sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Lula recebe secretária do PT e faz alerta sobre riscos à soberania nacional


Mônica Valente, secretária de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores, também visitou a Vigília Lula Livre
Valente (esq.) posa ao lado de boneco do ex-presidente Lula em Curitiba (PR) / Pedro Carrano

A secretária de relações internacionais do PT, Mônica Valente, esteve na última quinta-feira (18) em Curitiba para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da Polícia Federal (PF), onde é mantido preso sem provas há 287 dias. 
Após a visita, Valente transmitiu mensagens de Lula à Vigília Lula Livre. Uma delas diz respeito à preocupação do ex-presidente com a soberania nacional e a integração entre os países da América Latina, ameaçada pelo atual governo Bolsonaro (PSL). "Essas atitudes que tem sido anunciadas, em termos de política externa, são um grave retrocesso para o povo brasileiro", disse Valente.
A secretária afirma que a figura de Lula segue ganhando apoio internacional na mesma medida em que os meios privados buscam isolá-lo e naturalizar uma prisão política. Valente acrescenta também a preocupação com a situação da Venezuela e a necessidade de se denunciar as sanções e boicotes sofridos pelo governo Nicolás Maduro.
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, a militante lembrou: “O processo político venezuelano, desde que Maduro ganhou a primeira eleição, em 2013, nunca deixou de sofrer tentativa de desestabilização”.
Confira na íntegra:
Brasil de Fato: Em um momento em que países buscam proteger sua economia, como você vê as sinalizações do atual governo para uma abertura da economia brasileira, na contramão dessa tendência?
Mônica Valente: Quando o presidente Lula diz para nós que uma das lutas mais importantes é a luta pela soberania nacional, ele vai exatamente ao encontro dessa temática mundial. Bolsonaro tem anunciado uma postura isolacionista do Brasil e subalterna aos interesses das empresas norte-americanas e agora do governo norte-americano. E fragiliza muito o Brasil quando ele, por exemplo, recebe o presidente da Argentina e acorda flexibilizar o Mercosul para que os países do Mercosul possam fazer tratados bilaterais de país a país, sem a necessidade de passar pelo Mercosul. Isso é um grande retrocesso, porque qualquer criança sabe que uma negociação em bloco favorece muito mais esse bloco do que se cada um negociar.
Não tem como negociar sozinho em tratados bilaterais. Então, nesse sentido, o Bolsonaro, com essas atitudes, o que tem anunciado em termos de política externa é um grave retrocesso para o povo brasileiro, para a economia. Porque serão os interesses das grandes empresas transnacionais e do capital financeiro que vão prevalecer numa negociação bilateral na qual o Brasil está isolado. Neste sentido, a luta pela soberania nacional adquire uma dimensão muito mais importante, como nos orientou o presidente Lula.
Há uma tentativa dos meios de comunicação de naturalizar a prisão de Lula. Neste sentido, a luta pelo Nobel da Paz e a campanha internacional Lula Livre é uma forma de manter essa luta forte?
Sem dúvida. Uma das coisas mais impressionantes que eu acompanho dessa divulgação internacional e dessa denúncia internacional da prisão injusta do presidente Lula (uma prisão eminentemente política e sem provas, sem crime), é que cada vez mais mais gente e lideranças internacionais vão chegando a essa conclusão, de que a prisão não é justa, de que não cometeu crime, e que é uma prisão política para impedi-lo de disputar as eleições. E é impressionante porque essa tentativa de naturalização que os meios de comunicação privados tentam passar, não acontece na prática. Tanto é que há muitos líderes internacionais querendo visitar o presidente Lula. Ou seja, pelo contrário, cada vez mais ele se torna ícone da justiça social e dos direitos humanos no mundo.
