segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Bolsonaro atestou 40 horas semanais de filha de Queiroz que era personal trainer em outro estado


Apesar de Nathalia Queiroz trabalhar como personal trainer em horário comercial, o gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara atestou que ela cumpriu 40 horas semanais nos quase dois anos em que trabalhou para o então deputado, eleito presidente da República; ela é filha do ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) Fabrício Queiroz, que fez uma movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, segundo o Coaf; Nathalia é citada no relatório do órgão
247 - Apesar de Nathalia Queiroz trabalhar como personal trainer em horário comercial, o gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados atestou que ela cumpriu 40 horas semanais, oito horas por dia, durante os quase dois anos em que trabalhou para o então deputado, eleito presidente da República no ano passado. Ela é filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual no Rio. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o ex-assessor fez uma movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, inclusive pagamentos de R$ 24 mil a Michelle Bolsonaro, mulher do atual chefe do Executivo federal. Nathalia é citada no relatório do órgão.
O Legislativo informou à CBN que a presença de Nathalia Queiroz foi atestada, mês a mês. Ela não tem nenhuma falta injustificada e nem tirou licença. 
Questionado no fim do ano passado sobre a frequência de Nathalia Queiroz, Bolsonaro disse que a pergunta deveria ser feita ao chefe de gabinete. Reportagens mostraram na época que Nathalia atua como profissional de educação de física e atendia clientes no Rio de Janeiro em horário comercial, quando era secretária parlamentar de Jair Bolsonaro.
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, aliado de Bolsonaro, diz que a lei não proíbe acumular outro cargo com o de assessor parlamentar. "Eu tenho um funcionário aqui que pode ser professor, e ele pode trabalhar pra mim de noite, de madrugada", alega. 
Nathalia foi quem filmou o vídeo em que o pai dela, Fabrício, aparece dançando no meio do quarto de um hospital, enquanto aguardava uma cirurgia. Nathalia, a mãe dela e uma irmã faltaram a depoimentos no Ministério Público sob o argumento de que o pai está mal de saúde. Fabrício faltou a quatro depoimentos. 


Lula em documentário: “quando se nega a política, o que vem depois é pior”


O jornalista Kennedy Alencar postou em seu Twitter uma frase destacada de Lula para o documentário "What Happened to Brazil...", cuja entrevista com o ex-presidente foi proibida pela Justiça brasileira; por carta, Lula afirmou: "vamos ver para onde Bolsonaro irá levar o País. A razão da vitória dele é sabida por quem conhece história: quando se nega a política, o que vem depois é sempre pior"
247 - O jornalista Kennedy Alencar postou em seu Twitter uma frase destacada de Lula para o documentário "What Happened to Brazil...", cuja entrevista com o ex-presidente foi proibida pela Justiça brasileira. Por carta, Lula afirmou: "vamos ver para onde Bolsonaro irá levar o País. A razão da vitória dele é sabida por quem conhece história: quando se nega a política, o que vem depois é sempre pior".
Veja o Twitter de Kennedy Alencar: 



Rocha de Barros sobre governo Bolsonaro: “gente que não passa em psicotécnico”


O sociólogo Celso Rocha de Barros faz uma 'demolição' do governo Bolsonaro com cifras apimentadas de ironia e deboche, em texto antológico; ele diz: "depender de Bolsonaro para participar da vida política nacional é uma tristeza. Alguém acha que os generais gostam de participar de reuniões com os filhos do presidente, os discípulos de Olavo de Carvalho, o Onyx? Duvido"; e prossegue: "E as últimas semanas mostram que há vantagens em participar de um governo de gente que não passa em psicotécnico. Afinal, as chances de parecer moderado são excelentes"
247- O sociólogo Celso Rocha de Barros faz uma 'demolição' do governo Bolsonaro com cifras apimentadas de ironia e deboche, em texto antológico. Ele diz: "depender de Bolsonaro para participar da vida política nacional é uma tristeza. Alguém acha que os generais gostam de participar de reuniões com os filhos do presidente, os discípulos de Olavo de Carvalho, o Onyx? Duvido". E prossegue: "E as últimas semanas mostram que há vantagens em participar de um governo de gente que não passa em psicotécnico. Afinal, as chances de parecer moderado são excelentes."
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, Rocha de Barros relembra o estopim de seu raciocínio: "algumas semanas atrás, os sites chapa-branca deram um escândalo porque um dos "Manuais do Candidato" para o concurso do Itamaraty tinha uma passagem desabonadora sobre Bolsonaro. O texto, do historiador João Daniel Lima de Almeida (grande fera, aliás), lamentava que a participação dos militares na discussão sobre o desenvolvimento brasileiro tivesse se tornado tão apagada que o único representante da categoria no debate nacional fosse Bolsonaro, um homofóbico convicto. Antes que os bolsonaristas comecem a chorar de novo, esclareço: no ano em que o texto foi escrito (2013), Bolsonaro declarou que se orgulhava de ser homofóbico (está no YouTube). A afirmação de Almeida é factualmente correta."
E acrescenta: "mas o importante não é isso, o importante é o seguinte: todos os oficiais das Forças Armadas sabem que Almeida tem razão. Depender de Bolsonaro para participar da vida política nacional é uma tristeza. Alguém acha que os generais gostam de participar de reuniões com os filhos do presidente, os discípulos de Olavo de Carvalho, o Onyx? Duvido. Mas pensaram os generais: se a vida lhe dá um amigo do Queiroz, faça uma laranjada."



