ganhava cerca de 10 mil reais por mês quando fazia assessoria a Flávio Bolsonaro e que seus rendimentos mensais eram de cerca de 24 mil reais, incluindo remuneração como policial.
De acordo com o relatório do Coaf, entre a movimentação suspeita de Queiroz de 1,2 milhão de reais estavam depósitos à hoje primeira-dama, Michelle Bolsonaro.


Brasileiras protestam em NY contra governo Bolsonaro


Um grupo de mulheres brasileiras protestou neste sábado 19 contra o fascismo e o governo Jair Bolsonaro em Nova York. O ato fez parte do 3th Women's March, que aconteceu também em Washington e dezenas de cidades dos Estados Unidos; as brasileiras também exigiram justiça por Marielle Franco e denunciaram perseguição às imigrantes latinas e às indígenas
247 - Um grupo de mulheres brasileiras protestou neste sábado 19 contra o fascismo e o governo Jair Bolsonaro em Nova York. O ato fez parte do 3th Women's March, que aconteceu também em Washington e dezenas de cidades dos Estados Unidos. O movimento pede por justiça social, racial e econômica, igualdade de gênero e o fim da violência contra as mulheres.
Em Nova York, estiveram presentes nos protestos os grupos "Mulheres da Resistência no Exterior", Defend Democracy in Brazil Committee" e banda "Fogo Azul", formada somente por mulheres, muitas brasileiras.
Além de marchar em solidariedade às causas das americanas, as brasileiras denunciaram ainda a perseguição às imigrantes latinas, a perda de direitos e o ataques aos direitos humanos de todas as mulheres brasileiras perpetradas abertamente pelo governo Bolsonaro.
O grupo também exigiu justiça por Marielle Franco, vereadora assassinada há 10 meses, o fim da violência contra as mulheres indígenas e suas comunidades e o fim do alarmante número de feminicídios.
A primeira Marcha das Mulheres ocorreu em 2017 em Washington, um dia depois da posse de Donald Trump, em forma de protesto ao novo governo.


Moro seria um aliado da Globo na sua guerra contra Bolsonaro?


"Quem vaza para o jn os documentos do COAF que atiram no peito do Bolsonaro? O primeiro suspeito é o Moro!", diz o jornalista Paulo Henrique Amorim, da Record, sobre a reportagem divulgada na noite de ontem, no Jornal Nacional, que mói o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSl-RJ); a reportagem indica que Flávio recebeu 48 depósitos fracionados, totalizando R$ 98 mil, com dados recebidos de um relatório do Coaf, órgão subordinado ao ministro Sergio Moro
247 – O jornalista Paulo Henrique Amorim, da Record, emissora que apoia Jair Bolsonaro, avalia que o ministro Sergio Moro já trabalha para derrubar o presidente. "Vazar documentos sigilosos foi a arma que ele e a Globo usaram para destruir o PT, prender o Lula, desmoralizar a Política, derrubar a Dilma, uma presidenta honesta, e fechar a indústria nacional com o desemprego de um milhão de trabalhadores honestos. No dia seguinte à posse, Bolsonaro realizou o maior desejo do Moro: tirou o COAF do Ministério do Primata do tal neolibelismo e entregou ao Moro. Quem vaza para o jn os documentos do COAF que atiram no peito do Bolsonaro?", questiona Amorim, em post no Conversa Afiada.