Lula é o principal líder de esquerda perseguido devido às suas políticas em um país. Mas vemos um cerco na América Latina a governos de esquerda. Nesse sentido, a preocupação com a Venezuela é importante?
Sem dúvida, temos um processo que é de judicialização da política e criminalização da política contra o presidente Lula, contra Cristina Kirchner (ex-presidenta da Argentina), contra Rafael Correa (ex-presidente equatoriano), Jorge Glas (ex-vice-presidente do Equador); ou seja, a direita mais conservadora, como ela não consegue ganhar eleições com seus projetos políticos, ela tem que se usar do meio da criminalização dessas lideranças para viabilizar a sua eleição. Então isso é uma grande preocupação no Foro de São Paulo, onde estamos sempre trocando ideias e compartilhando experiências sobre como lutar contra a judicialização e a criminalização da política.
Essa perseguição chega a recair inclusive contra empresas brasileiras, como vimos no Peru. Parece ser uma política contrária contra qualquer projeto de desenvolvimento, projeto nacional e, principalmente, projeto de integração da América Latina; porque um projeto de integração regional na América Latina, em que a gente tenha a integração energética, de infraestrutura, de cadeias produtivas regionais, torna o nosso bloco com peso geopolítico no cenário mundial de muita importância.
Então, principalmente frente à crise internacional do capitalismo, a tentativa é de nos isolar enquanto país, porque na integração regional que nós nos propomos, que começamos a construir com a Unasul, a Celac e o Mercosul, não é só o bloco que ganha, individualmente cada um dos países também se desenvolvia. Então, golpear a integração é uma maneira de isolar cada país e atender aos interesses das grandes transnacionais e do sistema financeiro.
Algo importante que você mencionou se trata da Venezuela. O processo político venezuelano, desde que Maduro ganhou a primeira eleição, em 2013, de lá para cá nunca deixou de ter tentativa de desestabilização do governo do presidente Maduro. Primeiro, foram as guarimbas, logo a sabotagem econômica, o bloqueio e as sanções econômicas, e todas as vezes o presidente Maduro, o PSUV, os partidos que conformam o Gran Polo Patriótico foram para o povo resolver os problemas. O que eu quero dizer? Nem um país da América Latina teve tanta eleição quanto a Venezuela e o povo reitera seu apoio aos princípios da revolução bolivariana.
Então, o que tenta fazer o imperialismo? Primeiro, um bloqueio econômico brutal, não deixando o segundo governo Maduro se desenvolver, implementar suas políticas, inclusive as políticas que busquem resolver os graves problemas econômicos que vive a Venezuela, ninguém nega isso. Dias depois da sua posse, o governo anunciou o aumento do salário mínimo, importante. Ampliar as sanções econômicas à Venezuela é um dos mecanismos que o imperialismo e esse ultraneoliberalismo utilizam para tentar derrocar nossos governos. A criminalização da política, criminalização dos nossos líderes, chantagem econômica, tentativa de desestabilização por meios de redes, de fake news são outros. Agora, tanto aqui quanto na Venezuela há uma forte resistência do povo venezuelano, que não tem dúvida de ir às ruas para se mobilizar pelas suas conquistas, que são conquistas do povo venezuelano.
Fonte: Brasil de Fato

