domingo, 30 de dezembro de 2018

Afrânio: não sei se viverei em um país governado pela extrema direita


"O fato mais traumático que vivenciei, em toda a minha existência, foi a morte prematura da minha filha Eliete", diz o jurista Afrânio Silva Jardim; "Acho que posso afirmar que este ano de 2018, que ora se finda, foi o segundo ano mais danoso que vivi. Não vou aqui elencar as grandes decepções e perdas que me amarguraram no curso deste período", afirma; "Não sei se conseguirei viver em um país governado pela extrema direita"
Por Afrânio Silva Jardim, em seu Facebook
O fato mais traumático que vivenciei, em toda a minha existência, foi a morte prematura da minha filha Eliete. Esta tragédia ocorreu no ano de 2014 e ainda não me recuperei desta irreparável perda ...
Revendo o meu passado, acho que posso afirmar que este ano de 2018, que ora se finda, foi o segundo ano mais danoso que vivi. Não vou aqui elencar as grandes decepções e perdas que me amarguraram no curso deste período. Vou ser mais genérico e sucinto.
Durante este ano de 2018, perplexo e atônito, assisti à derrocada de quase todos os valores pelos quais sempre pugnei. Foram décadas pregando a solidariedade e fraternidade, tudo no âmbito de uma sociedade mais justa, menos desigual, onde todos pudessem ter uma vida digna.
Lutamos contra o individualismo, a ganância, os preconceitos, a competição como fundamento de uma sociedade consumista (e vários outros aspectos negativos deste modelo de sociedade).
Entretanto, não posso deixar de consignar uma situação específica, qual seja, a injusta prisão do maior líder popular de toda a história de nosso país. Este absurdo jurídico, na minha opinião, maculou toda a trajetória do nosso sistema de justiça criminal. Esta prisão apequenou e apequena o nosso sistema de justiça criminal.
Agora, sou obrigado a reconhecer: perdemos, ainda que parcialmente e temporariamente. Eu perdi e acho que não tenho tempo de vida suficiente para ver surgir um verdadeiro socialismo democrático em nosso país...
Perdemos, porque a sociedade está submetida a um nefasto e longo obscurantismo. As pessoas estão ficando “infantilizadas” e a conjugação da ignorância com o fanatismo religioso transformou o nosso povo em “massa de manobra” de grupos empresariais que manipulam as redes sociais.
Não tenho mais dúvida de que vou deixar este mundo muito pior do que ele era quando, por uma incrível coincidência biológica, eu aqui nasci. Aqui vivi 68 anos e agora tenho de reconhecer que a “direita autoritária” chegou ao poder e, o que é pior, as pessoas elegeram para presidente um antigo militar que disse, pública e reiteradamente, que era favorável à tortura de seres humanos e ao extermínio de seus adversários ideológicos. Na verdade, todos perderam ou vão perder...
Perdemos, sim, para a truculência, para o ódio e para a ignorância. Entretanto, digo que detestaria estar no lugar dos que nos venceram, conforme célebre frase do grande Darci Ribeiro. Que falta está fazendo este grande escritor, político, acadêmico e intelectual inconformado !!!
De uma forma geral, o mundo está ficando muito pior. Quanto mais as pessoas se apegam às várias religiões, mais perversas e ignorantes elas se tornam. A ciência também está perdendo para as crendices. Invertendo a lógica das coisas, os “fiéis” se utilizam das suas religiões para disseminar os valores que, com elas, são incompatíveis. Não estamos mais na era da razão humana e, sim, na era da “confusão tecnológica”. A lógica está fora de moda !!!
Vejam a matéria cujo link coloco abaixo, publicada no site “The Intercept, Brasil”. Deprimente e nos cria um verdadeiro desassossego.
Não sei se conseguirei viver em um país governado pela extrema direita. Não sei se conseguirei permanecer “vivo entre tantos mortos”, como diz a bela música cantada pelo camarada argentino Victor Heredia, que tantas vezes coloquei aqui.
Vamos resistir. A cultura, o conhecimento, o companheirismo e a generosidade não podem perecer. Vamos resistir sem medo e sem perder a ternura jamais (Che).