Gleisi: Bolsonaro fala do PT para não falar de Queiroz


A senadora Gleisi Hoffmann interpelou Jair Bolsonaro em seu Twitter: "ao invés do Bolsonaro falar tanto do PT deveria se empenhar em acertar seu governo que comete erros em série. Mas entendo, falar mal do PT é pra não falar do Queiroz, do caixa dois do Onyx, das nomeações de parentes e amigos"; mais uma vez, Gleisi destaca a ideia fixa de Bolsonaro com o PT, mas deixando claro que essa ideia fixa tem método: o diversionismo
247 - A senadora Gleisi Hoffmann interpelou Jair Bolsonaro em seu Twitter: "ao invés do Bolsonaro falar tanto do PT deveria se empenhar em acertar seu governo que comete erros em série. Mas entendo, falar mal do PT é pra não falar do Queiroz, do caixa dois do Ônyx, das nomeações de parentes e amigos". Mais uma vez, Gleisi destaca a ideia fixa de Bolsonaro com o PT, mas deixando claro que essa ideia fixa tem método: o diversionismo.
Confira o Twitter da senadora Gleisi Hoffmann: 

domingo, 13 de janeiro de 2019

Itália impõe derrota a Bolsonaro e leva Battisti direto para Roma


A intenção do governo Bolsonaro de apresentar o italiano Cesare Batistti como um "troféu" acabou frustrada; pela manhã, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, deu como favas contadas a versão de que antes de seguir para a Itália, Batistti viria ao Brasil, em avião da Polícia Federal, para o devido show midiático; o general anunciou a versão depois de reunião com o presidente no Palácio da Alvorada; mas o premiê italiano Giuseppe Conte afirmou horas depois que ele será levado da Bolívia direto para a Itália.
247 - A intenção do governo Bolsonaro de apresentar o italiano Cesare Batistti como um "troféu" acabou frustrada. Pela manhã, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, deu como favas contadas a versão de que antes de seguir para a Itália, Batistti viria ao Brasil, em avião da Polícia Federal, para o devido show midiático. O general anunciou a versão depois de reunião com o presidente no Palácio da Alvorada. Mas o premiê italiano Giuseppe Conte afirmou horas depois que ele será levado da Bolívia direto para a Itália.
Em uma mensagem no Facebook, Conte disse que Battisti chegará em Roma nas próximas horas, em um voo direto de Santa Cruz de La Sierra, onde ele foi preso na madrugada deste domingo.
"Estamos satisfeitos com esse resultado que nosso país espera há muitos anos", escreveu o premiê, agradecendo o presidente Jair Bolsonaro –com quem disse ter falado– e as autoridades bolivianas.
Segundo anunciou o ministro da Justiça italiano, Alfonso Bonafede, Battisti será encaminhado para um presídio nos arredores de Roma. Sua chegada é esperada para esta segunda-feira (14).