Caso Queiroz: Filha de Fux e suplente de Flávio Bolsonaro tornam suspeita decisão do ministro do STF. Por Joaquim de Carvalho

Gustvo Bebianno e Fux

Não fosse pela simples preservação do decoro, o ministro Luiz Fux, do STF, teria outro motivo relevante para se manter distante do pedido de Flávio Bolsonaro para suspender, liminarmente, a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a movimentação financeira atípica de Fabrício Queiroz.
Sua filha, Marianna Fux, hoje desembargadora do Rio de Janeiro, trabalhou no escritório de advocacia em que um homem de confiança de Bolsonaro era sócio: Gustavo Bebianno, ministro responsável pela Secretaria Geral da Presidência da República.
A amizade foi descrita em um perfil de Bruno Abbud, publicado na revista Época, e envolve outro personagem, este diretamente ligado a Flávio Bolsonaro, o empresário Paulo Marinho, que é primeiro suplente do senador eleito.
Bebianno e Marinho se conheceram há mais de trinta anos, através do advogado Sérgio Bermudes, para quem o ministro de Bolsonaro e Mariana Fux trabalhavam, ele como sócio, ela como trainee, inicialmente.
“Sou muito amigo do Bermudes e frequentava o escritório”, contou Marinho. “Foi lá que conheci o Gustavo Bebianno e de lá para cá mantenho uma relação muito próxima e muito amistosa com ele. Somos amigos há 35 anos”, acrescentou.
O suplente do senador Flávio Bolsonaro é um antigo conhecido dos jornalistas. Foi marido de Maitê Proença e se apresenta como empresário.
Foi braço direito de Nélson Tanure, que desde os anos 90 frequenta o noticiário como um controvertido negociante.
Em 2001, Paulo Marinho esteve no epicentro do caso que levou à demissão do jornalista Ricardo Boechat, do jornal O Globo e também da TV Globo Globo.
Uma escuta clandestina, feita ao que tudo indica para atender a interesses de Daniel Dantas numa disputa por concessão de telefonia, mostra Boechat e Marinho numa conversa estranha.
Boechat lê uma reportagem que iria publicar em O Globo e também orienta o empresário sobre como se comportar numa conversa com João Roberto Marinho, um dos donos do jornal.
Marinho, depois de ler a reportagem que interessava a seu patrão, Tanure, comenta:
A matéria tá muito bem-feita, meu querido. Tá na conta. Não precisa botar mais p… nenhuma, não. O resto é como você falou: é adjetivação que você não pode colocar. (…)”
Boechat responde:
Os caras (editores de O Globo) disseram que vão dar bem a matéria, vamos ver”.
A especialidade de Paulo Marinho (que não tem nenhuma relação de parentesco com os controladores das organizações Globo) parece ser a de tecer relações que podem resultar em benefícios para ele.
Depois de apresentado a Bolsonaro por Bebianno, emprestou um estúdio para o capitão gravar propagandas eleitorais, ganhou sua confiança e se tornou primeiro suplente de Flávio Bolsonaro.
Bebianno, por sua vez, se tornou amigo da filha de Luiz Fux quando voltou a trabalhar no escritório de Bermudes, desta vez como sócio, depois de uma temporada como diretor jurídico do Jornal do Brasil, que Tanure havia comprado e Paulo Marinho era, formalmente, vice-presidente.
Marianne era trainee no escritório de Bermudes, como registra o perfil da revista Época, e se tornou amiga de Bebianno.
Em dezembro passado, antes de Bolsonaro tomar posse, Bebianno recepcionou Luiz Fux em uma visita que este fez ao governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil.
Bebianno levou Fux até Bolsonaro, que havia dado uma declaração de que poderia vetar o aumento no salário dos juízes, a partir do reajuste aprovado pelo STF.
Era um tema em que Fux tinha se empenhado desde que autorizou o auxílio-moradia para todos os juízes, ao mesmo tempo em que a filha era nomeada desembargadora, através da indicação da OAB, pelo quinto constitucional.
Depois da visita de Fux, Bolsonaro amaciou o discurso. Não vetou — depois de dizer que Temer avançara o sinal e, pela lei de responsabilidade fiscal, não poderia criar despesas para o governo seguinte pagar.
Fazia sentido, mas Bolsonaro não tocou mais no assunto.
Vamos fazer de conta que essa teia de relações pode não ter nada a ver com a decisão de Fux.
Vamos fazer de conta que o ministro pode ter agido em nome do interesse público, ao escrever que sua intenção é proteger o processo, dentro do princípio Kompetenz-Kompetenz.
(O que ele quer dizer é que a competência para processar e julgar Flávio Bolsonaro é o Supremo Tribunal Federal).
Mesmo assim, com muito esforço, é impossível a um especialista em Direito endossar a atitude do ministro.
O argumento é frágil sob vários aspectos.
Na decisão, ele mesmo faz referência à Ação Penal 937-QO, que restringiu o foro privilegiado ao processo e julgamento por “atos praticados durante o exercício do mandato e a ela relacionados”.
O mandato de Flávio Bolsonaro só se inicia em no dia 1o de fevereiro, quando ele tomará posse, e os atos de que agora o filho do presidente se torna suspeito ocorreram antes da sua eleição.
Levando em consideração apenas aspectos do Direito, dificilmente será mantida. Mas, nos dias de hoje, as leis e a jurisprudência têm tido pouca importância nas cortes superiores.
Com sua decisão, Fux só conseguiu jogar o STF um pouco mais fundo na lama em que a corte está mergulhada já faz bastante tempo.
Fonte: DCM