(Reuters) - Novo documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou depósitos em dinheiro no valor de quase 100 mil reais na conta do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no período de um mês, segundo reportagem do Jornal Nacional na sexta-feira.
Segundo o JN, foram 48 depósitos, no valor de 2 mil reais cada, entre junho e julho de 2017. Vários dos depósitos foram feitos em poucos minutos, concentrados no posto de autoatendimento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O Coaf, segundo a reportagem, apontou que não foi possível identificar quem fez os depósitos, mas que o fato de serem vários depósitos do mesmo valor sugerem tentativa de ocultar a origem do dinheiro.
O Ministério Público do Rio de Janeiro havia pedido relatórios para o Coaf de assessores parlamentares da Alerj. Um ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, é investigado pelo MPRJ por movimentações atípicas identificadas pelo Coaf no valor de 1,2 milhão de reais.
A reportagem do JN afirma que o MPRJ pediu para o Coaf ampliar o levantamento para movimentações dos deputados estaduais fluminenses porque há suspeitas de que funcionários devolvessem parte dos salários aos parlamentares.
Segundo nota do MPRJ divulgada nesta sexta-feira, Flávio, que é filho do presidente Jair Bolsonaro, não é investigado.
Decisão do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, suspendeu a investigação sobre Queiroz a pedido de Flávio.
Em entrevista ao Jornal da Record na noite de sexta-feira, gravada antes da veiculação da matéria do JN, Flávio afirmou que reivindicou ao STF que sejam cumpridas obrigações legais, embora seja contra o foro especial.
“Quando tive acesso aos autos, descobri que o Ministério Público estava me investigando de forma oculta desde meados do ano passado, e além disso usando vários atos ao longo desse procedimento ilegais também. E pior, descobri que o meu sigilo bancário havia sido quebrado sem a devida autorização judicial”, disse ele.
“Não quero privilégio nenhum, mas quero ser tratado dentro da lei e dentro da Constituição. Não estou me escondendo atrás de foro nenhum. Não tenho nada para esconder de ninguém. Aonde o Supremo determinar que eu tenho que ir eu vou fazer”, completou.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a defesa de Flávio disse que os procuradores produziram provas ilegalmente e quer a anulação delas.
Queiroz foi convidado duas vezes para prestar esclarecimentos no MP do Rio de Janeiro, mas não compareceu alegando problemas de saúde. A família dele também foi chamada para esclarecer a movimentação atípica de mais de 1,2 milhão de reais entre 2017 e 2018, mas não apareceu na data marcada. 
Flávio Bolsonaro também não compareceu a um depoimento, mas havia prometido marcar uma nova data. Por ter prerrogativa de foro, ele podia acertar com os promotores uma data para se apresentar e dar seus esclarecimentos. O parlamentar usou sua conta em uma rede social para justificar a ausência e argumentou que não teve acesso ao processo.
Em dezembro, Queiroz afirmou em entrevista ao SBT que entre suas atividades está a de revenda de carros. Ele disse que ganhava cerca de 10 mil reais por mês quando fazia assessoria a Flávio Bolsonaro e que seus rendimentos mensais eram de cerca de 24 mil reais, incluindo remuneração como policial.
De acordo com o relatório do Coaf, entre a movimentação suspeita de Queiroz de 1,2 milhão de reais estavam depósitos à hoje primeira-dama, Michelle Bolsonaro.


Reinaldo diz que situação de Flávio é desesperadora e cobra Moro


Jornalista diz que "imbróglio atinge o cerne do discurso moralista do Bolsonarismo" e lembra que "este é o governo que tem como ministro da Justiça ninguém menos do que Sérgio Moro, o paladino da luta contra a corrupção"
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo cobra o ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro sobre o escândalo do Bolsogate, que segundo ele "atinge o cerne do discurso moralista do Bolsonarismo". "Este é o governo que tem como ministro da Justiça ninguém menos do que Sérgio Moro, o paladino da luta contra a corrupção", lembra.
"Mesmo que esse imbróglio todo vá para baixo do tapete — e tenho certa curiosidade de saber como o Ministério Público agasalharia esse ônus sem se desmoralizar —, o episódio vai fazer sombra mais na reputação de Moro do que na de seu chefe, o pai de Flávio", escreve o comentarista em seu blog.
Reinaldo Azevedo afirma que "a situação de Flávio estava ruim", mas que após a nova denúncia do Jornal Nacional nesta sexta-feira 18, "é moralmente desesperadora".


sábado, 19 de janeiro de 2019

Coaf aponta pagamento de título de R$ 1 milhão por Flávio Bolsonaro


Obtido pelo “Jornal Nacional”, da Globo, novo trecho do relatório do Coaf mostra o pagamento sem indicação de favorecido

 Alerj
Um novo trecho do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) acerca das movimentações financeiras atípicas do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) mostra um pagamento de um título bancário da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 1.016.839, sem indicação do favorecido. O documento foi obtido pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo”.
Segundo o JN, o Coaf também não conseguiu identificar a data e nenhum outro detalhe sobre o pagamento.
Além disso, o relatório cita que Flávio tem operações financeiras muito semelhantes com as realizadas por Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente da República. Os dois relatórios têm em comum depósitos e saques feitos em caixas de autoatendimento dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), operações feitas em espécie e valores fracionados.
As análises nas operações bancárias de Flávio Bolsonaro foram um desdobramento do primeiro relatório do Coaf, que indicavam as movimentações de Fabrício Queiroz.
Fora o pagamento do título bancário, o novo documento do Coaf encontrou 48 depósitos na conta do então deputado estadual, totalizando R$ 96 mil em cinco datas.
O Coaf não conseguiu identificar os autores dos depósitos e disse que o fato de serem valores fracionados desperta a suspeita de ocultação da origem do dinheiro, de acordo com base na circular do Banco Central que trata de lavagem de dinheiro: “a realização de operações que por habitualidade, valor e forma configuram artifício para burlar a identificação dos responsáveis e dos beneficiários finais”, diz a circular.
O MP-RJ suspeita que os funcionários da Alerj devolviam parte dos salários e solicitou ao Coaf a ampliação do levantamento.
Na quinta-feira (17), Flávio Bolsonaro recorreu ao STF, alegando foro privilegiado, e conseguiu a suspensão temporária da investigação contra Queiroz. O filho do presidente da República disse que o Ministério Público do Rio o investigava de maneira irregular.
Fonte: Notícias ao Minuto