Bolsonaro quer Battisti como troféu, mas Itália quer evitar o circo


Mal foi divulgada a notícia de que Cesare Battisti foi encontrado na Bolívia, Bolsonaro já se apressou em divulgar mensagens de vingança e de ataques ao PT (cujo governo Lula concedeu refúgio político ao italiano); Bolsonaro foi além e quer usar Battisti como troféu, obrigando-o a passar pelo Brasil antes de ser encaminhado à justiça italiana; Itália, no entanto quer evitar o "circo" e já enviou um avião para a Bolívia
247 - Mal foi divulgada a notícia de que Cesare Battisti foi encontrado na Bolívia, Bolsonaro já se apressou em divulgar mensagens de vingança e de ataques ao PT (cujo governo Lula concedeu refúgio político ao italiano). Bolsonaro foi além e quer usar Battisti como troféu, obrigando-o a passar pelo Brasil antes de ser encaminhado à justiça italiana. Itália, no entanto quer evitar o "circo" e já enviou um avião para a Bolívia. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo relata os bastidores do governo Bolsonaro: "o governo do presidente Jair Bolsonaro está atuando em cooperação com o governo da Bolívia e da Itália para a extradição do italiano Cesare Battisti, preso neste domingo (13). As autoridades brasileiras avaliam que Batistti deveria retornar ao país para depois ser extraditado para o território italiano. Uma reunião de emergência foi convocada no Palácio do Alvorada neste domingo (13) para discutir a prisão."
E prossegue: "os ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) chegaram por volta de 10h50 ao local para o encontro com Bolsonaro, que não constava da agenda oficial. Segundo pessoas próximas do caso, ainda não está confirmado se Battisti vai direto para a Itália ou se virá primeiro para o Brasil. Jornais italianos dizem que um avião daquele país foi enviado para a Bolívia."



Um a cada três inscritos na última etapa do Mais Médicos não compareceu para trabalhar


Mais de 1.400 profissionais com registro no Brasil e inscritos na segunda chamada do Programa Mais Médicos não se apresentaram nas cidades que haviam escolhido; de acordo com o Ministério da Saúde, a próxima chamada do programa está prevista para os dias 23 e 24; nela, brasileiros graduados no exterior poderão selecionar municípios de alocação pelo site do programa; nos dias 30 e 31 de janeiro, médicos estrangeiros poderão acessar o sistema e optar por localidades com vagas em aberto
Brasil de Fato - Mais de 1.400 profissionais com registro no Brasil e inscritos na segunda chamada do Programa Mais Médicos não se apresentaram nas cidades que haviam escolhido. Esse é o balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (11). Dos 1.707 que se inscreveram nesta etapa de seleção (de 7 a 10 de janeiro), menos de dois terços compareceram aos municípios escolhidos.
As 620 vagas que não foram ocupadas desta segunda fase equivalem a um a cada três inscritos, e se somam a outras 842 vagas que também não haviam sido preenchidas após o fim da primeira etapa, encerrada em 18 de dezembro. O que corresponde a 17,2% dos 8.517 postos de trabalho deixados pelos médicos cubanos, que deixaram o programa em 14 de novembro, pelas declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com o Ministério da Saúde, a próxima chamada do programa está prevista para os dias 23 e 24. Nela, brasileiros graduados no exterior poderão selecionar municípios de alocação pelo site do programa. Nos dias 30 e 31 de janeiro, médicos estrangeiros poderão acessar o sistema e optar por localidades com vagas em aberto.
Edital
O governo havia afirmado que em um mês preencheria as 8.500 vagas médicas deixadas pelos profissionais cubanos. A promessa, feita junto com o lançamento do edital de seleção para o Mais Médicos, em 20 de novembro, não se confirmou. Inicialmente, a chamada buscava profissionais brasileiros, com registro no país, para ocupar 8.517 vagas do programa. Dessas, 5.968 foram preenchidas na primeira etapa de inscrição. As 2.549 vagas restantes foram, então, oferecidas novamente a médicos com diploma brasileiro na segunda etapa de seleção, que terminou nesta quinta (10).
No último dia 7, a médica cearense Mayra Pinheiro, secretária responsável pelo Mais Médicos no ministério, enviou mensagem de áudio pedindo aos médicos que não voltaram para Cuba preencherem um formulário. O mapeamento precederia a criação de cursos preparatórios, apoiados pela Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, para submeter esse grupo a um "novo Revalida".
Pinheiro, que em vídeo de 2013 aparece xingando os cubanos que desembarcavam no aeroporto de Fortaleza, disse aos médicos que o governo tem tido dificuldade em localizar todos que permaneceram no Brasil e chamou-os de"colegas" e "irmãos".
A médica, que sempre colocou sob suspeita a capacidade técnica dos profissionais vindos de Cuba, na mensagem de áudio diz que o governo analisa editar uma medida provisória para garantir a permanência dos cubanos no programa que deverá chamar-se Mais Saúde, substituindo o Mais Médicos.
Outras etapas
Nas próximas fases, as mais de 1,4 mil vagas serão oferecidas a médicos que têm diploma estrangeiro — mesmo sem a revalidação do documento.
Os brasileiros formados no exterior escolhem os locais de atuação nos dias 23 e 24 de janeiro. Em seguida, se sobrarem vagas, estrangeiros formados fora do país podem escolher municípios onde trabalhar, nos dias 30 e 31 de janeiro.
Segundo o Ministério da Saúde, 10.205 médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior completaram a inscrição de participação no Mais Médicos.