Carlos Bolsonaro defende a extinção do PT; general Heleno quer ele e os irmãos longe do governo


Carlos Bolsonaro, o filho preferido e o mais radical do clã do presidente, partiu para o ataque contra o Partido dos Trabalhadores ao retuitar um post do antropólogo Flávio Gordon, que defende que o PT "tem de ser extinto, todos os seus quadros presos e os seus porta-vozes na imprensa e na academia desmascarados implacavelmente"; Carlos Bolsonaro tem grande influência junto ao pai: ele foi mais recebido pelo chefe do executivo federal no Planalto mais vezes do que 18 dos 22 ministros do governo federal; o assunto está gerando ciúmes, preocupações e crises no bolsonarismo e o general Augusto Heleno estaria defendendo o afastamento dos três filhos de Bolsonaro do governo
247 - Carlos Bolsonaro, o filho preferido e o mais radical do clã do presidente, partiu para o ataque contra o Partido dos Trabalhadores ao retuitar nesta sexta-feira (18) um post do antropólogo Flávio Gordon, que defende que o PT "tem de ser extinto, todos os seus quadros presos e os seus porta-vozes na imprensa e na academia desmascarados implacavelmente" (veja imagem na ilustração desta matéria). Carlos Bolsonaro tem grande influência junto ao pai. Ele já foi recebido em caráter oficial pelo pai-presidente mais vezes que 18 dos 22 ministros. Levantamento do UOL indica cinco encontros oficiais, sem contar aqueles informais; o assunto está gerando ciúmes, preocupações e crises no bolsonarismo. O general Augusto Heleno, segundo o site de extrema-direita O Antagonista, com trânsito no Planalto, quer os filhos de Bolsonaro afastados do governo. 
A verificação da frequência de Carlos leva em conta as agendas oficiais de Jair Bolsonaro (PSL) divulgadas até esta quinta-feira (17) no site oficial da Presidência. Ele entrou em conflito com o site O Antagonista numa sequência de tuítes ao longo da manhã, que havia divulgado o levantamento do UOL e a versão de que o ministro-chefe do GSI quer vê-lo afastado do Planalto, assim como os irmãos. Interessante notar que os conflitos dos filhos de Bolsonaro ampliam-se a cada dia, alcançando agora até um site de extrema-direita defensor das ideias do governo neofascista. Veja a sequência:


E tem gente dizendo que a esquerda errou, por Gustavo Conde



Vexame o país do pós-golpe.
E o mais impressionante: o que ainda sustenta o resto de institucionalidade que sobrou é o sentimento antipetista.
Ou seja: eles não têm personalidade, projeto, autoestima, senso de ridículo e vida própria.
E eles acham que vivem uma "vitória" (muitos de nós também achamos; muitos de nós achamos que "a esquerda perdeu").
Para entender a nossa vitória, nem é preciso ter a capacidade de 'sentir' o tempo histórico - o que é difícil e exige lastro. Não é preciso conhecer a história para entender que o processo em curso nos fortalece (fortalece o nosso discurso, a nossa ação, a nossa mobilização).
Quem passa os dias (a vida) reclamando de "falta de mobilização da esquerda" são os fracos que depois terão de ser amparados pela vergonha da própria inércia.
A gente dá água a esses pobres coitados.
A 'mobilização', caras-pálidas, é feita todos os dias, dentro de si. Esteja mobilizado em sua existência e saiba que esse é o gesto de soberania espiritual por excelência.
Quem vive "esperando" que os outros se mobilizem pela própria causa (que acha que tem), segue a própria sina pequeno-burguesa dos scrits pré-fabricados. São agentes que gostam de aparecer em fotos de jornal e depois mostrar para amigos dizendo: "olha como eu lutei pela democracia".
Se nós soubéssemos só um décimo da dimensão da nossa vitória política nesses últimos 4 anos de barbárie golpista, nós nem estaríamos mais nesse lodaçal bolsonarista.