Beto Preto entrega a 1ª etapa do Parque Industrial da Juruba


Ainda neste sábado, o prefeito também inaugurou a ligação dos bairros Araucárias e Ponta Grossa 
(Fotos: Edson Denobi)
Em ato simbólico realizado neste sábado (29/12) pela manhã, o prefeito Beto Preto, acompanhado de secretários, vereadores e imprensa, entregou a primeira etapa das obras de drenagem e pavimentação do Parque Industrial da Juruba. “Trata-se do primeiro parque industrial de toda a história do município, que está sendo entregue com ruas asfaltadas, galerias pluviais, água e iluminação”, enalteceu Beto Preto.
Caminhando pela Avenida Milton Geraldo Lampe, a principal do novo parque industrial e que tem 15 metros de largura, o prefeito disse que nesta primeira etapa foram investidos R$ 600 mil, para asfaltar 7 mil metros quadrados. “As obras de infraestrutura urbana já permitem a instalação de 37 empresas, em lotes de 1.000, 1.500 e 2.000 m²”, informou Beto Preto, lembrando que 15 empresas já estão autorizadas a se instalarem na Juruba, com leis aprovadas pela Câmara e sancionadas.
O novo parque industrial, situado na região sul de Apucarana, na saída para Curitiba, tem área total de 23 alqueires, equivalente a 596 mil m². E, quando forem finalizadas as três etapas previstas de urbanização, poderá abrigar 237 indústrias.
“Este investimento é de grande relevância para o futuro do município, abrindo espaço para novos empreendedores, que irão gerar mais empregos e movimentar nossa economia”, avalia Beto Preto, emendando que, “Apucarana está se preparando para o futuro e nós estamos fazendo a nossa parte”.
Ele assinala ainda que o Parque da Juruba tem localização estratégica, às margens da BR-376, e ao lado de dois novos residenciais, o Fariz Gebrim – que deve ser entregue em junho de 2019 -, e do Barcelona, que poderão fornecer mão de obra. O prefeito informa ainda que a entrada principal da Juruba será feita pela Rua Amâncio Bueno, interligando com o Parque Industrial Sul, com a construção de um viaduto de transposição da linha férrea.
Nesta segunda-feira, dia 31 de dezembro, conforme anunciou o secretário de obras, Herivelto Moreno, o prefeito Beto Preto irá autorizar a segunda etapa de asfalto e drenagem do Parque da Juruba. “As obras irão viabilizar a liberação de lotes para mais 60 empresas”, revela Moreno.
INTERBAIRROS
Ainda na manhã do sábado, o prefeito Beto Preto também inaugurou mais uma etapa do Programa Interbairros, na interligação do Residencial Araucárias com o Jardim Ponta Grossa e o Núcleo Dom Romeu Alberti.
A obra, com R$ 252 mil (recursos próprios), inclui uma avenida pavimentada, com drenagem de águas, calçadas, rampas de acessibilidade, iluminação pública e arborização. “Aqui temos um exemplo bastante claro dos objetivos deste programa, que visa aproximar as pessoas e reduzir distâncias”, pontuou Beto Preto.
A dona de casa Maria de Lourdes Morais, que reside no Araucárias, diz que a nova rua aberta beneficia toda a comunidade da região. “Antes os moradores do Araucárias só podiam ir para o centro pela rodovia. Agora economizamos tempo e dinheiro”, assinala.


Vídeo sobre “facada” em Bolsonaro levanta questões sem resposta


Postado há uma semana pelo canal no YouTube "True Or not", documentário começa a ampliar audiência por levantar dúvidas e suspeitas que nem autoridades, nem mídia se empenham em resolver. Adélio agiu sozinho mesmo para organizar e executar o atentado? Por que tinha tantos celulares e laptop se usava lan house? São coincidências as mortes de pessoas ligadas a sua hospedagem? Confira o vídeo
Da Rede Brasil Atual – O documentário Facada no Mito, postado há uma semana no canal True Or Not, no YouTube, está se espalhando por meio das redes sociais. O trabalho, que não identifica seus autores, praticamente não traz imagens inéditas do episódio que vem sendo tratado como "atentado" contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro. Mas traz apontamentos minuciosamente elaborados em torno das cenas que antecederam à facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira.
Mostra o comportamento da equipe de segurança, levanta questões relacionadas à "logística" em torno do autor, relembra dúvidas em torno do atendimento e contradições em torno das reações de pessoas próximas a Bolsnoaro. Adélio agiu sozinho mesmo para organizar e executar o atentado? Por que tinha tantos celulares e laptop se usava lan house? São coincidências as mortes de pessoas ligadas a sua hospedagem? E o fato de o escritório de advocacia que o defende atender também envolvidos em confronto entre policiais de Minas e de São Paulo? São listadas, enfim, muitas perguntas sem respostas, como qual teria sido o desempenho de Bolsonaro se não tivesse ocorrido o crime.
"Não somos direita ou esquerda. Não estamos acima e nem abaixo. Somos nós, somos vocês, somos eles, somos todos... ...e merecemos respostas", dizem os responsáveis pelo canal, que abrem o documentário explicando não se tratar de uma "acusação", mas de levantamento de pontos de vista que permitam "uma narrativa diferente da divulgada".
Os responsáveis observam que até o momento a Polícia Federal apresentou uma conclusão que "deixa de fora muitas questões". "Questões que queremos dividir com o público para que possamos exigir as devidas respostas."
Para eles, o assunto não pode ser tratado como crime comum. "Trata-se de um crime de segurança nacional contra um candidato eleito presidente. Além de, como veremos, pode tratar-se de um crime de falsidade ideológica que poderia levar à cassação do mandato presidencial."