Cesare Battisti é preso na Bolívia


O italiano Cesare Battisti foi preso na cidade de Santa Cruz da La Sierra na Bolívia; ele era considerado foragido pela Justiça brasileira desde setembro de 2018, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, decretou sua prisão; Temer havia determinado sua extradição para a Itália em dezembro; em meio a razões humanitárias e desejo de vingança, o caso Battisti tende a recrudescer a já inflamada polarização ideológica que se alastra pela América Latina
247 - O italiano Cesare Battisti foi preso na cidade de Santa Cruz da La Sierra na Bolívia. Ele era considerado foragido pela Justiça brasileira desde setembro de 2018, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, decretou sua prisão. Temer havia determinado sua extradição para a Itália em dezembro. Em meio a razões humanitárias e desejo de vingança, o caso Battisti tende a recrudescer a já inflamada polarização ideológica que se alastra pela América Latina. 
reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "ainda não há informações sobre os próximos passos de Battisti."
A Itália reivindica a extradição porque ele foi condenado em seu país pelo suposto assassinato de quatro pessoas na década de 1970.
Na perseguição a Battisti, a Polícia Federal brasileira no Brasil a busca do zero, sem nenhuma pista do paradeiro. "Para tentar encontrar o italiano, a polícia chegou até a fazer um quadro com diversas imagens de possíveis disfarces", afirma a reportagem.



Novo documentário sobre “facada” reforça suspeitas e necessidade de apuração


Mais um vídeo produzido pelo ‘True or Not’ chama a atenção para outras perguntas sem respostas que se acumulam em torno da ‘facada’ sofrida pelo então candidato à presidência da república Jair Bolsonaro; desta vez, o vídeo destaca a presença do ‘homem da camiseta azul’, que tentou evitar a aproximação de Adélio ao candidato e que teve seu depoimento suprimido pelas investigações; as novas imagens divulgadas – com nitidez impressionante – corroboram a tese de que houve uma ação deliberada que contou com vários participantes e que houve mais de uma tentativa de ataque, antes da ‘facada’ propriamente dita; pode-se ouvir a frase: “calma, tem que ter paciência”; veja o vídeo
247 – Mais um vídeo produzido pelo ‘True or Not’ chama a atenção para outras perguntas sem respostas que se acumulam em torno da ‘facada’ sofrida pelo então candidato à presidência da república Jair Bolsonaro. Desta vez, o vídeo destaca a presença do ‘homem da camiseta azul’, que tentou evitar a aproximação de Adélio ao candidato e que teve seu depoimento suprimido pelas investigações. As novas imagens divulgadas – com nitidez impressionante – corroboram a tese de que houve uma ação deliberada que contou com vários participantes e que houve mais de uma tentativa de ataque, antes da ‘facada’ propriamente dita. Pode-se ouvir a frase: “calma, tem que ter paciência”.
O documentário prossegue até o momento fatídico. Neste ponto, pode-se ouvir as frases: “não te falei?” e “Acertaram ele, porra”. As imagens mostram que havia uma expectativa ampla e generalizada por um ‘ataque’.
Os novos vídeos divulgados são elementos extremamente relevantes para as investigações que ainda correm sob responsabilidade da Polícia Federal.
O mais impressionante, no entanto, é que nem Bolsonaro, nem seus filhos e nem seus aliados pedem uma apuração mais rigorosa do caso. Tudo parece estar devidamente tranquilo para todos eles que, em tese, deveriam ser os maiores interessados em esclarecer a motivação e restituir a cena do ‘crime’ com fidedignidade técnica.
As imagens do atentado de 6 de setembro de 2018 que definiu as eleições nas próprias palavras de Bolsonaro ainda submergem em uma cortina de fumaça promovida agora, de maneira surpreendente, pelo governo liderado pela ‘vítima’.
As investigações ‘independentes’ do caso devem continuar até que a pressão popular pela busca da verdade factual do episódio ganhe o contorno dramático dos expectadores que perdem a cena principal de um filme.