Qualquer cidadão que se dê ao respeito sabe que, para se conquistar uma vitória plena, moral e convencional, é preciso acreditar que ela é, não só possível, como real, concreta e inevitável.
E eu, este cara-pálida que vos fala, tenho tanta certeza desta vitória que prefiro pensar em algo um pouco mais ambicioso: é preciso que nós construamos um adversário melhor no futuro próximo.
Porque os adversários destituídos de autoestima fazem a sociedade inteira mergulhar em um vale-tudo intragável e desmobilizador - o tal ceticismo histérico de muita gente que se diz 'progressista'.
É preciso - paradoxalmente - ajudar o adversário político nesse próximo ciclo histórico que se aproxima rapidamente.
Esse adversário não pode ser um tecnocrata moralmente fracassado como um tucano, nem um fascista simbolicamente aniquilado como um bolsonarista.
É preciso um adversário digno, que tenha conteúdo, que goste do debate, que respeite a democracia, que saiba perder (para depois desfrutar a vitória real, soberana, assim como nós desfrutamos).
No terreno devastado depois dessa guerra violenta, a reconstrução não pode ser dar apenas de um lado do espectro ideológico. Precisa se dar, justamente, naquele lado que ainda nem existe (porque, a esquerda vai bem, obrigado - temos o maior a mais popular partido político do país).
Temer, Bolsonaro, PSDB, FHC, Serra, Alckmin, Aécio, MDB, STF, Poder Judiciário, todos esses vetores do retrocesso presente terão de ser substituídos por alguma coisa nova que preste.
Um povo soberano - como é o povo brasileiro, ainda que muitos de nós não acreditemos nisso - não suporta tamanho acúmulo de incompetência. Nunca suportou (sempre reagiu, como reagiu à ditadura, como reagiu a Collor, como reagiu a FHC - esse, no voto).
O ceticismo é um alucinógeno muito sedutor. Ele dá algum tipo de identidade em existências devastadas pela inoperância. É "chique" dizer que "não se acredita".
É por esse e outras que eu opto pelo caminho mais difícil, o contra-intuitivo, aquele que me confere não o prazer imediato da aceitação, mas o fel instantâneo do sujeito estilhaçado pelas contradições.
Viver é perigoso. Mas provocar a vida é muito mais.
 Gustavo Conde é linguista, colunista do 247 e apresentador do Programa Pocket Show da Resistência Democrática pela TV 247.

Sondagem 247: para 86%, Fux age fora da lei e deve ser afastado


Sondagem da TV 247 realizada nesta quinta-feira  ouviu mais de 3 mil pessoas a respeito das seguidas decisões do ministro Luiz Fux do STF, especialmente a que suspendeu as investigações sobre Fabrício Queiroz, misto de motorista, assessor e caixa do clã Bolsonaro; a paralisação foi a pedido de Flávio Bolsonaro; para 86%, Fux tem agido fora da lei e deve ser alvo de impeachment
247 - Sondagem da TV 247 realizada nesta quinta-feira (17) ouviu mais de 3 mil pessoas a respeito das seguidas decisões do ministro Luiz Fux do STF, especialmente a que suspendeu as investigações sobre Fabrício Queiroz, misto de motorista, assessor e caixa do clã Bolsonaro; a paralisação foi a pedido de Flávio Bolsonaro. Para 86%, Fux tem agido fora da lei e deve ser alvo de impeachment; 8% consideram que Fux errou, mas não a ponto de merecer pedido de impeachment; só 5% consideram que a decisão de Fux é legal e deve ser respeitada.
Centenas de pessoas comentaram o tema da pesquisa na aba Comunidade da TV 247. Francisco Fernandes afirmou: "Duvido o STF abrir processo de impeachment para Fux... São uma quadrilha togada...".
Ana Clara Piemonte observou que "nem foi preciso um cabo e um soldado! STF é uma vergonha!!!". Janaína Miranda apresentou uma preocupação quanto à possibilidade do impeachmente de Fux: "O problema do impeachment é abrir vaga para o Moroleco no Supreminho".
"Aquela dancinha... Por que não estou nem um pouco surpresa?" -foi a lembrança de Flavia Querubino, evocando o vídeo de Fabrício Queroz dançando nos corredores do hospital Albert Einstein. 
Naldo Santos preferiu dar o contexto em que a decisão de Fux acontece: "Ainda dizem que querem acabar com a corrupção Nunca foi por causa da corrupção, sempre foi perseguição política, eles não suportam o fato da minoria poder crescer na vida, e por os filhos para estudarem na mesma escola dos deles O povo brasileiro tá dormindo, já já estaremos em ritmo de escravidão."