sábado, 29 de dezembro de 2018

Esquerda e centro-esquerda não vão à posse; será uma festa da direita e extrema-direita


Os partidos de esquerda não irão à posse de Jair Bolsonaro; os parlamentares do PT, PSOL e PC do B estarão ausentes da cerimônia de 1º de janeiro às 15h no Congresso Nacional; os partidos de centro-esquerda, PDT e PSB, liberaram suas bancadas para que cada parlamentar decidia-se; o presidente do PSB, Carlos Siqueira, já anunciou que não irá, mesma posição do líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo; com a confirmação da presença de Benjamin Netanyahu, Viktor Orbán, Sebastián Piñera (Chile), Iván Duque (Colômbia) e Mario Abdo (Paraguai), a posse de Bolsonaro adquire feição de um encontro da direita e extrema-direita global
247 - Os partidos de esquerda não irão à posse de Jair Bolsonaro. Os parlamentares do PT, PSOL e PC do B estarão ausentes da cerimônia de 1º de janeiro às 15h no Congresso Nacional. Os partidos de centro-esquerda, PDT e PSB, liberaram suas bancadas para que cada parlamentar decidia-se. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, já anunciou que não irá, mesma posição do líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo.
Com a confirmação da presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e mais o premiê ultranacionalista da Hungria Viktor Orbán e os presidente de direita sul-americanos, Sebastián Piñera (Chile), Iván Duque (Colômbia) e Mario Abdo (Paraguai), a posse de Bolsonaro adquire feição de um encontro da direita e extrema-direita global
A decisão do PT de boicotar a posse de Bolsonaro foi antecipada pelo Brasil 247 em 20 de dezembro (aqui). Nesta sexta (28) o partido oficializou sua posição com uma nota assinada pelos líderes do partido na Câmara e Senado, deputado Paulo Pimenta e senador Lindbergh Farias, e pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (aqui). Na nota, o partido informa: !"Não compactuamos com discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. E não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política. Por tudo isso, as bancadas do PT não estarão presentes à cerimônia de posse do novo presidente no Congresso Nacional".
Da mesma maneira, o PSOL oficializou sua posição nesta sexta, com uma nota de sua Executiva Nacional na qual o partido diz que seus parlamentares estarão ausentes da posse e afirma: "Estaremos nas ruas, desde o primeiro dia de governo, defendendo a democracia, os direitos do povo brasileiro e a soberania nacional contra aqueles que querem fazer o Brasil retroceder a 1964. Seremos resistência, desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, nas ruas e no parlamento, em defesa do povo brasileiro" (aqui).
O PC do B não divulgou nota sobre o assunto. Segundo a presidente da legenda, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), "Não tomamos nenhuma resolução, mas é natural que não estejamos presentes. Não temos nenhuma identificação com o presidente eleito. Não fomos convidados e não iríamos se o convite tivesse chegado" (aqui). A deputada comunista Jandira Feghali confirmou que a bancada não participará da posse, mas evitou usar a palavra "boicote". "Não é um boicote, até porque respeitamos o resultado das urnas. É a decisão política de não ir", disse (aqui). 
O presidente do PSB, Carlos Siqueira afirmou que a questão não foi fechado pelo partido e que decisão será de cada parlamentar e líder da agremiação: "Quem desejar participar está livre para fazê-lo. Eu, pessoalmente, não estarei lá". O líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE), disse que não vai e que "não existe nenhuma deliberação para algum deputado da bancada ir". 
Com a confirmação da presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e mais o premiê ultranacionalista da Hungria Viktor Orbán e os presidente de direita sul-americanos, Sebastián Piñera (Chile), Iván Duque (Colômbia) e Mario Abdo (Paraguai), a posse de Bolsonaro adquire feição de um encontro da direita e extrema-direita global


Bolsonaro não revela a conta médica da “facada”