sábado, 12 de janeiro de 2019

Arilson defende maior atenção aos IMLs do Paraná e cobra nomeações na Polícia Científica


O Deputado Estadual Arilson Chiorato (PT) afirmou que à partir de Fevereiro vai iniciar seus trabalhos já cobrando atenção urgente do Governo do Estado com relação ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).
Segundo dados do TCE/PR, em 2017 apenas 2% de toda a verba para segurança pública do Paraná foram destinados a este setor.
Arilson destaca que a situação é alarmante "Os IMLs do Paraná estão operando em situações muito precárias. Essa realidade se repete por todas as regiões do estado. Em muitos lugares, inclusive, as instalações dependem de improvisos para que o atendimento aconteça", diz.

Outro problema evidente, segundo o deputado, é a carência de novos profissionais, em virtude da imensa defasagem atual "Em 2017 foi realizado um concurso para a contratação de mais profissionais, mas apenas os cargos de auxiliar de perícia oficial e médico legista foram chamados", conta.
A defasagem para ele é evidente "Basta uma rápida pesquisa na internet para que você veja o quanto a falta de profissionais no IC e nos IMLs acaba afetando toda a população, os noticiários estão estampados com manchetes negativas sobre a situação", salienta.
Além de cobrar as nomeações do último concurso, Arilson Chiorato também pretende cobrar maior investimento na receita do estado e também um novo concurso "Precisamos urgentemente de mais investimentos e de mais funcionários. É impossível atingir bons índices no combate ao crime e na segurança pública em geral se não contarmos com a excelência dos trabalhos de perícia e de inteligência", afirma.
Da Assessoria de Comunicação


Favoritismo de Maia tropeça em debandada de siglas e ameaça de bloco paralelo


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em pouco mais de uma semana, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) viu as notícias sobre a disputa da Presidência da Câmara mudarem drasticamente de tom.
Praticamente incontestável no fim de 2018, o favoritismo do atual presidente da Casa na corrida chega à segunda semana de 2019 balançado pela debandada de partidos da oposição, a provável formação de um bloco paralelo encabeçado por um ex-aliado e a pulverização de votos.
Se Maia começou o ano lendo, em 2 de janeiro, que o acordo firmado com o PSL fortalecia sua ambição de se reeleger para o cargo, chegou ao fim da segunda semana de 2019 recebendo a inesperada decisão do PSB de descartar aliança.
Hoje, ele tem o apoio formal, além do partido do presidente Jair Bolsonaro, de PSD, PR, PRB, DEM, PSDB, SD, Podemos e PPS.
A princípio, o anúncio do ingresso do PSL no bloco de Maia alimentou sua expectativa, ao somar os 52 votos da segunda maior bancada da Câmara à sua candidatura. 
Mas o que parecia ser a maior vantagem do presidente da Casa até o momento pode ter se transformado em seu ponto fraco. 
Primeiro, porque não há consenso sobre a adesão à candidatura de Maia entre os deputados bolsonaristas, que se veem pressionados por seus eleitores pelo apoio a alguém que aliados do presidente chamavam até as eleições de representante da "velha política".
Além disso, o movimento do PSL começou a espantar partidos de centro e de esquerda que caminhavam para apoiá-lo e que têm bancadas expressivas no Parlamento.
"O momento exige dos partidos da oposição uma firmeza grande e ter clareza sobre o momento político que nós estamos a viver", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, ao abrir a reunião da sigla, na quinta passada.
Cerca de quatro horas depois, Siqueira afirmou categoricamente que a adesão do PSL ao bloco de Maia inviabilizaria a manutenção do PSB (32 deputados) na aliança.
O recuo pode ser seguido por PDT (28) e PC do B (9).
Além disso, o PT, partido que tem a maior bancada da Câmara, com 56 deputados, encontra dificuldade para apoiar Rodrigo Maia em 1º de fevereiro. Apesar do discurso da presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PR), de que um apoio estava descartado, parlamentares ainda dialogavam com Maia. 
A bancada foi surpreendida na quarta (9) com declaração do candidato descartando a presença do partido em seu bloco —a fala foi vista como uma tentativa de acalmar os ânimos de uma ala do PSL contrária à possibilidade de terminar abraçada com o PT na eleição logo no início do governo.
Ao mesmo tempo reticente por causa do acordo com o partido de Bolsonaro, o PT tenta evitar a repetição do que aconteceu em 2015: lançou candidato próprio, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que foi derrotado por Eduardo Cunha (MDB-RJ), o que deixou o partido sem posições de destaque na Mesa Diretora.
Assim, a sigla tenta se equilibrar entre o pragmatismo de embarcar numa candidatura com chances de vitória e a preservação de seu discurso ideológico.
Os partidos da oposição podem terminar se voltando para um antigo aliado de Maia, o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Ele articula a formação de um outro grupo que, além do PT, PSB, PDT e PC do B, pode agregar PP (37), MDB (34), PTB (10) e PSC (8).
O bloco chega a um máximo de 214 votos, o que pode torná-lo uma ameaça para Maia, que em sua própria conjunção de partidos conseguiria um máximo de 239 votos.
Não há, porém, em nenhum dos dois casos unanimidade, por ser uma votação secreta, o que impede o domínio das cúpulas sobre os deputados.
Os possíveis adversários de Maia não pretendem apresentar um único nome, mas lançar várias candidaturas. Assim forçariam um segundo turno, no qual —dizem— se uniriam contra Maia.
Até agora, os colocados neste grupo são Lira, Fábio Ramalho (MDB-MG), Alceu Moreira (MDB-RS) e JHC (PSB-AL). 
Recebido por Bolsonaro no Planalto, Ramalho pode ajudar a colocar água no chope do atual presidente, amealhando votos entre deputados novatos e o baixo clero.
Para pulverizar ainda mais a disputa, ainda há as candidaturas de Kim Kataguiri (DEM-SP), Capitão Augusto (PR-SP) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ).