Caso Queiroz-Bolsonaro: Marco Aurélio diz que decisão de Fux “vai ao lixo”


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou que assinará a decisão do caso do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no dia 1 de fevereiro. Ele é o relator do caso na Corte; "O Supremo não pode variar, dando um no cravo outro na ferradura. Processo não tem capa, tem conteúdo. Tenho negado seguimento a reclamações assim, remetendo ao lixo", acrescentou; ele referiu-se, na frase, à decisão de seu colega Luiz Fux que, surpreendendo o mundo jurídico, paralisou as investigações do caso Queiroz-Bolsonaro
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta sexta-feira (18) que assinará a decisão do caso do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no dia primeiro de fevereiro. Ele é o relator do caso na Corte. Ele referiu-se, na frase, à decisão de seu colega Luiz Fux que, surpreendendo o mundo jurídico, paralisou as investigações do caso Queiroz-Bolsonaro na última quarta-feira (16).
De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar, uma movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017.
"Já na sexta-feira, pela manhã, assinarei decisão - sexta dia primeiro de fevereiro", afirmou o ministro ao Blog de Andréia Sadi. "O Supremo não pode variar, dando um no cravo outro na ferradura. Processo não tem capa, tem conteúdo. Tenho negado seguimento a reclamações assim, remetendo ao lixo", acrescentou.
Segundo o ministro não se trata de "antecipação de decisão". "É só coerência com o que, até aqui, fiz", acrescentou.
Nesta quinta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux de determinou a paralisação das investigações contra Fabrício Queiroz que correm no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).



Datena é processado por assédio sexual


Ex-repórter do Brasil Urgente denunciou o apresentador

Divulgação / Band
O apresentador Datena (61) está sendo acusado de assédio sexual pela jornalista Bruna Drews (35), ex-repórter do Brasil Urgente.
De acordo com o Notícias da TV, Bruna entrou com uma representação no Ministério Público de São Paulo e está movendo uma ação trabalhista contra a Band.
Na denúncia, a jornalista refere que Datena afirmou que ela “não precisava emagrecer porque já era muito gostosa”. Além disso, o apresentador teria se ‘tocado’ pensando nela e achava um “desperdício ela namorar uma mulher”. O caso teria acontecido em junho do ano passado.
A jornalista também revelou que, durante um evento, Datena teria iniciado conversas inadequadas e uma testemunha afirma ter ouvido as palavras e irá depor contra o apresentador.
Segundo a publicação, Bruna decidiu processar Datena agora pois apresentou um grave quadro de depressão e pânico depois do assédio. Ela afirma ainda que o ocorrido a fez desistir da profissão de repórter. A profissional está de licença médica desde o mês de julho.
José Luiz Datena nega as acusações. De acordo com ele, testemunhas afirmam não terem visto qualquer conversa de teor sexual entre ele e Bruna. "Na comemoração, repeti a ela que ela era muito bonita e que não precisava emagrecer, porque ela já era competente. Tirando isso, todo o resto é mentira, calúnia e delírio", diz Datena.
O apresentado ainda afirma que as acusações são totalmente "falsas" e que já está "tomando providências legais". "Isso não é verdade, é falso. Eu disse para ela que ela era uma pessoa bonita. Dizia no ar, pra todo o Brasil ouvir, [que é] bonita e competente. Ela nunca reclamou, só me agradeceu por tratá-la bem", ressaltou.
Fonte: Notícias ao Minuto