Embora tenha ficado 23 dias internado no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do País, o presidente eleito Jair Bolsonaro ainda não apresentou à Câmara dos Deputados um pedido de reembolso pelos gastos realizados durante o tratamento da 'facada' de Juiz de Fora, que teria sido decisiva para sua vitória, ao criar as condições para que ele não participasse dos debates; o hospital também não comenta o caso
247 – A 'facada' sofrida por Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, decisiva para sua vitória eleitoral, ao criar as condições para que ele não participasse dos debates, permanece um mistério. É o que revela reportagem do jornalista Ranier Bragon, da Folha de S. Paulo, publicada neste sábado. 
"Mais de cem dias após sofrer um atentado a faca em Juiz de Fora (MG), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ainda não apresentou à Câmara dos Deputados um pedido de ressarcimento de gastos médicos e hospitalares com seu atendimento", informa o jornalista. "A própria equipe de Bolsonaro havia dito em setembro, dias após a tentativa de assassinato, que estava conversando com a Câmara e que iria recorrer ao reembolso a que os congressistas têm direito por eventual uso da rede privada de saúde. Pelas regras da Câmara, para receber reembolso Bolsonaro terá que apresentar uma série de documentos comprobatórios dos gastos, incluindo declaração de que os custos foram quitados por ele."
A Albert Einstein, como todos sabem, é um dos hospitais privados mais caros do Brasil, onde Bolsonaro ficou internado por quase um mês.  "A assessoria do hospital —onde o então candidato ficou internado por 23 dias— afirmou que não comenta valores ou se pronuncia sobre quem pagou os custos, por questão de sigilo dos dados do paciente", diz a reportagem.

Ratinho Junior acha que situação financeira do governo não é confortável



Embora a governadora Cida Borghetti tenha afirmado que deixará R$ 5 bilhões em caixa para o próximo governo e que a transição foi harmoniosa, o governador eleito, Ratinho Junior, em entrevista à sua equipe de trabalho disse que está preocupado com as contas e com o caixa e que terá que promover cortes e ajustes para cumprir os compromissos assumidos com a sociedade. Todos os contratos de fornecedores serão revistos. Bem, isso é praxe em todo início de governo.
Sobre a transição:
A transição começou tarde, por decisão do atual governo, algo que lamentamos, pois gostaríamos que começasse em seguida às eleições para que pudéssemos ter mais tranquilidade para levantar os contratos, licitações e projetos em andamento. O que nos preocupa muito é a questão financeira do estado, porque muitas das informações nós não temos ainda consolidadas. Existe um problema inclusive com a secretaria da Fazenda, com o software, mas nós estamos fazendo um levantamento. Existe uma previsão de que o governo não tenha uma sobra de caixa, confortável para começar o ano. Diante deste cenário, vamos ter que fazer muitos cortes, muitos ajustes, para que a gente consiga cumprir os compromissos neste início de ano, em especial nos primeiros 90 dias. Eu determinei que todos os contratos dos últimos 30, 40 dias, sejam revistos, aquelas licitações que não são prioridade para atender a população a gente pretende cancelar, o que juridicamente for possível.
Vamos priorizar aquilo que é necessário, em especial a questão da saúde, a questão da educação, já que as aulas começam em fevereiro. Janeiro é um mês difícil por conta de epidemias como a da dengue, estamos que estar preparados para o combate, precisamos ter dinheiro em caixa para isso e, obviamente, honrar os compromissos.
Redução da máquina
Vamos fazer um pente-fino. Começamos diminuindo as secretarias, de 28 para 15. É o estado que mais cortou secretarias até agora, pelo que levantamos. A ideia é enxugar a máquina pública, fazer um pente-fino em todos esses contratos. Tivemos o caso da dragagem do Porto de Paranaguá, que vai custar 400 milhões de reais, cujo contrato foi assinado a poucos dias para terminar o ano. Esse é o tipo de coisa que deveria ter sido discutida com mais profundidade, jogada para o ano que vem para que a gente pudesse avaliar o contrato, que envolve milhões. A intenção é rever tudo isso. E vou determinar logo no início do mês de janeiro, uma auditoria na folha de pagamento e também na previdência.  Nós queremos realmente ver se as pessoas estão trabalhando de maneira correta, que não tenha gente recebendo em duplicidade, para que o dinheiro público possa ser bem aplicado.
O senhor reduziu de 28 para 15 secretarias. Qual foi o critério para chegar nesse modelo e como foi a composição dos indicados para assumir as pastas?
Foi a primeira vez na história do Paraná que foi contratada uma consultoria, uma das maiores empresas especializadas em Gestão Pública, que é a Fundação Dom Cabral, para fazer uma modernização do organograma do estado, repensar o número de secretarias.
Era um compromisso que eu tinha com os paranaenses, de reduzir aquelas secretarias que foram criadas ao longo dos anos para acomodar amigos, parentes de políticos. Nós resolvemos acabar com todas elas e deixar só as que realmente são importantes para tocar o estado. Então nós reduzimos de 28 para 15 secretarias, elas foram todas analisadas e reorganizadas pela fundação Dom Cabral e todos os secretários e secretárias foram indicados por um critério extremamente técnico. Se pegar o currículo de todos eles, você vai ver que são pessoas preparadas, formadas, pós-graduadas, alguns doutores,  a nossa preocupação foi a de montar um time de excelência que possa prestar um bom serviço ao estado.
Qual foi a orientação que o senhor deu aos secretários?
Primeiro muita lealdade ao povo do Paraná. Temos essa obrigação e o compromisso de sermos eficientes, aplicar da maneira possível o dinheiro público e acima de tudo trabalhar muito. Eu não gosto de ter na minha equipe pessoas que não gostam de trabalhar. Escolhi pessoas que tem capacidade técnica e disposição para trabalhar.
O que o povo do Paraná pode esperar do governo Ratinho Junior, a partir de 2019?
Pode esperar muita vontade de trabalho, muito planejamento, nós vamos fazer do Paraná o melhor estado do Brasil, eu tenho convicção disso. Vamos fazer do Paraná o estado mais moderno do Brasil. Queremos colocar a educação entre as três melhores do país, fazer com que a segurança pública ser respeitada e até servir de modelo para outros estados, utilizando para isso a tecnologia. Acima de tudo, queremos fazer do Paraná um estado que possa gerar oportunidades, a nossa preocupação, a nossa missão vai ser criar empregos. Para isso vamos trabalhar para atrair empresas do Brasil e também de fora, para investir no Paraná e gerar emprego pra nossa gente, este é o nosso compromisso.