Livro “Lula- a verdade vencerá” é lançado em Portugal


Na capital portuguesa, 11 de Janeiro de 2019, realizou-se o lançamento do livro "Lula a verdade vencerá – o povo sabe porque me condenam"; evento foi organizado pelo Núcleo do Partido dos Trabalhadores (PT) de Lisboa, a fim de fortalecer a campanha internacional "Lula Livre"; a ideia dos organizadores foi chamar a atenção para a prisão arbitrária de Lula e aumentar a pressão da comunidade internacional para sua liberdade
247 - Na capital portuguesa, 11 de Janeiro de 2019, realizou-se o lançamento do livro "Lula a verdade vencerá – o povo sabe porque me condenam" . O evento foi organizado pelo Núcleo do Partido dos Trabalhadores (PT) de Lisboa, a fim de fortalecer a campanha internacional "Lula Livre". A ideia dos organizadores foi chamar a atenção para a prisão arbitrária de Lula e aumentar a pressão da comunidade internacional para sua liberdade.
O orador do evento, João Paulo Rodrigues, que é membro nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A sua fala concentrou-se em fazer uma análise de conjuntura muito objetiva, a fim de enquadrar a atual situação do Brasil e a do ex-presidente Lula da Silva como um preso político.
Numa das falas mais relevantes, João Rodrigues enfatizou que o ex-presidente "é um símbolo para nós da esquerda, mas também para a direita". Porque independente de gostarmos ou não, o ex-presidente Lula é maior líder de massa dos últimos 60 anos no Brasil. Portanto, ele é o símbolo da nossa resistência ao governo neofascismo de Jair Messias Bolsonaro, por outro lado a sua prisão é o emblema máximo da vitória da burguesia sob a classe trabalhadora brasileira."


Fiascos em série do governo Bolsonaro são ode ao constrangimento


Em editorial, o jornal Folha de S. Paulo destaca a série inédita de fiascos do governo Bolsonaro decorrentes sobretudo da falta de experiência na condução da administração pública; o texto começa assim: "em seu início, o governo Jair Bolsonaro (PSL) se enreda em pequenos vexames diários com a pretensão de inovar antes de aprender com a administração pública"
247 - Em editorial, o jornal Folha de S. Paulo destaca a série inédita de fiascos do governo Bolsonaro decorrentes sobretudo da falta de experiência na condução da administração pública. O texto começa assim: "em seu início, o governo Jair Bolsonaro (PSL) se enreda em pequenos vexames diários com a pretensão de inovar antes de aprender com a administração pública."
O editorial prossegue, dando exemplos dos constrangimentos diários do governo: "num exemplo que beira o caricato, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apressou-se a afastar mais de 300 auxiliares que ocupavam funções de confiança, a título de "despetizar" o país. Como o termo ajuda a demonstrar, o presidente e sua equipe insistem na farsa de que ainda combatem o PT —afastado do Planalto em 2016. Por justificadas que sejam as críticas ao aparelhamento da máquina pública e ao excesso de cargos de livre nomeação no Executivo, o fato é que a maior parte deles se destina a servidores de carreira, muitos promovidos por mérito."
A matéria ainda acrescenta: "a medida tresloucada, portanto, teria mais chances de paralisar atividades do que de detectar algum perigoso conspirador petista. Logo se constatou, com efeito, que os trabalhos da Comissão de Ética Pública ficariam inviabilizados sem 16 de seus 17 funcionários. Outra trapalhada, ainda mal esclarecida, se deu com o lançamento de um edital para a compra de livros didáticos sem exigências básicas de qualidade. O ministro da Educação culpou o antecessor; este negou responsabilidade. Fato é que o período de transição de governo não parece ter sido bem aproveitado numa área crucial."