BNDES facilita consulta a números do banco

O futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Jair Bolsonaro, Joaquim Levy, participa do encerramento do seminário Diálogos para o amanhã.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou, na manhã desta sexta-feira (18), uma nova ferramenta de transparência no site da instituição. A novidade inclui o ranking com os 50 maiores tomadores de recursos do banco nos últimos 15 anos.
O presidente Jair Bolsonaro vem prometendo, desde a campanha eleitoral, "abrir a caixa-preta" do órgão. Segundo a assessoria do BNDES, todas as informações divulgadas nesta sexta já estavam no site, mas foram melhor organizadas para facilitar o acesso.
Pelo link é possível ver, por exemplo, que a Petrobras foi a maior cliente do banco desde 2004. A estatal petrolífera tomou R$ 62,43 bilhões do BNDES, sendo R$ 37,67 bilhões por meio de empréstimos e R$ 24,75 bilhões por investimentos em renda variável.
Em outra seção do portal, foram compiladas as obras que o BNDES financiou no período. O banco injetou dinheiro em 14 países estrangeiros na América Latina e na África: Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela (América do Sul), Costa Rica, Cuba, Guatemala, Honduras, México e República Dominicana (Américas Central e do Norte), além de Angola, Gana e Moçambique (África).
Fonte: Congresso em Foco


Morre aos 67 anos o cantor sertanejo Marciano, da dupla com Milionário


Cantor sofreu um infarto e não resistiu

 Reprodução

O cantor José Marciano, da antiga dupla João Mineiro e Marciano, morreu na madrugada desta sexta-feira (18), aos 67 anos.
A assessoria do cantor informou que ele estava em casa, com a família, quando sofreu um infarto e não resistiu. Ele será sepultado no município de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo. Não foi divulgado o local e horário.
Como lembra o R7, Marciano fez sucesso na década de 1980 ao lado do companheiro de palco João Mineiro, que faleceu em 2012.
Atualmente, Marciano fazia dupla com o cantor Milionário.
Fonte: Notícias ao Minuto

Funcionária que disparou WhatsApp para Bolsonaro é contratada para o Planalto


Depois de ocupar a função de responsável pela contratação dos disparos pelo WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro (PSL), a funcionária da agência de comunicação AM4, Taíse de Almeira Feijó, foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência, com um salário de R$ 10,3 mil; Taíse será assessora do gabinete de Gustavo Bebbiano, secretário-geral da presidência; o Diário Oficial da União publicou a nomeação; a prática de contratação de disparos por WhatsApp é vedada pela legislação federal e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas
247 - Depois de ocupar a função de responsável pela contratação dos disparos pelo WhatsApp na campanha de Jair Bolsonaro (PSL), a funcionária da agência de comunicação AM4, Taíse de Almeira Feijó, foi nomeada para um cargo comissionado na Secretaria-Geral da Presidência, com um salário de R$ 10,3 mil. Taíse será assessora do gabinete de Gustavo Bebbiano, secretário-geral da presidência. O Diário Oficial da União publicou a nomeação. A prática de contratação de disparos por WhatsApp é vedada pela legislação federal e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relembra o episódio que marcou a campanha eleitoral de Bolsonaro como uma das mais sujas da história: "em 18 de outubro de 2018, a Folha revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. A prática é vedada pela legislação eleitoral e pode ser enquadrada como doação ilegal de empresas. O caso é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Federal e junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). ​
A matéria ainda destaca que "na época, a reportagem do UOL teve acesso a registros da AM4 no serviço de mensagens chamado Bulk Services, oferecido pela agência Yacows. Os dados do sistema utilizado pela Yacows e pela AM4 mostraram que o conteúdo de mensagens enviadas para a campanha de Jair Bolsonaro foi deletado horas depois da Folha publicar uma reportagem sobre o esquema."
E acrescenta: "uma das mensagens apagadas, segundo a AM4, dizia respeito a pedidos de doação para a campanha do candidato do PSL. O login de usuário para as ações da campanha estava em nome de Taíse, que atuou como gerente de projetos da AM4 por pelo menos oito anos. Em uma das listas de contatos apagadas estavam registrados pouco mais de 8.000 números de telefone."