Governadora libera R$ 11,8 milhões para construção da maternidade do Providência


Autorização foi consolidada nesta sexta-feira, após novos contatos mantidos pelo prefeito Beto Preto com Cida Borghetti e sua assessoria
(Foto: Edson Denobi/Arquivo)
A governadora do Paraná, Cida Borghetti, liberou nesta sexta-feira (28/12), em Curitiba, o empenho de R$11,8 milhões para a construção da sede própria Hospital da Providência Materno Infantil de Apucarana. Os recursos, que já haviam sido assegurados pelo prefeito Beto Preto (PSD) na gestão do governador Beto Richa, desde abril estavam com empenho suspenso pela Secretaria de Estado da Saúde.
Com a verba pública, a instituição irá edificar um terceiro pavimento no prédio do Hospital da Providência, criando um espaço inicial de 2.151,80 metros quadrados que abrigará a maternidade e o setor de pediatria do hospital, com quartos, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (com 17 leitos), enfermaria, centros obstétricos, pediátrico e cirúrgico e ainda uma UTI para adultos (10 leitos) destinada às mães que passam por alguma complicação no parto.
Conforme revela a direção do Providência, os recursos também irão custear a reforma de uma área de 2.720,06 metros quadrados, incluindo o acesso ao novo pavimento; uma nova entrada ambulatorial do Hospital da Providência Materno Infantil, no térreo, localizada na Rua Nagib Daher; e a reforma e estruturação dos postos de enfermagem.
O prefeito Beto Preto (PSD), que durante os últimos nove meses realizou uma série de viagens a Curitiba para cobrar o empenho dos recursos conquistados oficialmente em março, comemorou a liberação do empenho por parte da governadora.
Beto Preto lembrou que a construção da sede própria do Hospital Materno Infantil do Providência vem sendo uma prioridade na instituição e também para o poder público municipal. “Desde o início de 2016 a diretoria tem se mobilizado para angariar recursos e avançar nas diversas etapas da obra. Exemplo disso foi a promoção de um jantar filantrópico destinado a custear os projetos da maternidade, que tiveram um custo de cerca de R$ 200 mil”, lembra Beto Preto.
CONQUISTA – O empenho dos recursos necessários para a obra ainda no exercício de 2018 também foram comemorados pela diretora-geral do Hospital da Providência, irmã Geovana Ramos. Ela anuncia que serão retomados de imediato os procedimentos para a licitação das obras e também explica alguns detalhes do que está previsto no projeto de execução. “Apesar de ser um novo pavimento, a ala da futura maternidade será totalmente isolada da atual estrutura, com acesso privativo, pela Rua Nagib Daher, contando com dois elevadores exclusivos e rampas de acesso”, relata.
Segundo a diretora-geral, serão dois hospitais num mesmo prédio, mas com áreas e acessos distintos. “Atualmente, o Hospital da Providência Materno Infantil funciona em prédio alugado, nas antigas instalações do Hospital Santa Helena”, lembra a irmã Geovana.
O Hospital da Providência Materno Infantil é referência regional nos partos de gestação de alto risco e atua com 100% de taxa de ocupação na UTI Neonatal. Já o Hospital da Providência atende Apucarana e outros 17 municípios da região Centro Norte do Estado, via Rede de Urgência e Emergência e também pacientes de outras regionais de saúde. Cerca de 80% de todos os atendimentos da instituição são realizados através do Sistema Único de Saúde (SUS).