Médicos cubanos que atuavam no Brasil vão para Venezuela, anuncia Maduro


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, empossado nesta quinta-feira (10) para o segundo mandato (2019-2025), anunciou nesta sexta-feira (11), durante encontro com as delegações internacionais que foram a Caracas prestigiar sua posse, que a partir da próxima semana começam a chegar dois mil médicos cubanos que cancelaram em novembro do ano passado sua atividade solidária no Brasil
247, por José Reinaldo Carvalho, enviado especial a Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, empossado nesta quinta-feira (10) para o segundo mandato (2019-2025), anunciou nesta sexta-feira (11), durante encontro com as delegações internacionais que foram a Caracas prestigiar sua posse, que a partir da próxima semana começam a chegar dois mil médicos cubanos que cancelaram em novembro do ano passado sua atividade solidária no Brasil.
Maduro explicou que os médicos cubanos, que  atuavam no Brasil no quadro do programa Mais Médicos implantado durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, se retiraram devido às absurdas restrições à presença solidária dos cubanos "por parte do governo fascista de Jair Bolsonaro". 
Desde a campanha eleitoral e logo depois de sua vitória, Bolsonaro fez declarações agressivas e discriminatórias aos médicos cubanos. Ameaçou alterar as cláusulas contratadas entre os governos do Brasil e de Cuba e a Organização Pan-Americana de Saúde.
O governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, caracterizado pela intolerância ideológica, está promovendo um giro de 180 graus na Política Externa brasileira. Entre outras medidas cogitadas está o rompimento de relações com Cuba.
O anúncio de Nicolás Maduro de que receberá dois mil médicos cubanos na Venezuela faz parte de um conjunto de medidas de políticas sociais que se intensificarão em seu segundo mandato. Bem-humorado, o presidente Maduro ainda disse que os médicos cubanos vão ensinar "português brasileiro" aos venezuelanos.   



Veja compara Bolsonaro a Jânio Quadros e já insinua sua queda


O começo mais tresloucado de governo da história fez com que até a imprensa tradicional enxergasse o óbvio: o prazo de validade de Jair Bolsonaro tem a extensão de uma fake news; a revista Veja produziu um capa que sintetiza a condição descartável do presidente eleito: a fusão de sua imagem com a clássica foto de Jânio Quadros feita pelo fotógrafo Erno Schneider em 21 de abril de 1961; a foto, intitulada "Qual o Rumo", é um dos documentos mais significativos da história política brasileira e, com ares premonitórios, antecipou a queda de Jânio sete meses depois de vencer as eleições com discurso anti-corrupção
247 - O começo mais tresloucado de governo da história fez com que até a imprensa tradicional enxergasse o óbvio: o prazo de validade de Jair Bolsonaro tem a extensão de uma fake news. A revista Veja produziu um capa que sintetiza a condição descartável do presidente eleito: a fusão de sua imagem com a clássica foto de Jânio Quadros feita pelo fotógrafo Erno Schneider em 21 de abril de 1961. A foto, intitulada "Qual o Rumo", é um dos documentos mais significativos da história política brasileira e, com ares premonitórios, antecipou a queda de Jânio sete meses depois de vencer as eleições com discurso anti-corrupção. 
A foto causou alvoroço nas trincheiras bolsonaristas. A comparação é bastante tóxica, justamente porque conecta dois políticos similares em muitos aspectos. Bem menos inteligente que Jânio - o que é uma constatação evidente -, Bolsonaro produz, como o ícone da 'vassourinha', um discurso confuso, errático e destituído de sentido histórico e político. 
A falta de rumo de Bolsonaro nos primeiros dias de governo é tal, que a imagem histórica de Jânio com os pés tortos emergiu talvez com sua maior força simbólica desde 1961. 
A revista, majoritariamente lida por bolsonaristas, produziu um ruído severo no governo com a fusão iconográfica. A imagem, que na cultura popular, vale por mil palavras, neste lampejo de lucidez editorial da revista falimentar, vale por mil crises.