Gleisi a Bolsonaro: tome vergonha e explique o caso Queiroz


A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita deputada federal, bateu duro em Jair Bolsonaro; em tweet ela foi taxativa: "Tome vergonha e explique seu envolvimento com as falcatruas do Queiroz. Explique pq mudou de posição em relação ao foro privilegiado. Comece a governar, diga a que veio!", disse a parlamentar; o ministro do STF Luiz Fux determinou a paralisação das investigações contra Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); Queiroz é um suposto laranja da família do presidente
247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), eleita deputada federal, bateu duro no presidente Jair Bolsonaro, para quem o "desgoverno" de Nicolás Maduro "chegou ao poder, inclusive com a ajuda de presidentes que o Brasil já teve, como Lula e como Dilma, e isso nos torna responsáveis pela situação em que vocês se encontram, em parte".
"De novo atacando o PT! Tome vergonha e explique seu envolvimento com as falcatruas do Queiroz. Explique pq mudou de posição em relação ao foro privilegiado. Comece a governar, diga a que veio!", disse a parlamentar no Twitter.
Nesta quinta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux determinou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) a paralisação das investigações contra Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual no Rio.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o ex-assessor fez uma movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, inclusive pagamentos de R$ 24 mil a Michelle Bolsonaro, mulher do presidente eleito.
O pedido para emperrar as investigações foi feito pelo próprio Flávio Bolsonaro, o que levanta mais suspeitas ainda sobre o envolvimento da família do presidente em irregularidades. 

Pedido de Flávio Bolsonaro no STF foi “confissão de culpa” e pode atingir o pai


A sucessão de 'trapalhadas' do governo Bolsonaro inclui o acionamento do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo filho do presidente e senador eleito Flávio Bolsonaro; para um ministro do Supremo, Flávio confessou ter culpa no caso Queiroz ao acionar o STF; o magistrado ainda disse - segundo a jornalista Mônica Bergamo - que a situação de Flávio Bolsonaro se agrava, pois a confissão é a de que o envolvido é ele e não o motorista; outros ministros afirmaram que, se a questão for aberta no STF, o presidente Jair Bolsonaro também será investigado
247 - A sucessão de 'trapalhadas' do governo Bolsonaro inclui o acionamento do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo filho do presidente e senador eleito Flávio Bolsonaro. Para um ministro do Supremo, Flávio confessou ter culpa no caso Queiroz ao acionar o STF. O magistrado ainda disse - segundo a jornalista Mônica Bergamo - que a situação de Flávio Bolsonaro se agrava, pois a confissão é a de que o envolvido é ele e não o motorista. Outros ministros afirmaram que, se a questão for aberta no STF, o presidente Jair Bolsonaro também será investigado. 
A reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo reforça a declaração do ministro - que preferiu não se identificar: "o pedido feito pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) para suspender a investigação criminal sobre movimentações financeiras de seu ex-assessor Fabrício Queiroz foi considerado uma "confissão da culpa" por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o magistrado, o caso ficou ainda mais grave e a atitude é uma confissão de que o envolvido é o senador eleito e não o motorista. O ministro Luiz Fux acatou a petição do senador nesta quinta (17)."
E ainda acrescenta: "o inquérito suspenso temporariamente foi instaurado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. São investigadas movimentações financeiras feitas por Queiroz consideradas "atípicas" pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)."