Beto Preto autoriza licitação para a reforma e ampliação do Centro Infantil


Obra, no valor de R$ 424.366,77, será custeada com verba de emenda parlamentar e recursos próprios do município
(Foto: Edson Denobi)
Mais uma estrutura da rede municipal de saúde de Apucarana vai passar por melhorias. O prefeito Beto Preto autorizou nesta semana a abertura de licitação para a reforma e ampliação do Centro Infantil Sonho de Criança.
O prédio de 301,11 m², localizado na Rua Miguel Simeão, no mesmo quarteirão da Autarquia Municipal de Saúde e da Farmácia Municipal Central, será reformado e vai ganhar 180,15 m² de ampliação.
A sala de espera (com implantação da sala verde) vai ganhar mais espaço físico. Também serão ampliados os sanitários para pacientes e acompanhantes, com acessibilidade. Outros setores que irão ganhar mais espaço são o fraldário, sala de triagem, arquivo, copa e depósito de material de limpeza.
Com a reforma e adequação dos ambientes, o Centro Infantil passará a contar com seis consultórios, sanitário exclusivo para funcionários, ampla sala de inalação coletiva e área de esterilização de materiais. A reforma também trará melhorias para o consultório odontológico que funciona no local e para sala de vacinas.
O investimento na reforma é de R$ 155.588,01 e na ampliação de R$ 268.778,76, totalizando R$ 424.366,77. A obra será custeada com recursos de emenda parlamentar da senadora Gleisi Hoffman, no valor R$ 300 mil. O restante, de pouco mais de R$ 124 mil, será complementado com recursos próprios do município.
O prefeito Beto Preto detalhou que a obra no centro infantil vai triplicar o número de consultórios. “Hoje temos dois e serão seis. Ainda prevemos ampliar o horário de atendimento até as 23 horas, sendo que atualmente o fechamento acontece às 17 horas”, anunciou o prefeito.
“É uma alegria terminar os trabalhos de 2018 com tantos resultados positivos. São 4 UBSs em construção; abertura de licitação para reforma e ampliação de outras 10 UBSs, entre tantas conquistas na saúde como em outras áreas da administração municipal”, completou Beto Preto. A média de atendimento do Centro Infantil é de 80 a 100 crianças ao dia.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Marchinha de carnaval faz 'homenagem' a ex-assessor de Bolsonaro


Fabrício Queiroz virou o alvo da brincadeira da dupla "Os Marcheiros"

Depois do sucesso da Marchinha do Japonês (“Ai, meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta/ o Japonês da Federal”) no último carnaval, a dupla de humor "Os Marcheiros" elegeu o ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, como alvo da brincadeira deste ano.  As informações são da coluna do Ancelmo Gois, do jornal 'O Globo'. 
"Queiroz, Queiroz, Queiroz.../ Explica essa mutreta aí pra nós/ A galera já te manja/ Espreme ele, que sai suco do laranja", diz o trecho da música.
Fabrício Queiroz foi apontado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como responsável pela movimentação atípica de 1,2 milhão. O ex-assessor de Bolsonaro diz que não cometeu nenhuma ilegalidade e que o montante vem da compra e venda de carros. "Eu sou um cara de negócios, eu faço dinheiro", afirmou.
Fonte: Notícias ao Minuto

Bolsonaro pode causar danos duradouros ao Brasil, diz organização


Quase 50 organizações da sociedade civil dos Estados Unidos, que temem que os danos provocados sejam de amplo alcance e duradouros para comunidades brasileiras

REUTERS/Adriano Machado

Propostas do governo de Jair Bolsonaro (PSL) são vistas com receio por quase 50 organizações da sociedade civil dos Estados Unidos, que temem que os danos provocados sejam de amplo alcance e duradouros para comunidades brasileiras e ao meio ambiente.
As preocupações são manifestadas, em carta, por 47 instituições, entre elas entidades como Brazilian Studies Association (Brasa), Amazon Watch e Friends of the Earth U.S., além de outras de defesa do meio ambiente, dos direitos de trabalhadores e de mulheres. 
A carta acaba de ser publicada no site da organização ambiental Friends of the Earth U.S.
No documento, as entidades afirmam que o objetivo é expressar "profunda preocupação" com as posições sustentadas pelo presidente eleito que "representam uma ameaça séria à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente".
As entidades citam o "discurso de ódio" de Bolsonaro, dirigido a negros, gays e mulheres. Lembram ainda a defesa que o presidente eleito fez da ditadura militar -em especial declarações de que a ditadura deveria ter matado mais pessoas– e afirmações sobre exílio forçado e prisões de ativistas de esquerda.
Sobre isso, criticam o fato de o presidente eleito ter descrito membros do MTST como "terroristas" e destacam o assassinato de dois integrantes do grupo em dezembro por homens mascarados.
"Além desses repulsivos ataques verbais, nós estamos particularmente preocupados com algumas propostas políticas de Bolsonaro que, se implementadas, podem infligir danos de amplo alcance e duradouros a comunidades brasileiras e ao meio ambiente."
A extinção do Ministério do Trabalho e do Ministério dos Direitos Humanos é vista com especial cautela pelas organizações. "Esses planos levantam temor de que o futuro governo vai procurar enfraquecer os esforços para proteger os direitos dos trabalhadores e outros direitos humanos."
As entidades de sociedade civil dizem que vão ficar monitorando as ações da próxima administração nos próximos meses. Afirmam ainda que vão se pronunciar contra a retórica de ódio e atos de violência, intimidação ou perseguição contra comunidades e instituições de defesa da sociedade civil tachadas de "inimigos" ou "terroristas" por Bolsonaro.
Os direitos de povos indígenas também são vistos com preocupação pelas organizações. Recentemente, o presidente eleito defendeu a exploração "de forma racional" da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. 
Para Christian Poirier, diretor da Amazon Watch, a eleição de Bolsonaro representa "uma crise para os direitos humanos, para a floresta amazônica e para o nosso clima global".
"Um aumento nos ataques violentos contra a população indígena e movimentos sociais já ocorreu desde a eleição. Os direitos humanos e da comunidade ambiental do Brasil não vão retroceder frente a essa emergência, e nem vamos nós [recuar] em apoio a eles."
Gladys Mitchell-Walthour, presidente da Brasa, afirmou que a intenção é fazer o máximo para "apoiar professores, ativistas e cidadãos brasileiros em geral".
"Nós não apoiamos ações antidemocráticas por líderes e cidadãos."  Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícias ao Minuto