Saúde paga prestadores da área de hemodiálise


A Secretaria de Saúde do Paraná fez o pagamento, nesta sexta-feira, dos serviços prestados por clínicas que atendem a população com Terapia Renal Substitutiva (TRS). Aproximadamente R$ 6,1 milhões relativos aos serviços de hemodiálise no mês de novembro foram depositados nas contas das 20 clínicas ligadas ao Estado. Os serviços prestados em dezembro entram normalmente no calendário de pagamentos.
Os repasses estarão nas contas das clínicas já nesta segunda-feira. Com a abertura do orçamento pela Secretaria da Fazenda, a Saúde priorizou o pagamento dessas clínicas para não haver risco de interrupção nos serviços prestados à população. Os demais 23 prestadores de serviço recebem diretamente de municípios que têm Gestão Ampliada da Saúde.
Os pagamentos são feitos normalmente por volta do dia 15, uma vez que as verbas são repassadas ao Estado entre os dias 9 e 10 de cada mês – neste período, a Secretaria da Saúde precisa conferir e validar os serviços prestados pelas clínicas conveniadas. Apenas no pagamento relativo a novembro houve atraso no repasse por conta do orçamento estadual que não havia sido aberto.
“O que nós constatamos é que, no fim de 2018, não havia previsão de pagamento. Como a quitação ficou para a gestão que está assumindo agora, foi preciso aguardar a abertura do orçamento de 2019”, explica o superintendente de Gestão de Saúde da SESA, Geraldo Biesek.
Os procedimentos relacionados à Terapia Renal Substitutiva são pagos por meio de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC) e são custeados, em sua totalidade, pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). O pagamento é responsabilidade do Ministério da Saúde e é feito de acordo com o número de procedimentos de cada instituição e segue a tabela unificada do SUS.
Por mês são atendidos cerca de cinco mil pacientes no Paraná. Alguns passam pela hemodiálise até três vezes por semana. “No Paraná não tem fila de espera para o atendimento. Todos os pacientes têm acesso aos serviços e, de acordo com a Portaria 3.152, de 1º de outubro de 2018, do Ministério da Saúde, existe a possibilidade de ampliação do número de atendimentos com recursos já garantidos”, afirma o superintendente.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sesa



Bolsonaro já chegou a dizer que não visitaria um filho na papuda


Numa eleição para presidente da Câmara, em 2 de fevereiro de 2017, o então deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teve apenas quatro votos e terminou na última colocação entre os seis que pleiteavam o cargo. Ele não teve nem mesmo o voto do filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que não compareceu à sessão. Numa troca de mensagens, disse que não visitaria o filho Eduardo na Papuda (foto de Lula Marques)
247 – Numa eleição para presidente da Câmara, em 2 de fevereiro de 2017, o então deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teve apenas quatro votos e terminou na última colocação entre os seis que pleiteavam o cargo. Ele não teve nem mesmo o voto do filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que não compareceu à sessão. Numa troca de mensagens, disse que não visitaria o filho Eduardo na Papuda.
Relembre o caso, em reportagem da época de Veja:
Na eleição para presidente da Câmara, no último dia 2 de fevereiro, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teve apenas quatro votos e terminou na última colocação entre os seis que pleiteavam o cargo. Ele não teve nem mesmo o voto do filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que não compareceu à sessão.
No dia da votação, no plenário, o fotógrafo Lula Marques, registrou uma imagem do celular de Jair Bolsonaro. Nele, uma conversa dura com o filho, por meio do aplicativo WhatsApp. Lula Marques cedeu as fotos ao site de VEJA.
O registro começa assim. "Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan? Irresponsável (Jair tem um filho chamado Renan)".
A cobrança continua: "Mais ainda, compre merdas por aí. Não vou te visitar na Papuda".
O pai ainda se mostra preocupado com o que o filho estaria fazendo naquele momento.
"Se a imprensa te descobrir aí, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente".
Somente aí Eduardo Bolsonaro responde para o pai. E não gostou de ser comparado com o meio-irmão.
"Quer me dar esporro tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho , calma lá".
A imagem termina com uma pergunta do pai. "Voto em JHC ou João Fernando Coutinho?"
Os Bolsonaro
No ano passado, durante as eleições no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro deixou outro filho, Flávio Bolsonaro, em uma saia justa, durante um debate em que Flávio se sentiu mal. Na ocasião, ele impediu que o filho fosse socorrido pela adversária, Jandira Feghali (PCdoB). "Essa médica de araque, não. Ela vai dar estricnina para meu filho", disse ele à época. Jandira o chamou de "fascista".
No dia seguinte, Jair Bolsonaro disse que seu filho Flavio passou mal porque não ouviu seus conselhos de reduzir reuniões no dia do debate. "Ele tem ficado na rua diariamente de 7h30 até 22h. Também estava tenso. Acabou dando uma broxada na largada", ironizou, para depois completar: "Paga umas flexões aí".
A assessoria de Jair Bolsonaro informou que ele deverá se pronunciar sobre a troca de mensagens no WhatsApp nesta quinta-feira e que planeja processar o fotógrafo Lula Marques por ter tornado públicas as informações contidas em seu celular.