Após dois anos, PGR silencia sobre acusações de corrupção contra Rodrigo Maia

Maia: Desde que assumiu o comando da PGR, em setembro de 2017, Raquel Dodge, pediu algumas providências, mas até agora não apresentou acusação formal ou encerrou o caso (Foto: Arquivo/Agência Brasil)


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Quase dois anos depois de a Polícia Federal apontar a existência de indícios de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) até hoje não se manifestou sobre eventual denúncia ou arquivamento do caso. Com apoio do PSL, partido do governo de Jair Bolsonaro, o deputado tenta se reeleger para ficar mais dois anos no cargo.
O inquérito sobre o caso foi concluído no fim do mandato do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em fevereiro de 2017. Desde que assumiu o comando da PGR, em setembro de 2017, a substituta dele, Raquel Dodge, pediu algumas providências, mas até agora não apresentou acusação formal ou encerrou o caso.
A PGR afirmou à reportagem que a investigação "não ficou parada" e que "a análise dos autos revelou a necessidade de complemento de diligências apuratórias, o que foi feito diretamente pelo órgão". "Por uma questão de estratégia de investigação, aguardou-se a disponibilização de elementos de corroboração que apenas recentemente foram disponibilizados. O inquérito continua em análise e, tão logo haja uma decisão, as providências cabíveis serão adotadas pela PGR", diz nota do órgão.
O inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) em maio de 2016 e está em sigilo. Por esse motivo, o Ministério Público Federal diz não poder dar detalhes do caso. Assim que Dodge se manifestar, o Supremo vai decidir o futuro de Maia e se acolherá pedido da procuradora-geral para que vire réu ou para que se arquive o caso.
O relator do inquérito é o ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato na corte. De acordo com relatório da Polícia Federal, o parlamentar prestou favores à empreiteira OAS em troca de doações eleitorais. A investigação teve como base supostas mensagens de celular trocadas entre Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora, e Maia.
Reportagem da Folha de S.Paulo de 2016 revelou que, no celular de Pinheiro, havia mensagens de uma pessoa identificada como Rodrigo Maia com pedidos de doação, encontros e conversa sobre projetos do Congresso. "A doação de 250 vai entrar?", diz mensagem de um número identificado como o do deputado do DEM, em 17 de setembro de 2014. Em 26 de setembro, ele reitera: "Se tiver ainda algum limite pra doação, não esquece da campanha aqui".
Naquele mesmo mês, o então presidente da OAS encaminha para um destinatário desconhecido outra mensagem supostamente recebida de Rodrigo Maia. "Saiu MP nova. Trata de programa de desenvolvimento da aviação regional. Prazo de emenda até 8/8". Léo Pinheiro completa com um comentário: "Vamos preparar emendas".
A OAS fez doações naquele ano para César Maia, pai do presidente da Câmara, que foi candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro. Desde que os autos do inquérito voltaram para a PGR, novas informações da Lava Jato do Paraná também foram adicionadas. Também se aguardou o andamento de acordos de colaboração que estavam em negociação, porque havia a expectativa de que seriam úteis no caso.
Léo Pinheiro, preso em Curitiba, tenta assinar uma delação premiada. Oito executivos da empreiteira que trabalhavam no setor responsável pelo caixa dois e pelos repasses de propinas da construtora já tiveram seus acordos homologados pelo Supremo. Os ex-funcionários não ocupavam a cúpula da OAS, mas, por atuar na área de movimentação ilegal de dinheiro, conhecida internamente como controladoria, forneceram documentos que podem permitir a comprovação de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
Desde o início das investigações, Maia sempre afirmou que nunca recebeu vantagem indevida para apreciar qualquer matéria na Casa. Tem dito também que, ao longo de seus cinco mandatos de deputado federal, sempre votou "de acordo com a orientação da bancada ou com a própria consciência."
Maia também é investigado por repasses recebidos da Odebrecht. Ele apareceu na delação premiada de executivos da empreiteira. Além das explicações do episódio específico, a PGR informou de forma genérica que os inquéritos são trabalhados de acordo com determinados critérios de "natureza fática" ou "jurídica", como as investigações nas quais ocorreria a perda de foro perante o Supremo Tribunal Federal.