Posse de Bolsonaro: esquema inédito contará com 12 bases de mísseis


Armamentos seriam instalados em plena Esplanada. Pedido foi feito pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e depende do aval de Temer

Michael Melo/Metrópoles
Está nas mãos do atual presidente da República, Michel Temer (MDB), o esboço de um decreto que autorizaria o uso de mísseis para abater aeronaves que tentassem invadir o espaço aéreo na zona de segurança estipulada para a posse de Jair Bolsonaro (PSL), em 1º de janeiro, em Brasília. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, o documento é um pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pode ser assinado nos próximos dias. A Casa Civil também estaria participando das tratativas para a edição do texto. A artilharia antiaérea só pode ser empregada com autorização presidencial expressa, que deve, ainda, determinar dia, local e horário nos quais aeronaves que invadirem o espaço aéreo poderiam ser abatidas pelos mísseis.
Segundo O Globo, mesmo sem a autorização ter sido dada ainda, Exército e Força Aérea Brasileira (FAB) já estariam preparados para atuar em caso de necessidade: cerca de 130 militares das duas corporações podem ser empregados na condução da medida. Os mísseis ficariam fixados em 12 bases terrestres espalhadas pela Esplanada dos Ministérios. A apresentação das tropas e do armamento para essa operação está prevista para ocorrer nesta sexta-feira (28), em Brasília, destaca a reportagem.
O emprego desse tipo de armamento é inédito em posses presidenciais, mas já foi usado no país durante a Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016). Em 1º de janeiro, segundo o jornal carioca, poderiam ser usados mísseis IGLAS – de fabricação russa e capazes de abater aeronaves em um raio de 6km – e o RBS 70 – equipamento sueco considerado um dos mais modernos e velozes do mundo, sendo capaz de abater aeronaves em um raio de 7km. O último modelo foi adquirido pelo Exército em 2016 e só teve autorização para uso durante as Olimpíadas.
Segurança reforçada

Toda a segurança para a posse está sendo reforçada de forma inédita, seguindo o modelo da solenidade que colocou Donald Trump à frente do governo dos Estados Unidos. Atiradores de elite estarão posicionados no alto dos principais prédios da Esplanada dos Ministérios (foto em destaque). Segundo a FAB, foram planejadas ações de reforço na defesa aérea e no controle de tráfego aéreo. Caças sobrevoarão a área de segurança delimitada para impedir que aeronaves não autorizadas se aproximem.

O planejamento prevê a criação de áreas de exclusão, com três níveis de restrição, nas quais somente aeronaves autorizadas irão sobrevoar. As áreas vermelha, amarela e branca serão acionadas ao meio-dia do dia 1º, conforme divulgou a FAB.
A Alta Autoridade de Defesa Aeroespacial, que analisa os pedidos de sobrevoo e autoriza possíveis empregos da força, será o Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), major-brigadeiro do ar Ricardo Cesar Mangrich. Estão sob sua responsabilidade a aplicação das medidas de policiamento do espaço aéreo e abertura de fogo da artilharia antiaérea.
“A motivação da operação é a proteção de todos que estão assistindo, assim como foi feito durante os grandes eventos [realizados entre 2013 e 2016 no país]. Com isso, pretendemos criar uma área de extrema segurança, impedindo a entrada de meios aéreos não autorizados. Para cumprir esse objetivo, a FAB conta com aeronaves preparadas para a pronta-resposta e mísseis antiaéreos”, afirmou.
Ele confirma que a intenção dos militares é manter 12 pontos com artilheiros munidos de mísseis teleguiados, além de caças F-5M e A-29 prontos para serem acionados se alguma aeronave descumprir as ordens da FAB, colocando em risco a segurança da posse. “Em 38 anos desde a criação do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, a Praça dos Três Poderes, no dia 1º de janeiro de 2019, será o ponto mais bem protegido”, disse o Comandante do COMAE.
Áreas de controle

O espaço aéreo da região central de Brasília foi dividido em três áreas pela FAB. Na vermelha, que compreende um raio de 7,4km a partir da Praça dos Três Poderes, o sobrevoo é proibido. As únicas exceções são um helicóptero da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que fará coleta de imagens e transmissão ao vivo do evento, e uma aeronave remotamente pilotada (ARP), modelo RQ 900, da FAB, que vai prover imagens para estruturas de inteligência e de segurança.

“O ARP RQ-900, operado via satélite, atuará fornecendo dados para as forças de segurança e defesa. Haverá também um sistema de interferência com drones que possam sobrevoar o local. Caso alguma aeronave consiga entrar na área vermelha sem autorização, ela será automaticamente identificada como hostil e estará sujeita às medidas que forem necessárias, inclusive a destruição”, acrescentou o major-brigadeiro Mangrich.
Já a área amarela, que cobre um raio de 46,3km, abrangendo, inclusive, o Aeroporto Internacional de Brasília, é considerada restrita. Para sobrevoar, é preciso coordenar autorizações junto à FAB – independentemente de as aeronaves estarem envolvidas em atividades operacionais relacionadas à posse (como o helicóptero do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em acionamento para resgate, por exemplo) ou sejam pertencentes à aviação geral.
As autorizações, que variam segundo o envolvimento ou não com a chamada Operação Posse 2019, precisam ser submetidas até as 12h (horário de Brasília) do dia 31 de dezembro. Para a aviação geral, também há necessidade de solicitação de slots junto ao Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). Informações sobre autorizações na área amarela podem ser obtidas pelo (61) 99994-6140.
Considerada reservada, a última zona – área branca – abrange um raio de 129,6km, a partir da Praça dos Três Poderes. Para sobrevoá-la não é necessário requerer autorização, mas a apresentação do plano de voo é obrigatória. “É muito importante que os pilotos que pretendem sobrevoar as áreas de exclusão no dia da posse conheçam as instruções específicas da FAB para cada tipo de demanda, assim como os NOTAM vigentes para aquela área, a fim de não cometer alguma irregularidade”, alerta o coronel aviador Luiz Claudio Macedo Santos, do COMAE.
Aviação comercial não será afetada

Por fim, as autoridade da Força Aérea Brasileira afirmam que a aviação comercial não será impactada pela Operação Posse 2019. Já para a aviação geral (aeronaves de táxi aéreo, instrução, aviação agrícola, entre outras), só haverá restrições às que operarem nas áreas vermelha, amarela e branca. (Com informações da FAB)

Fonte: Portal Metrópoles


Reinaldo: governo Bolsonaro não vai dar certo, mas pode sobreviver


"O governo Bolsonaro vai dar certo?", pergunta o jornalista Reinaldo Azevedo, que responde: não; mas, para ele, seria um erro concluir com base nessa resposta que o governo que assume na próxima terça-feira (1) será necessariamente malsucedido; "estamos falando de esferas distintas da experiência pública"
247 - "O governo Bolsonaro vai dar certo?", pergunta o jornalista Reinaldo Azevedo na Folha, que responde: não. Mas, para ele, seria um erro concluir com base nessa resposta que o governo que assume na próxima terça-feira (1) será necessariamente malsucedido. "Estamos falando de esferas distintas da experiência pública".
"O arranjo não dará certo porque nem mesmo haverá um governo. Três partidos - o da Polícia, o de Chicago e o da Caserna - disputarão a primazia de conduzir o Estado, enquanto o chefe caça cavalos de Troia em provas do Enem, vigia os meninos para que não brinquem com bonecas nem façam esquisitices com os primos, vitupera contra Cuba, faz sinal de arma com os dedos e pendura roupas no varal", explica Reinaldo, que faz uma segunda pergunta: se a economia tiver um desempenho ao menos medíocre, é preciso muito mais do que isso para manter o poder?
Para Reinaldo, "o ódio à política eliminou os espaços de interlocução de contrários e ocupou o território da contestação ao establishment, que perdeu os marcos de economia política para se expressar como moralismo estridente. Não se deve cometer o erro de achar que Bolsonaro acabará se acomodando ao molde institucional, que está, de resto, avariado. O político só existe como tal, com a sua estupefaciente soma de inabilidades, porque se apresenta como o homem comum, excluído pelo sistema. O poderoso continuará a ambicionar o lugar da vítima vingadora. Os marcos do Estado democrático e de Direito continuarão a ser seus alvos. E conta, para tanto, com Sérgio Moro como seu 'sniper'".